You are on page 1of 116
oo F) Dicionario dos Estilos Arquitetonicos — 13: =4 = — 4 Wilfried Koch —— eo) A finalidade desta publicagdo 6 dor ao Ieitor conceitos bastante sdlidos para que, com o tempo, possa relacionar uma obra ortistica & sua conreta época estiisica, oferecendo-he uma visio de Conjunto e condigdes de distinguir os seus elementos. Dessa forma, 6 possivel detectar os partes dos muitos edificlos estilsticamnente “impure”, niclados. por exemplo, na 6poca gética © conciuicos no Renascimento. Os pequenos guias que hoje estéo & disposigdo dos visitantes em todo monumento de uma certa importancla contém sempre expressoes que resuttam muito abstratas para 0 leigo. Yocés poderdo encontra-las sem diculdade no glossario ilustrado e, consuttando 0s tespectivos desenhos, reconhecerdo 0s edificios aos quais corespondem, Levem este livro. em qualquer viagem, reservem-Ihe um lugar permanente no carro e, sobretudo, folhelem-no sempre. As belas coisas do nosso mundo tomnarse-Go mais compreensiveis € enriquecé-los-do espirituaimente. DICIONARIO dos ESTILO ARQUITETONICOS ss or gmc RLEINE: STIERUNDE DER BAURURST ‘Capsight © 1985 by Masai Verlag Munchen. Compright © Livraria Marin Fontes Editors Lita, ‘So Paulo, 994, pura w presente edi, 2 edicéo mato de 1996 2tiragem mai de 1999 Traducio NELDE LUZIA DE REZENDE Revisao da traducao ‘Edeanto Brando Revieio grafic Yad Vatemincvtck Niki ‘Marise Sider Leat Pradugao grfiea Gers Alves Capa Aevandze Mains Fontes ‘anemone a Palin (CIP) (nat nascar aa awn ‘Drone do xin wigtios/ Wid Koch esducio Nee Laide Rear)? ~ S30 Pas ‘Mar Fons. 1996, “Ty orginal: Kee Sulkin do Beats ISBN as TIO 4, Argus ~ Dike Th, seat ns para casing temic 1. Bon angtetncor “Dison 7203 Teds os ces para tas portuguese reserves 8 ‘Linas Maris Fonds Edtore Lite Rua Consett Rena, 230: (OLS25000 Sap Pade. SP Brosh Yel (O11) 238-2077 For(011) 3265-0867 el fodbrearansionesccom Igoe marinfora scm SUMARIO A estilistica ndo é uma ciéneia oculta . Edificios religiosos Grécia Antiga . Helenismo Roma ee Epoca Palcocrista ¢ Bizantina Arquitetura Carolingia ¢ Oténica . Romanico . Gético _ Renascimento ..... Barroco Do neoclassicisma a arquitetura moderna 1 —Neoclassicismo 2... 2—Historicismo . 3 — Estilo Liberty 4— Arquitetura Moderna... Palicios - Fortalezas - Castelos Pakicios citadinos ¢ publicos Glossirio ilustrado A ESTILISTICA NAO ff UMA CIENCIA OCULTA Instrugdes para o uso deste livro Cada estilo possui um determinado niimero de elementos arqui ‘nicos bem definidos, Assim, como um subsidio ttl para a classifica 0 dos estilos, poderiamos falar de uma atividade arquitetdnica tipica, por exemplo, © Roménico, o Gético ou o Renascimento. Os arquite- tos de cada época isolaram os elementos, combinando-os em obras de arte sempre novas, O cardter ¢ a origem geografica e cultural dos arquitetos e, evidentemente, as leis da estética concorreram para ora eliminar alguns desses elementos, ora salientd-los, transformé-los ou inventar outros. $6 assim ¢ possivel entender as diferentes impres- ses que obras artisticas de uma mesma época nos provocam. ‘Com a mudanga do espitito dos tempos, o mimero dos elementos ‘ransformados ou introduzidos pela primeira vez torna-se, gragas a0 progresso da técnica e a variagao do gosto, to elevado que chega f transformar inclusive a impressio geral produzida pelas obras de arte, Para simplificar a compreensao, fala-se de fases sucessivas no mbito de um mesmo estilo (por exemplo Gético primitivo, Alto e6= tico ou Gotico tardio) ou de estilos inteiramente novos (Romanico, Gativo, Renascimento, etc.). Na passagem do estilo Carolingio ao Romanico € possivel acompa- nnhar mais claramente essa evolucdo organiea dos elementos ¢ do con- junto de uma obra artistica, Por outro lado, a passaxem do estilo ‘Gotico ao Renascentista deu-se de Forma muito mais repentina, pois foi a expressao do repiidio ao pensamento da época e6tica: intencio- nalmente, o sistema arquitetdnico até entio vilido foi recusado na sua esséncia e substituido por modelos eriundos da Antiguidade ou introduzidos pela primeira vez. Em geral. a arquitetura renascentista aparece marcada por uma nova interpretagao da linguagem formal antiga. Portanto, interrogar-se sobre as possiveis causas da mudanea dos estilos implica também confrontar-se com a histéria do espirito hhumano, De fato, apenas as variagbes dos estilos nao silo suficientes para dar um panorama completo das misteriosas conexdes humans € historicas, escondidas profundamente atras da evolueio da arte: “Um novo estilo surge quando é exigido pela mudanga de contetido da conscineia humana’” (Dehio). Neste liveo, procuran-se em primeira li estilos das varias épocas, através das ima do do nome de algumas construgses, lista, seus elementos de maior importancia, que se repetem constan- temente nas obras do mesmo estilo. Esses conceitos, que ns qu sindticos podem ser apresemtados apenas de manci tram descritos ¢ ilustrados, inclusive em suas variagbes mais freqien les, no slossario, Essas variantes t&m muitas vezes um nome nove «, portanto, aparecem com nm verbete proprio. Naturalmente, 1 ¢‘possivel eneonttd-las sem que se conheca a sua denominaca0, por isso procurei agrupa-las sob um termo genérico, remetendo os verbe- tes as paginas onde & possivel reconhecé-las através dos desenhos. Por exemplo, cada forma decorativa, de Arabesco ao Ziguerague, &apre sentada sob o verbete genérico de “Orato”. Tudo o que se refere as formas dos telhudos, desde o telhad de pavilhao, encontra-ce sob o verbete “Telhado, formas do’ As iltustragdes sto indicadas com, as referencias ao glossirio com v. A indicagdio v.* remete a ilustragdo do verbete ao qual se faz refe- A finalidade desta publicagdo ¢ dar ao leitor conceitos bastante sili dos para que, com o tempo, possa relacionar uma obra artistica & sua correta época estilistica, oferecendo-lhe uma visio de conjunto ce condigdes de distinguit os seus elementos. Dessa forma, € possivel detectar as partes dos muitos edificios estilisticamente "“impuros””, iniciados, por exemplo, na éps uidos no Renascimento, (Os pequenos guias que hoje esto & disposicao dos visitantes em todo ‘monumento de uma certa importancia contém sempre expressdes que resultam muito abstraras para o leigo. Voces poderao encontra-las sem difieuldade no glossario ilustrado e, consuiltando os respectivos desenhos, reconhecerdo os edificios aos quais correspondem. Levent teste liveo em qualquer viagem, reservem-Ihe um lugar permanente no ‘carro e, sobretudo, Volheiem-no sempre, As belas coisas do nosso mun- ido se tornarao mais compreensiveis ¢ enriquecé-los-Ao espiritualmente, dar uma idéia geral dos sis.e comparagoes. Ao la Zo elencados, numa espécie de dros al, se encon- GRECIA ANTIGA Toda ver que se verificou um desejo de renovagio na arquitetura eu ropéia dos séculos passados, o Ocidente cristo recorreu a elementos formais que, jé antes do naseimento do Cristianismo, conferiam aos templos gregos uma beleza perfeita. A planta retangular, as colunas €¢ 0s frontoes, imitados das residéncias (v. Megaron*), originaram, rayés das varias combinagdes das ordens ¢ da posigao das colunas, casa do deus, cuja imagem cra adorada no “sancta sanctorum”” (out cela). Nos templos de formas mais simples, por exemplo, templo de antas (fig. 1), as paredes laterais avangam formando com duas co unas um vestibulo (0 pronau); um pouco mais tarde, acrescenta-se lum vestibulo posterior (0 opistédomo, fig. 2), desprovido no entan to de uma entrada propria para a cela. Antepondo fileiras de colunas 9 (fig. 3) também do lado de trds (fig. 4), ampliou-se o prostiloinicial. Alguns raros templos circulates, pequenos ¢ completamente rode dos de colunas (figs. 7 ¢ 8 ¢, mais & frente, o Filipéion de Olimpi siio auténticas maravithas, pela graca e harmonia. Mas foram princi- palmente 05 grandes templos rodeados de colunas, 0 periptero ¢ 0 dliptero, que mais influenciaram a imagem que possuimos da arqui- tetura grega. Amplo, como que deitado sobre as possantes eolunas, © templo dérico; delgado e elegante, o templo jénico; com os capi {dis © 0 timpano ricamente ornados, o templo corintio. Complexos sistemas de medida e de céleulo transformados em pedras encostadas lumas as outras, com imenso esforso, em proporgdes preestabeleci- das ¢ harm@nicas (v. Proporgdes, teoria das*; Intercoltinio). O peso do entablamento (.) do telhado recal em supories sem @ mediaga0 dos arcos, que pertencem as épocas seguintes, helenistica e romana ‘Apenas 0s sacerdotes podiam ter acesso ao templo: 0 povo depunha suas oferendas a céu aberto. E esse 0 motivo pelo qual aigreja crista primitiva (paleocrist) rechacou © modelo do templo grego, pois a doutrina crista queria um lugar de reuniao comum a todos, humildes € Poderots, eo enconrow no mereade cobert de epoca romans, Para um confronto entre os esquemas arquitet6nicos grego ¢ roma- no, ». Templo*. od q I a 4 ' Y Soeree sonar reer cn “he eet pe caine 9 eines fore Seco ee eoatte ee *. ’ Epos ronda cose | ion 2 ‘mo at pester orice Ss eee tm sine J} JONCO Gncoen! Si easas ante ae ee Ang dete ie toa Cape corn om fas de acanto. Di ‘dima, tomolo do Jovem Apa, 13 0. frist u ‘DORICO:Oknpi, Tempo de Zeus, século V 0.C. pager. Na cla an as as col JONICO: A exqurdn: Atenas, Acrdoce, econ im do xdeto V aC. Na pate ane ion bories des Fores Xavete Olmba, Pipeon, temple swear fl) 340 3 CcoRINTIO: A esavras nitro, Asleiion, st. tC. tlo. Adit: Atanas, Ot: on ne gate Stel es ee ina ro dose, 12 HELENISMO Refere-se d arte grega, desde Alexandre, 0 Grande, até Augusto (de 323a.C.a14d.C.). Aposa mortede Alexandre, o seu império sedesa- srega nos numerosos reinos dos diddocos. As suas cortes, helenisticas, se transformam em evoluidos ¢entros culturais, nos quais a tr artistica da Grécia classica acolhe conscientemente as influéneias pro- venientes do Oriente, coma intengao de criar uma cultura “mundial”. Quando Roma, no século II a.C., conquisia os pequenos Estados ¢ as col6nias (Italia meridional, Sicilia) gregos, absorve também a sua cultura. Aos seus elementos aru tetdnicos se acrescenia 0 arco of’ val (de origem etrusea). A “helen! zagao" de Roma se conclui na épo- ‘ca de Augusto, Elementos essenciais da linguagem formal helenistica so: a tendéncia & monumentalidade (templos gi- gantescos), a engenktosa disposigao ‘em grupo dos edificios ¢a metédi- a planificacao, o relevo das facha- das, a decoragao rica de formas, as fileiras de colunas, 0 front2o (¥.*) interrompido ¢ o comovido natu- ralismo da escultura, Esses elemen- tos sfo retomados pelo Barroco eu- ropeu no séeulo XVII. Disma, tale do Jovem Ae nciado sn50 song toma aes ROMA ‘A arquitetura romana funde as tradigSes dos povos helenisticos sub- ‘metidos as criages dos etruscos € dos romanos: 0 arco, o arco sobre pilares, a abdbada, a cipula. E imposta como arte do Estado em to- {das as provincias romanas e, mais tarde, reintroduzida nos estilos Ro- manico ¢ Renascentista ocidentais. A sua fungdo ¢ sobretudo utilité- tia (citcos, fortficagses e pontes; v. Aqueduto*, Termas*, Basilica®, Teatro"). O templo, que é 0 desenvolvimento do templo sreeo, s¢ apéia num pédio, ao qual se sobe por uma escada ladeada de muros. Em lugar da colunata que circunda a cela, localizam-se, sobreiudo ‘em épocas mais antigas, as semicolunas (pseudoperiptero), enquanto © lado frontal é ocupado por um pértico. (Para se comparar com 0 fesquema arquitetdnico grego v. Templo*.) No seu conjumto, a arqui- tecura sacra entra no ambito da engenharia civil esomente predomi- nard enquanto arquitetura particular no século IV, com as igrejas pa leocristas, DORIC ROMANO escore) EPOCA PALEOCRISTA E BIZANTINA ‘Constantino (306-37) transfere a capital do Império Romano para Bi- zancio (chamada, a partir de entao, Constantinopla ou Segunda Ro- ma), © seu Baito de Tolerfincia de Milf (313) garante a liberdade 1 todas os cultas religiosos. A nreferéncia dada ao cristianisma de- ‘termina urn desenvolvimento multiforme na arquitetura religiosa cris- 18. Em 395, o império do Ocidente ¢ 0 do Oriente (Bizincio/Cons- tantinopla) se separam definitivamente. Em ambos os reinos, a basi- i erin es TREK CR, lice (v,*) se tora o modelo predominante de ediffeio de planta longi- fend atelo 10 peucepataa ‘tudinal. O seu esquema arquitet nico € composto essencialmente pe- ae ee ee oe a eae la seqdléncia de espacos: dirio — nértex — de tr8s a cinco naves de cine ei Po pate {eto plano com nave central elevada e exposta & luz — presbitério (co- 10, abide. ‘© esquema romano ocidental (fig. 1) acrescenta um transepto conti- nuo {romano”) catre @ corpo central ¢ a abside (planta em forma eT). Segundo a liturgia bizantina, os pastoférios sao calocados dos dois lados do coro ¢ na extremidade leste das naves menores; 08 es- pcos reservados as mulheres (tribunas) estBo situados acima das ns- ‘yes laterais, predominando os mosaicos no cho e nas paredes. Conatrugdes de plania centrada cruciforme encimadas por uma et- r¢ja de cupula) surgem principalmente em lugares que sofrem 42 infludnela bizantina, © aeréseimo de cipulas nos bragos da cruz (fig, 3) ou sobre as suas interseoeSes (Fig. 2) condue & igreja com planta ‘ruciforme ¢ ciipula. A basilica com cipulas sintetiza a disposigao em ciipulas e 6 esquuema de basfica (Hagia Sofla, v. Arte bizantina*). sgwico-#0MaNO orig erat fora al rela 8 mae trmdb bo, traebeaot a ae Som Bocautee err rorant beg tv. ip, gequame oruietnice co ra be He! las enna ela, Sen sb argent goette(omere’ (A) penis eric ante alee GPinse beast basen uation com BP eauama arqutateico oe uns be ‘Bic wanna customs com ua coh roe composi Em Ravena (il. abaixo) constroem-se basilicas romanas sem tran- septo ¢ posteriormente dotadas de pastofrios bizantinos. semelhan- tes aos edificios bizantinos de planta centrada. altofin, fori or rte (Pe GSeenes ton U ‘ere, Sto Vit, 822.47, Compese ae eae fxastes entre enaaga certs eo ceoreu Leda, ae scades nos sea arcaron A supule ees epi om afore. Moceln pore Capes de Pace paral ie Lacon Capt snartee wn oa asin cam a 16 aan mie fotnea carolnaie Full, SI. Michael © 822. plano aaa. ae. XI ARQUITETURA CAROLINGIA E OTONICA Com o intuito de criar um grande império ¢ unificar politica cultu- ralmente 0 Qcidente sob o dominio germanico, Carlos Magno (768.814) incorpora.o patriménio politico, espiritual e artistice da An- tiguidade rardia as culturas paleocristas'¢ alemas. AS esferas cortosis, eclesifisticas ¢ mondstieas de estinpe germénica se apoderam progressivamente da linguagem fermal do fim da Anti- guidade (o chamado “‘Renascimento carolingio"): adatam-se para os edificios de pedra parades compactas e de forma cibica, de planta entrada (v, Edificio centralizado) romfnico-bizentina, além de nu- ‘merosos elementos formals de varias proveniéncias (as colunas da C2- pela Palatina de Aachen foram, por exemplo, trazidas de Ravena), Alem disso, desenvolve-se posteriormente a basilica (v.) paleocrista sobre columas. A fachada voltada para oeste (i. pig. 20)&, por outro lado, uma eriagao propria dos francos, expresso monumental de unio da Igreja'e do Estado. Dos palicios, permanecem apenas mo- 7 ddestos vest(gios; 1ampouce restaram verdadeiras eseulturas; porém, abundam os relevos em marfim e abjetos de metais preciosos, e, nas farcjas © nos conventos, miniaturas e afrescos de pessoas em estado de éxtase religioso. [Nascem, assim, na época carolingia os pressuposios da arte ociden- tal europea, artc que s6 iré obter umia certa autanomia no inicio do novo miléaio, apés a diviso do imento impéria das francos pelos sucessores de Carlos Magno em um reino franco-ocidental e outro oriental (este, em seguida, se tomard o Império Germanica). De tres ppoderosos imperadores nermnicos deriva 9 nome do periodo, “OtO- nico”, que na Alemanha precede 0 Romanico, A igroja de St. Michael de Hildesheim representa 2 construco mais importante deste periodo, pois transformou completamente muito do que havia sido emprestado da Antiguidade. Nela estAo visiveis todas as earacterlsicas essenciais do Romdnico: maeigas torres centrais que cabrem o cruzcira da trancepio, claramente delimitado, torres com escadas em caracal nos lads do transepto; 0 cruzeira do transepto €tomado como modelo para a planta de toda a construcd0, e a0 co- ro oriental é acrescentado um outro, do lado ocidental. A eripta (.), colocada sob 0 coro (v.), obriga a elevacao do chao. Neste e nos ou- tos espagos adjacentes prefigura-se o teio arqueado, que em seguida dard s igrejas romnicas uma perfeita harmonia entre & carga © os seus suportes, emprestando-Ihes uma maravilhosa solenidade. [Nas suas muilkiplas variagdes, 0 arco (romano) aparece tanto como clemento de sustentagao como ornamental, Na planta longitudinal, le iga colunas e pllares, que, alternados, tém 2 funcaa de sustentar as paredes divisérias (v. Alternincia dos suportes); sob forma de ar code triunfo (¥.), divide a nave central do coro, enquanto da ritmo harmonfa 2s tribunas; finalmente, os frisos em arcos de velta intel- ‘a entre as micias-colunas (v.) dao ordem e beleza as paredes externas. Na Francénia ociaemtal, hoje Franga, se desenvolvem duas formas novas de coro: 0 caro escalonado eo deambulatSrio com capela ra- dial (il. pag, 21). Todavin, nada torna téo estreito, facile feliz o pa- remtesto com os elementos arquicetdnicns da Antiguidade coma a in- vengdo do capitel eulbico, que em tado 0 Romanieo representard a base para numerosas ¢ imaginativas variacées, 18 race superna (8) A saa pata (G2 Seen Soman mpl een ‘A sequer: Swintneh, Odenuald, Bastin de Enhard, 821_ Basics ce plaves com 168 ‘te Ehreeueronan voces |&). A aoe acts tm estar sailor perovtos {Bi Arete: Aacren, Casa root, eicads por vt de BOO basen ra moses de pads das See ‘noms Boe. Aeichenow Overel 6 Geog, 89613 fice defence carla (2 la ces ete Kats lve sresuaie mata Josue Inponontes sitesces mare dow seve 8 8 CAPITIS. Awequods: copter formals GShual com plantas none fastaca sexe ‘ae vvaanets cry A stavrs:carel ob pena, angustos {osetia dodo it jel cascades, ds a cook aoe ooogg po) Wb Besedsne com acces ‘Sows rade Tourer 960) YT memes Sanvada, gma do Mostar, 61-83. 88 Pao 20 a formes oan ‘lest. 3 Araye cena’ forrade paneer 2 Saparedou 5 Cupta 6 Care langtusina’ cs ont Pras de Bons Serbs 22 Clea de seats omérca: Seratone, Sx ca Frange, baie abe. XL ROMANICO (© homem da época romanica apresenta-se a nds como um homem simples, hébil no uso das armas, pouco dado fs emogdes. Em sua concepcto da mundo, 0 imperadar é a personificacio da onipotén- cia divina. As igrejas monumentais, verdadeiras fortalezas de Deus, ‘que tamo s¢ parecem com os imponentes e seculares castelos, a8 ima- gens de Cristo crucificado com a coroa de rei (em lugar da coroa de eespinhos, que ser comum somente mais tarde), t@m para esse ho- mem, ainda ndo influenciado pelas lutas intestinas entre papas e im peradores, o mero valor de imbolos. Os camponeses, os artesfos sim- ples que acompankam o seu senhor nas expedigdes militares e nas cru- zadas, formam o esmaecido pano de fundo sobre o qual o principe, fem todo 0 seu esplendor e potencia, resplandece ainda mais. Eles no {am nenlium acesso & politica nem a criagao de um patrimdnio cultu ‘ral Guradouto, assuntos estes apenas de nobres © monges. 23 Nos castclos, os Minnesanger cantam suas cangdes e propagam as sa- FyoLUGAO 90 Romana as de Siegfried e Gudrun. Nas igrejas dos mosteiros ecoam o¢ can tos grezarianos dos monges. Enire eles, ha sébjos mesires ¢ conse. Ihciros de reis ¢ imperadores. Conhecem & perfeicio tanto os segre- bie ee =a dispor uma pelavra apés outra em pergaminhos e ornamentélas ont | preciosas iluminuras. Sao os mestres-de-obras das catedrais de hat. eon 7 moniosas proporgdes e de igrejas fortificadas, e ¢ deles o mécito do — ee sistema detramos quadripartidos (.), que subordina as medidas da base senso dda construgdo a do eruzeiro do wansepto. Unem com arcos os lados aN da nave central, cobrem-na com imponentes abbadas de berso ou Ei na luniformes ¢, @ partir do século XI], estendem sobre cla uma rede Eure, q de nervuras curvas, através das quals'a caren da pesada abdbada ‘ai sobreas colunas, Esos homens S80 0s canteiros, que dfo a0 anti +0 cepitel as udes formas do Norte; que colocam, a0 lado dos arcos tedonidas dos portals, estituas de santos de serena dignidade, coroan- ddoros com o Juizo Finsl. De suas mos naseem os grandiososafres- os mas partes alias das naves e nas eiplas; também etiam as grades do coro (v.*)¢ as paredes dvisérias (¥.%), que separam 0 clero e 08 Inicos. Certamentectizem ainda o arco de volta itera caracterstico da Roma Antiga, da qual provém o nome desse periodo. Mas nada pode resultar mais distante do estilo itélico do que as imponentes torres (as veres, ses e até mais) que, no Norte da Europa, e erguem sobre erueito do transepio ese contrapoem as formas macigas do corpo central, Somente no sécule XVIII é que sumentaré ararticipagao dos Iaicos na construct dos edifcis religiosos (Os mosteiros tornam-se cada vez mais ricos, sous tesouros em ouro « praca rabalhedosertisicurnene ada vez mais mumeroses, mais fous {esos 0s oramentos e as esculturas que Morescem nos portals eas igtejas, enquamio mascarase animais em pedra habitam o8 capitis ati ome, dodo Xi St Em conseqiiéncia, chega-se no século X a severa exigéncia, por parte do monasterio frances de Chiny, de moderagto e de retomno as ante gas formas de simplisidade monistea Porém, enquanto até 0 ano 1200, cect de mil e quinhentas abadias ¢ conventos europeus aderem ao espirto desta reforma, a Frangn ine ‘sina emprega, ja no séeulo XI, areos ogivais e contratortes, que se tommardo caractersticos da pesioco seguinte, o Geta, Jumeaes, Nomen, 1089 CORD. De aesuer para CAPES. Ds ara porn. rats fino cate secre, sop ante Spe Ce a iin fe eaeas, Pavia ig oeemtulysire corn cance rodos, resents, cael pasta ents aeons Pree allcine tances. Germs de odie 24 25 ESTRUTURAGAO DA PAREOE ESCOLAS ARQUITETONICAS sot ne DO PERIODO ROMANICO ra Franca @ na regio do Reno caters apens 2090} no cont: Smptoua om 1235, Wane Pa anges) on 9 respon 83 26 2 Escolas arquitetdnicas romanicas V- Mapa de pina 27 ‘edo unnaeia Pure gent. Arcade 2 ALTO RENO Gan, St.bheane: No deen com othe SESigeat us ers de anos 2 NORMANDIA — 4 e0ncowia "aaron StCazte, ee, 20, S auvERcNe tree somes {com deembulatéio w capa radia = GanFornd: Kove Some a Pa feta: os 4 da 0 io 5 porrou ‘ec dene excaloacas 8 PRovenca 9 SUL E SUDESTE DA FRANCA Polers, Now Dames Grande, prmets Inga genare icy ocx pnre Mae go sdcul trast npinenoce 28 29 ‘rcobototegétiea, Chanzes, Cota. 1200, GOTICO Nas Jongas lutas entre império papado, rompe-se a unidade entre Igreja e Estado. Os principes se aliam contra o imperador. O prim do politico da Alemanha se desfaz sob os dltimos soberanos Hohe taufen e termina em 1250 com a morte de Frederico II e com 0 terregnum’’, um periodo sem imperadores. As lutas entre principes € 08 ataques de salteadores aterrorizam o povo. As pessoas fogem ddos campos para as cidades, protegem-se com grossas muralhas, ‘organizam-se rigidamente (nas corporaydes), estreitam as aliangas com ‘outras cidades (Liga Asiitica), visam ao proprio erescimento cultu- ral e, pouco a pouco, adquirem uma forma de orgulho citadino. No cntanto, a lgreja continua mantendo a sua indiscutivel autoridade na cidade ¢ na vida das pessoas. A ela pertencem os maiores espiritos da época: So Francisco, Alberto Magno e Santo Toms de Aquino. ‘A vida espiritual & guiada pela Escoldstica. Aqueles que passam a fa zer parte de uma ordem aprendem, nas escolas dos conventos, as sete 31 artes liberais (v.)¢ agricultura. Franciscanos e dominicanos cons- {oem igrejas para preparem ao povo (y. Ordens mendicante,irejas*) ¢, em meio aos horrores provocados peas pees, pedem que se ren- da “*maior gloria a Deus” © & Igreja Uma nova luz lumina a Franga, que, ap6s 0 fim do impeéro, se im- pe politica e culturalmente & Europa. Esse espitito de époea, to transformado politica eintelecualmente, plasma um novo estilo, que também nasce na Franga. Ja na metade do século XIL, os mestres-de-obras franceses conseguem a engenhosa fusio de duastéenicas arquitetOnicas conhevidas hé muito tempo, que plasmario o perfil desse novo estilo e dao solider as suas realizapbes 1. 0 arco opivallvra os arquitetos das diticldades da abébada de planta quadradas 2. Nao sio mais as paredes que recebem 0 peso do tetoe das absba- das; o delgado esqueleto dos eontrafortes(¥.*) que prolongam as ner- ‘uras, das nieias-colunas (9.") ¢ dos arcobotantestransfere a carga pa- ras contrafortes externos (il. pag. 34)". Dessa forma, as muralhas se tomam supérfuas. No lugar dels, enormes janes estendem seus vitriseoloridos de um pilar a outro, elevando-se até as absbadas O editicio flea cada ver mais alto, cada vez maior: 0 volume ganha do pesadume da pedra Em cada pais, 0 Gotico assume uma marea propria. Na Franca, so as fachadas ocidentais de duas torres ornadas de rosaceas, 0 trifrio (.) ea abundante esiatudria, Na Alemanha (onde, ainda até 0 final, do século XIII constdi-se em estilo romanico),prefere-s a torre cen- tral pontiaguda, com um ousado coruchéu rendithado, enquanto no Norte do pals se modelam os tjolos segundo formas gétieas (v. Tiio- Jo, construgio em"). As absbadasinglesastecem as suas fantasiosas flgranas acima das aves, lgumas igrejas espanholas, em parte ei ficadas sobre os fundamentos de mesquitas de estilo mourisco (Sevi- tha, pd 40, tendem a uma estrutura extraordinariamente ampla, No Gitico tardio, a basica se diferencia muito da jreja-salfo (An- naberg, il. pag. 39) da igreja de nave inca (Albi, Vincennes, il. 39; Cambridge, il pég. 40). Somentea Ilia, herdeira do Clasicis- mo, é contra o'novo estilo; sem compreend@-Io, consdera-o barba- ro, No entanto, na Espanha, nas lojas (1) da Franga e das cidades ao Norte dos Alpes, uma estranha mescla de mistcismo religioso ¢ ongulho civil, de medo do Inferno ede vontade, nio despreocupada, de sobreviver a propria expressio pode-se perceber seja através da imensiddo das eaedrais, seja na altura, nada ousada até entdo, das suas abobadas e das suas torres arrojadas, seja nas curvas sinvosas « plenas de devocio das esculturas icas de dobrase de membros fré- eis, Essa sensacio aflora na bizara e poderosa fantasia das quime- ras ¢das gérguls, assim como, por exemplo, no “Ecce Homo" em ae 0 Cristo coroado de espinhos é, a0 mesmo tempo, simbolo das angistias e das esperaneas do homem desse tempo. 32 |ABOBADA. Da ssquarca pers «dia # do sho par baie: abba de crzai com sea PORTAL free Yio poi, Cte nando, CARTS MODLHOES 0s semen are Steno ato pun baneccop doc tees acl ep so ee ge tec tro capt om forma eck fe sobs tae merccrenmicda tom etc, 1308) mina om mecarSe fohhogen be. Xi 33 ART AAR 3368. mena, 1220.69 i Bui mannan ie. So's no canes Sevina,Coteara 1202 1608, Bol was oom capo te. ‘sobre abana una marae: ene: Bam pats Ge Lisbon, Conta dos de "Bnimor, no faurtowo elo manvvano, Seo XV 40 Crutetesenescents, Minus, 8. Andie, final do be. XV, Alert RENASCIMENTO Sob a protegto das cidades, prosperam 0 comércio € 0 artes amadurecem novas descober‘as: a polvora, a imprensa, o may 0 teldgio, Aventureiros que descobrem novas terras, ciem se aproximam das leis da natureza fornecem uma imagem novo mundo. Nas universidades, a nova geraco ‘humanist ‘0 préprio intelecto, adquire uma nova liberdade espiritual de alcance mundial que a idade g6tica, rigorosamente ligada a Igreja, ndo esta- valem condigSes de aleangar. A patria de cardtercitadino-corporativo orna-se demasiado estreita, a condigdo do cidadao, demasiado limi- tada. A personalidade se rebela contra a uniformizarto. Segura de si, itica o modo de viver da idade gotica, a sua escrita deselegante, f'pesada lingua alema e até mesmo ® ambiglidade da lgreja ‘Configura-se a imagem do reformador, que transformard radicalmente ‘9 seu tempo. Nao surpreende, portanto, que, para terminar as cate- ddrais g6ticas, contratem-se operarios de toda parte. A construgdo de 41 ricas residéncias ¢ prédios municipais atesta cada vez mais claramen- te a recém-adquirida conseiéncia do burgués de formagao humanis- {, que substitui os eclesidsticos como fonte de cultura. A imagem desse novo homem se propaga em numerosos retratos, pela primeira vez na historia do Ocidente. A Antiguidade romana é 9 modelo e 0 stimulo para a “idade de ouro” com que os humanistas sonham e ha qual o homem deve ser "‘a medida de todas as coisas". Por isso 0 homem culto fala em latim, escreve com a “antiga escri ta", a “romana”, por isso os artistas buscam na figura humana as proporgdes ideais ¢ assinam orgulhosamente as suas obras com o seu home. O anonimato das obras géticas terminou, o artista nao & mais lum servo, mas um senhor. Estes novos ventos cheeam da Telia, on- de os déspotas dominam as cidades-estados, e, em Roma, os papas do Renascimento dirigemsse ao mundo inteiro. Eles esto rodeados {dos espiritos mais esclarecidos do seu tempo. Jamais uma época con- ‘seguira reunir tantos e tao geniais: poetas, pintores, escultores, entre (08 quais os mundialmente reconhecidos Leonardo da Vinci, Miche- langelo, Bramante, Alberti. Na Iulia, slo também recuperadas e re- novadas as formas nobres e rigorosamente proporcionais dos anti- 20s templos. O pilar gético tardio sem base e capitel ¢ substituido pela ordem clissica; a abdbaba de nervuras torna-se novamente de bergo, sustentada por imponentes arcos de ababada; 0 atco ogival cede o lugar a0 de volta inteira, enquanto os pérticos ¢o frontao pla- no ressuscitam a fachada antiga. No entanto, os arquitetos alemdes e holandeses geralmente niio en- tendem esse projeto de renovagao. A maioria deles nunica viu a Ttd- ia, nem as construcdes de estilo clissico antigo ou renascentista. Das _gravuras em cobre e das fluminuras dos livros tiram os motivos orn: ‘mentais que transformam com imaginagio (rolos, formas helicodai ¥, Guarnecimentos, Estilo Floris, Maneirismo) e com eles adornam, 8 fachadas das casas nas suas cidades, cujos frontdes de gradinata ‘nao podiam esconder a sua origem gotica. Raramente estiveram em condicdes de recriar as formas puras do Renascimento italiano. Medsind te aracra Pv, Ceti 2 reveatmart de par sparse: 2 bonsogem erica owe dure, a ingore tiseguos vpn stra: 9 comps rontota sta Autenberg: 7 free de cng am cur, Onéane 8) crabs te quedrde, boreogem schaterburg, Coseo, 105-4), deceragdo com simantos idee conse oncse nonso angus opps. te (Amtodh Royster 1614 4B CAPITIS € COLUNAS. A esqueda no ao apt! degotoscos com sors othe Peete ee eran emer rae PORTAL. Poa reragco he samen cis Bat ORVATOS MANEINSTAS, 9) mascrto ico ideal para as igrejas renascentistas 6 edift- cio de planta centrada (v. figs. 1, 2, 3), coberto por uma ciipula. Os componentes fundamentals dessa planta so a cruz grega, o quadr: do, 0 citculo e as suas intersecgdes. Mas as obrigagbes litirgics gem a planta longitudinal, que esta presente, por exemplo, na basi a. A sintese dessas duas exigéncias conduz a tr8s prineipios arquite- {Onicos: 1, — lado leste de planta centrada com ou sem ciipula — corpo central acrescido de teto plano ou cipula de berso (figs. 1, excero quando orientada para oeste, ¢ 2! Como I., exceto para as tr8s naves laterals, substituidas por cape- Jas nao comunicantes entre si (figs. 5 e 7; v. Igreja de pilastras*);, 3. Alinhamento de estruturas centralizadas de tr8s naves, tipico so- bretudo de Padua e Veneza (fig. 6). [As fachadas si desenvolvidas sempre com maior harmonia e plasti- ‘cidade, com colunas e pilastras (v.*), revestimentos de bossagem, ja- scat Rome, Sn Pa. Avago cra, S486, tn (8 \ Sta’ com» coo onatud ioe Sm waits A soquerde: ig. 2. Roma San Potro eect com ce gorm beso fir superar ara 4s nelas com frontao triangular ou arqueado (i. pag. 43). Ressaltos (v*.), pronau e interrupsdes (v, Cornijas*) aumentam 0 efeito pléstico dos ‘edificios. As imponentes cupulas (i. pag. 43) apdiam-se solidamente ‘num tambor e so rematadas por uma lanterna, rg posi ¥ caida) onto vier. nas cago sante | hontb S embraces ta Fig. 5. Mint, S. Andas, 1472, Aba ‘aus cama com nab ina aa ce Pam come. pedireto te tare Blanros" cds roca! aa pce se Gone V.pap 41" Modes paras Gees Goteuat cig Wansveray sor corinne ace, 1868.75, Vigna: ocnaca Dla bot. are Se pan Sam Sapo ranaaproseran; moses par numero ean bardcts No ao le) 46 ‘Aleman {A presenga de numerosas igrejas medievais satisfaz amplamente a ne- cessidade da época renascentista. As novas igrejas se encontram so- bretudo em cidades recentes (como Freudenstadt) ¢ adquirem 0 as- ppecto de igrejas palatinas (Munique*) ou de capelas de castelo (Lie- benstein e Augustusburg*). A preferéncia dada aos abundantes or- rnamentos maneiristas contrasta, no entanto, com o limpido classicis- ‘mo dos modelos italianos (Liebenstein, cf. também pag. 84). Franga [Na Franga, as igrejas renascentistas sao ainda mais raras. O primi vo aspecto gético das fachadas ¢ transformado com o acréscimo de elementos de estilo renascemista italiano (Dijon*), ou, entdo, facha- das de cardter rigorosamente classico so superpostas ds igrejas g6ti cas (Paris, St-Gervais, de 1616, transigao para o Barroco). Paises Baixos No exuberante estilo nacional confluem detalhes goticas e classicos, ‘© maneirista Estilo Floris \.), a alterndncia de pedra lavrada branca ¢ tijolo vermelho. As sébrias e simples igrejas de Hendrik de Keyser fem Amsterda* se propagam até a Dinamarca e Dantzig. Espanha A Espanha apresenta duas correntes: 1. O estilo plateresco (v.), um género de decoragao tipicamente espa- nhl, que apresenta grande quantidade de esculturas; 2. O ascético e desadornado estilo “‘Desornamentado”, classico-ar- aizante, utilizado por Herrera duramte o reino de Felipe I. ay ssn frie eeua de St. Mae, Sits hile Contra Soca due na Alani ale sigraas: te rtoma 8 escue 118 Ponts (edt Get tg. 1, 1268.73, Van te eer Cites seit Sura de reap a Soto ts ones. Pe BARROCO A Reforma encontrou um clima favoravel em quase toda a Alema- nnha, Todavia, quando foi obrigada a enfrentar uma oposigdo organi zada, correram rios de sangue: no 6dio profundo da Guerra dos Cam- pponeses, na histeria dos anabatistas e, mais tarde, no horror sem fim ‘da Guerra dos Trinta Anos, Obras-primas insubstituiveis foram des- truidas e, nas igrejas sem ornament e sem misica dos calvinistas, a Reforma se enrijeceu na sua prdpria e fria intolerdncia Por causa disso, no século XVI, a fareja catdlica concentrou suas for- ‘as, a comecar pela Ilia, edeu inicio & Contra-Reforma. Como seus propésitos sdo reacionérios, a sua forma exterior nfo exige nenhum Mas descobre as energias ainda ndo utilizadas presentes das formas renascentistas, que os seus adversérios dene- srirdo mais tarde, dando-Ihes o nome pejorativo de “‘barrocas”. A esséncia dessa nova arquitetura ¢ a representacao ¢ ela vai, inebrian- temente, invadir a Europa, 49 Ela entusiasma as cortes principescas dos numerosos monarcas abso- Intistas europeus, é utilizada com exuberdncia em castelos ¢ parques de dimens6es gigantescas e multiplica sua pompa no espelho de pe- {quenos lagos artisticos. O Barroco se tornard, por 150 anos, um mo- delo de vida, que impregna tudo: a escultura ea pintura, que se inte- sgram sem tr jculdades & arquitetura; a musica, que con- {ete s ceriménias principeseas e religiosas um sumo esplendor; 0 mo- bilidrio, o vestusrio, a literatura e até os penteados e 0 modo de se expressar, Nunca cémo nesse periodo as celebracdes dos principes e da Tgreja ‘mostraram tanta unidade. Na Ilia, a basilica de Sio Pedro e a igreja del Gesi (il pg. 46) j4 prenunciam o Barroco. Todas os elementos ddo Renascimento reaparecem no Barroco, porém levados ao grau mi- Nimo de representagao. O citculo, nos edificios de planta quadrada, transforma-se em elipse, a cipula do eruzeiro aleanga uma notdvel imponéncia. Nas construgoes de planta longitudinal, prevalece a abé- bada de beryo para a nave central. As naves laterais e o transepto se reduzem a capelas em forma de nichos nao comunicantes entre sy ‘mas so importantes do ponte de vista estatico como pés-diteitos (y.) € como segunda cobertura do espaco (v. Igreja de pilastras*). A fachada é atribuida uma importaneia cada vez maior. A sobrepo. sigdo de elementos escultorios — estituas, pilares, colunas e pilas- tras —, a alternancia e a mescla de superficies de paredes cOncavas ‘ou convexas conferem-lhe uum aspecto alegre e imponente. Parece ‘muitas vezes, © pano de fundo de um palco de teatro. A superficie plana da fachada se transforma em ondulagbes da parede, que vibram Fitmicamente para a frente e para trés, transmitindo os seus movi- ‘memtos ao espaso interno. No uso refinado da perspectiva, © até mes- ‘mo nas ilusdes de Optica, os arquitetos competem com os pintores: linhas divergentes simulam volumes maiores, a madeira é marmori zada por motivos de economia, enquanto figuras de estuque, nos afres- 05 ilusionistas dos retos, parecem subir imperceptivelmente, Somente a simeitia, em todo 0 conjunto do edificio, como em cada detalhe dda mobilia, parece rigorosa. Apesar da alegr¢ exuberdincia, estao sem- pre presenies figuras e alegorias da ordem divina e da ordem absolu- tista. (Quando essa ordem se desfaz, durante 0 Rocoes, a assimetria se torna significativamente a caracteristica do novo estilo.) Contudo, 0 obscurantismo esti sempre presente. Leva o nome de su- DerstigZo e Inquisigao, de bruxas queimadas ¢ de povo faminto. E. ‘quando o fanatismo dos deserdados se une ao espirito dos iluminis- tas, citico para com asociedade, a Franga oferecera a0 mundo o ato final e sangrento da época barroca: a Revolugto. so seta ert ceee nace ap ho ete ee ‘Braye: Conwanio go Loreto, 1700, Dantrehotan, 2s moms Pat coe 31 ‘anit or re treo, T750 Roec cai oe tan stearato tet TORRES, A esque: terora aie ound Roms, S. Agnase, 16681; ‘tpulacom courae Grssey” 1735) eaot aaa St Galon,Coogada, SES) com pila de bute Cuctra sos Jesus 1888-73. 32 Mata Acestrutura de numerosas igrejas barrocas italianas (igreja de na- ve tinea com abdbada de bergoe ceapelas em forma de nichos, par te leste centralizada com cuipul Roma, Sant’ Andrea della Valle foi desenvolvida jé no Renasci ‘mento (v. igreja jesuita del Gesi. ‘em Roma, pag. 46). 0 efeito mo- numental da arquitetura barroca deriva essencialmente da compa- cidade e do realce conferidos aos elementos portantes (pilastras, colunas, perfil [v."] ariculado da fachada e das cornijas), cuja energia ¢ conduzida para o alto € para o altar, 0 que também se manifesta na abundante decora- go das absbadas, ‘Ao mesmo tempo, sobrevive uma corrente mais estfeitamente liga ‘nuidade ao paladianismo (v.) do Renascimento tardio (Roma, fa- chada de San Giovanni in Late~ ano, 1733-36). Muitas vezes as igrejas barrocas se encontram no centro de mos- teiros de enormes dimensOes, ou se inserem harmoniosamente em ambientes urbanos constituidos por edificios profanos e palicios. Odificio centralizado (v.) adqui- re uma importancia crescente, © 1 forma da sua planta tende ca- da ver mais para a elipse. Jrssent rie decorashe Alemanha A Guerra dos Trinta Anos (1618-48) freara o desenvolvimen- toda Alemanha, Quando ela ter. minou, foi tarefa, primeiro, dos arquitetos italianos e, logo de- pois, também dos alemdes recu- erat 0 tempo perdido. Os exem- plos abaixo mostram as fases do desenvolvimento: 1. Planta rigorosamente longi- Luidinal, erigindria da Europa me- ridional, (Seedorf, Munique*), que, gragas ao seu classicismo, se afirmou sobretudo na Franca € no Norte protestante da Europa; 2. Esquema arquitetOnico de Vo- rarlberg (v.*) (Weingarten*), va- riagao da igreja sobre pilastras (v.*) difundida na Alemanba me- ridional e na Sula; 3. Sala nica de planta centrali- zada, formada, no Rococé ale- ‘iio meridional, pela unigo de dduas semi-lipses (Steinhiausen*); 4. Jungdo de uma construgio de planta centrale de outra de plan- ta longitudinal, que ¢ decompos- tacem partes centralizadas até per- der totalmente a conformagao original (Vierzehnhelligen, il. pag. 31). (© Rocoes tem especial predileeo pelas torres (duas) com cipulas ‘muito decoradas, caracteristica {que prevalece no Sul da Alema- rea fia somo tambla na pltoresca ok decoraeao interna, cada vez me- Somer ng Stinm: Const oe aut ans elptens epost, os cldssica (Bimaus sa 35 No ate no canto: Londres, Cats! do Be Pod 10781716, Was. Pisa em {6 por aoa eampandnas Sam parce sh ‘oa anaes toden 0 waroe ede cote {oe por edplos Ener Seregoe, Nuss. feo Senora oe! far icin en 160, ewer 80. tango de wd nv 38 0 Classicismo a Franca Desde 0 inicio, esteve presente junto com 0 Barroco uma corren- te que estudava mais o classicis- ‘mo das formas arquitetSnicas, se undo 0 espirito do Renascimen: to, do que 0 Fausto da decoragao, Esse ‘‘Classicismo barroeo"” foi particularmente seguido na Fran- iu um estilo “antita- liano™, que, embora faustoso e de uma solene monumentalidade (Versalhes), apéia-se também na racionalidade e nas estruturas matemdticas (Paris, Déme des Invalides"). Na Franca, justamente, 0 termo “Classicismo” indica o periodo compreendido entre 1490 ¢ 1790. Suas fases podem ser individua- lizadas mais claramente na cons- truco de castelos do que na de igrejas. E a igreja que representa de forma mais intensa aquela ni tidez académica e estitica que conscientemente toma distancia do Barroco italiano pertence a um castelo: € a capela de Versalhes. © Barroco inglés ‘Apés 0 incéndio de Londres, em 1666, Christopher Wren constrdi 53 igrejas. Dentre elas, a de St. Paul simboliza melhor a ligagao ‘com o Barroco continental, sen- ddo por isso incluida entre as mais bbem-sucedidas experiéncias, na Inglaterra, desse estilo que durou cerea de 60 anos. © Barroco espanhol se exprime essencialmente nas decorages li- res de esquemas (v. Churrigue- rismo*) e sua influeneia se esten- de também as colénias da Amé- rica do Sul (v. Estilo jesuitico*), DO NEOCLASSICISMO A ARQUITETURA MODERNA 1 - NBOCLASSICISMO CCassicismo indica, em sentido amplo, todas as tendéncias artisticas ‘que tomam como modelo a Antiguidade. Em conseqiéncia, também 4 arquiterura italiana do Renascimento pertence ao Classicismo. Na Franca e no Norte protestante da Europa, a corrente classicista, que retoma com freqiiéncia Palladio, permanece ativa também no Barro- ‘9, tanto que na Inglaterra, por exemplo, dificilmente se poderia fa- Jar de uma verdadeira arte barroca. Numa acepeio mais estrita, ‘*Neo- classicismo” denota o estilo artistico préprio da Europa entre 1770 © 1830 influenciado pela Antiguidade grega. Durante 0 Barroco tardio, encontrava-se jé bastante minado o poder da decadente monarquia de Luis XV e Luis XVI, pois vinha sendo cexercido cada vez mais por personagens de segundo plano. A repre- 39 sentagao teatral perdera a seriedade e a compostura, em decorréncia dda licenciosidade da galante comédia pastoral. Em igual medida, a pompa do Barroco se dissolve, tanto na Franga quanto nas cortes € nas igrejas dos numerosos pequenos principados europeus, na capt chosa ¢ minuciosa graga do Rococé. O movimento racionali Feagdo a0 Barroco, o Hluminismo, iluminara as causas polticas ¢ eco- micas do desgoverno da classe dominante e preparara espiritual- mente, através de palavras de ordem como “Volta & Natureza"”e “Li berdade, Igualdade e Fraternidade”, a grande Revolugao de 1789. ‘A atitude objetiva e intelectual dos iluministas encontea, do ponto de vista artistico, correspondéncia no Neoclassicismo, que procura ‘nao tanto a imitasao como a renovagaio do espirito da Antiguidade, Prefere claramente a monumentalidade articulada ¢ simétrica, a re- gularidade das proporeées obtida através das medidas e cileulos, & Pparciménia nas cores e no mobilidrio, de acordo com a expresso ""No- bre simplicidade e serena grandeza’’, que Winckelmann cunhara pa- aa Antiguidade grega. Assim, o Neoclassicismo €0 componente ne- cessério de uma educagao moldada na Antiguidade. Nao é por acaso que coincide, na época, com as expedigées arqueol6gicas no Egito ‘e-em Pompéia. Em consequéncia dessa difundida paixtio pelo cole- ionismo e pelas pesquisas histéricas, a construgdo dos museus e mo- umentos adquire uma importancia cada vez maior do que a jd es- ccassa construgao das igrejas. © aspecto exterior da arquitetura neoclissica é caracterizado pela pa- rede frontal do templo grego com timpano triangular, ou pela eleva- 0 com colunas (portico). Meias-colunas, pilastras e cornijas confe- rem harmonia ao edificio, enquanto mutulos, pérolas, contas, pal melas ¢ 0 ornamentos sinuosos da Grécia eldssica (¥, Ornato} fun- ionam como decoracdo ao lado de guirlandas, urnas ¢ rosaceas. A impressao geral no entanto € de frieza, muitas vezes de pobreza, ape- sar da monumentalidade. A escultura figura o ser humano, a sua ‘matéria-prima é 0 mirmore branco, frio, liso. A pintura segue temas classicos ou hist6ricos, e a linha, nitida e rigida, se impOe a cor. Os emas artisticos dos estos Diretério (1795-99) (,*) e Império (1800-30) sao, em geral, de cardter ornamental: representam o epilogo da ida- de neoeldssica, Assim, tampouco 0 Neoclassicismo, ihimo grande estilo do Ociden- te, tem a sorte de ver sua energia criativa destinada a grandes realiza- 1gbes. Na sua fase final, cle se dispersara em decoragdes de pequenas limensées. 60 A gear Pac no, 170680, Sol. ac cand es wea com Doricodecouras carte’ Cpe ge eran « solsnas 9 rege. tombs. (Unae:Secuerando 2 - HISTORICISMO No iltimo trint8aio do séeulo XVIII tem inicio na Inglatera, ‘Alemania e Suiga um movimen- to de reagto ao Racionalismo.eao Neoclasscismo, © Romantismo, Ele imprime & pintura, misica ¢ poesia novas formas estlisieas, partindo de uma diversa concep. do da natureza eda histéria, No Entanto, ndo dé origem «um no- ¥o estilo arquitetdnico. Ao con- ttério, as formas arquiteténicas os estilos precedentes s20 real- sadas e classificadas, Come num jogo, seus elementos sto extrai- dos das construgdes reeompos- {os em novos ediieios, au segun- doum esilo “puro” (Viena), 01 numa mescla eclética de estilos (Parise), Ao mesmo tempo, as novas tEnicas arquitetnicas do século XIX exercem a sua in- fluencia: o uso de armagdes de ferro, do eonereto, do vidro. Es- ses materiais fieam descaberios (onumento aos Vencidos, em ferro gusa, de Schinkel, de estilo Gotico, Berim-Kreuzberg, 1818) ou ficam ocultos sob uma co- bertura e ornamentos de épocas passadas (Teatro da Opera de Paris, » Revolugio Industrial alema*, cf. também Hamburgo, '343"wwtfoaeanetneommes pag. 87%), No entanto, nos luga’ 2 86 stele RIV g2m coment ec, resem que caracterizam também Eoeut"sacate come nisl de econ a forma exterior, sem a preocu- (le.zes tava de 1870.71, om etl pacdo de consideragdes historicis- tas, esas épocas resaltam despojadas ¢ sem graca (Torre Eiffel) © Neogético produz, a0 lado de edificiosresidencaise public, al guns milhares de isrejas goviizantes. O acabamento dos grandes fustes de coluna das catedrais é a coniribuigdo menos discutvel do Neogotico (Catedral de Col6nia) (». Purismo). O século XIX € ca- racterizado pelo Neo-Renaseimento, pelo estilo romano (».*) da me- tade do século (derivado do Romanico e do Renascimento italiano), pelo Neo-Romanico ¢ pelo faustoso Neobarroco da Revoluydo In- 62 dustrial alema (y.*), mas também por elementos esilisticos mouris- cos exipcios. Contudo, o Historicismo é expresso de um profundo respeito pela historia patria e pelos “‘antigos mestres” ¢ demonstra uma conscigncia religiosa e social. 3+ ESTILO LIBERTY [Na Inglaterca (com William Morris, 1834-96) toma impulso, em 1890, a tentativa de uma reforma global, de uma “*humaniza¢do do espago urbano através da arte”. Baseando-se no artesanato, Morris preten- ddeu estabelecer uma nova unidade entre arquitetura, pintura, escul- tura e artes decorativas, com a intencao de criar uma obra global. Em arquitetura, 0 novo estilo esta destinado a superar o Historici mo. Caracteristicas do estilo Liberty (v.) so: —abundante ornamentagio das partes funcionais (por exemplo, su- portes) e de preenchimento do edificio; —linhas e formas reas, continuas e onduladas, inspiradas em orga- nismos vegetais (plantas aquaticas, lirios, ete.), mas também em cis- nes, labaredas, jubas agitadas, eic., em sombras, na pura arte grafi- ‘ca, mas ricas de sombreado e de plasticidade na configuracio das fa- chadas e dos méveis; — méveis adaptados as fungdes orgdnicas do movimento; — obras de arte arquitetOnicas globais: arquitetura do interior e do exterior, tapetes, méveis, tapegarias, objetos de uso pessoal assina- dos. E rara a construcio de igrejas. 4- ARQUITETURA MODERNA Conereto, vidro, armagdes de ferro, novas aquisicBes da estética so experimentados ao longo do século XIX pelos engenheiros e, por volta de 1900, adotadas pelos construtores (pag. 89°). Os elementos arqui- tetdnicos do estilo Liberty, plasmados com finalidade ornamental, «, em parte, também as realizagdes do Expressionismo, ainda esta vvam voltados para a uniao das devoragdes da estrutura cstaética. J4 (0 inovadores do século XX teorizam uma nova estética, cuja divisa € formulada desde 1896 por L. H. Sullivan: “Form follows function’” (a forma deriva da fungao), A isso correspond a recusa da ornamen- ago (Otto Wagner: ‘'O ornamento é um crime") em todas.as partes, do edificio em que nao seja '‘componente essencial da construcdo” A estrutura € evidenciada como valor estético em si. Privilegiam-se © cubo e 0 angulo reto. Edificios compostos por elementos pré- fabricados, arranha-céus residenciais e de escritérios sem adornos e funcionais, edificios religiosos, assim como grandes obras de enge- nharia em concreto, ago e vidro evidenciam a marca da arquitetura moderna. No mbito geral da cidade, sua frieza racionalista se mes- cla, muitas vezes de maneira agradével, mas sem se fundir completa- ‘mente, com os edificios mais antigos & tradicionais. 8 A oeguede: Rainey nas gi donna Snore: 192228, Pu force. Apter aor Rncio Sra de rg Sed Wing, 880-66 18 or Cierpoot Catedral ge Carat te King (ara Teal, 968-87, Gsberd. Eaielo Ge plant» ESMIRGR Gente vdeo Solon, 64 tio erred. Vien, Belvedere Superi, 1720-29, von Hdabran PALACIOS - FORTALEZAS - CASTELOS: Dos palicios das idades carolingia e romanica conservaram-se alguns oucos vestigios. A casa do castekio e @ Capela Palatina (v. Aachen, pp. 19% 67") so seus componentes arquitetOnicos essenciais. Os pa- lcios, residéncias de imperadores, res e bispos na Idade Média, es- tavam espalhados por todo 0 territério do reino e eram visitados de ver em quando pelo senhor, que, em geral, ndo possuia uma mora: dia estavel ‘A fortaleza medieval 6, a0 contrério, uma residéncia fixa. As forta- Jezas bainas, de uso mais freqilente do que as circundadas pela égua, foram mais destruidas ao longo dos séculos do que as altas. Estas influenciaram de modo determinante o nosso conceito de construgo fortificada. Eis uma boa qualificacdo dos tipos de fortaleza (segundo Herbert de Caboga): 65 1. A fortaleza circular, com uma tinica torre permanentemente habi- ada (em francts, donjon*, em inal8s, Keep), tem origem na “*mota’ normanda (pig. 69*); 2. A estrtura em quadrilitero drabe-bizantina remonta 40 castelo de época romana (pig. 70" 3. Fortalezas de formas irregulares indicam adaptacao & natureza do terreno (pp. 68" ¢ 71”). A difusio, na Idade Média tardia, das armas de fogo pesadas coloca ‘cada vez mais em crise 0 valor defensivo das fortalezas. Emtdo, apés terem assumido vérias formas de transiedo no Renascimento e no Bar- +.0c0, so substituidas pelos castelos e pelos palicios. Os palécios ma- cigos, amplos e revestidos de pedras trabalhadas, do inicio e do fim ddo Reitascimento italiano, ligam-se, através das ordens das colunas dispostas em varios andares, das cornijas ¢ dos patios internos seme- Ihantes a dtcios, &s antigas formas arquitetdnicas (pig. 73°). Os cas- telos alemaes e franceses e as fortalezas da peninsula ibérica, ao con- tririo, em geral ocultam com dificuldade sua origem gética, uilizan- do detalhes classicizantes e uma abundante ornamentagdo maneiris- ta (pp. THe ss ‘0 Renascimento tardio italiano preludia o Barroco com a sta ordem. colossal (».*) Palladio), com o atico (\.) eneimado por estatutas (Pa- Jazzo Valmarana, pig. 73). Na Alemanha e na Franca preferem-se o tethado a vista com fromtdes laterais, dguas-furtadas e mansardas. As torres de canto slo evidenciadas, enquanto as torres com escada ‘em caracol oferecem um efeito arquitetdnico maravilhoso. O Esco rial espanhol (pag. 75*) introduz uma nova dimensdo, na qual se ba- sear castelos e convents barrocos.. Oeestilo de vida dos senhores feudais dos séeulos XVII e XVIII € for- temente influenciado por Lufs XIV, 0 Rei Sol. A monumental cons- truco do castelo de Versalhes, 0 aparato decorativo de sua época fe de seus sucessores imprimem, embora com numerosas variagdes, © estilo dos seus castelos e residéncias nos prineipados europeus. AO ‘opressivo cerimonial de corte do Barroco, corresponde a simetria das Formas exteriores. © realce concedido 2 algumas partes do edificio (cour d'honneur, escadas de acesso, saldes de recepeo, galeria [v. teatros, etc.) tem como finalidade a satisfago de uma necessidade de representagdo em constante crescimento. A construgdo retangular (Viena, pag. 76°), a cour d'honneur do edificio de trés alas (Wiirz~ burg, pag. 77*) grandiosos jardins (v. Jardins, arte dos,*) faz co ‘que 0 castelo barroco se expainda para o exterior. Os pequenos e in ‘mos castelinhos ¢ paldcios citadinos da aristocracia enearnam, jé no principio do século XVIII, a preocupagio de eseapar i rigida etique- ta da corte. Nos seus saldes silo desenvolvidas as formas decorativas 08 costumes do Rococd e do pré-classicista estilo Luis XVI AN ‘piatatorms. yew \y oo} S emgomere,, pina i AE. won, eet + He N, ice soecinae ISL Gl FY. ies etn ry = —— PT Mbeedittis on ‘esque no ato, Aachen, olci craing,¢. 800, Cepea do pals 4p. 19"): no Centos erbetrs Gos ela xi abice ea ‘seuerd, adarve com secade pare 0 mvtefor eo tron, b deen, rapes pea. iTmsiaedor aco Ge Tochacura. cucforme® do trth 67 Frode, 1801-5, Schoch, Mantis “Juggese ANDAR SUPERIOR [ANDAR INFERIOR, ANDAR NOBRE . acne es eae ceebvol es sate ava rej (Sls Tar sin mperedo, Ge ocuoa cos todas" € famosas chemado Sol n fatto om wotoqve « bone 78 PALACIOS CITADINOS E PUBLICOS Romiinico. A pouca importancia das cidades romiinicas corresponde também a modesta quantidade de residéncias e edificios publicos. As casas de pedra, que chegaram até nds sem muitas mudaneas, so ma- cigas, pesadas e fornecem apenas uma péilida imagem do urbanismo {do inicio da Idade Média, quando as casas s6 raramente eram cons- truidas de pedra, Gotico. Os edificios pilblicos e as sedes das comporacdes da idade g6- tica sdo construgées de prestigio por seu carater de representacdo pi- blica, Além disso, na Europa setentrional e central assume enorme importancia a armaco de madeira & vista, cujos andares salient aumentam um pouco o espago habitdvel nas vias estreitas das ci des, Os edificios de armagio de madeira a vista que foram conser\ dos remontam, no maximo, a0 Gético tardio Gil. pg. 81). Os edifi- cios de pedra, a0 contrério, deixaram brilhantes testemunhos do or- ‘aulho comunitério e corporativo. 9 Em Flandres, so de enormes dimensdes as amplas salas dos pagos rmunicipais, assim como das easas de comércio e das sedes das corpo- ragdes, com altas torres (com fungio de defesa e de arsenal) ¢ quase todas as decoragses que se encontram nas grandes catedrais (Ypern*). Na Itdlia, as ameias ¢ a torre delgada lembram as bem providas forti- ficagdes que a nobreza crigia como residéncia na alta Idade Média. Em comparacdo, os pagos municipais as sedes das corporagdes na Alemanha parecem muito mais madestos. No entanto, possuem na sua fachada (il pp. 81-82), junto a rendilhados, pindculos e escultu- ras, rieas decoragdes ornaments, Renaseimento, O palicia ¢ a residéncia nobre preferem, na Italia, 0 patio interno com arcos sustentados por colunas em todos os anda Fes, 0 mezzanino (y,*) ¢ uma estrutura de pilastras (il. pag. 83). Na ‘Alemanha, a armacao de madeira & vista é, com freqilgneia, susten- tada por um portico de arcadas, enquanto os andares salientes se ‘apéiam em misulas (v.*) ricamente decoradas e pintadas. Rosaceas, sacadas e altos telhados também estao normalmente presentes. Nas onstrugdes de pedra, o cimbre maneirisia funciona como mediador entre os aradis do frontio escalonado gotico enquanto a abundancia ddas dacoragées (palmetas, rosdceas, grotescos, bossagens, conchinhas figuras alegoricas, hermas e colunas muitas vezes sem nenhuma fun= 40 portante) da a dimensio do prestigio das cidades e das comunas (i, pag. 84). S6 mais tarde se desenvolve um estilo renascentista ale- ‘mio autBnomo (i. pag. 85), Na Inglaterra, 0 refinado paladianismo de Inigo Jones insere-se junto do estilo elisabetano gotico tardio € do maneirista Jacobean style (i. pag. 83). Na Holanda, as sedes das corporacbes e as residéncias estreitas, aus teras e de wirias andares enfileiram-se, uma ao lado da outra. Barroco. A Holanda, a Inglaterra e o Norte da Alemanha nao se aven- ‘turam no estilo barroco tanto quanto a Belgica (il, pag. 86). Seus edi ficios residenciais e piiblicos sao classicamente frios ¢ devem 0 seu feito, particularmente na Holanda, mais ao contraste das cores dos materiais (pedra lavrada cinza e tijolo vermetho) do que a abundante ‘ornamentagio, No Sul da Alemanha ena Austria preferemsse, a0 la- ddo de decoragdes em forma de folhagem ou de fitas, fachadas roco- ‘06s exuberantemente estuicadas ou pintadas, que pouco tém de classco. Neoclassicismo. © ideal burgués de cultura inspirado na Grécia anti ‘88, que se manifesta grandiosamente na construgao de teatros, muc sous e cdmaras municipais, reflete as suas formas rigorosas e claras inclusive nas residéncias, O planejamento urbano (Karlsruhe, i. pag. 87) assume uma especial importincia. Em poueo tempo, as tendén- cas historicistas do século XIX se mesclam as novas téenicas de uso, aarmagdes de ferro (Hamburgo, il. pag. 87). Os moveis, em grande parte ja produzidos em série, ¢ o$ frisos ornamentais so testemu- ros recentes da era industrial no seu primérdio. V. também Estilo Liberty, p. 63, € Arquitetura Moderna, pp. 63 ¢ 89.50. 80 cma: na ae do Gots tt com 0 or um ido do pio ign ae Dares ate ‘A seqveras: St. Gia, Sul ea Franca cass romania, 31 trade. Comins dae igri oroses em ait com ges em njuerague’Orcuracto com sraase webs bar mune ‘yatenuis of consraucko 88 89 GLOSSARIO ILUSTRADO Abaco — Laje da cobertura do capitel (). ‘Abobada” — Teto curvo, geral- mente de pera, cuj peso se des- carrega sobre 0 pé-direito (v.) ou encontros. Estes (muros, pilares, etc.) reeebem 0 peso © a presst0 lateral da absbada 1. Abobada de bereo. A secao vertical tem forma de semicireu to ig. 1) oude segmento de cir- culo, mas também pode ser ofi- val (ig. 1b). Se se cortar vert mente a abébada cilindrica no sentido diagonal, obtém-se 4 su- perfices:duas unfas ov intrador- $05 (K) frontais e dois evirador- sas (W) laterais sobre 0. pé- Giteto. © peso das unhas € des- carregado sobre os cantos, en- quanto o dos extradorsos ei di- Fetamente sobre os encontros. Na abobada de bereo rampante 0 vértice & elevado (especialmente or escadas). Por eruzar uma ou- tra abobada maior, perpendicu- Jar ao seu eixo, forma uma fune- {a (.*; aparece especialmente em janelas que chegam a0 teto). Quando as duas abdbadas ter ‘ham na mesma altura do origem & abobada eruzada 2. Absbada de arestas (fig. 22). Resulta do eruzamento de duas abébadascilinricas perpendicu- lares eda mesma altura, portan- to, composta de quatro nhas. As partes divsorias se chamam ner vuras fig. 26, Gr). O peso € des- carregado sobre pilares e a pres- lateral sobre contrafortes. 3. Abdbada de ervzaria de ogives (fig. 32). No lugar das arestas so colocadas as nervuras, de varia dos estlos, segundo as épocas (fig. 3b). Descarregam 0 peso so- bres pilares. As unas so de al- Aveoeas. veg root oan Ne ae: ta, 20. abdbese oe cruzi ik Ua ebir:H2,estesua ‘movG ~ eco veneveeaé Sn ~ ses on (rusinol Sore 8 barde permoual Gr so" 26 amo 6 93 Fg. porta de nevurn. 1,2 — ta, Re- tmbvio eee. XOX 9 ~ intra racer bewmtive: 88,7 — com ponder se Gore ~ initia canaads, Gate ivto, ‘Aug tp, to, sd entre. A Fp, 80, abooade ds ecu 94 venaria lev (p.ex., de tijelo 0c0, \, Pedra de constfusdo, 3). Formacéo dos tramos. Longas abdbadas slo divididas em tra: ‘mos por areos torais, mestres ou dobrados (igs. 2,2, G) perpen diculares ao eixo central da nave {arcos iransversais) (fig. 20). Ar- 06 formeiros ou formaiotes lon- situdinais correm na diresao do exo delimitam lateralmente 08 tcamos (ig. 2b, Sch). Um tramo estruturado cont ritmo, por exem plo com uma altemancia de pila- ese colunas (v. Alternancia dos suportes), leva o nome de tramo ritmado. Dévse o nome de absbada attea- dda’a abobada cujas unhas sober ligeiramente (fig. 3a), de modo ‘que o vértice da absbada cruza- 4a € um pouco mais alto do que © vértice dos arcos Tongitudinais f wansversais. Uma abobada al teada € octogonal (gom 4 arcos cruzeios ou ogivas, 2 ansversais entre as impostas ¢ a chave de abobada, nervuras de vértce em 2 sepimentos) chama-se abbada de cupula 4. As abébadas eujas nervuras formam figuras (absbadas estre- Jadas em forma de favo, goticas tardias) sto chamadas figuradas. As nervuras da abébada estrela. boda ondentoe da formam figuras em forma de estrelas. A subdivisao em tramos é mantida (fig. 4a). Quando se abandona a divisio em tramos separados nasce a composigio ordenada de abdbada de favo (ig. 4b). ‘As nervuras da abdbada em le- ‘que, em funil ou taca, se abrem fem leque a partir de'um tinico ponto. Difundida sobretudo no Gotico tardio inglés (fig. 5a, b); sna forma da figura Sa é encontra- ‘da também no continente, Nas ‘abébadas estreladas, em favo e fem leque, se encontram varias es- pécies de nervuras em diferentes combinacdes (absbada de lier- nes): a) nervuras principais (cru- zadas, transversais e de vertice); b) terciardo (nervuras secundé- ras, que saem dos cantos do tra: mo para o intradorso de vértice: as vezes alcancam também o in- tradorso transversal, mas no cchegam a chave da abobada cen- tral); liernes, nfo passam pelos Angulos do tramo (fig. 5¢). A abobada retieulada € uma va- iante da abébada em forma de favo no Gético de tijolo do Nor- teda Alemanha (v. Tijolo, cons- trugao de). Os intradotsos e as nervuras delimitam espagos em — @ forma de cunha (fig. 6). Fig. 8 sbdbada de Fen. Fp. 6, sodbade retcuads 9s EN “1 KTA Fig. 9, ahaa de rd. A va: bs 96 Fala-se em abdbadas entrelacadas quando as nervuras de uma abé- bada estrelada ou em favo (géti co tardio) também s2o curvas na sua planta (fig. 7). 5. abibada em forma de tenda consta de 4 ou mais extradorsos cilindricos. Descarrega seu pe- so sobre as paredes. Em geral ‘com tragado poligonal (fig. 8). 6. A abdbada de cume em forma de tenda (fig. 9) pode ser uma abobada cilindrica eom as extre- midades abobadadas, ou uma abébada em forma de tenda en- teemeada por uma parte cilis- 7. Abobada em forma de esquife (ig. 10) € uma abdbada em for- ma de tenda ou com testa em for- ‘ma de tenda sem a parte superior. andar superior, retangular ou eliptica (no barrco), chama-se esquite. A caipula (v.*)€ um tipo especial de abébada. V. também Falsa absbada* Abébada de fios tortuosos — V. Abobada, 4, fig. 7 Abside* — (gr. =arco, curva (da roda do Casro do Sol). Também concha, &xedra, tribuna. Nicho situado na exiremidade do coro (cabeceira do coro), de forma se- ‘icircular derivada da arquiter= +a romana sacra e profana. A ab. side principal corresponde an: ve central ¢ contém o altar-mor, absidfolos na extremidade das na. ves laterais e do transepto, con- tendo os altares menores. Surai- da na época carolingia, a abside ¢ precedida pela tribuna do coro (¥. Coro; Transepto, fig. 3). O periodo gético transforma a ab- side no coro (v.*) de remate po- ligonal ‘Acanto* — Acanthus mollis, se- undo Lineu, nome de uma pian- a.com folhas de bonita forma, ‘empregada decorativamente na arquitetura, em particular no ea- pitel corintio, dec. 420.a.C., enas suas yersOesromanas (capitel compésito). A arte roménica em sgeral confere ao acanto uma for- ‘ma estilizada, enquanto as artes ‘enascemtista e barroca se voltam para a sua forma original, ‘Aceoudoir — V. Cadeiral do ‘Acrotério — |. v. Escultura ar- ‘quiteréniea; 2. v. Ornato Adarve — Percurso dedicado & defesa de uma muralha forti- ficada. Adorador — Figura humana em Sxtase aos pés de Cristo ou de Maria. Freqiente nas pinturas, nos monumentos finebres. (v. Tumba) ¢ nas pedras sepulcrais. Agnus Dei — V. Simbolos cris- hos, 1; Atributo*. Aguiteiros — Cavidades quadra- {das numa parede que servem pa- ra sustentar as vigas de um an- daime. Alegoria* — Personifieagto de ‘um conceito abstrato com 0 qual a figura visivelmente mantém uma relag2o: por exemplo, para “primavera”, crianga com flo- res (diferente do simbalo, v."). V. Virtudes; Artes liberais, as sete; Miserivérdia, as sete obras da; Principe mundano; Musas; Eclé- sia e Sinagoga, Alinhamento — 1. no plancia- ‘mento urbano, a linha dentro da dual € possivel construir nas ruas cenas pracas; 2. seqiiéncia (ou fi- leira) de cmodos que tém o mes- ‘mo eixo. V. Enfilade. Altar* — As partes essenciais do Acaote.Aneiguidade gre ‘agora Dana macabr ds muhoos {Sino om modo, over arent th ” altar so: a mensa* ou andar do degrau so decorados com figu- altar, 0 sepes*, estrutura de fas em celevo (altar entahado} ou apoio; 0 sepuferuim, local das re- pintados, Com varios pares de Iiquias, Os elementos comple- ortinhoias podem-se variar as mentares sfo: 0 taberniculo* ou ‘gens (altar politico). Os pa a comwnen peranoy amady, ede (v-), pequena constrasao kis do goticotardio so coroa- Arragauecness feeamen, Aiwrel Geima da mesa onde se guarda 0 dos por um retabulo*, estrutura ‘So ognabug'6 utero s0e ¥"""” Santisima; o frontal ow antepén- fina e transparente com pindct- dio do altar (v.*), parament on Jos (v.*)e elementos decorativos, painel que exconde 0 envasamen- fou também com estdvuas de mi {0; 0 dossel ou parede posterior, sulas¢ cobertas por baldaquins: dlecorada com pinturas ou escule )em razto da mobilidade: altar turas, que na Idade Média est Fixo. (alvare ficum) e altar firmemente fixa A mesa e no pe- porta, paresendo um pequeno tiodo gético é ampliada até se altar de viagem com mesa ou em: chegar'a um altar de retabulo; 0 bloco®, ou como altar ariculdvel, bo soem ata de slo, Son painel do altar, parte central pin- também Triptico*. Seana Me 9 {ada do dossel 6 cibério®,estru- Aiternineia dos suportes — Al- tura de cobertura sustentada por ternancia de pilares (P)(.) €0- {quatro colunas de canto obalda- lumas (8) (v.), na sequéneia P-S- Auim (9), teto suspenso sobre o Pou P-SSP. altar, Podemos distinguir: 3) se- Alvenaria, obras de* — Const undo‘ posigbo: 0 altar-mor (Ale {e8 que uilizam pedras naturais tar do Senhor) diante da abside bu produzidas artificalmente, ‘uno se interior; os altares me- sem argamassa(alvenaria a seco) notes, dedicados aos santos: b) fou com argamassa de argila (al- segundo a forma: o altar-mesa* venaria de argila), pedra calcdria formado por um ampo e pelos suportes; o altar-baii*, com um romanos sto reunidas sob a de- ‘grande relicrio no envasamento; ‘nominagao de “opus”. altar de bloco* com envasamer to macigo e mesa salient; altar de 1 Alvenaria de pedra natural = sarebfago*(Gobretude a partir do cpus itaicun século XVI, mas também antes), ‘A Alvenaria de pedra desempare- ‘tar desea nebo t nt emy forma de sarobfago ou empre- ‘hada — opus antiquum (com ae an ‘ado como tal. O altar de retdbu- funcao de preenchimento — lo* Moresce nos séeulos XV-XV1, pus incertum, fig. 18) Sobretudo na Alemanha, Paises 8) pedras desordenadas, fig. 1 Baixos, Nordeste da Frana, Es. ») pedras empilhadas, fig. 2 ‘andindvia, Nesse tipo de altar, © «) em espinha de peixe (opus degrau* (degrau do altar sobre a Sspicatum, ef. 18) mesa) funciona como relicdrio e B Alvenaria de pedra bruta como suporte para o panel do € Alvenaria de pedra aparethada altar* fixo, em cujos lados sto — opus siliceum: muros cicl6- ‘ats port agen, ela dos Francs: POStAS 28 portinholas®. O qua- picos, alvenaria poligonal 3.,2hevagolarnl naa ngs sean cain do sce dro, as portinholas e também o ‘) pedra bruta, com intervalos ts 98 9 ‘ana de boeteat, snare ra preenchidos por pequenas pedras, fig. 3 (na verdade, pedras’ desemparelhiadas, Aa) ) tabahada.sumariamente, preenchida, fig. 4 ©) blocos poligonais regulares ‘com a superficie externa li- sa, sem intervalos, dispostos em torno de uma pedra cet- tal, fig. $ <4) trabalhada em forma trape- zoidal, com camadas defa- ssadas, fig. 6 D Alvenaria de sithar — opus romanum 4a) pedras em paralelepipedos, dispostos na horizontal, em carreiras horizontais de pe- ddras de faixa e pedras de ponta = opus quadratum, fig. 7 by camadas de alturas diferen- tes = opus pseudoisodo- ‘mum, opus vittatum, fig. 8 ©) alvenaria de bossagem ‘opus rusticum, blocos com saligncias risticas (cujo la- do visivel é chamado de bos- sagem), fig. 9 4) blocos embutidos, com can- tos arredondados, fig. 11 MI Alvenaria de rijolo = opus latericium a) em diferentes combinagdes, p.ex.,aespinha de peixe = ‘opus spicatum, fig. 12 bb) em fileiras horizontais, mut- tas vezes como revestimen- to para paredes de massa ou de enchimento (v. IIL, 1Ve) ‘opus testaceum (a partir ‘da metade do séeulo 1a.C.), fig. 13 ©) como camadas intermedia rigs de suporte (v. IVd) III Alvenaria de compressdo ou argamassa vazada, nas prime ras patedes, simpies trabalho de preenchimento (= opus em plectum), atrés de alvenaria de revestimento ou antemurais a) mescla de cascalho ¢ arga- masta, semelhante ao ci- mento = opus caementi- cium, fig. 14 by obra ‘de argamassa vazada = opus fusile, fig. 19 IV Materiais:diversos = opus mibxtum 8) pedra de tipos diferentes, p. ex,, reticulado de pedra opus gallicum, fig. 15 (de proveniéncia africana, utili zado com frequéncia na Ité- Jia e na Gélia) ) material de preenchimento (¥- IID e de revestimento, p. ex., pedras piramidais, co- locadas horizontalmente, ceujas bases quadradas com- pOem motivos que lembram ‘uma rede = opus quasirett- colatum, fig. 16; opus reti- ccolatum, figs. 17 € 18 ©) tijolo (como revestimento) material de preenchimento, B. eX, Opus testaceum (a partir da metade do século Lac), fig. 13 d)camada intermediéria de uma obra de preenchimen- to, com fungao de suporte, figs. 17 © 18 ©) finaimente, numa parede de argamassa’ vazada, como nervuras de abdbada, fig. 19, v. Pedra de constrasiio ‘Ambom* — (V. também Bema), Balaustrada com estamte de coro nas cancelas do coro paleocristio; nno lado sul para a leitura das Epistolas, no lado norte para a do Evangelho. Precursor do palpito de peti 36 vecesuenté reuse ‘Gece Soot aa em Nop tan 101 Anal hate, man etre panes do fuse ‘Arcana Rate! com Tod teeta, 102 mura ce 66 (v), reaparece as vezes nos edifi- ‘ios religiosos modernos.V. Epis- tola, lado da; Evangelho, lado do. Anelt — Anel do fuste, geral- ‘mente de pedra e em forma de mi- sula (fixada no muro), que fun: ciona como elo entre duas partes separadas do fuste, Importancia estrutural e decorativa. Tipico do Romanico tardio e do Giético pri mitive.V. Coluna. Anfiprostilo — Antiga forma de templo com pronau de colunas € vestibulo posterior. Anfiteairo — V. Teatro" ‘Auimais, frisos com — V. Orna 10", Anjos* — (gr. angelos = mensa- geiro). Segundo a biblia, os an: Jos so espiritos puros assexua- dos, intermedirios entre Deus € a humanidade; a partir da idade paleocrista representados em ge- ral como rapazes, alados e com Juma auréola luminosa (v.); 90 Renascimento italiano também ‘em forma de meninas. AAs hhierarquias ascendentes dos tds coros angelicais segundo Dio- isio, o Areopagita, século 1, na versio do século VI (it, 85. la.) It hierarquia: 1. Anjos, Angefoi, Angeli; 2. Arcanjos, Archangelol, Archangeli; 3. Principados, Ar- chai, Prineipatus; I hierarquia: 4. Virtudes, Exoue siai, Virtutes; S. Potestades, Dynameis, Potestares; 6. Domi- nagdes, Kyriothetes, Domina- tones, hiierarquia: 7. Tronos, Thronol, Throni;8. Querubins, Cherubim (do hebraico); 9. Serafins, Sera- phim (hebr.).. ‘Adquitiram importaneia e atribu- tos especiais: 1. 084 Arcanjas: Gabriel (v. Es- ccaltura arquiteténica: “‘Anuneia- ‘glo’ segundo Lucas 1, 19 ¢ 26-38); Miguel* (Daniel 12, 1; Rafael* (Tobias, 5, 18); Oriel ou ‘Ariel (segundo o Midrash); 2. 0s Anjos da guarda™; 3. 0s Querubins, formas humanas primitivas com 4 asas e salpica- das de olhos (6 asas a partir do steulo VIID) ¢ 4 cabecas (gr. fe- tramorphos = de quatro formas, segundo a visio de Ezequiel 1, 5-14), tiradas das criaturas mais perfeitas: dguia, ledo, touro, ho- ‘mem. A partir do século VIII, fo- ram tomados como modelo para os simbolos dos Evangelistas. (v.*). Na produsio artistica apa recem normalmente com rosto humano. Cor simbélica: verme- tho; 4. 0s Serafins (hebr. = halo lumi- ‘noso), segundo Isaias (6, 26, 6), anjos proximos ao Trono’ de Deus, que cobrem os pés € 0s ros- tos com duas asas enquanto com as outras duas voam. Simbolos da vyelocidade com que os designios divinos se realizam. Cor simbsli- ca: azul; 5. 0s Pui; v. Escultura arquite- tanica® ‘Anta — Lado avangado do tem- plo antigo Antefixa’ — Disco de terracota ‘que remata as telhas convexas do templo cldssico. Antémio — V. Ornato*. Antepéndio* — V. Altar Anulos — Estreitos anéis na ba- s€ do capitel dérico, Apainelado — Revestimento de ‘madeira em tetos e paredes, tipi- 0 do Norte da Europa entre 0 sé- culo XV e 0 XVIII, freqiente- ‘mente decorado com preciosos ‘eipanal tho Rorbais. Arteta sobre cana de um temple geo. Aneplni, chamogo Anteptoai de Baa (tn tac Pan, Museu se Cum Rom 103 Susie snd 69 acl sto fore ra'metde do she: Romance, 104 trabalhos de entalhe. V. Boiserie; Lacunarios*. Aplique — V. Lumindrias, 4°. ‘Apostolos — Em geral represen- tados nas colunas da nave central ‘ou no portal das igrejas medie- vais, onde, em lugar do ausente Judas Iscariotes, aparece sempre Paulo. Matias, escolhido para substituir Judas, é raramente re- presentado. Pedro, Paulo e Joao logo tiveram modelos definidos, a partir do século XIII j4 € pos” sivel reconhecer todos os Apésto- los pelos seus atributos (v.). As ‘armas representam os instrumen- 108 dos seus martirios. Os Evan- selistas (v.*) nflo figuram entre os ‘outros apdstolos com os seus sim- bolos caracteristicos. Aqueduto* — Constructo roma- ‘na antiga, mais precisamente pon- {esustentada por arcos, atravésda qual um canal, descoberto ou co- berto, conduzia gua até 0 povoa- doaproveitandoo seu cursonatu- ral, Sio célebres os aquedutos de Nimes e Segovia. Arabesco — Ornato (v.*) com ga- vinhas estilizadas préprio do He- Ienismo edo Renascimento, mais naturalista do que o mourisco(v.). Areada* — Disposigiio de arcos; fila ininterrupta de arcos sobre pi- lastras ou colunas. Chama-se ar- cada também um corredor com um dos lados ou os dois abertos Por varios arcos (pértico). ar- ‘cada cega* ou arcada falsa nto & uuma abertura da parede, mas apenas um painel decorativo. Ao contrario, as areadas ands sob a cornija das paredes absidais ro- manicas formam um corredor aberto para o exterior, a galeria de arcadas unds*. V. Galeria de arcadast. ‘Arcada cepa — V. Arcada* ‘Areanjo — V. Anjo, 1° ‘Arco* — Estrutura encurvada, na abertura de uma parede ov de uma sala, que sustenta a carga transferindo-a para os suportes (pilares, colunas), O arco écons- truido com pedras cuneiformes (ig. 1) ou com pedras retangula- tes, ligadas por argamassa, sem- ‘pre mantendo a forma de cunhas (ig. 2). Nos pés-direitas (W) (v-) se apdiam as impostas(K), em ge- ral unidas por um capitel (5 a primeira pera do arco € 0 saime (4), altima (no ato ao centro) 2 chave de abébada (S). A corda Gp) € a distancia entre 0s pés- direitos; flecha (St) € a distancia entre a chave e a linha de impos- ta, Arquivolta (H) ou testa tan- 10 a superficie anterior quanto a posterior do arco, intradorso (L) ‘interna, extradorso (RY super- fice externa superior. Formas de arco de volta inteira* arco rebaixado, diminuido, ov de volta rebatvada arco eliptico* arco de dois centros* arco de consola* arco ogival, plano, abatido arco ogival, normal, equilétero arco ogival, de volta levantada arco de lanceta arco de trifélio ou de tres centros arco de trifolio, em ponta arco de chama gético lombo de asno arco flamejanie ‘arco dentado ‘arco Tudor ‘reo mourisco*. Dizse que um arco esté sobre pésdireitas quando a distancia entre os pésediretos eas impostas ‘reo. Noa: i. 1 aba: fi. 2Urcode fou de wm sé lado as impostas se encontrar em diferentes auras, ‘Areo cego — Arco construldo diante de uma parede com fungdo ecoratva ou de sustentagdo, n20 delimitando, portanto, nenkuma abertura. Geralmente em seqiién- cia para formar uma arcada cega 5. {urea Hetganerahwureroe HP ‘Areg de trunfo* — 1, arco ho- norifica romano; monumento pa ra entrada triunfal de um chefe ‘itorioso e, a0 mesmo tempo, at- co votive para pedir aos deuses @ vitdria, Sua estrutura de uma ou tuds cordas servi, por exemplo, especialmente pars as Tachadas das igrejas medievais, Do Renas- cimento ao final do século XIX, foi novamente construido segun do o modelo romano; 2. arco que separa a nave central «de uma igreja medieval do tean- septo ou do coro, As vezesé real ado por uma eruz trunfaly que pende da chave do arco ou & co Tocada sobre uma trave que aI 42 As impostas. Préximo a0 cru- tafixo S20 freqientemente cotoca- om, Aree oe Constantine, Sov anton de ion, 106 dos Maria (do lado norte) ¢ Jodo {do lado sul. Arco perimetral — Arco resultan- te do corte das superficies de abs- badas e paredes, delimitando teralmente o tramo (v.), E mar cado, muitas vezes, por uma fai- xa (um reforgo longitudinal) ou por uma nervura. ‘Arcos de absbada interrompidos, friso de — V. Omato* ‘Arcos divisrios — V. Basilica’ ! Omnaio®. Armas co- locadas sobre o timulo de um ca- valeio. Entre elas, 0 escudo fi- nebre, usado a partir do século xml Arcos oglvals, friso de — V. Ornato*. De ‘origem islamic nnormanda. ‘Arco transversal — V. Absbada, 3. gs. 2b € 2c ‘Arquitevura cisterciense* — Es- quema arquitetnico rigid, ten- endo a simplifieagao, caraceris: tico da Ordem Cisterciense fun- dada em 1908 na Borgonha por Roberto de Cister). Quase 600 igrejas ocideniais (na Alemanha do séeulo XID se adequam as rnormas arquitet@nicas das casas- tmatrizes de Clairvaux e Mori- ‘mondo (fundada em 1115). Ca- racterstcas: fachada sem torres, luma nica torte eampandria(v), corpo longitudinal em geral com {eto chato © coro (v.) de remate retilineo,extremo esmero n0s ee- mmentos estrururais arquitetoni- £08, meiascolunas (¥.) de supor- te da abébada terminando a meia altura sobre misuls (V.). AtE €. 1150 as normas de constrigdo S80 aplicadas rigidamente; em segui- a, sobretudo gracas 8 influéncia os mosteros e das tradigdesIo- © convento eintcionse de Pontony: temretgio dee nomen ergetoness,P Sone pga’ om soba we ce Arquteruacisercents. Os pares praca (vteminam am msulos 0, som scangat 107

You might also like