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Segundaa-feira, 15 de Agosto de 2005 DIARIO NA PEpIpI ICA vi TPT PE he Ul nl ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA I Série — N.° 97 Prego deste nimero — Kz: 180,00 “Toda a eorrespondéneia, quer oficial, quer ‘ASSINATURAS ‘O prego de eala linha poblicada nos Didrios relativa a andncio © assinaturas do «Diario Ano | ca Replica L* 2 série 6 Kz: 75.00 e paras Asis série, Kz: 400 275,00] 3 série Ka: 95.00, acreseido do respective da Reyiiblicars, deve ser ditigida ® [mprensa ? sida B Imprense) 9 1 sso. Kr: 236 250.00] imposto do selo, dependendo » pubicasto da Nacional — E.R, em Luanda, Caixa Postal 1306 | 4 2° série Kx: 123 500.00 39 serie de depdsitopeévio «efectuse na Tesouraia, = En ele: winprensr> Aa st Ke: 95 700,00 da tmorensa Nacional — EP IMPRENSA NACIONAL-E. P. Rua Henrique de Carvalho n° 2 Caixa Postal n° 1306 CIRCULAR Excelentissimos Senhores: Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes que resultam para os nossos servigas do facto das respecti- vas assinaturas no Didério da Repiiblica mio serem feitas com a devida oportunidade. Para que nao haja interrupgao no fornecimento do Did- rio da Repiblica aos estimados clientes, temos a honra de informé-los que esto abertas a partir desta data até 15 de Dezembro de 2005, as respectivas assinaturas para o ano de 2006 pelo que devertio providenciar a regularizagio dos seus pagamentos junto dos nossos servigos. 1. Os pregos das assinaturas do Didrio da Repiiblica, no territdrio nacional passam a ser os seguintes: AS 3 61508 oronnncennnnnnnn Keg 400 275,00 LA SEFC sens sn Ka? 236 250,00 28 SEH ssn Kz: 123 500,00 328 série ese mvs Kez 95 700,00 2. As assinaturas seriio feitas apenas no regime anual 3. Aos pregos mencionados no n.? | acrescer-se-4 um valor adicional para portes de correio por via normal das tt@s séries, para todo 0 ano, no valor de Kz: 73 975,00 que poderd softer eventuais alteragdes em fungiio da flutuagio das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de Angola, E.P. no ano de 2006. Os clientes que optarem pela recepgio das suas assinaturas através do correio deverio indicat o seu enderego completo, incluindo a Caixa Postal, a fim de se evitarem atrasos na sua entrega, devolugio ou extravi Observagaes: 4) estes pregos poderdo ser alterados se houver wna desvalorizagdo da moeda nacional, numa pro- porcdo superior a base que determinou 0 seu 4) as assinaturas que forem feitas depois de 15 de Dezembro de 2005 sofrerao um acréscimo de uma taxa correspondente a 15%; ©) aos organismos do Estado que néo regularizem ox seus pagamentos até 15 de Dezembro do ano em curso ndo thes serao concedidas a crédito as assinaturas do Didrio da Repiblica, para 0 ano de 2006. SUMARIO Conselho de Ministros Decreto n.* 5305: Sobre o regime jutidico dos acidentes de trabalho ¢ doengas profis- siongis. ~- Revoga toda legislagdo que conirrie o disposto no pre- seme deewio, nomeadamente, 0 Titulo III do Diploma legislative ‘n* 2827 de $ de Maio de 1957 ¢ © Capitulo V, Titulo VIM do Decreton.* 44 309, de 27 de Abril de 1962. Decreto n2 $405: D4 por findo © mandato do Consclho de Administragao da Socie- dade Angolana de Imporagio e Exportagdo, ubreviadamente, SOCIANG, SARL. Decreto n.” 85/08: Aprova 0 regulamento do Prémio Nacional de Cultura e Artes, adiune designado «Prémion. — Revoge os artigos 2," © 3." do Decroto n° 31/00, de 30 de Junho, que institu o prémio e uprava 0 respectivo regulumento, Deereto n." $608: De alteracéo aos estatutos da Ordem dos Advogudos de Angola. 1754 CONSELHO DE MINISTROS Deereto n." 53/05 de 15 de Ayosta Tomnando-se necessirio a criagiio de condigdes que preservar a suiide, a integridade fisica, reduzir ou climinar os potenciais riscos de acidentes de trabalho e de doengas profissionais e assumir a reparagdo de danos que ‘comportam o desenvolvimento da actividade labora; Havendo necessidade «'e se r2gular as condigdes objec- que permitam estaly ‘over um quadro de protecgio, I dos trabalhadores e suas famflias contra os riscos profissionais, em observancia aos prinefpios consignados na Convengio n° 102 da OIT, Organizagio intemacional do ‘Trabathos, $003 Nos termos das disposigdes combinadas do artigo 59.° da Lei n? 7/04, de 15 de Outubro, da alinea f) do arti- go 110." e do artigo 113.°, ambos da Lei Cons jonal, 0. Governo decreta o seguin REGIME JUR{DICO DOS ACIDENTES DE TRABALHO E DOENCAS PROFISSIONAIS CAPITULO I Disposigies Gerais ARTIGO 1° ‘rmbito de aplieagio pessoal 1, E garantido 0 direito A reparagiio de danos resultantes. de acidentes de trabalho ¢ de doengas profissionais aos tra- balhadores por conta de outrem e seus familiares, prote- gidos polo sistema de protecsiio social obrigatério. 2. Para efeitos do presente diploma, consideram-se trax bathadores por conta de outrem os trabalhador ‘s vinculados por contrato de trabalho ou equiparado. 3. Tém ainda direito aquela reparacdo" 2) 03 trabathadores angolanos que se encontram temporariamente no estrangeiro ao servigo do Estado, de empresas angolanas ou instituigdes, salvo se a legislagdo do pafs em que se encon- tram Ihes garantit 0 mesmo ou methor dieito, nos termos de convengdes estabelecidas;, ‘b) os trabalhadores estrangeiros que exer¢am acti dades na Reptiblica de Angola, sem prejuizo de regimes especiais previstos na lei ¢ em conven- es internacionais aplicdvei 4. 0s trabalhadores por conta prépria so protegidos nos termos a definir em regulamento préprio. DIARIO DA REPUBLICA 5, Sem prejutzo do disposto no ntimero anterior, 0s tru- balhadores por conta prépria podem voluntariamente efec- twar um seguro que garanta as prestagdes pecunidrias previstas no presente decreto. ARTIGO 2° (Excepsbes) Exceptuam-se do disposto no artigo anterior: 4) 08 funciondrios e agentes da administragao piiblica; 5) 08 trabalhadores estrangeitos niio residentes que, por forga desse vinculo, tenham diseito a repa- rao de danos resultantes de acidentes de tra- balho e de doengas’ profissionais reconhecido pelo pats de origem, ou organizagao para qual prestam servigo, pelo que devem fazer. prova, entregando c6pia das apdlices aos. servigos competentes Uo Ministério que tutela a pro- tecgiio social obrigatéria CAPITULO I Acidentes de Trabatho ARTIGO 3° (Conceito) 1. Entende-se por acidente de trabalho o acontecimento subito que ocorre no exercicio da aetividade laboral uo ser- vigo da empresa ou instituigo que provoque ao trabathador lesio ou danos corporais de que resulte incapacidade parcial ‘ou total, tempordria ou permanente para o trabalho, ou ainda amore. 2. Sdo ainda considerados acidentes de trabalho os que ‘ocorrem nas circunstincias seguintes: 4) durante 0 trajecto normal ou habitual de ida ou regresso do local de trabalho, qualquer que seja ‘0 meio de transporte utilizado no percurso; 6) durante 0s intervalos para descanso, ocorridos no local de trabalho; c) em actos de defesa da vida humana e da proprie- dade social nas instalagdes da empresa ou insti- tuigto; 4) durante a realizagio de actividades sociais, cultu- rais e desportivas organizadas pela empresa. 3. Considera-se trajecto normal o percurso que o traba- Ihador tenha de utilizar necessariamente entre a sua residén- cia € 0 local de trabalho e vice-versa, dentro dos hordrios declarados. . |SERIE — N° 97 —DE 15 DE AGOSTO DE 2005 ARTIGO 4° (esearacterizagio da eventualidade) Para efeitos do presente diploma no so cons ea a8 ineapacidar 4) acidentes provocados intencionalmente ¢ os aci- dentes resuiltantes da prittica de crime doloso; 5) acidentes resultantes de actos de guerra, declarada ou nio, assaltos ou comogdes politi- eas ou sociuis, greves, insurreigzo, guerra civil e actos de terrorismo; ©) acidentes causados por privago permanente ou acidental do uso da razio do trabalhador, como tal considerados nos termos da Ici civil, salvo se a privagio for directamente resultante do trabalho ou da actividade profissional; 4) fora do perfodo defi 3 do artigo @ anterior; &) acidentes que provierem da violagio sem causa jjustificativa das regras ¢ das condigdes de segu- anga no trabalho estabelecidas pelo empre- gador ou previstas na lei. ido no as ARTIGO 5° (exetusdes) 1. Sao exclufdos do Ambito de aplicagio do presente diploma, 4) 08 acidentes ocorridos na prestagio de servigos eventuais ou ocasionais, de curta duragao, salvo se forem prestados, em actividades que tenham por objecto a exploragdo tucrativa, +b) os acidentes que ocorram na execugto de traba- Thos de curta duragio, se a entidade a quem for prestado o servigo trabalhar habitualmente s6 ‘ou com membros da sua familia e chamar para a auxiliar, acidentalmente, um ou mais traba- Ihadores . 2. A exclusiio prevista na ulinea b) do ndimero anterior ‘no abrange os acidentes que resultent da utilizagio de iquinas © de outros cquipamentos de especial perigosi- dade. CAPITULO II Doengas Profissionais ARTIGO 6° : (Caracterizagio da eventualidade) 1, Nos termos do presente diploma, si consideradas docngas profissionais as constantes no fndice codificado das doencas profissionais, anexa ao presente decreto, fazendo dele parte integrante. 1755 2. Siio consideradas doengas profissionais para efeitos do presente diploma a alteragio da satide patologicamente definida, gerada por razBes da actividade laboral nos traba- thadores que de forma habitual se expdem a factores que produzem doengas e que estio presentes no meio ambiente de trabalho ou em determinadas profissdes ou octipagées. 3. 0 Indice codificado anexo ao presente decreto, con- forme o ne I deste artigo, fundamenta-se em conhecimen- tos cientificos actualizados nos dominios da patologia e clinica ocupacional e no estude comparativo de listas de doengas profissionais de varios pafses, assim como na documentago emanada de organismos internacionais, como a Organizagio Internacional do Trabalho e a ‘Organizagdo Mundial da Satide 4. 0 indice a que se refere on. | do presente artigo serd objecto de actualizagdo periédica por decreto executive Conjunto dos Ministros da tutela da saide e da protecsio social obrigatéria CAPETULO IV Obrigatoriedade do Seguro e dos Encurgos ARTIGO 7° (Seguro) 1, Sio obrigatoriamente segurados contra os riscos resultuntes de acidentes de trabalho e de doengas profis- sionais, caracterizados no presente diploma, todos os tra- balhadores, aprendizes e estagidtius, apds a efectivagay do respeetivo contrato de trabalho a celebrar entre a entidade cempregadora e uma empresa seguradora angolana, 2, A partir da entrada em vigor deste decreto, as enti- dades empregadoras so obrigadas a transferit para a empresa seguradora angolana a responsabilidade resultante de acidentes de trabalho e de doengas profissionais. 3. As entidades empregadoras so obrigadas a comu- nicar & seguradora, por carta registada com aviso de recep- 80, ou qualquer outro meio idéneo, a data de inicio da actividade dos trabalhadores ¢ da cessago do contrato de trabatho, no prazo de até 30 dias, apds a ocoréneia do facto, 4. Cube & seguradora acusar a recepedo da carta, refe- rida no nimero anterior deste artigo, nos sete dias imediatos » s09 recepeZo, utilizando para o efeito os mesmos meios de prova. 5. As entidades empregadoras devem fazer prova da validagdo do contrato de seguro: a) para os actuitis casos existentes, no prazo de 90 dias, remetendo as respectivas c6pias das ‘apélices de seguro ¢ do recibo de pagamento de 1756 DIARIO DA REPUBLICA prémios de seguro aos érgios competentes do Ministério que tutela a protecgio social obri- gatéria b) para og casos futuros, na altura da inserigtio na pega 6. A falta de cumprimento, por parte da entidade empre- gadora das obrigagdes decorrentes do contrato de seguro, nfo prejudiea em caso algum o direito do trabalhador, aprendiz, estagiirio ou seus familiares, a0 reconhecimento pela entidade empregadora das prestactes devidas por forga do presente diploma, sco 4 neargos) 1, O sistema de tarifas para céleulo dos prémios de segu- Fo, bem como as demais condigdes uniformes e obrigatorias para a eXploragio do seguro de acidentes de trabalho e de doengas profissionais, serio fixados por decreto executivo conjunto dos Ministros das Finangas e da tutela da protec- social obrigatéria, 2 As on mente & seguradora uma eépia da folha de remuneragdes, dovidamente autenticada pela Inspecgiio Geral do Trabalho ou seus servigos © remuneragbes. adicionais tributdveis pagas em cada més aos trabalhadores. ‘les empmgadaras fomeceriy semest 3. Os prémios devidos A empresa seguradora, consti- tuem encargos exclusives da entidade empregadora, fican- do expressamente proibido qualquer desconto nas remune- ragdes ou constituir um encargo acrescido para 0 traba- Ihador. 4, A empresa seguradora no pode pagar comissGes de intormes nos termos do artigo 31.° do Decreto executivo n° 7103, de 24 de Janeiro, Sobre a Mediagio e CBrretagm do Seguro Directo. agio no Ambit do presente seguro obrigatério, 5. As empresas de seguros devem cridr condigdes de prestagiio de servigos, em todo o territério nacional, por forma a possibilitar o cabal cumprimento do presente decreto, 6. Enquanto ndo houver abertura de uma delegagio, filial ou sucursal na sede de uma provineia, a empresa segu- radora deve indicar os) seu(s) correspondente(s) local(is) & Girecgio provincial da (uiela da protecgio social obri- gat6ria 7. Quando todas us empresas seguradoras no Pais se recusarem a aceitar a proposta de seguro de qualquer ‘empresa ou instituigdo, deverdio os Grgdos competentes do Ministério de tutela da protecgzio social obrigatéria, a nivel central, provincial ou local, mediante as respectivas decla- ragBes justilicativas da recusa, fazer colocar as solicitagdes de seguro numa empresa seguradora, de forma rateada por orcicm ¢ data de solicitagao. 8. A empresa seguradora fica obrigada a remeter, semes- tralmente, c6pia de toda documentagio necessiria, & Direcgdo Nacional de Seguranga Social, e esta, sob tutela e superintendéncia do Ministeo, deve criar todas as condigées para exercer 0 controlo di execugie dos procedimentos prescritos. 9. A documentagio a que se refere 0 niimero anterior deste artigo sera definida por despacho conjunto dos Minis- tros das Finangas ¢ da tutela da protecgdo social obrigatoria. CAPITULO V Socorro e Participagtio dos Acidentes, Doengas ou Morte ARTIGO 9° (Socorro A vitima) 1. A emtidade empregadora, ou quem a represente na direcgiio ou fiscalizagio do trabalho, logo que tenha conhecimento de um acidente de trabalho ou de uma doenga profissional, caracterizados nos termos dos artigos 3.° ¢ 4.° do presente diploma, prestard os primeiros socorros a viti ma e, sendo caso disso, deve garantir de imediato 0 trans- porte mats conveniente para o sinistrado a0 eéntro hospita- lar mais proximo, 2. A prestagio dos primeiros socorros no. significa aceitagio, de imediato, pela empresa seguradora ou pela entidade empregadora do reconhecimento do acidente como sendo de trabalho, ou de doengas como sendo protissionais. 3. A entidade empregadora ¢ responsiivel pelos danos consequentes da nao prestago de socorro a vitima, ARTIGO 10° (Exames médicos) 1. As empresas cujas actividades envolvam riscos espe- ciais ¢ trabalhos insalubres ou onde se desenvolvem traba- thos perigosos previstos no artigo 27.° do Decreto n.° 31/94, de 5 de Agosto, ndo podem admitir ao seu servigo traba- Jhadores sem previamente os submeter a um exame médico, destinado a verificar se esto ou nfio afectados por aquels cenfermidades. 2. Os trabalhadores serao submetidos u exames médicos em fungdo do local onde é exercida a sua actividade, cujo resultado deve ser comunicado a seguradora, no prazo de 1 SERIE — N2 97 —DE 15 DE AGOSTO DE 2005 1757 15 dias, sob pena de ser considerado causa de exclusilo para efeitos de regularizagio de eventuais sinistros, sem que tal facto imponha prejufzos & protecgdo do trabalhador no tocante ao que trata © presente diploma, 3. As entidades empregadors devem garantir a organi- ago ¢ o [uncionamento dos servigos de seguranga, higiene e sade no trabalho, nos termos definides em legislagio propria. ARTIGO 11" (Partielpagio de actdente) 1. Ocortido um acidente, a vitima ou os familiares beneficiérios legais de prestagdes, devem particips-lo, verbalmente ou por escrito, nas 72 horas seguintes, a enti- dade emfpregadora ou A pessoa que a represente na direcgo dos servigos, se for 0 caso, salvo se estas 0 presenciarem ou dele vierem a ter conhecimento no perfodo acima com- preendido. 2. Se o estado da vitima ou outra circunstincia, devida- mente comprovada, no permitir 0 cumprimento do dis- posto no niimero anterior, © prazo fixado contar-se-4 a partir da cessagio do impedimento. 3. Os companheiros de trabalho que tenham presen- ciado 0 acidente, devem comunicé-lo de imediato a ditecgio dos servigas, ou ao seu representante legal © A empresa seguradora, 4. A entidade empregadora deve participar 4 empresa seguradora no prazo estabelecido na apélice de seguro © & direegio provincial da tutela da protecedo social obriga- t6ria todos os acidentes verificados, no prazo de sete dias, utilizando para o efeito o modelo dg impresso apropriado, ancxo a este diploma, 5. A entidude empregadora é responsével pelas conse quéneius da participagdo tardia do acidente, tendo a segura dora 0 direito de regresso dos montantes que tenha pago indevidamente. 6. © prazo a que se refere on.” 1 deste artigo & de 24 horas, caso o acidente seja fatal e de sete dias nos res- tantes casos. 7. Os trabalhadores vitimas de acidente de trabalho ou de doenga profissional que nao estejam cobertos por seguro de que trata este diploma ou seus familiares, devem part cipar 0 acidente ou a doenga profissional & Inspecgio Geral do Trabalho, no prazo de oito dias, a partir da data do acon- Iecimento ou do seu canhecimento. ARTIGO 12° (Partieipagio do aeldente para o trahathador marftiao) 1, Sendo o sinistrado trabalhador maritimo, a parti dente ocorreu, 2. Tendo o acidente sucedido a bordo do navio angolano, no alto mar, ou no estrangeiro, a participagdo € feita a0 capi= tio do porto nacional onde aquele primeiramente chegar. 3. Sendo 0 acidente fatal, dever-se-4 comunicar ime- diatamente as entidades referidas nos nimeros anteriores, ulilizando 0 meio de comunicagio mais ripido. ARNIGO 13° Participacies u efectuar pelas seguradoras) 1. As empresas seguradorus devem participar ao tribunal competente, por escrito, no prazo de oito dias a contar da data do tftulo de alta, os acidentes de que tenham resultado incapacidade permanente. 2. Os acidentes cujo resultado tenha sido a morte, devem ser participados imediatamente através do meio de comunicagiio mais ripido, que tenha efeito de registo. 3. © procedimento previsto no artigo anterior nao dispensa a participagio por escrito no prazo de oito dias, contados da data do falecimento. 4, AS empresas seguradoras deve participar ainda a0 tribunal competente, por escrito, no prazo de oito dias, todos os casos de incapacidade temporéria que ultrapassem 12 meses, ARTIGO 14° tay de ipacio de ackdentes de trabatho) 1, Os empregadores ¢ as empresas seguradoras devem remeter so tribunal competente, semestralmente, quatro exemplares de um mapa, cujo modelo € anexo ao presente diploma, do qual constam os acidentes da sua responsabili- dade, participado no semestre anterior, sendo-thes resti- tufdo um exemplar com o recibo do recepeionista. 2, Um exemplar do mesmo mapa € enviado pelo trib nal, al6 30 de Janeiro do ano seguinte aquele a que respeitar, 2 direcgdo provincial da tutela da protecgiio social obri- gatéria, ARTICO 15" (Participagiio de doengas proflesionais) 1, © pessoal médico © paramédico dos servigos de satide, deve participar, respectiva administragio, todos 08 casos elinicos em que seja de presumir a existéncia de ‘doencas nrofissionais. 1758 DIARIO DA REPUBLICA 2. A remessa das partic seguradora ¢ 8 competente dire protecgdo social obrigatsria, ies & efectuada a empresa Jo provincial da tutela da ‘3. A empresa seguricdora, em face das participagtes que the scjam remetidas, deve comunicar os casos de doengas profissionais detectados, is seguintes enticades: 4) Direegdes Provinciais de Saide; +b) Diteogdes Provinciais ca ute obrigatéria; ¢) A propria empresa ou i relativamente « la ca protecgio social A. As participagées &s entidades roferidas nas alineas do iiimero anterior, so feitas em fungdo do local de trabalho onde ptesumivelmente se tenha originado ou agravado a doenga, assim como o relat6rio descritivo a respeito da pre= nga de agentes nocivos, sua concentragdo € 0 contacto. do trabalhador com os referidos agentes, acompanhado dos exa- mes médicos a que foi submetido o trabathador ao longo da sta aetividade laboral, ARIIGO. 16." (Partieipugio de morte) 1. As administragdes dos servigos de sade ou quem as represente devem participar o falecimento do sinistrado, ou doente, que ali tenha estado internado, ou recebido socorro na sequéncia de acidente de trabalho ou de doenga profis- sional, 2 seguradora, e aos servigos competentes do Minis- tério que tutela @ protecgio social obrigat6ria, no prazo maximo de 48 horas, utilizando para 0 efeito 0 modelo de impresso, apropriado, anexo a este diploma, 2, ‘Tem igual obrigagio qualquer outra pessoa ou enti- dade que tena cuidado o sinistradosou docnte. 3. igualmente obrigatéria a participagio la morte do sinistrado ou doente ao tribunal competénte por parte da. empresa seguradora, 4. G tribunal competente a que se refere o ndmero ante- v rior & 0 da firea de jurisdigio em que a morte ocorreu, CAPITULO VI Classificagdo ¢ Definig&o das Incapacidades ARTIGO. 17° (Classfleagio das ineapacidades) As incapacidades para o trabalho, segundo o resultado do acidente de trabalho ou da doenga profissional, classifi- cam-se em: 4) incapacidade permanente total pari oda € qual- ‘quer actividade: ) incapacidade permanente total para o trabalho habitual; ¢) ineapacidade permanente parcial; 4) incapacidade temporsiia. ARTIGO 18° (Definigio do yraw de ineapacidade) 1. Incapacidade permanente total para toda ¢ qualq actividade & aquela em que o trabalhador perde completa ¢ definitivamente a eapacidade para exercer qualquer activi- dade laboral. 2. Incapacidade permanente total para o trabalho habi- tual 6 aquela em que o trabalhador perde completa e defini. tivamente a capacidade para o exercicio da sua profissio, podendo vir a desenvolver outra actividade apés um pro- cesso de recuperagio, reabilitagio e de readaptacdo profi ional. 3. Incapacidade permanente parcial é aquela em que o rabaihador sofre uma redugao permanente na capacidade para o exereicio da sua profissfio, embora continue a poder exercé-la, noutro posto de trabalho. 4, Incapacidade tempordria & aquela em que o traba- Ihador fica impossibilitado de exercer a sua actividade profissional, on qualquer eutra por um perfoda de tempo determinado. ARTIGO 19" (Conversio da incapacidade temporérla em incapacidade permanente) Verificando-se a incapacidade temporéria, por um perfo- do superior a dois anos equivalente a 730 dias, considera-se incapacidade permanente, devendo a Comissio Nacional para Avaliagdo de Incapacidade fixar o respectivo grau. CAPITULO VIL Avaliagiio e Reparagio das Incapucidades ARTIGO 20." (Avaliagio das incapucidades para o traballo) 1. A avaliagilo das incapacidades resultantes de ac dentes de trabalho ou de doengas profissionais, é expressa em coeficientes, determinados em fungio da natureza ¢ da gravidade da leso, do estado geral da vitima, idade, profis- sdo, da maior ou menor readaptagio efectiva para a mesma profissio, bem como das demais circunstancias que possam LSERIE — No 97 —DI E15 DE AGOSTO DE 2005 1759 2. Os coeficientes de incapacidade sto fixados em con- formidade com a Tubela Nacional de Incapacidades (TNI) ‘em vigor a data do impediment. 3. A Comssio Nacional de Avaliagdo das Incapacidades Laborais € obrigada ao preenchimento detalhado de um boletim, onde conste a natureza ¢ o grau de incupacidade, em 4 vias, sendo 0 original para a seguradora, uma via para ‘© sinistrado, uma terceira via para os érgfios competentes do Ministério da tutela da protecgao social obrigatéria e uma outra para a entidade empregadora, 4, Sempre que de um acidente de trabalho ou de uma doenga profissional resultem lesSes em mais de um mem= bro ou érgio, 0 grau de incapacidade a atribuir obtémse somando as taxas de desvalorizagio relativas & cada uma das lesées, sem, contudo, ultrapassar o limite de 100%. 5, Ein relagio a um membro ou Srgio, as desvaloriza- des acumuladas no podem exceder Aquela que correspon deria 2 perda total dese membro ou érgio. tiva do grau de incapacidude dever- sam influenciar na desvalorizagio global, nomeadamente ‘quando se tratar de lesdes que incidem no mesmo membro ‘ou 6rgio, ow ainda no caso de acidentes sueessivos, quando deve terse em conta a desvalorizagio, 7. O boletim a que se refere o n.? 3 do presente artigo obedece 0 modelo a aprovar por despacho conjunto dos ministros de tulela da protecgio social obrigatéria © da Satie, ARTIGO 21." (Comissdo Nacfonal de Avaliagao das Incapacidades aborais) das inwapacidudes ¢ efectuadt por 1. A determina uma comissiv, cuja composigio, competéncias e 0 modo de fancionamento sio fixados em diploma proprio, deno- minada Comissio Nacional de Avaliagiio das Incapacidades, Laborais. 2. A comissio referida no niimero anterior, posigiio contréria, tem a seguinte constituigio; a) um representaite do Ministério da Saiide, que presidira; 4) um representante do Mini protecgio social obrigatéria; ©) um representante da empresa seguradora, nos casos de avaliago dos respectivos sinistrados; dum tepresentante das associagdes sindicais ; €) um representante das assoviagBes patronais; J) umn representante da Ordém dos Médicos, quando convidado de tutela da ARTIGO 22° (Modalidacies day prestagies) O dircito a reparagiio dos acidentes de trabalho e das doeneas profissionais compreende as modalidades de 0 tages pecunidrias ¢ om espécie. ARTIGO 23° (restagies pecunisrias) 1. Consideram-se prest trate de acidentes de trabalho ou doen¢ seguintes: a) indemnizagio ou 0 subsidio por incapacidade para o trabalho; 1b) a pensio provis6ri cc) a indemnizagiio as pensbes por incapacidade permanente; d) os subsidios por morte e por despesas de funeral; ¢) as pensdes de sobrevivéncia aos familiares do sinistradk i de cursos de formagio profi 1g) as pensdes remidas, decididas pelo tribunal com petente quando a percentagem de incapacidade € mvfnima, nos termos do artigo 44.° do presente decreto, 2. As pensdes remidas e os subsicios por morte ¢ despe- de Funeral, sio prestagdes de atribuigdo tinica, sendo as restantes de atribuigio continuada ou periédicas, ARTIGO 24” (Prestacaes em espe) 1. Consideram-se prestagdes em espécie: 4a) a assisténcia médica e cintrgica, geral ow espec lizada, incluindo todos os elementos de diag ngstico ¢ de tralamento que forem necessivios, bem como as visitas ao domiettio: b} # assisténcia medicamentos ¢) 08 cuidados de enfermagem, qner no domicitio, quer no hospital ou noutra iistituigdo médiva; ) 4 hospitalizagdo € os tratamentos termais: © farmacéuti 5 € ortéteses, bem como ¢)0 fornecimento de pr6i a sua renovagio e reparag: ‘los servigos de recuperagzio e de reabilitagio protis- sional e funcional. 2. O internamento € os tratamentos previstos nas alf= reas ¢) ed) do némero anterior deste artigo devem ser feitos em estabelecimentos adequados 20 restabelecimento ¢ a ‘eabilitagio do sinistrado ou do doente, assim como o trans porte ¢ a estada devem obedecer 3s condigdes de comodi- dade impostas pela natureza da doenga ou da testo, 1760 DIARIO DA REPUBLICA 3. Sio ainda prestagdes em espécie 0 reembolso das despesas de deslocagdo, de alimentagdo e de alojamento indispensével A concretizagiio das prestages do n.° | deste antigo. ARTIGO 25° ‘(Titulares do diceito as prestugies) 1. O direito as prestagdes por doenga profissional é reco- nhecido aos beneficidrios que sejum portadores de doenga profissional e por acidente de tratealho aos trabalhadores cujos danos emergem das situagGes previstas nos artigos 3° 4, do presente decreto, 2.0 diteito é ainda r. -vnhiecido para as prestagéies por morte do-beneficisrio que soja portador de doenga profi nal, ou do sinistrado de acidente de trabalho, aos fami- linres on pessoas equiparadas referidas nas alineas sequin 44) cOnjuges ou pessoas em unio de facto; +) ex-cénjuges ou cOnjuges separados judicialmente a data da morte € com direito a alimentos, centendendo-se por alimento tudo o que & indi pensdvel ao sustento, habitagiio e vestudrio; ¢) filhos, ainda que nascituros ¢ os adoptados restri- tamente; ) ascendentes ou outros parentes sucessiveis & data da morte do beneficisrio. ito ao subsidio por morte € reconhecido aos famitiares e equiparados abrangidios pelas alineas a), b), ) € d) do n° 2 do presente artigo. 4, O direito ao subsidio por despesas de funeral pode ser reconhecide & pessoas distintas dos familiares e equipa- rados dos beneficidrios, ou sinistrado, apresentando cer- tiddo de bito e comprovativos das despesas efectuadas em nome do falecido. CAPITULO VII Condigées de Atribuiciio das Prestagdes e 3 ontantes * ARTIGO 26° (PrestagBes por i spucldade tempordria) 1. As prestagdes por incupacidade tempordria para o trax batho destinam-se a compensar os beneficidrios ou sinis- trados, durante um perfodo de tempo limitado, pela perda da capacidade de trabalho ou de ganho, resultante de doenga profissional ou de acidente de trabalho. 2. 0 montante didrio da prestagdo por incapacidade tem- poréria absoluta € igual a 65% da remuneragiio de refe- yéncia ou retribuicao. 3. O montante didrio da prestagio por incapacidade tem- pordtia parcial é de 70% do valor correspondente & redugiio sofrida na capacidade geral de ganho. 4, Em easo de internamento nospitalar, 0 montante da prestagiio € igual a 100% da remunerago de referéncia ou retribuigio nos primeiros 30 dias ¢ 75% enquanto se man- tiver nesta situagao, ARTIGO 22° clo das prestagBex por incapucldade temporsri) A prestagio por incapacidade temporéria absotuta & devida a partir do primeiro dia de incapacidade sem pres- tagdo de trabalho, ao passo que a prestagio por ineapaci- dade temporéiia parcial é devida a partir da data de redugiio da capacidade pars 0 trabalho ¢ da correspondente certifi- cagiio. ARTIGO 28° ‘(Duracio das prestacées por incapacldade temporaria) 1. A prestagio por incapacidade temporiria absoluta 6 devida a partir do dia de incapacidade sem prestagio de trabalho. 2. A prestagio por incapacidade tempordria parcial 6 devida a partir da data de redugio da capacidade para 0 trabalho € da correspondente certificagzo, 3. © dircito A prestagio por incapacidade temporéria absoluta cessa com a cura clinica do beneficiSrio ou sinis- trado, ou com a certificagiio de incapacidade permanente. 4, A remuneragiio ou o-salério correspondente ao dia em que ocorreu a eventualidade ¢ pago peli entidade empre- gadora ARTIGO 29° (Prestagies por incapactdnde permanente) 1. A pensio provis6ria destina-se a garantir uma pro- tecgilo untecipada e adequada nos casos de incapacidade permanente ou morte, sempre que haja razdes clinicas ou {écnicas determinantes do retardamento da atribuigdo das pensdes, 2. 0 capital da remissio ¢ a pens%o por incapacidade permanente so prestagdes destinadas a compensar 0 doente ou 6 sinistrado pela perda ou redugio permanente da sua capacidade de trabalho ou de ganho, resultante de acidente de trabalho ou de doenga profissional. 3. © subsidio por morte destina-se a compensar os encargos decorrentes do falecimento do doente ou sini trado. 1_SERIE — N2 97 —DE 15 DE AGOSTO DE 2005 4. 0 substdio por despesas de funcral destina-se a com- pensar as despesas efectuadas com o funeral do beneficidrio doente ou sinistrado. 5. AS pensdes por morte so prestagdes destinadas a compensar os familiares do doente ou sinistrado da perda de rendimentos resultante do falecimento deste, ocasionado por doenga profissional ou por acidente de trabalho, 6. O subsfdio para frequéncia de cursos de formagZo profissional tem por objective proporcionar a reconversio profissional dos beneticisrios, sempre que a gravidade das lesdes ¢ outras circunstiincias especiais o justifiquem. ARTIGO 30." ‘Moptante da pensio provisrin por ineapackdade permanente) A pensio proviséria mensal por incapacidade perma- nente € de montante igual ao valor mensal da prestagdo por incapacidade tempordria absoluta que estava a ser atribuida ou seria atribufvel, calculada nos termos dos artigos 32°, 33” e342 do presente decreto, conforme 0s casos. ARTIGO 31° (Inicio da pensio proviséria) 1. A pensio provis6ria 6 devida a partir do dia seguinte Aquele em que deixou de haver lugar 3 prestagio por inca- pacidade (emporéria. 2.0 montante da pensio provis6ria 6 devido a partir da data do requerimento, da participagio obrigatéria ou da morte do beneficidrio, conforme 0 caso. ARTIGO 32° ate da pensio por incapacidyle permanente wbsoluta para tudo e qualquer trabalho) (Mon Na incapacidade permanente absoluta para todo ¢ qual- ‘quer trabalho, © montante da pensio méhsal é iguat a 80% da remuneragio respectiva de referéneia ou retribuicio scida de um subsidio de montante igual a0 do abono de familia, por cada familiar a cargo, com o limite de 100% da referida remuneragio. ARTIGO 33° (Montante da pensio por incapucidade permanente absoluta para o trabalho habitual Na incapacidade permanente absoluta para o trabalho habitual, o montante da pensdo € fixado entre 50 ¢ 70% da remuneragio de referéncia ou retribuigio, conforme a maior ‘ou menor capacidade funcional residual para 0 exereféio de 1761 ARTIGO 35° ‘(Montante da pensio por incapacidade permanente parcial) Na incapacidade permanente parcial, 0 montante da pensio mensal 6 igual a 70% da reducto softida na capaci- dade geral de ganho, ARTIGO 35" (Montunte das prestagdes por morte) . Se da doenga profissional ou acidente de trabalho resullar a morte, © montante mensal das pensoes do con- juge, ex-cOnjuge ou pessoa em unio de facto é calculado nos termos seguintes: 4) no caso de atribuigo ao cOnjuge ou pessoa em de facto, 30% da remuneragao de referéa- cia ou retribuigao do doeute vu si perfazer a idade de reforma por velhice ¢ 40% a partir daquela idade ou da verificagaio de doenga fisica ou mental que afecte sensivelmente a sua capacidade de trabalho. 1b) no caso de atribuigo ao ex-cOnjuge ou cOnjuge Judicialmente separado a data da morte € com direito a alimentos, procede-se nos termos esta- rade até belecidos da alinea anterior, até ao limite do montante dos alimentos fixudos judicialment. 2. O montante das pensdes por morte a atribuir aos filhos menores © equiparados incluindo os naseituros adoptados restritamente & data da morte do beneficidrio ¢ de 20% da remuneragio de referéncia ou retribuigio se for ape- ras um, 40% se forem dois & 60% se forem trés ou mais. 3. © montante das pensdes a atribuir aos ascendentes ‘quaisquer outros parentes sucesstveis & parn cada im, 100%, da remuneragio de referéncia ou retribuigio, no podendo o total das pensdes exceder 30% desta 4,0 montante da pensdo proviséria por morte é igual a0 montante que resulta dos cileulos previstos nos n.* 1, 2, 3 © 4 do presente artigo conforme os casos. 5. O subsidio por morte é igual a seis vezes # remune- raglo de referéncia ou retribuigio mensal do beneficidrio ou sinistrado, no podendo ser inferior a remuneragio de referéncia minima nacional se existir, sendo atribuida do scguinte modo: 44) metade a0 cOnjuge ou A pessoa em unit de Facto e metade aos filhos que tiverem dircito a pensiio; 5) por inteiro 20 cOnjuge ou pessoa em unitio de facto, ou aos filhos, quando concorrem isolada 1762 6. Se o beneticidrio ou sinistrado nfio deixar pessous referidas no ntimero anterior com diteito As presiagdes, 0 montante do subsfdio por morte reverte para 0 Fundo de Actualizagies de Pensdes — FUNDAP , que serii consi- derado para todos os etertos, como reserva tecnica, 7. subsidio por despesas de funeral é igual ao mon- tante das roferidas despesas, niio podendo exceder 0 cor- respondente 4 dois satérios que 0 trabalhador teria direito, podendo, no entanto, ser elevado para o dobro, no caso de haver transladagiio do defunto. ARTIGO 36" (Montante do subsidin r=". trequénela de cursos : de fore” 00 profisslonal) © montante do subsidio para frequéncia de cursos de formaso profissional ¢ igual aos gastos necesstirios & sua requalificagio profissional, ndo podendo exceder 40% do montante da pensio. ARTIGO 37” (Duraglio das prestagBes por ineapacidude permanente) Ap partir da data a que se reporta a certificugtio du rospectiva situago, no podendo ser anterior & data do requerimento salvo se, comprovadamente, se confirmar que 0 acontec mento se reporta it dita anterior. isu por incapacidude pernianenie € devida a 2. O dircito a prestagdies cessu nos termos gerais de cos sao dus correspondentes pensdes do regime geral, assim como do direito as pensdes por morte. 3. A pensio por morte é devida a partir do més seguinte a do falecimento do beneficidrio. 4, O subsidio para frequéncia de cursos de formagio profissional é devido a partir da data do inic’o efeetivo da frequen: ARTIGO 38° ‘(Montantes dos reembolsos das prestagdes em espécie) 1. Os reembolsos relativos as despesas de cuidados de satide a que haja lugar nos termos do artigo 24.°, correspon- dem a totalidade das mesmas, devidamente comprovados. 2. Os reembolsos relativos as despesas de deslocagio, alojamento ¢ alimentagio sio efectuados nos seguintes termos 4) sempre que © sinistrado ou doente precisar de se deslocar por motives condicionados ao seu ‘estado, deve fazé-lo sem constrangimentos, uti- DIARIO DA REPUBLICA lizando meios de transporte compatfveis ao sew estado ¢ tem direito aos respectivos reembolsos por despesas de deslocagi ) havendo necessidade de alojamento e de alimen- tagao, por razoes ligadas uo seu estado, o doente ou sinistrado tem direito ao reembolso na totali- dade, das despesas efectuadas, a cobrir ou pela entidade empregadora (segurado) ou pela segu- radora nos termos da alinea seguintes c)os padres de hospedageme transporte devem cor- responder aos niveis declarados no contrato de seguro respectivo, podendo a entidade empre+ gadora determinar no maximo wés nfveis de ucordo com a sua tabela de salérios e/ow fun- ¢ Arnica 30° ‘(Reembalso dos gastos) Os reembolsos a que se refere 0 artigo anterior sto pagos po? quem de direito nos termos da alinea b) do mesmo artigo, mediante a apresentayo dos comprovativos legalmente anexos, devidamente assinados pelo docnte ou essh ARTIGO 40." (Remunerasio de refertneia ou retribuiglo) 1. Na reparagiio emergente das doengas profissionais, a remuneragio de referéncia a considerar no calculo das indemnizagdes ¢ pensoes consubstancia-se na retribuigio auferida pelo beneticlério no ano anterior & cessagio das exposigdes ao risco, ou A data da constituigdo da doenga que determina a incapacidade se esta a preceder, enten- dendo por retribuigio aquela que & auferida no ano anterior a que se obtém no cOmputo dos 12 meses que antecedem imedi- atamente o més de referéncia. 2. Na reparagio emergente de acidentes de trabalho, em caso de indemnizagio por incapacidade temporéria abso- Juta ou parcial sto calculadas com base na retribuigio didria auferida & data do acidente, quando esta represente a ret buigdo normalmente recebida pelo sinistrado. 3. As pensoes por morte © por incapacidade permanente absoluta ou parcial, em caso de acidente, sto calculadas com base na retribuigdo mensal ilfquida normalmente aufe~ rida pelo sinistrado, 4, Se. trabalhador ou o sinistrado for praticante, aprendiz, ou estagisrio, a remuneragio de referéncia corresponde & retribuigio anual média ilfquida de um -trabalhador da mesina empresa ou instituigdo similar & categoria profis- sional correspondente a formagdo, aprendizagem ou estégio. LSERIE_ — N2 97 —-DE 15 DE AGOSTO DE 2005 1763 5, Para a determinagio da remuneragio de referéncia consideramese como: 4a) reteiowigHo anal, © prod trie buigio mensal, acrescida do subsfdio de férias © oulras atribuigdes anuais a que 0 trabalhador tenha direito com carSeter de regularidade; +b) retvibuigdo didria, a que se obtém para divistio da retribuigao anual polo niimero de dias com registo de remuneragées. 6. Entende-se por retribuigio, todas as atribuigdes pecu- nirias recebidas mensalmente, conforme prescrito em legislagdo propria, que sejam base de incidéncia contribu- tiva para a seguranga social ARTIGO 41." . (Revisio das pensBes) 1A modificagio da situagdo respeitante a capacidade de unio do sinistraco ou doente que tenfta como causa 0 agravamento, recidiva, recalda ou melhoria da lesio ou doenga que deu origem A reparagio ou de intervengio clinica ou aplicagio de prétese ou ortéteses, ou ainda defor- magio ou reconversio profissional, pode ser revista de hur- monia com a alteragio verificada, 2. As pensdes podem ser revistas oficiosamente ou a requerimento do beneficifrio, podendo a revisiio ser reque- rida a qualquer tempo, salvo no primeito ano, em que 86 poderd ser requerida uma vez no fim dos primeiros seis meses. 3. Entre duas revises da mesma pensfio tem de decor- rer um perfodo minimo de seis meses. ARTIGO 42° (Actuatizagao das pnsties) Os valores das pensdes reguladas neste diploma slo actualizados através do Fundo de®Actualizagio das Pensdes de Acidentes de Trabalho ¢ Doengas Profissionais (FUNDAP) a criar por decreto executive conjunto do Ministério das Finangas, ARTIGO 43° (Lugar do pagamento dus pensées) 1. O pagamento das prestagGes previstas no presente decreto 6 efectuado no lugar que as partes acordarem, 2. Para efeitos do ntimero anterior, 0 Tugur refere-se a qualquer parte do territério nacional, CAPITULO IX Remigdo das Pensies (Condigdes de remigo) 1. Sao obrigatoriamente remidas as pensies devidas a sinistrados que correspondam a desvalorizagiio nio superior 4 10% € niio excedam o valor da pensiio caleulada com base numa desvalorizagio de 10% sobre 0 salério minimo da cate~ goria ocupacional do trabalhador, nos termos do artigo 34.° 2. Podem set parcialmente remidas, a requerimento d interessados, as pensdes anuais vitalfcias, devidas aos sit trados e seus familiares que correspondam & desvaloriza- Ges superiores a 10% e inferior a 20% no excedendo 20% da pensio calculada nessa base, 0 salitio minimo da cate- goria ocupacional do trabalhador ¢ desde que haja uma comprovade aplicagtio dil do valor da remigio. 2. Niio sfio remfveis as pensdes devidas a incapazes ou afectados por doengas profissionais. 3. O valor do capital remido referidos nos nw" Le 26 igual a 80% da respectiva provisiio matemitica, CAPITULO x ‘Competéncias ARTIGO 45* (Fixagdo do coeficiente de desvalorizusao) 1. da competéncia da Comissio Nacional de Avaliagio de Incapacidades Laborais (CNAIL), a avaliago das inca- pacidades a que se refere o presente diploma ¢ a fixagiio dos coeficientes de desvalorizacdo com base na Tabela Nacional de Incapacidade (TNI). 2. Para efeitos do mimero anterior, nas sessdes da Comissdo Nacional de Avaliagio de Incapacidades Labo- rais, deve-se efectuar, sempre que possfvel, exame directo ao sinistrado ¢ solicitar parecer de especialistas quando julgar-se necesséri 3. A Comissiio Nacional de Avaliagio de Incapacidades, Laborais passa no acto do exame o boletim a que se refere (0n.°3 do artigo 20.° do presente decreto, 4, Definido 0 coeficiente de desvalorizagio, a Comissiio Nacional de Avatiagdo de Incapacidades Laborais deve indi car, no boletim referido no nimero anterior do presente arti- 0, 0 grau de incapacidade residual do sinistrado ¢ reco- mendar em consequéncia, 0 desempenho de uma nova actividade. 1764 ARTIGO 46." (CAleulo das prestagies ¢ sua homologagiio) 1, Eda competéncia da empresa seguradora efectuar 0 efleule dev quantitative das pres trabalhador sinistrado ou os seus familiares. 2. Eda competéncia da Sala de Trabalho junto do Tribu- fincial homologar as pensdes, em qualquer oportu- ARTIGO 477 (Fiscalizagio) E da competéneia da ' .-pecyio Geral do Trabalho fis- calizar 0 cumprimento do disposto no presente diploma ¢ instruir os processos de transgressio. CAPITULO XI Moditicagio, Suspensiio e Extingdo das Prestagies, . ARTIGO 482 (Moditicagio das prestagies) As prestagSes pecunidrias serio modificadas: a) em caso de alteragio do grau de incapa ‘b) em caso de alteragéio do némero de familiares com direito & pensdo, respeitando neste caso a alte- ragiio apenas aos quantitativos; c) por erro ou omisstio no edleulo da prestagi 4) por actualizagiio das pensées. ARTIGO 492° (Suspensii das prestagdes) As prestagées pecunifrias so suspensus: 4) quando 0 sinistrado ou doente no siga as pres- crigdes médicus sem causa justifiew4a, ou no se submeta aos exames médicos nec-sséirios para comprovar o seu estado de sade, ou ¥ sluntaria- mente retarde a sua cura; 4) quando submetido ao tratamergo de adaplago ou readaptago laboral se negue’a seguir as instru- gOes que The forem dadas pela autoridade sani téria competente; c) quando negar desempenhar, sem motivo justifica- do, um novo posto de trabalho adequado as suas condigies fisicas, psfquicas ¢ profissionais, nfo obstante haver recomendagio clfnica em tal sentido. ARTIGO 50” (Extingio das prestagdes) LAs prestagées pecunidrias sto extintas: DIARIO DA REPUBLICA 42) por forga da cura do sinistrado ou doente; 'b) quando se comprove que a concessio tenha sido resultado de fraude, sem prejutzo de responsa- bilidade civil ou criminal em que o infractor incorra; ) 8e 0 cOnjuge sobrevivo contrair novo casamento ou viver em unio de fucto, devidamente comprovada, independentemente, neste caso de estar ou nifo legalizada; 4) se 0 pensionista falecer, @) logo que os beneficldrios descendemtes atinjam a maioridade, ou sejam ema sofrerem de deficiéneia fisica ou mental, ou na situagaio de estudante devidamente comprovada, que Ihe provoque uma redugio aprecidivel na sua capacidade de ganho; pados, salvo se 2. Acura clinica referida na alfnea a) do n.° | deste arti- g0 &, para efeitos deste diploma legal, corespondente & situagio em que as lesées desaparecem totalmente ou 0 trabalhador for considerado recuperado para uma outra profissio, pela comissio competente. ARTIGO 51 (Efectivagio das prestasdes) No exercfcio dus fungdes que Ihe compete por forga dat Lei de Bases da Protecgiio Social, os servigos competentes, do 6rgio de tutela da protecgio social obrigatéria pode, por indicagdo da tutela, a pedido da empresa seguradora ou de qualquer interessado, ordenar as diligéncias necessérias a0 apuramento das circunstancias que possam levar & modifi- cago, suspensiio ou extingiio das prestagdes pecuniérias. CAPITULO XIL Caducidade e Preserigio das Prestagées ARTIGO 52* (Cadueidade) 1. Sem prejuizo do disposto na Lei de Bases da Protec-

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