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ENGRENAGENS
ENGRENAGENS
Engrenagens
1. Introdução
2. Tipos de engrenagens
3. Trens de engrenagens
4. Nomenclatura
5. Lei Fundamental das Engrenagens
6. Perfil do dente
7. Ângulo de pressão
8. Geometria de contato
9. Interferência
10. Razão de contato
11. Pinhão e cremalheira
12. Alteração na distância entre centros
13. Engrenagens de dentes retos
14. Engrenagens de dentes helicoidais
15. Engrenagens cônicas
16. Engrenagens cônicas helicoidais
17. Engrenagens cônicas hipóides/espiróides
18. Parafuso sem-fim/coroa
19. Resistência em dentes de engrenagens cilíndricas retas
20. Tensões em engrenagem
21. Dimensionamento de Engrenagens - Fórmula Lewis
22. Rendimento de engrenagens
23. Materiais usados em engrenagens
24. Lubrificação de engrenagens
1
Engrenagens
1 - Introdução
W -Força aplicada
Wr -Componente radial da força W
Wt -Componente tangencial da força W
Wa -Componente axial da força W
N -Número de dentes de uma engrenagem
e -Relação de velocidades
m -módulo
P -passos diametrais
dp -diâmetro primitivo
mc -razão de contato
θ -ângulo de pressão
θn -ângulo de pressão normal
θt -ângulo de pressão transversal
-ângulo de hélice
ψ
2
Engrenagens
2 - Tipos de engrenagens
3 - Trem de engrenagens
rent d N
e=± = ± ent = ± ent (1)
rsaida d saída N saida
N 2 N 3 N 4 N 5 N2
e = − − − − =+
N 3 N 4 N 5 N 6 N6
(2)
Cada jogo de engrenagem influi na relação das
velocidades, mas no caso de trens simples, o valor
numérico de todas as engrenagens menos a primeira e
a última são cancelados. As engrenagens
intermediárias apenas influem no sentido de rotação
da engrenagem de saída. Se houver um número par de
engrenagens o sentido de rotação da última será
oposto ao da primeira. Havendo um número impar de
3
Engrenagens
N 2 N 4 (3)
e = − −
N 3 N 5
Esta equação pode ser generalizada para qualquer número de
engrenagens no trem como:
4
Engrenagens
N 3 − N1
e= (5)
N 2 − N1
N ent − N braço
e= (6)
N saida − N braço
onde:
N ent = número de rotações por minuto da engrenagem de entrada
N saída = número de rotações por minuto da engrenagem de saída
N braço = número de rotações por minuto do braço
5
Engrenagens
4 - Nomenclatura
onde:
de = diâmetro externo c = folga
di = diâmetro interno F = largura
dp = diâmetro primitivo p = passo
a = addendum rf = raio do filete
d = deddendum
6
Engrenagens
7
Engrenagens
O módulo
Em toda engrenagem existe uma relação constante relacionando o
número de dentes (N) e o diâmetro primitivo (dp). No sistema
métrico esta relação é chamada de módulo m (em milímetro) e no
sistema inglês de passo diametral (número de dentes por polegada).
Por outro lado o passo é definido como o comprimento do círculo
dividido pelo número de dentes. Assim:
25,4
Pd =
m
A tabela a seguir mostra os principais passos diametrais (P) e
módulos (m) padronizados, necessários, pois às ferramentas usadas
para usinar os dentes são também padronizados em função destes
números.
8
Engrenagens
ω mov r
v= = ± mov (8)
ϖ mot rmot
1 ω mov r
T= = = ± mov (9)
e ϖ mot rmot
9
Engrenagens
7 - Ângulo de Pressão
10
Engrenagens
11
Engrenagens
10 - Razão de contato
11 - Pinhão e cremalheira
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Engrenagens
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Engrenagens
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Engrenagens
Descrição Fórmula
Sistema métrico Sistema inglês
[mm] [in]
Addendum m 1/P
Deddendum 1.25 × m 1.25 / P
Diâmetro do pinhão m × Np NP / P
Diâmetro da coroa m × Ng NG / P
Distância entre (d g +d p )/2 ( dG + dP ) / 2
centros
Altura do dente 2.25 × m 2.25 / P
Diâmetro ext. do d p + 2a = m (N p + d P + 2a
pinhão 2)
Diâmetro ext da coroa d g + 2a = m (N g + d G + 2a
2)
Folga 0.25 × m 0.25 / P
Raio do filete 0.30 × m 0.30 / P
Diâmetro base D b = d p × cos θ d b = d P × cos θ
Número mínimo de 12 a 15 12 a 15
dentes
W r = componente radial
W t = componente tangencial
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Engrenagens
14 -Engrenagens helicoidais
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Engrenagens
pt
px = (13)
cos Ψ
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Engrenagens
ψ- ângulo de hélice
θ n - ângulo de pressão normal
θ t - ângulo de pressão transversal
W - carga normal total de um dente sobre o outro
A relação entre o ângulo de pressão transversal θ t , o ângulo
de pressão normal θ n e o ângulo de hélice ψ é dado pela expressão:
tgθ n
tgθ t = (15)
cosψ
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Engrenagens
15 - Engrenagens cônicas
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Engrenagens
δ 1 + δ 2 = 90° (16)
20
Engrenagens
Wt = W . cosθ
Wa = W . sen θ . sen γ
Sendo:
θ = ângulo de pressão
γ = ângulo do cone
T
Wt = (18)
rm
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Engrenagens
T
Wt = onde T é o torque e r m é o raio médio. (20)
rm
Wa =
Wt
(tgθ n sen γ − sen γ cos γ ) (21a)
cos Ψ
Wr =
Wt
(tgθ n cos γ + sen γ sen γ ) (21b)
cos Ψ
Wa =
Wt
(tgθ n sen γ + sen γ cos γ ) (22a)
cos Ψ
22
Engrenagens
Wr =
Wt
(tgθ n cos γ − sen γ sen γ ) (22b)
cos Ψ
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Engrenagens
HPútil
η= (23)
HPtotal
18 - Parafuso sem-fim/coroa
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Engrenagens
N G × pt
dG = ⇒ diâmetro da coroa (24)
π
C 0.875
dw = ⇒ diâmetro do sem-fim, onde C é a distância entre
K
centros: (1.7≤ K≤ 3.0) (25)
dW + d G
C= ⇒ distância entre centros (26)
2
NG
mG = ⇒ razão de transmissão, onde N w é o número de
NW
dentes
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Engrenagens
L
tgλ . = ⇒ λ é o ângulo do avanço (30)
π × dw
Combinando sucessivamente estas expressões pode-se obter uma
única expressão, que relaciona os parâmetros mais importantes para
a definição do sem-fim/coroa:
1 + mG tgλ
8
26
Engrenagens
Wf = µ . ⋅ W (31)
W x = −WG = WW
a t
(32a)
W y = −WG = WW
R R
os sinais indicam direções contrárias (32b)
W z = −WG = WW
t a
(32c)
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Engrenagens
Vw
Vs = V w = velocidade do sem-fim (34)
cos λ
π × dw × nw
VW = [ft/min] (35)
12
dw = diâmetro do sem-fim
nw = rotação do sem-fim
cos θn − µtgλ
η= (36)
cos θn + µ cot gλ
28
Engrenagens
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Engrenagens
bt 2
Wr × h = σ (40)
6
obtemos:
2 2
Wr t bt 4x
=σ Wrr = σ .b (41)
4x 6 6
σ .b 2 xPd
Wr = (42)
Pd 3
Uma vez que 2xP d /3 é uma constante para uma determinada forma
de dente, podemos faze-la iqual a Y, conhecido como o fator de
forma de Lewis. A equação resultante é:
σbY
Wr = (43)
Pd
σbPcY
Wr = = σbPc y (44)
π
20 - Tensões em engrenagem
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Engrenagens
Tp 2T p 2 pd T p (45)
Wt = = =
rp dp Np
onde T p se refere ao torque que é aplicado no eixo do pinhão,
rp é o raio de ponto principal, d p é o diâmetro do ponto principal,
Np é o número de dentes e p d é o passo diametral do pinhão.
A componente radial W t é:
Wr = Wt . tan(θ ) (46)
e a força resultante é:
Wt
W= (47)
cos(θ )
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Engrenagens
21 - Dimensionamento de Engrenagens
A equação de Lewis
M Wp 6.Wt l
σ = = t d = ⇒ Equação de Lewis (48)
I FY Ft 2
c
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Engrenagens
Wt K a Pd K s K m Wt K a 1.0 K s K m
σ= × × σ= × × (49)
Kv F J Kv Fm J
sendo:
σ - tensão de flexão
W t - força tangencial transmitida
K a - fator de aplicação
K v - fator dinâmico
P d - passo diametral
m - módulo
F - largura do dente
K s - fator de forma
K m - fator de distribuição de carga
J - fator de geometria
33
Engrenagens
σ ≤ σ adm (50)
St K L
σ adm = (51)
KT K R
onde:
S t - limite de resistência à tensão
K L - fator de vida
K T - fator de temperatura
K R - fator de confiabilidade
A equação AGMA para desgaste superficial é:
1
W C C CmC f 2
σ c = C p t a × s × (52)
Cv Fd I
sendo:
σ c - valor absoluto da tensão por desgaste
C p - coeficiente elástico
C a - fator de aplicação
C v - fator dinâmico
d - diâmetro primitivo da engrenagem
C m - fator de distribuição de carga
K f - fator de acabamento da superfície
I - fator de geometria
σ c ≤ σ c ,adm (53)
ScCLCH
σ c ,adm = (54)
CT C R
onde:
S c - limite de resistência à fadiga
C L - fator de vida
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Engrenagens
Fator de geometria J e I
A determinação de J e I depende da razão de contato m c , que é
determinada pela fórmula:
F
mc = (55)
px
Número de Y Número de Y
dentes dentes
12 0.245 28 0.353
13 0.261 30 0.359
14 0.277 34 0.371
15 0.290 38 0.384
16 0.296 43 0.397
17 0.303 50 0.409
18 0.309 60 0.422
19 0.314 75 0.435
20 0.322 100 0.447
21 0.328 150 0.460
22 0.331 300 0.472
24 0.337 400 0.480
26 0.346 Acima 0.485
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Engrenagens
Coeficiente Elástico Cp
O coeficiente elástico Cp é um fator de correção adimensional
que depende de fatores como coeficiente de Poisson e do módulo de
elasticidade do pinhão e da engrenagem.
Ele pode ser calculado pela fórmula definida pela norma AGMA
ou pela tabela que está em função do material do pinhão e da
engrenagem.
−1 2
1 − vp 2 1 − vg 2
Cp = π + (56)
Ep Eg
onde:
vp = coeficiente de Poisson do pinhão
vg = coeficiente de Poisson da engrenagem
Ep = módulo de elasticidade do pinhão [Mpsi ou GPa]
Eg = módulo de elasticidade da engrenagem [Mpsi ou GPa]
Fator dinâmico C v e K v
O fator dinâmico corrige imprecisões na fabricação e no
acoplamento do conjunto. Estes erros na transmissão podem causar
vibrações excessivas, desgastes no perfil dos dentes,
desbalanceamento nas partes rotantes, desalinhamento linear e
radial nos eixos etc.
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Engrenagens
B
A
K v = Cv = V em ft/min (57)
1
A +V 2
B
A
K v = Cv = V em m/s (58)
A + (200.V ) 2
1
sendo A = 50 + 56(1 − B ) e
2
(12 − Qv) 3
B= .
4
Fator de superfície Cf
A AGMA ainda não estabeleceu valores para o fator de superfície
Cf, portanto é recomendado o uso de valores maiores que 1 para
superfícies que claramente apresentam defeitos.
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Engrenagens
Fator de confiabilidade Cr e Kr
Em todo este capítulo foi utilizado a confiabilidade de R = 0,99,
que corresponde à 107 ciclos de vida. Para outras confiabilidades,
pode-se utilizar da tabela a seguir:
Confiabilidade Cr, Kr
0,90 0,85
0,99 1,00
0,999 1,25
0,9999 1,50
H
Ch = 1.0 + A(mG − 1.0) onde A = 8.98 × 10 −3 BP − 8.29 × 10 −3 (61)
H BG
H
A equação é valida somente para BP ≤ 1.70.
H BG
Fator de vida Cl e Kl
Utilizando o fator de vida Cl e Kl consegue-se estimar a vida
útil de engrenagens. As tabelas a seguir mostram o fator corretivo
de vida à partir do número de ciclos.
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Engrenagens
Fator de tamanho Cs e Ks
Estes fatores corrigem alguma alteração quanto à uniformidade
em relação às propriedades do material. A norma AGMA recomenda
utilizar para o fator Cs e Ks o valor 1.
Fator de aplicação C a e K a
A razão do fator de aplicação é compensar situações em que a
carga real excede a força tangencial nominal W t . Este fator varia
entre 0.45 a 0.95. Quanto menor a velocidade de rotação e menor o
padrão de qualidade Q v maior é o fator de aplicação.
22 - Rendimento de engrenagens
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Engrenagens
24 - Lubrificação em engrenagens
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