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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

PREDIAIS

ENGENHARIA CIVIL
Prof.: Felipe Gustavo Isernhagen
ELÉTRICA

 TERMINOLOGIAS E SIMBOLOGIAS;
 NORMAS DA ABNT E COPEL;
 CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE;
 PREVISÃO DE CARGAS, TIPOS DE FORNECIMENTO E PADRÃO
DE ENTRADA;
 PONTOS DE LUZ, INTERRUPTORES E TOMADAS;
 DIVISÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – CIRCUITOS
 QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO;
ELÉTRICA

 DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGA,


CURTO CIRCUITO E CHOQUE;
 PLANEJAMENTO DA REDE DE ELETRODUTOS;
 ESQUEMA DE LIGAÇÃO;
 ATERRAMENTO;
 NOÇÕES DE DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES,
DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO E ELETRODUTOS;
 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA E LEVANTAMENTO DE
MATERIAL.
ELÉTRICA
NORMAS TÉCNICAS

 NBR 05410 - 2005 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão;


 NBR 06689 - 1981 - Requisitos Gerais para Condutos de Instalação
Elétrica Predial;
 NBR 13570 - 1996 - Instalações Elétricas em Locais de Afluência de
Público;
 NBR 06527 - 2000 - Interruptores para Instalação Elétrica Fixa e
Doméstica e Análoga;
 NBR 5444 – Símbolos gráficos para instalações elétricas prediais;
 NBR IEC 50 - 1997 - Vocabulário Instalações Elétricas em
Edificações;
 NTC 901100 – Fornecimento em tensão secundária de distribuição;
 NTC 901110 – Atendimento a edificações de uso coletivo.
ELÉTRICA
TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES

 Consumidor - Entende-se por consumidor a pessoa física ou jurídica


ou comunhão de fato ou de direito, legalmente representada, que
solicitar à COPEL o fornecimento de energia elétrica e assumir a
responsabilidade pelo pagamento das contas e pelas demais
obrigações regulamentares e contratuais.
 Prédio Isolado - Todo e qualquer imóvel que se constitui em uma
unidade consumidora.
 Agrupamento de Unidades Consumidoras - Conjunto de duas ou
mais unidades consumidoras localizadas em um mesmo terreno e que
não possui área de uso comum (condomínio) com instalação elétrica
exclusiva.
 Edifício de Uso Coletivo - Edificação com mais de uma unidade
consumidora e que possui área de uso comum (condomínio) com
instalação elétrica exclusiva.
ELÉTRICA
TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES

 Entrada de Serviço - Conjunto de condutores, equipamentos e


acessórios situados entre o ponto de derivação da rede secundária e a
medição, inclusive.
 Ramal de Ligação - Conjunto de condutores e acessórios situados
entre o ponto de derivação da rede secundária e o ponto de entrega.
 Ramal de Entrada - Conjunto de condutores, acessórios e
equipamentos instalados a partir do ponto de entrega até a medição,
inclusive.
 Ramal Alimentador - Conjunto de condutores e acessórios instalados
após a medição, para alimentação das instalações internas da unidade
consumidora.
 Aterramento - Ligação elétrica intencional com a terra.
 Condutor de Aterramento - Condutor que liga o neutro a caixa de
medição e ao eletrodo de aterramento.
ELÉTRICA
TERMINOLOGIAS E DEFINIÇÕES

 Disjuntor Termomagnético - Equipamento de proteção destinado a


limitar a demanda da unidade consumidora.
 Caixa para Medidor - Caixa lacrável destinada à instalação dos
medidores e seus acessórios, e, em alguns casos, o disjuntor
termomagnético.
 Caixa para Disjuntor - Caixa lacrável destinada à instalação do
disjuntor termomagnético de proteção geral da entrada de serviço.
ELÉTRICA
CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

 Nos fios, existem partículas invisíveis chamadas elétrons livres, que


estão em constante movimento de forma desordenada.
 Para que estes elétrons livres passem a se movimentar de forma
ordenada, nos fios, é necessário ter uma força que os empurre. A esta
força é dado o nome de tensão elétrica (U).
 Esse movimento ordenado dos elétrons livres nos fios, provoca- do
pela ação da tensão, forma uma corrente de elétrons. Essa corrente de
elétrons livres é chamada de corrente elétrica (I).
 ENTÃO: Tensão é a força que impulsiona os elétrons livres nos fios.
Sua unidade de medida é o volt (V) e Corrente Elétrica é o
movimento ordenado dos elétrons livres nos fios. Sua unidade de
medida é o ampère (A).
ELÉTRICA
CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

 Agora, para entender potência elétrica: A tensão elétrica faz


movimentar os elétrons de forma ordenada, dando origem à corrente
elétrica.
 I: Tendo a corrente elétrica, a lâmpada se acende e se aquece com
uma certa intensidade.
 P: Essa intensidade de luz e calor percebida por nós (efeitos), nada
mais é do que a potência elétrica que foi trasformada em potência
luminosa (luz) e potência térmica (calor).
 É importante gravar: Para haver potência elétrica, é necessário haver
Tensão Elétrica (U) e Corrente Elétrica (I).
ELÉTRICA
CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

 Agora... qual é a unidade de medida da potência elétrica ?


a intensidade da tensão é medida em volts (V).
a intensidade da corrente é medida em ampère (A).
Então, como a potência é o produto da ação da tensão e da corrente, a
sua unidade de medida é o volt-ampère (VA).

P(VA) = U(V) x I(A)


ELÉTRICA

CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE

 A Potência Aparente é composta por duas parcelas:


Potência Ativa: é a parcela efetivamente em potência mecânica
(batedeiras, liquidificador) potência térmica (chuveiro, torradeira) e
potência luminosa (lâmpadas, refletores)
Potência Reativa: é a parcela transformada em campo magnético,
necessário ao funcionamento de motores, transformadores, reatores.
 Em projetos de instalação elétrica residencial, os cálculos efetuados
são baseados na potência aparente e potência ativa. Portanto, é
importante conhecer a relação entre elas para conhecer o que é fator
de potência
ELÉTRICA
FATOR DE POTÊNCIA
 Sendo a potência ativa uma parcela da potência aparente, pode-se
dizer que ela representa uma porcentagem da potência aparente que é
transformada em potência mecânica, térmica ou luminosa. A esta
porcentagem dá-se o nome de FATOR DE POTÊNCIA.
 Nos projetos elétricos residenciais, desejando-se saber o quanto da
potência aparente foi transformada em potência ativa, aplica-se os
seguintes valores de fator de potência:
1,0 para Iluminação e 0,80 para tomadas de uso geral.
 Exemplos:
Potência de Iluminação Aparente = 660VA
Fator de Potência = 1,0
Potência Ativa de Iluminação = 660VA x 1,0 = 660W
Potência de Tomada de Uso Geral = 7.300VA
Fator de Potência = 0,8
Potência Ativa de Iluminação = 7.300VA x 0,8 = 5.840W
ELÉTRICA
FATOR DE POTÊNCIA

 Quando o fator de potência é igual a 1, significa que toda potência


aparente é transformada em potência ativa. Isto acontece nos
equipamentos que só possuem resistência, tais como: chuveiro
elétrico, torneira elétrica, lâmpadas incandescentes, fogão elétrico,
etc.
 Os conceitos vistos até agora possibilitarão o entendimento
do próximo assunto: levantamento das potências (cargas) a
serem instaladas na residência.
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS

 O levantamento das potências (cargas) é feito mediante uma previsão


das potências (cargas) mínimas de iluminação e tomadas a serem
instaladas, possibilitando, assim, determinar a potência total prevista
para a instalação elétrica residencial
 A previsão de carga deve obedecer às prescrições da NBR 5410, item
4.2.1.2.
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO
 Prever pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um
interruptor de parede.
 Arandelas no banheiro devem estar distantes, no mínimo, 60cm do
limite do boxe.
 A carga de iluminação é feita em função da área do cômodo da
residência
Quando a área da dependência for igual ou inferior a 6 m² deve ser prevista
uma carga de pelo menos 100 VA.
No caso da área da dependência ser superior a 6 m² deve ser prevista uma
carga de pelo menos 100 VA para os primeiros 6 m², sendo acrescidos 60 VA
para cada aumento de área igual 4 m² inteiros.
Apesar da norma não estabelecer a área que cada ponto de luz pode atender,
recomenda-se, como boa prática, que um ponto de luz único não atenda uma
área superior a 15m²
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO

 No caso de acomodações de hotéis, motéis e similares pode-


se substituir o ponto de luz fixo no teto por uma tomada
comandada por interruptor e com potência mínima de 100
VA. Tal tomada tem por objetivo atender abajures ou
arandelas e é uma solução muito comum em hotéis.
 A previsão de cargas não define lâmpada, mas apenas a
potência prevista (carga em VA) para o ponto a ser utilizada
no dimensionamento dos circuitos.
ELÉTRICA

LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO

 Como critério adicional e complementar a NBR 5410/2004, e


em casos em que não seja viável a aplicação do cálculo
luminotécnico, pode-se adotar como referência o método do
W/m² apresentado a seguir, sendo que o método do W/m² só
definirá o valor a ser utilizado caso seja superior ao mínimo
normalizado.
 Como este método não está amparado em norma, deve ser
utilizado com cuidado, mas pode ser útil como uma rápida
referência de projeto.
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO

 Em ambientes comerciais e industriais deverá


OBRIGATORIAMENTE ser realizado Cálculo Luminotécnico.
 Neste tipo de aplicação não é necessário apenas determinar a carga
necessária para o consumidor, mas também devem ser garantidas as
exigências mínimas de iluminação para o trabalho a ser desenvolvido
no local.
 Mas, tendo em vista que em alguns ambientes comerciais,
principalmente em condomínios não temos sequer a definição do tipo
de utilização que terão os ambientes, pode ser necessária realizar uma
estimativa na carga para definição da entrada de energia.
 Observação: Os valores apurados correspondem à potência
destinada à iluminação para efeito de dimensionamento dos
circuitos, e não necessariamente à potência nominal das lâmpadas
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO
 Mas, tendo em vista que em alguns ambientes comerciais,
principalmente em condomínios não temos sequer a definição do tipo
de utilização que terão os ambientes, pode ser necessária realizar uma
estimativa na carga para definição da entrada de energia.
 Nestes casos podemos utilizar a tabela abaixo que apresenta o método
do W/m² aplicável em ambientes comerciais.
ELÉTRICA
LEVANTAMENTO DE CARGAS DE ILUMINAÇÃO

 Exemplos:

 Quarto 8m² = 6m² + 2m² = 100VA


1 + 0
 Copa 9,70m² = 6m² + 3,70m² = 100VA
1 + 0
 Sala 11,00m² = 6m² + 4,00m² + 1,00m² = 160VA
1 + 1 + 0
ELÉTRICA

TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

 Novamente vale destacar que os critérios estabelecidos pela


NBR5410/2004 para definição do número de pontos e da
carga em tomadas de corrente referem-se a residências e
todos os seus equivalentes, ou seja, aqueles locais utilizados
como habitação fixa ou temporária.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

 Não se destinam à ligação de equipamentos específicos e nelas são


sempre ligados: aparelhos móveis ou aparelhos portáteis.
 PREVER:
 Em banheiros pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório.
 Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e
similares deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada a cada
3,5m ou fração de perímetro. Nestes ambientes devem ser previstos
pelo menos duas tomadas acima da bancada de pia, podendo ser
agrupadas no mesmo ponto ou então separadas.
 Em varandas pelo menos um ponto de tomada. Tal ponto poderá ser
dispensado desde que a varanda possua área inferior a 2m² ou
profundidade inferior a 0,80m e que seja instalada uma tomada
próxima ao seu acesso.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

 Em salas e dormitórios deve ser previsto um ponto de tomada a cada


5m ou fração de perímetro.
 Em salas de estar, estar íntimo, salas de TV, salas de hometheater e
locais similares deve-se tomar cuidado para que o número de tomadas
previstos possa atender adequadamente os diversos equipamentos que
podem ser instalados conjuntamente em um rack. Para tanto devem
ser previstas tantas tomadas adicionais quanto necessário para
atendimento a estes equipamentos e ainda, caso necessário, a potência
destes pontos poderá ser aumentada.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

 Nos demais cômodos, não citados anteriormente, devem ser previstos:


 Se a área da dependência for igual ou inferior a 2,25 m² pelo menos
um ponto de tomada, sendo que este ponto poderá ser posicionado
externamente a este cômodo desde que esteja no máximo a 0,80 m da
porta de acesso.
 Se a área da dependência for superior a 2,25 m² e igual ou inferior a 6
m² pelo menos um ponto de tomada.
 Se a área da dependência for superior a 6m² um ponto de tomada a
cada 5 m ou fração de perímetro..
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

 As tomadas devem ser distribuídas o mais uniformemente possível.


 Um mesmo ponto pode ser desdobrado em duas ou mais tomadas
caso necessário.
 Para a definição da potência dos pontos de tomadas de uso geral
devem ser seguidos os seguintes critérios:
 Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço,
lavanderias e similares:
 Deve-se considerar para cada ambiente 600VA por ponto até três
pontos, e 100VA por ponto para os excedentes.
 Nos demais cômodos ou dependências:
 Deve-se atribuir, no mínimo, 100VA por tomada.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)
COMERCIAL E INDUSTRIAL

 A previsão de cargas de tomadas de uso geral para ambientes


comerciais ou industriais deverá ser feita através de um estudo
cuidadoso da utilização do ambiente que se está projetando, ou seja,
deverão ser previstas tomadas nos locais onde estiver prevista a
instalação de algum equipamento e mais algumas extras para limpeza
e manutenção.
 Aqui apresentamos um método simplificado para estimar tais cargas
de tomadas. A potência de cada ponto dependerá do projetista, sendo
que recomendamos entre 200 VA e 600 VA por ponto.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

ESCRITÓRIOS

 Com relação a quantidade de tomadas poderemos ter as seguintes


situações.
 Quando a área for igual ou menor que 40 m² deve-se calcular pelos
dois critérios abaixo e se escolher o que conduzir ao maior valor:
 Uma tomada a cada 3 m ou fração de perímetro;
 Uma tomada a cada 4 m² ou fração de área.
 Quando a área for superior a 40 m² deve-se adotar:
 Dez tomadas para os primeiros 40 m²; e
 Somar uma tomada para cada 10m² ou fração de área que superar
os 40 m² iniciais.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)

LOJAS

 Em lojas deverão ser previstas pelo menos a seguinte quantidade


mínima de tomadas:
 Uma tomada a cada 30 m² ou fração de área, mais;
 Uma tomada para aparelho em demonstração, mais;
 Uma tomada para cada vitrine, devendo esta possuir potência
mínima de 1000VA.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO GERAL (TUG’S)
CONDOMÍNIOS

 Deve ser prevista pelo menos uma tomada de uso geral por ambiente
em halls de serviço, salas de manutenção, salas de equipamentos, salas
de máquinas, salas de bombas e barriletes. A potência de cada circuito
terminal que atende estas tomadas deverá ser de no mínimo 1000 VA.
 Além destas tomadas devem ser previstas tomadas de uso geral em
todos os ambientes visando atender as necessidades dos usuários e
permitir a limpeza e manutenção dos ambientes. Deve-se tomar
especial atenção quanto a quantidade de tomadas a serem previstas nos
ambientes de Hall sociais, Salão de Festas, Copa e garagem, que
podem necessitar de diversas tomadas para atender adequadamente
estes ambientes.
 A potência individual a ser atribuída a estas tomadas dependerá do
projetista e poderá ser entre 100VA e 600VA
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)

 São consideradas tomadas de uso específico todas aquelas tomadas


que alimentam aparelhos fixos com corrente nominal superior a 10 A,
ou seja, aproximadamente 1200 VA em 127 V ou 2200 VA em 220 V.
 São destinadas à ligação de equipamentos fixos e estacionários, como
é o caso de: Chuveiros, Torneiras Elétricas, Secadores de roupa,
Máquinas de Lavar, Ar Condicionado.
 A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de
aparelhos de utilização que sabidamente vão estar fixos em uma dada
posição no ambiente.
 Atribuir a potência nominal do equipamento a ser alimentado.
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)
COMERCIAL E INDUSTRIAL
 Em ambientes comerciais ou industriais deve ser verificada caso a
caso a necessidade de instalação de TUE’s em função do uso do
ambiente. Em escritórios, lojas e shopping centers o maior consumidor
de energia elétrica é o ar-condicionado.
 Deverá ser feita uma verificação criteriosa da carga de ar-
condicionado necessário para estes locais, devendo-se sempre que
possível consultar o projetista destes sistemas (Engenheiro Mecânico),
que passará ao projetista de elétrica a necessidade de carga a ser
disponibilizada.
 Quando não existir projeto de ar-condicionado, mas for necessário
prever a potência necessária na entrada de energia do consumidor
pode-se considerar o seguinte cálculo utilizando aparelhos tipo janela
ou split:
 Capacidade (BTB/h) = Área(m²) x fator
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)

COMERCIAL E INDUSTRIAL

 O fator será um valor entre 450 e 750, dependendo do local da obra


ser mais frio ou mais quente respectivamente.
 Determinada a Capacidade obtém-se a potência do aparelho de um
catálogo.
 Ressalte-se que este é um cálculo aproximado e deve ser utilizado
apenas para fazermos uma estimativa de carga para o projeto
elétrico, este simples cálculo não substitui o projeto de ar-
condicionado.
ELÉTRICA
APARELHOS
 Os seguintes tipos de aparelhos de ar-condicionado podem ser
utilizados:
ELÉTRICA
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (TUE’S)
CONDOMÍNIOS
 Para o condomínio deverão ser previstas TUE’s para ligação de
todos os equipamentos que permitem o funcionamento e a
manutenção do prédio.
 Entre estes equipamentos podemos citar bomba de recalque, bomba
de drenagem, elevadores, equipamentos de cozinha para o salão de
festas, dentre outros.
 Geralmente as bombas são duplicadas tendo em vista a existência da
bomba principal e da de reserva, nestes casos serão previstos dois
circuitos independentes, mas para fins de demanda apenas um
deverá ser considerado
 Quanto ao elevador caberá ao projetista disponibilizar apenas o
alimentador do quadro de elevadores com capacidade adequada as
máquinas a serem instaladas. Todos circuitos terminais e de
comando serão projetados e instalados pela empresa responsável
pelo fornecimento e instalação do elevador.
ELÉTRICA

EXERCÍCIO

 PLANTA FORNECIDA
 TABELA DE CARGA DE ILUMINAÇÃO PREVISTA
 TABELA DE TOMADAS MÍNIMAS SENDO TUG’S E TUE’S
 TABELA DE CARGAS DAS TOMADAS
 TABELA DOS DADOS GERAIS
ELÉTRICA

FATOR DE POTÊNCIA

 Quando a previsão de cargas de algum equipamento for feita em VA,


deve-se levar em conta o fator de potência (cos φ) dos equipamentos
para realizar o cálculo de demanda ou então os dimensionamentos.
 Preferencialmente tal fator de potência deverá ser obtido através do
catálogo do equipamento previsto, caso não tenhamos disponível tal
informação poderá ser adotada a tabela a seguir como uma referência
para a conclusão da previsão de cargas.
ELÉTRICA

FATOR DE POTÊNCIA
ELÉTRICA

LEVANTAMENTO DE POTÊNCIA TOTAL

 CÁLCULO DE POTÊNCIA ATIVA DE ILUMINAÇÃO E TUG’s:


 Potência de iluminação 1080VA Fator de potência a ser adotado 1,0
1080 x 1,0 = 1080W
 Potência de tomadas de uso geral (TUG’S) - 6900VA Fator de
potência a ser adotado = 0,8
6900VA x 0,8 = 5520W

 CÁLCULO DE POTÊNCIA ATIVA TOTAL:


 Potência ativa de iluminação: 1.080W
 Potência ativa de TUG’s: 5.520W
 Potência ativa de TUE’s: 12.100 W
 Potência ativa Total: 18.700 W
ELÉTRICA
TIPOS DE FORNECIMENTO

 NAS ÁREAS DE CONCESSÃO DA COPEL, SE A POTÊNCIA


ATIVA FOR:
 Até 11Kwatts = Fornecimento monofásico;
Feito a dois fios (uma fase e um neutro)
Tensão de 127V

 De 11Kw a abaixo de 19 Kw = Fornecimento bifásico;


Feito a três fios (duas fases e um neutro)
Tensão de 127V e 220V

 Acima de 19Kwatts = Fornecimento trifásico;


Feito a quatro fios (três fases e um neutro)
Tensão de 127V e 220V
ELÉTRICA

TIPOS DE FORNECIMENTO

 CALCULANDO O FORNECIMENTO PARA O EXEMPLO


ANTERIOR:
 18.700W = FICA ENTRE 11Kw E 19Kw PORTANTO
FORNECIMENTO BIFÁSICO NAS TENSÕES DE 127V E 220V.
 ADOTAREMOS BIFÁSICO PORTANTO O PADRÃO DE

ENTRADA DEVERÁ ATENDER AO FORNECIMENTO 220V.


ELÉTRICA
PADRÃO DE ENTRADA

 Padrão de entrada nada mais é do que o poste com isolador de roldana,


bengala, caixa de medição e haste de terra, que devem estar instalados,
atendendo às especificações da norma técnica da concessionária para o
tipo de fornecimento.
 Uma vez pronto o padrão de entrada, segundo as especificações da
norma técnica, compete à concessionária fazer a sua inspeção.
 Uma vez pronto o padrão de entrada e estando ligados o medidor e o
ramal de serviço, a energia elétrica entregue pela concessionária estará
disponível para ser utilizada
ELÉTRICA
FUNCIONAMENTO DO SISTEMA

Ramal de
ligação

Circuitos Terminais

Quadro de
distribuição

Medidor Circuito de distribuição

Aterramento
ELÉTRICA
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

 Quadro de distribuição é o centro de distribuição de toda a instalação


elétrica de uma residência.
 Ele é o centro de distribuição, pois:
 recebe os fios que vêm do medidor
 nele é que se encontram os dispositivos de proteção.
 dele é que partem os circuitos terminais que vão alimentar
diretamente as lâmpadas, tomadas e aparelhos elétricos.
ELÉTRICA
DISJUNTORES

 DISJUNTORES TERMOMAGNÉTICOS:
 OFERECEM PROTEÇÃO AOS FIOS DO CIRCUITO –
DESLIGANDO-SE AUTOMATICAMENTE QUANDO
OCORRE UMA SOBRECORRENTE PROVOCADA POR UM
CURTO CIRCUITO OU SOBRECARGA.
 PERMITEM MANOBRA MANUAL – OPERANDO-O COMO
UM INTERRUPTOR, SELECIONA SOMENTE O CIRCUITO
DESEJADO NUMA EVENTUAL MANUTENÇÃO.
ELÉTRICA
DISJUNTORES
 DISJUNTOR DIFERENCIAL RESIDUAL:
 É UM DISPOSITIVO CONSTITUÍDO DE UM DISJUNTOR
TERMOMAGNÉTICO ACOPLADO A UM OUTRO
DISPOSITIVO: O DIFERENCIAL RESIDUAL. SENDO
ASSIM, ELE CONJUGA AS DUAS FUNÇÕES:
 A DO DISJUNTOR TERMOMAGNÉTICO – PROTEGE OS

FIOS
 A DO DIFERENCIAL RESIDUAL – POTEGE AS

PESSOAS.
ELÉTRICA

CIRCUITO ELÉTRICO

 É o conjunto de equipamentos e fios, ligados ao mesmo


dispositivo de proteção.
 Em uma instalação elétrica residencial, encontramos dois
tipos de circuito: o de distribuição e os circuitos terminais.
 Distribuição: Liga o quadro do medidor ao quadro de
distribuição.
 Terminais: Partem do quadro de distribuição e alimentam
diretamente lâmpadas, tomadas de uso geral e tomadas
de uso específico.
ELÉTRICA
F+N+PE
QUADRO DE
DISTRIBUIÇÃO

F+N+PE
2F+N+PE

2F+PE
FASES

NEUTRO PROTEÇÃO F+N+PE

F+N+PE

2F+PE
ELÉTRICA

CRITÉRIOS DA NBR 5410

 Prever circuitos de iluminação separados dos circuitos de tomadas de


uso geral (TUG’s).
 Prever circuitos independentes, exclusivos para cada equipamento
com corrente nominal superior a 10 A. Por exemplo, equipamentos
ligados em 127 V com potências acima de 1270VA (127 V x 10 A)
devem ter um circuito exclusivo para si.
ELÉTRICA

CRITÉRIOS DA NBR 5410

 Além desses critérios, o projetista considera também as dificuldades


referentes à execução da instalação.
 Se os circuitos ficarem muito carregados, os fios adequados para
suas ligações irão resultar numa seção nominal (bitola) muito
grande, dificultando:
 a instalação dos fios nos eletrodutos;
 as ligações terminais (interruptores e tomadas).
 Para que isto não ocorra, uma boa recomendação é, nos circuitos de
iluminação e tomadas de uso geral, limitar a corrente a 10 A, ou seja,
1270VA em 127 V ou 2200VA em 220V.
ELÉTRICA
CIRCUITOS

 Aplicando os critérios no exemplo em questão (tabela “reunindo


dados” vista nas aulas anteriores), deverá haver, no mínimo, quatro
circuitos terminais:
 Um para iluminação;
 Um para tomadas de uso geral;
 Dois para tomadas de uso específico (chuveiro e torneira
elétrica).
 Mas, tendo em vista as questões de ordem prática, optou-se no
exemplo em dividir:
 Circuito de Iluminação em dois:
 Social: Sala, Dormitórios, Banheiro e Hall
 Serviço: Copa, Cozinha, Área de Serviço e Área externa
ELÉTRICA
CIRCUITOS

 Circuito de TUG’s em quatro:


 Social: Sala, Dormitórios, Banheiro e Hall
 Serviço: Cozinha
 Serviço: Copa
 Serviço: Área de Serviço
 Circuito de TUE’s:
 Com relação aos circuitos de tomadas de uso específico,
permanecem os 2 circuitos independentes:
 Chuveiro Elétrico,
 Torneira Elétrica
ELÉTRICA
CIRCUITOS

 Como o tipo de fornecimento determinado para o exemplo em


questão é bifásico, têm-se duas fases e um neutro alimentando o
quadro de distribuição.
 Sendo assim, neste projeto foram adotados os seguintes critérios:
 Os circuitos de TUG’s e Iluminação foram ligados na menor
tensão, entre fase e neutro (127V)
 Os Circuitos de TUE’s com Corrente maior que 10A foram
ligados na maior tensão, entre fase e fase (220V).
 Quanto ao circuito de distribuição, deve-se sempre considerar a
maior tensão (fase-fase) quando este for bifásico ou trifásico. No
caso, a tensão do circuito de distribuição é 220V.
ELÉTRICA

CIRCUITOS

 Uma vez dividida a instalação elétrica em circuitos, deve-se marcar,


na planta, o número correspondente a cada ponto de luz e tomadas.
No caso do exemplo, a instalação ficou com 1 circuito de
distribuição e 12 circuitos terminais que estão apresentados na planta
encaminhada com o nome “Planta Exemplo”.
ELÉTRICA
CONDUTORES ELÉTRICOS
 O termo condutor elétrico é usado para designar um produto
destinado a transportar corrente (energia) elétrica, sendo que os fios
e os cabos elétricos são os tipos mais comuns de condutores. O cobre
é o metal mais utilizado na fabricação de condutores elétricos para
instalações residenciais, comerciais e industriais.
 Um fio é um condutor sólido, maciço, provido de isolação, usado
diretamente como condutor de energia elétrica. Por sua vez, a
palavra cabo é utilizada quando um conjunto de fios é reunido para
formar um condutor elétrico.
 Dependendo do número de fios que compõe um cabo e do diâmetro
de cada um deles, um condutor apresenta diferentes graus de
flexibilidade. A norma brasileira NBR NM280 define algumas
classes de flexibilidade para os condutores elétricos, a saber:
ELÉTRICA
CONDUTORES ELÉTRICOS
 CLASSE 1:
 são aqueles condutores sólidos (fios), os quais apresentam baixo
grau de flexibilidade durante o seu manuseio.
 CLASSE 2, 4, 5 e 6:
 são aqueles condutores formados por vários fios (cabos), sendo
que, quanto mais alta a classe, maior a flexibilidade do cabo
durante o manuseio.
 E qual a importância da flexibilidade de um condutor nas instalações
elétricas residenciais ?
 Geralmente, nas instalações residenciais, os condutores são
enfiados no interior de eletrodutos e passam por curvas e caixas
de passagem até chegar ao seu destino final, que é, quase sempre,
uma caixa de ligação 5 x 10 cm ou 10 x 10cm instalada nas
paredes ou uma caixa octogonal situada no teto ou forro.
ELÉTRICA

CONDUTORES ELÉTRICOS

 Além disso, em muitas ocasiões, há vários condutores de diferentes


circuitos no interior do mesmo eletroduto, o que torna o trabalho de
enfiação mais difícil ainda.
 Nestas situações, a experiência internacional vem comprovando há
muitos anos que o uso de cabos flexíveis, com classe 5, no mínimo,
reduz significativa- mente o esforço de enfiação dos condutores nos
eletrodutos, facilitando também a eventual retirada dos mesmos.
 Da mesma forma, nos últimos anos também os profissionais
brasileiros têm utilizado cada vez mais os cabos flexíveis nas
instalações elétricas em geral e nas residenciais em particular.
ELÉTRICA
CONDUTOR DE PROTEÇÃO – PE (FIO TERRA)

 Dentro de todos os aparelhos elétricos existem elétrons que querem


“fugir” do interior dos condutores. Como o corpo humano é capaz de
conduzir eletricidade, se uma pessoa encostar nesses equipamentos,
ela estará sujeita a levar um choque, que nada mais é do que a
sensação desagradável provocada pela passagem dos elétrons pelo
corpo. É preciso lembrar que correntes elétricas de apenas 0,05
ampère já podem provocar graves danos ao organismo !
 Sendo assim, como podemos fazer para evitar os choques elétricos ?
 Sabendo-se que um fio de cobre é um milhão de vezes melhor
condutor do que o corpo humano, fica evidente que, se
oferecermos aos elétrons dois caminhos para eles circularem,
sendo um o corpo e o outro um fio, a enorme maioria deles irá
circular pelo último, minimizando os efeitos do choque na pessoa.
Esse fio pelo qual irão circular os elétrons que “escapam” dos
aparelhos é chamado de fio terra.
ELÉTRICA
COMO INSTALAR O FIO TERRA

 Pode-se utilizar um único fio terra por eletroduto, interligando vários


aparelhos e tomadas. Por norma, a cor do fio terra é obrigatoria-
mente verde/amarela ou somente verde.
 Nem todos os aparelhos elétricos precisam de fio terra. Isso ocorre
quando eles são construídos de tal forma que a quantidade de elétrons
“fugitivos” esteja dentro de limites aceitáveis.
 Nesses casos, para a sua ligação, é preciso apenas levar até eles dois
fios (fase e neutro ou fase e fase), que são ligados diretamente,
através de conectores apropriados ou por meio de tomadas de dois
pólos.
 Por outro lado, há vários aparelhos que vêm com o fio terra
incorporado, seja fazendo parte do cabo de ligação do aparelho, seja
separado dele.
ELÉTRICA

COMO INSTALAR O FIO TERRA

 Nessa situação, é preciso utilizar uma tomada com três pólos (fase-
neutro-terra ou fase-fase-terra) compatível com o tipo de plugue do
aparelho, ou uma tomada com dois pólos, ligando o fio terra do
aparelho diretamente ao fio terra da instalação.
 Como uma instalação deve estar preparada para receber qualquer tipo
de aparelho elétrico, conclui-se que, conforme prescreve a norma
brasileira de instalações elétricas NBR 5410, todos os circuitos de
iluminação, tomadas de uso geral e também os que servem a
aparelhos específicos (como chuveiros, ar condicionados,
microondas, lava roupas, etc.) devem possuir o fio terra.
ELÉTRICA
O USO DO DISPOSITIVO DR
 Como vimos anteriormente, o dispositivo DR é um interruptor
automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da
ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum não
consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo
humano.
 Dessa forma, um completo sistema de aterramento, que proteja as
pessoas de um modo eficaz, deve conter, além do fio terra, o
dispositivo DR.
ELÉTRICA
O USO DO DISPOSITIVO DR

 A NBR 5410 exige, desde1997:


 A utilização de proteção diferencial residual (disjuntor ou interruptor)
de alta sensibilidade em circuitos terminais que sirvam a:
 tomadas de corrente em cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias,
áreas de serviço, garagens e, no geral, a todo local interno
molhado em uso normal ou sujeito a lavagens;
 tomadas de corrente em áreas externas;
 tomadas de corrente que, embora instaladas em áreas internas,
possam alimentar equipamentos de uso em áreas externas;
 pontos situados em locais contendo banheira ou chuveiro.
 NOTA: os circuitos não relacionados nas recomendações e exigências
acima poderão ser protegidos apenas por disjuntores
termomagnéticos (DTM).
ELÉTRICA
DESENHO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
ELÉTRICA
O USO DO DISPOSITIVO DR

 A NBR 5410 também prevê a possibilidade de optar pela instalação


de disjuntor DR ou interruptor DR na proteção geral. A seguir serão
apresentadas as regras e a devida aplicação no exemplo em questão.
 No caso de instalação de interruptor DR na proteção geral, a
proteção de todos os circuitos terminais pode ser feita com disjuntor
termomagnético. A sua instalação é necessariamente no quadro de
distribuição e deve ser precedida de proteção geral contra sobre
corrente e curto-circuito no quadro do medidor.
 Esta solução pode, em alguns casos, apresentar o inconveniente de o
IDR disparar com mais freqüência, uma vez que ele “sente” todas as
correntes de fuga naturais da instalação.
ELÉTRICA
DESENHO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO
ELÉTRICA
O PROJETO

 Uma vez determinado o número de circuitos elétricos em


que a instalação elétrica foi dividida e já definido o tipo de
proteção de cada um, chega o momento de se efetuar a sua
ligação.
 Essa ligação, entretanto, precisa ser planejada
detalhadamente, de tal forma que nenhum ponto de ligação
fique esquecido.
 Para se efetuar esse planejamento, desenha-se na planta
residencial o caminho que o eletroduto deve percorrer, pois
é através dele que os fios dos circuitos irão passar.
ELÉTRICA
O PROJETO

 Entretanto, para o planejamento do caminho que o


eletroduto irá percorrer, fazem-se necessárias algumas
orientações básicas:
 A) Locar, primeiramente, o quadro de distribuição, em lugar de
fácil acesso e que fique o mais próximo possível do medidor.
 B) Partir com o eletroduto do quadro de distribuição, traçando
seu caminho de forma a encurtar as distâncias entre os pontos
de ligação.
 C) Utilizar a simbologia gráfica para representar, na planta
residencial, o caminhamento do eletroduto.
 D) Fazer uma legenda da simbologia empregada.
 E) Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de cada
cômodo.
ELÉTRICA
O PROJETO
 Para se acompanhar o desenvolvimento do caminhamento dos
eletrodutos, tomaremos a planta do exemplo já com os pontos de luz
e tomadas e os respectivos números dos circuitos representados.
 Iniciando o caminhamento dos eletrodutos, seguindo as orientações
vistas anteriormente, deve-se primeiramente:
 Determinar o local do quadro de distribuição.
 Uma vez determinado o local para o quadro de distribuição,
inicia-se o caminhamento partindo dele com um eletroduto em
direção ao ponto de luz no teto da sala e daí para os
interruptores e tomadas desta dependência.
 Em sequencia, é demonstrado o caminhamento dos eletrodutos
dos demais circuitos, podendo-se dar continuidade do ponto de
luz da sala, ou saindo com um novo eletroduto do quadro.
 Neste momento, representa-se também o eletroduto que

conterá o circuito de distribuição.


ELÉTRICA

O PROJETO

 Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os


fios dos circuitos irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação:
representando-a graficamente, através de uma simbologia própria.
ELÉTRICA
O PROJETO
 Entretanto, para empregá-la, primeiramente precisa-se identificar:
 quais fios estão passando dentro de cada eletroduto representado.
 Esta identificação é feita com facilidade desde que se saiba como são
ligadas as lâmpadas, interruptores e tomadas.

 Serão apresentados a seguir


os esquemas de ligação mais
utilizados em uma residência.
ELÉTRICA
LIGAÇÕES
 Ligação de uma lâmpada comandada por interruptor simples.

 Ligar sempre:
 a fase ao interruptor;
 o retorno ao contato do disco
central da lâmpada;
 o neutro diretamente ao contato da
base rosqueada da lâmpada;
 o fio terra à luminária metálica.
ELÉTRICA
LIGAÇÕES
 Ligação de lâmpada comandada de dois pontos (interruptores
paralelos).
ELÉTRICA
LIGAÇÕES
 Ligação de tomadas de uso geral (monofásicas).
ELÉTRICA
LIGAÇÕES
 Ligação de tomadas de uso específico.
ELÉTRICA
O PROJETO

 Sabendo-se como as ligações elétricas são feitas, pode-se então


representá-las graficamente na planta, devendo sempre:
 representar os fios que passam dentro de cada eletroduto, através
da simbologia própria;
 identificar a que circuitos pertencem.
 Por quê a representação gráfica da fiação deve ser feita ?
 A representação gráfica da fiação é feita para que, ao consultar a
planta, se saiba quantos e quais fios estão passando dentro de
cada eletroduto, bem como a que circuito pertencem.
 Na prática, não se recomenda instalar mais do que 6 ou 7 condutores
por eletroduto, visando facilitar a enfiação e/ou retirada dos mesmos,
além de evitar a aplicação de fatores de correções por agrupamento
muito rigorosos.
ELÉTRICA
O PROJETO

 Com a planta de distribuição dos eletrodutos em mãos, começamos a


representação gráfica da fiação:
 Começando a representação gráfica pelo alimentador: os dois fios
fase, o neutro e o de proteção (PE) partem do quadro do medidor
e vão até o quadro de distribuição.
 Do quadro de distribuição saem os fios fase, neutro e de proteção
do circuito 1, indo até o ponto de luz da sala.
 Do ponto de luz da sala, faz-se a ligação da lâmpada que será
comandada por interruptores paralelos.
ELÉTRICA

O PROJETO

 Para ligar as tomadas da sala, é necessário sair do quadro de


distribuição com os fios fase e neutro do circuito 3 e o fio de
proteção, indo até o ponto de luz na sala e daí para as tomadas,
fazendo a sua ligação.
 Ao prosseguir com a instalação é necessário levar o fase, o
neutro e o proteção do circuito 2 do quadro de distribuição até o
ponto de luz na copa. E assim por diante, completando a
distribuição.
ELÉTRICA
CÁLCULO DA CORRENTE

 A fórmula P = U x I permite o cálculo da corrente, desde que os


valores da potência e da tensão sejam conhecidos.
 Substituindo na fórmula as letras correspondentes à potência e
tensão pelos seus valores conhecidos: 635= 127 X I
 Para achar o valor da corrente basta dividir os valores
conhecidos, ou seja, potência pela tensão: I= 635 / 127 = 5A
 Para o cálculo da corrente: I = P / U
ELÉTRICA
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO CIRCUITO DE
DISTRIBUIÇÃO
 Somam-se os valores das potências ativas de iluminação e tomadas
de uso geral (TUG’s):
 Potência ativa de iluminação: 1080W
 Potência ativa de TUG’s: 5520W
 Total: 6600W
 Multiplica-se o valor calculado (6600W) pelo fator de demanda
correspondente a esta potência.
 Fator de demanda representa uma porcentagem do quanto das
potências previstas serão utilizadas simultaneamente no momento
de maior solicitação da instalação. Isto é feito para não
superdimensionar os componentes dos circuitos de distribuição,
tendo em vista que numa residência nem todas as lâmpadas e
tomadas são utilizadas ao mesmo tempo.
ELÉTRICA
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO CIRCUITO DE
DISTRIBUIÇÃO

 Potência ativa de iluminação e


TUG’s = 6600W
 fator de demanda: 0,40
 6600 x 0,40 = 2640W
ELÉTRICA
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO CIRCUITO DE
DISTRIBUIÇÃO
 Multiplicam-se as potências de tomadas de uso específico (TUE’s) pelo
fator de demanda correspondente.

 nº de circuitos de TUE’s do exemplo = 4.


 Potência ativa de TUE’s:
 1 chuveiro de 5600W
 1 torneira de 5000W
 1 geladeira de 500W
 1 máquina de lavar de 1000W
 Total de 12100W
 fator de demanda = 0,76
 12100 W x 0,76 = 9196W
ELÉTRICA
CÁLCULO DA POTÊNCIA DO CIRCUITO DE
DISTRIBUIÇÃO

 Somam-se os valores das potências ativas de iluminação, de TUG’s e


de TUE’s já corrigidos pelos respectivos fatores de demandas.
 Potência ativa de iluminação e TUG’s: 2640W
 Potência ativa de TUE’s: 9196W
 Total: 11836W
 Divide-se o valor obtido pelo fator de potência médio de 0,95, obtendo-
se assim o valor da potência do circuito de distribuição
 11836 ÷ 0,95 = 12459VA
 Potência do circuito de distribuição: 12.459VA
ELÉTRICA

CÁLCULO DA CORRENTE DO CIRCUITO DE


DISTRIBUIÇÃO

 Uma vez obtida a potência do circuito de distribuição, pode-se efetuar


o cálculo da Corrente do Circuito de Distribuição:
 P= 12.459 VA
 U= 220V
 I= 12459 / 220
 I= 56,6A
 Portanto adota-se Disjuntor de 70A
ELÉTRICA

DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS


DISJUNTORES DOS CIRCUITOS

 Dimensionar a fiação de um circuito é determinar a seção padronizada


(bitola) dos fios deste circuito, de forma a garantir que a corrente
calculada para ele possa circular pelos fios, por um tempo ilimitado,
sem que ocorra superaquecimento.
 Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar o valor da corrente
nominal do disjuntor de tal forma que se garanta que os fios da
instalação não sofram danos por aquecimento excessivo provocado por
sobrecorrente ou curto-circuito.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS
DISJUNTORES DOS CIRCUITOS
 Para se efetuar o dimensionamento dos fios e dos disjuntores do
circuito, algumas etapas devem ser seguidas.
 1ª Consultar a planta com a representação gráfica da fiação e seguir
o caminho que cada circuito percorre, observando neste trajeto qual
o maior número de circuitos que se agrupa com ele.
 O maior número de circuitos agrupados para cada circuito do
projeto está relacionado abaixo.
ELÉTRICA
 2ª Determinar a seção adequada e o disjuntor apropriado para cada
um dos circuitos. Para isto é necessário apenas saber o valor da
corrente do circuito e, com o número de circuitos agrupados
também conhecido, entrar na tabela 1 e obter a seção do cabo e o
valor da corrente nominal do disjuntor.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS
DISJUNTORES DOS CIRCUITOS

 Exemplo
 Circuito 3: Corrente = 7,1A
 3 circuitos agrupados por eletroduto

 entrando na tabela 1 na coluna de 3 circuitos por eletroduto, o

valor de 7,1 A é menor do que 10A e, portanto, a seção adequada


para o circuito 3 é 1,5mm2 e o disjuntor apropriado é 10 A.
 Circuito 12: Corrente = 22,7A
 3 circuitos agrupados por eletroduto

 entrando na tabela 1 na coluna de 3 circuitos por eletroduto, o

valor de 22,7 A é maior do que 20 e, portanto, a seção adequada


para o circuito 12 é 6mm2 o disjuntor apropriado é 25 A.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS
DISJUNTORES DOS CIRCUITOS
 Desta forma, aplicando-se o critério mencionado para todos os
circuitos, temos:
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DA FIAÇÃO E DOS
DISJUNTORES DOS CIRCUITOS

 3ª Verificar, para cada circuito, qual o valor da seção mínima para


os condutores estabelecida pela NBR 5410 em função do tipo de
circuito.
 A NBR 5410 estabelece 2,5mm² como seção mínima de

condutores
 Se a bitola encontrada para o condutor for maior que o minimo exigido
pela NBR, adotar a maior seção, se for menor, adotar o mínimo
preconizado.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR
APLICADO NO QUADRO DO MEDIDOR

 Para se dimensionar o disjuntor aplicado no quadro do medidor,


primeiramente é necessário saber:
 a potência total instalada que determinou o tipo de fornecimento;
 o tipo de sistema de distribuição da companhia de eletricidade
local.
 De posse desses dados, consulta-se a norma de fornecimento da
companhia de eletricidade local para se obter a corrente nominal do
disjuntor a ser empregado.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DO DISJUNTOR
APLICADO NO QUADRO DO MEDIDOR

 Exemplificando o dimensionamento do disjuntor aplicado no quadro


do medidor:
 a potência total instalada: 18700 W ou 18,7kW
 Portanto a Demanda Máxima Prevista se encaixa na categoria 36:
19Kva, indicando disjuntor de 50A, fornecimento trifásico feito a 4
fios, tensão de 220V.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS DR

 Dimensionar o dispositivo DR é determinar o valor da corrente


nominal e da corrente diferencial-residual nominal de atuação de tal
forma que se garanta a proteção das pessoas contra choques elétricos
que possam colocar em risco a vida da pessoa.
 Corrente diferencial-residual nominal de atuação : A NBR 5410
estabelece que o valor máximo para esta corrente é de 30mA (trinta
mili ampères).
 Corrente nominal : De um modo geral, as correntes nominais típicas
disponíveis no mercado, seja para Disjuntores DR ou Interruptores DR
são: 25, 40, 63, 80 e 100 A.
 Nota: Não será permitido usar um Disjuntor DR de 25 A, por exemplo,
em circuitos que utilizem condutores de 1,5 e 2,5mm2. Nestes casos, a
solução é utilizar uma combinação de disjuntor termomagnético +
interruptor diferencial-residual.
ELÉTRICA
INTERRUPTORES DR (IDR)

 Devem ser escolhidos com base na corrente nominal dos


disjuntores termomagnéticos, a saber:
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS
 Dimensionar eletrodutos é determinar o tamanho nominal do
eletroduto para cada trecho da instalação.
 Tamanho nominal do eletroduto é o diâmetro externo do eletroduto
expresso em mm, padronizado por norma.
 O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os
condutores possam ser facilmente instalados ou retirados. Para tanto é
obrigatório que os condutores não ocupem mais que 40% da área útil
dos eletrodutos.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS
 Considerando esta recomendação, existe uma tabela que fornece
diretamente o tamanho do eletroduto.
ELÉTRICA
DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS

 Para dimensionar os eletrodutos de um projeto elétrico, é necessário


ter:
 A planta com a representação gráfica da fiação com as seções dos
condutores indicadas.
 E a tabela específica que fornece o tamanho do eletroduto.
 Como proceder:
 Na planta do projeto, para cada trecho de eletroduto deve-se:
 1º Contar o número de condutores contidos no trecho;

 2º Verificar qual é a maior seção destes condutores.

 De posse destes dados, deve-se:


 Consultar a tabela específica para se obter o tamanho nominal do

eletroduto adequado a este trecho.


ELÉTRICA
QUADRO DE CARGAS
ELÉTRICA
DIAGRAMA UNIFILAR

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