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Manual - BibliotecasEscolares - Atualizado
Manual - BibliotecasEscolares - Atualizado
Bibliotecas
Escolares
GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA Governador
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Jorginho Mello
DIRETORIA DE ENSINO
GERÊNCIA DO ENSINO FUNDAMENTAL Vice-governadora
Marilisa Boehm
Secretário de Educação
Aristides Cimadon
Secretária Adjunta
Patrícia Lueders
Diretoria de Ensino
Sônia Regina Victorino Fachini
CDD 027.8
Florianópolis
2023
APRESENTAÇÃO
3
APRESENTAÇÃO A biblioteca escolar, que é parte integrante do processo
educativo, se constitui em um espaço que facilita o acesso à
informação e valoriza a leitura literária.
De acordo com a Federação Internacional de Associações e
Instituições Bibliotecárias (IFLA):
5
Figura 16. Folha de rosto.
LISTA DE FIGURAS E QUADROS
Figura 17. Exemplo de folha de rosto com carimbo.
6
SUMÁRIO
7
APRESENTAÇÃO......................................................................3
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS E QUADROS.................................................................................... 5
BIBLIOTECA ESCOLAR...........................................................9
OBJETIVOS DA BIBLIOTECA ESCOLAR .................................................................... 10
ATRIBUIÇÕES DOS BIBLIOTECÁRIOS E ATENDENTES DAS BIBLIOTECAS
NA REDE PÚBLICA ESTADUAL DE ENSINO DE SANTA CATARINA........................ 11
ESPAÇO FÍSICO...................................................................... 13
PLANEJAMENTO........................................................................................................... 14
LEIAUTE DA BIBLIOTECA ESCOLAR........................................................................... 17
ORIENTAÇÕES ACERCA DA DISPOSIÇÃO DO MOBILIÁRIO.................................. 21
ACERVO...................................................................................26
INTRODUÇÃO ACERCA DA ORGANIZAÇÃO DO ACERVO ................................... 27
REGISTRO....................................................................................................................... 28
CLASSIFICAÇÃO............................................................................................................ 29
ORDENAÇÃO POR AUTOR.......................................................................................... 30
CARIMBOS...................................................................................................................... 33
IDENTIFICAÇÃO NO ACERVO..................................................................................... 35
ORGANIZAÇÃO DO ACERVO NAS ESTANTES ........................................................ 38
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
SERVIÇOS................................................................................42
CIRCULAÇÃO DE MATERIAIS...................................................................................... 43
SERVIÇOS QUE PODEM SER DESENVOLVIDOS PELA BIBLIOTECA ESCOLAR.... 44
DOCUMENTOS DA BIBLIOTECA........................................48
DOCUMENTOS.............................................................................................................. 49
PLANO DE CONTINGÊNCIA................................................50
PLANO DE CONTINGÊNCIA........................................................................................ 51
REFERÊNCIAS........................................................................53
8
BIBLIOTECA
ESCOLAR
9
A biblioteca escolar é entendida
como um espaço de aprendizagem e
tem por objetivo fomentar a leitura a
todos os educandos, possibilitando o
acesso, tornando-se uma alternativa
de inclusão social. De acordo com
Andrade (2005), todos os recursos devem ser mobilizados, a fim
de que este local seja considerado o coração da escola, sendo o
espaço em que o aluno e o professor ampliam seus horizontes de
pesquisa, no qual o cidadão é formado. Portanto, a biblioteca deve
ser um espaço dinâmico, acolhedor e indispensável no ambiente
escolar. Segundo o Manifesto da Biblioteca Escolar elaborado pela
IFLA/Unesco, sua definição é:
11
Ressalta-se que todo bibliotecário deve ter o registro no Conselho
Regional de Biblioteconomia para atuar nas bibliotecas.
As competências do bibliotecário na Rede Pública Estadual
de Ensino de Santa Catarina estão articuladas às funções
dos bibliotecários que irão atuar no Órgão Central, nas
Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) e no Instituto
Estadual de Educação (IEE), conforme a Portaria n. 2.759, de 03
de novembro de 2022, e dos profissionais que irão atuar nas
bibliotecas das unidades escolares. Dessa forma, faz-se a seguinte
distinção das atribuições, de modo geral:
12
ESPAÇO FÍSICO
13
PLANEJAMENTO
Para planejar o espaço físico da biblioteca escolar, você
deve levar em consideração a organização de três ambientes:
espaço do acervo (armazenamento dos materiais), espaço do
atendimento (circulação de materiais) e espaço das atividades
(espaço infantil e espaço de pesquisa/leitura).
Por mais que a realidade da escola não seja a ideal, é
imperativo que essa unidade de ensino tenha uma biblioteca, um
espaço para acolher os estudantes e toda a comunidade escolar,
a fim de promover a leitura, a pesquisa, a integração, o lazer e o
aprendizado, usufruindo das diversas possibilidades que esse
ambiente propicia.
14
A biblioteca precisa estar em um lugar adequado, que seja
compatível com a quantidade de móveis e materiais. Para um bom
atendimento à comunidade, é necessário observar as seguintes
recomendações:
15
Conforme a Resolução do Conselho Federal de Biblioteconomia
(CFB) n. 220/2020:
Art. 1º
§ 2º As bibliotecas escolares devem:
a) contar com espaço físico exclusivo, suficiente e adequado para
o acervo, o atendimento e a oferta de serviços, bem como para a
realização dos serviços técnicos e administrativos;
Art. 2º As bibliotecas escolares assegurarão a observância das
referências legais e pedagógicas de qualidade e acessibilidade
nos seguintes termos:
I – área mínima de cinquenta metros quadrados, com mobiliário
e equipamentos adequados para o atendimento satisfatório da
comunidade escolar.
II – acervo que atenda os seguintes quesitos:
a) um título por aluno matriculado, no mínimo, contemplando a
diversidade de gêneros e estilos literários, com autores nacionais
e estrangeiros.
b) catalogação adequada.
c) acesso irrestrito a toda a comunidade escolar.
III – oferta de serviços adequados e de qualidade, em particular:
a) consulta local ao acervo;
b) empréstimo domiciliar de itens do acervo;
c) atividades de incentivo à leitura;
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Pensando na situação atual das escolas da Rede, em que a
maioria das bibliotecas ocupa um espaço físico de uma sala de
aula de 48 m² e que tem mobiliários similares, apresentamos, a
seguir, dois exemplos:
Exemplo 1, Figuras 3 e 4
 Sala com 48 m², padrão de sala de aula no Estado.
 12 estantes com face simples, encostadas na parede, destina-
das ao Acervo Geral.
 6 estantes com face simples e baixa, destinadas à Literatura In-
fantil.
 3 mesas redondas com 4 cadeiras cada uma, para uso coletivo.
 Espaço para mapas.
 Espaço para leitura com pufes coloridos.
 Mesa e balcão para atendimento.
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Figura 4. Leiaute em 3D para biblioteca escolar de 48 m².
Exemplo 2, Figuras 5 e 6
 Sala com 48 m², padrão de sala de aula no Estado.
 23 estantes com face simples, encostadas na parede, destina-
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Figura 5. Leiaute para biblioteca em sala de 48 m².
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ORIENTAÇÕES ACERCA DA
DISPOSIÇÃO DO MOBILIÁRIO
Caso precise posicionar as estantes enfileiradas, procure
deixar os corredores voltados para a mesa do atendente; assim,
ele poderá visualizar a movimentação dos usuários. Observe as
Figuras 7, 8 e 9.
21
Figura 8. Disposição do mobiliário da Biblioteca da EEB Edith Gama
Ramos (Florianópolis).
22
O uso de expositores (Figura 10) é uma boa ideia para se
comunicar com os usuários, destacando os livros novos, de um
tema ou coleção específica.
Use a criatividade para organizar os materiais. Soluções simples
podem apresentar bons resultados. Veja os exemplos nas Figuras
11 e 12 para a organização de gibis e livros infantis.
As estantes expositoras são uma boa opção para os livros
infantis, pois, além de ficarem ao alcance dos usuários menores,
privilegiam a apresentação das capas (Figura 13).
23
Figura 11. Organização de gibis na Biblioteca da EEB De Muquém
(Florianópolis).
24
IMPORTANTE
25
ACERVO
26
INTRODUÇÃO ACERCA DA ORGANIZAÇÃO
DO ACERVO
A organização do acervo de uma
biblioteca escolar pode ser feita de
diversas formas. Sugerimos dividir
fisicamente o acervo pelas áreas
principais listadas a seguir, podendo,
ainda, ser organizado de acordo com
a classificação por assunto, conforme
apresentaremos posteriormente.
27
REGISTRO
O primeiro passo para a organização do acervo é o registro
do material. É como o CPF das pessoas; cada exemplar receberá
um número próprio que não se repete para outro material, nem
mesmo quando existem vários exemplares do mesmo título.
O número de registro é crescente (00001 a 99.999) e deverá
ser inserido em um dos seguintes suportes:
 Livro de registro.
 Planilha eletrônica (preferencialmente com garantia de
backup).
 Software específico para gerenciamento da biblioteca1.
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O mesmo documento pode ser utilizado no formato de planilha
eletrônica, que possibilita ampliar a descrição dos materiais, a
situação do acervo, assim como facilita localizar um título caso seja
necessário dar baixa ou inserir alguma orientação referente ao
material, pois pode ser usada no computador ou em nuvem.
Pode ser feita uma cópia dessa planilha em formato Planilhas
Google, Excel ou Calc. Sugerimos copiar em formato Google,
pois assim ficará no email @sed2, terá backup em nuvem e o link
poderá ser compartilhado (somente como leitura) para consulta.
No verso da folha de rosto do documento, carimbe o modelo
de carimbo (ver Figura 14, mais adiante) e escreva o número de
registro, data e tipo de aquisição (doação, compra, PNLD Literário)
no campo específico.
O registro de materiais é indispensável para conhecimento
do acervo, planejamento de espaço, aquisição, organização e
descarte. Além disso, é fundamental para o controle da biblioteca,
para saber se alguma obra não compõe mais o acervo, seja por
estar danificada, por perda ou outras eventualidades. Neste caso,
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
CLASSIFICAÇÃO
Com base na Classificação Decimal de Dewey (CDD)3, nas
indicações de leitura do PNLD Literário, em literaturas da área de
biblioteconomia e no material elaborado por Azevedo (2021),
formulamos uma adaptação de classificação para ser usada nas
bibliotecas escolares da Rede. A Classificação Adaptada para BE
e exemplos de aplicação podem ser consultados no Apêndice A.
2 Consulte com a direção da escola a possibilidade de criar uma conta institucional para a bi-
blioteca, assim você terá todos os recursos Google Workspace. Caso não seja possível, pode-
-se criar uma conta pessoal própria para a biblioteca no Google.
3 CDD é um sistema de classificação documentária comumente utilizado em bibliotecas públi-
cas e escolares ao redor do mundo.
29
OBSERVAÇÃO
30
Para que não haja dúvidas quanto à entrada do nome/
sobrenome do autor, deve-se utilizar a Tabela de Autoridades da
Biblioteca Nacional (BN)5; assim, as entradas serão padronizadas
e feitas corretamente.
Antoine Saint-Exupéry 3
S157
Anna Alice dos Santos S237
José Renato da Silva Neto7 S586
Solomon Stoddard S868
Ziraldo Z81
Fonte: Elaboração dos autores, 2022.
31
Isso significa que as obras que estão na mesma classificação,
como literatura brasileira, o primeiro material que irá para a
estante é aquele que inicia a ordem alfabética, com entrada pelo
sobrenome do autor, e os próximos seguem essa ordem (a, b, c,
d, e). Assim será feito em todas as classes de assunto, iniciando
cada uma na letra “a” até “z”.
Caso o material não tenha autoria, deve-se digitar na Tabela
Cutter-Sunborn a primeira palavra do título, excluindo-se os
artigos definidos e indefinidos (o, a, os, as, um, uma, uns e umas).
Para completar a chamada de autor, inclui-se a primeira letra do
título, também excluindo os artigos. Veja o exemplo no Quadro 3.
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Na classificação dos livros
ATENÇÃO infantis, não adotaremos
a numeração da Tabela
Cutter-Sanborn.
CARIMBOS
Em seguida, é realizada a carimbagem dos materiais. Na
Figura 14, há um modelo de carimbo de registro para o acervo da
biblioteca. Para as bibliotecas que têm patrono, sugere-se utilizar
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
Nº registro:___________________
Data: ____/____/____
Nº chamada:________________
Aquisição:__________________
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A Figura 15 apresenta o modelo de carimbo de identificação
do acervo que pertence à biblioteca. Esse carimbo deve ser
colocado na “página segredo” (utilizar a página 7) e, para livros
volumosos, na lateral maior.
Se o livro tiver poucas páginas e não for possível carimbar em
sua lateral, deve-se realizar a identificação da biblioteca na folha
de rosto. A folha de rosto, localizada após a primeira folha do livro,
contém os dados que caracterizam a edição: nome do autor, título
da obra, nome do tradutor, editora e ano (Figuras 16 e 17).
BIBLIOTECA EEB
SENADOR RENATO RAMOS
Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2022 Fonte: Acervo pessoal dos autores, 2022
34
Quando uma obra é descartada e já tem a identificação da
biblioteca, deve-se carimbar na folha de rosto que esse material
não pertence mais à biblioteca (Figura 18). Lembrando que o
descarte deve ser feito baseado na Política de Desenvolvimento
de Coleções da Rede.
IDENTIFICAÇÃO NO ACERVO
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A Figura 20 apresenta a classificação do assunto em uma
etiqueta de lombada; demonstra vários títulos diferentes de um
mesmo autor.
O menino Pedro e seu boi O menino que virou A menina que vivia perdendo
voador – Ana Maria Machado. escritor – Ana Maria – Ana Maria Machado.
Classificação (geral) + Autor = Machado. Classificação Classificação (geral) + Autor
INF1 FAN. (geral) + Autor = INF2 AVE. = INF3 VAL.
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 Copiar o modelo de etiqueta em editor de texto, preencher
por unidade e imprimir em folha de etiqueta inteira autoade-
siva para recorte.
 Utilizar um software de modelo de etiqueta, preencher por uni-
dade e imprimir na folha de etiqueta autoadesiva correspon-
dente.
 Gerar em software específico de gerenciamento de bibliotecas
e imprimir em papel ou etiqueta.
37
ORGANIZAÇÃO DO ACERVO NAS ESTANTES
Os materiais devem ser organizados na estante da esquerda
para a direita, de cima para baixo. Entre um assunto e outro,
deixar espaço para a inclusão de novos materiais que porventura
cheguem e para o manuseio dos livros, conforme Figura 22.
Sugerimos deixar o espaço de um palmo na prateleira.
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IDENTIFICAÇÃO DAS ESTANTES
E SINALIZAÇÃO
A sinalização tem como finalidade permitir que a comunidade
escolar encontre a informação necessária por meio de sinais e
mensagens. As principais sinalizações de uma biblioteca são para
o acervo, os setores e os serviços.
Para sinalizar a localização dos materiais, sugerimos fixar
etiquetas ou cartazes com a descrição do assunto ou cores nas
prateleiras das estantes, como nos exemplos das Figuras 23 e 24.
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Figura 24. Exemplos de etiqueta de prateleira de estante das EEB
Porto do Rio Tavares (Florianópolis) e Profa. Emérita Duarte Silva e Souza
(Biguaçu).
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Figura 25. Exemplo de cartaz de boas-vindas da Biblioteca da EEB
Edith Gama Ramos (Florianópolis).
BOA
IDEIA!
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SERVIÇOS
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CIRCULAÇÃO DE MATERIAIS
A circulação é o setor responsável pela movimentação do
acervo, como empréstimo, devolução, renovação e reserva de
materiais. O empréstimo de materiais deve ser controlado pelo
atendente da biblioteca, isto é, todo material emprestado precisa
ser registrado em planilha ou software (caso a biblioteca os utilize).
Elaboramos um modelo de planilha para o controle da circulação
do acervo (Quadro 4).
Essa planilha pode ser impressa e colada ou copiada em um
livro de registro (livro de atas, pautado e numerado).
É possível também utilizar a planilha em formato eletrônico. Dessa
forma, possibilita a verificação da situação do acervo de maneira
mais rápida e fácil: se está emprestado, renovado ou atrasado.
Sugere-se copiar em formato Google, visto que ficará no e-mail
@sed, terá backup em nuvem, bem como facilitará a consulta. Pode
ser usada no computador ou em nuvem em formato planilhas
Google, Excel ou Calc.
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O controle de materiais é indispensável para o conhecimento
do acervo e o planejamento de aquisição e de descarte. Além
disso, ele é importante para a estatística de uso de materiais e a
identificação da quantidade de livros emprestados, dos leitores
mais ou menos assíduos, etc. Para formalizar a circulação, pode-se
elaborar um Relatório (semanal, quinzenal, mensal ou anual) que
demonstre a quantidade de livros emprestados, renovados, bem
como o número de leitores.
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 Empréstimos domiciliares: serviço de empréstimo, renovação
e reserva de materiais para a comunidade escolar. Ver o item
“Regulamento”, no capítulo “Documentos” deste manual.
 Orientação à pesquisa: orientar os usuários quanto ao uso de
fontes de informação e à elaboração de trabalhos acadêmicos.
O professor poderá comunicar o tema da pesquisa antecipa-
damente ao atendente para que ele verifique se há disponibi-
lidade do assunto na biblioteca e selecione os materiais indi-
cados.
 Atividades escolares: a biblioteca poderá ser utilizada para ati-
vidades didáticas, como aulas e pesquisas, com uma agenda
predefinida, para que todos os professores e turmas possam
utilizar o espaço.
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 Educação de usuário: as atividades de educação de usuário
(estudantes, professores/equipe técnica e funcionários) visam
justamente a habilitar os usuários para o bom uso dos recur-
sos informacionais. Deverá ser realizado um treinamento com
os usuários para explicar o funcionamento da biblioteca, ob-
servando-se as características de cada escola (CREs). O trei-
namento poderá ser feito por meio de visitas orientadas à bi-
blioteca, agendamentos e/ou exposição pelo bibliotecário ou
atendente em sala de aula, orientação para a elaboração de
trabalhos escolares, instruções para o uso de fontes de infor-
mação (livros, bases de dados, etc.), entre outras atividades.
 Atividades culturais: a biblioteca pode promover atividades,
como: concursos de redação, teatros, bailes, saraus, palco pa-
ra canto, oficinas culturais, etc. Esses tipo des atividade têm o
intuito de promover a integração cultural e social da comuni-
dade.
 Bate-papo com o autor: pro-
mover o encontro de autores
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 Promoção de cursos e oficinas: a biblioteca pode buscar par-
cerias para oferecer cursos, como: conserto de livros, contação
de histórias, oficina de teatro, de máscaras, de escrita, de arte-
sanatos, etc.
 Saraus: organizar saraus com poetas, músicos e membros da
comunidade escolar para apresentação na escola/biblioteca.
 Concursos: organizar e realizar concursos de poesia, conto, de-
senho, pintura e artes em geral.
 Gincanas do livro: fomentar gincanas educativas junto à comu-
nidade e à escola, cuja finalidade principal seja a obtenção de
obras para o acervo das bibliotecas, integrando a comunidade
escolar.
47
DOCUMENTOS
DA BIBLIOTECA
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DOCUMENTOS
Para que a biblioteca escolar possa desempenhar sua função
promovendo acesso à informação igualitária a toda comunidade
escolar, apresentamos a seguir alguns documentos que ajudarão
a fortalecer o seu papel.
49
PLANO DE
CONTINGÊNCIA
50
PLANO DE CONTINGÊNCIA
O Plano de Contingência das
Bibliotecas da Rede Pública Estadual de
Ensino de Santa Catarina foi desenvolvido
para direcionar as ações das unidades
integrantes em casos especiais.
O objetivo é definir os procedimentos que deverão ser
seguidos no caso de contingência, de modo a impedir a
descontinuidade dos acessos e serviços em casos emergenciais.
Foram definidas estratégias e planos de ação com o intuito de
agir preventivamente e conhecer o procedimento adequado
em situações que não são comuns ao funcionamento normal da
biblioteca, visando a garantir que os serviços e acessos essenciais
sejam preservados da melhor forma possível após a ocorrência de
um imprevisto.
O Plano de Contingência prevê ações que duram até o retorno
à situação normal de funcionamento das bibliotecas.
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 Devolução de materiais: os materiais a serem devolvidos se-
rão recebidos pelos atendentes e ficarão separados até que a
energia, o sistema ou a internet sejam restabelecidos, a fim de
dar baixa no sistema.
 Pesquisa no acervo: a pesquisa no acervo será feita com o au-
xílio das plaquetas de assuntos fixadas nas estantes.
Horário de funcionamento
 Greves do transporte coletivo: em caso de greve no transporte
coletivo ou outra que comprometa o funcionamento dos servi-
ços da escola, o atendimento será mantido no horário defini-
do pela gestão da escola. O atendimento será realizado com
equipe suficiente para a execução dos serviços à comunidade
escolar.
 Desastres naturais: em caso de desastres naturais, o atendi-
mento será realizado no horário definido pela gestão da esco-
la. Somente será suspenso o atendimento em caso de impossi-
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Emergências
Em casos de emergências, como acidentes de trabalho,
incêndio, assalto, etc., deve-se comunicar a gestão escolar.
Casos omissos
Os casos omissos no presente Plano serão resolvidos pelo
bibliotecário lotado na CRE e pelo responsável da biblioteca, em
comum acordo com a Gestão ou a Coordenação Pedagógica da
Unidade Escolar, respeitando o Projeto Político Pedagógico.
52
REFERÊNCIAS
53
ANDRADE, Maria Eugênia Alvino. A biblioteca faz a diferença. In:
CAMPELLO, B. S. A biblioteca escolar: temas para uma prática
pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
54
IMS – Instituto Moreira Salles. Biblioteca de Fotografia do IMS
Paulista. Dando jeito nos livros. Instituto Moreira Salles, 11
mai. 2020. Disponível em: https://ims.com.br/2020/05/11/para-
arrumar-a-biblioteca-dicas-da-biblioteca-de-fotografia-do-ims/.
Acesso em: 28 abr. 2022.
55
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. Biblioteca escolar
como espaço de produção do conhecimento: parâmetros para
bibliotecas escolares: documento complementar 1: espaço físico.
Belo Horizonte: UFMG, 2016. Disponível em: https://files.cercomp.
ufg.br/weby/up/366/o/padroesparabibliotecasescolares.pdf.
Acesso em: 24 mar. 2022.
56
APÊNDICE A
CLASSIFICAÇÃO
ADAPTADA PARA
AS BIBLIOTECAS
ESCOLARES
57
Com base na Classificação Decimal de Dewey (CDD)1, nas
indicações de leitura do PNLD Literário, em literaturas da área de
biblioteconomia e no material elaborado por Azevedo (2021),
formulamos uma adaptação de classificação para ser usada nas
bibliotecas escolares da Rede. A listagem apresenta um sistema de
cores e códigos alfanuméricos, conforme apresenta o Quadro 5.
58
O Quadro 6 mostra as classes e seus respectivos assuntos de
modo geral.
CLASSE ASSUNTOS
000 Referências (Enciclopédias, Dicionários; Atlas; Manuais;
Guias)
000 Obras Gerais, Ciência da Computação e Informação
100 Filosofia e Psicologia
200 Religião
300 Ciências Sociais
400 Linguagem e Línguas
500 Ciências Naturais e Matemática
600 Tecnologia (Ciências Aplicadas)
700 Artes
800 Literatura e Retórica
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
59
000 Referências (Enciclopédias, Dicionários; Atlas; Manuais;
Guias)3
R010 Manuais, guias, bibliografias
R030 Enciclopédias gerais
R423 Dicionário de inglês
R423.69 Dicionário de inglês/português
R433 Dicionário de alemão
R433.69 Dicionário de alemão/português
R443 Dicionário de francês
R443.69 Dicionário de francês/português
R453 Dicionário de italiano
R453.69 Dicionário de italiano/português
R463 Dicionário de espanhol
R463.69 Dicionário de espanhol/português
R469.3 Dicionário de português
R912 Atlas, mapas, cartas, plantas
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3 Use a letra “R” na frente da classificação dos materiais de referência, como enciclopédias,
dicionários, atlas, etc.
60
100 Filosofia e Psicologia
100 Filosofia
120 Epistemologia
150 Psicologia
158.1 Autoajuda/aperfeiçoamento pessoal
160 Lógica
170 Ética
180 Filosofia antiga
190 Filosofia moderna
200 Religião
200 Religião Cristã
220 Bíblia
230 Cristianismo. Teologia cristã
270 História do cristianismo
290 Outras religiões
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61
350 Administração pública
360 Serviço social
370 Educação
370.15 Psicologia educacional
370.19 Sociologia educacional
370.1931 Educação comunitária
370.19346 Educação do campo
371 Administração escolar
371.1 Professores – Pessoas da educação
371.26 Avaliação educacional
371.3 Didática
371.35 Ensino a distância
371.4 Orientação educacional
371.8 Estudantes
371.9 Educação especial
372 Ensino fundamental
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
62
400 Linguagem e Línguas
400 Línguas
410 Linguística
420 Inglês
430 Alemão
440 Francês
450 Italiano
460 Espanhol
469 Português
470 Latim
480 Grego
490 Outras línguas
491 Línguas asiáticas
496 Línguas africanas
498 Línguas indígenas
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
700 Artes
700 Artes
710 Paisagismo
720 Arquitetura
730 Artes plásticas
740 Desenhos e Artes decorativas
750 Pinturas
760 Artes gráficas
770 Fotografia
780 Música
64
790 Artes recreativas e de representar. (Teatro. Cinema.
Danças. Lazer. Recreação)
794.17 Xadrez
794.81526 Jogos eletrônicos
795 Jogos de sorte. Jogos de carta
796 Esportes. Educação física
65
INF LITERATURA INFANTIL
(1° AO 5° – ANOS INICIAIS)
INF + número + sigla do gênero (ver Quadro 7)
Exemplo: INF3 HQ
INF1
Leitor iniciante.
Recomendação: 1° e 2° anos iniciais.
Etiqueta cor VERDE
Predomínio de imagem. Sem texto ou pouco texto. Letras em caixa alta.
INF2
Leitor autônomo.
Recomendação: 3° e 4° anos iniciais.
Etiqueta cor AMARELO
Desenhos e textos maiores, parágrafos ocupando até meia folha.
Textos em várias páginas com desenhos, em média 50 páginas ou
mais.
INF3
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
Leitor fluente.
Recomendação: 5° ano inicial.
Etiqueta cor AZUL
Textos de página inteira e desenhos.
66
Quadro 7. Gênero literário – literatura infantil.
SIGLA GÊNERO
AFRO Lendas e histórias africanas
AVE Aventura
CAN Cantigas e parlendas
Lendas e contos de outras culturas (grega, chinesa, japonesa,
CUL
judaica, etc.)
DIA Diário
EDU Educativo e informativo
FAB Fábula e fantasia
FOL Folclore, lendas e cultura popular brasileira
HQ História em quadrinhos e gibis
HUM Humor (comédia)
IND Lendas e histórias indígenas
POE Poesia, poema, rima e cordel
REC Receitas
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
REL Religioso
TER Terror (bruxas, fantasmas, monstros assustadores)
VAL Valores (ética e relações familiares)
Fonte: Elaboração dos autores, 2022.
67
JUV LITERATURA JUVENIL
(6° AO 9° – ANOS FINAIS)
JUV + sigla do gênero (ver Quadro 8)
Exemplo: JUV AVE
JUV AVE
P853a
SIGLA GÊNERO
AFRO Lendas e histórias africanas
AVE Aventura
M A N U A L PA R A B I B L I OT E C A S E S C O L A R E S DA R E D E P Ú B L I C A E S TA D U A L D E E N S I N O D E S A N TA C ATA R I N A
BIO Biografia
CAR Carta
CON Contos
CRO Crônicas
CUL Lendas e contos de outras culturas (grega, chinesa, japonesa,
judaica, etc.)
DIA Diário
DRA Drama
ENS Ensaio
FAB Fábula e fantasia
FIC Ficção
FOL Folclore, lendas e cultura popular brasileira
HQ História em quadrinhos e gibis
HUM Humor (comédia)
68
IND Lendas e histórias indígenas
MEM Memória
POE Poesia, poema, rima e cordel
REC Receitas
REL Religioso
ROM Romance
SUS Suspense (mistério)
TEA Teatro
TER Terror (bruxas, fantasmas, monstros assustadores)
Fonte: Elaboração dos autores, 2022.