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IDADE MÉDIA – OCIDENTE

Profª. Angélica Kohls Schwanz

Europa – Idade Média

Idade Média – séculos VI a XV


“Idade das trevas”?
EUROPA Império Bizantino Alta Idade Média - entre os sécs. VI – X
Baixa Idade Média – entre os sécs. XI - XV

Idade Média : - Atividade comercial; Características gerais


● Guerras - invasões bárbaras,
- Ruralização; - Esplendor Cultural; ● crises da agricultura,
- Fragmentação política; - Centralização ● epidemias,
● imposição da Igreja,
- Feudalismo Administrativa ● inquisição em relação aos hereges,
● centralização da economia restrita aos feudos,
● desigualdade social

Em ambos a religião cristã predominou Para Jacques Le Goff a Idade Média foi “... uma
época que não foi de trevas nem imune ao
Arte e arquitetura se voltaram para os temas religiosos
progresso; ao contrário, foi uma época fértil de
invenções vitais e importantes ...” .(LE GOFF, 2007,
capa)

Alta Idade Média – sécs. V - X


Europa – Idade Média
Suseranos e vassalos
● Sistema de governo Rei
Feudalismo – Clero, nobreza e povo - escambo
IDADE MÉ DIA

● Filosofia – inclui os temas religiosos cristãos:


– beleza é a luz superior, o Poder Divino Sociedade

● A arte – grande variedade de estilos devido à influência dos povos 1. Nobreza feudal
(senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes)
chamados invasores – restrita aos mosteiros e conventos
2. Clero
- Abandono dos ideais clássicos 3. Servos (camponeses) e pequenos artesãos.

- Bárbaros: Preocupação decorativa/sem figuras humanas

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As cidades imperiais
Economia:
Agricultura – troca (escambo)
- Campo – propriedades de até 5.000 ha (quintas):
Artesanato
centro: Catedral, abadia e castelo – “CORTE”

IDADE MÉ DIA
Religião:
Igreja Católica (reino de Deus e não às questões terrenas)
3 partes: Terras do senhor, fazendas para camponeses e
communia
Guerras:
CIDADES ROMANAS
Séc. III – início das invasões
Ruínas das termas, teatros... Refúgio (fortalezas)
Séc. V – Norte – invasões bárbaras
- Igrejas cristãs e episcopados – fora dos muros e próximas aos
Séc. VII – isolamento túmulos

Séc. X – renascimento urbano - Surgem as comunidades urbanas - comércio

Aldeias rurais
Formação urbana espontânea
Crescimento da população – (artesãos e mercadores)

IDADE MÉ DIA
Palácio fortificado de Diocleciano, séc. IV, Croácia
spalato

1. CIDADES-ESTADO Séc. XI - explosão urbana

Final invasões
Cidade fortificada (burgo)
Segurança
Subúrbios
IDADE MÉ DIA

Técnicas agrícolas
Retomada da produção e comércio
Comuna – poder público
2. TERRITÓRIOS AGRÍCOLAS
Poder civil, poder religioso
Cortes – crise (auto-suficientes)
Dependência do campo
Sécs. XIII e XIV
- Criação de novas cidades: (bastides, poblaciones e
algumas cidades alemãs
- Liberdade
- Magistrado eleito

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FUNDAÇÃO E MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS
DIVISÃO DAS CIDADES MEDIEVAIS
1. Lineares, circulares, radiocêntricas, tabuleiro
Sem regras ou modelo
Cinturão de muros (traçado irregular e arredondado) Estradas, abadias, castelos
Bairros compactos Influências: terreno, tradição local, simbolismo do sagrado
Casas em altura

São Gimignano, Itália

Ortogonal
MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS Mais ao final da Idade Média: Itália

PLANOS E RUAS:

Irregularidade
e continuidade

Formas variadas:
Linear, circular

Mirande, França

Viterbo, Itália

Berna, Suíça

Fundação: 1191 AMBIENTE URBANO

Muros
Fontes

Criação de animais
agricultura
- problemas de salubridade

Ruas irregulares: usos diversos

Praças – principal:
Acesso lateral

Bruges, Bélgica

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MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS
MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS

1. Continuidade: Casas:
Praças Vários andares, sacadas,
Mercado Arcadas e pórticos
Sedes administrativas
Estatutos da comuna

Palácio Provincial, Bruges, Bélgica

MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS


MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS
2. Espaços públicos: complexidade

Episcopado
Governo
Ordens religiosas
Corporações

Vários centros:
Religioso
Civil
Comercial

Siena, Itália Praça Comunal, Siena, Itália

MORFOLOGIA DAS CIDADES MEDIEVAIS Ordens Cristãs – a partir séc. XIII


Franciscanos, dominicanos, servitas

3. Centros
concentração

2 poderes

Siena, Itália Gubbio, Itália

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Rothenburg, Alemanha
Regulamentação urbana (fundador)

- Plano
- Ruas
- Marcação dos lotes
- Material
- Permissão para construir – taxas

Controle dificultado pela vida nas ruas

- Desapropriação (fortificações)

Rothenburg ob der Tauber , Alemanha


San Gimignano, Itália

IDADE MÉ DIA

Vikings Noruegueses
Alta Idade Média – séculos VI a X

1. Arte nos mosteiros e conventos


●Artífices e entalhadores
Monges – admiração pela arte do mundo antigo – através das
bibliotecas Estilo animalista:
Corpos de dragões contorcidos ou aves
entrelaçadas – provável função mágica
Tentativas de ressuscitar a arte – frustradas pelos “bárbaros”:
afastar espíritos
teutônicos, godos, vândalos, saxões, suevos e os vikings
Influência entre os monges na Irlanda e na
● Invasões – no campo os castelos e muralhas eram destruídos Inglaterra
Construções eclesiásticas permaneciam

2. Arte dos invasores

– devido ao nomadismo: joias, pequenos objetos Cabeça de Dragão, c. 820 d.C


Madeira entalhada, encontrada em Oseberg, Noruega

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Manuscritos - ILUMINURAS ● Padrões compondo formas humanas
● Gosto pessoal do artista
- Jogo entre orgânico e geométrico
Inglaterra e Irlanda - Simetria relativa
- Repetições de cor e forma
Irlandeses – mosteiros – sedes de
aprendizado das artes

● Cópias da Bíblia para evangelizar – objeto


sagrado – beleza reflete a importância do
conteúdo

● Complexa harmonia de desenho e cor

● Habilidade e técnica

Página dos evangelhos Lindisfarne, c. 698 d.C São Lucas, de um evangelho manuscrito, c. 750 d.C,
Britsh Library, Londres Stiftsbibliothek, St. Gallen

ARQUITETURA
Escultura
Diminuição das invasões
● Inabilidade na concepção do corpo Poder da Igreja
humano Poder dos reis – nível local
Vida social das cidades para o
Em qualquer parte durante a Idade campo
– produção artística quase nula
Média

●Igrejas e campanários – imitando


trabalho em madeira

A crucificação, bronze, século VIII, Museu nacional , Irlanda


Igreja de Todos os Santos, Earls Barton,
Northamptonshire, 1000 d.C

Império Carolíngio (séc. VIII – séc. IX)


Império Carolíngio (séc. VIII – séc. X)
Império de Carlos Magno – Sacro Império Romano-Germânico

União entre a Igreja e o poder real: pouco tempo de poder político

Destaque para as artes e a arquitetura:

● Restaurar antiga Civilização Romana

● Desenvolvimento da forma de escrita atual – Caracteres Romanos

● Incentivo aos mosteiros

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● Capela da Catedral de Aachen – semelhante a Saint Vitale, Ravena - séc. VI
- Arquiteto Odo de Metz
- Colunas e grades de bronze - importadas da Itália
- Interiores decorados

Capela do Palácio de Carlos Magno, Aschen,


Alemanha, Hoje parte da Catedral de Aachen Trono de Carlos Magno, Aschen, Alemanha

Arquitetura Carolíngia Arquitetura Carolíngia

Igrejas carolíngias:
Murais, mosaicos e esculturas em relevo,
ARQUITETURA
paredes grossas, poucas aberturas

Igreja de Germigny-des-Près, França


Igreja de S. Miguel de Hildesheim, Saxônia, c. 1033

Manuscritos e capas de livros


Arte carolíngia
Tradição romana
Manuscritos e capas de livros Conteúdo e mensagem sagrada-representação
Expressão

Apenas livros e pequenas obras

- Rosto de Jesus se aproxima da arte


primitiva
- Sem expressão de sofrimento

Frontispício dos evangelhos de Lindau, 870 d.C.


Morgan Pierpont Library, Nova York São Mateus, evangelho manuscrito, c. 800 d.C São Mateus, evangelho manuscrito, c. 830 d.C
Provavelmente pintado em Aachen Provavelmente pintado em Reims

Egípcios: o que sabiam; os gregos: o que viam; idade média: o que sentiam
Idade Média- Arte Carolíngia (Gombrich, 2001)

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Escultura

Baixa Idade Média – séculos XI ao XV


Arquitetura Românica – Baixa Idade Média
Papa Gregório Magno “a pintura pode fazer pelo analfabeto o que a escrita faz
pelos que sabem ler” (Séc. IV)
A partir do século XI

● Controle das invasões

● Triunfo do Cristianismo na Europa

● Renascimento do comércio, abertura de rotas comerciais


no Mediterrâneo - Cruzadas

● Novas cidades

● Igreja para combater as forças do mal na terra


Adão e Eva depois da queda, 1015
Das portas de bronze da Catedral de Hildesheim
IGREJA MILITANTE

Arquitetura Românica – séc. XII ARQUITETURA ROMÂNICA


Abadias e mosteiros
Igrejas - toda a Europa

- Robustas e compactas

- Tetos abobadados experimentos e


cálculos para substituir os tetos de
madeira

- Poucos ornamentos

- Poucas janelas

Abadia de Cluny, Borgonha, Séc. X


Igreja Beneditina de Murbach, Alsácia c. 1160

Abadia Cisterciense
1 Altar Maior 21 Passo dos monges exterior
2 Capelas laterais 22 Escritório ou sala dos monges
3 Sacristia 23 Sala dos noviços
4 Escada de maitines 24 Calefação com chaminé
(Matutinum - amanhecer) 25 Refeitório dos monges
5 Portada dos mortos 26 Púlpito do leitor
6 Clausura 27 Torno
7 Coro dos monges 28 Cozinha
8 Banco dos enfermos 29 Despensas
9 Porta dos monges 30 Auditório dos conversos
10 Coro dos conversos 31 Refeitório dos conversos
11 Porta do corredor dos 32 Passo dos conversos
conversos 33 Bodega
12 Nártex 34 Escada dos conversos
13 Claustro regular com poço 35 Dormitório dos conversos
central e o lavatório 36 Latrinas dos conversos
14 Armário dos livros
15 galeria dos bancos
16 Sala capitular
17 Escada dos monges
18 Dormitório dos monges
19 Latrinas dos monges
20 Auditório dos monges

Abadia de Fontenay, França, 1119


Esquema de uma abadia Cisterciense Vista, dormitório e claustro

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Abóbadas de aresta – maior leveza na estrutura
ARQUITETURA ROMÂNICA – Normandia e Inglaterra

(Estilo Normando)

- Abóbadas de berço:
Paredes e pilares robustos
- Abóbadas de túnel ou “canhão seguido”
- Pilares cruciformes

Saint Sernin, nave central, Toulouse, Catedral de Tournai, Bélgica, 1171


França 1080- 1120

Arquitetura Românica: Inglaterra


Aberturas, iluminação, elevação Arquitetura Românica: França
No Início a decoração era mínima

Catedral de Durham e detalhe da nave, Inglaterra, 1093-1128 Igreja da Abadia de Saint Ettiénne, Caen, iniciada
em 1068

França – ideias mais ousadas


Pilares cruciformes
Planta em cruz latina
Transepto – braços transversais
Utilização do Módulo ou
unidade básica
Harmonia na articulação
Níveis diferentes dos telhados

Saint Sernin, fachada e Planta, Toulouse, 1080- 1120

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Contrafortes
Torre (cruzeiro)
Arcada separando as alas da nave

Saint Sernin, Toulouse, 1080- 1120 Saint Sernin, Toulouse, França


Gótico - Românico

França
“Decoração” – finalidade educar
Tímpano: Simbologia
Alta Idade Média ROMÂNICO

Elevadas proporções
(S. Marcos, S. Mateus, S. João e S. Lucas)
Abóbadas, arcos, colunas e pilastras
Ritmo – em direção a abside

Nave central Saint Sernin Igreja de Saint Trophime, e detalhe do tímpano da


entrada, Arles, 1180

Arte Românica
Itália Santiago de Compostela - Espanha
Maior leveza que no resto da Europa

- Frontões e arcadas
- Características das basílicas
- Campanário – Torre de Pisa

Catedral de Pisa, Batistério e Campanário 1053-1272 Santo Apolinário, Ravena, séc. VI

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Escultura
França e norte da Espanha (Santiago de Compostela) Pintura
Atrair os fiéis leigos
Pórticos, arcadas, pilares, capitéis, - Pouca variação da carolíngia e otoniana
- Continuidade – iluminuras
Grécia – Arcaico - Linearidade e contornos simples
Bizantinos - Influenciaram outros tipos de expressões:
Romanos
Tapeçaria e vitrais

Curvas – mouriscos
Animais - irlandeses
São João Evangelista, Evangelho do Abade, antes
de 1147, Iluminura, Avesnes, França
Saint Sernin,Toulouse Portal Sul, Saint Pierre,
Apóstolo, 1090. Moissac, início séc. XII

Meados século XII - última fase


Vitrais
Mudança – escultura e pintura
Nicolas de Verdun
Liberdade na composição das despertar para um novo interesse: o
Formas e das cores: homem
e o mundo natural
Não havia necessidade de
imitação do real

Dourados, azuis, vermelhos

A anunciação, meados século XII,


Catedral de Chartres
Nicolas de Verdun, A travessia do mar vermelho,
1181

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