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EQUAÇÕES DE MAXWELL

• Lei de Faraday

• Força eletromotriz, fem, induzida em um circuito fechado devido à variação


do fluxo magnético que enlaça o circuito

• Força eletromotriz induzida em um condutor que se move em uma região


com campo magnético

• Corrente de deslocamento de Maxwell

• Condutividade equivalente de um dielétrico

• Relações de fronteira em casos variantes no tempo


Lei de Faraday

• Um condutor conduzindo corrente produz um campo magnético.


• ~ 1831 – Michael Faraday e Joseph Henry
• Um campo magnético pode produzir uma corrente elétrica em um circuito
fechado, desde que o fluxo magnético que enlaça o último seja variante no
tempo.
𝑑Ψ𝑚 N – número de espiras no circuito
𝑓𝑒𝑚 = −𝑁
𝑑𝑡 Ψ𝑚 - fluxo magnético enlaçado pelo circuito

I I

Baumentando
Bdiminuindo
A corrente induzida na espira é sempre em um sentido que produz um fluxo
magnético que se opõe à variação de 𝐵. (Lei de Lenz)

A variação do fluxo magnético pode ser resultado de:


• Variação no tempo do fluxo magnético envolvido por uma ou mais espiras
fixas;
• Movimentação da(s) espira(s) em um campo magnético estático;
• Combinação dos dois efeitos.
𝑑Ψ𝑚 𝑑 fem – força eletromotriz induzida, V
𝑓𝑒𝑚 = − = ‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙 = − ‫׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠 (1) 𝑉
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑆 𝐸 = 𝐸𝑒 − 𝑐𝑎𝑚𝑝𝑜 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧 𝑓𝑒𝑚,
𝑚
𝐸𝐶 = −∇𝑉 - campo devido à cargas. Depende da posição. 𝐵 - densidade de campo magnético, T
𝐸𝑒 - campo que produz fem, depende do caminho. Pode resultar 𝑑𝑙 - elemento de percurso, m
da ação química de uma bateria ou de um 𝑩(𝒕). 𝑑𝑠 - elemento de área, m2
t – tempo, s
No caso de se ter N espiras formando o contorno C,
𝑑Ψ𝑚
𝑓𝑒𝑚 = −𝑁 (2)
𝑑𝑡
Portanto, há dois tipos de Campo Elétrico,

‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙 = 0 quando produzido por cargas estáticas. Campo conservativo ou


divergente.

‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙 ≠ 0 quando produzido por um fluxo magnético variante no tempo. Em


geral, se fecha em si próprio, parecendo não ter fonte. Campo solenoidal.

𝑑Ψ𝑚
Neste caso, ර 𝐸. 𝑑𝑙 = −
𝑑𝑡
𝑐
O campo , 𝐸, pode ser especificado por uma equação envolvendo a integral de superfície do tipo
Lei de Gauss para informar a parte divergente e uma equação envolvendo a integral de linha do
tipo Lei de Faraday responsável pela parte solenoidal.
𝑉=0 𝑑Ψ𝑚
𝑉=
Caminho de
𝑑𝑡
integração, C Caminho de
integração, C

medidor
B crescente

haste de
cargas

𝑄
න 𝐸. 𝑑𝑆 =
𝜀0
𝑆
Para campos solenoidais, 𝐸, usa-se a
Para campos divergentes, 𝐸, usa-se a integral de linha para determiná-los.
integral de superfície para determiná-los.
Ψ𝑚 = 𝐵. 𝐴Ԧ = 𝐵𝐴𝑐𝑜𝑠𝜃
mas, 𝜃 = 𝜔𝑡
Ψ𝑚 = 𝐵. 𝐴Ԧ = 𝐵𝐴𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡

𝑑Ψ𝑚
= −𝜔𝐵𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
𝑑𝑡
GERADOR DE 𝑑Ψ𝑚
CORRENTE Como 𝑉 = −
𝑑𝑡
ALTERNADA
𝑉 = 𝜔𝐵𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡

Com espira de N voltas

𝑉 = 𝜔𝑁𝐵𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
Exemplo 1: Espira
estacionária em um X X X X X X X X X X X X
campo magnético X
Y
X
X X X X X
X=0
X X X X X X
Z

variante no tempo
X X X X X X X X X X X X
Z=0 Z=b X
X X X X X X X X X X X X
𝑑𝑠 = 𝑑 𝑑𝑧𝑎
Para 𝐵 = 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑎 T, C
X X X X X X X X X X X X
encontrar a fem induzida 𝐵 = 𝐵0 𝑐𝑜𝑠 𝑡𝑎
na espira retangular fixa X X X X X X X X X X X X

no plano xz, limitada X X X X X X X X X X X X


por x = 0, x = a e z = 0 e X X X X X X
X=a
X X X X X X
z = b. X
X X X X X X X X X X X X
Tomando 𝑑𝑠 = 𝑑 𝑑𝑧𝑎 - Regra da Mão Direita (dedos apontam no sentido do
contorno C e polegar na orientação do versor 𝑑𝑠), obtem-se o fluxo magnético
envolvido pela espira, como:
𝑏 𝑎 𝑏 𝑎
Ψ= ‫=𝑧׬‬0 ‫=𝑥׬‬0 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑎 . 𝑑 𝑑𝑧𝑎 = 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 ‫׬‬0 ‫׬‬0 𝑑 𝑑𝑧 = 𝑎𝑏 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 Wb

Notar que como 𝐵 é normal ao plano da espira, o mesmo resultado seria obtido pela
multiplicação direta da área da espira, ab, pela componente 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 do vetor
densidade de fluxo magnético.
A fem induzida em torno da espira é dada por
𝑑 𝑑
𝑓𝑒𝑚 = ‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙=− 𝑑𝑡 ‫𝑆׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠 = − 𝑎𝑏𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 = 𝑎𝑏𝐵0 𝜔𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑉
𝑑𝑡
Notar a defasagem de 900 entre Ψ e fem induzida.

Ψ fem positiva corrente no sentido horário 𝐵 que se opõe


ao decréscimo de Ψ no loop. Consistente com a Lei de Lenz.
Exemplo 2: Condutor
movendo-se em um X
campo magnético X X X X X X X X X X X X
estático X X X X X X X X X X X X
X=l
X X X X X X X X X X X X
Uma espira retangular X
X X X X X X X X X X X X
filamentar com 3 lados C
fixos e um quarto móvel X X X X X X X X X X X X 𝑣0𝑎
está situada em um plano X X X X X X X X X X X X
perpendicular à um campo
X X X X X X X X X X X X
magnético uniforme 𝐵 = 𝐵0 𝑎𝑧.
.
O lado móvel da espira X XZ X X X X X X X X X X X Y
move-se na direção 𝑎 com X X X X X X X X X X X X
velocidade v0. Qual a fem
induzida no contorno
fechado, C, da espira.
A posição do lado móvel em qualquer instante de tempo, t, será y0 + v0t. E

𝑑𝑠 = 𝑑 𝑑 𝑎𝑧

O fluxo magnético será dado por


𝑦0 +𝑣0 𝑡 𝑙

Ψ = න 𝐵. 𝑑𝑠 = න න 𝐵0 𝑎𝑧. 𝑑 𝑑 𝑎𝑧 = 𝐵0 𝑙( 0 + 𝑣0 𝑡)
𝑆 𝑦=0 𝑥=0

Este resultado poderia ter sido obtido pelo produto da área da espira pela densidade
de fluxo magnético, B0, visto a uniformidade da densidade de fluxo magnético
dentro da área da espira e sua perpendicularidade com o plano da espira.
A fem induzida na espira é, portanto,

𝑑 𝑑
𝑓𝑒𝑚 = ‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙=− 𝑑𝑡 ‫𝑆׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠 = − 𝐵0 𝑙( 0 + 𝑣0𝑡) = −𝐵0 𝑙𝑣0
𝑑𝑡

Observar que:

Condutor move-se para a direita fem negativa produz uma corrente


oposta ao contorno C tal polaridade provoca um crescimento em Ψ dirigido para
fora da folha dentro da espira este Ψ está em oposição ao fluxo do campo
magnético original e assim tende a opor-se ao crescimento do fluxo magnético
enlaçado pela espira.
Antena loop 1

Exemplo 3: Transmissor
Localização
de um rádio
transmissor

Antena loop 2
Condutor que se move em um campo magnético

A força, 𝑭, sobre uma partícula de carga elétrica, q, que se move com uma
velocidade, 𝒗, em um campo magnético de densidade de fluxo, 𝐵, é,
𝐹Ԧ = 𝑞 𝑣𝒙𝐵
Ԧ (N) (3)
Se a partícula carregada estiver situada em um fio que se movimenta com uma
velocidade, 𝒗, através de um campo magnético de densidade de fluxo, 𝑩, como
z
mostrado, x y
1
𝑣Ԧ
Dividindo-se (3) por q, obtém-se a força por carga, o
campo elétrico, 𝑬, isto é,
𝐹Ԧ 𝑉
𝐸 = = 𝑣𝒙𝐵 Ԧ (4)
fio
2
𝑞 𝑚
A amplitude do vetor campo elétrico é 𝐸 = 𝑣𝐵𝑠𝑒𝑛𝜃

O campo elétrico é do tipo que produz fem e é normal ao plano que contém 𝒗 e 𝑩.
No caso em questão, 𝑬 aponta na direção positiva de x, ou seja, ao longo do fio.

A fem induzida entre os dois pontos, 1 e 2, sobre o fio é, então,


2

𝑓𝑒𝑚 = න 𝐸. 𝑑𝑙 = ර 𝑣𝒙𝐵
Ԧ . 𝑑𝑙 𝑉𝑜𝑙𝑡 (5)
1

Em um fio reto onde, 𝒗, 𝑩 e o fio são perpendiculares entre si, 𝑩 é uniforme e 𝒗 é o


mesmo em todas as partes do fio, (5) reduz-se a,
𝑓𝑒𝑚 = 𝐸𝑙 = 𝑣𝐵𝑙 𝑉𝑜𝑙𝑡 6 𝒍 − 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑓𝑖𝑜 (𝑚)
As equações (5) e (6) são as leis de indução por movimento ou por corte de fluxo
que fornecem a fem induzida em um condutor que se movimenta em um campo
magnético em relação ao observador.

CASO GERAL DE INDUÇÃO

A equação (1) fornece a fem induzida em um circuito fechado, devido à taxa de


variação de 𝑩 com o tempo (INDUÇÃO EM TRANSFORMADOR). A equação (5)
determina a fem induzida em um circuito fechado devido ao movimento do circuito.
Quando ambos tipos de variações ocorrem simultaneamente, isto é, quando 𝑩 varia
com o tempo e o circuito está também em movimento, a fem total induzida é igual
a,
𝜕𝐵
𝑓𝑒𝑚 = ‫𝐵𝒙𝑣 ׯ‬
Ԧ . 𝑑𝑙 − ‫𝑆׬‬ . 𝑑𝑆 (7)
𝜕𝑡
movimento do circuito B variante no tempo
Exemplo 4: Espira em
movimento em um
campo magnético -Z X
Y
variante no tempo X

X X X X X X X X X X X X
A espira possui largura X X X X X X X X X X X X
constante, l, enquanto seu
X X X X X X X X X X X X
comprimento, d, aumenta
uniformemente com o tempo, X
fem
X X X X X X X X X X
𝑣 = 𝑣0 𝑎
X

quando se move o condutor X X X X X X X X X X X X


l
deslizante a uma velocidade X X X X X X X X X X X X
uniforme, v=v0𝑎 . A densidade X X X X X X X X X X X X
de fluxo varia harmonicamente
X X X X X X X X X X X X
com o tempo, sendo dada por d
X X X X X X X X X X X X
𝐵 = −𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑎𝑧 .Qual a fem total
induzida na espira?
Z X Y
X

X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X
𝜕𝐵
X X X X X X X X X X X X
𝑓𝑒𝑚 = ර 𝑣𝒙𝐵
Ԧ . 𝑑𝑙 − න . 𝑑𝑆
𝜕𝑡
X X X X X X X X X X X X
fem
X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X
l
𝑆
X X X X X X X X X X X X

X X X X X X X X X X X X
d
0 X X X X X X X X X X X X 𝑑0 +𝑣0 𝑡 𝑙
𝑑
𝑓𝑒𝑚 = න 𝑣0 𝑎 (−𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑎𝑧 ). 𝑑 𝑎 − න න −𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡𝑎𝑧 . 𝑑 𝑑 (−𝑎𝑧)
𝑑𝑡
𝑙 𝑦=0 0

𝑑
𝑓𝑒𝑚 = 𝑣0 𝐵0 𝑙𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 − 𝐵0 𝑙 𝑑0 + 𝑣0 𝑡 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
𝑑𝑡
𝑓𝑒𝑚 = 𝑣0 𝐵0 𝑙𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 − 𝐵0 𝑙 −𝜔 𝑑0 + 𝑣0 𝑡 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 + 𝑣0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡

𝑓𝑒𝑚 = 𝐵0 𝑙 𝜔 𝑑0 + 𝑣0 𝑡 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
Teorema de Stokes
Considerando um quadrado de área S no plano xy, como mostrado abaixo.

Ey
Ex e Ey são as componentes do campo elétrico, 𝑬.
S
Ex

O trabalho por coulomb necessário para mover a carga ao longo do perímetro do


quadrado é dado pela integral de linha de 𝑬 ao longo perímetro. Este trabalho é
igual a fem total ao longo do perímetro. Isto é,

𝑓𝑒𝑚𝑡𝑜𝑡 = ර 𝐸. 𝑑𝑙 (8)
Dividindo (8) pela área ∆𝑆 e tomando o limite desta razão quando ∆𝑆 tende a zero,
obtém-se o rotacional de 𝑬 normal a ∆𝑆 no ponto ao longo do qual ∆𝑆 tende a zero.
Assim,
‫𝐸 ׯ‬.𝑑𝑙
lim = (𝛻𝒙𝐸)𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙 (9)
∆𝑆→0 ∆𝑆

Considerando uma superfície de área x1y1, dividida em áreas infinitesimais, como


mostrado abaixo. Ey
y1

Ex
x1
De acordo com (9), o trabalho por coulomb para transportar uma carga ao longo de
uma espira infinitesimal dividida por sua área é igual ao rotacional de 𝑬 no ponto.
Se o 𝜵𝒙𝑬 for integrado sobre toda a área x1y1, todas as contribuições para o
trabalho total se anulam, exceto para o trabalho ao longo da periferia da área x1y1.
Esta situação é análoga à de um anel de corrente de uma única volta com uma
corrente I, cujo efeito é igual a uma malha de espiras de corrente, cada uma com
uma corrente I.

Voltando à área x1y1, a integral da componente normal do rotacional sobre a área


x1y1 deve ser igual à integral de linha de 𝑬 ao longo da periferia da área.

ර 𝐸. 𝑑𝑙 = න 𝛻𝒙𝐸 . 𝑑𝑠 (10)
𝑆
Dimensionalmente (10) é da forma

𝑓𝑜𝑟ç𝑎 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜ൗ
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 = á𝑟𝑒𝑎
𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 á𝑟𝑒𝑎
Está implícito em (10) que, se o rotacional de 𝑬 for integrado sobre uma área s, a
integral de linha de 𝑬 será considerada ao longo da periferia da mesma área s.

ර 𝐸. 𝑑𝑙 = න 𝛻𝒙𝐸 . 𝑑𝑠 (11)
𝑝𝑒𝑟𝑖𝑓𝑒𝑟𝑖𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒
𝑑𝑒 𝑑𝑒
𝑆 𝑆

Teorema de Stokes – a integral de linha de uma função vetorial ao longo de um


contorno fechado C é igual à integral da componente normal do rotacional daquela
função vetorial, sobre qualquer superfície que tenha o contorno C como limite.
Exemplo 5: Z

Desenvolvendo
Considere a função vetorial
inicialmente a
𝐹Ԧ = 𝑎 + 𝑧 2 𝑎 . Comprovar (0,0,1) C2 (0,1,1)

o Teorema de Stokes para esta integral de linha


função e a superfície no plano C1 C3 em torno de C,
yz limitada pelos pontos
(0,0,0), (0,1,0), (0,1,1) e (0,0,0)
C4 (0,1,0) Y
(0,0,1) como mostrado.
Escolha o contorno C no
X
sentido horário.

Ԧ 𝑑𝑙 = න 𝐹.
න 𝐹. Ԧ 𝑑𝑙 + න 𝐹.
Ԧ 𝑑𝑙 + න 𝐹.
Ԧ 𝑑𝑙 + න 𝐹.
Ԧ 𝑑𝑙
𝐶
𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶4
Z

(0,0,1) C2 (0,1,1)
Ԧ 𝑑𝑙 = 𝑎 + 𝑧
Mas, 𝐹. 2
𝑎 . 𝑑 𝑎 + 𝑑 𝑎 + 𝑑𝑧𝑎𝑧
C1 C3

Ԧ 𝑑𝑙 = 𝑑 + 𝑧
𝐹. 2𝑑 (0,0,0)
C4 (0,1,0) Y

=0 𝑧=1 =1 𝑧=0
Assim, =0 =0 =0 =0
𝑍=1 ↙ 𝑦=1 ↙ 𝑍=0 ↙ 𝑦=0 ↙
Ԧ 𝑑𝑙 = න 𝑑 + 𝑧 2 𝑑 + න 𝑑 + 𝑧 2 𝑑 + න 𝑑 + 𝑧 2 𝑑 + න 𝑑 + 𝑧 2 𝑑
ර 𝐹.
𝐶 𝑍=0 𝑦=0 𝑍=1 𝑦=1

3
1
Ԧ 𝑑𝑙 = 0 +
ර 𝐹. ቤ + 0 + 0 = 1ൗ3
3 0
Desenvolvendo a integral de superfície sobre a superfície s limitada por C, obtém-
se, devido ao sentido escolhido para C,

𝑑𝑠 = −𝑑 𝑑𝑧𝑎

Assim,
𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥 𝜕𝐹𝑧 𝜕𝐹𝑦 𝜕𝐹𝑥
𝛻𝒙𝐹Ԧ = − 𝑎 + − 𝑎 + − 𝑎𝑧
𝜕 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕 𝜕 𝜕

𝛻𝒙𝐹Ԧ = − 2𝑎

Logo,

𝑦=1 𝑧=1 1
3
න 𝛻𝒙𝐹Ԧ . 𝑑𝑠 = න න 2𝑑 𝑑𝑧 = อ = 1ൗ3
3
𝑆 𝑦=0 𝑧=0 0
Equação de Maxwell obtida da Lei de Faraday: Forma Diferencial

Lei de Faraday: 𝑑
‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙=− 𝑑𝑡 ‫𝑆׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠

Que aplicando o Teorema de Stokes,

𝜕𝐵
ඵ(∇𝒙𝐸). 𝑑𝑠 = − ඵ . 𝑑𝑠 (12)
𝜕𝑡

Como 𝒅𝒔 em (12) aplica-se a qualquer elemento de superfície e é arbitrário, os


integrandos de (12) são iguais
Equação de Maxwell na forma
𝜕𝐵 diferencial, derivada da Lei de
𝛻𝒙𝐸 = − (13)
𝜕𝑡 Faraday.
Exemplo 6: Z

𝐵𝐵
Suponha que um campo
magnético variante no tempo é 𝑟0

definido em coordenadas
Y
cilíndricas como
𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡𝑎𝑧; 𝑟 ≤ 𝑟0
𝐵=ቊ X
0; 𝑟 ≥ 𝑟0 𝑟𝜔0
Como 𝐵 𝑎𝑝𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑠𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑜 𝑒𝑖 𝑜 𝒛 ,
Determine a fem induzida no então 𝑬 induzido também será simétrico em z e
espaço através da Lei de independente de 𝜙. Como 𝐵 independe de z, o 𝑬
Faraday. induzido é também independente de z. Assim o
campo elétrico induzido será da forma

𝐸𝑖𝑛𝑑 = 𝐸𝜙 𝑟 𝑎𝜙
Como 𝐸𝑖𝑛𝑑 possui simetria circular escolhe-se o contorno C como sendo circular
em torno do eixo z. A superfície s, para simplicidade de integração, é tomada como
sendo uma superfície plana, no plano xy, limitada por C.

O fluxo magnético penetrando em s é dado por


2𝜋
𝑟
Ψ = න 𝐵. 𝑑𝑆 = න න 𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑎𝑧. 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜙𝑎𝑧
𝑟=0
𝑆 𝜙=0

𝜋𝑟 2 𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 ; 𝑟 ≤ 𝑟0
Ψ=൝ 2
𝜋𝑟0 𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 ; 𝑟 ≥ 𝑟0

𝑑 −𝜋𝑟 2 𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 ; 𝑟 ≤ 𝑟0 Já que o contorno é


− න 𝐵. 𝑑𝑆 = ൝
𝑑𝑡 −𝜋𝑟02 𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 ; 𝑟 ≥ 𝑟0 estacionário.
𝑆
Calcula-se também
2𝜋

ර 𝐸. 𝑑𝑙 = ර 𝐸𝜙 𝑟𝑑𝜙 = 2𝜋𝑟𝐸𝜙
𝐶 𝜙=0

𝜔𝑟𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
− 𝑎𝜙 ; 𝑟 ≤ 𝑟0
2
𝐸𝜙 =
𝜔𝑟02 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
− 𝑎𝜙 ; 𝑟 ≥ 𝑟0
2𝑟
Que satisfaz a forma diferencial da Eq. de Maxwell (Lei de Faraday)

𝜕𝐵
𝛻𝒙𝐸 = − , já que
𝜕𝑡
Coordenadas cilíndricas

1 𝑑(𝑟𝐸∅ ) 1 𝑑 𝜔𝑟 2 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
𝛻𝒙𝐸 = 𝑎𝑧 = −
𝑟 𝑑𝑡 𝑟 𝑑𝑡 2

𝛻𝒙𝐸 = −𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 𝑎𝑧 ; 𝑟 ≤ 𝑟0


൞ 𝜕𝐵
− = −𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 𝑎𝑧
𝜕𝑡
Exemplo 7: Sadiku Ex. 9.2 Solução 1 - Sadiku
A espira está imersa em um 𝐵 = a) Como 𝐵 é invariante no tempo, só há indução
50𝑎 mWb/m2. Se o lado DC da por movimento, isto é,
espira “corta” as linhas de 𝐵 a 𝑉𝑓𝑒𝑚 = න 𝑢 𝒙 𝐵 . 𝑑𝑙
uma frequência de 50 Hz,
estando a espira sobre o plano yz onde 𝑑𝑙 = 𝑑𝑙𝐷𝐶 = 𝑑𝑧𝑎𝑧 𝜌 = 𝐴𝐷 = 4 𝑐𝑚
em t = 0, encontre
a) A fem induzida em t = 1 ms. 𝑑𝑙 ′ 𝜌𝑑𝜙
𝑢= = 𝑎𝜙 = 𝜌𝜔𝑎𝜙 𝜔 = 2𝜋𝑓 = 100𝜋
b) A corrente induzida em t = 3 𝑑𝑡 𝑑𝑡
ms.
Transformando 𝐵 para coordenadas cilíndricas,
𝐵 = 𝐵0 𝑎 = 𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜙𝑎𝜌 − 𝑠𝑒𝑛𝜙𝑎𝜙 ,
𝐵0 = 0,05
𝑎𝜌 𝑎𝜙 𝑎𝑧
𝑢 𝐵 = 0 𝜌𝜔 0
𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜙 −𝐵0 𝑠𝑒𝑛𝜙 0
𝑢 𝒙 𝐵 . 𝑑𝑙 = −𝜌𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜙𝑑𝑧 = −0,04 100𝜋 0,05 𝑐𝑜𝑠𝜙𝑑𝑧 = −0,2𝜋𝑐𝑜𝑠𝜙𝑑𝑧
0,03
𝑉𝑓𝑒𝑚 = ‫=𝑧׬‬0 −0,2𝜋𝑐𝑜𝑠𝜙𝑑𝑧 = −6𝜋𝑐𝑜𝑠𝜙 mV
𝑑𝜙
mas, 𝜔 = → 𝜙 = 𝜔𝑡 + 𝐶0
𝑑𝑡
Como a espira está no plano yz, em t =0, 𝜙 = 𝜋Τ2 → 𝐶0 = 𝜋Τ2.
Assim, 𝜙 = 𝜔𝑡 + 𝜋Τ2. Logo, 𝑉𝑓𝑒𝑚 = −6𝜋 cos 𝜔𝑡 + 𝜋Τ2 = 6𝜋𝑠𝑒𝑛(100𝜋t) mV

∴ 𝑒𝑚 𝑡 = 1 𝑚𝑠, 𝑉𝑓𝑒𝑚 = 6𝜋𝑠𝑒𝑛(0,1𝜋) = 5,825 mV


b) A corrente induzida em t = 3 ms é:
𝑉𝑓𝑒𝑚 6𝜋𝑠𝑒𝑛(100𝜋𝑡)
𝑖= = = 60𝜋𝑠𝑒𝑛(0,3𝜋) = 0,1525 mA
𝑅 0,1
Solução 2
Observa-se na figura que em t = 0, a espira está na condição de máximo para o
fluxo magnético. Sobre o plano yz, 𝜓𝑚 = 𝐵. 𝐴𝑎𝑛. Assim,

𝜓𝑚 = 𝐵0 𝐴𝑠𝑒𝑛𝜙 = 𝐵0 𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜋Τ2) = 𝐵0 𝐴𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡. (Observar que a orientação


de 𝑎𝑛 é 𝑎 , considerando o sentido de circulação para C como sendo o anti-
horário).
𝑑𝜓𝑚
𝑉𝑓𝑒𝑚 =− = − −𝐵0 𝜔𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 = 𝐵0 𝜔𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 = 0,05 100𝜋 0,03 0,04𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 = 6𝜋𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑚𝑉
𝑑𝑡
O que levará aos mesmos resultados da Solução 1.
Solução 3 𝑎𝜙
0,03 0,03

𝑉𝑓𝑒𝑚 = ර 𝑢 𝒙𝐵 . 𝑑𝑙 = න 𝑢 𝒙𝐵 . 𝑑𝑙 = න (𝜌𝜔 −𝑠𝑒𝑛𝜙𝑎 + cos 𝜙𝑎 𝐵0 𝑎 ). 𝑑𝑧𝑎𝑧


𝐶 0 0
0,03
𝑉𝑓𝑒𝑚 = ‫׬‬0 −𝜌𝜔𝐵0 𝑐𝑜𝑠𝜙𝑎𝑧 . 𝑑𝑧𝑎𝑧 = −0,03 0,04 100𝜋 0,05 𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜋Τ2 = −6𝜋𝑐𝑜𝑠 𝜔𝑡 + 𝜋Τ2 = 6𝜋𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 mV

O que levará aos mesmos resultados das Soluções 1 e 2.


Indutância Mútua e Auto-indutância
Considerando duas bobinas uniformes toroidais enroladas como na figura (a).
A bobina 1 de N1 espiras está enrolada com um fio grosso e a bobina 2 de N2 espiras
com um fio fino.

Não há ligação elétrica entre as bobinas. Considerando


que o núcleo em forma de anel, onde as bobinas estão
enroladas, tem permeabilidade magnética constante, 𝝁.
A bobina 1 é chamada enrolamento primário e a bobina
2 de secundário.

A figura (b) apresenta um esquema equivalente da


situação.
Electromagnetics, Kraus.
Se a corrente do primário, I1, tiver valor constante, a fem 𝜗2 será NULA, visto que
𝝍𝒎𝟏 produzido pela bobina primária não está variando. Supõe-se que todo o campo
magnético produzido por I1 está confinado ao interior dos enrolamentos toroidais.
Se for diminuída a resistência R a uma taxa constante de modo que I1 aumente. Isto
aumentaria o fluxo magnético 𝝍𝒎𝟏 . Desprezando o sinal negativo, ditado pela Lei
de Faraday, a grandeza da fem 𝝑𝟐 induzida na bobina 2 e que aparece em seus
terminais será
𝑑Ψ𝑚1
𝝑𝟐 = 𝑁2 (14)
𝑑𝑡

Se um solenoide longo for curvado obtém-se um toroide. Supondo que o raio, r, do


toroide seja grande comparado com o raio, s, do enrolamento, a densidade de fluxo
magnético, 𝑩, pode ser considerada constante sobre o interior do enrolamento.
Obtendo a grandeza de 𝑩, observa-se que o fluxo magnético total através do toroide
é
2 𝜇𝑁1 𝐼1 𝜋𝑠 2 𝜇𝑁1 𝐼1 𝐴
Ψ𝑚1 = 𝐵𝜋𝑠 = = (Wb) (15)
2𝜋𝑟 𝑙

Onde,
A – área da seção transversal do enrolamento = 𝜋𝑠 2
𝑙 – comprimento médio da bobina toroidal = 2𝜋r

Substituindo (15) em (14),


𝜇𝐴 𝑑𝐼1
𝜗2 = 𝑁1 𝑁2 (16)
𝑙 𝑑𝑡
𝒅𝑰𝟏
De acordo com (16) a fem 𝝑𝟐 no secundário é proporcional: N1, N2, A, 𝝁 e
𝒅𝒕
sendo inversamente proporcional a 𝒍.
𝜇𝐴
Fazendo 𝑀 = 𝑁1 𝑁2 (16𝑎), (16) reduz-se a
𝑙
𝑑𝐼1
𝜗2 = 𝑀 (17)
𝑑𝑡

Dimensionalmente, (17) é
𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑓𝑒𝑚 = 𝑀 ou
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

𝑓𝑒𝑚
𝑀= 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 = 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 ou
𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒

𝑀 = 𝑜ℎ𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 = ℎ𝑒𝑛𝑟


Assim M tem dimensão de indutância e como esta envolve duas bobinas é chamada
de indutância mútua das duas bobinas.
A indutância L, já conhecida, é chamada indutância própria ou auto-indutância.

A fem 𝝑𝟏 aplicada a bobina de auto-indutância, L1, é


𝑑𝐼1
𝜗1 = 𝐿1 (18)
𝑑𝑡

A indutância própria de um toroide já é conhecida como

2 𝜇𝐴 𝑁2 𝑁2
𝐿= 𝑁 =𝑙 = (𝐻) (19)
𝑙 ൗ𝜇𝐴 ℛ

Onde,
𝑁 – número de espiras do toróide
ℛ= 𝑙ൗ𝜇𝐴 – relutância da região envolvida pelo enrolamento do toróide, (H-1)
De acordo com (16a), a indutância mútua M de duas bobinas é
𝜇𝐴 𝑁1 𝑁2
𝑀= 𝑁1 𝑁2 = (20)
𝑙 ℛ

Considerando, em seguida, o inverso da situação já descrita. Isto é, supondo que a


bateria e o resistor estejam ligados nos terminais da bobina 2 e que os terminais da
bobina 1 estejam abertos. Neste caso, a fem 𝝑𝟏 nos terminais da bobina 1 é
𝑑Ψ𝑚2
𝜗1 = 𝑁1 (21)
𝑑𝑡
𝜇𝑁2 𝐼2 𝐴
Contudo, analogamente a (16a), Ψ𝑚2 = (22)
𝑙
𝜇𝐴 𝑑𝐼2
Assim, 𝜗1 = 𝑁1 𝑁2 (23)
𝑙 𝑑𝑡
𝑑𝐼2
Ou, 𝜗1 = 𝑀 (24)
𝑑𝑡
Analogamente ao caso anterior,
𝜗1 𝜗2
𝑀 = 𝑑𝐼2 = 𝑑𝐼1 (25)
ൗ𝑑𝑡 ൗ𝑑𝑡

A equação (25) é uma afirmação do Teorema da Reciprocidade.


Se a corrente I1 variar harmonicamente com o tempo (corrente alternada),
𝐼1 = 𝐼0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 (26)
Para a variação harmônica de I1 e I2 vem,
𝜗1 𝜗2
𝑀= = (27)
𝑗𝜔𝑀𝐼2 𝑗𝜔𝑀𝐼1

e,
𝜗1 𝜗2
= = 𝑗𝜔𝑀 = 𝑍𝑚 (28) Onde, 𝑍𝑚 - impedância mútua em Ohms.
𝐼2 𝐼1
O Transformador
Supondo que no arranjo abaixo a bobina secundária esteja aberta e a bobina
primária esteja conectada a uma fem alternada 𝝑𝟏 . A fem alternada 𝝑𝟐 que aparece
nos terminais do secundário é,
𝑑Ψ𝑚
𝜗2 = 𝑁2 (29)
𝑑𝑡

Se a resistência do primário for


desprezível, a força contra-eletromotriz nos
terminais do primário é igual em grandeza
à fem aplicada, 𝝑𝟏 , ou 𝝑𝟏 𝝑𝟐

𝑑Ψ𝑚
𝜗1 = 𝑁1 (30)
𝑑𝑡
Dividindo-se (29) por (30),
𝜗2 𝑁2
= (31)
𝜗1 𝑁1

A relação (31) é a mesma, tanto para voltagens eficazes (RMS) como para voltagens
instantâneas.

Em virtude do arranjo mostrado poder transformar uma fem ou tensão de um valor


para outro é chamado transformador. No presente caso, o transformador é um
transformador ideal no sentido de que a dispersão do fluxo magnético é considerada
ZERO, de modo que 𝜓𝑚 enlaça todas as espiras do primário e do secundário. Além
disto é suposto que a resistência do primário é muito pequena e que uma corrente
desprezível é extraída do secundário. Esta condição pode ser aproximada na prática,
quando o secundário de um transformador estiver ligado a um circuito de alta
resistência.
Lei de Ampère e Corrente de Deslocamento

Toma-se a Lei de Ampère para campos estáticos e busca-se aplicá-la a campos


variantes no tempo.

𝛻 𝒙 𝐻 = 𝐽Ԧ (41)
Tomando o divergente de (41),

𝛻. 𝛻 𝒙 𝐻 = 𝛻. 𝐽Ԧ (42)
Mas o divergente do rotacional de qualquer vetor é sempre ZERO, o que leva a
escrever 𝛻. 𝐽Ԧ = 0, contrariando a Equação da Continuidade para campos variantes
no tempo, que afirma,
𝜕𝜌
Ԧ
𝛻. 𝐽 = − (43) que pode ser reescrita na forma integral
𝜕𝑡
𝑑
Ԧ
‫𝐽 𝑆ׯ‬. 𝑑𝑆 = − 𝑑𝑡 ‫𝑉𝑑𝜌 𝑉׬‬ (44)

Isto é, o divergente ou o fluxo de 𝐽Ԧ saindo de uma determinada região é igual a


razão de decrescimento da carga contida nessa mesma região, o qual será ZERO
apenas quando se tratar com correntes em campo estáticos. (𝛻. 𝐽Ԧ = 0)

Conclui-se que algo falta em (41). Obviamente falta algo que represente a variação
no tempo de algum vetor, de modo que para campos estáticos, a nova equação se
reduza a (41).

Talvez a maior contribuição de Maxwell tenha sido a determinação do termo


ausente. Ele modificou a equação (41) acrescentando no seu membro direito o
𝜕𝐷
termo , de modo que
𝜕𝑡
𝜕𝐷
Ԧ
𝛻𝒙𝐻 =𝐽+ (45) Lei de Ampère 𝐷 - vetor densidade de fluxo elétrico
𝜕𝑡
Tomando o divergente de (45),
𝜕𝐷
0 = 𝛻. 𝐽Ԧ + 𝛻.
𝜕𝑡
𝜕
0 = 𝛻. 𝐽Ԧ + (𝛻. 𝐷) (46)
𝜕𝑡
como
𝛻. 𝐷 = 𝜌

𝜕𝜌
Ԧ
𝛻. 𝐽 = − (47) Equação da Continuidade
𝜕𝑡

A Lei de Ampère na forma integral pode ser obtida integrando-se (45) sobre uma
superfície fechada s fechada,
𝜕𝐷
‫𝑆׬‬ 𝛻 𝒙 𝐻 . 𝑑𝑆 = ‫𝐽 𝑆׬‬.Ԧ 𝑑𝑆 + ‫𝑆׬‬ . 𝑑𝑆 (48)
𝜕𝑡
que aplicando o Teorema de Stokes,
𝜕𝐷
‫𝐻 𝐶ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫𝐽 𝑆׬‬.Ԧ 𝑑𝑆 + ‫𝑆׬‬ 𝜕𝑡
. 𝑑𝑆 (49)

Tomando-se um contorno estacionário c, então pode-se remover 𝜕Τ𝜕𝑡 do integrando,

𝑑
Ԧ
‫𝐻 𝐶ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫𝐽 𝑆׬‬. 𝑑𝑆 + 𝑑𝑡 ‫𝐷 𝑆׬‬. 𝑑𝑆 (50)

onde
‫𝐽 𝑆׬‬.Ԧ 𝑑𝑆 = 𝐼𝐶 (51) - Corrente de condução ou convecção
𝑑
‫׬‬ 𝐷. 𝑑𝑆 = 𝐼𝐷 (52) - Corrente de deslocamento
𝑑𝑡 𝑆

Rigorosamente, 𝐼𝐷 não seria exatamente corrente já que não representa fluxo de


cargas livres em uma determinada superfície s. Como interpretá-la?
Partindo de (50), observa-se que, como na Lei de Faraday, o contorno fechado c
limita a superfície s, e 𝑑𝑙 𝑒 𝑑𝑠 são dados pela regra da mão direita. Assim o
contorno c e a superfície s na Lei de Ampère estão intimamente relacionados.

O circuito ao lado é constituído de uma


fonte senoidal conectada a um capacitor de
placas planas e paralelas. Existem duas
superfícies S1 e S2. S1 possui o fio
condutor e, portanto, há a inserção de IC
(corrente de condução) nesta, e o contorno
c engloba o fio.
S2 é construída de modo a englobar uma
das placas do capacitor. Nenhuma IC
penetra esta superfície, mas o contorno c
mais uma vez engloba o fio.
Como a polaridade da fonte muda, cargas livres chegarão hora a uma placa, hora a
outra placa do capacitor através do fio condutor.

Para S1 e o contorno c, observa-se que

‫𝐻 𝐶ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫𝑆׬‬1 𝐽.Ԧ 𝑑𝑆 = 𝐼𝐶 (53) 𝐽Ԧ - vetor densidade de corrente de condução

Para S2 e o contorno c, observa-se que


𝑑
Ԧ
‫𝐻 𝐶ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫𝑆׬‬2 𝐽. 𝑑𝑆 + 𝑑𝑡 ‫𝑆׬‬2 𝐷. 𝑑𝑆 (54)

mas na superfície S2, න 𝐽.Ԧ 𝑑𝑆 = 0


𝑆2

pois nenhuma corrente devido ao fluxo de cargas livres penetra nesta superfície.
Entretanto, como cargas livres estão sendo armazenadas e removidas de cada placa
do capacitor, um campo variante no tempo 𝐷 = 𝜀0 𝐸 será gerado entre as placas.
Estas linhas de fluxo elétrico penetram S2, de modo que
𝑑
‫𝐻 𝐶ׯ‬. 𝑑𝑙 = 𝑑𝑡
‫׬‬𝑆2
𝐷. 𝑑𝑆 = 𝐼𝐷 (55)

Isto mostra que a razão da variação de 𝐷 na região entre as placas do capacitor está
intimamente relacionada com o deslocamento de cargas elétricas. Por isso, 𝐷 é
𝜕𝐷
frequentemente conhecido como VETOR DESLOCAMENTO e 𝐽𝐷 = como
𝜕𝑡
VETOR DENSIDADE DE CORRENTE DE DESLOCAMENTO.

Observar que c é o mesmo para S1 e S2.


Se 𝑱𝑫 não estivesse presente na Lei de Ampère haveria uma inconsistência – duas
superfícies, S1 e S2, com mesmo contorno c, apresentariam resultados diferentes.
Assim a corrente de deslocamento completa o circuito, onde finda 𝑰𝑪 , 𝑰𝑫 completa
o circuito.

O conceito de corrente de deslocamento apresentado por Maxwell permitiu explicar


a presença de campos magnéticos no espaço vazio.
Exemplo 8: A relação entre corrente e tensão em um capacitor,
segundo a Teoria de Circuitos, é
Um capacitor é alimentado por
𝑑𝑣(𝑡)
uma fonte alternada, 𝐼𝐶 = 𝐶 = −𝐶𝜔𝑉0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
𝑣(t)=V0cos𝜔t com corrente I e 𝑑𝑡
frequência 𝒇 = 𝜔Τ2𝜋 . Mostrar A densidade de corrente de deslocamento é
que a corrente de condução,
𝑰𝑪 , continua no capacitor como 𝐼𝐷 = 𝐽𝐷 𝐴 =
𝜕𝐷
𝐴
uma corrente de deslocamento, 𝜕𝑡
𝑰𝑫 . Como o campo elétrico no capacitor é 𝐸 = 𝑉/𝑑,
𝜕𝐸 𝜀0 𝐴 𝜕𝑣(𝑡)
𝐼𝐷 = 𝜀0 𝐴= = −𝐶𝜔𝑉0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
𝜕𝑡 𝑑 𝜕𝑡
Onde a capacitância do capacitor é dada por 𝜀0𝐴ൗ𝑑
Assim, 𝐼𝐶 = 𝐼𝐷
Exemplo 9: As correntes em R e C são, respectivamente:
𝑣(𝑡) 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑄(𝑡)
𝑖1 = 𝑖𝑅 = 𝑒 𝑖2 = 𝑖𝐶 = 𝐶 =
Determine a densidade de 𝑅 𝑑𝑡 𝑑𝑡
corrente total que atravessa um onde 𝑄 𝑡 = 𝐶𝑣(𝑡) - carga instantânea em C
circuito RC paralelo 𝑉
Mas em cada elemento, o campo elétrico é 𝐸 = .
alimentado por uma fonte de 𝑑
tensão alternada, 𝑣(𝑡) . O A densidade de corrente em R é,
capacitor tem área A, distância 𝑖𝑅
d entre as placas e 𝐽1 = 𝐽𝑅 = 𝜎𝐸 =
𝐴
permissividade elétrica 𝜀. Como 𝐶 = 𝜀𝐴Τ𝑑 e V = 𝐸𝑑 ,
𝜀𝐴 𝜕𝐸
𝑖𝐶 = 𝑑 ,que dividido por A fornece a
𝑑 𝜕𝑡
densidade de corrente em C, 𝐽1 .
𝑖𝐶 𝜕𝐸
Portanto, = 𝐽𝐶 = 𝜀
𝐴 𝜕𝑡
𝜕𝐸
Assim, 𝐽𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐽𝑅 + 𝐽𝐶 = 𝜎𝐸 + 𝜀
𝜕𝑡
Exemplo 10:
𝐸 = 𝐸0 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑎𝑧 𝑉/𝑚, onde 𝜔 = 2𝜋𝑓
Comparar a densidade de
A densidade de corrente de condução é
corrente de condução e a de
deslocamento para o cobre 𝜀 ≈ 𝐽 = 𝜎𝐸 = 𝜎𝐸 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 𝑎𝑧 𝐴ൗ
7 𝐶 0 𝑚 2
𝜀0 ; 𝜇 = 𝜇0 ; 𝜎 = 5,8 10 𝑆/
𝑚) em 1 MHz. Repetir para o
Teflon ( 𝜀 ≈ 2,1𝜀0 ; 𝜇 = A densidade de corrente de deslocamento é
𝜇0 ; 𝜎 = 3 10−8 𝑆/𝑚 ) em 1
MHz. Assumir variação 𝜕𝐷 𝜕𝐸 𝐴ൗ
𝐽𝐷 = = 𝜀 = 𝜔𝜀𝐸 0 𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡 𝑎𝑧
senoidal para o campo elétrico 𝜕𝑡 𝜕𝑡 𝑚2
no material.
A razão entre as magnitudes de 𝐽𝐶 e 𝐽𝐷 é
𝐽𝐶 𝜎
=
𝐽𝐷 𝜔𝜀
Para o cobre em 1 MHz,
𝐽𝐶 5,8 107 12
= ≈ 10
𝐽𝐷 2𝜋 106 8,85 10−12

Nota-se que para o cobre, mesmo que f aumente bastante, por exemplo 100 GHz, 𝐽𝐶
predomina sobre 𝐽𝐷 . Assim, para o cobre, e muitos outros condutores, 𝐽𝐷 é
desprezível diante de 𝐽𝐶 .

Para o teflon em 1 MHz,


𝐽𝐶 𝜎 3 10−8 −4
= = ≅ 2,5 10
𝐽𝐷 𝜔𝜀 2𝜋 106 2,1 8,85 10−12
O teflon é, portanto, um bom isolador. Em 1 MHz, 𝐽𝐶 pode ser desprezada.
Contudo, em baixas frequências, 𝜎Τ𝜔𝜀 se aproxima da unidade e 𝐽𝐶 ≈ 𝐽𝐷 .
Relação entre Teorias de Campo e Circuito: Equações de Maxwell

Na Teoria de Circuitos lida-se usualmente com I e V e na Teoria de Campos com


campos vetoriais (𝐸, 𝐵, 𝐷, 𝐻 𝑒 𝐽)Ԧ e seus valores como função da posição/tempo.

Para o cabo ao lado, usando a Teoria de Circuitos (baixa


𝐽Ԧ
frequência) é conveniente descrevê-lo através de sua
I
A resistência, R. Comprimento, área e forma são de
σ
importância secundária. Assim a ddp entre as extremidades
L do cabo é dada pela Lei de Ohm,

𝑉 = 𝑅𝐼 (56)

Conforme a Teoria de Campos, considerando o valor de 𝐸 em um ponto qualquer do


𝐽Ԧൗ
cabo, pode-se escrever a Lei de Ohm como 𝐸= 𝜎 (57)
Integrando-se (57) sobre o comprimento do cabo, obtém-se a ddp entre as
extremidades do cabo, V.
𝐽Ԧ
𝑉 = ‫𝐸 ׬‬. 𝑑𝑙 = ‫ 𝜎 ׬‬. 𝑑𝑙 (58)

Em um cabo uniforme, com 𝐽Ԧ uniforme, (58) torna-se


𝐽𝑙 𝑙
𝑉= = 𝐽𝐴 (59)
𝜎 𝜎𝐴

𝐽𝐴 - corrente no cabo
𝑙
= R - resistência do cabo
𝜎𝐴
𝐴 - área da seção transversal do cabo
Portanto, a equação (59) é a própria Lei de Ohm da equação (56)
𝑉 = 𝑅𝐼 (60)
Observa-se que a Teoria de Circuitos é um caso particular da Teoria de Campos. A
equação (56) é uma relação genuína do circuito, enquanto que a equação (57) é uma
genuína equação de campo.

Existem relações mistas que interligam as duas teorias, como por exemplo,

𝑉 = ‫𝐸 ׬‬. 𝑑𝑙 (61) - Eq. do Potencial Elétrico

I= ‫𝐻 ׯ‬. 𝑑𝑙 (62) - Lei de Ampère


Aplicações da Teoria de Campos e de Circuitos
Capacitor – Teoria de Campos → Teoria de Circuitos

LT Coaxial (Modo TEM – λ ≥ 4b)

Com uma ddp constante entre os condutores, as linhas de 𝐸 são radiais. Se houver
uma corrente I, as linhas de 𝐻 serão círculos concêntricos, como indicado acima.
Assim, a ddp entre os condutores interno e externo é
𝑏
𝑉= ‫𝐸 𝑎׬‬. 𝑑𝑟 (63)

Do mesmo modo a corrente no condutor interno é


2𝜋
I= ‫𝐻 ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫׬‬0 𝐻𝑟𝑑𝜙 (64)
Em (63) V independe do caminho entre os condutores, enquanto que em (64) I
independe de r, caso esteja entre a e b. Assim, V e I são parâmetros simples e úteis
para este caso.

Em frequências elevadas encontram-se configurações de campo mais complexas


(modos de ordem superior TE e TM). No modo TM a tensão V entre os condutores,
obtida de (63), pode ser desprezível, ao passo que I, obtida por (64), depende do
raio r no qual 𝑯 é integrado. Assim, o uso de V e I não é tão simples e adequado
para o caso em questão, como é o caso dos parâmetros de campo.

Como a relação entre dimensões transversais do cabo coaxial e o comprimento de


onda de operação não foi respeitada o uso da Teoria de Circuitos foi inapropriada.
O Circuito em Série: Comparação entre as Teorias de Circuito e de Campo
O campo elétrico total, 𝑬𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 , pode ser dado
como a soma de um campo 𝑬𝒆 relacionado
com a fem e um campo 𝐸 induzido por
cargas e correntes.
𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐸𝑒 + 𝐸

𝐸𝑒 = 𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝐸 (65)

𝐽Ԧ
Mas, 𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (66) 𝐴Ԧ = potencial vetor
𝜎
𝜕𝐴Ԧ
e 𝐸 = −∇𝑉 − (67)
𝜕𝑡
Aplica-se as equações (66) e (67) em (65). Para converter os parâmetros de campo
em parâmetros de circuito, integra-se todos os termos completamente ao longo do
circuito no sentido horário. Neste caso,

−𝐸
𝐽Ԧ 𝜕𝐴Ԧ
‫ 𝑒𝐸 ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫ 𝜎 ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫𝑉∇ ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫ ׯ‬. 𝑑𝑙
𝜕𝑡
(68)
que resulta em ,
𝐽𝑙 𝑑
fem = + 𝐸𝑑 + ‫ׯ‬ Ԧ 𝑑𝑙
𝐴. (69)
𝜎 𝑑𝑡
𝐼 𝐷
mas, 𝐽 = 𝑒 𝐸 = . O último termo de (69) pode ser reescrito,
𝐴 𝜀
𝑑 𝑑𝐼 𝐴Ԧ 𝑑𝐼
‫ׯ‬ Ԧ 𝑑𝑙
𝐴. = ‫ ׯ‬. 𝑑𝑙 = 𝐿 (70)
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝐼 𝑑𝑡

𝐴Ԧ 𝜇0 𝐽Ԧ
onde 𝐿= ‫ 𝐼 ׯ‬. 𝑑𝑙 𝑒 𝐴Ԧ = ‫𝑣𝑑 ׬‬
4𝜋 𝑣 𝑟
Assim, (69) torna-se,
𝑙 𝐷𝑑 𝑑𝐼
fem = 𝐼 + + 𝐿 (71)
𝐴𝜎 𝜀 𝑑𝑡

𝑙 𝑞
Mas, R= 𝑒 𝐷= . Assim,
𝐴𝜎 𝐴
𝑞 𝑑𝐼
fem = 𝐼𝑅 + 𝐴𝜀 + 𝐿 (72)
ൗ𝑑 𝑑𝑡

𝜀𝐴
Mas, C= 𝑒 𝑞 = ‫𝑡𝑑𝐼 ׬‬. Assim, (72) é reescrita como,
𝑑

1 𝑑𝐼
fem = 𝐼𝑅 + ‫𝑡𝑑𝐼 ׬‬ + 𝐿 (73)
𝐶 𝑑𝑡

Equação Circuito Série


Para variação harmônica da corrente com relação ao tempo, 𝐼 = 𝐼0 𝑒 𝑗𝜔𝑡 , tem-se,
𝐼
fem = 𝐼𝑅 + + 𝑗𝜔𝐿I (73)
𝑗𝜔𝐶

1
fem = 𝐼𝑅 + 𝑗I 𝜔𝐿 − (74)
𝜔𝐶

Para qualquer t, a corrente é a mesma no circuito. Uma perturbação se propaga


instantaneamente no circuito.

Se o comprimento físico do circuito for pequeno em relação ao comprimento de


onda de operação, λ, a afirmação é válida.
Se o comprimento físico do circuito for comparável ao comprimento de onda de
operação, λ/8, a variação em I e fase ao longo do circuito pode ser significativa.
Nesta situação a simplicidade da Teoria de Circuitos será inadequada. Aplicável à
LT muito longas, respeitando-se casos com diâmetro da seção transversal muito
menor que λ.
As Equações de Maxwell como generalização das Equações de Circuito

𝑑𝐷
Ԧ
‫𝐻 ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫ 𝐽( 𝑆׬‬+ 𝑑𝑡 ). 𝑑𝑆 - Relação de Malha – Lei de Ampère
Aplicando-se o Teorema de Stokes no primeiro membro,
𝜕𝐷
𝛻 𝒙 𝐻 = 𝐽Ԧ +
𝜕𝑡
𝑑Ψ𝑚 𝑑
fem = − = − ‫𝑆׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑
‫𝐸 𝑐ׯ‬. 𝑑𝑙 = − ‫׬‬ 𝐵. 𝑑𝑠 - Relação de Malha para circuitos estacionários –
𝑑𝑡 𝑆
Lei de Faraday
Aplicando-se o Teorema de Stokes no primeiro membro,
𝜕𝐵
𝛻𝒙𝐸 = −
𝜕𝑡
‫𝐷 𝑠ׯ‬. 𝑑𝑆 = 𝑄 = ‫ 𝑣𝑑𝜌 ׬‬- Eq. de Maxwell para Campo Elétrico obtida da Lei de Gauss

𝛻 .𝐷 = 𝜌

ර 𝐵. 𝑑𝑆 = 0 − Eq. de Maxwell para Campo Magnético obtida da Lei de Gauss


𝑠
𝛻 .𝐵 = 0
Outras relações importantes são:
𝐽Ԧ = 𝜎𝐸 - Lei de Ohm em um ponto
𝜕𝜌
Ԧ
𝛻. 𝐽 = − - Eq. da Continuidade
𝜕𝑡
𝐹𝐸 = 𝑞𝐸 - Força Elétrica
𝐹𝑀 = 𝐼𝑑𝑙𝒙𝐵 - Força Magnética
E as relações constitutivas entre 𝐸 e 𝐷 e entre 𝐵 e 𝐻 são:
𝐷 = 𝜀𝐸 = 𝜀0 𝐸 + 𝑃
𝐵 = 𝜇𝐻 = 𝜇0 (𝐻 + 𝑀)
Equações de Maxwell no Espaço Livre

𝑑𝐷 𝑑𝐵
ර 𝐻. 𝑑𝑙 = න . 𝑑𝑆 ර 𝐸. 𝑑𝑙 = − න . 𝑑𝑆
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑆 𝑆

ර 𝐵. 𝑑𝑆 = 0 ර 𝐷. 𝑑𝑆 = 0
𝑠 𝑠
𝜕𝐷 𝜕𝐵
𝛻𝒙𝐻 = 𝛻𝒙𝐸 = −
𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝛻 .𝐵 = 0 𝛻 . 𝐷 =0
Equações de Maxwell para os campos que variam harmonicamente no tempo

𝑗𝜔𝑡 𝜕𝐷
Se 𝐷 = 𝐷0 𝑒 → = 𝑗𝜔𝐷, assim
𝜕𝑡

ර 𝐻. 𝑑𝑙 = (𝜎 + 𝑗𝜔𝜀) න 𝐸. 𝑑𝑆 ර 𝐸. 𝑑𝑙 = −𝑗𝜔𝜇 න 𝐻. 𝑑𝑆
𝑠 𝑆

ර 𝐷. 𝑑𝑆 = ර 𝜌𝑑𝑣
ර 𝐵. 𝑑𝑆 = 0 𝑠 𝑠
𝑠
𝛻 𝒙 𝐻 = (𝜎 + 𝑗𝜔𝜀)𝐸 𝛻𝒙𝐸 = −𝑗𝜔𝜇𝐻

𝛻 .𝐵 = 0 𝛻 .𝐷 = 𝜌
I2 I1 𝑁
Exemplo 11: ෍ 𝐼𝑛 = 0 (𝐴)
Q s
𝑛=1

Provar que a Lei das Correntes Esta Lei sustenta-se na Eq. da Continuidade.
de Kirchhoff é um caso Ԧ
𝑑
ර 𝐽. 𝑑𝑆 = − න 𝜌𝑑𝑉 (𝐵)
particular da Teoria de 𝑆
𝑑𝑡
𝑉
Campos. Aplicando-se (B) na região delimitada por s, a única
corrente que flui para fora desta é aquela nos fios e assim o
primeiro membro de (B) torna-se exatamente a soma
algébrica das correntes que fluem para fora nos fios como
em (A). O segundo membro será a taxa de variação
negativa no tempo da carga Q, se houver, acumulando-se na
junção. Assim (B) pode ser reescrita como
𝑁
𝑑𝑄ൗ
෍ 𝐼𝑛 = − 𝑑𝑡 (𝐶)
𝑛=1
A diferença entre (A) e (C) é devido ao termo (− 𝑑𝑄ൗ𝑑𝑡)
representar a corrente de deslocamento, caso haja acúmulo
de cargas na junção.
+ V1 - 𝑁
Exemplo 12: Z1

+
AC
V0 Z2 V2 ෍ 𝑉𝑛 = 0

-
Z3
𝑛=1
+ -
Provar que a Lei das Malhas A Lei de Faraday é escrita em qualquer contorno fechado
de Kirchhoff é um caso como: 𝑑𝐵
‫𝐸 ׯ‬. 𝑑𝑙 = − ‫ 𝑡𝑑 𝑆׬‬. 𝑑𝑆 (A)
particular da Teoria de
Campos. Toda a energia armazenada e dissipada está confinada ao
interior dos elementos concentrados. Mas a tensão entre
dois pontos é definida como:
2
𝑉21 = ‫׬‬1 𝐸. 𝑑𝑙 (B), que é a grandeza medida por um
voltímetro.
Aplicando (B) em (A),
𝑑
σ𝑁
𝑛=1 𝑉𝑛 = − ‫׬‬ 𝐵. 𝑑𝑆 (C)
𝑑𝑡 𝑠

Como foi admitido que toda a energia armazenada ocorre


nos elementos concentrados, o campo magnético dentro da
malha é ZERO e (C) se reduz a 𝑁
෍ 𝑉𝑛 = 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = 0
𝑛=1
𝐽Ԧ 𝜕 𝐴Ԧ
Exemplo 13: ‫ 𝑒𝐸 ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫ 𝜎 ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫𝑉∇ ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫ 𝑡𝜕 ׯ‬. 𝑑𝑙 (68)

O espaçamento entre 2 e 3 foi eliminado.


Partindo da Eq. (68), verificar As variações no tempo são NULAS já que o circuito é c.c..
sua aplicação ao circuito c.c. Assim, 4 Ԧ
𝜕𝐴
abaixo. න . 𝑑𝑙 = 0
1 𝜕𝑡
V1
1 + - 2 Como o caminho entre 1 e 4 é um percurso fechado e a
Z1 fonte é ideal, o termo capacitivo torna-se exatamente a
+

+
V0
DC Z2 V2 integral do gradiente de uma função escalar ao longo de um
-

caminho fechado, sendo portanto, ZERO.


-
Z3
4 + V3 - No termo de impedância interna, visto que a corrente
3
contínua é distribuída uniformemente sobre a seção
𝐽Ԧ 𝜕𝐴Ԧ
‫ 𝑒𝐸 ׯ‬. 𝑑𝑙 = ‫ 𝜎 ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫𝑉∇ ׯ‬. 𝑑𝑙 + ‫ 𝑡𝜕 ׯ‬. 𝑑𝑙 transversal, a densidade de corrente é:
Tensão Queda de
Queda de tensão
Queda de 𝐽 = 𝐼Τ𝐴 , A – área da seção transversal do condutor ou R.
aplicada tensão de tensão
capacitiva
impedância indutiva Logo,
interna 4 4 𝐽Ԧ 4 𝐼 4 𝑑𝑙
‫׬‬1 𝐸. 𝑑𝑙 = 𝑉0 = ‫׬‬1 𝜎 . 𝑑𝑙 = ‫׬‬1 𝜎𝐴 𝑑𝑙 = 𝐼 ‫׬‬1
𝜎𝐴
= 𝐼𝑅
𝑉0 = 𝐼𝑅
Equações de
Maxwell nas
formas finais
Além das quatro equações apresentadas, outras equações também são importantes.

𝐹Ԧ = 𝑞 𝐸 + 𝑣𝒙𝐵
Ԧ − Eq. de Lorentz
𝜕𝜌
Ԧ
𝛻. 𝐽 = − - Eq. da Continuidade
𝜕𝑡

Os conceitos de linearidade, isotropia, e homogeneidade do meio material são


aplicáveis a campos variantes no tempo.

Meios não lineares – propriedades dependem da intensidade dos campos aplicados.


Meios anisotrópicos – propriedades dependem da direção dos campos aplicados.
Meios não homogêneos – propriedades dependem da posição dos campos aplicados.
Meios variantes no tempo/dispersivos – propriedades dependem do
tempo/frequência.
Para meios lineares, isotrópicos e homogêneos, caracterizado por ε, µ, e σ, as
relações constitutivas
𝐷 = 𝜀𝐸 = 𝜀0 𝐸 + 𝑃
𝐵 = 𝜇𝐻 = 𝜇0 𝐻 + 𝑀
𝐽Ԧ = 𝜎𝐸 + 𝜌𝑣 𝑣
permanecem válidas para campos variantes no tempo. Assim as condições de
fronteira
𝐸1𝑡 = 𝐸2𝑡 = 0 𝑜𝑢 (𝐸1 − 𝐸2 ) 𝒙 𝑎𝑛 = 0
𝐻1𝑡 − 𝐻2𝑡 = 𝐾 𝑜𝑢 (𝐻1 − 𝐻2 ) 𝒙 𝑎𝑛 = 𝐾
𝐷1𝑛 − 𝐷2𝑛 = 𝜌𝑠 𝑜𝑢 (𝐷1 − 𝐷2 ) . 𝑎𝑛 = 𝜌𝑠
𝐵1𝑛 − 𝐵2𝑛 = 0 𝑜𝑢 (𝐵1 − 𝐵2 ) . 𝑎𝑛 = 0
permanecem válidas para campos variantes no tempo.
Para um condutor perfeito (σ = ∞) em um campo variante no tempo,
𝐸 = 0, 𝐻 = 0, 𝐽Ԧ = 0 𝑒, 𝑝𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜,

𝐵𝑛 = 0, 𝐸𝑡 = 0
Para um dielétrico perfeito (σ ≈ 0), as condições de fronteira continuam válidas,
exceto que 𝐾 = 0.

A figura 9.11 apresenta uma estrutura que relaciona os vários campos vetoriais,
elétrico e magnético, com as funções potenciais. As figuras 9.11b e 9.11c, introduz
𝜌𝑚 como densidade de carga magnética livre (similar a 𝜌𝑣 ), que é, evidentemente,
nula. Também aparece 𝐴𝑒 como densidade de corrente magnética (análoga a 𝐽). Ԧ
Assim, as principais relações
podem ser classificadas como,
Equações de compatibilidade
∇. 𝐵 = 𝜌𝑚 = 0
𝜕𝐵
∇𝒙𝐸 = − = 𝐽𝑚
𝜕𝑡
Equações constitutivas
𝐵 = 𝜇𝐻
𝐷 = 𝜀𝐸
Equações de equilíbrio
∇. 𝐷 = 𝜌𝑣
𝜕𝐷
∇𝒙𝐻 = 𝐽Ԧ +
𝜕𝑡
Potenciais Variáveis no Tempo
Para campos eletromagnéticos, EM, estáticos, o potencial elétrico escalar é

𝜌𝑣 𝑑𝜈
𝑉=න
4𝜋𝜀𝑅
𝑣

e o potencial magnético vetorial é


Ԧ
𝜇𝐽𝑑𝜈
𝐴Ԧ = න
4𝜋𝑅
𝑣
O que ocorre com estes potenciais quando os campos são variantes no tempo?
Atentar que 𝐴Ԧ foi definido a partir do fato que ∇. 𝐵 = 0 e é válido para campos
variantes no tempo. Assim,
𝐵 = ∇𝒙𝐴Ԧ também continua válida para campos variantes no tempo. Esta
equação aplicada na Lei de Faraday resulta
𝜕
∇𝒙𝐸 = Ԧ
− (∇𝒙𝐴) ou
𝜕𝑡
𝜕𝐴Ԧ
∇𝒙 𝐸 + =0
𝜕𝑡

Como o rotacional do gradiente de um campo escalar é identicamente nulo, a última


equação pode ser reescrita como
𝜕𝐴Ԧ
𝐸+ = −∇𝑉 ou
𝜕𝑡
𝜕𝐴Ԧ
𝐸 = −∇𝑉 −
𝜕𝑡
Conhecidos os potenciais, 𝐴Ԧ e V, pode-se determinar 𝐵 e 𝐸 através das equações
destacadas anteriormente.
Aplicando-se ∇. 𝐷 = 𝜌𝑣 e 𝐷 = 𝜀𝐸 no divergente da segunda equação destacada,
𝜌𝑣 𝜕
∇. 𝐸 = 2
= −∇ 𝑉 − ∇. 𝐴Ԧ 𝑜𝑢
𝜀 𝜕𝑡
𝜕 𝜌𝑣
2
∇ 𝑉+ Ԧ
∇. 𝐴 = − (A)
𝜕𝑡 𝜀

Tomando o rotacional da primeira equação destacada e combinando com a Lei de


Ampère e a segunda equação destacada,

𝜕 𝜕𝐴Ԧ
∇𝒙∇𝒙𝐴Ԧ = 𝜇 𝐽Ԧ + 𝜀𝜇 −∇𝑉 −
𝜕𝑡 𝜕𝑡
𝜕𝑉 𝜕 2 𝐴Ԧ
= 𝜇𝐽Ԧ − 𝜇𝜀∇ − 𝜇𝜀 2
𝜕𝑡 𝜕𝑡
Tomando a identidade vetorial ∇𝒙∇𝒙𝐴Ԧ = ∇ ∇. 𝐴Ԧ − ∇2 𝐴Ԧ na última equação,
𝜕𝑉 𝜕2 𝐴Ԧ
∇2 𝐴Ԧ − ∇ ∇. 𝐴Ԧ = −𝜇 𝐽Ԧ + 𝜇𝜀∇ + 𝜇𝜀 2 (B)
𝜕𝑡 𝜕𝑡

Qualquer campo vetorial é univocamente determinado se for conhecido seu


rotacional e seu divergente. O rotacional de 𝐴Ԧ foi especificado na primeira equação
destacada. Escolhe-se o divergente de 𝐴Ԧ como

𝜕𝑉
∇. 𝐴Ԧ = −𝜇𝜀
𝜕𝑡
Esta equação é conhecida como Condição de Lorentz para Potenciais e se aplicada
as equações (A) e (B), encontra-se, respectivamente,
𝜕2 𝑉 𝜌𝑣
∇2 𝑉 − 𝜇𝜀 2 = − e
𝜕𝑡 𝜀
2 Ԧ
2 Ԧ
𝜕 𝐴
∇ 𝐴 − 𝜇𝜀 2 = −𝜇𝐽Ԧ
𝜕𝑡

que são as Equações de Onda. Observa-se que V e 𝐴Ԧ agora estão desacoplados e há


uma simetria entre as duas equações. A Condição de Lorentz pode também ser
derivada da Equação da Continuidade.

Os potenciais V e 𝐴Ԧ satisfazem as equações de Poisson e Laplace quando há


variação temporal.
Campos Harmônicos no Tempo
Campos harmônicos são aqueles que variam periodicamente ou sinusoidalmente
com o tempo.
Determina-se 𝛽 e 𝐻 fazendo com que 𝐻 e 𝐸 satisfaçam as Equações de
Exemplo 14: (Sadiku) Maxwell.

Solução 1 – Domínio do tempo


Em um meio caracterizado por Da Lei de Gauss para campos elétricos,
𝜎 = 0; 𝜇 = 𝜇0 , 𝜀 = 4𝜀0 e 𝜕𝐸𝑦
∇. 𝐸 = =0
𝐸 = 20𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎 𝜕

V/m, determine 𝛽 e 𝐻. Da Lei de Faraday,


𝜕𝐻 1
∇ 𝑋 𝐸 = −𝜇 → 𝐻 = − න ∇ 𝑋 𝐸 𝑑𝑡
𝜕𝑡 𝜇
Contudo,

𝑎 𝑎 𝑎𝑧 𝑎 𝑎 𝑎𝑧
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕
∇𝑋𝐸 = =
𝜕 𝜕 𝜕𝑧 𝜕 𝜕 𝜕𝑧
𝐸𝑥 𝐸𝑦 𝐸𝑧 0 𝐸𝑦 0
𝜕𝐸𝑦 𝜕𝐸𝑦
= − 𝑎 + 𝑎𝑧 = 20𝛽𝑐𝑜𝑠 108 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎 + 0
𝜕𝑧 𝜕

Assim, 20𝛽 20𝛽


𝐻=− 8
න 𝑐𝑜𝑠 10 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑑𝑡𝑎 = − 𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎
𝜇 𝜇108
Logo,
𝜕𝐻𝑥
∇. 𝐻 = = 0 , 𝑠𝑎𝑡𝑖𝑠𝑓𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝐿𝑒𝑖 𝑑𝑒 𝐺𝑎𝑢𝑠𝑠.
𝜕

Da Lei de Ampère,
𝜕𝐸 1
∇ 𝑋 𝐻 = 𝜎𝐸 + 𝜀 𝜕𝑡 → 𝐸 = − 𝜀 ‫𝑡𝑑 𝐻 𝑋 ∇ ׬‬, pois 𝜎 = 0.

Contudo,
20𝛽 8 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎
𝐻=− 𝑠𝑒𝑛 10
𝜇108

𝑎 𝑎 𝑎𝑧 𝑎 𝑎 𝑎𝑧
𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕 𝜕𝐻𝑥 𝜕𝐻𝑥 20𝛽 2
∇𝑋𝐻 = = = 𝑎 − 𝑎𝑧 = 8
𝑐𝑜𝑠 108 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎 + 0
𝜕 𝜕 𝜕𝑧 𝜕 𝜕 𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕 𝜇10
𝐻𝑥 𝐻𝑦 𝐻𝑧 𝐻𝑥 0 0

Assim,
20𝛽 2 8
20𝛽 2
𝐸= 8
න 𝑐𝑜𝑠 10 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑑𝑡𝑎 = 16
𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎
𝜇𝜀10 𝜇𝜀10
que comparado com o 𝐸 dado,
20𝛽 2
= 20
𝜇𝜀1016

8 8 8
2 8
2 2
𝛽 = ±10 𝜇𝜀 = ±10 𝜇0 4𝜀0 = ±10 = ±10 =±
𝑐 3 108 3

Tomando 2
𝛽=±
3

20𝛽 8
𝐻=− 𝑠𝑒𝑛 10 𝑡 − 𝛽𝑧 𝑎
𝜇108

2
20 2 1 2
𝐻= ± 4𝜋𝑥10−73 𝑥108 𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 ± 3 𝑧 𝑎 = ± 3𝜋 𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 ± 3 𝑧 𝑎 A/m
Solução 2 – Via fasores

𝐸 = 𝐼𝑚 𝐸𝑠 𝑒 𝑗𝜔𝑡 → 𝐸𝑠 = 20𝑒 −𝑗𝛽𝑧 𝑎 com 𝜔 = 108 rad/s

Novamente,
𝜕𝐸𝑦
∇. 𝐸 = =0
𝜕

∇ 𝑋 𝐸𝑠
∇ 𝑋 𝐸𝑠 = −𝑗𝜔𝜇𝐻𝑠 → 𝐻𝑠 =
−𝑗𝜔𝜇

1 𝜕𝐸𝑦𝑠 20𝛽 −𝑗𝛽𝑧


𝐻𝑠 = − − 𝑎 =− 𝑒 𝑎
𝑗𝜔𝜇 𝜕𝑧 𝜔𝜇

Constata-se que ∇. 𝐻𝑠 = 0.

∇ 𝑋 𝐻𝑠
mas, ∇ 𝑋 𝐻𝑠 = 𝑗𝜔𝜀𝐸𝑠 → 𝐸𝑠 =
𝑗𝜔𝜀

1 𝜕𝐻𝑥𝑠 20𝛽2 𝑒 −𝑗𝛽𝑧


logo, 𝐸𝑠 = 𝑎 = 𝑎
𝑗𝜔𝜀 𝜕𝑧 𝜔2 𝜇𝜀
que comparado com o 𝐸 dado,
20𝛽 2
= 20
𝜔 2 𝜇𝜀
2
𝛽 = ±𝜔 𝜇𝜀 = ± , o mesmo valor anteriormente obtido.
3

2 1 𝜕𝐸𝑦𝑠 20𝛽 −𝑗𝛽𝑧


Substituindo 𝛽 = ± em 𝐻𝑠 = − − 𝑎 =− 𝑒 𝑎
3 𝑗𝜔𝜇 𝜕𝑧 𝜔𝜇

2
20 3 2
±𝑗 3𝑧 1 ±𝑗2𝑧
𝐻𝑠 = ± 8 𝑒 𝑎 =± 𝑒 3 𝑎
10 4𝜋 10−7 3𝜋

1 2
𝐻 = 𝐼𝑚 𝐻𝑠 𝑒 𝑗𝜔𝑡 = ± 3𝜋 𝑠𝑒𝑛 108 𝑡 ± 3 𝑧 𝑎 A/m, o mesmo valor anteriormente obtido.

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