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RESOLUÇÃO DA ATIVIDADE DE MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E TRANSPORTE PARA A PROVA B1

a) Qual é a classe de utilização, estado de carga e grupo da estrutura?

Estrutura: ponte rolante para pátio de sucata ou ponte rolante com eletroímã.

Classe de utilização  C
Estado de carga  3 Não há informações suficientes para classificar,
Grupo da estrutura  6 portanto, utilizar a Tabela de exemplos (T.36).

b) Qual é o coeficiente dinâmico da estrutura para solicitações devido aos movimentos verticais do
equipamento? Qual é o tempo de aceleração do equipamento, sabendo-se que ele é uma ponte de
aplicação comum?

Ψ  função da velocidade de elevação da carga:

VL (dado no enunciado) = 10 m/min / 60  0,17 m/s

Portanto, utilizando a Tabela 05 para ponte rolante, Ψ = 1,15.

Tempo de aceleração (ta)  sabendo-se que a ponte é para aplicação comum e a velocidade de
translação é igual a 63 m/min, segue-se até a tabela 06, onde não se encontra a velocidade de 63
m/min, então se utiliza a maior, que é de 96 m/min e equivale a um ta = 5 segundos.

c) Qual é o coeficiente de majoração da estrutura?

Mx  função do grupo da estrutura => Na tabela 10, encontra-se que Mx para o grupo 06 (lembrando
que já classificamos o grupo no item a) vale 1,20.

NOTA: Cuidado se o equipamento for de uso siderúrgico!!!! Nesse caso tem que se utilizar a
tabela 11.

d) Quais seriam as solicitações para o caso I e II da estrutura?

FÓRMULAS NA PÁGINA 14 DA NORMA

CASO I  Equipamento trabalhando em serviço normal sem vento:

CASO I = Mx.(SG+ Ψ.SL+SH)


CASO I = 1,20.(20+ 1,15.15+10)
CASO I = 56,7 Pa

CASO II  Equipamento trabalhando em serviço normal sujeito ao vento limite:

CASO II = Mx.(SG+ Ψ.SL+SH) + SW

OU: CASO II = CASO I + SW


CASO II = 56,7 + 6
CASO II = 62,7 Pa
e) No caso III, qual sub-caso seria mais crítico para a estrutura?

CASO III - 1 Equipamento fora de serviço normal sujeito ao vento máximo da região:

CASO III – 1 = SG+ SwMAX


CASO III – 1 = 20 + 22
CASO III – 1 = 42 Pa

CASO III - 2 Equipamento sob efeito de amortecimento de choques:

CASO III – 2 = SG+ SL+ST


CASO III – 2 = 20 + 15 + 28
CASO III – 2 = 63 Pa  SUBCASO MAIS CRÍTICO PARA A ESTRUTURA

CASO III – 3 dinâmico  Equipamento submetido ao ensaio dinâmico:

CASO III – 3 dinâmico = SG+ Ψ.φ1.SL


CASO III – 3 dinâmico = 20 + 1,15.1,20.15
CASO III – 3 dinâmico = 40,7 Pa

CASO III – 3 estático  Equipamento submetido ao ensaio estático:

CASO III – 3 estático = SG+ φ2.SL


CASO III – 3 estático = 20 + 1,40.15
CASO III – 3 estático = 41 Pa

f) Qual é a sigla, a classe de utilização, o estado de carga e o grupo do mecanismo estudado?

Mecanismo de Levantamento Principal da ponte rolante para pátio de sucata ou Mecanismo de


Levantamento Auxiliar da ponte rolante com eletroimã.

Não há informações suficientes para classificar, portanto, se utiliza a tabela 37 – Item 4.

Sigla  L
Classe de utilização  V3
Estado de carga  3
Grupo do mecanismo  4m

NOTA: Cuidado se o equipamento for de uso siderúrgico!!!! Nesse caso tem que elevar o grupo
para o maior mais próximo.

g) Qual é a intermitência e classe de partida do motor elétrico a ser utilizado no mecanismo estudado?

Ainda utilizando a tabela 37 – Item 4, tem-se que para o mecanismo de Levantamento Principal da ponte
rolante para pátio de sucata ou Mecanismo de Levantamento Auxiliar da ponte rolante com eletroímã.

Lev. Principal da P.R. p/ pátio de sucata:


Intermitência  30 a 60 %
Classe de partida  150 - 300
h) Qual é a duração média de um ciclo de manobra completo do içamento?

Espaço = 6 m
Velocidade = 10 m/min
Tempo = 6 / 10 = 0,6 min = 36 segundos.

A manobra de içamento compreende 4 etapas:


Içamento do gancho, içamento da carga, abaixamento da carga e abaixamento do gancho, portanto,
multiplica-se os 36 segundos por 4 = 144 segundos.

i) Qual é a duração média de um ciclo de manobra completo da translação?

Espaço = 20 m
Velocidade = 63 m/min
Tempo = 20 / 63 = 0,317 min = 19 segundos.

A manobra de translação compreende 2 etapas:


Translação do equipamento com carga e translação do equipamento sem carga, portanto, multiplica-se
os 19 segundos por 2 = 38 segundos.

j) Qual é a duração média de um ciclo de manobra completo?

Basta somar o tempo da manobra de içamento ao tempo da manobra de translação, ou seja:


ts = 144 + 38
ts = 182 segundos

k) Qual é a duração total teórica da utilização?

Sabendo-se que o tempo médio de uso diário do equipamento (tm) é igual a 6 h / dia, a duração total
teórica de utilização (te) é de 12500 horas = na Tabela 20.

l) Qual é o número convencional de ciclos (calculado)?

Nx = (3600 . te) / ts
Nx = (3600 . 12500) / 182
Nx = 2,47 x 105 ciclos

m) Qual é o número convencional de ciclos normalizado para a classe de utilização mais próxima
(recomendado pela norma) e também para a classe superior?

Na tabela 34:
Classe mais próxima = B (2 x 105 ciclos)  Utilizamos essa, conforme recomendação da norma.
Classe superior = C (6,3 x 105 ciclos)

n) Qual é o tempo total de utilização efetiva?

Sabendo-se que a classe a ser utilizada é a B e o tempo da manobra completo é de 182 segundos,
utiliza-se a Tabela 34.
Não tem o tempo de 182 segundos, então utilizaremos o mais próximo que é de 190 segundos, cruza-se
com a classe B e encontra-se que o tef = 10500 h.
o) Qual é a máxima tensão atuante para uma situação de tração quando o equipamento está em serviço
sob o efeito de um amortecimento?

Se vamos estudar o equipamento em serviço sob o efeito de amortecimento, temos um caso excepcional
de solicitação e casos excepcionais se encaixam no CASO III de solicitação da norma, portanto, na
Tabela 25 encontramos que FSr = 2.

Sabendo-se que o aço é da classe 7.8, temos que a tensão limite de ruptura é 700 MPa (7 x 100 = 700),
e sabendo-se que o grupo do mecanismo é 4m, vamos à Tabela 24 e encontramos que q = 1,40.

Resolvendo a equação temos:

1,25 σt < σa
1,25 σt < σr / q.FSr
1,25 σt < 700 / 1,40 x 2
1,25 σt < 250
σt < 250 / 1,25
σt = 200 MPa  Máxima tensão atuante na estrutura

p) Qual é o coeficiente de segurança nessa situação?

C.S. = 1,25 x q x FSr


C.S. = 1,25 x 1,40 x 2
C.S. = 3,50

OU

C.S. = σr / σt
C.S. = 700 / 200
C.S. = 3,50

NOTA 1: O valor de 1,25 é usado na fórmula porque estamos estudando a tração. CUIDADO!
NOTA 2: Se o mecanismo for de ferro fundido cinzento, o valor de FSr tem de ser multiplicado por
1,25.

q) Qual seria o coeficiente de segurança em uma situação genérica quando o equipamento está em
serviço normal sem vento?

Se o serviço fosse normal sem vento, alteraria o caso de solicitação para o CASO II, o que mudaria
somente o FSr na Tabela 25, que agora passaria a ser 2,8, e assim, o novo C.S. seria:

C.S. = 1,25 x q x FSr


C.S. = 1,25 x ,40 x 2,8
C.S. = 4,90
r) Qual é o motor utilizado no levantamento principal?

Seguem cálculos na sequência:

Ws .v levantamento
Pelevação = .f 1 .f 2 .f 3
75.60.η sistema de elevação

Onde :
Ws = carga de serviço (carga útil + carga dos acessórios) (daN ou kgf)
CUIDADO QUE O Ws É SÓ PARA O QUE PRECISAMOS ELEVAR :
Ws = 40000 kg (Wu) + 20000 kg (rodas) + 775 kg (do moitão) = 60775 kg
MAS... o que precisamos elevar é somente :
Ws = 40000 kg (Wu) + 775 kg (do moitão) = 40775 kg = 40775 daN

v levantamento = velocidade de levantamento (m/min) = 10 m/min (enunciado)


η sistema de elevação = rendimento mecânico do sistema responsável pelo levantamento,
geralmente = η mancal .η talha .η redutor

η mancal => deslizamento (= rolamento) = 0,98


η talha => Cabo saindo da polia fixa / mancal de rolamento / 8 cabos => 0,91
η redutor = 0,97 N , onde N = nº de pares de engrenagens, portanto :
η redutor = 0,97 4 = 0,885

Assim, o rendimento do sistema resulta em :


η sistema de elevação = η mancal .η talha .η redutor
η sistema de elevação = 0,98.0,91.0,885
η sistema de elevação = 0,789

f1 => T = 45º C => Kt = 96 => f1 = Kt/100 = 96/100 = 0,96


f 2 => altitude = 1000 m a.n.m => Kh = 100 => f 2 = Kh/100 = 100/100 = 1
f3 = 1

PORTANTO :
Ws .v levantamento
Pelevação = .f 1 .f 2 .f 3
75.60.η sistema de elevação

40775.10
Pelevação = 0,96.1.1
75.60.0,789

Pelevação = 110,20 CV
s) Qual é o motor utilizado na translação da carga?
Paceleração + Pregime
Ptranslação = .f1 .f 2 .f 3
K

Onde :
K = 1,8 (relação que impede que selecionemos um
motor muito mais potente do que o necessário)
Paceleração = potência necessária para sair do repouso
(calculada)
Pregime = potência necessária para manter a máquina
em funcionamento (calculada)

2
WS .v translação .β
Paceleração =
g.75.ta.60 2.η mec

Onde :
Ws = 40000 kg (Wu) + 20000 kg (rodas) + 775 kg (do moitão) = 60775 kg
g = aceleração da gravidade (9,8 m/s 2 )
v translação = velocidade de translação (m/min) = 63m/min (enunciado)
ta = tempo de aceleração (s) = 5 segundos (lidos na Tabela 06)
β = 1,2 (Inércia das massas giratórias)
η mec = η redutor = 0,885

Portanto :
60775.63 2.1,2
Paceleração =
9,8.75.5.60 2.0,885

Paceleração = 24,86 CV

WS .v translação .(W)
Pregime =
75.60.η mec

Onde :
Ws = 40000 kg (Wu) + 20000 kg (rodas) + 775 kg (do moitão) = 60775 kg

W = resistência específica ao deslocamento (adm)


d  190 
µ. + F  0,002. + 0,5 
 2  = 0,00345
W= 2 =
Dr  400 
 
2  2 
Lembrando que :
µ = atrito médio : Rolamento = 0,002
d = diâmetro do cubo = 190 m (enunciado)
Dr = diâmetro da roda = 400 mm (enunciado)
F = 0,5 mm

η mec = η redutor = 0,885

Portanto :
WS .v translação .(W)
Pregime =
75.60.η mec

60775.63.(0,00345)
Pregime =
75.60.0,885

Pregime = 3,30 CV

Finalmente a potência de translação da carga pode ser calculada :


Paceleração .Pregime
Ptranslação = .f 1 .f 2 .f 3
K

Onde : f 1 , f 2 , f 3 são coeficientes e não se alteram, valem o mesmo valor


utilizado no cálculo da potência necessária para a elevação da carga.

Portanto :
24,86 + 3,30
Ptranslação = 0,96.1.1
1,8

Ptranslação = 15,02 CV

t) Qual é a quantidade de cabos de aço necessários para levantamento da carga com segurança?

Para carregar a carga útil de 40 toneladas, é necessária a utilização de 8 cabos de aço, conforme
podemos ver na tabela do moitão, que segue (se olharmos a tabela do moitão com 4 cabos, veríamos
que ela só transporta até 30 toneladas de carga útil):

NOTA: Já deveria ter sido encontrado para fazer os cálculos anteriores, pois já precisamos saber
o número de cabos necessários para calcular o peso do moitão.
u) Qual é o diâmetro do cabo de aço em polegadas (normalizado)?

Sabendo que estamos tratando do grupo de mecanismo 4m (determinado no item f) do exercício) e


utilizando cabos não rotativos, da tabela 27 temos que Q = 0,425

d c = Q. T
Onde :
Q = 0,425 (Tabela 27 => grupo 4m + cabo não rotativo)
Ws
T=
n.º de cabos .η talha

40775
Portanto : T = = 5600,96 daN
8.0,91

Assim sendo :
d c = Q. T
d c = 0,425. 5600,96
d c = 31,81mm
=> Normalizando (maior mais próximo)
d c = 1. 3 " (= 34,93 mm)
8

v) Qual é o peso do cabo de aço em kg/m?


w) Qual é o coeficiente de segurança em relação ao uso?

Se o diâmetro do cabo de aço é 1.3/8” e a qualidade do arame é EIPS, basta entrar na tabela e encontrar
o valor do peso do cabo de aço e da carga suportada (para o cálculo do C.S.):
Peso = 5,208 kg/m
Carga suportada = 87090 kg

C.S. = carga suportada / tração


C.S. = 87090 / 5600,96
C.S. = 15,5

O coeficiente de segurança é mais do que suficiente para o caso estudado.

x) Qual é a dimensão da parte do trilho que está em contato direto com a roda (“b”)?

No nosso caso, temos uma roda TR 37 e a sua superfície de rolamento é plana, portanto, sabemos que
tem-se que utilizar a fórmula da letra a) e as dimensões desse trilho, conforme a tabela, são:

l = 62,7 mm
r = 7,9 mm
Assim, calculando o “b”, temos:

b = l – 2.r
b = 62,7 – (2.7,9)
b = 62,7 – 15,8
b = 46,9 mm

y) Qual é a pressão limite de serviço sofrida pelas rodas?

Sabendo que a tensão normal de ruptura do material das rodas é 710 MPa que equivale a 71 daN/mm2,
temos que a Pressão limite de serviço sofrida pelas rodas é de 0,65 daN/mm2 pela Tabela 30.

z) Quais são os coeficientes c1 e c2 das rodas?

O coeficiente c1 pode ser encontrado na Tabela 32, sabendo-se que o diâmetro da roda é de 400 mm
e a velocidade de translação é de 63 m/min (ambos foram dados no enunciado) => portanto c1 = 0,94

O coeficiente c2 pode ser encontrado na Tabela 33, sabendo-se que o mecanismo em estudo foi
classificado no grupo 4m => portanto c2 = 0,80.

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