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Capítulo 5

Movimento no plano e no espaço

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Descrição vetorial do movimento

Uma partícula movendo-se sobre uma curva.

Suas posições nos instantes t e t + t são respectivamente r(t) e r(t + t).

Seu deslocamento no intervalo de tempo t é r=r(t + t) - r(t),

Sua velocidade média será

r r(t t ) r(t )
v
t t
v(t)
r Sua velocidade no instante t será

r(t) r(t+ t) dr r(t t ) r(t )


v(t ) lim
dt t 0 t

A velocidade da partícula em qualquer


instante se alinha com a tangente da
trajetória no ponto ocupado
dr r (t t ) r (t )
v(t ) lim MRU: a=0
dt t 0 t t
v (t ) v0 a(t )dt v (t ) v0
0
A aceleração média da partícula será t
r (t ) r0 v 0 dt r (t ) r0 v 0t
0
v v(t t ) v(t )
a
t t MUV: a= constante
t
Sua aceleração no instante t será v (t ) v0 adt v (t ) v 0 at
0
t
dv v(t t ) v(t ) r (t ) r0 ( v 0 at )dt
a(t ) lim 0
dt t 0 t 1 2
r (t ) r0 v 0t at
2
Calcular v(t) e r(t) a partir de a(t)

dv v t t t
a dv adt dv adt v v0 adt v (t ) v0 a(t )dt
dt v0 0 0 0

dr r t t t
v dr vdt dr vdt r r0 vdt r (t ) r0 v(t )dt
dt r0 0 0 0

Informação completa: a(t ), v 0 , r0


O vetor posição pode ser decomposto em suas componentes

r = xi + yj + zk

A derivada de uma soma é a soma das derivadas, e os unitários (i, j, k)


são constantes que não se alteram no tempo. Logo, tem-se que

dr dx dy dz
v v i j k vxi v y j vzk
dt dt dt dt

dv dv dv y dv z
a i x j k ax i a y j az k
dt dt dt dt

O movimento em 3D pode ser imaginado como a superposição de três


movimentos unidimensionais independentes

x(t), vx(t), ax(t)


y(t), vy(t), ay(t)
z(t), vz(t), az(t)
Movimento circular uniforme (MCU)

Uma partícula percorre a circunferência de raio R, com velocidade v de


módulo constante.

y
Sua posição r(t) será completamente
v definida pelo ângulo

r r (t ) R[cos (t ) i sen (t ) j]
Rsen j

x A velocidade da partícula será


Rcos i
R
dr d
v (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j],
dt dt
d
Sendo sua velocidade angular,
dt
v r R 2 ( sen cos cos sen )
v (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j]
v r 0 v r
r (t ) R[cos (t ) i sen (t ) j] y

v
v (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j]
r a
A aceleração da partícula será
R x
dv d
a(t ) R [ cos (t ) i sen (t ) j]
dt dt
Logo

2
a(t ) R[cos (t ) i sen (t ) j]

De forma compacta

2
r (t ) Rrˆ , v (t ) Rvˆ , a(t ) Rrˆ
v

a r (t ) Rrˆ ,

v (t ) Rvˆ ,
2
a(t ) Rrˆ
v
a a

a(t) aponta para o centro do círculo em qualquer ponto da trajetória.


v2 2
a(t)=ac(t) é chamada de aceleração centrípeta. Seu módulo é ac R
R
Movimento circular não uniforme

Uma partícula percorre a circunferência de raio R, com velocidade v de


módulo variável

y
v Sua posição r(t) será completamente
definida pelo ângulo

r r (t ) R[cos (t ) i sen (t ) j]

R x A velocidade da partícula será

dr d
v (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j],
dt dt
d
Sendo (t ) sua velocidade angular,
dt

v (t ) (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j]
y

r (t ) R[cos (t ) i sen (t ) j] v
a at
r ac
v (t ) (t ) R [ sen (t ) i cos (t ) j]
R x
A aceleração da partícula será
dv
a(t )
dt
d d
a(t ) R [ cos (t ) i sen (t ) j] R [ sen (t )i cos (t ) j]
dt dt
2 d
a(t ) R[cos (t ) i sen (t ) j] R [ sen (t )i cos (t ) j]
dt

De forma compacta

2 dv
r (t ) Rrˆ , v (t ) Rvˆ , a(t ) Rrˆ vˆ
dt
y r (t ) Rrˆ ,
at
a v (t ) Rvˆ ,
2 dv
ac a(t ) Rrˆ vˆ
dt
x

a(t ) ac (t ) at (t )
2
ac (t ) Rrˆ
dv
at (t ) vˆ
dt

No movimento circular não-uniforme, a aceleração a tem duas


componentes, a aceleração centrípeta ac e a aceleração tangencial at

A expressão para a(t) permanece válida para uma trajetória qualquer se R for
tomado como o raio de curvatura local da curva.
Movimento de um projétil

Todo corpo movendo-se próximo à superfície da Terra tem uma aceleração


constante que aponta para o centro da Terra, cujo módulo é g, a aceleração da
gravidade.

GM T Próximo à superfície da Terra, r = RT e g = 9,8 m/s2.


g
r2

Uma partícula é lançada com velocidade v0 y


de módulo v0 fazendo um ângulo 0 com a
horizontal:

v0 v0 x i v0 y j v0 cos 0 i v0 sen v0
0j v0sen 0j
0
v0cos x
0i
A aceleracão da partícula será

a gj

Logo
dv x vx
ax 0 0 dv x 0
dt v0 x

dv y vy t
ay g g dv y g dt
dt v0 y 0

Integrando as equações acima tem-se

vx v0 x Em x: MRU

vy v0 y gt Em y: MUV

A aceleração da gravidade não afeta a velocidade horizontal do projétil.


A aceleração da gravidade não é afetada pelo valor da velocidade horizontal.
Duas bolas são soltas do mesmo ponto. Uma delas tem velocidade inicial
nula e a outra tem velocidade inicial na horizontal.

Em cada instante as duas bolas estão na mesma altura, ou seja, a


velocidade horizontal da bola não afeta seu movimento na vertical.
vx v0 x
dx x t
v0 x dx v 0 x dt x x0 v0 xt
dt x0 0

dy y t 1 2
vy v0 y gt v0 y gt dy (v oy gt )dt y y0 v oy t gt
dt y0 0 2
Sendo x0= 0 a posição inicial da partícula tem-se

1 2
x v0 xt (1) e y y0 v0 y t gt (2)
2
Usando (1) e (2) podemos eliminar t e obter a equação da trajetória de um projétil.

x
De (1) t (3)
v0 x

(3) em (2)

v0 y 1 g 2
y y0 x 2
x A trajetória de um projétil é uma parábola.
v0 x 2 vox
v vx
v
vy
y vx
vx vy
vo
t = voy/g v
voy

o vx
vox x
vy
v

vx

vy

v0 y 1 g 2
y y0 x 2
x
v0 x 2 vox

vx v0 x , vy v0 y gt
Tempo de subida de um projétil (ts)

vy v0 y gt ts
Na altura máxima do projétil, vy= 0 e t = ts
y
vo
v0 y h
0 v0 y gts ts
g 2ts
o
0
Altura máxima de um projétil (h) 0 R x
1 2
y v0 y t gt
2 2
v0 y 1 v0 y v0 y 2 v0 2 sen 2
y = h quando t = ts h v0 y g h h 0
g 2 g 2g 2g

Alcance de um projétil (R) válido somente se as alturas inicial e final forem iguais

Desprezando a resistência do ar, o tempo de subida do projétil é igual ao tempo


de descida. Assim o alcance na horizontal corresponde ao instante t=2ts.
v0 y 2v0 2 sen cos v0 2 sen 2
x v0 xt R v0 x 2ts R v0 x 2 R R
g g g
v0 2 sen 2
R
g

Alcance máximo: sen 2 = 1, então 2 = 90o e = 45o

Com exceção do alcance máximo (2 = 90o), cada alcance pode ser atingido por
dois ângulos diferentes.

Rg
sen 2 Exemplo
v 02
sen 2 0,5

2 30o ou 2 180o 30o 150o

15o ou 75o
http://phet.colorado.edu =45o, =15o, =75o
Exemplo 5.2 – Um carro está num ponto de uma estrada onde a raio de
curvatura é de 500 m. Sua velocidade é de 30 m/s e aumenta a uma taxa de 2,0
m/s2. Calcule o módulo da aceleração do carro.

a a c at Soma vetorial e ac perpendicular a at ac at

R a
a ac2 at2

v2 302
ac m/s 2 1,8 m/s 2
R 500

at 2, 0 m/s 2

a ac2 at2 1,82 2, 02 m/s 2 2, 7 m/s 2


Exemplo 5.3 - Um menino rola uma bolinha sobre uma mesa, e esta cai, de
uma altura H (ver Figura abaixo). Se a velocidade inicial da bolinha é v0 , a que
distância D da projeção da borda da mesa ela atinge o piso?
y v0 1 2
Em y, MUV: y y0 v0 y gt
2
v0 y 0, y0 H
1 2
y H gt (1)
H 2
Em x, MRU: x x0 + v x t
v x = v0 , x0 0
D x v 0t (2)
x
x 1 x2
De (2) tem-se t . Substituindo este valor de t em (1): y H g 2
v0 2 v0
gD 2 2H
Quando x = D, y = 0 0 H D v0
2v0 2 g
Exemplo 5.5 - A pedra acerta o mico? Um menino vê um mico pendurado em
uma árvore e lhe atira uma pedra usando seu estilingue. Exatamente no instante
em que a pedra é atirada, o mico solta-se do galho pretendendo cair ao solo e
depois escapar da perseguição. Ficará o mico livre de ser atingido pela pedra ?
2
v0 y 1 d
y yp d g
h v0 x 2 v0 x
h v0 y
O menino mira o mico tg 0
d v0 x
2
vo 1 d
yp h g
2 v0 x
0
d x
A coordenada do mico é
1 2 1 2
ym y0 m v0 ymt gt h gt
As coordenadas da pedra são 2 2
xp v0 xt Quando t = td
2
1 2 1 d
yp v0 y t gt ym h g
2 2 v0 x
d
A pedra atinge xp=d em td
v0 x ym=yp, então o mico é atingido!
Problema 5.6 – Um avião pretende lançar equipamento de salvamento para um
náufrago. O avião voa à altitude de 200 m, numa linha horizontal que passa sobre o
náufrago, com velocidade de 300 km/h. O náufrago é observado por uma luneta que
faz um ângulo com a horizontal. A que ângulo de visão o equipamento deve ser
solto, para que ele caia próximo do náufrago?
. 1 2
y Em y, MUV: y y0 v 0y t gt
v 0 2
1 2 (2)
y h
gt
2
h
x
De (1) t em (2)
v0
x
R 1 x2
y h g
h 2 v02
tg
R 1 R2
Quando y= 0, x=R 0 h g 2
Calcular R, ou seja, x quando y=0
2 v0
2 2hv02 2h
v0 = v0x , x0 = 0 m, y0 = h R R v0 532, 4 m
g g
Em x, MRU
h
x x0 v0 xt x v 0t (1) tg 0,376 20, 6
R
Problema 5.8 – Um projétil é lançado com velocidade v0=20 m/s fazendo um ângulo
de 60o com a horizontal. Ele atinge um ponto em um plano elevado de uma altura H
em relação ao ponto de lançamento. Sua trajetória final faz um ângulo de 45o com o
plano. (a) Calcule o módulo da velocidade final do projétil. (b) Determine H.

y
b) Calcular H
v0
f
H vf Em y, MUV
x
1 2
y y0 +v 0 y t gt
2
a) Calcular vf
y0= 0 m. Quando y=H, t=tf
Em x, MRU (vx é constante) 1 2
v fx v0 x v0 cos H v 0 sen 0t f gt f (1)
0 2
Mas v fx v f cos Obter tf
f

vy v0 y gt v f sen v0 sen gt f
v f cos f v0 cos 0
f 0

cos v0 sen 0 v f sen f


vf v0 0
14,1 m/s tf 2, 78 s (2)
cos f
g
(2) em (1), H = 10,3 m
Movimento relativo no espaço

Consideremos duas partículas cujas posições no instante t sejam r1(t) e r2(t).

A posição da partícula 2 em relação à partícula 1 é definida pelo vetor

R (t ) r2 (t ) r1 (t )

A velocidade e a aceleração da partícula 2 em relação à partícula 1 são

dR dr2 dr1
V V v2 v1
dt dt dt

d 2R d 2 r2 d 2 r1
A A a 2 a1
dt 2 dt 2 dt 2
Exemplo 5.7 - No cruzamento de duas ruas, uma na direção Leste-Oeste e a
outra na direção Norte-Sul, há um sinal luminoso. Um carro, indo para o Norte,
passa pelo cruzamento com velocidade de 70 km/h, a qual é mantida constante.
10 s depois, o sinal abre para a outra rua e outro carro, indo para o Leste, arranca
com aceleração constante de 5,0 (km/h)/s. Calcule a posição, velocidade e
aceleração do segundo carro em relação ao primeiro 15 s após a arrancada do
carro.

y v1 v01 j
v2 (v02 a2t )i a2t i
R = r2 - r1
r1
V v2 v1 a2t i v 01 j

r2 x a1 0 a2 a2 i

Escolhendo t = 0 o instante em A a 2 a1 a2 i
que o segundo carro arranca:
r1 r01 v 01t Outro jeito:
(r01 v01t ) j
dR
1 2 1 2 V a2t i v01 j
r2 r02 v 02t a 2t a2 t i dt
2 2
dV
1 2 A a2 i
R r2 r1 a2t i (r01 v 01t ) j dt
2
Exemplo 5.8 - Um menino, viajando na carroceria de uma caminhonete que se
move em uma pista horizontal, tenta descobrir em que direção tem de jogar uma
pedra para cima para que ela caia de volta em suas mãos. Depois de algumas
tentativas, descobre que tem de jogá-la na direção que lhe parece ser a vertical.
Demonstre esse resultado.

y vo vc
vom

vc x

vc vc vc
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