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IARI * Segunda-feira, 11 de Jancire de 1982 DA REPUBLICA GReKe OFICIAL DA REPOBLICA POPULAR DE ANGOLA ‘Prego deqte nfimero —Kz 16.90 Toda correspondéncir ser oficial, joer rolauve a antiacion « ‘© preco dos angncios ¢ de Kz 22.00 4 liaha, acrescido do respectivo impos. 1 do selo. dependénce a tua pubbes do deposit previo a efectual ns ree joa) #8 ) “SUMARIO > Ministérios da Justiga e do Trabalho @ Seguranga Social Decreto executive confunto m.* 3/82: Aprova o Regulamento da Lei da Justice Laboral. Pewter eee eee MINISTERIOS DA JUSTIGA E DO TRABALHO E SEGURANCA SOCIAL Gabinetes dos’ Ministros ) Decreto execative conjunto a> 3/82 de 11 de Janeiro Através da Lei da Justiga’ Laboral, foram criados 08 Grgos da administragdo da justica laborai e estar Delecidas as normas fundamentais da sua organizaclo * No tatde de extabe 1o. sentido est locer igualmente as regras a que -deverao obedecer a eleigdo € a nomeagio das Co- misses Laborais até ao nivel da Provincia, assim como 0s direitos e deveres dos respectivos membros, achou-se conveniente elaborar o presente tegulamento. Serviré ainda o regulamento, para determinar os termos que serdo observedos no exame das questies submetidas a apreciacgéo das Comisstes Laborais. Considerando que o artigo 45° da Lei da Justice ‘Laboral d4 competéncia aos Ministros do Trabaiho e Seguranga Social e da Justica para regulamentar a referida lei com a colaboragio da UNTA. No uso da faculdade conferida pelo artigo 62.° da Lei Constitucional, determinase o eeguintes Artigo 1°—1. B aprovado o Regulamento da Lei no 9/81, de 2 de Novembro (Lei da Justia Laboral) que vai anexo do presente decreto ‘executive conjunto ¢ deve far parte integrante. 2. O Regulamento contém as regras a que deverdo obedecer a eicigéo © a nomeacio das Comissées Labo- tris, on direitos # deveres das respective membros e ainda os termos a observar no exame das questées submetidas & sua apreciaso. Art. As disposigées do presente diploma no ‘sho aplicéveis & Comisséo Labora! Nacional. Art. 3°—As ddvidas que suscitarem na aplicagéo do presente diploma serio tesolvidas por despacho conjunto dos Ministros da Justiga e do Trabaho ¢ Seguranga : Este decreto executive conjunto eftra em vigor na data da sua publicagdo no Didrio da Repiblica. Gabinete dos Ministros, em Luanda, 18 de Novem- bro de 1981.—O Ministro da Justica, Didgenes Boa- vida. —O Ministro do Trabalho e Seguranga Social, Hordcio Pereira Brds da Silva. Regulamento da Lei da Justica Laboral oS CAPITULO 1 ELEICAO E NOMEACAO DAS COMISSOES LABORAIS SECCAO I nn Elegie da Comissfio Laboral de Empresa. Revogasiio . de mandato ARTIGO 1° bro da. Laboral eaelstos porn ey, membro da Comieto Todo 0 candidato a membro da Comissio Laboral de Empresa deveré reunir os seguintes sequisi @) Ser cidadiio angolano maior de 18 anos; }) Ter uma ‘escolaridade ou os conhecimentos adequados 20 desempenho das fungSes; €) Nig pertencer 20 Srgio sindical da empresa; d) Nao ser director, gerente ou administrador da ‘empresa; 28 —_ 6) Ter uma atitude consciente perante o trabalho °"@ ser disciplinado; f) Nao ter s.do sancionado por violagao da dis- ciplina laboral ou, tendoo sido, estar a reabilitado; a ve toa conduta social, dentro e fora da em A) Noo ter ter ‘sido membro activo de qualquer orga- nizagao de cardcter fascista, nomeadamente da UNITA, UPA/ENLA, FLEC ou de outras ‘da mesina ‘natureza. ARTIGO 2+ Publicagio © exame da lista de candidates) ~ 1. © Srgdo sindical competente deverd organizar a "lista dos’ candidatos a Tifetiibtos ‘da ‘Comiss#o” Labora ~de Empresa, tornando-a ptibl.ca de forma a”poder-set” “= examinada pelos ‘trabalhadores, seinpre que posstvel; ~~ com a antecedéncia de 15 dias -relativamente A data marcada para a eleiso. 2. Qualquer pessoa poderé denunciar a0 érgio sin- dica’ 4 faita de algum ou alguns dos requisitos pre- vistos no artigo anteridr em qualquer. dos candidatos constantes da iista publicada. ARTIGO 3: (Acta da Assembleia de Trabathadores) 1. Uma cépia da acta da Assemble‘a de Trabalha- dores em que seja eleita a Comission Laboral da Km- presa deverd ser remetida, logo que possivel; A Comis- sio Laboral de Province, 2. A Comissio Laborai de Provincia fornecerd & Comissio Laboral de Municipio competente, os ele- mentos contidos na acta referida no numero anterior. 3, No caso de eleicdo de Comissio Laboral de Em- presa em emy da mesma érea com menos de 25 trabaihadores: (artigo 4.°, n.° 3 da Lei da Justiga Laboral) ou de Comisséo Laboral de Comuna (arti- go 9° da Lei da Justiga Laboral) o elenco de candi- datos deve ser dado a 1 previemente aos tra- halhadores de todas as empresas abrangides pea co- missio a eleger. : ‘ ARTIGO 4: (evogagio do mandato. Kiame de sctuasho da Comissko Laboral de Empresa pela Assembleia de Trabathadores) 1,, Quando se verifique a ocorréncia de factos lige- dos ao desempenho das fungdes que possam constituir fundamento paia a revogacao mandato de algum dos membros da Comissio Labora] de Empresa, deverd esta, apbs decisio do colectivo, comunicar tais factos 20 6rgdo sindical competente para que este os submeta 8 eprciagho ele asenbli fe isalbaers sem prejutzo de poder determinar, desde ogo, a suspensio Ao mandato Jo membro em casa, 2. Ao Orgio sindical competente cube tomar a inicia- tiva de convocar a Assembleia de Trabalhadores no caso referido no niimero anterior & ainda quando se trate de apreciar globalmente a actuagio da Com'ssio Laboral de Empresa que nfo cumpra as-tarefas que ‘competem. - DA. REPUBLICA ‘ . * SECGAO IT Nomeagiio, das Comissies Laborais do, Municipio “ © @ de Provincia 2 ARTIGO'S*” ser merhro die Goislisdes Laboralé , "ge Municipio « de Provincia) Sao aplicdveis aos trabalhadorés a nomear para tmpmbsos das Comissigs Laborais de Municipio © de Provincia, as disposigdes da secgfo anterior relativas | ‘aos requisitos pessoais, devendo ainda ter-se em aten- go 0 disposto na Lei da Justiga Laborai sobre a pre- feréncia por trabalhadores que desempenhem ou te- ham desempenhido fungdes de assessores populares nes (ribanai 0 Requisitos para ~-" =" (arecer“prévio da UNTA Provincial) 1, Os Ministros. do Trabalho e Seguranca Sociale” ; a Justiga ordenario que a lista de trabalhadores que pretendem nomear seja entregue’ a UNTA Provincial, ( com a antecedéncia devida, a fim de que'esta possa dar 0 seu parecer no prazo mfnimo de 15 dias e se © entender, sujeitar o eienco de elementos (propostos a apreciagio pelos traba.hadores da Provinc'a. 2. Na falta de respoifa da UNTA Provincial dentro do prazo que the seja fixado pelos Ministros, :presu- me-se a actitagfo da lista proposta e poderdo a'qual- quer momento’ ser niomeados os trabathadores que dela constam. ARTIGO 7° (Respousabilidaie das Comissbis Laborals ‘de Provincia) ‘As Cémisséés Labordis de Provincia serio respon-, séveis perante a Comissio Laboral Nactonai pela acti- vidade de todas as Comissées da respect dren de jurisdigao, , CAPITULO II , ¢ DEVERES, ‘DIREITOS E GARANTIAS DOS MEMBROS: DAs ComissoEs LABORAIS’ “aRTIGO 82 Weveres; direitos © garantias dos membros das Comisdes ‘Laborals) No desempentho das suas fungGes, os inembros das Comissées Laborais deverdo cumprir os deveres e be- neficiardo dos direitos ¢ gerantias prevjstos nos artigos seguintes. . ARTIGO or “everes dos membros das Comissies teers) Os membros das ComissSes Laborais tém os seguin- tes deveres: 4a) Comparecer assidua e pontualmente as activi- dades das Comissées em que devem tomar «parte; 6) Participer activamiente nas tarefas das Comis- s6es ¢ responsabilizar-se pelo cumprimento das que thes sejamn pessoalmente atribufdas; 1 SERIE—N? 8—11 DE JANEIRO DE 1982 ©) Cumpfir e actuar no sentido de que todos os trabalhadores cumpram a legis.ag80 laboral em vigor; 4) Atender correctamente todos os trabalhadorés, mandows, sobre os seus dircivos © de- veres ¢ esclarecendo-os sobre os objectivos € funcionamento das’Comjssdes Laborais; ) Nio utilizar a qualidade de membré das Co- hisses Laborais: para obter qualquer van- tagem ou privilégio pessoal ou para se fur- tar a0 cumprimento dos setis deveres como trabalhedor. ARTIGO 10" (irelto dos membros das Comissdes Laborsis) _}, Durante verfodos em que estjam no desemy as suas fungdes, 07 ser lakers eee todos 68. dis ~ ““iias inerentes & sug “qualidade de ‘trabalhadores, com excepgio do’ disposto no nimero seguinte, "2. Quando 0 exercfcio das fungdes tenha carécter 4 exclusivo.¢ se prolongue por periodo superior 2 um mits, o5 Minsttos da Justiga do Trabalho € Segu ranga Social determinardo ‘por despacho a forma de remuneracio dos mémbros das Coiissies Tahorais de Municfpic. oe 5. Os saliros dos miembros das Comissées Labo- rais de Provincia serio suportados pelo respectivo ‘orgenismo que os nomequ, . ARTIGO 11° (Garnytiag dos membros dus comigBes’borais) E proibido as empresas de que sejam trabalhiadores os membros das Comissdes Laborai @) Impedir ow dificultar por’ qualquer ‘forma 0 + normal ¢ regusar exercicio des suas fungoes; b) Transferilos, ‘temporéria ou definitivamente, do local de trabalho sem cumun.car ebse ‘ facto com’ a“antecedéncia de 30 dias co Srgio sindical, competente; “e) Iniciar contra eles procedimento disciplinar sem 'comunticagio: prévia a0. 6rgo sindical competente'e a Comissio Lsboral de que 880 membros; ‘ » d) Prejudicé-los de quaiquer forma por motive de exercic'o das suas fungdes, we ‘CAPITULO IIT NORMAS DE PROCEDIMENTO ‘SECCAO F Procedimento em 1." instincin ARTIGO 12" (Apresentaglio por escrito do requerimento inicial) 4, O requérimento inicial, quando for escrito, sera apresentado em: duas assinadas pelo préprio, a 19g0 ou por mandatério constituldo, no iocal de fun- cignamento da Comisséo Laboral da Empresa ou da Comisso, Laboral Municipal, nos casos em que esta funcione em primeira instdncia. . sonar, poder. apor _. naan. 2. O requerente indicaré no tequerimento:o ntimero de documentos que o¥ acompanham, numerando & ri- bricando cada ym deles. 3.0 secrétério’da Comissio devecd anotar nas duas Vias do requerimento iniciat a daia da entrada @, sempre que o interessado Iho exigir, pessar recibo de entrega, onde menc.cne 0. nome’ das partes, a na- tureza da pretensio, a data de entrada e o nimero de documentos juntos. tet “ARTIGO 13° (Apresentaco oral do requerimento tnlcial) 1, Sendo 0 tequerimento oral, 0 secretétio reduzi- clo a escrito em duas vias que serio astinadas por ele € pelo requerente, depois de lido, em voz alta e ‘achado conforme. por_am on 2, Se 0 reguerente milo puder ou nfo souber ass: "sia impressao” digit por ele qualquer: ouitra pessoa. 3. Aplicati-se ao requer.mento o:al, em tido o mais, as dispos.gées, relativas ao requecimento escrito pre- vistas no attigo anterior. . ARTIGO 14+ (Autuasfio © exame prelimiaar do requerimento) 1, Compete 20 sectetétio autuar o requerimento inicial com os documentos que o acompanharem e apcesentar 0 processo, para despacho, ao coordenador da Comissio Laboral. 2. O evordenador verificard se 0 requerimento esté emi ordem ¢ se a Comisséo Laboral € competente para decidir do conflito. . 3. Se-o requerimento no estiver em ordem, seré notifcado 0 requerente para 0 completar ou rectticar, ARTIGO 157 (Veiltleaghe da compettucla ‘da coulsite labural) ‘1, Se entender que'a comissio ndo € competente, © coordenador,farla reunir no prazo de oito dias'para deliberar sobre a sua propria competéncia. . 2. Declarando-se. incompetente, 0 proceso seré re- metido & Comissio Laboral competente, notificarido-se disso 0 requerente. 5. © problema da competéncia podera igualmente ser levantado pela parte contréria, na contestacéo. ARTIGO 16° (MarcasHo' da tentatlys A+ conciliagdo, Falta das partes ‘notificadas) ” 1. Néo se levantando nenhum problema de com téncia ou sendo a competéncia da comissio e- cida e declarads, 0 coordenador marcard imediata- mente uma tentativa de conciliac§o, ordenando a noti- ficagdo das partes pera comparecerem no die, hora ¢ loa) que designar. 2. Se as partes, ou alguma doles, no comparece- rem € nfo just'ficarem a falta no prazo de 48 horas, presumir-se-A que nfo estdo interessadas na. conici- Tiago. 'S. Se as partes ou parte fltoses justficarem a falta, marcar-se-4 ‘novo dia. ARTIGO 17 + (Forma ¢ trimites da tentativa de conclliago) 1. A tentativa de conciliagao € presidida pelo coor- Genaior, assistido do secretario, que iaviara acta re- sumida de tudo o que ne.a oco:rer. 2, O coordenador tentaré conciliar as partes ¢ le vélas a aceitar uma solugio justa:e legal do conflito Sbjecto do processo. 3. Havendo avordo, serio as respectivas cléusulas . consignadas na acta da reunido que as partes assina- ro conjuntemente com o coordenador e secreuinio que a redigiu, ARTIGO 18+ (Gfomologayio de scordo, Valor do, acordo homelogedo) . “anterior” 20, iabosal, 2. A homologacio consiste na verificagéo da con- formdade do acordo com a lei em vigor ¢ na sua aprovagdo pela comissio laboral. 3. O acordo, depois de homologado, tem o valor de resolugdo, ¢ de cumprimento obrigtério e constitu tutulo executivo. ARTIGO 197 otitcagho d4 parte cootriria para contest. Prazo NeMdveritnciat Tuas "uo acl da notlengho) 1, Maiogrando-se a tentativa de conciliago ou se fs partes, ou uma s6 delas, no comparecerem ¢ no justlicarem a falta, éeré notificada a parte requerida, para contestar, quecendo, no prazo de oito dies, ex: tregando-se-lhes 0 duplicado do requerimento ou pe- tigdo inicial. "2. No acto’ de notificaglo, devers 0 requerido ser advertido de que a falts da contestacio poderd ter como efeito a condenacio nd pedido ¢ de que Ihe € Ticito consultar 0 processo ¢ proceder 20 exame dos documentos juntos pe.o requerente, na secrelaria da com'ssio laboral. ARTIGO 20° Forma ¢ coateido da contstagho) 1, O requerido poder4 contestar por escrito ou ver- balmente, aplicando-se & forma da contestagio as re- ‘gras dos artigos 12° © 13., que regulam a petisdo. 2..Na contestagio, 0 requerido poderé nio $6 con- tredizer os factos alegados pelo requerente, como - ainda alegar factos novos que obstem a que a comis- so conheca da subsidncia ou fundo da questio € todos aqucles que scjam susceptivels de impedir ou extinguir 0 direito do requerente. ARTIGO 21° Realizagho antecipada de prova, Provas admissiveis, Exames) 1. Junta 20 processo a contestago ou terminado © respectivo prazo, 0 coordenador mandar4 proceder as diiggncias ‘de prova que néo possam ter lugar em audiéncia, vez, Sti? ids todas os provas vidas em di comissio considerp necessérias a uma justa a deciso. DIARIO_DA_ REPOBLICA 5. Havendo necesidale de proceder 4 exames, 0” coprdenador nomearé os peritos, marcandothes, desde ogo,.o ptazo para a entrega do respectivo relatério. ARTIGO 22°. Diarcacho da svditucia. Pessons 2 wotificar) 1, Concluidas as diligéncias referidas no artigo ante- rior ou, nio havendo lugar a elas, no prazo determi- nado no. artigo 30° n° 1 da Lei da Justia Laboral, ©.coordenador marcaré uma audiéncia para produgéo ¢ preciagéo das provas ofeiecidas, ao mesmo tempo que ocdenaré que se abra vista do piocesso a cada pm dos membros da com'sséo Iaborai, por 48 horas, sutes- sivamente. 2. Para a auditncia serdo convocadas as partes € seus representantes ou mandatérios, os peritos,’ sendo "BABS ibs ds "Yesteminh “indicia, ins ax "Peesoas que portant Contribuir p. “coberta da-verdade Prue do cout.” "ARTIGO 25° alte dos pesoas ‘notificadas, Sanches, ‘Adiamento audigacia) 1. Falco paves ov dgums di, ou qualquer day ‘poasoes reguistmenic noulicadas, a vomissiv, ou vida @ parte ou partes presentes ou representadas, deci- dic ae a” audéncia deve prosseguir ou’ ser ‘adiada Para outra data. 2, Serd0, desde logo, aplicadas as partes ou as outras pessoas reguiarmente notificadas que faltarem & au- diéncia a multa legal, ‘para‘a hipdtese de no justifi- carem a falta no prazo'de § dias, ARTIGO 24° (Publicidede da auditocia, Acta da Avdléncia) 1, A aidiGncia pablica, aberta a tédos os trabe- thadores da empresa que puderem assistir, ¢ seré pre- sidida pelo coordenador da comissio Laboral, . |. 2. Compete 20 sécretirio consignar em acta tudo © que se passar durarite sudiéncia. 3. As declaragdes, os depoimentos, das partes e das testemunhas, os requerimente orais ¢ as decisbes proferidas em audibcia, srk serio transerita com a maior ide.idade possivel e poderdo ser-d.tados para & acta quer pelo coordenador. quer pelos prépriot declacan- tes, depoentes ou requerentes. “4. As alegagées nfo serdo transcritas, apenas de- vendo mencionar-se se as houver € quem as produziu, tudo © mais sendo referido gucinta e resumidamente. 5. A acta seré assinada pelo coordenador, pelos restantes membros da comisséo laboral, pelas’ partes ¢ pelos intervenientes que queiram faz8-i0, mas para ‘a respectiva validade bastam as assinaturas do cour denador € do secretério, ARTIGO 25° (Ordem dos depolmentos) 1. As pessoas que tenham de ser ouvidas, com excepsho das partes @ dos sens representantes ou mandatérios, sairio da sala até serem chamadas a depor ou # prestar declaragées. 2. As partes podem depor pessoelmente, em pri, meiro lugar 0 requerente e, em seguida, 0° requerido, ‘mas nfo so obrigadas a faz6lo. «MANA ALETIOS— a omenprgers oo LSERIE— N° 8—11 DE JANEIRO DE 1982 3. O coordenador estabeleceré a ordem dos restan- tes depoimentos ¢ declaragées de acordo com as’ con- veniéncias do processo, mas as testemunhas do reque- rente ARTIGO 26" Siraun de taser pecguntr © peti secures) 1. © interrogatério seré sempre Gonduzido peio coordenador que preside audiencia, mas os restan- tes membros da comissdo poderdo fazer as pe.guntas que entenderem e julgarem necessdrias a0 esciareci- mento dos actos ¢ A descoberta da verdade, © mesmo poderdo fazer as partes ou os seus representantes ou 2, © eoordenador poderd estender.o ditéito de-fazer perguntas ¢ de pedic~tsclacccimentos dos represaiitan tes dos orgamsmos ¢ aos trabalhadores convidados nos termos do artigo 30° n° 4 da Lei da Justice Laboral, assim como ao representante ou mandatér.o de sindicato que pacticipar na audiéncia ao abrigo da faculdide concedida pelo artigo’ 20° da mesma’ lei. (Diliztncias complementares de provs) 1. A comissio poderd drdenar diligencias comple- mentares de prova, sempre que as achar necessérias. 2. As partes também poderdo requerer diiigéncias complementares de prova, mas a sua necessidade serd apreciada peia comissio laboral, que deveré indeferi- -las se as achar descabidas, inuteis ou desniecessdrias. ARTIGO 28° (Continuaglo da audiéncia) audiéncia niio terminar por falta de tempo aver necessidade de proceder a diligéncias complementares de prova, marcar-se-d, desde -logo, ‘a cont.nuagéo dos trabalhos para um dos 15 dias se- guintes, saivo se a natureza das diligéncias de prova fa realizar se no compadecer com prazo tio curto. 2. Na hipétese prevista na dltima parte do mimero anterior, designar-se-é a continuagdo para data que permita'a realizagao das diligénc:as ordenadas. ARTIGO 29+ , CAlegagées orais) 1, Terminada a produsdo da prova, 0 coordenador dard a palavra as partes ou aos seus mandatérios para alegarem em defesa dos seus pontos de vista, cada ‘um por sua vez ¢ por uma 86 vez, primeiro a0 reque- rente e depois ao requerido, ; 2. Nenhuma das partes poderd falar por mais de 30 minutos, salvo se a complexidade da questio 0 justificar ¢ 0 coordenador da comisséo laborai expres- ‘samente © autorizar. 3. Sera igualmente concedida a palavra ao repre- sentante do sindicato’pelo perfodo méximo de 15 mi- nutos, quando nfo intervenha em representacio do trabalhador, se ele a pedir para os fins mencionados ne dltima parte do artigo 20° da Lei da Justa La pordo antes das testemunhas indicadas pelo | ARTIGO 30°, (Escerrameato da auditacla) 1. Findas as alegagdes, 0 coordenador declararé cucerrida 2 audiéncia, retirenduse a comisséo para deiiberar, depois de assinada a ‘respectiva acta. 2, Se a comissio no puder, desde logo, deliberar, dado ¢ adiantado da hora, deveré fazélo’ num dos dias seguintes, de forma a respeitar-se 0 prazo de oito dias, imposto ‘pelo n° 2 do artigo 31.° da Lei da Jus tiga Laboral, ARTIGO 31° Weliberagio, Formas ¢ trimites das deliberacies) 1. O coordenador orientaré.os debates da comissio, tendo ele O"primeito”a”anifestar’ a” sui opinigo~ : 2, As deliberagses serao tomadas por iaioria, tendo” “9 eoordeniador Voto de qualidade, em caso de empate. 3. As deliberacdes serdo rigorosamente secretas, ne- hum membro da comissio podendo revelar 0 que ne.as se passou ou qual foi o sentido dos votos. 4. A resolugéo seré elaborada pelo coordenador ou pelo membro da comissio em que’ ele delegar ¢ assi- “nada por todos, sem qualquer declaracio de voto. “ — ARTIGO 32° Factot de que a comisso pode conbecer. Limites ‘da resoluso) 1. A resolugio poderd conhecer de factos que no foram alegados pe.as-partes, desde que estejam fela- cionados com! as reapectivas pretensdes, tenham sido objecto de debate em audiéncia ou se mostrem, pro- vader por documentos. 2. A resclugdo ndo deverd condenar em pedido diferente nem em tiedida superior & do pedido, salvo se isso, neste tiltimo caso, resulta claramente da apli- cagio da lei aos factos epurados. ARTIGO 33° (Critérios de a da let (Crlttrios be a prova. Aplicasio 1. Os membros da comisséo procederio a aprecia~ gic’ das provas e 2 fixagdo dos factos em perfeita liberdade, ‘ determinando-se exclusivamente pi sua conseiéncia de trabalhadores ¢ pela preocupago de apurar objectivamenté a verdade. 2, Na resolugio final a comissiio teré ~_ nside- ago que'a deciso justa seré a decorrente da aplica- 40 correcta da lei, em geral € da legisiagio Jaboral, em particular aos factos apiirados. : SECCAO IL Recursos em matéria de conilitos ARTIGO 34+ (Decisies que admitem recurso. Forma e conteido ‘do requerimento de tnterposiso) 1. As partes poderdo lavrar protesto contra qual- quer deciséo tomada pelos drgios de justica laboral ‘ou pelo respectivo coordenador, mas $6 seréo admi- tidas a interpor recurso das resoiugdes finais que thes sejam desfavordveis, tenharn-se elas pronunciado ou 32. nio sobre 0s factos que constituem 0 objecto do pro- cess0, 2.-Aplicar-se-& a forma dos recursos 0 disposto nos artigos 12.° e 13°, ~"3, No requerimento de iriterposicio, 0 recorrente, poderé nfo sé glegar sobre as razdes de facto e de sdireito que-fundamentam o recurso como sobre a matéria “que foi objecto dos protestos lavrados no decurso do processo. : . ARTIGO 35° . Cndicagio de testemunbas, Limites) 1, Nao serio tidas em conta’ as testemunhas j4 ou- Vidas sobre os factos que fundamentam o recurso nem as-relacionadas para além de duas pata cada facto, . Apresentando o recorrente numero superior ser Ursde logo, convidado a indicar aqiielas de-que pres." ginde, devendo essa indicagdo ser anatada pelo secre- tério no querimento. Na falta de indicagao, consi- derar-se-o apenas as duas primeiras. ARTIGO 36" deve A (Orde deve er spreumtado 0 resuso. Admleto, Recaro 1. © recurso, embora dirigido & Comissio Laboral ‘ competente para o julgar, serd apresentado na Comis- so’ Laboral de cuja‘resolugéo se recorre. - 2. O recurso seré admitido, a menos que se entenda ‘que foi apresentado fora do prazo. 3. Na hipstese do niimero anterior, 6 coordenadar levard ‘0 assunto a deliberagio da Comisséio Laboral que reuniré para esse fim, no prazp de 8 dias, 4, Da resolugio que'néo admitir o recurso, caberd reclamagio para a Comissio Laboral para quem o recorrente © interpés, vot ARTIGO 37 (Notificagio da parte recorrida. ‘ Resposta. Subida do proceso) 1, Sendo 0 recurso admitido, notificarse-4 « parte, contréria para responder, querenido, advertindo-a do prazd que Ihe é concedido para esse efeito ou entre- gando-se-ihe’ cépia do fequerimento do recurso. 2. Durante 0 prazo de resposté, a parte recorrida poderd contutar o process ot seefetaia da Comissio 3. Aplicarse-d A resposta do disposto uos arti- gos 12° 15.2,” ‘4. O secretdrio, esgotado o prazo de resposta ou Jogo que esta tenha sido junta, faré subir © processo, sem mais formalidades. ' 2. ARTIGO 38+ (Exame do processo na Comissio Laboral @ qual "ae a) : me 1, Recebido 0 procesio na Comissio Laboral com- petente para epreciar o recurso, ‘0 respective cccreté: tio, depois de o registar, submetélo-4 a despacho do coordenador, 2. O coordenador mandaré abrir vista aos restantes membros da comisséo para, sucessivamente e no prazo de 48 horas, examinarem 0 processo, DIARIO DA REPUBLICA ARTIGO 39° "(Reanifo da Comisdio Laborat para conhecimento de quesides prévins. Casos de julgamento. Imediato : ‘do recurso) 1, Terminado, o exame, a comissio reunir-se-4 no prazo de 8 dias paca decidir se deve du néo conhecer © recurso e se ele esté em condigées de ser juigado imediatamente. © 2. Se a comissio entender. que nfo deve tomar cotthecimento do recuréo ou que incompetente, man- dard baixar 0 proceso ou. remeté-lo-é a Comissio Laboral competente, notificando-se as partes da re- ‘mesa. “ 3. Se entender que o recurso ¢ manifestamente in- fundado ou que contém todos os. elementos, necess4- ios a uma, justa, decisio, a comissio poderé imedia tamente decidir e julgar 0 recu ~ARTIGO eallzapo de diligtncias dé prova) 1. Nao podendo julgar, desde logo, o recurso, a ¢o- m‘ssfo designard dia para a realizado das diligéncias de prova requeridas ou que a comissio ache necessé- rias, | 2, Realizadas ivdus as diliggucias de prove a‘comis- sto reuniré no prazo referido no n° 1 do art'go ante- rior para decidir e julgar o recurso. ARTIGO 41° (Produsto complementar de prova. Reexime do procesto ‘pela comissio taboral inferior) 1, Sempre que a comissdo, em vez de julgar 0 re- curso, dicidir remeter 0 processo a Comissio Laborai que julgou a questo em primeira instincia para que esta o reexamine ao abrigo da faculdade concedida pelo art'go 37° n2 2 da Lei da Justica Laboral, deverd indicar’ expressamente as dilig&ncias que considerar necessérias a0 apuramento da verdade. 2. Da resolugdo que resultar do reexame da questio poderdo as partes interpor novamente recurso. ARTIGO 42+ (ispostsbes subsidisrias) \ Ao julgamento do proceso na fase de recurso sio aplicdveis as disposigies dos artigos 51° a 332. SECGAO UI . Recurso em matéria disciplinar ARTIGO 43" da de medidas disciptinares, porn, mtn, deal, eet 1. O trabalhador que nfo st conformar com quai -quet medida disciplinar que Ihe tenha s'do aplicada, salvo tratando-se de admoestagéo privada nfo regis- tada, poderé interpor recurso para a Comissio Labo: ral de Empresa ou, no existindo esta, para a Comis- ‘so Laboral, Municipal, dentro de 15 dias a contar da- quela em que a medida the foi comuficada por escrito, 2, Durante esse prazo, 0 trabalhador, ou o seu man- datério por ele, ter o direito de consultar 0 proceso discipiinar, no podendo a empresa por entraves a essa ‘consulta. 1 SERIE—N’ 8—11 DE JANEIRO DE 1982 ARTIGO 442 (Onde pode ser apresentado 0 recurso) © requerimento de interposicfo do recurso deveré ser dirigido & Comisséo Laboral para a qual se recor- "re, mas tanto poderd ser apresentado na secretaria da comissio, como entregue na empresa que aplicou a med.da discip.inar, ARTIGO 45+ (eatroen do cocumo ng asnres, Herpes, Remame racesso & Comissio Laboral) +1, Sendo o requerimento entregue na empresa, de- verd esta, querendo, responder nos oito dias seguin- tes ¢, findo tal prazo, remeter 0 ptocesso disciplinar, .~ Com o requerimento.¢. a. resposta & Comissio Lal competente para julgar 0 recurso. ~2.'A empresa nio poderd deixar de dar segiimento ao requerimento de interposiggo do recurso, com 0 pretexio de ter sido apresentado fora do prazo ou com qualquer outro. 5. Se a empresa ndo fizer subir 0 yecurto no praza definido no n° 1. poder o tr: mar junto da Comisséo Laboral e yequerer que esta detetmine ‘a sua remessa sem demora, ARTIGO 46° » (Crtinltea do recurve, Disposisées subsidiiriss) Tanto em primeira instincia, a nfvel da Comis- sto Laborl de Eupsest, ou, na toa falta, dn Conte so Laboral Municipal, ‘como, em sltima instancia, az Comissio Laboral Provincial, os recursos em mt 2. Em tudo o mais, regularfo as disposicdes apli- cdveis as recursos em matéria de conflitos que néo sejam incompattveis com a natureza dos recursos de ‘imed:das disciplinares, SECCAO IV ' Execusio das resolujdes ¢ acordos ARTIGO 477 (Execusfio das resolugbes © acordos) 1. As resolugbes ¢.acordos, depois de homologados, sio ‘de cumprimento obrigeéri © tm forge execu y, Decor 5 prazo de um més ‘sobre a data da notificacdo das resolugdes ou sobre o termo do prazo fixado convencionalmente no’acordo, devem as partes ‘omprovas junto de eomlisfo laboral que eampriram 8 que lhes foram impostas pela resolugio ou ae ‘assumiram no acordo, nfo fizerem a prova do cumipri- anid den a cba il feta oo mero anion, Comisséo Laboral enviaré cépia da resolucio ou do acordo homologado ao representante do Ministério Pu- ~ biico junto do Tribunal competente para promover @ grec feecueto, por termos do artigo 32°, n° 2 da Lel da "’aBes de nfo cumprimento das obrigagdes 36 podei otemiunhas ¢ todas as = 4. Havendo recurso, deverd a cépia da resolugéo ser extrafda antes d3 ‘processo subir. ARTIGO 48° ‘(Participagto crinsinal) 1, Decorride 0 prazo de um més sobre a data fi- xada no acordo ou sobre a data da notificagéo de uma resolugdo tomada definitiva por nao ter sido inter posto ou jd nao ser possivel interpor recurso, sem que as partes tenham cumptido as obrigagées que thes foram imposss, deveré 4 Cothasio Labora participar estes factos A Direcgdo Nacional de Investigagio minal ou, na sua falta, a0 Procurador da r Repablice da circunscrigo judiciai competente, para fins do ar tigo 33.°-1 da Lei da Justiga Laboral. 2, A impossibilidade ‘de. cumprimento ‘ou outras ‘ser alegadas’pelas paftes no processo-crime qué a ser instaurado, ‘ SECGAO V Processo educativo ARTIGO 49." ((Marcegho imedista da auditncla, Pessoas a notificar) 1. Solicitado a Comissfo Laboral o processo educa- tivo, marcarse-4, desde logo, a audiéncia, notifican- dose para eia 0 arguido, os outros interessados, as tes- pessoas que possam 2ontribuir para a realizagéo dos fins deste tipo de proceso. 2. Na audigncia que deverd realizarse no prazo mé- ximo de oito dias, estardo presentes ow’ reptesentadas, f@ comissao sindicai da empresa ¢ & direceG0 desta, com direito, uma e outra, a intervirem ea participa rem na discussfio. ~ ARTIGO. 50° . (Forms oral de julgamento, Trimites) 1. Nem os depoimentos nem as declaragdes serio consignadas em acta desenrolando-se todos os actos oralmente, 2, Produzida a prova ¢ finda a discusséo, seré inter- rompida a audiéncia para a comissio:deliberar. ‘= 3, A resolugo tomada nfo seré escrita, competindo so coardenador amunciéla depols de reaberta ‘sai: dignci 4, Se 0 infrator, antes da discusso terminar, re- conhecer a falta que cometeu, fizer a sua autocritica € pedir desculpa ao ofendido, se o houver, a avdigncia seré logo dada pot finda sem deliberago ¢ o processo encerrado, CAPITULO IV : DISPOSICOES GERAIS ' ARTIGO 51° + (Notificaster, Melos de as efectuar) 1, As notificagdés serdo feitas pessoalmente e, tra- tando-se, de tabalhadores chamador s comparecer,de- verfo sto obrigatoriamente através da dit empresa. 4 2. Nao se encontrando a pessoa a notificar e néo sendo conhecida a sua residéncia, as notificagdes po- derdo efectuarse por qualquer outro meio nomeads- mente através de antincios, avisos ou editais a afixar 5. As notifieagSes poderdo iguelmente set feitas nas pessoas dos mandatérios das partes ou nas pesscas que elas indicarem expressemente para as receberem. ARTIGO 52° otftcaglo por intermédio de oatras,entidades. Forma do motificago) - 1, As comissSes laborais poderfo proceder as noti- ficagdes directamente ou por intermédio de outras Co- misses Laborais, dos organismos sindicais, das d.rec- gbes' das empreses ou dos érgéos ~~ Estado, ‘sempié que as pessoas & 101 ~ da localidade’ ein” que tém a sud“Sede. = ‘AS notificagées as partes para coimparecerem ou participarem em qualquer acto deverdo respeitar 0 ‘prazo estabelecido no artigo 22.° n° 5 da Lei da Jus- tiga Laboral, sob pena de ndo produzirem eteito, indicar 0 dia, a hora,,o local e a razdo. da compe- roca. ? 3. Nas notificacées seré sempre entregue a0 notifi- cado e6pia ou, pelo menos nota escrita, resumida mas precisa, de contetido da notificagéo, da data em que foi efectuada, do érgio da justiga que a ordenoy, da natureza ¢ do ntimero do processo ¢ das partes inter- venientes, 4, Quando forem notificadas as partes as resolugdes | dé qualquer drgio de justica iaboral, indicar-se-4 sem- pre se admitem recutso, para que rgio pode recor- rerse @ qual o prazo de interposigéo. ARTIGO 534 (Contagem dos prazos) 1, Os prazos concedidos so: em principio, impror- rogaveis, continuos ¢ correm seguidamente, nao se contando ‘nurica o dia em que comegsram. ~ 2. Quando os prazos terminarem em dia de des- canso semanel, aos sébados, em dias.feriados ou de tolerfineia de ponto, ¢ ainda, quando se tratar. de acto a praticar numa Comisso Laboral de Empresa em qualquer outros dias em que a empresa se encontrar encerrada, 0 acto poderé praticar-se no primeiro dia Stil seguinte, ARTIGO 54 (Actos praticados fora do prazo) 1. Os actos poderdo praticar.se fora do prazo,,ale- sendo,e provando o intereseado justo impedimento, 2. Os actos poderdo ainda praticar-se no dia te 40 termo do. prazo sem aecesidade de, prove do justo impedimento, sempre que o interessddo’ alegue motivo razofvel e este aceite pelo érgfo de justica laboral. Da decisio que considere razodvel 0 motivo alegado nfo hé recurso, ARTIGO 55° 1. justo impedimento de qualquer facto imprevist- vel estranho & vontade do interessado que o tenha impedido de praticar o acto. ©. B. 1/8 — 5800 ex.— I. DIARIO DA REPUBLICA 2, © Znteressdo que deseo legos justo imped - mento, deve fazélo fogo no momento da reaiizagao do acto cujo atraso pretende justificar, indicendo ime- diamente as provas 3. Realizadas a ws de prova, se houver iu gar_a elas, seré notificada a are, contra pasa se ronuncier no prazo de trés dias, findo 0 qual a co- missiio Jaboral decidiré se o impedimento se verificou. ARTIGO 56." @Prorrogacho dos prazos) 1, Aos prazos concedidos &s partes para praticarem actos processuais, actesceré um prazo suplementar que 0 coordenador deverd fixar, de acordo com as distincias e com as dificuldades de comunicagdes, entre cinco-e trinta dias, sempre que avnotificagfo se ~ fizer. em localidade diferente da sede -da_comissio °Jaboral. 2. A prorrogaso ‘serd de 30 dias, qui cagdo seja efectuada nos termes do artigo 51. ne 2. ARTIGO 572" @razos no especiaimeate previstos) Saivo quando outros estiverem previstos neste re- gulamento, seré de 3 dias 0 prazo para a prétice de actos processuais a realizar pelas comisyoes ¢ de 5 dias © prazo para a realizago dos actos processuais das partes, - ARTIGO 58° (Constituigio de mandatirios) 1. As partes no sto obrigadas mas poderlo consti- tuir mandatérios que as representem em todos o8 actos ou termos do processo ou ent alguns, deies. 2. O mandato pode ser conferido por simples es- tito particular oii mesmo através de declaragdo verbal feita perante 0 secretério da comissio.laboral ou du- rante a realizacao de qualquer dilgéncia processual. 3, A declaragio verbal poderd ser reduzida a ‘auto os muito simplesmente anotada no processo, se nic for consignada na acta’ da diligéncia, 4. Os trabalhadores poderSo mandatar os organis- * mos sindicais e confiar heles a defesa dos seus interes- 8¢5 no process. ‘ARTIGO 59° (Resolustio dos casos omissos) 1, Nos casos omissos neste Regulamento, os drgios de justiga ieboral poderdo*recorrer a qualquer norma ou principio processual do ordenamento jurfdico an- goland que se adapte A especial natureza deste pro- cess0, 2. Na sua falta, os érgios de justiga laboral proce- derdo pela forma que melhor assegure 0 conhecimento da verdade objectiva e a realizagao da justiga nas rela- goes de trabalho. Gabinetes dos Ministros, em Luanda, 18 de Novem- bro de 1981.—O Ministro da Justiga, Didgenes Boa- vida, —O Ministro do Trabalho e Seguranga Social, ‘Hordcio Pereira Brdés da Silva.

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