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Lavra de rochas ornamentais

▪ Existem aproximadamente 600 tipos comerciais


de rochas ornamentais, sendo que 57% são
granitos e 17% são mármores e travertinos. O
restante inclui ardósias (8%) e quartzitos (5%).

▪ Os estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia


são o maiores produtores nacionais, com o
equivalente a 70% do total nacional.
▪ Há alguns anos o crescimento da construção civil provocou
um aumento no consumo de rochas ornamentais, já que
mármores e granitos são bastante utilizados como
revestimento de ambientes externos e internos.

▪ Neste caso, o que importa não é o teor do minério de


interesse e sim seu valor estético, resistência, durabilidade,
facilidade de aplicação e custo de manutenção.

▪ A lavra das rochas ornamentais é um processo extremamente


caro. O custo por tonelada extraída é 40 vezes maior do que
em uma cava comum.

▪ O método é bastante seletivo, mas com baixa produtividade.


▪ A lavra das rochas ornamentais ocorre em blocos inteiros,
sendo assim, o desmonte com explosivos é utilizado somente
para geração de zonas de fraturas, para desprendimento dos
blocos.

▪ A industrialização dos blocos inclui o “desdobramento”, onde


os blocos são serrados em chapas posteriormente submetidas
ao polimento.

▪ Os blocos também podem ser serrados em tamanhos menores


ou torneados em forma de coluna.
As etapas de prospecção, assim como para qualquer outra
ocorrência mineral, devem ser adequadamente executadas,
de maneira a avaliar com um grau de confiança aceitável, os
recursos disponíveis.
▪ Exige pouco conhecimento técnico.

▪ Baixo custo de operação e pouco investimento inicial


necessário.

▪ É bastante semelhante à lavra de matacões, porém com


equipamentos maiores para a limpeza das praças.
▪ Na Itália existem matacos com até 100m³.

▪ O corte pode ser manual ou por explosivos.

▪ Desvantagens: pequena vida útil e operações de curto prazo.

▪ Vantagens: baixo custo, alta recuperação e baixo impacto


ambiental.
▪A primeira etapa do desenvolvimento é a
descobertura do solo e do manto de alteração.

▪ Como a recuperação é baixa por causa da


maneira como os blocos são cortados, deve haver
um cuidado maior na previsão da área de
deposição de estéril.
▪ A lavra deve ser orientada de acordo com o
comportamento das camadas e planos de falha,
para aumentar a recuperação.

▪ O explosivo utilizado deve ter baixa velocidade


de detonação e grande quantidade de gases,
de modo que a fragmentação dos blocos seja a
menor possível e estes sejam somente
deslocados, assim como no pre stripping.
▪ O primeiro passo é a construção de uma linha de furos
horizontais na base do bloco, chamados furos de levante.

▪ Espaçamento de 8 a 10cm
▪ Comprimento de 0,8 a 1,0m

▪ A perfuração pode ser feita por meio de marteletes


hidráulicos convencionais ou por uma linha deles (slot).

▪ Os furos verticais devem ter entre 8 e 10m de comprimento


e devem acompanhar os falhamentos.
▪ Furação com sobreposição, geralmente
em “slot”.

▪ Desvantagem: excesso de furos →


desgaste de ferramentas, principalmente
em rochas mais duras.

Talho Contínuo
Velocidade de Corte 3 m/h
Diâmetro 1.5”
Tempo inativo 20 a 25%
▪ O corte é feito com uma espécie de lança com chama de
1600°C na extremidade.

▪ Abre-se uma fenda com 10 a 20cm de largura e até 6m de


comprimento. Várias fendas formam um corte em formato de
gaveta.

▪ Desvantagens: alto ruído e emissão de poeira; esteriliza o


material no entorno do corte e o uso é limitado a materiais de
quartzo.
▪ Conjunto de 3 cabos de aço torcidos acionados por roldanas.
Envolta dos cabos é colocado algum material abrasivo que
consiga romper a rocha.

▪ Os cabos podem ter comprimentos variando entre 500 e


3.000m e a cada 30m o sentido de giro é invertido.

▪ Em muitas pedreiras o fio helicoidal foi substituído pelo fio


diamantado.
▪ Composto por fios flexíveis de aço inoxidável com 5mm de
diâmetro, sobre os quais são colocadas pérolas diamantadas
de 11mm de diâmetro.

▪ Cada metro do cabo pode conter de 32 a 40 pérolas, em


trechos de até 70m.
▪ Equipamento com lança telescópica dotada de bico injetor,
de onde sai a água pressurizada que realiza o corte. O jato
pode ser de água “pura” ou com abrasivos (jato abrasivo).

▪ O rendimento do water jet é 2 ou 3 vezes maior do que o dos


outros métodos. No entanto, sua utilização não é muito
recomendada devido ao alto consumo de água.
Método Vantagem Desvantagem
Water Jet Automático, nível de ruído reduzido, sem Requer elevado
danos à rocha. Aumento em investimento capital e alto
recuperação e na produção. consumo de água

Furação com slots Não danifica a rocha a menos que a Poeira, ruído, desgaste
perfuração seja mal executada. físico e dificuldade
operacional.
Explosivos Rápido e versátil Poeira, ruído, desgaste
físico e dificuldade
operacional.
Flame jet Nenhuma. Não
regulamentado.Poeira,
danifica a rocha, baixa
produção, necessita
compressor de ar.

Fio diamantado Nível de ruído reduzido, não danifica a Alto custo com
rocha manutenção
▪ Explosivos:

Tipo UEE Componentes % Vantagens


Pólvora de mina #1 Nitrato de potássio 75 Mais rápida, mais
Carvão 15 potente menos
Enxofre 10 higroscópica

Pólvora de mina #2 Nitrato de sódio 75 Mais barata


Carvão 15
Enxofre 10
▪ Cimento expansivo:

▪ Os furos são preenchidos com o cimento e água. Esta mistura se


expande rompendo a rocha.

▪ O cimento expansivo é bastante utilizado em zonas urbanas.

▪ Tem custo elevado.


▪ Cunhas

▪ O primeiro passo á a execução de furos próximos em linha.

▪ Após a perfuração, são instaladas cunhas nos furos e estas irão


fragmentar a rocha quando submetidas à pressão.
Disposição de estéril em ponta de aterro e em pilhas com
compactação.

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