Alma

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Alma
O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo
denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou
no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a
individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma
pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exactamente
como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria
pessoa) (Lv 11:43; 1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo
Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem
em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência
consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a
possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade
consciente.


Aramaico

A língua do povo de Arã. Ela propagou-se por toda parte, exerceu influência
sobre o hebraico, sendo no tempo de Jesus Cristo a língua popular da
Palestina. As conquistas dos árabes destruíram a posição que o aramaico
conservava.


Judas
É a forma grega da palavra hebraica Judá. 1. Filho de Jacó (Mt 1.2,3). 2. Um
habitante de Damasco, em cuja casa foi Saulo recolhido (At 9.11). Era na ‘rua
que se chama Direita’, ou na rua dos Bazares, que desde a porta do sul se
estendia até ao centro da cidade. Ainda hoje se mostra aos viajantes uma
‘casa de Judas’. 3. Judas, chamado Barsabás, talvez irmão de José Barsabás.
Era membro da igreja de Jerusalém (At 15.22 e seg.). Ele foi escolhido para ir
com Paulo e Barnabé, como delegados, à igreja de Antioquia, com o fim de
informarem os crentes cristãos sobre a resolução dos Apóstolos em
Jerusalém, de que não era necessário ser observada a Lei pelos gentios. Tinha
dons proféticos, gozava de grande consideração entre os seus irmãos na fé, e,
segundo a tradição, tinha ele sido um dos setenta discípulos. E nada mais se
sabe a respeito dele. 4. Judas, de Galiléia (At 5.37). No ano 6 ou 7 da era
cristã, opôs-se ao registo do povo, feito por Quirino (Cirênio), na Judéia. Este
alistamento efetuava-se com o fim de lançar impostos, e por isso era uma
medida impopular. Nessa ocasião Judas, habitante de Gamala, conseguiu que
o povo se revoltasse contra as autoridades, sendo a sua divisa ‘não temos
outro mestre e senhor: só Deus’. E clamava Judas que pagar o tributo a César
e reconhecer, de qualquer maneira, uma autoridade estrangeira era uma
traição a Deus e à Lei de Moisés. Um considerável número dos seus
partidários, os gaulonitas, como se chamavam, julgaram que ele era o
Messias. Todavia, ele nada pôde fazer contra o poder de Roma – e ainda que
por algum tempo assolou o país, foi por fim morto – e, dispersos os seus
seguidores, recebeu o movimento o seu golpe de morte com a ruína total da
nação. Embora os seus métodos fossem errados, e impiamente tivesse
assumido o lugar de Messias, deve Judas ser considerado como um herói
nacional, amante da sua pátria. 5. ‘Judas, de Tiago’, que talvez fosse filho de
um Tiago, também chamado Tadeu. Era o décimo na lista dos apóstolos. Em
Jo 14.22, ele é apresentado como ‘Judas, não o iscariotes’ – mas em Lc 6.16,
e At 1.13, é ele simplesmente Judas sem qualquer apelido distintivo. Diz a
tradição que ele pregou o Evangelho em Edessa, o campo da missão e
martírio de Tomé – e que viajou até à Assíria, sendo, na sua volta às terras
ocidentais, condenado à morte na Fenícia. 6. o irmão do Senhor e de Tiago i.
os habitantes de Nazaré mencionaram o seu nome quando escutavam
maravilhados os grandes ensinamentos do Filho dos seus vizinhos (Mt 13.55
– Mc 6.3). Foi ele quem escreveu a epístola de Judas, apresentando-se a si
mesmo como ‘servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago’.


Judas (Epistola de)
A autoria desta epístola tem sido atribuída a duas pessoas com o nome de
Judas. Uma destas é o apóstolo Judas, também chamado Lebeu, e Tadeu (Mt
10.3 – Jo 14.22) – mas não há prova alguma de que este apóstolo fosse o
‘irmão de Tiago’, como a si próprio o escritor da epístola se denomina. Em Lc
6.16 e At 1.13 em algumas versões, a palavra ‘irmão’ não está no original – e
seria mais conforme com o uso geral da linguagem, e particularmente dos
escritores do N.T., se a palavra ‘filho’ fosse empregada em lugar da outra.
Além disso, se o escritor desta epístola tivesse sido apóstolo, ele não julgaria
necessário apresentar-se como ‘irmão de Tiago’ – nem se distinguiria dos
apóstolos, como as palavras do vers. 17 parecem indicar. Disto tudo se
conclui que aquele Tiago, mencionado no vers. 1, era realmente o ‘irmão do
Senhor’ (Gl 1.19 – veja também Mc 6.3), o qual tem um trabalho distinto na
última parte da idade apostólica. E nesta consideração teria estado Judas em
relação com Jesus Cristo (Mt 13.55, e Mc 6.3), pertencendo Judas e Tiago,
provavelmente, ao número daqueles irmãos do Senhor que estiveram com os
apóstolos depois da Sua ascensão (At 1.14 – 1 Co 9.5). (*veja irmãos do
Senhor.) Sobre a vida de Judas não temos informações certas. os seus
descendentes são mencionados por Eusébio. Conta este escritor que quando
o imperador Domiciano mandou que fossem mortos todos os descendentes
de Davi, ‘alguns dos heréticos acusaram os descendentes de Judas de
pertencerem à família, de Davi, visto como era Judas irmão, segundo a carne,
do Salvador e por sua vez descendia Jesus daquele rei’. E depois refere-se à
boa confissão da fé cristã, que eles fizeram na presença dos seus
perseguidores (Eccl. Hist. iii.20). Não parece que a Epistola tenha sido dirigida
a qualquer igreja. Segundo a antiga tradição, trabalhou Judas entre aqueles
povos ao oriente da Judéia, e desse fato concluem alguns que a epístola foi
mandada aos cristãos que por aquelas regiões se encontravam. Supõem
outros que foi escrita para os cristãos da Palestina. Quanto à data, pode ela
inferir-se da natureza das heresias e das práticas nocivas que aí são
combatidas, e do modo como o autor fala da pregação dos apóstolos,
mostrando que a epístola é mais referente ao passado do que ao presente.
Parece, então, ter sido escrita no último período apostólico, poucos anos
antes da destruição de Jerusalém, talvez cerca do ano 67 d.C. É obvia a
relação desta epístola com a 2ª de Pedro. Há, entre as duas epístolas, uma
notável semelhança, tanto no pensamento como na linguagem. A elegância do
estilo na epístola de Judas, a sua particular forma e vigor nos pensamentos e
linguagem, e a sua coerência de idéias, tudo nos leva a crer que a carta é toda
original. E, por outro lado, o cap. 2 da 2ª de Pedro, onde se revela a
semelhança com a epístola de Judas, parece ser diferente do estilo simples
de Pedro. Há, também, na epístola de Pedro algumas expressões que
precisam comparar-se com os lugares paralelos de Judas para se
compreender a sua significação. Cp. 2 Pe 2.11 com Jd 9. No seu todo a
epístola de Judas parece ter sido escrita primeiramente e Pedro, seguindo-a
até certo ponto, usa-a de um modo independente, resumindo alguns
pensamentos e acrescentando novas particularidades. o fim especial desta
epístola parece ter sido acautelar os cristãos contra os falsos doutores que
faziam consistir toda a religião na crença especulativa e profissão exterior,
procurando arrastar os seus discípulos à insubordinação e licenciosidade. A
carta pode dividir-se em duas partes: a primeira trata do castigo dos falsos
mestres (vers. 5 a 7), e a segunda, do seu caráter em geral (8 a 19). Para
ilustrar a doutrina que apresenta, ele recorre, como Paulo em certos casos (2
Tm 3.8, At 17.28, e Tt 1.12), a fontes diferentes das Escrituras. A referência à
disputa entre Miguel e o diabo acerca do corpo de Moisés foi, segundo se diz,
tirada da Assunção de Moisés, apocalíptica obra judaica, que se supõe ter
sido escrita pelo ano 50 d.C., existindo dela apenas fragmentos. A obra etíope,
Livro de Enoque, que é citada no vers. 14, era bem conhecida nos tempos em
que foi escrito o Novo Testamento, notando-se coincidências de pensamento
e linguagem em algumas das epistolas paulinas, na epístola aos Hebreus, e no
Apocalipse. A característica da epístola é o emprego que o autor faz dos trios.
observe-se nos vers. 1 e 2 a triplicação da saudação e da bênção. Três
exemplos de justiça divina são citados: o dos israelitas incrédulos, o dos anjos
rebeldes, e das cidades da planície, vers. 5 a 7. Três tipos de maldade, a de
Caim, a de Balaão, e a de Coré, vers. 11. Três classes de homens maus:
murmuradores, queixosos da sua sorte, obstinados. Três maneiras de
proceder para com os que erram: ‘compadecei-vos de alguns que estão na
dúvida’ – ‘salvai-os, arrebatando-os do fogo’ – ‘Sede também compassivos em
temor’, v*veja 22 e 23.


Judas Iscariotes
Homem de Queriote (Queriote Hezrom). Um dos doze apóstolos, o que traiu
Jesus Cristo. É chamado o filho de Simão iscariotes (Jo 6. 71). o seu caráter,
com o resultado final, foi sempre do conhecimento de Jesus (Jo 6.64). A sua
fraqueza logo se manifestou na cena da unção em Betânia (Jo 12.4,5). As
palavras, ‘por que não se vendeu?’ manifestavam o sentimento dos doze –
mas a idéia de que o ungüento devia ser vendido para socorrer os pobres era
de Judas, como o dá a entender S. João, acrescentando que ele tinha
proposto a venda daquela essência por ser ladrão, pois ‘tendo a bolsa, tirava
(isto é, subtraía) o que nela se lançava’ (Jo 12.4 a 6). E por esta revelação já se
explica o ato que mais tarde praticou. Sendo ele, pois, cobiçoso, e não
podendo conformar-se com a natureza da missão de Jesus Cristo, foi-se
fortalecendo no seu espírito aquele sentimento que se acha indicado pelas
palavras, ‘entrou nele Satanás’ (Jo 13.27) – e a triste conseqüência foi o pacto
com os principais sacerdotes, e a entrega de Jesus Cristo. Depois daquela
cena em Betânia, as más idéias começaram a preocupar a sus alma (Mt
26.14). Satanás achou o seu instrumento, e Judas foi ter com os príncipes dos
sacerdotes (Lc 22.3,4). Provavelmente ele esperava mais do que as trinta
moedas de prata (Mt 26.15), porque, na verdade, houve discussão sobre a
quantia que lhe haviam de dar. Por fim, determinou fazer o papel de traidor, e
esperou a ocasião. Com tudo isso não se separou de Jesus. Acompanhou o
Divino Mestre e os seus colegas na ida a Betânia e de Betânia a Jerusalém –
esteve com eles no horto de Getsêmani (Jo 18.2) – e na última Ceia lá se
encontrava ele também, sendo lavados os seus pés pelo Salvador, e
perguntando como os outros discípulos: ‘Sou eu?’ (Mt 26.25). E completou a
sua infâmia, entregando com um beijo o Mestre, o que aumentou a tristeza da
sua vitima (Lc 22.48). Praticada a vil ação, foi Judas atormentado pelo
remorso. E pode-se dizer que o arrependimento era sincero pelo seu desejo de
desfazer o que tinha praticado (Mt 27.3,4). Foi neste estado da sua alma que
ele lançou aos pés dos sacerdotes as trinta moedas de prata, sendo por eles
escarnecido. Foi ‘o filho da perdição’ (Jo 17.12), não havendo para ele
esperança de perdão nesta vida – e assim ele ‘retirou-se e foi enforcar-se’ (Mt
27.5). As diversas descrições da sua morte se harmonizam, sendo
compreendido que Judas primeiramente se enforcou em alguma árvore que
estivesse à beira de um precipício, e que, quebrando-se a corda ou o ramo, ele
foi despedaçado na queda. Em At 1.20 se liga a morte de Judas com as
predições dos salmos 69.25, e 109.8 – vede também Jo 17.12.


Judas Iscariotes
Todos os Evangelhos colocam Judas Iscariotes no fim da lista dos discípulos
de Jesus. Sem dúvida alguma isso reflecte a má fama de Judas como traidor
de Jesus.
A Palavra aramaica Iscariotes literalmente significa “homem de Queriote”.
Queriote era uma cidade próxima a Hebrom (Js 15.25). Contudo, João diz-nos
que Judas era filho de Simão (Jo 6.71). Se Judas era, de fato, natural desta
cidade, dentre os discípulos, ele era o único procedente da Judéia. Os
habitantes da Judéia desprezavam o povo da Galileia como rudes
colonizadores de fronteira. Essa atitude pode ter alienado Judas Iscariotes
dos demais discípulos.
Os Evangelhos não nos dizem exactamente quando Jesus chamou Judas pra
juntar-se ao grupo de seus seguidores. Talvez tenha sido nos primeiros dias,
quando Jesus chamou tantos outros (Mt 4.18-22). Judas funcionava como
tesoureiro dos discípulos, e pelo menos em uma ocasião ele manifestou uma
atitude sovina para com o trabalho. Foi quando uma mulher por nome Maria
derramou ungüento precioso sobre os pés de Jesus. Judas reclamou: “Por
que não se vendeu este perfume por trezentos denários, e não se deu aos
pobres?” (Jo 12.5). No versículo seguinte João comenta que Judas disse isto
“não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão.”
Enquanto os discípulos participavam de sua última refeição com Jesus, o
Senhor revelou saber que estava prestes a ser traído e indicou Judas como o
criminoso. Disse ele a Judas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa” (Jo
13.27). Todavia, os demais discípulos não suspeitavam do que Judas estava
prestes a fazer. João relata que “como Judas era quem trazia a bolsa,
pensaram alguns que Jesus lhe dissera: Compra o que precisamos para a
festa da Páscoa…” (Jo13.28-29).
Judas traiu o Senhor Jesus, influenciado ou inspirado pelo maligno ( Lc 22.3;
Jo 13.27). Tocado pelo remorso, Judas procurou devolver o dinheiro aos
captores de Jesus e enforcou-se. (Mt 27.5)


judas o zelote
hebraico: Judas o Zeloso


judas, não o iscariotes
João refere-se a um dos discípulos como “Judas, não o Iscariotes” (Jo 14.22).
Não é fácil determinar a identidade desse homem.
O NT refere-se a diversos homens com o nome de Judas – Judas Iscariotes;
Judas, irmão de Jesus (Mt 13.55; Mc 6.3); Judas, o galileu (At 5.37) e Judas,
não o Iscariotes. Evidentemente, João desejava evitar confusão quando se
referia a esse homem, especialmente porque o outro discípulo chamado
Judas não gozava de boa fama.
Mateus e Marcos referem-se a esse homem como Tadeu (Mt 10.3; Mc 3.18).
Lucas o menciona como “Judas, filho de Tiago” (Lc 6.16; At 1.13).
Não sabemos ao certo quem era o pai de Tadeu.
O Historiador Eusébio diz que Jesus uma vez enviou esse discípulo ao rei
Abgar da Mesopotâmia a fim de orar pela sua cura. Segundo essa história,
Judas foi a Abgar depois da ascensão de Jesus, e permaneceu para pregar
em várias cidades da Mesopotâmia. Diz outra tradição que esse discípulo foi
assassinado por mágicos na cidade de Suanir, na Pérsia. O mataram a
pauladas e pedradas.


judeus
A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2
Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34.9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a
Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente,
conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita,
espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados
judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3.8 a 12).
(*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua
residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo.
Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam
as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua
desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como
povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do
templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles
estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada
por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e
poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia,
depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual
quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes
colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista
dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de
Pentecoste (At 2.1 a 11). Com qualquer outro povo o resultado da sua
dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais,
se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram
habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida
separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se
com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido
todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é
ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora
súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre
judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores
que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total
destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”,
que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão
os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil
agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era
tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos
judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e
homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser
restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus
têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de
qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o
assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para
atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus
na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei
tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um
ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao
texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus
declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são
dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200,
principalmente em Nablus.


queriote
1. Cidade de Moabe (Jr 48.24) Esta povoação tem sido identificada com
Kureiyeh, uma arruinada cidade de certa extensão que está situada entre
Busrah e Sulkad, na parte meridional de Haurã. E talvez seja Babba, 18 km ao
sul de Arnom. 2. Uma cidade ao sul de Judá, na fronteira da região
montanhosa, cerca de 19 km ao sul de Hebrom (Js 15.25). o seu nome atual é
Kuryetein. (*veja Judas iscariotes.)


zelote
Zelote é o nome dado a Simão, um dos apóstolos (Mt 10.4 – Mc 3.18): essa
palavra é o equivalente aramaico do termo grego ‘Zelotes’ (Lc 6.15 e At 1.13),
que em algumas versões se acha traduzido por ‘zelador’. Este nome lhe foi
dado, ou porque ele era membro da seita judaica dos zeladores, os
extremistas no repúdio da dominação romana, ou porque ele manifestava
ardente zelo na obra da evangelização. (*veja At 22.3 e Gl 1.14, onde se
emprega a mesma palavra ‘Zelotes’.)


tiago (epistola universal de)
A autoria desta epistola tem sido discutida – é contudo geralmente aceito que
não foi Tiago, o irmão de João, quem a escreveu, embora alguns antigos e
modernos expositores lha atribuíssem, mas sim esse Tiago (ou Jacó) que,
depois da morte do primeiro (At 12.2), é mencionado como presidente da
igreja de Jerusalém, e é chamado por Paulo ‘o irmão do Senhor’ (At 12.17 –
15.13 a 29 – 21.18 a 25 – Gl l. 19). Tudo bem considerado, o que parece
provável é que Tiago, o autor desta epístola, era o filho de José e Maria, e por
conseqüência um dos irmãos de Jesus. Esta epístola é dirigida aos judeus,
particularmente aos que eram cristãos: talvez àqueles que, tendo abraçado a
fé cristã, no grande dia de Pentecoste (At 2.5 a 11), haviam voltado às suas
casas nas várias partes do império Romano. os destinatários podem, pois, ser
não só esses, de quem se acaba de falar, mas também os que Tiago conhecia
muito bem pelas visitas deles a Jerusalém em ocasiões de festividades. Pelo
que podemos deduzir do que está escrito na epístola, parece terem vivido
esses judeus convertidos em condições de exterior aflição, faltando-lhes as
felicidades temporais. Além disso, parece ter-lhes faltado também a paciência
e a submissão para com Deus, não havendo neles piedosa vigilância sobre si
mesmos e o amor aos seus semelhantes. o principal assunto desta epístola é
o caráter de vida do verdadeiro cristão, que deve ser ‘praticante da palavra’,
perseverando na ‘lei perfeita da liberdade’, em contraste com o espírito e
conduta do que meramente professa o Cristianismo. Numerosas ilustrações
são expostas nas várias relações e condições da vida real, adaptadas às
circunstâncias e necessidades de diferentes classes de pessoas. Para as
diversas provações da vida ali se encontram palavras consoladoras e de
animação, juntamente com veementes exortações à prática das virtudes
mstãs. E a isto se acrescentam admoestações e reprovações, havendo em
vista aqueles que desonram a religião, dizendo que a professam, mas sem a
praticarem. o estilo da epístola é sentencioso e enérgico, pitoresco e rico de
figuras. De modo notável se assemelha, na matéria e na forma, aos
ensinamentos de Jesus, especialmente no Sermão da Montanha (Mt 5 a 7),
havendo evidentes alusões a algumas partes dessa maravilhosa exposição.
‘Sabedoria’ é uma das palavras essenciais desta epístola, podendo comparar-
se o seu estilo ao dos livros de sabedoria (Hocmá) do A.T. *veja 1.5 a 8 e 3.13
a 18, onde se encontra uma enumeração das qualidades da falsa sabedoria e
da verdadeira. Nota-se, de igual modo, a importância com que são tratados
certos assuntos: a fé e palavras – a oração 1.5 a 7 – 4.8 – 5.13 a18 – a
tentação, 1.2,12,13,14. Não obstante a severidade do estilo retórico, nota-se o
constante recurso à palavra ‘irmãos’.


tiago, filho de alfeu
Os Evangelhos fazem apenas referências passageiras a Tiago, filho de Alfeu
(Mt 10.3; Lc 6.15). Muitos estudiosos crêem que Tiago era irmão de Mateus,
visto a Bíblia dizer que o pai de Mateus também se chamava Alfeu (Mc 2.14).
Outros crêem que este Tiago se identificava como “Tiago, o Menor”, mas não
temos prova alguma de que esses dois nomes se referiam ao mesmo homem
(Mc 15.40). Se o filho de Alfeu era, deveras, o mesmo homem Tiago, o Menor,
talvez ele tenha sido primo de Jesus (Mt 27.56; Jo 19.25). Alguns
comentaristas da Bíblia teorizam que este discípulo trazia uma estreita
semelhança física com Jesus, o que poderia explicar por que Judas Iscariotes
teve de identificar Jesus na noite em que foi traído. (Mc 14.43-45; Lc 22.47-
48). Diz as lendas que ele pregou na Pérsia e aí foi crucificado. Mas não há
informações concretas sobre sua vida, ministério posterior e morte.


tiago, filho de zebedeu
Depois que Jesus convocou a Simão Pedro e a seu irmão André, ele caminhou
um pouco mais ao longo da praia da Galiléia e convidou a “Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes” (Mc
1.19). Tiago e seu irmão responderam imediatamente ao chamado de Cristo.
Ele foi o primeiro dos doze a sofrer a morte de mártir. O rei Herodes Agripa I
ordenou que ele fosse executado ao fio da espada (At 12.2). A tradição diz
que isto ocorreu no ano 44 dC, quando ele seria ainda bem moço.
Os Evangelhos nunca mencionam Tiago sozinho; sempre falam de “Tiago e
João”. Até no registro de sua morte, o livro de Atos refere-se a ele como
“Tiago, irmão de João” (At 12.2) Eles começaram a seguir a Jesus no mesmo
dia, e ambos estiveram presentes na Transfiguração (Mc 9.2-13). Jesus
chamou a ambos de “filhos do trovão” (Mc 3.17).
A perseguição que tirou a vida de Tiago infundiu novo fervor entre os cristãos
(At 12.5-25). Herodes Agripa esperava sufocar o movimentos cristão
executando líderes como Tiago. “Entretanto a Palavra do Senhor crescia e se
multiplicava” (At 12.24).
As tradições afirmam que ele foi o primeiro missionário cristão na Espanha.


noé
Repouso. Não se conhece nada sobreseus primeiros anos. Aparece pela
primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô,
Enoque, foi homem sobremaneira piedoso, e que pela graça divina escapou da
morte. Foi trasladado, Gn 5:22-24 – At 11:5. Seu avô, Matusalém, foi o homem
que mais viveu, segundo Gn 5:25-27. o nome de seu pai era Lameque,
aparentemente homem religioso, que deu a seu filho um nome que significa
‘Descanso’, Gn 5:29. 1. Filho de Lameque, e neto de Matusalém (Gn 5.26 a 29).
Pela sua retidão de caráter (Gn 6.8,9 – Ez 14.14,20), achou graça aos olhos de
Deus. Quando as maldades dos homens trouxeram a calamidade do dilúvio
(6.5 a 7), foi Noé avisado e dirigido na construção de uma arca para sua
salvação e de sua família (Gn 6.14 a 22). Noé, juntamente com a sua mulher,
seus filhos, e suas noras, entrou na arca, que flutuou sobre as águas pelo
espaço de 150 dias antes de pousar no monte Ararate (Gn 7 e 8). Quando
saíram da arca, edificou Noé um altar, oferecendo sacrifício a Deus. Foi
abençoado pelo Senhor, sendo-lhe então feita a promessa de que nunca mais
seria a terra coberta por algum dilúvio (Gn 8.21 a 9.17). Depois disso ‘Sendo
Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se’
(Gn 9.20,21). Cão, nesta ocasião, procedeu para com seu pai de um modo
diferente de Sem e Jafé. o resultado do mau procedimento de Cão foi ser este
amaldiçoado, ao passo que os seus irmãos foram abençoados. A profecia de
Noé foi amplamente cumprida na história dos seus descendentes. Noé viveu,
depois do dilúvio, ainda trezentos e cinqüenta anos… (Gn 9.28, 29). Ao
testemunho de Noé refere-se Jesus (Mt 24.37, 38 – Lc 17.26, 27), S. Pedro (1
Pe 3.20 – 2 Pe 2.5), e a epístola aos Hebreus (11.7).


inferno, hades
A crença popular ensina que quando uma pessoa morre, se foi boa, vai para o
Paraíso; se foi má, vai para o Inferno.

Há também uma doutrina chamada purgatório, que existe em conexão com a


doutrina do inferno.

Mas o que a Bíblia ensina sobre este assunto?

Se estudarmos a Bíblia com cuidado, vamos descobrir que ao Jesus voltar a


esta terra, “os mortos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem,
para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a
ressurreição do juízo”. João 5:28-29.

A Bíblia também ensina que quando Jesus voltar, Ele se assentará no Seu
trono para julgar o mundo “com justiça”.

Seria possível harmonizar as doutrinas da Volta de Jesus e da Ressurreição,


com a doutrina do inferno?

Se quando alguém morre, vai ou paraíso, ou para o inferno ou mesmo para o


purgatório, qual seria a importância ou o significado da ressurreição e mesmo
de um julgamento por ocasião da Volta de Jesus?

A Bíblia afirma que quando Jesus voltar, Ele mesmo vai separar os bons dos
maus, o trigo do joio, as ovelhas dos cabritos. (Mateus 25:31-33)

A Bíblia ensina enfaticamente em Apocalipse 22:12 que somente quando


Jesus regressar é que cada um receberá a recompensa segundo as suas
obras.
Ao tratarmos deste assunto controvertido, queremos lembrar outra vez aos
nossos queridos amigos, ouvintes, que somente a Palavra de Deus pode
esclarecer e dizer a verdade. O que fugir disso é conjectura humana.

Vejamos um pouco da história:

Dante Alighieri, que viveu na Idade Média, de 1.265 a 1.321, escreveu uma obra
intitulada: “A Divina Comédia”, dividida em 3 partes: Inferno, Purgatório e
Paraíso.

Com esta obra, Dante abalou o pensamento teológico da época.

Infelizmente, o Inferno de Dante, estava baseado nos ensinos pagãos de


Platão e Virgílio.

Os escritos de Dante influenciaram até mesmo o cristianismo, pois as


características principais do Inferno, segundo a concepção hindu, persa,
egípcia, grega e cristã, são essencialmente as mesmas.

O Inferno tem sido descrito como a morada dos espíritos malignos, o lugar da
vingança divina, onde não há misericórdia e cujo sofrimento é sem fim.

Então nós perguntamos: Como harmonizar todas estas idéias com o ensino
da Bíblia que diz que Deus é amor? Se você é um pai, admitiria a idéia de
castigar um filho incessantemente? Com certeza que não! Será que Deus seria
mais severo que um pai terrestre?

Há na Bíblia 4 expressões que são traduzidas por Inferno. São elas: Sheol do
hebraico, e Geena, Hades e Tártaro do grego.

Analisemos brevemente estas 4 palavras usadas e traduzidas por Inferno, e


então vejamos na Bíblia, as suas aplicações:

A palavra Sheol às vezes é traduzida por sepultura, como no Salmo 16:10.


“Não deixarás a minha alma na sepultura”. Sheol

Também a palavra Hades significa sepultura, ou morte. Aparece 11 vezes no


Novo Testamento. “Onde está ó morte a tua vitória?. Hades I Coríntios 15:55

A palavra Geena também significa “lugar de queimar”. Ocorre 12 vezes no


Novo Testamento e é a forma grega de “Vale de Hinon”.

O vale de Hinon, ao sul de Jerusalém, foi o local onde o povo de Israel


ofereceu sacrifícios humanos, de criancinhas, ao “deus” Moloque. Deus
determinou que aquele vale seria chamado de “vale da matança” Jeremias
7:32.
Mais tarde o vale de Hinon tornou-se o local da queima de lixo e de cadáveres.
Por isso o fogo e a fumaça existiam ali constantemente, e o que o fogo não
destruía, os vermes consumiam. Era símbolo de destruição. Geena

A última das 4 palavras traduzidas por Inferno, é Tártato. Significa prisão, ou


profundo abismo, e refere-se aos anjos caídos do céu, quando Lúcifer se
rebelou contra Cristo e foi expulso de lá. Apocalipse 12:9. Acha-se uma vez
mais na Bíblia, em II Pedro 2:4. Tártaro

A Palavra de Deus ensina que quando os seres humanos morrem, todos vão
para o Sheol ou Hades, sepultura, quer sejam bons, quer sejam maus, justos
ou injustos, salvos ou perdidos. Eles dormem o sono inconsciente da morte, e
aguardam a volta de Jesus para o juízo final, bem como a recompensa que
cabe a cada um. O Salmo 89:48 pergunta: “Que homem há, que viva, e não veja
a morte?. e Salomão confirma: “O mesmo sucede ao justo e ao perverso”.
Eclesiástes 9:2.

Sim amigos, bons e maus, justos e injustos, todos os que morreram estão na
sepultura e aguardam o dia final.

Talvez isso possa surpreendê-lo, mas atualmente não existe em lugar nenhum,
um inferno de fogo, queimando pecadores, como também não há almas
libertas do corpo. Quando as pessoas morrem elas vão para a sepultura, para
o sono da morte; ninguém vai ao Paraíso, ao Purgatório ou ao Inferno.

Exatamente agora, não existe nenhum Inferno, mas haverá sim, um Inferno, no
futuro e será aqui mesmo na terra. Isso é o que a Bíblia ensina. Foi Satanás
quem inventou o chamado Inferno de Fogo, para desvirtuar o caráter e a
imagem de Deus. A fim de que as pessoas pensem que Deus é vingativo, cruel,
queimando os ímpios por toda a eternidade. Seria isto amor? Seria isto justo?

Desde o princípio tem sido parte da obra do enganador distorcer o caráter


divino, levando criaturas a terem ódio do Criador.

Graças a Deus, não existe ninguém queimando num Inferno. O Senhor não tem
prazer na morte do ímpio. Deus mesmo afirma: “Tão certo como eu vivo, diz o
Senhor Deus: não tenho prazer na morte do ímpio, mas que o ímpio se
converta do seu mau caminho e viva”. Ezequiel 33:11.

Por ocasião da Segunda Vinda de Cristo, os justos mortos ressuscitarão.

I Tessalonisenses 4:16. E Então receberão a recompensa.

Somente quando Jesus regressar é que os justos serão levados ao Paraíso.


Lá reinarão com Cristo por mil anos e julgarão os ímpios, para comprovar a
justiça de Deus. Apocalipse 20:4 e I Coríntios 6:2-3.
Após mil anos no céu, Jesus Cristo e os santos retornarão à terra. Naquela
ocasião Jesus Cristo dará a recompensa aos ímpios. A Palavra de Deus
afirma que quando os ímpios quiserem destruir a Cidade Santa e derrotar a
Cristo e os salvos, então “descerá fogo do céu e os consumirá”. Apocalipse
20:9.

Nessa mesma ocasião, o diabo, a morte e o inferno (sepultura), também serão


destruídos para sempre, pois serão lançados no lago de fogo e enxofre.
Apocalipse 20:10 e 14.

Este fogo eterno – o inferno de Deus – destruirá tudo, e eliminará todo o mal:
desde Satanás, o causador do pecado, até o último dos pecadores. Diz a Bíblia
que quando esta terra for incendiada pelos fogos do inferno, no dia final,
“todos os soberbos e todos os que cometem perversidade, serão como a
palha… não sobrará nem raiz e nem ramos”. Malaquias 4:1-3

A atitude de Deus ao destruir os ímpios é chamada na Bíblia de “o ato


estranho de Deus”. Isaías 28:21. Pois a destruição é contrária ao caráter de
Deus, pois “Deus é amor”. I João 4:8

Um dia Deus destruirá os ímpios num inferno de fogo, aqui nesta terra. Mas,
somente depois de julgá-los pois Deus é amor e justiça..

O ensino bíblico de que o inferno de fogo será somente depois do juízo final, é
coerente com o caráter justo de Deus, e se harmoniza perfeitamente com as
promessas da segunda vinda de Cristo e da ressurreição dos mortos.

Amados ouvintes: a idéia de um fogo de tormento eterno tem levado milhões


a servirem a Deus por medo. Deus, no entanto, deseja serviço simples, franco
e sincero. Em amor Ele nos salvou. Em amor Ele cuida de nós.

Se O amarmos e O servirmos de coração, não precisaremos temer os fogos


do inferno, pois poderemos ter a certeza de alcançar a vitória final, a vida
eterna.

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