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SEMANA 01

Sumário
Mensagem de Boas-vindas.......................................................................3
Introdução.................................................................................................3
Motivação Humana – Conceitos...............................................................4
Motivação e Comportamentos..................................................................4
A motivação X Ambiente...........................................................................6
As Necessidades Humanas segundo Maslow..........................................8
A pirâmide de Maslow...............................................................................8
As Necessidades Humanas segundo Maslow..........................................9

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Mensagem de Boas-vindas
Seja bem-vindo ao componente de Fator Humano da Qualidade. Esperamos compartilhar conheci-
mentos e lhe proporcionar momentos de aprendizagem, troca de experiências e reflexão.

Objetivamos que os nossos estudos contribuam para o seu crescimento pessoal e profissional. Nele,
serão apresentadas conceitos, práticas e informações com o objetivo de agregar mais conhecimentos
a sua carreira.

Desejamos que os assuntos abordados sejam muito interessantes e produtivos para você.

Bons estudos!

Introdução
Produtividade e qualidade são indicadores que demonstram o quanto uma organização pode ter suces-
so e ser competitiva no mercado em que atua. Por esse motivo, as empresas almejam compreender e
analisar quais os fatores que influenciam ativamente nestes indicadores. Dentre tantos, o fator humano
merece especial atenção, já que o seu maior diferencial são as pessoas.

Neste componente abordaremos os seguintes temas:

●● Motivação humana

●● Liderança

●● Trabalho em equipe

●● Gestão de Conflitos

●● Gestão por competências (matriz e avaliação de competências)

Os estudos propostos neste componente, juntamente ao esforço e comprometimento, irão de-


senvolver-lhe habilidades como:

●● Motivar a equipe;

●● Identificar as melhores práticas de liderança;

●● Montar o melhor perfil para cada integrante da equipe de trabalho;

●● Identificar possíveis motivadores de conflito;

●● Mitigar conflitos entre os membros da equipe e entre equipe e organização.

Vamos aos estudos!

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Motivação Humana – Conceitos
Ao falarmos em pessoas e os fatores que impactam nos seus comportamentos, é essencial abor-
darmos o tema motivação. Da mesma forma, é difícil encontrarmos um conceito exato e simples
para defini-la.

Este tema de estudo sempre foi uma preocupação constante pela busca das razões verdadeiras
do comportamento e o entendimento do por que o ser humano age de um jeito ou de outro. Dian-
te disso, surgiram diversas teorias vindas da filosofia, psicologia e até da biologia, objetivando
trazer maior compreensão sobre a motivação humana.

Ao resgatarmos um conceito sobre motivação de décadas atrás, Vernon, 1973, p.11) nos diz que:

A motivação é encarada como uma espécie de força interna que


emerge, regula e sustenta todas as nossas ações mais impor-
tantes. Contudo, é evidente que motivação é uma experiência
interna que não pode ser estudada diretamente”.

Para Chiavenato (1995), ...”motivo é tudo aquilo que impulsiona


a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá
origem a uma propensão a um comportamento específico.”

Sabemos que as pessoas são diferentes umas das outras por diversos fatores. Dentre eles,
destacamos: valores, crenças, personalidade, cultura, necessidades e expectativas. Em função
disso, para atingir seus objetivos, os indivíduos estabelecem padrões de comportamentos que se
diferenciam entre eles e de acordo com o seu momento de vida.

Motivação e Comportamentos
Ainda segundo Chiavenato (1995), mesmo com as diferenças entre as pessoas, a dinâmica do
comportamento assemelha-se em todas elas, podendo se manifestar de 3 principais formas:

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Comportamento Causado: Pode ser hereditário ou influenciado
pelo ambiente, interno ou externo.

Comportamento Motivado: Não é casual ou aleatório e sim orienta-


do para algum objetivo.

Comportamento Orientado para Objetivos: Existe um impulso, de-


sejo, tendência ou necessidade que impulsionam o comportamento.

Diante de vários conceitos vistos, evoluções e tipos de comportamentos, vale analisarmos tam-
bém as colocações do autor Bergamini (1997), que diz:

Se, no início do século, o desafio era descobrir aquilo que se


deveria fazer para motivar as pessoas, mais recentemente tal
preocupação muda de sentido. Passa-se a perceber que cada
um já traz, de alguma forma, dentro de si, suas próprias moti-
vações. Aquilo que mais interessa, então, é encontrar e adotar
recursos organizacionais capazes de não sufocar as forças
motivacionais inerentes às próprias pessoas (...)” (p. 23).

(...) não existe o pequeno gênio da motivação que transforma


cada um de nós em trabalhador zeloso ou nos condena a ser
o pior dos preguiçosos. Em realidade, a desmotivação não é
nenhum defeito de uma geração, nem uma qualidade pesso-
al, pois ela está ligada a situações específicas” (p. 27).

Vejamos mais alguns conceitos de diferentes épocas e autores sobre Motivação:

Freud (1948): São seis os princípios básicos da motivação: todo comportamento é motivado; a
motivação persiste ao longo da vida; os motivos verdadeiramente atuantes são inconscientes; a
motivação se expressa através de tensão; existem dois motivos que prevalecem em face de sua
possibilidade de repressão (o sexo e a agressão) e os motivos têm natureza biológica e inata.

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Atkinson (1958): Motivação é a ativação de uma tendência que vai atuar para produzir um ou
mais efeitos. É o eu quero.

Murphy (1961): Motivação é o nome geral que se dá aos atos de um organismo que estão, em
parte, determinados por sua própria natureza ou por sua estrutura interna.

McClelland (1971): Motivo ou motivação refere-se a um estado interno que resulta de ma ne-
cessidade e que ativa ou desperta comportamento da necessidade ativante.

Lopes (1980): Motivação é um estado interno que dá energia, torna ativo ou move o rganismo,
dirigindo ou canalizando o comportamento em direção aos seus objetivos.

Murray, E.J. (1986): Motivação é um fator interno que dá início, dirige e integra o comportamento
de uma pessoa. Não é diretamente observado, mas inferido do seu comportamento ou parte-se
do princípio de que existe a fim de se explicar o seu comportamento.

Campos (1989): mantém e dirige o comportamento. Ela é um estado fisiopsicológico, nterior ao


indivíduo, um estado de tensão energética, resultante da atuação de fortes motivos que o impe-
lem a agir, com certo grau de intensidade e empenho.

A motivação X Ambiente
O mundo está vivendo em ambientes cada vez mais dinâmicos, com mudanças rápidas e muita
pressão, tanto nas organizações, quanto na vida pessoal, além disso, as pessoas muitas vezes, tra-
balham cumprindo ordens que nem sempre entendem ou aprovam. Este contexto todo gera diver-
sos sentimentos como ansiedade, angústia, frustração e em alguns casos, até mesmo descontrole
emocional. Como já vimos, a motivação depende de fatores internos e externos e para minimizar
estes impactos, é importante que as empresas promovam um ambiente favorável à motivação.

Vejamos alguns destes fatores:

●● Identificar as necessidades e anseios das pessoas

●● Buscar o trabalho que mais atrai a pessoa

●● Reconhecer o bom desempenho

●● Facilitar o desenvolvimento da pessoa

●● Projetar o trabalho de modo a torná-lo atraente

●● Adotar um sistema de recompensas ligado ao desempenho

●● Aperfeiçoar continuamente as práticas gerenciais

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Estar motivado é a base para um profissional desempenhar bem a sua função.

Se a pessoa trabalhar com vendas por exemplo, por mais conhecimento e habilidade que tiver,
não é possível ter clientes satisfeitos, havendo má vontade ou sentido de obrigação em estar
ali. Outro aspecto importante a ser considerado é que as pessoas não são feitas de partes
isoladas, onde em um momento são totalmente profissionais e em outro estão focadas só
na sua vida pessoal. Devemos buscar continuamente o equilíbrio emocional, fazendo com
que, mesmo diante de situações de stress e problemas, as pessoas consigam ter controle sobre
o seu comportamento frente aos colegas, clientes e família.

Vejamos algumas sugestões que podem contribuir para a motivação no trabalho:

Buscar novos desafios internamente: Muitas pessoas acham que para se motivarem, preci-
sam ser promovidos, ter aumento de salário ou até mesmo arrumar um novo emprego. Aí trocam
de emprego e em pouco tempo, sentem-se desmotivadas novamente. O auto-conhecimento e a
reflexão são fundamentais nestes momentos, pois como já vimos, a motivação começa no
interior das pessoas, mas na maioria das vezes esperamos que a empresa, os colegas e os
outros mudem, mas nós continuamos com as mesmas atitudes. Definir objetivos, metas e
buscar novos desafios são um ótimo começo para iniciar este processo de mudança.Oferecer-se
para ajudar colegas, solicitar ao gerente novas responsabilidade e buscar desenvolver habilida-
des. Nestes momentos, não foque a sua energia no reconhecimento e valorização e sim
no aprendizado e na sensação de estar sendo útil e de saber que o que aprendeu, levará
para onde for.

Envolver-se em novos projetos: Busque entender profundamente o negócio da sua em-


presa, tendo domínio sobre os processos. Esteja atento às novas tecnologias e tendências
da sua área, buscando melhores práticas constantemente. Procure fazer cursos e adquirir novos
conhecimentos - atualização constante.

Qualidade de vida: O trabalho é essencial na nossa vida como provedor de recursos para
a nossa sobrevivência e para conquistar os nossos objetivos, mas ele não deve ser o foco
principal da nossa vida. A família, a saúde, os amigos e lazer precisam ser tratados com a
devida atenção e a busca deste equilíbrio entre a vida profissional e pessoal irá promover
maiores impactos na motivação.

Ao concluirmos a análise dos conceitos sobre motivação, vale salientar que ela está muito
ligada a um ambiente de confiança, transparência, ética e valorização no ambiente de
trabalho. Só assim, a empresa poderá contar com pessoas que direcionem seus esforços para
o atingimento dos objetivos pessoais e organizacionais.

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Estar em convívio das pessoas que amamos e fazer atividades que nos dão
prazer só fortalecem a satisfação.

As Necessidades Humanas segundo Maslow


Para tratarmos de necessidades humanas, o ponto de partida é saber que as pessoas são dife-
rentes umas das outras, conforme já foi explanado anteriormente. Necessidade, portanto, é um
conceito variável e o que se pode afirmar é que esta variabilidade ocorre de pessoa para
pessoa e de acordo com as vivências e o momento da vida de cada um.

O conceito das necessidades humanas foi apresentado por muitos estudiosos, mas focaremos
a nossa abordagem na teoria de Maslow, comparando-as com modelos de Herzberg e Vroom.

Veja o que diz Maslow

Quando uma necessidade for satisfeita, ela deixa de motivar


o nosso comportamento. Ou seja: quando uma necessidade
muito intensa foi satisfeita, afirmamos que ela está ‘saciada’.
Essa necessidade foi satisfeita no sentido de que agora uma
outra necessidade poderá surgir.”

Em outras palavras...

Se a necessidade mais intensa for a sede, beber tenderá a diminuir a sua intensidade, cedendo
lugar a outras necessidades, que poderão tornar-se mais importantes.

A pirâmide de Maslow
Abraham Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo relacionado às
necessidades humanas.

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Segundo ele o homem é motivado segundo suas necessidades. Que se manifestam em graus
de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal
são as necessidades finais. Cada necessidade humana influencia na motivação e na realiza-
ção do indivíduo que o faz prosseguir para outras necessidades que podem ser visualizadas
em uma pirâmide hierárquica, também conhecida como a pirâmide de Maslow:

As Necessidades Humanas segundo Maslow


Conforme vimos na pirâmide, percebe-se que as necessidades mais básicas apresentam-se
na sua base, chegando ao topo com as necessidades mais complexas. Para um melhor
entendimento, descreveremos cada uma das necessidades a seguir:

Necessidades Fisiológicas: representam as necessidades relacionadas ao organismo como


alimentação, sono, abrigo, água, excreção e outros.

Necessidades de Segurança: aparecem após o suprimento das necessidades fisiológicas e são


representadas por necessidades de segurança e estabilidade, como proteção contra a violência,
proteção para saúde, recursos financeiros e outros.

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Necessidades sociais: somente aparecerão após as necessidades de segurança serem su-
pridas. São necessidades sociais como: amizades, socialização, aceitação em novos grupos,
intimidade sexual e outros.

Necessidades de autoestima: ocorrem depois que as necessidades sociais são supridas, são
necessidades de status, estima, autoconfiança, reconhecimento, conquista, respeito dos outros
e confiança.

Necessidades de autorealização: se encontram no topo da pirâmide hierárquica: moralidade,


criatividade, espontaneidade, autodesenvolvimento, valorização e prestígio fazem parte destas
necessidades.

Podemos perceber que, ora o funcionário se encontra com foco na segurança, ora está transitan-
do pela auto realização, ou vice-versa. Mas é oportuno o questionamento se isso não passa
a ocorrer em nível de igualdade e não em hierarquia, como dizia Maslow.

Com este pensamento, o seu funcionamento pode ser mostrado como pistões em movi-
mento: ora um está acima ora outro está abaixo. Dependendo da situação em que a pessoa
se encontra, ele se enquadra na sua necessidade e procura meios próprios para se resguardar
e acionar alguma outra base, como a estima ou a auto realização.

É de relevante importância esta observação tendo em vista que os funcionários


ficam navegando nos pilares como uma forma de reagir e acompanhar a instabi-
lidade apresentada hoje no mercado de trabalho.

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