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Psicologia de Aprendizagem - Recurso de Auxílio - 2015
Psicologia de Aprendizagem - Recurso de Auxílio - 2015
O recurso ora em seus sentidos, não se constitui em todo o Tudo, posto que representa apenas
instrumento de apoio, com noções básicas sobre algumas ferramentas da Psicologia de
Aprendizagem enquanto uma disciplina de intervenção Psicopedagógica. Objetiva-se, pois
conhecer a Psicologia de Aprendizagem mediante a sua conceituação e sujeito (objeto), sua
importância e relação com o desenvolvimento e com outras áreas cientificas, o seu percurso
histórico, algumas das suas teorias e respetivas implicações e ações do educador no processo
educativo, entre outros elementos.
P
SICOLOGIA DE APRENDIZAGEM
1. Conceitos - Chave
1.1. Aprendizagem
1.2. Desenvolvimento
1.2.2. Psicologia
2
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de
suas manifestações afetivas e comportamentais.1
1
BOCK, Ana Mercês Bahia et all. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo.
Saraiva. 1999.
2
SANTOS. Profª. Rosângela Pires. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem. São Paulo.
Course Pack. 2004.
3
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1.5. Princípios do desenvolvimento humano3
3
Idem
4
Ibdem
4
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Aspecto afetivo emocional - É a capacidade do indivíduo de integrar suas
experiências. São os sentimentos cotidianos que formam nossa estrutura
emocional.
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1.9. Etapas Gerais do desenvolvimento Humano
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Atividade percetual - motora refinada;
Intensa aprendizagem;
2ª Infância Comportamento altamente moldado com mais ganhos em controlo emocional;
6ª (Intermediária) Reconhecimento de seu próprio papel social;
(6 - 9 Ou 10 Interesse pela aprendizagem em geral;
anos) Interesse por classificação, seriação e outros grupamentos sistemáticos faz da criança bom sujeito para aprendizagem escolar;
Reconhecimento de seus próprios limites e sensibilidade às exigências dos adultos ajuda a em auto regulação do
comportamento;
Fase final da Marca o final da meninice e antecipa as mudanças da adolescência que estão por vir;
2a. Infância O que aprende neste período depende de seu interesse;
(pré - A pré-adolescência é uma época de companheirismo entre os de sua idade, maturidade e estatuto;
7ª adolescência) Tipificação sexual é avançada por um grupo homogêneo e pela companhia do pai ou da mãe (conforme o sexo;
(Meninas 9 - 11 Associação íntima com os membros do mesmo sexo fortalece a identidade sexual da criança;
½ anos - Período de preparação para enfrentar as tarefas de crescimento puberal e adolescente;
Meninos 10 - 12 Informações relacionadas ao sexo e instrução moral contribuem para o ajustamento para um estilo de vida e uma adolescência sadia.
½ anos)
1ª Fase da adolescência: torna-se evidente a maturação sexual;
Ocorrem alterações na voz, mama, testículos, pênis, pêlos, menstruação ejaculação;
Puberdade Aceleração do crescimento;
(início da Maturação sexual em seus aspectos fisiológicos;
8ª adolescência) Aumento de auto perceção social, emocional e sexual começam mudanças nos sentimentos e atitudes, marcados por incertezas e
(Meninas 11 ½ ambiguidade;
a 14 anos - Agitações emocionais e perturbações psicossomáticas frequentemente;
Meninos 12 ½ a Conflitos e dificuldades pessoais intensos resultam em fuga da situação real, pode ocorrer compensação por meio de fantasia, sexo,
15 ½ anos) álcool, fumo e outras drogas;
Auto regulação e reorganização interna de metas e aspirações que surgem na puberdade muitas vezes continuam nos anos da
adolescência.
Adolescência Período de conflitos;
(intermediária) Psicologicamente gera ansiedade pelas mudanças;
(Meninas 14 - Necessidade de socialização;
16 anos - Desenvolvimento de independência (autonomia);
Meninos 15 ½ a Auto - imagem;
9ª 18 anos) Comportamento sexual;
Diferenças sexuais;
Final da
Mudanças de valores;
adolescência
Relações sexuais entre adolescentes;
(Moças 16 - 20
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anos e Rapazes Diferentes atitudes e comportamentos sexuais;
18 - 22 anos) Riscos de gravidez; Drogas; Gangs e turmas
Aceitação e rejeição social;
Início da fase
Consolidação
Ajustamento máxima
tardio do progresso em desenvolvimento humano (trabalho; casamento; criação de filhos)
ou acelerado;
adulta Autonomia emocional,
Busca desenfreada social e econômica;
de identidade.
10ª (Mulheres 20 - Configuração de uma personalidade adulta;
30 anos e Crescente auto – realização e ajustamento social;
homens 22 - 35
anos)
Aumento da realização ocupacional;
Anos mais produtivos na vida econômica e social;
Autoconfiança cada vez maior e Elevado senso de competência;
Fase adulta A taxa metabólica desacelera e o controle do peso torna-se um problema;
intermediária Se cobram moderação temperamental e emocional;
(Mulheres 30 - Período estável em termos de personalidade;
11ª 45 anos e Alterações significativas são necessárias no auto conceito;
homens 35 - 50
Consolidação sócio - econômica;
anos)
Saúde e atividades intensas;
Reavaliação do auto conceito.
Inicia quando já não há mais recuperação total dos declínios em acuidade sensorial, saúde e realização;
Final da fase Perdas irreversíveis;
adulta Mulher entra na menopausa (ingresso na última fase adulta);
12ª (Mulheres 45 - Família se altera (filhos deixam o lar);
60 anos e Ansiedade em competir com os jovens no mercado de trabalho;
homens 50 - 65 Mudança de estilo de vida; Auto confiança no desempenho decai/reduz;
anos) Preparação para a aposentadoria.
Última fase da vida;
Aceleração do processo de envelhecimento;
Senescência Deterioração de sistemas orgânicos (estrutura e funcionamento); Menor perceção;
13ª (Mulheres 60 Alguns desorientam (regridem à satisfações biológicas e emocional);
anos e homens Hipocondria e Estados ilusórios; Maior risco de acidentes porque diminui a coordenação física;
65 anos até a Diminuição da cognição (perda de memória);
morte (todos) O fraco ou mau desempenho leva a lembranças de desempenhos passados com fortes reações emocionais;
Satisfação com o passado; Reexame dos aspectos positivos da vida oferece satisfação do envelhecer.
PIKUNAS, 1991
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2. Breve Resenha Histórica do Surgimento da Psicologia de
Desenvolvimento (PD)
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ROCHA, Ana, ZILDA, Fidalgo, Psicologia 12˚ Ano, 2.ed., Texto Editora, Lisboa, 1999, p.124
6
ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel. Psicologia 12º Ano. Vol. 2, 1.ed, Lisboa, ASA,
1998.
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mas acreditam que o Desenvolvimento se deve fundamentalmente a processos
internos de maturação do organismo. Gesell encabeça a defesa do modelo
Maturacionista e uma perspetiva meramente descritiva e anuncia as
características comportamentais motoras, especificas das crianças de crianças
de diferentes idades.
Leva em consideração a
conexão do aspecto
psicológico com o biológico
e o histórico social.
2.3. Organicismo
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organicista. Porem, a teoria construtivista do desenvolvimento cognitivo de
PIAGET é o exemplo mais representativo deste modelo, rompendo
definitivamente com a dicotomia:
GENÉTICA → AMBIENTE
MATURAÇÃO → APRENDIZAGEM
CRIANÇA → ADULTO
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ROCHA, Ana, ZILDA, Fidalgo, Psicologia 12˚ Ano, 2.ed., Texto Editora, Lisboa, 1999
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de desenvolvimento dos alunos.
3. Desenvolver nos alunos a reflexão, o espírito crítico e autocrítico da sua
actividade.
4. Desenvolver e fazer desenvolver habilidades e competências nos alunos
sobre a utilização de ferramentas de informação e comunicação (TIC’s) de
modo a responder aos desafios e currículos pedagógicos ao ensino do
século XXI.
5. Avaliar cada tipo de aluno na sua totalidade, tipo de inteligência e
particularidades individuais.
ESFERAS PROCEDIMENTOS
♣ A ação educativa deve resultar na aquisição e no desenvolvimento dos processos
Intelectual/ mentais (sensação, perceção, pensamento, memória, linguagem, imaginação, etc.) (O
Cognitiva saber, saber)
Mora/social e ♣ Educação de valores tais como: solidariedade, responsabilidade, vontade, convivência e
Afetiva boas maneiras de ser (o saber estar)
♣ Estimular a formação de grupos culturais, dança, teatro, música, concursos de literatura,
Estética etc.
♣ Proporcionar um espaço de convivência agradável evitando conflitos e discriminação
Laboral ♣ Actividades de Organização e ornamentação de salas de aula;
♣ Ações de conservação da natureza, meio ambiente, do bem comum.
Física e ♣ Desenvolvimento de actividades corporais, desporto, capacidades motoras; Promoção
Psicomotora de hábitos de higiene e proteção da saúde.
Autor, 2015
Todavia, o aluno como um ser em formação é uma pessoa concreta situada num
determinado espaço de tempo, o que equivale a dizer que é um ser social que se
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forma sob determinadas condições pedagógicas, é influenciado por essas condições
e, por seu turno, exerce também a sua influência sobre essas condições.
Existiram vários pioneiros influentes que merecem destaque neste campo. Um dos
pioneiros contribuintes para o desenvolvimento da psicologia foi G. STANTEY Hall
(1891-1992), considerado também como fundador da psicologia de desenvolvimento
que sobre saiu ao final do século XIX coletando dados mais objectivos deste campo.
Uma solução é mais científica, quando maior for a participação ou intercâmbio das
ciências na busca de uma solução.
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5.1. Relação entre a Psicologia de Desenvolvimento com algumas Ciências
Psicologia de Nº Algumas Ciências Relação Científica
desenvolvimento
Psicologia Geral
A Psicologia do Desenvolvimento […] estuda os fenómenos psíquicos através da
1 Estudo dos aspetos gerais que caraterizam o observação do comportamento ao longo das diferentes etapas ou estádios do
comportamento de todos os indivíduos (perceção, desenvolvimento, aplica os processos ou os métodos gerais da Psicologia. (tavares e
Estuda o aprendizagem, motivação). – Estudo científico do Alarcão, 2002).
Desenvolvimento do comportamento e da atividade mental.
sujeito humano nos seus O desenvolvimento é percebido de forma conjunta às práticas culturais e educativas, incluindo, portanto, o
múltiplos aspetos (Físcio processo de aprendizagem. Em síntese, o desenvolvimento e aprendizagem dizem respeito às experiências
– motor, intelectual, Psicologia de Aprendizagem do sujeito no mundo com base nas interações, assumindo o pressuposto da natureza social do
afetivo-emocional e desenvolvimento.
social) e implicações “A Psicologia da Aprendizagem Reafirmando o pensamento de Motta (2008), e Santos (2007), é pela aprendizagem com os outros que os
desde o nascimento à 2 consta da parcela científica veemente sujeitos constroem o conhecimento e assim, promove o seu desenvolvimento mental, passando assim de ser
velhice. ao estudo que, de perto ou de longe, biológico para ser humano.
trate das estruturas e mecanismos Ainda conforme Santos (2007), Vigotsky afirma que desenvolvimento e aprendizagem acham-se ligados
psicológicos suscetíveis de intervir desde o nascimento da criança e novamente reafirma o que já destacou Motta (2008), no que se refere à
Estudo do numa situação educativa, formal ou aprendizagem como resultado do desenvolvimento e que o desenvolvimento não ocorre sem a
desenvolvimento do informal.” (FOULIN e MOUCHON, aprendizagem.
sujeito humano nos seus 2000). Todavia, o desenvolvimento humano depende do aprendizado que a criança realiza num determinado
múltiplos aspetos e grupo social. Ele é sempre mediado pelos outros (ambiente social). É o aprendizado que possibilita o
implicações (PESTANA e processo de desenvolvimento.
PÁSCOA, 2002). A Psicologia Educacional No que diz respeito à educação, as diferentes conceções sobre o desenvolvimento e
Psicologia do a aprendizagem trazem mudanças para a prática pedagógica. Assim, dividem-se de
Desenvolvimento […] Preocupa-se com o estudo dos princípios psicológicos para um lado as pedagogias que remetem à autoridade do agente social, à exterioridade
estuda os fenómenos 3 aumentar a efetividade da experiencia da aprendizagem. […] da lei, do saber, das exigências externas pelas quais "a aprendizagem é concebida
psíquicos através da Inclui o estudo dos materiais da aprendizagem, currículos, como a organização do exógeno", e, de outro, as que remetem ao sujeito e à
observação do técnicas de ensino ou problemas particulares do estudante. confiança depositada em seus recursos e Auto motivação, ou seja, "a educação
comportamento ao longo (WITTIG, 1981, p.6) e a aprendizagem concebidas como a promoção do endógeno" (MEIRIEU, 1998).
das diferentes etapas ou
estádios do Psicologia da Personalidade Psicologia da personalidade ou psicologia diferencial é a parte da psicologia que se
desenvolvimento, aplica 4 Personalidade é o conjunto das características marcantes de dedica a descrever e explicar as particularidades humanas duradouras, não
os processos ou os uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o patológicas e que influenciam o comportamento dentro de uma determinada
métodos gerais da relacionamento das pessoa baseado em seu padrão de população. A maneira de ser, de estar e de fazer (personalidade) dum individuo
Psicologia. (Tavares e individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e depende grandemente dos conhecimentos assimilados e de experiencias
ALARCÃO, 2002). agir. Personalidade é um termo abstrato utilizado para acumulados ao longo das faixas e estádios de desenvolvimento humano.
descrever e dar uma explicação teórica do conjunto de Ninguém nasce alto ou baixo, mas a interação entre o organismo e o ambiente
peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e influenciam o desenvolvimento humano.
diferenciam dos outros.
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O desenvolvimento humano não poderia estar pré-determinado para o sujeito após seu nascimento e nem
preformado nesse sujeito durante sua concepção. Esse desenvolvimento não está pronto nem na barriga da mãe e
nem no interior do sujeito como uma herança irrevogável. Sua formação não está divorciada do seu contexto, pois
abrange todo o ambiente no qual a criança está inserida, desde o mundo do ventre materno até a existência final de
sua vida, como ser vivente. Logo, esse desenvolvimento, está considerado em todas as mudanças internas e
Necessidades Educativas externas ao sujeito desse desenvolvimento.
Especiais
Jane Magalhães de Melo, em seu artigo “Etiologia das necessidades educativas especiais” diz que, “A constituição
Estudo das necessidades, do homem acontece num contexto social, considerando-se fatores biológicos, psicológicos e sociológicos atuantes na
lacunas, carências ou vazios produção de um desenvolvimento pleno ou não”.
do comportamento ou
atuação das crianças em Esse desenvolvimento constituinte do homem, se insere nesse contexto para sua formação como ser racional,
relação às exigências inteligente e capaz de pensar decisões coerentes para sua própria vida. Contudo, esse desenvolvimento deve
5 sociais. Diz-se que as encontrar campo adequado para que aconteça. O principal fator desse desenvolvimento, segundo Jane Magalhães,
crianças têm lacuna de está no psicologismo, visto que, sendo a pessoa concebida como um todo funcional, onde diversos processos
comportamento quando elas psicológicos, no caso, a cognição, a afetividade, a emocionalidade, a emotividade e a sociabilidade coexistem numa
não cumprem, não conexão social entre os vários ambientes, incluindo a participação conjunta, a comunicação e a existência de
assimilam, aquilo que é os informações a respeito do outro, em cada ambiente.
valores sociais dentro duma
certa faixa etária e de idade. Essas informações interiores ou exteriores, na concepção (pré-natal), durante o nascimento (perinatal) e/ou após o
A NEE do aluno é o vazio ou nascimento até a adolescência (pós-natal), influenciam diretamente no desenvolvimento desse sujeito, sendo muito
lacuna entre aquilo que é importante, a ação de cuidados nas palavras e atos praticados, tendo em vista esse desenvolvimento, o que não é
capaz de fazer agora e levado em consideração por muitos pais e parentes de bebês, crianças e adolescentes, dando prioridade as suas
aquilo que ele se espera de condições de bem-estar, sob o desprezo do bem-estar do sujeito em desenvolvimento.
acordo com a sua idade
cronológica. Segundo Jane Magalhães (s/d) “Os educadores, para entenderem as dificuldades enfrentadas pelos alunos com seu
próprio desenvolvimento, precisam ter conhecimento sobre o desenvolvimento humano sadio, para terem condições
de orientar e criar instrumentos de intervenção no auxílio ao desenvolvimento desse sujeito.”
Se tais educadores não se preocupam ou não tem essa formação, a constatação desses problemas e sua possível
correção torna-se irrelevante, ocasionado abandono educacional, o que já acontece mediante as ações da sociedade
e, exclusão contra esse grupo, o que contraria os princípios básicos da Constituição Federal e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional.
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Em qualquer habilidade a pedagogia requer sempre produzir certas mudanças comportamentais no
Pedagogia educando ou mesmo com o pedagogo, e como tal, interfere os seus processos psíquicos.
De acordo com MARQUES (2000:102), É a pedagogia que estuda os processos formativo que atua por meio de comunicação e intercâmbio de
“Pedagogia designa a ciência da experiência humana acumulada; visto que a psicologia de desenvolvimento precisa saber as tarefas, as
educação das crianças e arte e a actividades, o conteúdo e as formas de organização de métodos de educação do homem para orientar e
técnica de ensinar”. De uma forma fazer um acompanhamento ao seu processo educativo para que haja um bom aproveitamento
mais geral, a pedagogia é a reflexão comportamental do homem.
sobre as teorias, os modelos, os A Pedagogia sendo uma ciência de educação que explica e orienta a prática educativa, através de uma
métodos e as técnicas de ensino para metodologia própria, vai esclarecer quais os métodos e meios da educação e no ensino que podem ser
7 lhes apreciar o valor e lhes procurar a para unir a sociedade.
eficácia. A pedagogia destina-se a Toda a Educação deveria seguir o livre de desenvolvimento de própria natureza da criança e de suas
melhorar os procedimentos e os meios inclinações naturais. A pedagogia como sendo uma ciência de educação que explica e orienta praticas
com vista à obtenção dos fins educativas que determina os objectivos, as actividades e conteúdos de formas de organização da
educacionais. Por um lado. Por outro, educação do homem.
Refere-se ao campo de conhecimento
que se ocupa do estudo sistemático da Deste modo a psicologia de desenvolvimento estabelece uma relação na qual se assenta “Educação do
educação (objecto), ou seja, do ato homem” , segundo a sua faixa etária, isto é, desde as classes inferiores ate aos níveis superiores. Com
educativo, da prática educativa certeza a Pedagogia recorre a psicologia de desenvolvimento para compreender e perceber como nascem
concreta que se realiza na sociedade e como se desenvolvem as funções psicológicas que distinguem os homens de outras espécies. Embora
como um dos ingredientes básicos da todas crianças progridam em certos padrões, a idade em que cada uma se torna capaz de executar de
configuração da actividade humana. uma para outra. E a pedagogia assim tem a resposta para o seu campo de educação.
(LIBÂNEO, 2009). Logo, a pedagogia
busca unir a teoria e a prática a partir É de acrescentar que a psicologia de desenvolvimento tem uma grande e vasta relação com a Pedagogia,
de sua própria ação. visto que na educação em particular que compreendem o acompanhamento da criança no ensino e
aprendizagem.
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A biologia sendo uma ciência que estuda os seres vivos, ela possui uma grande relação com a psicologia de
desenvolvimento no que tange aos aspectos fisiológicos e genéticos e anatómicos.
Biologia Na genética “há a frisar ainda que para alem do corpo nos seguir como o lastre fisiológico sem o qual a
actividade psicologia seria impensável a natureza desta, é determinada pelo bom ou mau funcionamento do
Biologia é o estudo da organismo” (ABRUNHOSA 1899: 69).
vida. Trata do Assim são três principais áreas da Biologia que se relacionam com a psicologia de desenvolvimento:
conhecimento sobre nós A Fisiologia que compreende o estudo do funcionamento do sistema nervoso, dos corgos de sentido respeitando ao seu
mesmos e sobre o funcionamento com os aspectos do comportamento do homem e produzir explicações referentes quer a um quer a outro,
mundo do qual fazemos que os dois no seu objectivo. Para além desse aspecto a fisiologia contribui com dois aspectos fundamentais para o
parte e no qual atuamos. desenvolvimento da psicologia.
9 É uma palavra formada Na utilização de método experimental como caminho a adoptar no estudo dos seres vivos. Este método foi transportado
pelos termos gregos para a psicologia por Wundt.
“bios” (vida) e “logos” É preciso referir que esta relação com a fisiologia é implícita com a prontidão dos sistemas respiratórios, circulatórios
(estudo) cujo significado digestivos, órgãos reprodutores que variam segundo a idade.
literal é “estudo da vida”. A Genética para a psicologia de desenvolvimento serve-se dos factores hereditários e das formações genéticas dos
É uma ciência natural seres vivos para puder fazer estudo em relação a diferença do comportamento que identificam o homem e provavelmente
que estuda a origem e as para puder justificar os porquês de algumas habilidades e desabilidades de algumas pessoas.
características dos seres A psicologia de desenvolvimento busca na genética a justificação dos porque de alguns alunos não acataram facilmente
vivos e suas interações a matéria ou os conteúdos abordados nas escolas ainda nas classes inferiores, os porquês de alguns impulsos
com o ambiente. emocionais nas pessoas como consequências hereditárias. Daí a psicologia de desenvolvimento servir-se-á bastante
para puder compreender alguns comportamentos hereditários subjacentes.
A Anatomia que é o estudo da descrição e estrutura do organismo. Segundo, ROCHA e FIDALGO (1999:82) não só a
criança descobre que a presença dos progenitores leva a satisfação de necessidades corporais como a fome, o alívio
dador e da fuga aos perigos, mesmo quando se encontra alimentada e bem protegida dos perigos, mostra sinal a
necessidade de estar junto da mãe.
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6. Teorias de desenvolvimento psíquico
Fase Anal Neste período a criança passa a adquirir o controlo dos esfíncteres a zona de maior satisfação é
(2 - 4 anos a região do ânus. Ambivalência (impulsos contraditórios) A criança descobre que pode controlar
aproximadamente) as fezes que sai de seu interior, oferecendo-o à mãe ora como um presente, ora como algo
agressivo. É nesta etapa que a criança começa a ter noção de higiene. Fases de birras.
Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital.
Fase Fálica Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis. Ao
(4 - 6 anos serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as
aproximadamente) chamadas "teorias sexuais infantis", imaginando que as meninas não têm pênis porque este
órgão lhe foi arrancado (complexo de castração). É neste momento que a menina tem medo de
8
perder o seu pênis. Neste período surge também o complexo de Édipo , no qual o menino passa
a apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar com o pai, e na menina ocorre o inverso.
Fase de Latência Este período tem por característica principal um deslocamento da libido da sexualidade para
(6 - 11 anos atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gastar sua energia em atividades
aproximadamente) sociais e escolares.
8
Complexo de sentimentos e afetos com componentes de agressividade, fúria e medo, paixões, amor
e ódio, oriundos dos desejos sexuais em relação aos genitores de sexo oposto que acontece entre os
5 e 6 anos de idade. O complexo de Édipo se manifesta no menino desejando a mãe e querendo
eliminar o pai, seu concorrente.
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Neste período, que tem início com a adolescência, há uma retomada dos impulsos sexuais, o
Fase Genital adolescente passa a buscar, em pessoas fora de seu grupo familiar, um objeto de amor. A
(a partir de 11 anos adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda da
em diante) identidade infantil e dos pais da infância para que pouco a pouco possa assumir uma identidade
adulta.
A influência de Jean Piaget não tem andado longe de Freud. Nascido em Suécia em
1896, Piaget passou a maior a parte da sua vida dirigindo um Instituto de
Desenvolvimento Infantil (IDI) em Genebra. Publicou um número extraordinário de
obras e trabalhos científicos, não apenas sobre o desenvolvimento da criança, mas
também sobre Educação, História do Pensamento, Filosofia e Lógica, e manteve a
sua prodigiosa produção até a data da sua morte em 1980.
Embora Freud tenha dado maior importância, nunca estudou diretamente a criança.
A sua teoria foi desenvolvida a partir de observações feitas no decurso de
tratamento de pacientes adultos em sessões de psicoterapia. Piaget, pelo, contrário,
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passou, passou a maior parte da sua vida observando o comportamento de bebés,
crianças e adolescentes. Baseou-se muito do seu trabalho em observações
minuciosas de um número limitado de indivíduos, mais do que no estudo de grandes
amostras. Não obstante, defendia que a maioria das suas principais descobertas
eram válidas para o desenvolvimento das crianças de todas as culturas.
CONCEITO DESCRIÇÃO
Esquema Cada etapa do desenvolvimento é caracterizada pela presença de esquemas mentais
que, quando coordenados entre si, constituem uma estrutura.
Adaptação A inteligência é uma adaptação ao meio ambiente e faz-se através de dois processos,
que são a assimilação e a acomodação.
Assimilação Processo de integração dos dados da experiência nas estruturas do sujeito.
Acomodação Modificação constante das estruturas do sujeito para se adaptar aos novos elementos
provenientes do meio.
Coordenação Processo que se desenrola entre a assimilação e acomodação para que ocorra o
desenvolvimento intelectual progressivo.
Organização O pensamento atua como um todo organizado e não isolado do meio. A adaptação ao
meio conduz à organização do pensamento, e o pensamento organizado estrutura
melhor os objetos do meio.
Estádios Fases ou etapas qualitativamente diferentes por que passa o desenvolvimento
intelectual.
ABRUNHOSA e LEITÃO, 1998
Neste período, o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos: intelectual, afetivo e social da
criança.
A interação e a comunicação entre os indivíduos são, sem dúvida, as consequências mais evidentes da linguagem. Com a palavra, há possibilidade de
exteriorização da vida interior e, portanto, a possibilidade de corrigir ações futuras. A criança já antecipa o que vai fazer.
Como decorrência do aparecimento da linguagem, o desenvolvimento do pensamento se acelera. No início do período, ele exclui toda a objetividade, a criança
Pré-Operatório transforma o real em função dos seus desejos e fantasias (jogo simbólico); posteriormente utiliza-o como referencial para explicar o mundo real, a sua própria
(a 1ª infância — atividade, seu eu e suas leis morais; e, no final do período, passa a procurar a razão causal e finalista de tudo (é a fase dos famosos “porquês”). E um
2 - 7 anos) pensamento mais adaptado ao outro e ao real.
Ocorre a superestimação da capacidade da criança neste período. E importante ter claro que grande parte do seu repertório verbal é usada de forma imitativa,
sem que ela domine o significado das palavras; ela tem dificuldades de reconhecer a ordem em que mais de dois ou três eventos ocorrem e não possui o
conceito de número. Por ainda estar centrada em si mesma, ocorre uma primazia do próprio ponto de vista, o que torna impossível o trabalho em grupo. Esta
dificuldade mantém-se ao longo do período, na medida em que a criança não consegue colocar-se do ponto de vista do outro.
No aspecto afetivo, surgem os sentimentos interpessoais, sendo que um dos mais relevantes é o respeito que a criança nutre pelos indivíduos que julga
superiores a ela. Por exemplo, em relação aos pais, aos professores. E um misto de amor e temor. Os sentimentos refletem uma relação significativa com os
adultos - a moral da obediência - em que o critério de bem e mal é a vontade dos adultos.
Com relação às regras, mesmo nas brincadeiras, concebe-as como imutáveis e determinadas externamente. Mais tarde, adquire uma noção mais elaborada da
regra, concebendo-a como necessária para organizar o brinquedo, porém não a discute. Com o domínio ampliado do mundo, seu interesse pelas diferentes
atividades e objetos se multiplica, diferencia e regulariza, isto é, torna-se estável, sendo que, a partir desse interesse, surge uma escala de valores própria da
criança. E a criança passa a avaliar suas próprias ações a partir dessa escala.
É importante, ainda, considerar que, neste período, a maturação neurofisiológica completa-se, permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a
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coordenação motora fina — pegar pequenos objetos com as pontas dos dedos, segurar o lápis corretamente e conseguir fazer os delicados movimentos
exigidos pela escrita.
O desenvolvimento mental, caracterizado no período anterior pelo egocentrismo intelectual e social, é superado neste período pelo início da construção lógica,
isto é, a capacidade da criança de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vista diferentes. Estes pontos de vista podem referir-se a
pessoas diferentes ou à própria criança, que “vê” um objeto ou situação com aspectos diferentes e, mesmo, conflitantes. Ela consegue coordenar estes pontos
de vista e integrá-los de modo lógico e coerente. No plano afetivo, isto significa que ela será capaz de cooperar cora os outros, de trabalhar em grupo e, ao
mesmo tempo, de ter autonomia pessoal.
O que possibilitará isto, no plano intelectual é o surgimento de uma nova capacidade mental da criança: as operações, isto é, ela consegue realizar uma ação
física ou mental dirigida para um fim (objetivo) e revertê-la para o seu início. Num jogo de quebra-cabeça, próprio para a idade, ela consegue, na metade do
jogo, descobrir um erro, desmanchar uma parte e recomeçar de onde corrigiu, terminando-o.
Operações As operações sempre se referem a objetos concretos presentes ou já experienciados. Outra característica deste período é que a criança consegue exercer suas
Concretas habilidades e capacidades a partir de objetos reais, concretos. Portanto, mesmo a capacidade de reflexão que se inicia, isto é, pensar antes de agir, considerar
(a infância os vários pontos de vista simultaneamente, recuperar o passado e antecipar o futuro, se exerce a partir de situações presentes ou passadas, vivenciadas pela
propriamente criança.
dita — 7a 11 ou
12 anos) Em nível de pensamento, a criança consegue:
Estabelecer corretamente as relações de causa e efeito e de meio e fim;
Sequenciar ideias ou eventos;
Trabalhar com ideias sob dois pontos de vista, simultaneamente;
Formar o conceito de número (no início do período, sua noção de número está vinculada a uma correspondência com o objeto concreto).
A noção de conservação da substância do objeto (comprimento e quantidade) surge no início do período; por volta dos 9 anos, surge a noção de conservação
de peso; e, ao final do período, a noção de conservação do volume.
No aspecto afetivo, ocorre o aparecimento da vontade como qualidade superior e que atua quando há conflitos de tendências ou intenções (entre o dever e o
prazer, por exemplo). A criança adquire uma autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais. Os novos
sentimentos morais, característicos deste período, são: o respeito mútuo, a honestidade, o companheirismo e a justiça, que considera a intenção na ação. Por
exemplo, se a criança quebra o vaso da mãe, ela acha que não deve ser punida se isto ocorreu acidentalmente. O grupo de colegas satisfaz,
progressivamente, as necessidades de segurança e afeto. Nesse sentido, o sentimento de pertencer ao grupo de colegas torna-se cada vez mais forte. As
crianças escolhem seus amigos, indistintamente, entre meninos e meninas, sendo que, no final do período, a grupalização com o sexo oposto diminui. Este
fortalecimento do grupo traz a seguinte implicação: a criança, que no início do período ainda considerava bastante as opiniões e ideias dos adultos, no final
passa a “enfrentá-los”.
A cooperação é uma capacidade que vai-se desenvolvendo ao longo deste período e será um facilitador do trabalho em grupo, que se torna cada vez mais
absorvente para a criança. Elas passam a elaborar formas próprias de organização grupal, em que as regras e normas são concebidas como válidas e
verdadeiras, desde que todos as adotem e sejam a expressão de uma vontade de todos. Portanto, novas regras podem surgir, a partir da necessidade e de
um “contrato” entre as crianças.
Neste período, ocorre a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstrato, isto é, o adolescente realiza as operações no plano das
ideias, sem necessitar de manipulação ou referências concretas, como no período anterior. É capaz de lidar com conceitos como liberdade, justiça etc. O
adolescente domina, progressivamente, a capacidade de abstrair e generalizar, cria teorias sobre o mundo, principalmente sobre aspectos que gostaria de
Operações reformular. Isso é possível graças à capacidade de reflexão espontânea que, cada vez mais descolada do real, é capaz de tirar conclusões de puras
Formais hipóteses.
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(a adolescência O livre exercício da reflexão permite ao adolescente, inicialmente, “submeter” o mundo real aos sistemas e teorias que o seu pensamento é capaz de criar.
— 11 ou 12 Isto vai-se atenuando de forma crescente, através da reconciliação do pensamento cora a realidade, até ficar claro que a função da reflexão não é contradizer,
anos em diante) mas se adiantar e interpretar a experiência.
Do ponto de vista de suas relações sociais, também ocorre o processo de caracterizar-se, inicialmente, por uma fase de interiorização, em que,
aparentemente, é antissocial. Ele se afasta da família, não aceita conselhos dos adultos; mas, na realidade, o alvo de sua reflexão é a sociedade, sempre
analisada como passível de ser reformada e transformada. Posteriormente, atinge o equilíbrio entre pensamento e realidade, quando compreende a
importância da reflexão para a sua ação sobre o mundo real. Por exemplo, no início do período, o adolescente que tem dificuldades na disciplina de
Matemática pode propor sua retirada do currículo e, posteriormente, pode propor soluções mais viáveis e adequadas, que considerem as exigências sociais.
No aspecto afetivo, o adolescente vive conflitos. Deseja libertar-se do adulto, mas ainda depende dele. Deseja ser aceito pelos amigos e pelos adultos. O
grupo de amigos é um importante referencial para o jovem, determinando o vocabulário, as vestimentas e outros aspectos de seu comportamento. Começa a
estabelecer sua moral individual, que é referenciada à moral do grupo.
Os interesses do adolescente são diversos e mutáveis, sendo que a estabilidade chega com a proximidade da idade adulta.
BOCK, Ana Mercês Bahia et all. Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia. São Paulo. Saraiva. 1999, p.101-106
Conforme ilustra a tabela, cada período é caracterizado por aquilo que de melhor o indivíduo consegue fazer nessas faixas etárias.
Todos os indivíduos passam por todas essas fases ou períodos, nessa sequência, porém o início e o término de cada uma delas
dependem das características biológicas do indivíduo e de fatores educacionais, sociais. Portanto, a divisão nessas faixas etárias é
uma referência, e não uma norma rígida.
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6.2.2. Quadro Resumo do Desenvolvimento Cognitivo Segundo Jean Piaget
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6.3. O Desenvolvimento Psíquico da Criança na visão de Vigotsky
9
LURIA, A. Fundamentos de Neuropsicologia, LCT e EDUSP, 1981.
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criados e modificados ao longo da história social da civilização. Os
instrumentos culturais expandiram os poderes do homem e estruturaram seu
pensamento, de maneira que, se não tivéssemos desenvolvido a linguagem
escrita e a aritmética, por exemplo, não possuiríamos hoje a organização dos
processos superiores que possuímos.
É através desta interiorização dos meios de operação das informações, meios estes
historicamente determinados e culturalmente organizados, que a natureza social das
pessoas tornou-se igualmente sua natureza psicológica.
No estudo feito por Vigotsky, sobre o desenvolvimento da fala, sua visão fica
bastante clara: inicialmente, os aspectos motores e verbais do comportamento
estão misturados. A fala envolve os elementos referenciais, a conversação
orientada pelo objeto, as expressões emocionais e outros tipos de fala social. Como
a criança está cercada por adultos na família, a fala começa a adquirir traços
demonstrativos, e ela começa a indicar o que está fazendo e de que está
precisando. Após algum tempo, a criança, fazendo distinções para os outros com o
auxílio da fala, começa a fazer distinções para si mesma. E a fala vai deixando de
ser um meio para dirigir o comportamento dos outros e vai adquirindo a função de
autodireção.
O desenvolvimento está, pois, alicerçado sobre o plano das interações. O sujeito faz
uma ação que tem, inicialmente, um significado partilhado. Assim, a criança que
deseja um objeto inacessível apresenta movimentos de alcançá-lo, e esses
movimentos são interpretados pelo adulto como “desejo de obtê-lo”, e então lhe dá o
objeto. Os movimentos da criança afetam o adulto e não o objeto diretamente; e a
interpretação do movimento pelo adulto permite que a criança transforme o
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movimento de agarrar em gesto de apontar. O gesto é criado na interação, e a
criança passa a ter controlo de uma forma de sinal, a partir das relações sociais.
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enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que é no plano intersubjetivo, isto é,
na troca entre as pessoas, que têm origem as funções mentais superiores.10
Concordando com Vigotsky (1996), Leontiev revela que há no primeiro ano de vida
uma sociabilidade totalmente específica e peculiar em razão de uma situação social
de desenvolvimento única, determinada por dois momentos fundamentais:
O primeiro consiste na total incapacidade biológica, pois o bebê é incapaz de
satisfazer as suas necessidades básicas de sobrevivência. São os adultos
que cuidam do bebê, e o caminho por intermédio dos adultos é a via principal
de atividade da criança nessa idade. Praticamente todo comportamento do
bebê está inserido e entrelaçado com o fator social e o contato da criança
com a realidade é socialmente mediado.
A segunda peculiaridade que caracteriza a situação social de
desenvolvimento no primeiro ano de vida é a seguinte: embora o bebê
dependa do adulto, ele ainda carece dos meios fundamentais de
comunicação social em forma de linguagem. A forma como a vida do bebê é
organizada o obriga a manter uma comunicação máxima com os adultos,
porém essa comunicação é uma comunicação sem palavras, muitas vezes
silenciosa, uma comunicação de gênero totalmente peculiar.
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A primeira função da linguagem é a comunicação, um meio de expressão e
compreensão entre os homens, que permite o intercâmbio social. Até mais ou
menos os 18 meses, a criança ainda não consegue descobrir as funções simbólicas
da linguagem, que é uma operação intelectual consciente e altamente complexa. Por
volta dos dois anos, a criança apresenta grande evolução da linguagem, dando
início a uma forma totalmente nova de comportamento, exclusivamente humana.
Inicia-se a formação da consciência e a diferenciação do "eu" infantil.
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impostas, das maneiras de agir, das qualidades pessoais dos adultos e também dos
conhecimentos teóricos. Ele busca, na relação com o grupo, uma forma de
posicionamento pessoal diante das questões que a realidade impõe à sua vida
pessoal e social.
Como ocorre, então, a passagem de uma etapa de desenvolvimento à seguinte?
Leontiev (1998a) argumenta que, no decorrer do seu desenvolvimento, a criança
começa a se dar conta de que o lugar que ocupava no mundo das relações
humanas que a circundava não corresponde às suas potencialidades e se esforça
para modificá-lo, surgindo uma contradição explícita entre esses dois fatores. Ela
torna-se consciente das relações sociais estabelecidas, e essa conscientização a
leva a uma mudança na motivação de sua atividade; nascem novos motivos,
conduzindo-a a uma reinterpretação de suas ações anteriores. A atividade principal
em determinado momento passa a um segundo plano, e uma nova atividade
principal surge, dando início a um novo estágio de desenvolvimento.
Essas transições provocam mudanças em ações, operações e funções que, por sua
vez, conduzem a mudanças de atividades como um todo. As mudanças observadas
nos processos de vida psíquica da criança (perceção, memória, pensamento, entre
outras funções psíquicas), dentro do limite de cada estágio, estão ligadas entre si e
não são independentes umas das outras. No caso da memória, por exemplo, no
período pré-escolar, ela apresentava determinada função, mas quando chega à fase
dos estudos, a memória ocupa novo lugar na estrutura da atividade psíquica da
criança; a memorização torna-se voluntária e consciente.
Os períodos de crise que se intercalam entre os estáveis " [...] configuram os pontos
críticos, de mudança no desenvolvimento, confirmando uma vez mais que o
desenvolvimento da criança é um processo dialético em que a passagem de um
estágio a outro não se realiza pela via evolutiva, senão revolucionária" (idem, ibid., p.
258). As crises mostram a necessidade interna das mudanças de estágios, da
passagem de um estágio a outro, pois surge uma contradição aberta entre o modo
de vida da criança e as suas possibilidades que já superaram esse modo de vida.
No entanto, de acordo com LEONTIEV (1998a), essas crises não são inevitáveis: o
que são inevitáveis são os momentos críticos, a rutura, as mudanças qualitativas no
desenvolvimento. É por isso, segundo LEONTIEV (1978), que atividade se
reorganiza. As necessidades internas e externas levam a criança a mudar de
interesse, a formarem-se novas atividades dominantes, num processo dialético entre
o "velho" e o "novo" em termos de capacidades, habilidades, aspirações e
formações psicológicas.
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De acordo com LEONTIEV (1978), desenvolvendo-se, a criança passa a atuar como
membro da sociedade, portadora de obrigações que esta lhe impõe e os estádios
sucessivos do seu desenvolvimento são de fato graus diferentes dessa
transformação. Como afirmamos no decorrer deste trabalho, o homem apropria-se
do mundo dos objetos por meio das relações reais que estabelece com o mundo.
Essas relações são determinadas pelas condições históricas concretas, sociais, nas
quais o homem se desenvolve e também pela maneira como a sua vida se forma
nessas condições e como ele se apropria das objetivações já produzidas e
transmitidas por intermédio da educação.
Os desafios de uma vida adulta são infinitos, podem ser sociais como defender o
sustento de sua vida e de sua família como podem ser pessoais, como as
conquistas de seus sonhos a partir de sua formação e conquistas que forem
acontecendo no seu processo de vida.
A aprendizagem do adulto é muito mais difícil do que da criança, pois ele precisa
primeiro aceitar que apesar de ter crescido existe muita coisa no mundo que ele
não sabe e esse obstáculo só será ultrapassado se ele admitir que pode reaprender
conceitos que já estão enraizados.
6.5.1. Adulto
Entende-se por adulto uma pessoa com responsabilidades diversas, tem atitude e
as assume.
Um adulto deve ter bom senso, não agir por impulso de acordo com sua vontade
apenas, e sim para um bem comum, agir de acordo com as leis, é uma pessoa
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independente das influências externas.
Uma pessoa se torna adulta a partir do momento em que seus valores mudam,
passa a dar importância a outras coisas, sentimentos diferentes, deixa de lado
coisas que até então eram importantes e passa a fazer, de fato, parte na sociedade.
Segundo Mwamwenda (2005: 72), a idade adulta cronologicamente vai dos 20 aos
40 anos de idade. É marcada por seguintes aspectos:
Independência económica (pagar a sua vida);
Ter responsabilidade em casa;
Estabelecer uma relação íntima.
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redução da tenção da actividade que se manifesta com o desaparecimento dos
modos de reacção pouco utilizados. Como consequência surge a dificuldade de
aprender novas coisas ou tarefas; a tendência prevalecente é de aprender fazendo
e não recordando; há a realização adequada das actividades motoras quando
mantidas num nível de actividade relativamente mais baixo e a actividade motora
progressivamente se torna mais lenta; por outro lado, há a tendência de as doenças
se ligarem a algumas pessoas. Ex: reumatismo, infeção ou mau funcionamento dos
rins, doenças cardiovasculares, asma ou bronquite, etc.
O adulto tem maior consciência de si e por isso é necessário que se tenha maior
respeito por ele.
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7. Psicologia de Aprendizagem
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c) A aprendizagem é um processo tão importante para o sucesso da
sobrevivência do homem, que foram organizados meios educacionais e
escolas para tornarem a aprendizagem mais eficiente. É, pois, pela
aprendizagem que o homem se afirma como ser racional, forma a sua
personalidade e se prepara para o papel que lhe cabe no seio da sociedade.
Especialmente no setor da teoria e da prática educativa, não pode ser
dispensada a contribuição da psicologia da aprendizagem. Da solução dos
problemas desta, vai depender, não só a escolha do método didático, como
também a organização dos programas e currículos e até a formulação dos
objetivos da educação.
d) O estudo e a aprendizagem, sua natureza, suas características e fatores que
nela influenciam constitui, portanto, um dos problemas mais importantes para
a psicologia e para o educador, seja ele pai, professor, orientador ou
administrador de instituições educativas.
e) Explicar o mecanismo de aprendizagem é esclarecer a maneira pela qual o
ser humano se desenvolve, toma conhecimento de mundo em que vive,
organiza a sua conduta e se ajusta ao meio físico social.
Nº Fator Descrição
É uma das principais competências cognitivas que garantirá o sucesso do estudante nas
unidades escolares. Ao mesmo tempo, a atenção é uma habilidade cognitiva indissociável
de um conjunto de funções cerebrais controladas pelo lobo frontal denominadas de
4 Atenção funções executivas, que são as funções mentais superiores e complexas que capacitam
os indivíduos "tomar" resoluções e ações orientadas no processo da aprendizagem
Sem motivação, não há aprendizagem. Não adianta insistir. Se o aluno não estiver
motivado, ele não vai aprender. Recompensas e punições também não resolvem, se o
aluno não quiser aprender.
O diferente interesse percebido entre os estudantes permite a aceitação que nem todos
5 Motivação fazem a mesma coisa pelas mesmas razões, e é nessa diversidade que reside à fonte de
entendimento dos aspectos que buscam a motivação do ser humano. Como as pessoas
são todas diferentes uma das outras, devido ao aspecto biológico, genética, emocional,
estímulos recebidos, vivências obtidas ao longo das etapas do amadurecimento é o que
fará a diferenciação dos aspectos que estimulam e determinam a busca pela
aprendizagem.
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Objetivo O comportamento é sempre intencional, isto é, orientado para um objetivo que satisfaça
6 alguma necessidade do indivíduo. Em educação, é importante que os objetivos propostos
pela escola e pelo professor coincidam com os objetivos do aluno.
De nada adianta o indivíduo estar motivado, ter um objetivo, se não for capaz de atingir
7 Preparação ou esse objetivo para satisfazer sua necessidade. Por exemplo, não adianta ensinar
prontidão equações de 2º grau antes que o aluno tenha capacidade mental para operações
abstratas; etc.
O indivíduo vai agir de acordo com sua interpretação da situação, procurando a melhor
9 Respostas maneira de vencer o obstáculo.
10 Quando a pessoa tenta superar o obstáculo até conseguir, a resposta que leva à
Reforço satisfação da necessidade é reforçada e, futuramente, em situações semelhantes, tende a
ser repetida.
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8. Breve Evolução H i s t ó r i c a do Surgimento da Psicologia de Aprendizagem
O conhecimento preexiste no espírito do homem e a aprendizagem consiste no despertar esses conhecimentos inatos e adormecidos.
Para ele, o método da “maiêutica” ou partejamento das ideias é que disciplinaria o espírito e revelaria as verdades universais.
Sócrates
Clássica
A alma está sujeita à metempsicose e guarda a lembrança das ideias contempladas na encarnação anterior que, pela perceção, voltam à
Platão consciência. Assim, a aprendizagem nada mais é do que uma reminiscência. (idealismo)
Utilizou o método dedutivo, característico de seu sistema lógico, e, o método indutivo, aplicando-o em suas observações, experiências e
Aristóteles hipóteses. Combatendo a preexistência das ideias, formulou a célebre afirmação de que “nada está na inteligência que não tenha
primeiro estado nos sentidos”
Copérnico,
Bacon, Galileu, Usaram método indutivo de Aristóteles, exigindo as provas experimentais e a evidência empírica, para justificar as generalidades sobre o
Média Descartes E homem e a natureza.
Locke
Propagaram uma nova fé no conhecimento, baseado no senso-perceção e no raciocínio lógico. Assim, o método científico de análise e de
Moderna Bacon, predição de eventos, estabeleceu-se, requerendo a observação e a experimentação, como também a medida e a classificação da
Descartes e experiência. Muitos filósofos passaram a defender, então, a opinião de que nossa mente é totalmente vazia de conteúdo, enquanto não
Locke vivemos uma experiência sensorial. Esta visão é chamada de empirismo.
Desenvolvimento do método indutivo (do particular para o geral).
“O homem buscou o domínio da natureza por técnicas, artes e estudos (matemática, astronomia, medicina e biologia)
considerando suspeito tudo o que foi ensinado em épocas anteriores. A educação moderna caracterizava-se pelo realismo.
A pedagogia realista foi contra o formalismo humanista, o domínio do mundo exterior sobre o interior, supremacia das coisas
sobre as palavras. De humanista, a educação torna-se científica.”
Pesquisadores da educação e aprendizagem contemporânea têm evidenciam a necessidade de “rediscutir” métodos, avaliar processos
Contemporânea Veja as págs. 40- de aprendizagem, sobre uma ótica mais abrangente e flexível, buscando valorizar a “totalidade”, abstrair a ótica ortodoxa e adentrar em
44 áreas efetivamente condizentes com as expectativas do público imerso às Novas Tecnologias de Informação e que atenda à necessidade
de resolução dos problemas das organizações.
Autor, 2015
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9. A Psicologia de Aprendizagem e a Actividade do Educador
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11.1. Quadro - Resumo de algumas Teorias de Aprendizagem
Represe
Teoria
ntantes
Pensamento Implicações Educacionais
1. A Psicologia deve mudar o seu foco da consciência para o comportamento, principal tarefa do professor é ensinar, ou seja, estimular a mudança de
ou seja, deve se interessar por indícios/acções publicamente verificáveis comportamento do aprendente, o aluno. 2. No campo da educação escolar, o
Behaviorismo
através da observação. 2. A pesquisa animal é a única verdadeira, pela sua behaviorismo alimenta as considera 'pedagogias tradicionais' nas quais o professor é
possibilidade de verificação empírica. 3. É preciso abolir os métodos o principal agente do processo educativo, ele explica, dita, fala, manda, deposita o
1958)
introspetivos, devido à sua falta de objetividade. 4. É preciso atacar conteúdo a um aluno que é passivo, que apenas escuta, faz, obedece e assimila o
veementemente a análise da motivação em termos de instintos. 5. Herdamos conteúdo. Paulo Freire denominou-a de educação bancária, na medida em que o
apenas estrutura física e alguns reflexos. 6. Apenas Três (3) tipos de reação aluno se transforma em um depósito de conteúdos, em um 'banco'. 3. No acto da
emocional são inatos: medo, cólera e amor; todas as outras reações avaliação o aluno deve 'vomitar' o conteúdo tal e qual o aprendeu, com os pontos, as
emocionais são aprendidas em associação com eles, através de virgulas e incluindo os suspiros do professor. A aprendizagem, deste modo, não é
condicionamento. (E→R) significativa.
Estava interessado em descobrir princípios do funcionamento das Pavlov mostrou que comportamentos essencialmente biológicos como salivação e sucção
glândulas salivares e usava cães em suas experiências. Em uma de não eram apenas de natureza fisiológica, mas podiam ser controlados por fatores ambientais
suas experiências um fato em particular chamou sua atenção. Pavlov e psicológicos.
verificou os animais salivavam, de maneira abundante, não apenas a
Ivan P. Pavlov (1849-19360)
Condicionamento Clássico
vista e cheiro do alimento, mas também na presença de outros O ser humano demonstra ser capaz de assimilar estímulos que não apresentam relação com
estímulos associados a ele, como o som de passos fora da sala, na seu comportamento e responder a eles, como se tal relação existisse.
hora da alimentação. A partir disso, torna-se evidente uma série de possibilidades para o estudo dos seres vivos
Desta forma ele chegou a conclusão de que o reflexo salivar, superiores.
provocado normalmente pela presença do alimento na boca, também Psicofisiologia das emoções
podiam ser provocados por outros estímulos associados aos alimentos. Ansiedade
Começou, então, a relacionar o alimento a outros estímulos, Processos psicossomáticos
originalmente neutros quanto à capacidade de provocar a salivação, Técnicas de tortura
como a luz de uma lâmpada ou o som de uma campainha. Verificou Do ponto de vista educacional, alguns processos emocionais, que afetam a vida escolar,
que, se o alimento fosse muitas vezes precedido destes estímulos, o como ansiedade, também possuem uma base psicofisiológica. Exemplo: algumas fobias
cão passaria a salivar também na sua presença. A esta reação Pavlov escolares.
denominou: reflexo condicionado. As respostas emocionais que ocorrem na escola são, em parte, por meio dos processos não
Posteriormente, os psicólogos passaram preferir a expressão – conscientes de condicionamento clássico.
resposta condicionada - uma vez que este tipo de aprendizagem não Os professores precisam fazer tudo para maximizar a frequência, a nitidez e a potência dos
se limita só aos comportamentos reflexos. estímulos incondicionados agradáveis, na sala de aula.
Os professores precisam ficar atentos ao que está sendo associado a que na sala de aula
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Fez uma distinção entre dois tipos de comportamentos: as respostas provocadas por um
estímulo específico e aquelas que são emitidas sem a presença de um estímulo O aluno passa a ser um recetor do conhecimento.
conhecido. O aluno responde a uma pergunta de cada vez.
Condicionamento Operante
Ao primeiro tipo de respostas Skinner chamou – respondente-; e ao segundo – operante. As perguntas são simples para que os alunos cometam poucos erros.
B. F. Skinner (1904-1990)
O comportamento respondente é automaticamente provocado por estímulos específicos O aluno não passa para o item seguinte antes de responder anterior.
como, por exemplo, a contração pupilar mediante uma luz forte. O aluno é levado de modo gradual, e logicamente, a um domínio cada
O comportamento operante, no entanto, não é automático, inevitável e nem determinado vez mais completo do assunto.
por estímulos específicos. O papel do professor reside na sua competência para manipular as
Assim, caminhar pela sala, abrir uma porta, cantar uma canção, são comportamentos condições do ambiente do aluno, a fim de assegurar a aprendizagem.
operantes, já que não se pode estipular quais os estímulos que os causaram. A expressão Tecnologia Educacional é usada para designar a aplicação
O que caracteriza o condicionamento operante é que o reforço não ocorre sistemática de conhecimentos científicos á solução de problemas da
simultaneamente ou antes da resposta (como no condicionamento clássico) mas sim Educação.
aparece depois dela. A Aprendizagem é diretamente observável, a partir das respostas dadas
A resposta deve ser dada para que depois surja o reforço, que, por sua vez, torna mais pelo aluno.
provável nova ocorrência do comportamento. A aprendizagem não se constitui, como no O papel da avaliação na aprendizagem está no contexto de uma
condicionamento clássico, em uma substituição de estímulo, mas sim em uma modificação concepção que supervaloriza o acerto.
da frequência da resposta.
Seus experimentos foram feitos com animais, preferencialmente gatos.
Um gato faminto era colocado em uma gaiola com o alimento à vista do lado de fora. O gato ao tentar sair da gaiola para
conseguir o alimento produzia uma série de ensaios ou tentativas. Ocasionalmente, ele tocava na tranca que abria a
T Aprendizagem por Ensaio e Erro
gaiola e o alimento era alcançado. O experimento era repetido durante alguns dias e o gato, ia, aos poucos, eliminando A aprendizagem é controlada pelas
os ensaios infrutíferos para sair da gaiola, coisa que conseguia em cada vez menos tempo, até que nenhum erro mais era consequências do nosso comportamento.
Edward Lee Thorndike
cometido e o gato saia da gaiola com apenas um movimento preciso: o de abrir a tranca.
O ensaio e erro é um tipo de aprendizagem que se caracteriza por uma eliminação gradual dos ensaios ou tentativas que A repetição do estimulo influencia para
(1874-1949)
levam ao erro e à manutenção daqueles comportamentos que tiveram o efeito desejado. maior aprendizagem, ou, seja, quanto
Thorndike formulou, a partir de seus estudos, leis de aprendizagem, das quais se destacam a lei do efeito e a lei do maior o numero de repetição do estimulo
exercício. maior será a possibilidade de ser
A lei do efeito, afirma que um ato é alterado pelas suas consequências. Assim, se um comportamento tem efeitos aprendido.
favoráveis, é mantido; caso contrário, eliminado.
A lei do exercício propõe que a conexão entre estímulos e respostas é fortalecida pela repetição. Em outras palavras, a O aluno aprende mediante o constante
prática, ou exercício, permite que mais acertos e menos erros sejam cometidos como resultado de um comportamento contacto com o material (objecto).
qualquer.
Pode-se notar a semelhança existente entre este tipo de aprendizagem e o condicionamento operante. Alguns autores,
porém, estabelecem uma diferença, afirmando que o ensaio e erro são mais complexos, já que envolve a intenção do
indivíduo na aquisição de algum efeito específico.
Além de ser uma teoria behaviorista, o sistema de Bandura era cognitivo. Ele - Os estudantes podem aprender muito pela observação do outro (professor ou
Aprendizag
em Social
pensamento, tais como crenças, expectativas e instrução. Para Bandura, - o professor descreve as consequências para incitar eficazmente os alunos a usar
respostas comportamentais não são disparadas automaticamente por um mais os comportamentos adequados e a não usar aqueles que são inadequados.
estímulo externo, como em uma máquina ou em um robô. Ao contrário, as - A modelagem fornece uma outra possibilidade ao moldar para o ensino de novos
reações aos estímulos são auto ativadas, iniciadas pela própria pessoa. comportamentos.
41
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Quando um reforço externo altera o comportamento, é porque a pessoa tem - Os professores e os pais modelam os comportamentos adequados e têm que
consciência da resposta da resposta que está sendo reforçada e antecipa a prestar atenção para não modelar aqueles que são inadequados.
recepção do mesmo reforço ao repetir o comportamento da próxima vez em - Os alunos acreditam em si na realização de tarefas escolares.
que a situação ocorrer. - Os professores ajudam os alunos a fixar as espectativas realísticas.
- As técnicas de autoregulação constituem um método eficiente de melhorar o
comportamento do aluno.
problemas práticos aproximando-se o mais O conhecimento resulta da interação do sujeito com o ambiente.
Cognitiva
J. Dewey
possível da vida cotidiana dos alunos. À escola Cada um constrói ao longo do seu processo de desenvolvimento o seu próprio modelo de mundo.
cabe preparar seus alunos para a vida A educação é orientada para a autonomia. Num momento em que a meta da educação é a formação de indivíduos
democrática, para a participação social, deve autônomos, os educadores retornam a análise do desenvolvimento afetivo-social.
praticar a democracia dentro dela, dando O conhecimento se constrói de forma compartilhada
preferência à aprendizagem por descoberta. A importância da Fala: é através da fala que a criança aprende o seu ambiente físico e social.
A criança se apropria da experiência social e a internaliza.
Kohler, Koffka, Hartmann
defendiam que a experiência e a perceção são mais importantes que as respostas específicas no Quando o aluno entra na sala de aula, ele dispõe de
Gestaltista
A teoria de campo deriva da Gestalt. De acordo com essa teoria, são as Cada criança aprende de acordo com as suas particularidades individuais
Aprendizagem
forcas do ambiente social que impelem o individuo a reagir a alguns estímulos (necessidades, motivos, interesses, habilidades e expetativas).
Kurt Lewin
De Campo
42
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Vigotsky,
A partir da concepção interacionista de desenvolvimento surgem teóricos que Os professores valorizam os conhecimentos e as experiências dos alunos, pois eles
Interacionistas
Aprendizagem
explicam os processos educativos a partir de uma relação intrínseca entre o têm consciência de que, estes sabem algo dos conceitos que vão ser aprendidos. O
Bruner e Ausubel
Teorias de
ensino e a aprendizagem, como unidades indissociáveis. 2. A aprendizagem é professor não se considera um 'sabe tudo' e muito menos como o dono do
vista, assim, não apenas como uma qualidade inata do aluno e muito menos conhecimento, A aprendizagem será mais significativa.
como uma operação somente do professor, mas ela e fruto da interacção O aluno aprende em contato direto com o objecto de aprendizagem, por isso,
entre o professor e o aluno, entre o organismo e o meio, ou mesmo, entre o ele é ativo sujeito da sua construção.
Piaget,
sujeito e o objecto a ser aprendido. A aprendizagem é vista como consequência das relações estabelecidas entre o
sujeito e seu meio sociocultural.
Modelo Informático (Teoria da Informação) Para uma criança poder andar de bicicleta, mota ou carro no caso ela é estimulada
Informático
pelo meio ambiente para aprender, mas só estará satisfeita com a sua ação quando
Modelo
43
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11.2. Quadro Síntese das Principais Teorias de Aprendizagem
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12. Objectivos educacionais (Gerais)
“Os objectivos gerais referem – se aos objectivos mais amplos e com vistas
em se efetivarem após um período mais ou menos longo de acção didática.
São objectivos alcançados, também de amadurecimento por parte do
educando, referindo – se mais aos aspectos de valor, atitudes e ideias bem
como de consciência diante de aspectos filosóficos, sociais, científicos,
técnico – profissionais e religiosos que a realidade pode propiciar. Visam a
uma tomada de consciência da problemática objetiva, subjetiva ou
transcendental que a realidade possa oferecer a criatura humana.”
(NÉRICI, 1988:58-59).
45
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12.2. Taxonomias de Objectivos Educacionais
A proposta de Bloom abrangeu três (3) grandes domínios: o cognitivo que envolve
a aprendizagem intelectual; o afetivo, abrangendo os aspectos de sensibilização e
gradação de valores e o psicomotor que tem a ver com as habilidades de execução
de tarefas que envolvem o organismo muscular. Todavia, cada um destes domínios
tem diversos níveis de profundidade de aprendizado. Por isso a classificação de
Bloom é denominada hierarquia (cada nível é mais complexo e mais específico que
o anterior).
46
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A área cognitiva refere – se a conhecimentos, à tomada de consciência da
realidade exterior e interior com relação ao indivíduo, formando seu
universo. Esse universo pode ser aprendido e sistematizado através dos
cinco níveis de aprendizagem abaixo mencionados dando origem aos
objectivos cognitivos de memorização, de sequência, de explicitação, de
execução e divergente. (NÉRICI, 1988: 63).
Informar-se
Conhecer
Adquirir conhecimentos.
a) Nível de Memorização
Exemplos:
1. O que são objectivos educacionais?
2. Qual é a importância dos objectivos educacionais?
b) Nível de Sequência
47
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O tipo de objectivo de sequência, além da memorização que é básica para todos os
tipos de objectivos, requer determinada ordem ou sequência com relação aos
elementos memorizados, que podem expressar – se por sequência de palavras,
símbolos, bem como de classificações, formulas, conjunções verbais, declinações,
sequências lógicas, sequências operacionais, classe de palavras ou de fenómenos.
Esta classe de objectivos pode ser constatada através de questões ou situações que
se indaguem: Qual a sequência? Qual a ordem? Que fórmula? Classificar; agrupar;
conjugar ou ordenar.
Exemplos:
1. Qual a sequência dos objectivos educacionais na perspectiva de Bloom?
2. Que fórmula se aplica para o cálculo do quociente de inteligência?
c) Nível de Explicação
Exemplos:
1. Os estudos mostram que, os behavioristas se preocupavam no estudo do
comportamento observável. Explique por quê?
2. O que significa aprendizagem por repetição mecânica?
d) Nível de Execução
Este tipo de objectivos pode ser elaborado através de questões que solicitem:
aplicar; resolver; comparar, justificar; criticar, selecionar justificando; projetar;
constatar a validade; diferenciar; integrar; analisar; sintetizar ou mesmo generalizar.
Exemplos:
1. Estabeleça a diferença existente entre aprendizagem por repetição mecânica
com significativa.
2. Faça apreciação crítica da teoria de aprendizagem social de Bandura.
e) Nível Divergente
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Os objectivos do nível divergente, requerem expedição de conceitos próprios,
elaboração de planos inéditos (pelo menos, para quem os expede), interpretações
originais, acompanhados de justificativas lógicas ou coerentes.
Pode-se aplicar questões que evoquem: a outra solução; que solução daria além da
usual? Que projecto seria mais viável para esta situação? Em sua opinião, qual a
explicação…e por quê?
Exemplos:
1. O comportamento agressivo em crianças do sexo masculino, deve – se a
exibição de filmes violentos.
a) Em suas palavras, que explicação daria a este comportamento?
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Na hierarquia de Bloom, o domínio afetivo trata de reações de ordem afetiva e de
empatia. É dividido em cinco níveis: Recepção (Perceção, Disposição para receber e
Atenção seletiva); Resposta (participação ativa, Disposição para responder e
Satisfação em responder); Valorização (Aceitação, Preferência e Compromisso com
aquilo que valoriza); Organização (Conceituação de valor e Organização de um
sistema de valores) e Internalização de valores (comportamento dirigido por grupo
de valores, comportamento consistente, previsível e característico).
Exemplos:
f) Cooperar
g) Valorizar
h) Interessar-se em…
i) Acatar as medidas.
Outros exemplos
Exemplos
j) Desenhar
k) Construir
l) Dirigir uma bicicleta
m) Moldar um boneco
n) Concertar um relógio.
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Neste domínio também encontramos os níveis que permitem a definição dos
objectivos tais como:
Perceção
Predisposição
Resposta orientada
Resposta mecânica
Resposta complexa evidente.
Outros exemplos
Desenhar o mapa de Montepuez; construir uma casa de pau – a – pique; dirigir uma
motocicleta; moldar um boneco de barro, consertar um relógio. Entre outros.
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Especificar o que o aluno deve realizar para demonstrar que alcançou o
objectivo;
Estabelecer as condições em que o aluno deverá demonstrar ser capaz de
fazer no final do curso, da unidade ou da aula, o que está previsto no
objectivo e
Especificar o grau de perfeição que se espera do aluno.
É preciso respeitar ainda alguns níveis de aprendizagem do domínio cognitivo como
por exemplo:
Nível de Conhecimentos (dizer, indicar, apontar o nome, números, datas ou
definir);
Nível de Compreensão (explicar com próprias palavras, apresentar o
significado);
Análise e Síntese (caracterizar, comparar, relacionar, diferenciar, sintetizar);
Nível de Aplicação (resolver, utilizar, aplicar) e
Avaliação (dar opinião sobre, tomar posições sobre).
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Conhecimentos sistematizados
Habilidades e Hábitos
Atitudes e Convicções
O critério de seleção dos conteúdos, não é uma tarefa fácil, visto que a prática
escolar actual mostra que não tem havido uma escolha criteriosa. (…). Hoje em dia,
os professores continuam com a mania de esgotar o livro sem tomar em
consideração os assuntos relevantes a serem assimilados. (LIBÂNEO, Op. Cit.,
142).
Aqui se propõe a forma mais ordenada dos critérios de seleção dos conteúdos:
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PILETTI (Op. Cit., 93 -93) propõe alguns critérios de seleção dos conteúdos o
professor deve seguir:
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ou uma predisposição para agir e o comportamento é motivado por forças internas
ou externas.
A motivação é um aspecto bastante pertinente no processo da aprendizagem. O
professor não poderá direcionar aprendizagem se o aluno não estiver motivado, e se
não estiver disposto a despender esforços. "Não há método ou técnica de ensino
que dispensa o esforço por parte do aluno; dai há necessidade de motivar as
actividades escolares para necessidades de motivar as actividades escolares para
que haja esforço voluntário por parte de quem aprende" (PILETTI: 1991:122).
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Permite maior rendimento pedagógico no processo de ensino
aprendizagem;
É uma fonte de criatividade de quem aprende.
Quando o objectivo é alcançado, o impulso inicial é reduzido dado que a necessidade que
esteve na sua origem está satisfeita. Exemplo: a sociedade é temporária, passado algum
tempo, o ciclo recomeça.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
6. Equilíbrio
CHIAVENATO, 2001:154
São processos cognitivos que tem como característica mais saliente representar o
sujeito, um objecto ou fenómeno, em geral, exterior ao próprio sujeito. O seu
conjunto constitui a vida cognitiva ou intelectual. Os processos cognitivos
possibilitam o Homem realizar a actividade mental como a inteligência, capacidades,
habilidades. O seu mau funcionamento compromete a actividade mental e o sucesso
na aprendizagem11.
15.1. Sensação
O designado ser Bio – Psíco – Sócio – Cultural (o Homem) possui vários órgãos dos
sentidos de entre os quais a visão, audição, o tacto, o olfacto, o tacto, o sentido
álgico entre outros. Estes órgãos o permitem receber informações sobre o ambiente
interno e externo, isto é, sobre o que nos rodeia bem como sobre o estado geral do
organismo.
11
LOPES, dra. Maria Luísa; CHICOTE, dr. Mussa Abacar e HUÓ, dr. Sérgio S. Psicologia Geral. Módulo para
Cursos de Bacharelato Semi-Presencial. Ciências Pedagógicas. Pedagógica – Nampula 2007.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
Através dos órgãos sensoriais as propriedades dos objetos tais como a cor, luz,
cheiros e estados orgânicos (sensação de dor, fome,) são refletidos no nosso
cérebro. Estes órgãos permitem receber, selecionar, acumular a informação e
transmiti-la para o órgão central (cérebro). Essa transmissão é feita através de
impulsos nervosos que são responsáveis pela regulação da temperatura do corpo,
do metabolismo, das glândulas de secreção.
Sob ponto de vista analítico, a sensação pode ser definida como sendo o processo
pelo qual ocorre o reflexo das propriedades isoladas dos objetos e dos fenómenos
do meio intrínseco e extrínseco sobre o organismo humano.
Uma sensação pode ocorrer quando as condições próprias estiverem criadas, isto é,
na presença de Estímulo (que é todo o agente susceptível de provocar resposta de
um organismo). Excitação (que corresponde a modificação momentânea a que se
segue uma reacção de um organismo) até a produção de uma sensação (dor,
comichão).
Sensações Interoceptivas
Sensações exteroceptivas
12
ALÍPIO, Jaime da Costa e VALE, Manuel Magiricão. Psicologia Geral: Ensino à Distância. S/d. Maputo.
58
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
Sensações proprioceptivas
15.2. Perceção
13
LOPES, dra. Maria Luisa; CHICOTE, dr. Mussa Abacar e HUÓ, dr. Sérgio S. Psicologia Geral. Módulos para
Cursos de Bacharelato Semi-Presencial. Ciências Pedagógicas. Pedagógica –Nampula 2007.
59
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
15.2.1. Tipos de perceção
15.3. Atenção
Pode-se dizer que a atenção constitui o estado seletivo da própria perceção, isto é,
na atenção há processo de seleção de informações na qual se dirige ou se focaliza a
perceção sobre um determinado estímulo ou objecto específico. Estas informações
não só são recebidas como também são processadas, isto é, o indivíduo à medida
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
que vai recebendo as informações vai pensando e imaginando sobre o material que
é percecionado.
Refere-se à actividade intelectual que corresponde à concentração voluntária ou
involuntária sobre um determinado objecto ou conjunto de objetos. A atenção
voluntária depende do indivíduo e das suas motivações. A atenção involuntária
depende dos estímulos exteriores em que um objecto aparece destacado em
consequência da organização do campo preceptivo.
15.4. Memória
14
LOPES, dra. Maria Luisa; CHICOTE, dr. Mussa Abacar e HUÓ, dr. Sérgio S. Psicologia Geral.
Módulos para Cursos de Bacharelato Semi-Presencial. Ciências Pedagógicas. Pedagógica –Nampula
2007.
61
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
das informações, conhecimentos e experiencias. A memória é essencial
para a nossa sobrevivência, sendo condição de adaptação ao meio e para a
aquisição de novas aprendizagens. É a memória que assegura a nossa
identidade pessoal. (MONTEIRO e FERREIRA, 2006:64).
a) A Memória Imediata
Na memória imediata o material fica retido durante uma fração de tempo de cerca de
trinta segundos (30’’). Estudos desenvolvidos mostram que podemos conservar sete
elementos, sete unidades de informação (+/-2 elementos, isto é, entre 5 a 9
elementos). Entende-se por unidade de informação um dígito, uma letra ou uma
palavra.
b) A Memória de Trabalho
15
MONTEIRO, Manuela Matos e FERREIRA, Pedro Tavares. Psicologia B/12º ano: ser humano. 2ª Parte.
Portugal. Porto. 2006.p.47.
62
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De acordo com o enquadramento psicológico de MONTEIRO e FERREIRA
(2006:48) aponta-se de que “na memória a longo prazo existem diferentes
modalidades de armazenamento informação para diferentes registos: visual,
auditivo, olfactivo, táctil, gustativo e ainda a linguagem e do movimento”.
Ma memória a longo prazo distinguem-se dois tipos de memoria:
b) Memória Declarativa/Explícita
Memória Episódica
63
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Memória Semântica
Tipos de Memória
Autor, 2015
15.4.3.1. Codificação
16
MONTEIRO, Manuela Matos e FERREIRA, Pedro Tavares. Psicologia B/12º ano: ser humano. 2ª Parte.
Portugal. Porto. 2006.p.47.
64
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
Nesta perspectiva, MONTEIRO e FERREIRA (2006), avançam
que a codificação consiste na tradução de dados num código que pode ser
acústico, visual ou semântico. Face a afirmação: o quadro é preto. Pode-se
codificar o seu conteúdo como uma imagem de sinais que são as letras
(código visual), como uma sequência de sons (código acústico) ou tomar
consciência do significado da afirmação e o que ela representa (código
semântico).
15.4.3.2. Armazenamento
A informação guardada neste sistema pode desaparecer rapidamente se ela não for
transferida para um outro sistema de armazenamento designado de memória a curto
prazo. As pessoas podem recordar-se das palavras mais recentes ditas por uma
outra pessoa ou por elas mesmas mesmo que tenham prestado uma ligeira atenção.
Entretanto em quase todos os casos elas não são capazes de recordar-se das
mesmas palavras um ou dois minutos mais tarde.
65
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
O sistema de memória a longo prazo permite-nos recordar grande quantidade de
informação por um certo período de tempo (dias, horas, semanas, anos e, em certos
casos para sempre: nomes, canções, gostos. Este sistema é considerado pelos
psicólogos como sendo ilimitado em sua capacidade de armazenamento. Contudo a
idade pode ser um dos factores iniciadores de memória a longo prazo. No sistema
de memória a longo prazo ocorre o processo de esquecimento. Os responsáveis
pelo esquecimento na memória a longo prazo podem ser as falhas de codificação
(acontece quando o material é representado duma forma inexacta) armazenamento
e/ou recuperação. As falhas de armazenamento podem ser explicadas pelo facto de
que a memória compara-se com um jornal que com o tempo vai se deteriorando,
perdendo a cor e as letras. Quanto a falhas de recuperação pode ficar a dever-se a
derrames cerebrais podem provocar um esquecimento rápido das coisas. A memória
a longo prazo pode no entanto ser aperfeiçoada através da leitura e repetição ou
evitando sobrecarrega-la com factos sem ter inicialmente os organizado.
15.4.3.3. Recuperação
15.4.3.5. Esquecimento
Muita das vezes pronunciamos expressões tais como este aluno pensa bem para
nos referirmos ao modo como explica um determinado assunto ou a forma como
ordena as suas actividades. Naturalmente é difícil determinar exatamente se as
pessoas pensam em palavras ou imagens. Algumas correntes advogam que o
pensamento é condicionado socialmente e está estritamente ligada a linguagem.
Entende-se por linguagem a forma de exteriorização do pensamento.
67
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15.5.1. Tipos de pensamento
17
ALÍPIO, Jaime da Costa e VALE, Manuel Magiricão. Psicologia Geral: Ensino à Distância. S/d. Maputo
68
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15.6. Linguagem
69
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A linguagem representa um papel fundamental no comportamento humano
porque ela permite transmitir ideias de pessoa para pessoa no PEA. A
linguagem não é apenas a articulação de palavras mas também a
combinação de símbolos que possuem um significado e através deles gerar
uma mensagem.
Imagem (conceito)
15.7.1. Imaginação
70
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Permite antecipar e construir o futuro e o nível de desenvolvimento da
capacidade inventiva. É parte do processo técnico-científico, literário.
Permite ao aluno estudar processos, fenómenos inacessíveis para a
observação directa, sua interpretação no quadro de diversas ligações e
relações;
Desenvolve nos alunos a atitude criadora através e da análise e compreensão
do actual estado da ciência.
71
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
significa que por mais maravilhoso os recompensadores os caminhos passam
parecer, há sempre um sentimento de alterar dentro que aquele como um caminho
errado, mesmo que no momento possa parecer o correcto.
O carácter faz ver além, as consequências dos actos de hoje, e não pode ser
adquirido ou estudado ou mesmo aprendido. A educação e a cultura se diferem
nesses valores como o carácter se difere das boas maneiras ou do estilo de vida
que se leva. Ambos, a cultura e o estilo de vida são transformados, adquiridos e
estudados podem ser esquecidos ou aprimorados. Mas o carácter faz desses todos
seus caminhos escolher qual as decisões – de trabalho, amor relações sociais,
escolares, de amizade, etc. – são tomadas
Uma vez conhecido o carácter da personalidade pode-se prever como ela irá portar
em diversas circunstancias e por conseguinte orientar a sua conduta. Neste caso o
grupo social apoia-se nas qualidades valiosas do seu elemento procurando
desenvolve- lás e consolida-las e suavizar as qualidades negativas ou pelo menos
compensa-las substituindo-as por outras socialmente valiosas.
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Ao mesmo tempo, pode se esperar que uma pessoa de carácter medroso proceda
com humilhação e bajulação duma maneira conformista, seja a vida e disposta a
trair, seja desconfiada e prudente. Nem todas a pessoas cujo carácter domina a
cobardia, demonstram obrigatoriamente a estrutura do carácter semelhante a que
acabamos de descrever, incluindo os traços mencionados.
73
PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
c) Traço do carácter do homem no seu trabalho
d) Traço carácter
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capazes de engendrar o estado de estresse e a estabilidade em relação a outros
factores do mesmo tipo.
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O homem nasce com diversas particularidades do funcionamento do cérebro e
possui diversos tipos de actividades nervosos superiores. Estas particularidades não
são psicológicas mas, sim fisiológicas. Estas diferenças nas condições fisiológicas
são apenas a primeira causa das diferenças no carácter das pessoas.
Deve-se ter em conta que as condições da vida são muito relativas, ao mesmo
tempo existem muitas outras condições que não são idênticas. O carácter em
grande parte é um resultado de autoeducação. Os hábitos do são acumulados no
seu carácter.
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Piaget mostrou interesse pelo desenvolvimento moral da criança através da
observação de como é que as crianças interpretavam as regras do jogo de
berlindes Piaget começou por aprender a jogar ao berlinde para que
pudesse estar inteirado as regras do jogo do que se estava a passar. Nas
suas observações verificou que os modos como as regras eram
interpretadas variavam com a idade da criança. (BIEHLER e
SNOWMAN, 1999 apud MWAMWENDA, 2005:130).
Durante o período do realismo moral, que ocorre antes de, a criança ter 10 anos de
idade, a moralidade é percebida com sendo extrema e imposta. Na mente da
criança, nada em se está errado ou certo, bom ou mau. O que determina um
comportamento bom ou mau é o que os pais das crianças dizem. Um bom
comportamento é aquele que vai ao encontro dos desejos dos pais. Para as crianças
as regras devem se obedecidas como são apresentadas e não devem ser alteradas
o que conta é a letra da lei mais do que o seu espírito. Além disso, quando a criança
julga uma certa acção ela só tem em conta só as consequências do seu
comportamento, e não presta a atenção as intenções desse comportamento. Por
exemplo, suponhamos que as duas crianças NJORGE e WANJIRU fazem qualquer
coisa errada. WANJIRU, acidentalmente, parte duas chávenas e NJORGE,
deliberadamente, parte uma chávena. Se é pedido para a criança fazer o
julgamento, ela dirá que WANJIRU deveria ser punido mais severamente porque
partiu duas chávenas, enquanto NJORGE partiu apenas uma. O acto de WANJIRU
não ter tido a intenção de partir as duas chávenas em conta. Neste estádio, a
criança acredita no que depois se magoa, isto significa que a pessoa está a ser
punida por um comportamento errado.
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18.2. O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg
No entanto, a pessoa que opera no nível pós - convencional nem egocêntrica nem
é social, mas autónoma no seu juízo. As pessoas mantêm princípios de justiça que
transcendem as leis existentes e as convenções aceites e, se for o caso, entram em
conflitos com que é entendido como os direitos básicos de uma pessoa e o que é
considerado ser no interesse das pessoas. Por exemplo, roubar é considerado
errado nos níveis convencionais. Assim a pessoa do nível convencional não roubaria
por que iria violar a lei. A pessoa de pós- convencional teria um ponto de vista
convencional, mas se roubar pudesse salvar uma vida, ela violaria a lei. A partir
desses níveis do desenvolvimento moral, Kohlberg (1984) desenvolveu em 6
estádios do desenvolvimento moral.18
78
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12.2.1. Quadro Resumo Dos Seis (6) Estádios Do Desenvolvimento Moral De Kohlberg
As crianças avaliam-se a elas próprias como boas ou mas com base nas
1º recompensas e nos castigos administrados pelos adultos. As regras são
Orientação percebidas como sendo absolutas e devem ser cumpridas, independentemente das
Pré-convencional
Castigo e tem medo de ser apanhadas. As pessoas são percebidas como sendo importantes
Obediência com base na utilidade que elas têm para a criança.
2º No ponto de vista da criança, o que é certo é o que a faz feliz. A criança inibe-se de
Orientação ser injusta se os outros não forem injustos com ela.
Instrumental
relativista
para um bom bem mais para ir ao encontro da provação dos outros do que por acreditarem nos
Convencional
menino ou princípios morais. Elas também tendem a agir de acordo com a opinião da maioria
boa menina e, quando fazem juízos, têm em conta o motivo de um dado comportamento.
A lei serve de princípio orientador para que as pessoas recusem envolver-se em
4º certos comportamentos, na medida em que esse comportamento for proibido por
Orientação lei. É compreendido que a lei deve ser mantida a todo o custo. A ação efetiva da
para a Lei Sociedade e das instituições é governada pelos regulamentos e leis. Se estas não
forem observadas e obedecidas, o caos é provavelmente instalado. A aceitação da
pessoa perante a sociedade depende do seu conformismo para com as leis.
Contrato lei. A mudança da lei é compreendida para alterar a interpretação do que é certo ou
Social errado. Nada é considerado como absoluto.
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19. Perturbações/dificuldades de Aprendizagem e de Comportamento
Parece haver contudo, uma relação bidirecional entre estas duas problemáticas. É
provável que crianças com problemas comportamentais tenham uma elevada
probabilidade de vir a apresentar dificuldades na sua aprendizagem escolar e que,
por seu lado, as crianças com problemas de aprendizagem venham a manifestar
perturbações do comportamento que interferem com a sua adaptação escolar e
social, dado o seu valor próprio ser constantemente posto em causa (DUPAUL &
STONER, 1994).
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19.1. Perturbações/Dificuldades de Aprendizagem
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Para Torres & Fernández (2001), as Dificuldades na correspondência grafema- A intervenção junto de alunos com
Compreende a causas da disortografia estão relacionadas fonema; disortografia não deve obedecer a um único
incapacidade de um com aspetos percetivos, intelectuais, Erros de ortografia frequentes e modelo em concreto, mas sim a uma
indivíduo se exprimir na linguísticos, afetivo-emocionais e consistentes, após aquisição dos variedade de técnicas que tenham em conta
Disortografia forma escrita, inclui pedagógicos: mecanismos da leitura e da escrita; não apenas a correção dos erros ortográficos,
também a incapacidade Resistência e adiamento das tarefas de mas também a perceção auditiva, visual e
É uma Dificuldade de correção ortográfica As causas de tipo percetivo - Estão escrita; espácio-temporal, bem como a memória
de Aprendizagem que é empregue no texto. associadas a deficiências na perceção, Memória fraca (de curto e de longo prazo); auditiva e visual.
Específica (DAE) Indica assim problemas na memória visual e auditiva e/ou a nível Dificuldades em transcrever pensamentos, 1. A intervenção sobre os fatores
que se manifesta em corresponder os sons espácio-temporal, o que traz não produzindo assim textos próprios; associados ao fracasso
ao nível da escrita. (os fonemas) às letras consequências na correta orientação das Dificuldade na aquisição de novas ortográfico:
(os grafemas, ou seja, os letras e na discriminação de grafemas competências. São importantes os aspetos relacionados com
símbolos gráficos que os com traços semelhantes, por exemplo. a perceção, discriminação e memória auditiva
Etimologicamente, representam), em Quanto às causas de tipo intelectual - TORRES & FERNÁNDEZ, 2001 citam: (exercícios de discriminação de ruídos,
disortografia respeitar as Estão associadas a um défice ou Erros de caráter linguístico-percetivo reconhecimento e memorização de ritmos,
deriva dos peculiaridades imaturidade intelectual; um baixo nível Omissões, adições e inversões de letras, tons e melodias) ou visual (exercícios de
conceitos “dis” ortográficas de certas de inteligência geral pode levar a uma de sílabas ou de palavras; reconhecimento de formas gráficas,
(desvio) + “orto” palavras em que essa escrita incorreta porque a criança não Troca de símbolos linguísticos que se identificação de erros, perceção figura-fundo);
(correto) + “grafia” correspondência é domina as operações de caráter lógico- parecem sonoramente (“faca”/“vaca”). as características de organização e
(escrita), ou seja, é menos clara, e ainda, em intelectual necessárias ao conhecimento Erros de caráter viso espacial estruturação espacial (exercícios de distinção
uma dificuldade usar corretamente as e distinção dos diversos elementos Substitui letras que se diferenciam pela de noções espaciais básicas, como
manifestada por regras de ortografia e os sonoros. sua posição no espaço (“b”/“d”); direita/esquerda, cima/baixo, frente/trás); a
“um conjunto de sinais de pontuação. Os Problemas de linguagem Confunde-se com fonemas que perceção linguístico-auditiva (exercícios de
erros da escrita erros ortográficos (pronúncia/articulação) e/ou apresentam dupla grafia (“ch”/“x”); consciencialização do fonema isolado, sílaba,
que afetam a possuem aspectos deficiente conhecimento e utilização Omite a letra “h”, por não ter soletração, formação de famílias de palavras,
palavra, mas não o específicos consistentes, do vocabulário (código restrito) são correspondência fonémica. análise de frases); e também exercícios que
seu traçado ou que poderão ser comuns apontados como causas de tipo Erros de caráter viso analítico enriqueçam o léxico e vocabulário da criança.
grafia” (Vidal, e frequentes numa fase linguístico. Não faz sínteses e/ou associações entre
1989, cit. por inicial de aprendizagem Relativamente às de tipo afetivo- fonemas e grafemas, trocando letras sem 2. Correção dos erros ortográficos
Torres & mas que persistem para emocional - baixos níveis de motivação qualquer sentido. específicos:
Fernández, 2001, além desta. e atenção, que poderão fazer com que a Erros relativos ao conteúdo Atente-se particularmente nos de ortografia
p. 76), pois uma criança cometa erros ortográficos Não separa sequências gráficas natural (exercícios de substituição de um
criança (mesmo que conheça a ortografia das pertencentes a uma dada sucessão fónica, fonema por outro, letras semelhantes,
disortográfica não palavras). ou seja, une palavras (“ocarro” em vez de omissões/adições, inversões/rotações,
é, forçosamente, As causas de tipo pedagógico - “o carro”), junta sílabas pertencentes a uniões/separações); de ortografia visual
digráfica. métodos de ensino desadequados: por duas palavras (“no diaseguinte”) ou (exercícios de fonemas com dupla grafia,
exemplo, quando o professor se limite à separa palavras incorretamente. diferenciação de sílabas, reforço da
utilização frequente do ditado, que não Erros referentes às regras de ortografia aprendizagem); e de omissão/adição do “h” e
se ajusta às necessidades individuais Não coloca “m” antes de “b” ou “p”; das regras de ortografia (letras
dos alunos e não respeita os seus ritmos Ignora as regras de pontuação; maiúsculas/minúsculas, “m” antes de “b”/“p”,
de aprendizagem. Esquece-se de iniciar as frases com letra “r”/“rr”).
maiúscula;
Desconhece a forma correta de separação
das palavras na mudança de linha, a sua
divisão silábica, a utilização do hífen.
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A caraterística mais comum nas crianças com
disortografia é, sem dúvida, a ocorrência de
erros ortográficos, sejam estes de caráter
linguístico-percetivo, viso espacial, viso
analítico, de conteúdo ou referentes às
regras de ortografia.
Lesão neurológica gerada por Dificuldade na aprendizagem dos 1. A Matemática é uma disciplina
A Discalculia manifesta- traumatismos que provocam um défice números; extremamente importante para o dia-a-dia,
se por uma baixa intelectual. Problemas na associação do número à uma vez que se lida com números e
capacidade para o O aspeto emocional interfere no controlo quantidade; realizam-se cálculos em inúmeras
processamento numérico de determinadas funções, caso da Problemas na classificação e formação de situações do quotidiano. Deste modo, o
e para o cálculo mental. memória, da atenção e da perceção, por conjuntos, e na seriação e ordenação de primeiro aspeto a ter em conta na
Esta dificuldade de exemplo. itens de acordo com propriedades dos intervenção com uma criança com
aprendizagem não é Existem também explicações de base objetos (cor, forma, tamanho); discalculia é, precisamente, fazê-la
causada por uma genética apontando para a determinação Dificuldade na formação de sequências e perceber o quão importante é dominar
reduzida estimulação de um gene responsável pela padrões; esse pretenso “bicho-de-sete-cabeças”
escolar, por défices transmissão dos transtornos ao nível dos Problemas no domínio de noções de fornecendo-lhe exemplos das vantagens
visuais ou auditivos, ou cálculos. Embora existam registos tempo, espaço, medição e pesagem; obtidas no seu dia-a-dia: a ver televisão
por um potencial significativos de antecedentes familiares Dificuldade na resolução de problemas (reconhecimento dos canais televisivos); a
Discalculia cognitivo inferior à média. de crianças com discalculia que também simples. jogar computador (número de níveis
As crianças com apresentam dificuldades na matemática, concluídos/alvos abatidos); a jogar à bola
Consiste numa discalculia apresentam, os estudos de hereditariedade/genética Uma criança discalcúlica apresenta (contar o número de golos/analisar
Dificuldade de em testes de inteligência, carecem ainda de aprofundamento e dificuldades a vários níveis (REBELO, 1998a; distâncias para a marcação dos penaltis);
Aprendizagem desempenhos superiores comprovação. VIEIRA, 2004 cit. por SILVA, 2008a; FILHO, a brincar às casas das bonecas
Específica na nas funções verbais Fenómenos que sucedem no processo 2007; SACRAMENTO, 2008; CRUZ, 2009; (dimensões dos quartos/cozinha).
Matemática. comparativamente às de aprendizagem, como métodos de A.P.P.D.A.E., 2011a e GEARY, 2011): 2. O Educador deve, sempre que possível,
funções não-verbais, isto ensino desadequados, inadaptação à Na compreensão e memorização de planear atividades que facilitem o sucesso
é, um QI verbal superior escola, entre outros. conceitos matemáticos, regras e/ou do aluno e que o ajudem a melhorar o seu
ao QI não- fórmulas; autoconceito e a sua autoestima. Pode,
verbal/realização. Na sequenciação de números (antecessor por exemplo, recorrer à utilização de jogos
São crianças que e sucessor) ou em dizer qual de dois é o e outros materiais concretos que
revelam um ritmo de maior; promovam a manipulação por parte da
trabalho muito lento Na diferenciação de esquerda/direita e de criança: é importante que a criança possa
usando, muitas vezes, os direções (norte, sul, este, oeste); observar, tocar, mexer num cubo quando
dedos para contar. São Na compreensão de unidades de medida; está, por exemplo, a aprender os sólidos
ansiosas, desmotivadas Em tarefas que impliquem a passagem de geométricos, caso contrário será difícil
e têm receio de tempo (ver as horas em relógios compreender as noções de lado, vértice e
fracassar, consequência analógicos); aresta.
do menosprezo ou Em tarefas que implicam lidar com 3. Uso da calculadora deve ser permitido,
repressão por parte dos dinheiro; bem como a consulta da tabuada, pois
colegas de turma, Na resolução de operações matemáticas estas crianças têm, tal como já foi referido,
professores e/ou através de um problema proposto (podem dificuldades ao nível da memória; assim,
pais/familiares. compreender “3+2=5”, mas incapazes de podem ser capazes de resolver um
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resolver “A Maria tem três bolas e o exercício (raciocínio correto), mas
João tem duas; quantas bolas têm no incapazes de realizar as operações
total?”); matemáticas necessárias para a sua
Na correspondência um a conclusão.
um/correspondência recíproca;
Na conservação de quantidades;
Na utilização do compasso ou até mesmo
da calculadora (reconhecimento dos
dígitos e símbolos matemáticos).
Estas dificuldades podem conduzir, em
casos extremos, a uma fobia à
matemática.
Distúrbios na motricidade ampla e fina, Concretização de movimentos A experiência diz-nos que, para ajudar um
Trata-se de um problema relacionados com a falta de coordenação desajeitados; aluno com disgrafia – assim como com
de execução escrita que entre o que a criança se propõe fazer Dificuldade em abotoar ou em atar os qualquer outro distúrbio –, o educador deve,
Disgrafia influencia a qualidade da (intenção) e o que realiza (perturbações atacadores dos sapatos; primeiramente, estabelecer uma boa relação
letra na sua realização no domínio do corpo); Preensão incorreta do lápis; com a criança e fazê-la perceber que a sua
gráfica. Distúrbios na coordenação viso motora, Dificuldade em manusear objetos presença é importante para a apoiar quando
Consiste numa As crianças com uma associada à dificuldade no pequenos (por exemplo, legos, puzzles ou mais precisa.
Dificuldade de pobre caligrafia poderão acompanhamento (visual) do movimento tesouras);
Aprendizagem desta forma manifestar dos membros superiores e/ou inferiores; Criação de trabalhos artísticos inferiores Evitar-se aplicar métodos “chapa 5”,
Específica da dificuldades na escrita de Deficiência na organização temporal e ao esperado para a idade; generalizados e inflexíveis.
Escrita, que afeta letras, revelando espacial (direita/esquerda, Problemas em pintar dentro dos limites; Outro aspeto bastante importante é o reforço
a componente irregularidades em frente/atrás/lado e antes/depois); Dificuldade em desenhar as formas; positivo da caligrafia da criança
motora do ato de características como a Problemas na lateralidade e Reduzida motivação para tarefas de Afirmações como “Esse «p» ficou mesmo
escrever. forma, a dimensão, a direccionalidade (dominância manual); desenho; perfeito!”; “Tiveste o cuidado de não
orientação, o Erros pedagógicos, relacionados com Recusa em executar ou apresentar as ultrapassar a margem, muito bem!”; ou
espaçamento, o falhas no processo de ensino, suas produções. Letra excessivamente “Hoje a tua letra está mesmo bonita! Andas
A criança com alinhamento e a estratégias inadequadamente escolhidas grande (macrografia) ou pequena a esforçar-te muito!” Surtem efeitos
disgrafia apresentação geral das pelos docentes ou mesmo (micrografia); extraordinários! O processo de aprendizagem
apresenta uma suas produções. desconhecimento deste problema.
19 Forma das letras irreconhecíveis (por da escrita é lento e longo e a criança é a
escrita desviante vezes distorcem, inclinam ou simplificam primeira a achar a sua letra horrível. Deve
em relação à tanto as letras que a escrita é evitar-se, por isso mesmo, forçá-la a modificar
norma/padrão, isto praticamente indecifrável); abruptamente a sua caligrafia.
é, uma “caligrafia Traçado exagerado e grosso (que vinca o
deficiente, com papel) ou demasiado suave e impercetível; Para Camargo (2008) a reeducação do
letras pouco Grafismo trémulo ou com uma marcada grafismo está relacionada com três fatores
diferenciadas, mal irregularidade, originando variações no fundamentais:
elaboradas e mal tamanhos dos grafemas; Desenvolvimento psicomotor, desenvolvimento
proporcionadas” Escrita demasiado rápida ou lenta; do grafismo em si e especificidade do grafismo
(A.P.P.D.A.E., Espaçamento irregular das letras ou das da criança. Para o desenvolvimento
2011b); a chamada palavras, que podem aparecer desligadas, psicomotor, deverão treinar-se aspetos
19
COELHO, Diana Tereso. Disponível em http://www. Google.co.mz: Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia, acesso, 06 de Agosto de 2015, pelas 19:30h.
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“letra feia”. sobrepostas ou ilegíveis ou, pelo contrário, relacionados com a postura, controle corporal,
demasiado juntas; dissociação de movimentos, representação
Erros e borrões que quase não deixam mental do gesto necessário para o traço,
possibilidade de leitura do escrito (embora perceção espácio-temporal, lateralização e
as crianças sejam capazes de ler o que coordenação viso motora. Quanto aos aspetos
escrevem); relacionados com o grafismo, o educador deve
Desorganização geral na folha/texto; preocupar-se com o aperfeiçoamento das
Utilização Incorreta do instrumento com habilidades relacionadas com a escrita,
que escrevem (AJURIAGUERRA et al., distinguindo atividades pictográficas (pintura,
1973 e CASAS, 1988, cits. por CRUZ, desenho, modelagem) e escritográficas
2009; TORRES & FERNÁNDEZ, 2001). (utilização do lápis e papel – melhorar os
movimentos e posição gráfica). Deverá,
também, corrigir erros específicos do grafismo,
como a forma/tamanho/inclinação das letras, o
aspeto do texto, a inclinação da folha e a
manutenção das margens/linhas.
http://dislexia.do.sapo.pt/causas.html#ixzz3i3UVvPux, 08/15, 18:00h; http://www.saudemelhor.com/dislexia-causas-sintomas-tratamentos/08/15, 19:00h
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19.2. Perturbações/Dificuldades de Comportamento
1. Falta de atenção
DESORDEM POR GENÉTICAS E Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a
DÉFICE DE “É caracterizada por AMBIENTAIS Não presta atenção suficiente aos reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas
ATENÇÃO E frequentes estados de pormenores ou comete erros por primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de
HIPERACTIVIDADE desatenção, de Mãe fumadora ou descuido nas tarefas escolares, no costas para ela;
(DDAH) impulsividade e, exposição ao fumo de trabalho ou noutras actividades lúdicas; Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível,
geralmente, por um tabaco Tem dificuldade em manter a atenção crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a
excesso de actividade Mãe consumidora de em tarefas ou actividades; mudanças de rotina;
Défice de atenção motora (hiperatividade) drogas ou exposição Parece não ouvir quando se lhe dirigem Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam
e hiperatividade que podem interferir com aos fumos e vapores diretamente; com outros estímulos;
(TDAH) é um dos a capacidade do indivíduo de drogas Não segue as instruções e não termina Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar
problemas mais para a aprendizagem: Mãe consumidora de os trabalhos escolares, encargos ou bem;
comuns na pode ocorrer álcool deveres no local do trabalho (sem ser Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;
infância, que concomitantemente com Alimentação/Nutrição por comportamentos de oposição ou por Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia,
continua até a as DA.” (NCLD, 1997). da mãe Exposição incompreensão das instruções); em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só
adolescência e e/ou intoxicação com Tem dificuldades em organizar tarefas período;
vida adulta. Os chumbo, mercúrio ou ou actividades; Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao
sintomas incluem Existem três subtipos de outros metais pesados Evita, sente repugnância ou está aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;
dificuldade em TDAH: 1) Exposição a pesticidas relutante em envolver-se em tarefas que Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo
permanecer Predominantemente e/ou adubos agrícolas requeiram um esforço mental mantido entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;
focado e prestar hiperativo-impulsivo; 2) Exposição a produtos (tal como trabalhos escolares ou de Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para
atenção, Predominantemente químicos casa); buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos.
dificuldade em desatento; 3) Combinado Exposição a produtos Perde objetos necessários a tarefas ou Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e
controlar o hiperativo-impulsivo e domésticos com actividades (por exemplo, brinquedos, recuperar o autocontrolo;
comportamento e desatento. A maioria das princípio ativo muito
hiperatividade. crianças, têm o tipo forte como diluente,
exercícios escolares, lápis, livros ou Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno
ferramentas); do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou
combinado de TDAH. amoníaco ou vernizes
Distrai-se facilmente com estímulos semanais e peça aos responsáveis que leiam as
Mãe sob estresse
irrelevantes; anotações;
constante
Esquece-se das actividades quotidianas. - O aluno deve ter reforços positivos quando for bem-
Evento traumatizante
Traumatismo no feto sucedido. Isso ajuda a elevar sua autoestima. Procure
2. Hiperatividade elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e
resultante duma
pancada, queda ou valioso;
acidente Movimenta excessivamente as mãos e Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula
Interrupção de os pés, move-se quando está sentado; pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;
fornecimento de Levanta-se na sala de aula ou noutras Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem,
oxigénio ao feto situações em que se espera que esteja perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
Ambiente familiar sentado; Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e
problemático, etc. Corre ou salta excessivamente em contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer
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situações em que é inadequado fazê-lo os colegas também terem a mesma atitude;
(em adolescentes ou adultos pode Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
limitar-se a sentimentos subjetivos de Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos
impaciência); pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte
Tem dificuldades para jogar ou dedicar- das crianças com TDAH consegue melhores resultados
se tranquilamente a actividades de ócio; acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de
“Anda” ou só atua como se estivesse grupos pequenos;
“ligado a um motor”; Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em
Fala em excesso. consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do
TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção
3. Impulsividade muito curto, não espere que se concentre em apenas uma
tarefa durante todo o período da aula;
Precipita as respostas antes que as Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos
perguntas tenham acabado; hábitos sociais da comunidade. Avaliação frequente sobre
Tem dificuldade em esperar pela sua o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma
vez; e sobre os outros ajuda bastante;
Interrompe ou interfere nas actividades Coloque limites claros e objetivos; tenha uma atitude
dos outros (por exemplo, intromete-se disciplinar equilibrada e proporcione avaliação frequente,
nas conversas ou jogos). com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um
Alguns sintomas de hiperatividade- comportamento adequado;
impulsividade ou de falta de atenção que Desenvolva um repertório de atividades físicas para a
causam défices surgem antes dos 7 turma toda, como exercícios de alongamento ou
anos de idade. isométricos;
Alguns défices provocados pelos Repare se a criança se isola durante situações recreativas
sintomas estão presentes em dois ou barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de
mais contextos (por exemplo, escola ou coordenação ou audição, que exigem uma intervenção
trabalhos e em casa). adicional.
Devem existir provas claras de um défice Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais
clinicamente significativo do diferentes (som, visão, tato) para ser bem-sucedido ao
funcionamento social, académico ou ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as
laboral. novas experiências envolvem uma miríade de sensações
Os sintomas não ocorrem (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse
exclusivamente durante uma aluno provavelmente precisará de tempo extra para
Perturbação Global do Desenvolvimento, completar sua tarefa.
Esquizofrenia ou outra Perturbação Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e
Psicótica e não são melhor explicados modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de
por outra perturbação mental (por se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente
exemplo, Perturbação Dissociativa ou quer fazer, traz ressentimento e frustração.
Perturbação da Personalidade). Permaneça em comunicação constante com o
psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor
ligação entre a escola, os pais e o médico.
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Como referem TOURÓN e REYERE (2000), a educação dos
RENZULLI (1979) apud
OS ALUNOS Os Sobredotados são de sobredotados não pode ser considerada uma questão de elitismo
CORREIA (2008c) afirma que a
SOBREDOTADOS alguma maneira, aqueles sobredotação deve congregar nem de segregação, pois seria tão injusto tratar de forma diferente
alunos que têm uma aqueles que são iguais como tratar de forma igual aqueles que são
pelo menos 3 factores
flexível capacidade de se diferentes.
essenciais:
As crianças e os adaptarem a um ambiente
adolescentes de aprendizagem
Uma capacidade mental As crianças sobredotadas devem ser incluídas em turmas do ensino
sobredotados são relativamente aos demais Superlotação é a aptidão
superior à média. regular.
aqueles colegas de classe ou da para atividades
Uma grande força de Para conseguir sucesso educativo, as crianças sobredotadas devem
identificados por escola. Estes são muito intelectuais, artísticas ou
vontade traduzida por um usufruir de um plano de desenvolvimento e de estratégias educativas
pessoas mais curiosos e criativos esportivas que parecem
superior envolvimento na diversificadas planificadas pelo professor do ensino regular.
qualificadas que, de alguma maneira ser inatas, uma vez que a
profissionalmente criam desconforto em pessoa superdotada
tarefa (motivação). Os professores do ensino regular devem possuir formação e
que, devido a um professores que por parece apresentar tais Uma capacidade criativa conhecimentos para identificar e trabalhar com crianças
conjunto de razoes várias, encontram- habilidades sem que se elevada que permita ao sobredotadas.
aptidões se menos preparados possa explicar como indivíduo produzir,
excecionais, são para o processo aprenderam. Contudo, visualizar, dramatizar ou Perante um aluno sobredotado, o professor do ensino regular deve:
capazes de atingir educativo. tais aptidões ou ilustrar superiormente uma Criar situações problema que impliquem a investigação e a procura de
um alto habilidades também são ideia. soluções.
rendimento. Essas desenvolvidas através de Perante um aluno sobredotado, o professor do ensino regular deve
crianças e esforço pessoal e é um Sinais Positivas oferecer liberdade de escolha nos temas a abordar;
adolescentes O WORLD COUNCIL for erro pensar que pessoas Ajudar a gerir o insucesso;
requerem GIFTEN and TALENT superdotadas não Pode mostrar capacidades Evitar rotinas e repetições;
programas e/ou CHILDREN (s/data cit. por precisam ser ensinadas, artísticas ou intelectuais Deve estimular a criatividade na produção artística, facultando os
serviços POCINHO, 2009) define a elas apenas precisam de superiores. meios necessários para tal;
educativos pessoa sobredotada uma educação Pode mostrar um elevado Aumentar o grau de responsabilidade face ao cumprimento de
específicos, dentro como aquela que diferenciada que atenda nível de curiosidade. objetivos;
da designada apresenta a sua demanda de Pode preferir trabalhar Promover debates sobre temáticas de interesse geral;
“Educação para a potencialidade ou conhecimento. autonomamente. Estimular a superação de limites de uma determinada tarefa.
sobredotação”, desempenho elevados, É capaz de se concentrar
diferentes numa ou mais das por longos períodos de
Aprendizagem
daqueles que os seguintes áreas: tempo.
Respeitar o ritmo de aprendizagem do aluno;
programas capacidade intelectual É capaz de trabalhar sobre
problemas até à sua Facultar informação variada sobre temas do seu interesse,
escolares normais geral, aptidão
resolução. promovendo o pensamento divergente e encorajando a pesquisa e a
proporcionam, académica específica,
busca de mais informação;
para que lhes seja pensamento criativo ou É criativo ou inventivo.
Estimular o prazer pela observação, recorrendo, por exemplo, a livros,
possível maximizar produtivo, elevada É capaz de generalizar
imagens, filmes, visitas de estudo;
o seu potencial no capacidade motora, ideias através de um
sentido de virem a talento para as artes conjunto de circunstâncias. Oferecer liberdade de escolha nos temas a abordar;
prestar uma musicais, dramáticas e Resiliente, altruísta, Promover experiências diversificadas tanto ao nível das vivências
contribuição visuais e capacidade de assertivo, empático, como da experimentação de materiais e técnicas;
significativa, quer liderança. autêntico, tolerante, Estimular a aquisição de novas competências;
em relação a si sensível, etc. Estimular o espírito crítico e criativo;
mesmos, quer em Criar situações problema que impliquem a investigação e a procura de
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relação à Sinais Negativos soluções;
sociedade em que Enriquecer o seu vocabulário.
se inserem. Pode mostra-se intolerante,
(CORREIA, 2008c) para com os outros. Motivação
Pode mostrar um Explorar temas do interesse do aluno;
comportamento irregular. Reconhecer e elogiar o trabalho do aluno;
Pode manifestar Estimular a procura de mais conhecimentos;
dificuldades em integrar-se Ajudar a gerir o insucesso;
com os outros.
Encorajar e permitir o trabalho autónomo ajudando apenas quando
Pode manifestar solicitado;
desinteresse na realização
Evitar rotinas e repetições;
de tarefas escritas.
Permitir a definição de objetivos e a tomada de decisões;
Pode parecer aborrecido.
Promover o desenvolvimento do espírito autocrítico para que procure
Pode exigir muito tempo de
evoluir.
atenção do professor.
Pode revelar-se dominador Criatividade
na relação com os colegas.
Estimular a criatividade na produção artística, facultando os meios
Apático, insensível, etc. necessários para tal;
Respeitar o ritmo de trabalho;
Promover o uso de diferentes materiais e técnicas;
Estimular a sua sensibilidade pela harmonia, beleza, estética e
originalidade;
Promover situações que lhe permitam fantasiar e imaginar.
Liderança
Promover o desenvolvimento da capacidade de liderança;
Aumentar o grau de responsabilidade face ao cumprimento de
objetivos;
Promover a partilha de saberes e o intercâmbio de opiniões;
Promover a relação com os pares;
Permitir e favorecer o contato com pessoas de diversos contextos
sociais, económicos e culturais;
Promover atividades que lhe permitam assumir o papel de liderança.
Atividades artísticas
Incentivar o desenvolvimento de uma atitude autocrítica face aos
trabalhos realizados;
Incentivar o espírito crítico;
Promover o interesse pelo trabalho dos colegas e vice-versa;
Incentivar à criação de trabalhos originais;
Facultar e promover a utilização de diferentes técnicas e materiais;
Respeitar o seu ritmo na execução dos projetos;
Diversificar os temas apresentados, incentivando a originalidade.
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Atividades musicais e dramáticas
Proporcionar o uso de instrumentos musicais diversificados;
Promover a expressão corporal associada aos sons e ritmos;
Promover a dramatização de diferentes peças de teatro e incentivar
a interpretação de diferentes personagens.
Comunicação
Promover debates sobre temáticas de interesse geral;
Incentivar ao relato oral de acontecimentos em grande grupo;
Promover a autoestima e a autoconfiança;
Promover a interação entre pares;
Promover o enriquecimento do vocabulário com recurso à leitura,
invenção e recontagem de histórias;
Desenvolver atividades criativas que permitam o desenvolvimento de
capacidades orais.
Planeamento
Incentivar à planificação autónoma de trabalhos desde o início à
conclusão dos mesmos;
Incentivar a procura de vários métodos e materiais alternativos para
atingir objetivos e realizar tarefas;
Estimular a superação de limites de uma determinada tarefa;
20
Promover a responsabilidade.
20
BRANDÃO, 2012, p.61-64
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20. A Personalidade
Nº Características Descrição
Transmite todos os conhecimentos.
1 O MESTRE É mais exigente, senão o aluno não saberia nada.
É visto pelos alunos como transmissor unicamente de conhecimentos.
Transmite aos alunos um número de conhecimentos.
Instruí os alunos a trabalhar no aprofundamento dos conteúdos e cursos.
2 O TREINADOR É mais exigente senão o aluno trabalharia apenas nas matérias que lhe
agradassem.
Sugere conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
Transmite um número de conhecimentos aos alunos e sugere-lhes métodos
para continuarem a aprofundar esses conhecimentos fora do âmbito dos cursos
3 O GUIA e/ou das aulas.
Responde a uma necessidade de conhecimentos quando ela se manifesta.
Este sugere trabalhos e supervisiona a sua realização; é também aquele para
quem o aluno aprenderia melhor mas menos rapidamente e em menor
4 O SUPERVISOR quantidade se lhe deixasse total liberdade; e enfim, é aquele que propõe
maneiras de adquirir conhecimentos.
Utiliza o seu saber e a sua própria experiência para determinar o modo de acção
6 O DIRECTOR do aluno; o professor decide e resolve o problema em lugar do aluno.
Autor, 2015
Nº Competências Características
1 Tomada de - Capacidade do professor tomar uma decisão de maneira construtiva que permite a
Decisão continuidade normal das actividades do processo educativo.
2 Resolução de - Capacidade de buscar solução para problemas ou conflitos que afligem o espaço
problemas pedagógico, o que evita situações de stress e angústia na classe, Promovendo e
criando um ambiente de diálogo permanente.
3 Negociação - Habilidade de comunicar-se com os alunos por meio de argumentos legítimos, que
conduzam a um entendimento comum.
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4 Autoestima - Sentimento de importância e de valor que o professor tem de si. Quem a possui em
alto grau confia em suas perceções e em seus julgamentos, acredita que as suas
iniciativas vão dar certo e se relaciona com os outros com facilidade.
5 Criatividade - Capacidade de articular soluções menos óbvias aos problemas apresentados, de
não desistir de um trabalho frente às dificuldades surgidas e de favorecer a busca de
condições para agir com os recursos disponíveis.
6 Pensamento - Habilidade para identificar fontes e informações relevantes e para analisar
crítico informações, valores, normas sociais e crenças de uma forma objetiva, ponderada e
recetiva, facilitando a avaliação de factores que influenciam atitudes e
comportamentos.
7 Comunicação - Habilidade para expressar desejos e opiniões de forma verbal ou não -verbal, em
eficaz conformidade com a cultura ou a situação, e para buscar ajuda quando houver
necessidade.
8 Comunicação - Interacção positiva com os alunos, o que possibilita manter um bom relacionamento
interpessoal com alunos e colegas.
9 Auto - - Reconhecimento de si, seu carácter, potencialidades e limites. Auxilia a identificar
consciência quando está a viver sob pressão.
10 Empatia - Habilidade de saber colocar-se no lugar dos alunos, ser capaz de comunicar esses
entendimentos e sentir compaixão pelos alunos que têm problemas ou dificuldades.
Facilita o respeito à diversidade de opiniões e formas de ser e favorece a
solidariedade.
11 Lidar com as - Habilidade para reconhecer as próprias emoções próprias e dos alunos e ser capaz
emoções de compreender que as emoções influenciam o comportamento.
12 Assertividade Habilidade para comunicar de maneira clara e firme o que espera dos alunos, o que
pretende fazer. Informar seu ponto de vista sem humilhar nem chocar os alunos.
13 Confiança e Gostar do que faz e acreditar que é sempre possível. Também é importante ter
entusiasmo autoestima, confiança em si para poder resistir a pressões dos pares e não se engajar
em consumo de drogas, relações sexuais sem proteção etc.
14 Respeito Relacionar-se positivamente com os alunos, respeitar as diferentes opiniões sem
desmerecê-las ou expor aos alunos, vivenciar uma atitude afetuosa, de aceitação do
outro, apreciando-o como pessoa, e saber ouvir.
15 Flexibilidade Habilidade para alterar planos e intenções para adaptá-los a situações novas ou
imprevisíveis, pois nem sempre é possível controlar tudo. Capacidade de aceitar
mudanças e adotá-las rapidamente.
16 Transferência Habilidade de aplicar conhecimentos, atitudes, valores e emoções à vida quotidiana e
de incentivar os alunos a adoptar estilos de vida saudáveis (a prática do bem escolar e
social).
17 Lidar com as Habilidade para reconhecer as fontes de pressão e tensão, a maneira como elas nos
tensões afetam e as possibilidades de superá-las ou diminuí-las com vista a ganhar um
equilíbrio psíquico e emocional.
FRANCISCO, 2014
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Segundo LUCKESI, citado por LIBÂNEO (1991:196) a avaliação é uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que
auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.
LIBÂNEO (1991:196) define "avaliação como uma componente do processo de ensino que visa,
através da verificação e qualificação dos resultados obtidos, a
determinar a correspondência destes com os objectivos propostos e,
daí, orientar a tomada de decisões em relação às actividades
didáticas seguintes".
A ACS, ACP, Prova, Teste Escrito, Avaliação, etc., para a grande maioria de
pessoas que passou por uma instrução escolar, os termos acima referidos têm
conotação negativa. Isso se deve a experiências negativas com relação à avaliação.
Vê-se ansiedade em todos os rostos dos alunos. Cada um pega numa folha de
papel atrapalhado. Durante o ditado das questões, escutam-se gritos de alegria ou
desolação. Depois alguns se põem imediatamente ao trabalho e escrevem sem
parar. Outros, ao contrário, têm um ar pensativo e olham o teto da sala acreditando
encontrar lá uma inspiração. Alguns chupam a sua caneta, os olhos fixos sobre as
suas folhas que continuam brancas; e às vezes lhes vem de repente uma ideia e
põem-se a trabalhar. Alguns ainda com a mão sobre a testa, refletem
profundamente.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
ficaram quase brancas, tentam, nos últimos momentos que restam, acrescentar
alguma coisa, mas, com tristeza devem entregar.
O último pensamento em relação à prova é a nota a receber. Aqueles que foram
bem-sucedidos esperam com impaciência o resultado e os outros, com temor.
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criar hábitos de trabalho independente e consciencializar o grau consecutivo
dos objectivos atingidos após um período de trabalho.
1) Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado. Se não sei o que vou avaliar
não poderei avaliar de maneira eficiente. Por isso o 1º passo consiste em
estabelecer se vou avaliar o aproveitamento, a inteligência, o
desenvolvimento sócio-emocional, etc.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
21.3. Características da Avaliação Educacional
Conhecer o aluno
Ao avaliar, o professor pode detetar algumas dificuldades dos alunos. Também pode
apontar as dificuldades no mesmo caderno. Por exemplo, o Carlos tem "problemas
na representação do afastamento ou cota de um ponto", escreve corretamente e
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
conhece bem a Gramática. Este registo deve ser acompanhado de modo a superar
as dificuldades.
Orientar a aprendizagem
Os resultados obtidos pela avaliação devem ser utilizados para corrigir, melhorar e
completar o trabalho. Com base nesses resultados deve adequar o ensino de forma
que a aprendizagem se torne mais fácil e eficaz.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
Tem a função classificadora (classificação final) classifica o aluno em notas e
valores.
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b) Modelo atual (ativo)
a) Provas orais
b) Provas escritas
Estas provas podem ser usadas em qualquer aula no início da aula seguinte para o
professor certificar-se sobre o que o aluno aprendeu e então, saber que rumo dar
aos trabalhos da nova aula. Se é para repetir, retificar ou prosseguir, dependendo da
situação vivida no momento quando ao saber, saber fazer e saber ser, estar nos
alunos; por conseguinte, as provas escritas frequentemente utilizadas são: ACS,
ACP, ACF e Exame Final, dependendo ainda delas a atribuição de notas ou
classificação, quais vão determinar a aprovação e reprovação do aluno.
c) Provas práticas
Neste tipo de prova o aluno e posto diante duma situação problemática que há de
ser resolvido por uma realização material, um conhecimento de elementos visuais.
Este tipo de provas é característico do Desenho Técnico.
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PA - RECURSO DE AUXÍLIO, Curso de Biologia, EàD, 2º Ano, 2015 …. Elaborado por: dr. Francisco Ernesto Francisco
21.11. Técnicas e Instrumentos de Avaliação
Apesar das provas objetivas terem a vantagem da precisão e clareza, elas são
mais limitantes do que as provas subjetivas. Estas oferecem mais possibilidade ao
aluno para colocar sua opinião, formar conceito e generalizações.
b) Compreensão – para este nível, o aluno não deve somente repetir mas
compreender o que aprendeu, ao menos de maneira suficiente para afirma-lo
de outra forma. Exemplo: “Formule um problema didático com as suas
próprias palavras”.
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compreensão e aplicação). O aluno deve saber o que procurar, compreender
os conceitos envolvidos e aplicar os princípios.
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