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Leonardo Subirana Lemos

Leandro Andrighetti

Filosofia

13/08/23

Pirronismo

TEXTO

“O cético se revela particularmente sensível à questão da diaphonía

[controvérsia], chama continuamente nossa atenção sobre ela, sem permitir

que a esqueçamos ou percamos de vista, como é habitual na maioria dos

filósofos, que não consentem em sobre ela demorar-se. Ele nos convida com

insistência a que consideremos com cuidado e meditemos profundamente

sobre o conflito permanente das posições fi losófi cas, por assim dizer

condenadas a esse mesmo conflito se alimentarem e viverem.”

CONCLUSÃO

Logo se nota nesta parte do texto que o cético mostra uma sensibilidade especial em

relação à questão da controvérsia, mantendo nossa atenção constantemente voltada para ela. Ao

contrário da maioria dos filósofos, que muitas vezes evitam explorá-la por muito tempo, o cético
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nos convida a refletir profundamente sobre o conflito constante entre diferentes posições

filosóficas. Ele nos incentiva a considerar cuidadosamente esse embate de ideias e a mergulhar

na reflexão sobre como essas posições, de certo modo, se sustentam e evoluem a partir desse

conflito. Em suma, o cético nos lembra da importância de examinar atentamente as controvérsias

filosóficas, enxergando nelas uma oportunidade de crescimento intelectual e entendimento mais

profundo.

TEXTO

“O personagem cético, por ter dúvidas sobre a verdade das

coisas, sente-se inapto a agir e a levar uma vida feliz.”

CONCLUSÃO

Em conclusão, o personagem cético, constantemente questionando a veracidade das

coisas, pode inicialmente enfrentar desafios em sua busca por ação e felicidade. No entanto, é

importante notar que a natureza cética pode também ser uma ferramenta valiosa para o

autodescobrimento e a autotransformação. Enquanto o cético pode se sentir inapto no início

devido à incerteza que acompanha suas dúvidas, essa mesma incerteza pode levar a uma

exploração mais profunda e a uma compreensão mais ampla das complexidades da vida. Ao

encontrar um equilíbrio entre a dúvida e a ação, o cético pode se capacitar a agir com

sabedoria e buscar uma forma de felicidade mais resiliente e enriquecedora. A jornada do cético
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pode ser desafiadora, mas também oferece a oportunidade de crescimento, autenticidade e uma

compreensão mais completa do mundo ao seu redor.

TEXTO

“À medida que pretende melhorar a vida do próximo, o cético de algum modo

subentende que aquilo que lhe aparece é aquilo que deveria aparecer a todos.

E a imposição de um “dever ser” sem valor epistêmico pode soar um tanto

quanto estranha. Cabe perguntar se é possível pregar uma maneira de agir

sem assumir uma pretensão de conhecimento da verdade.”

CONCLUSÃO

Em resumo, quando o cético busca contribuir para o bem-estar dos outros, ele

inevitavelmente assume que sua visão de mundo é um padrão universal. No entanto, essa noção

de que todos deveriam enxergar as coisas da mesma maneira pode parecer algo desconexo da

realidade. Coloca-se em questão, portanto, se é realmente viável sugerir um curso de ação sem

reivindicar um entendimento absoluto da verdade. Ao considerar essa complexidade, somos

levados a refletir sobre como compartilhar princípios de conduta sem impor dogmas. O cético, ao

se engajar nesse desafio, nos lembra que a humildade é um componente essencial. Em vez de

apresentar certezas inflexíveis, talvez seja mais produtivo oferecer perspectivas éticas que

inspirem a compreensão e a aceitação mútuas. Nessa jornada, o cético nos convida a uma

reavaliação profunda de como influenciamos positivamente o mundo ao nosso redor. Mesmo


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quando a verdade absoluta permanece elusiva, podemos encontrar maneiras de promover a

empatia e o respeito. Portanto, ao confrontar a dualidade entre orientar sem presumir

conhecimento total, o cético nos desafia a sermos mais compassivos e a compreender que, muitas

vezes, o caminho para melhorar a vida dos outros começa com a humildade e a disposição de

aprender.

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