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Rita Aparecida Romaro VIDOTOOISd 4 Edicao revista e atualizada 23 ey EDITORA Te aout) VOZES digo de Esea Profissiona do pscélogo, 15 {© Cadigo de Esca Profssionsl do psicblogo— percusohistrio, 27 Cécign de Erica Provisional do psicélogo de 1975, 30, Cédigo de Erica Profissional do Psicéloge de 1979, 31 ‘Césigo de Erica Proissional do PreSlogo de 1987, 33 Cécigo de EscaProissional do Pscblogn de 2005, 35, Princpis fandamentaisda ca, 39 sgulamentagdes sobre o exercicio profisional e o Cédigo de sssamento Disciplinar, 45, islacio sobre o exerccio profissiomil, 45 Cédigo de Processamento Disciplinar, 54 de especilizagioe residéncia em psicologia, 59 pesquisa com seres humanos em psicologia, 63 Jimitagio do campo de atuagioe das técnicas empregadas, 69) coterapia, 88 spas nao reconhecidas cientificamemte, 92 ‘mediadas por computador, 94 8 Consideragdes finais, 99 Anes, 101 ‘Anexo 1 = Cdigo de ic: Profissional do PsicSlogo de 1975, 108, ‘Anexo 2—Cédigo de Fc: Profissional do Psicdlogode 1979, 113, ‘Anexo3~Cisigo de Eis Proisional do Picslogn de 1987, 125, ‘Anexo 4—Definicio das eipecialidades a serem concedidas pelo CConselho Federal de Psicilogia, para efeito de concessio registro do titulo profissional de esperalista em psicologia (Anexo da Resolucio CFP OL32007), 139 Reeracas bibingifias, 159) O exercicio de uma profissdo requer competéncia técni- . rigor ético © compromisso com a sociedade em que se liza. Quando se trata de uma profissio regulamentada, s3es aspectos ganham contornos mais claros, uma vez que {stem Grgios responsiveis, com delegacio do Estado, para dar dessas tarefas. A psicologia, profissio regulamentada desde 1962, tem ~ Win historia desses 43 anos de regulamentagio~ algumas ca~ Jacteristicas interessantes. Regida inicialmente por leis pro- duzidas em um perfodo politico em que vigorava o autor turismo ¢ 0 arbftrio, a profissio teve, desde sempre, uma ‘categoria preocupada em refletir sobre seu papel social. Evi- ddentemente, nao de forma unanime. As contradigoes da so ciedade perpassam todos os seus setores ¢ a psicologia ndo ocleria ficar isenta, Mesmo assim, ou exatamente por catt~ it disso, temos af uma categoria que ao longo desses anos jucstiona compromisso com as elites que em muitos con extos marcou a presenga social da profissio e se preocupa 1m apontar a necessidade de colocar a psicologia a servigo tle toda sociedade. E também uma categoria que se apropriou de seus 6r- iplos reguladores, os Conselhos, por meio de mecanismos: de participagio democritica (Congressos Nacionais e Regio= 10 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES nais; consulta nacional para cleigéo da diretoria do Conse- Iho Federal de Psicologia; realizagao de foruns teméticos, apenas para citar os principais exemplos). Esta categoria, com esta forma de organizacio e participacio, tem sido ca paz de desenvolver, junto aos Conselhos, projetos coletivos para a profissio, a partir da avaliagio de suas amplas possi- bilidades de insergio social, em campos diversificados ¢ aten- dendo diversos segmentos sociais. ‘Da mesma forma, tem sido possfvel nesses érgios (Con- selho Federal e Conselhos Regionais de Psicologia) exercer © papel de regulamentacio, orientagio e fiscalizacio do exer~ cfcio profissional, considerando as demandas da sociedade, as questdes concretas vividas pelos profissionais € as possi- bilidades diversas de encaminhamento desses aspectos com qualidade técnica e compromisso ético, de modo que a psi- cologia se afirme como atividade profissional reconhecida ¢ respeitada pelo conjunto da sociedade. ‘As resolugies e normas para 0 exercicio profissional sur- gem do debate de tais demandas © questées: por um lado, com participacio ampla de profissionais psicélogos e, quan- donecessirio, psic6logos especialistas em determinadas ques- tes; ¢, por outro lado, acrescido esse debate da discussao politica de projetos para a profissio, realizada nos espacos de definicio dessa politica (a partir do Congresso Nacional de Psicdlogos do Sistema Conselhos). Essas perspectivas e concepedes sobre a profissio e seus Srgaos de regulamentacdo, para se concretizar, requerem a articulagao com duas tarefas bésicas: a formacio de novos profissionais e a divulgagio dos debates e deliberagdes exis tentes no Ambito dos Conselhos. E neste viés que se insere ETICA NA PSICOLOGIA. 1 ente obra. A autora nos apresenta uma sistematizagao_ histérico dos Cédigos de Etica dos Psicélogos, com ue para 0 processo de claboracio do atual, que est vigor desde 27 de agosto de 2005. Apresenta também parte importante e nem sempre conhecida pelos psi-~ , da legislacio geral sobre o exercfcio profissional. ir, situa a importincia das resolugdes que complemen- detalham a legislago fundamental, apresentando algu- delas. bora toda a legislagao sobre o exercicio profissional Piiblica, estando disponivel nos vefculos de comunica- dos Conselhos (sites, jornais e publicacées especificas), .-s¢ da necessidade de trabalhar constantemente para sua gacio ¢ apropriacio pelos profissionais © usuarios dos sos de psicologia. Nesse sentido, a obra de Rita Roma- \de subsidiar inicialmente os psic6logos que tém, entre deveres, conhecer as normas para o exercicio pro- al. Também pode contribuir para o conhecimento, demais pessoas, da psicologia como pritica que expressa sromissos € se propde a determinados objetivos frente iedade. finalmente, pode ser um instrumento til na forma- fituros psicdlogos, facilitando 0 acesso a legislacio onal e permitindo uma iniciagio em uma discussio leverd fazer parte de todo o exercfcio profissional. {queremos profissionais cientes e ciosos de seu lugar € se queremos psicdlogos cidadios, que participam strugio dos rumos de sua profissio na sociedade, de~ garantir desde cedo e sempre que a base dessa atua- 1a legislagio, seja conhecida, debatida e, sempre que 1 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES necessirio, modificada. Uma legislacio assim produzida deve ser, também e principalmente, individual e coletivamente compreendida, apropriada e respeitada. Esta obra se prope como um primeiro passo nessa direcio. Bronia Liebesny Picslogae metre m Psicologia Social ~ PUC-SP Proesona ma isiglna Ec Prifisonal resentagao Oatual Codigo de Etica Profissional do Psicélogo refle- importincia e 0 reconkecimento do papel social do psi- go ao longo das décadas, sua insercio 4 comunidade € transparéncia para lidar com pontos delicados como 0s lemas éticos, : A ideia de escrever este livro deriva-se de minha expe- cia como docente e das dividas e dificuldades apresen- las por alumos, colegas e usudrios ao longo dos iiltimos anos. trabalho objetiva aclarar aos interessados pela 4rea, as ecificagdes € ramificagdes de nossa atuago em diversos mentos da sociedade, em nfvel preventivo, psicoter’- , académico, institucional e outros. Objetiva também larecer dircitos c deveres —deambos, ususrios e psicdlogos, ltando a importincia da participacio conjunta para o de- volvimento da intrincada fungio de psicélogo. A presente edicio foi revista, atualizando as Resolugdes ‘Conselho Federal de Psicologia até marco de 2014. No capitulo 1 € apresentado o Cédigo de Etica Profis- 1 do Psicélogo em vigor. lo capitulo 2 recorto alguns aspectos dos percalgos 50s de nossa profissio no territ6rio brasileiro, seu pro~ 10 de reconhecimento, a elaboracio do primeiro Cédigo 5), do segundo (1979), do terceiro (1987) ¢ o preparo para Cédigo de Etica Profissional do Psic6logo (2005). 14% COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES No capftulo 3 tego consideracées sobre algumas ques- 1t6es éticas e suas aplicagées, discorrendo sobre como valo- res, necessidades e contexto sociopolitico sio mutiveis € ex- pressam o desenvolvimento de um povo, de um grupo, de cada individuo. Cabe ressaltar a importincia de se resgatar 0s caminhos percorrides, que possibilitaram sua elaboragio, por meio da apresentagio das resolugdes do Conselho Federal de Psicolo- gia, disponfveis no site do CRP, de 1996 a margo/2014. Agru- pei-as por t6picos, a fim de contemplar algumas alteragSes coriundas da pratica profissional e da evolugio cientffica em di- versas éreas do saber. As resolugdes do Conselho Federal de Psicologia, complementando ¢ esclarecendo artigos ¢ alineas do e6digo, sio citadas e algumas vezes apresentadas de forma ‘oral ou parcial, no sentido de acompanhar as inovagdes cienti- ficas,as transformacées sociais, as demmandas e reflexGes da clas- se profissional, da sociedade, com seus impasses ¢ dificuldades, como nossa atuuagao em prol da luta antimanicomial, contra o ato médico, entre ontras. No capitulo 4 sio apresentadas as regulamentacSes que norteiam a legislagio do exercfcio da profissio e as normas dis ciplinares. No capitulo 5, as regulamentagdes sobre as especiali- zagbes¢ residéncia em psicologia e no capftulo 6 sio abordadas ‘questdes e procedimentos para.a pesquisa em psicologia. No capitulo 7 trabalha-se a delimitagio do campo de atuagio do psicélogo, com destaque para a avaliacio psico- dgica, as psicoterapias, as terapias nfo reconhecidas cienti- ficamente e as prdticas mediadas por computador. (Os anexos apresentam um pouco de nossa identidade profissional, ao trazerem na integta nossos cédigos de ética anteriores ¢ as definigées das especialidades em psicologia. édigo de Etica Profissional do sicdlogo Toda profissio define-se a partir de um corpo de priticas ue busca atender demandas sociais, norteado por elevados irées técriicos ¢ pela existéncia de normas éticas que ga- jantam a adequada relago de cada profissional com seus pa~ ecom a sociedade como um todo. Um Cédigo de Etica profissional, ao estabelecer padroes sperados quanto 3s priticas referendadas pela respectiva ategoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a {torreflexio exigida de cada individuo acerca da sua praxis, le modo a responsabilizé-lo, pessoal e coletivamente, por Jes e suas consequéncias no exercicio profissional, A mis- primordial de um cédigo de ética profissional nio € de sormatizar a natureza técnica do trabalho, ¢, sim, a de asse- rar, dentro de valores relevantes para a sociedade ¢ para priticas desenvolvidas, um padrio de conduta que forta- «ca 0 reconhecimento social daquela categoria. Cédigos de Etica expressam sempre uma concepcao de smem ¢ de sociedade que determina a direcio das relagoes {tre 0s individuos. Traduzem-se em principios ¢ normas ic devem se pautar pelo respeito a0 sujeito humano e seus reitos fundamentais. Por constituir a expressio de valores iversais, tais como os constantes na Declaragio Universal Direitos Humanos; socioculturais, que refletem a re do pats; e de valores que estroturam uma profissao, tum 16 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES Codigo de Etica nio pode ser visto como um conjunto fixo de normas ¢ imutivel no tempo. As sociedades mudam, as pro- fissdes se transformam e isso exige, também, uma reflexio continua sobre o proprio cédigo de ética que nos orienta. A formulacao deste Cédigo de Etica, 0 terceiro da pro- fissio de psicdlogo no Brasil, responde a0 contexto orga~ nizativo dos psicélogos, ao momento do pais ¢ ao estigio de desenvolvimento da psicologia enquanto campo cientifico ¢ profissional, Este Cédigo de Etica dos Psicélogos é reflexo da necessidade, sentida pela categoria e suas entidades repre sentativas, de atender & evolugio do contexto institucional le~ gal do pafs, marcadamente a partir da promulgacdo da deno- minada Constitui¢io Cidada, em 1988, e das legislagoes de- hh decorrentes. Consoante com a conjuntura democritica vigente, 0 pre- sente Cédigo foi construido a partir de muiltiplos espacos de discussio sobre a ética da profissio, suas responsabilidades € compromissos com a promocio da cidadania. © proceso ocorreu ao longo de trés anos, em todo o pais, coma parti- cipagio direta dos psicdlogos e aberto a sociedade. Por fim, foi aprovado e passou a vigorar em 21/07/2005 — Resolucio CEP 010/2005. Este Cédigo de Etica pautou-se pelo principio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexio do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicélo- go. Para tanto, na sua construgio buscou-se: a. Valorizar os principios fundamentais como grandes ei- xos que devem orientar a relagio do psicélogo com a so- ciedade, a profissio, as entidades profissionais ¢ a cién- cia, pois esses eixos atravessam todas as priticas ¢ estas demandam uma continua reflexdo sobre o contexto so- cial ¢ institucional. ETICA NA PSICOLOGIA 7 b.Abrir espaco para a discussio, pelo psicélogo, dos li ites ¢ intersecdes relativos aos direitos individuais ¢ co- etivos, questio crucial para as relagoes que estabelece coma sociedade, os colegas de profissio ¢ 0s usufrios ou beneficisrios dos seus servigos. ‘c. Contemplar a diversidade que configura o exercicio la profissio e a crescente insercio do psicélogo em con- sxtos institucionais e em equipes multiprofissionais. |. Estimular reflexdes que considerem a profissio como um todo ¢ nio em suas priticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos nao se restringem a priticas especificas e surgem em quaisquer contextos de atuacio. ‘Ao aprovar ¢ divulgar 0 Cédigo de Etica Profissional do sblogo, a expectativa € de que ele seja um instrumento de delinear para a sociedade as responsabilidades ¢ res do psicdlogo, oferecer diretrizes para a sua forma- ¢€ balizar os julgamentos das suas agdes, contribuindo 0 fortalecimento ¢ ampliagio do significado social da sso. ios fandamentais O psicélogo basearé 0 seu trabalho no respeito e na romocio da liberdade, da dignidade, da igualdade e da \tegridade do ser humano, apoiado nos valores que em- sam a Declaracio Universal dos Direitos Humanos, . O psicélogo trabalharé visando promover a satide ea lidade de vida das pessoas e das coletividades e con- ibuira para a eliminagio de quaisquer formas de negli- cia, discriminacio, exploragio, violencia, crueldade opressio, 18 COLEGAO ETICA NAS FROFISSOES III. O psicélogo atuara com responsabilidade social, ana~ lisando critica e historicamente a realidade politica, eco- némica, social e cultural TV. O psicélogo atuara com responsabilidade, por meio do continuo aprimoramento profissional, contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia como campo cien- tifico de conhecimento e de pritica. V. O psicélogo contribuiré para promover a univer- salizacio do acesso da populagio 3s informagées, a0 co- nhecimento da ciéncia psicolégica, aos servigos € aos padrées éticos da profissio, VI. O psicblogo zelara para que 0 exereicio profissional seja efetuado com dignidade, rejeitando sirmacdes em que a Psicologia esteja sendo aviltada, VIL. O psicélogo consideraré as relagées de poder nos contextos em qui atua ¢ 0s impactos dessas relagoes sobre as suas atividades profissionais, posicionando-se de for- ma critica e em consonancia com os demais principios deste Codigo. Das responsabilidades do psicslogo “Art, 1° — Sio deveres fandamentais dos psicélogos: a. Conhecer, divtilgar, cumprire fazer cumprir este C6- digo; b. Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitado pessoal, tedrica ¢ tecnicamente; c. Prestar servigos psicoldgicos de qualidade, em condi- ges de trabalho dignas € apropriadas & natureza desses servigos, utilizando princfpios, conhecimentos ¢ técnicas reconhecidamente fundamentados na ciéncia psicolégica, nna ética e na legislagio profissional; ETICA NA PSICOLOGIA. 19 d. Prestar servigos profissionais em situagies de calamidade ppiiblica ou de emergéncia, sem visar beneficio pessoal; c. Estabelecer acordos de prestacio de servigos que res~ peitem os direitos do usurio ot beneficiério de servigos de Psicologia; £ Fomecer, a quem de direito, na prestacio de servigos ssicol6gicos, informag6es concernentes ao trabalho a ser alizado e ao seu objetivo profissional; | Informar, a quem de direito, os resultados decorren= tes da prestagio de servicos psicolégicos, transmitindo jomente o que for necessirio para a tomada de decisdes gue afetem o ususrio ou beneficidrio; hh. Orientar a quem de dircito sobre os encaminhamen- apropriados, a partir da prestagio de servicos psico- Jégicos, e fornecer, sempre que solicitado, os documentos ertinentes ao bom termo do trabalho; Zclar para que a comercializacio, aquisicéo, doacio, spréstimo, guarda e forma de divulgacdo do material ivativo do psicélogo sejam feitas conforme os principios te Codigo; “Ter, para com o trabalho dos psicdlogos ¢ de outros fissionais, respeito, consideracio e solidariedade, ©, ando solicitado, colaborar comestes, salvo irmpedimento yr motivo relevante; Sugerir servigos de outros psicélogos, sempre que, por tivos justificaveis, nio puderem ser continuados pelo fissional que os assumit inicialmente, fornecendo a0 substituto as informagées necessérias & continuidade trabalho; far a0 conhecimento das instincias competentes © yefcio ilegal ow irregular da profissio, transgressbes @ COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES princfpios e diretrizes deste Cédigo ou da legislacio pro- fissional. Art. 2° — Ao psicélogo € vedado: a, Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que ca~ racterizem negligéncia, discriminacio, exploragio, vio~ encia, crueldade ou opressio; b. Induzir a convicgées politicas, filoséficas, morais, ideolégicas, religiosas, de orientagio sexual ou a qual- quer tipo de preconceito, quando do exercfcio de suas fung6es profissionais; c. Utilizar ou favorecer 0 uso de conhecimento e a utili~ zacho de priticas psicolégicas como instrumentos de cas- tigo, tortura ou qualquer forma de violéncia; d. Acumpliciar-se com pessoas ou organizagées que exer- cam ou favoregam o exercicio ilegal da profissio de psi célogo ou de qualquer outra atividade profissional; €. Ser conivente com erros, faltas éticas, violacéo de di- reitos, crimes ou contravengdes penais praticados por psi- célogos na prestagio de servigos profissionais; £ Prestar servicos ou vincular o titulo de psicélogo a ser~ vvigos de atendimento psicolégico cujos procedimentos, técnicas € meios nao estejam regulamentados ou reco- nhecidos pela profissio; g. Emitir documentos sem fundamentacio ¢ qualidade técnico-cientifica; hh. Interferir na validade e fidedignidade de instrumentos € técnicas psicol6gicas, adulterar seus resultados ou fa- zer declaracoes falsas; i, Induzir qualquer pessoa ou organizagio a recorrer a seus servigos; ETICA NA PSICOLOGIA 2 Jbelecer com a pessoa atendida, familiar ou terceiro, tenha vinculo com o atendido, relacio que possa inter- ir negativamente nos objetivos do servigo prestado; Ser perito, avaliador ou parecerista em situagdes nas is seus vinculos pessoais ou profissionais, atuais ow eriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser lizado ou a fidelidade aos resultados da avaliacio; iar para servico particular ou de outra instituicio, isando beneficio proprio, pessoas ou organizacées atendi- jpor instituigio com a qual mantenha qualquer tipo de inculo profissional; Prestar servicos profissionais a organizagées con- srrentes de modo que possam resultar em prejuizo ara as partes envolvidas, decorrentes de informagées ivilegiadas; Prolongar, desnecessariamente, a prestagio de servi- profissionais; Pleitear oureceber comissses, empréstimos, daagdes ou van sns outras de qualquer espécie, além dos honorarios con- dos, assim como intermediar transagSes financeiras; | Receber, pagar remuneracio ou porcentagem por en= minhamento de servigos; | Realizar diagnésticos, divulgar procedimentos ou apre- intar resultados de servigos psicol6gicos em meios de co- ‘unicagio, de forma a expor pessoas, grupos ou organiza~ 3° — O psicdlogo, para ingressar, associar-se out per= \ecet em uma organizacio, considerara a missio, a filo- as politicas, as normas ¢ as priticas nela vigentes ¢ sua atibilidade com os princfpios e regras deste Codigo. 2 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES Pardgrafo “nico — Existindo incompatibilidade, cabe a0 psicdlogo recusar-se a prestar servigos ¢, se pertinente, apresentar demtincia a0 Grgio competente. Art. 4° — Ao fixar a remuneragio pelo seu trabalho, o psicélogo: a. Levard em conta a justa retribuicio aos servigos pres~ tados e as condicdes do usuario ou beneficiario; b. Estipularé o valor de acordo com as caracterfsticas da atividade e 0 comunicard 20 ustrio ou beneficiério an- tes do inicio do trabalho a ser realizad. c. Assegurard a qualidade dos servigos oferecidos inde- pendentemente do valor acordado. Art. 5° ~ O psicélogo, quando participar de greves ou paralisagoes, garantir4 que’ a. As atividades de emergéncia nao sejam interrom- pidas; b. Haja prévia comunicagio da paralisacéo aos usuarios ou beneficisrios dos servigos atingidos pela mesma. Art. 6° — O psicélogo, no relacionamento com profis- sionais nfo psicdlogos: a. Encaminharé a profissionais ou entidades habilitados € quulificados demandas que extrapolem seu campo de atuacio; b. Compartilhars somente informacées relevantes para qualificar o servigo prestado, resguardando o cariter con- fidencial das comunicagdes, assinalando a responsabili- dade, de quem as receber, de preservar o sigilo. Art. 7° — O psicdlogo poder intervir na prestagio de services psicol6gicos que estejam sendo efetuados por ou- tro profissional, nas seguintes situagdes. a. A pedido do profissional responsivel pelo servigo; b..Em caso de emergéncia ou risco ao beneficidrio ou usurio do servigo, quando dara imediiata ciéncia ao profissional; ETICA NA PSICOLOGIA 23 c, Quando informado expressamente, por qualquer uma das partes, da interrupgio voluntétia e definitiva do servico; d. Quando se tratar de trabalho multiprofissional e a in- tervencio fizer parte da metodologia adotada. ‘Art. 8°— Para realizar atendimento no eventual de cri- \¢a, adolescente ou interdito, o psicélogo deverd obter au- srizagio de ao menos um de seus responsiveis, observadas determinacées da legislacio vigente; § 1° — No caso de nfo se apresentar um responsivel le~ I, o atendimento deverd ser efetuado e comunicado As au~ rridades competentes; § 2° - O psicélogo responsabilizar-se-a pelos encami- mentos uc sc fizcrem necessérios para garantir a pro- fio integral do atendido. Art. 9° — E dever do psicélogo respeitar o sigilo profi ynal a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a imidade das pessoas, grnpos ou organizagoes, a que te- acesso no exercfcio profissional rt, 10 — Nas sitnacdes em que se configure conflito as exigéncias decorrentes do disposto no art. 9° © as ages dos principios fundamentais deste Cédigo, ex- jando-se os casos previstos em lei, 0 psicslogo poderd idir pela quebra de sigilo, baseando sta decisio na busca jenor prejutzo. rigrafo tinico ~ Em caso de quebra do sigilo previs~ caput deste artigo, o psic6logo devers restringir-se a as informagées estritamente necessérias. . 11 — Quando requisitado a depor em juizo, 0 psicé- yoderd prestar informagées, considerando 0 previsto, digo. 42 — Nos documentos que embasam as atividades Juipe multiprofissional, o psicdlogo registraré apenas Py COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES as informagées necessarias para o cumprimento dos obje- tivos do trabalho. Art. 13 - No atendimento 3 crianga, 20 adolescente out a0 interdito, deve ser comunicado aos responsiveis o estritamen- te essencial para se promoverem medidas em seu beneficio, Art. 14 — A utilizagio de quaisquer meios de registro ¢ observagio da pritica psicolégica obedecerd as normas des- te Cédigo ea legislacio profissional vigente, devendo o usté- rio ou beneficidrio, desde o infcio, ser informado. Art, 15 ~ Em caso de interrupgio do trabalho do psicé- logo, por quaisquer motivos, ele deveré zclar pelo destino dos seus arquivos confidenciais. § 1° - Em caso de demissio ou exoneracio, o psicélogo doverd repassar todo o material ao psic6logo que vier a subs~ tituf-lo, ou lacri-lo para posterior utilizacdo pelo psicdlogo substituto. § 2° — Em caso de extingio do servico de Psicologia, 0 psicélogo responsdvel informard a0 Conselho Regional de Psicologia, que providenciaraa destinagio dos arquivos con- fidenciais. Art. 16— O psicdlogo, na realizagio de estudos, pesquii- sas ¢ atividades voltadas para a produgio de conhecimento ¢ desenvolvimento de tecnologias: a. Avaliard 08 riscos envolvidos, tanto pelos procedimen- 10s, como pela divulgacio dos resultados, com 0 objetivo de proteger as pessoas, grupos, organizagées ¢ comuni- dades envolvidas; b, Garantiré o carter voluntério da participagio dos en- volvidos, mediante consentimento livre ¢ esclarecido, salvo nas situac6es previstas em legislacio espectfica ¢ respeitando os principios deste Cédigo; ETICA NA PSICOLOGIA 25 c. Garantir4 0 anonimato das pessoas, grupos ou organi- zacbes, salvo interesse manifesto destes; d, Garantiré 0 acesso das pessoas, grupos ou organiza~ ges aos resultados das pesquisas ou estudos, apés seu encerramento, sempre que assim o desejarem. Art. 17 — Caberi aos psicélogos docentes ou superviso- esclarecer, informar, orientar e exigir dos estudantes a rvincia dos principios e normas contidas neste Cédigo. . 18 - O psicblogo nao divulgaré, ensinard, cederd, estar ou venderd.a leigos instrumentos e técnicas psi- gicas que permitam ou facilitem o exercicio ilegal da fissa0. . . 19 — O psicélogo, ao participar de atividade em vet- ys de comunicacao, zelaré para que as informagoes pres- disseminem 0 conhecimento a respeito das atribui- , da base cientifica e do papel social da profissio. . 20 — O psicdlogo, ao promover publicamente seus 0, por quaisquer meios, individual ou coletivamente: Informard o seu nome completo, o CRP seu ntéime- de registro; Wri referéncia apenas a titulos ou qualificagées pro- jionais que possua; ivulgaré somente qualificaSes, atividades e recur- relativos a téenicas e priticas que estejam reconheci- ou regulamentadas pela profissio; {io utilizard o prego do servigo como forma de pro~ da; fard previsio taxativa de resultados; far4 autopromogio em detrimento de outros pro- is; 2 COLECAO ETICA NAS PROFISSOES g, Nio propors atividades que sejam atribuig6es privati- vas de outras categorias profissionais; h. Nao fara divulgacio sensacionalista das atividades profissionais, Das disposicses gerais Art. 21—As transgress6es dos preceitos deste Cédigo cons- titmem infragéo disciplinar com a aplicacio das seguintes pe- nalidades, na forma dos dispositivos legais ou regimentais: a. Adverténcia; b. Multa; . Censura piblica; d. Suspensio do exercicio profissional, por até 30 (trinta) dias, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia; ¢, Cassagio do exercicio profissional, ad referendum do Con- selho Federal de Psicologia. Art, 22 — As dividas na observancia deste Cédigo e os casos omissos serdo resolvidos pelos Conselhos Regionais de Psicologia, ad referendum do Conselho Federal de Psicologia. Art, 23 — Competira a0 Conselho Federal de Psicologia firmar jurisprudéncia quanto aos casos omissos ¢ fazé-la incorporar a este Codigo, Art. 24 ~ O presente Cédigo poderé ser alterado pelo Conselho Federal de Psicologia, por iniciativa prépria ou da categoria, ouvidos os Conselhos Regionais de Psicologia. Art. 25 — Este Codigo entra em vigor em 27 de agosto de 2005. Na legislacio do Conselho Federal de Psicologia nao hé ‘mengio a nenhum juramento profissional formal, mas qual- quer tipo de juramento deve levar em conta os preceitos acima apresentados no Cédigo de Etica. ‘digo de Etica Profissional do ‘logo — percurso histérico igens hist6ricas sde a década de 1960, a disciplina de Psicologia co- 1 a ser ministrada em territ6rio nacional, aplicada aos lemas educacionais. Com a accleracio do desenvolvi~ 10 sGcio-ccondmico-cultural, as mudangas tormaram-se ripidas e abrangentes, exigindo outros padroes de res- ¢ formas de compreensio da realidade no campo da logia. Pioneiros como Franco da Rocha e Durval ‘ondes dedicaram-se a introduzir e aplicar as técnicas, aliticas, desenvolvidas na Europa, para tratar nossos, ites mentais. Assim a psicologia foi se impondo, passo a , Bragas aos estudiosos que partilhavam seus conheci- s € formavam, de modo nao institucionalizado, ou- rofissionais na rea psi. im 1945 foi fundada a Sociedade de Psicologia de Sto lo, por Klinenberg ¢ Anita Cabral, promovendo reu- s cientificas, conferéncias, cursos de extensdo, semin4- .. Apesar de em 1954 ter sido fundadaa Associagio Bra- fa de PsicSlogos (ABP) que representou o Brasil na iational Union of Scientific Psychology, apenas em novem- ide 1953 foi enviada a primeira proposta para a cria~ Jo Curso de Psicologia no Brasil. A Lei estadual 3.862 (05/1957 regulamentou o curso que teve seu infcio em 8, na Universidade de Sao Paulo. A primeira turma for- 28 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES mou-se em 1960, no Rio de Janeiro. Os professores eram oriundos de outros paises, nem sempre compreendendo ¢ trazendo alternativas para nossos problemas sociais. A formalizacio da Psicologia como profissao ocorreu com a Lei 4.119 de 27/08/1962 que dispoe sobre os cursos de for- macio em psicologia ¢ regulamenta a profissio de psicélo- go € 0 Decreto 53.464, de 21/01/1964 que regulamenta a Lei 4.119 e discorre sobre a estruturagio dos cursos de psicolo- gia, nas Faculdades de Filosofia, em cursos de bacharela- do, licenciatura e psicologia, seu curriculo mfnimo e sobre 08 direitos conferidos a0 diplomado em cada um deles. Ao bacharel cabe lecionar Psicologia em cursos de grau médio; ao licenciado, lecionar Psicologia; a0 psicSlogo, ensinat Psi- cologia ¢ exercer a profissio. Estabelece como fungées pri- vativas do psie6logo o diagnéstico psicolégico, a orienta- Gio e selecao de pessoal, a orientagio psicopedagégica, a so- lugéo de problemas de ajustamento, a colaboragio em as- suntos psicolégicos ligados a outras ciéncias. Determina como exigéncia para o funcionamento dos cursos, a organizacio de servigos clinicos e de aplicacio & educagio ¢ ao trabalho, abertos ao ptiblico, Essa lei também regulamenta 0 exercicio profissional daqueles que jé vinham exercendo ou que tivessem exercido a profissio por mais de cinco anos, podendo ser expedido o registro profissio- nal de psicdlogo. © parecer 403/1962 do Conselho Federal da Educacio versa sobre 0 curriculo do curso de Psicologia no territério brasilciro, com a colaboracao dos professores Lourengo Fi- Iho € Nilton Campos (Universidade do Brasil), Carolina Martuscelli Bori (Universidade de Sio Paulo), Padre An- tonitus Benko (Pontificia Universidade Catélica do Rio de ETICA Na PSICOLOGIA iro), Pedro Parafita Bessa (Universidade de Minas Ge- is). Em seu parigrafo inicial, reproduzido abaixo, con- waliza a importincia da criacio do curso e as preocupa- s éticas que perduram até os dias de hoje. Esta € a primeita vez que, no Brasil, fixa-se oficialmente um. curriculo de Psicologia, visando a direitos de exerecio pro- fissional. This direitos decorrem da Lei 4.119 de 27 de agos- tortltimo, que veo inegavelmente, a0 regulamentara profissio de PsicSlogo, preencher uma lacuna de que jé se ressentia 0 quadro de nossos trabalhadores de grau universitirio. Dadas, porém, a caractefsticas muito especiais da nova profissio, € preciso que desde logo se procure clevar este cursoa um nivel de qualificagio intelectual ede prestigio socal que permita aos seus diplomados exercer © mister do trabalho psicol6gico de ‘modo eficaze com plena responsabilidade. Para isso 6 impe- rativo que se acentu o cariter cientfico dos estudos a serem realizados, que s6 assim hi de ser possivelassegutrar psicolo- sia posigio de relevo que Ihe cabe, 0 conceito das chamadas profiss6es liberas e, par pasa, evtaras improvisagies que, do charlatanismo, alevariam fatalmente ao descrédito, im 1967, a Associacio Brasileira de Psic6logos, presidi- r Arrigo Angelini elaborou aprovou um Cédigo de composto por cinco principios fundamentais e 40 , que foi modificado em 1975 transformando-se no iro Cédigo de Etica oficial de nossa classe profissional INHO, 2000) mente em 1971, a Lei 5.766 cria o Conselho Federal e mnselhos Regionais de Psicologia, com o fito de regula 1, orientar, disciplinar e fiscalizar o exercicio da pro- ¢laborando 0 primeiro Cédigo de Etica, aprovado pela igio CEP 008/75, de 02/02/1975, publicada no Didrio da Unido em 08/04/1975. 30 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES Cédigo de Etica Profissional do Psicdlogo de 1975 ‘Aborda nos cinco PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS apresen- tados a regulamentagio da formagio profissional, 0 trabalho embasado no respeito pelo outro e por sua integridade, com a observincia do princfpio da benevoléncia, a importincia da formacio, da responsabilidade profissional ¢ do aprimo- ramento pessoal e profissional, Consta ainda de 13 capftu- Jos: DAS RESPONSABILIDADES GERAIS DO PSICOLOGO (deveres € atos vedados — art. 1° ¢ 2°), DAS RESPONSABILIDADES PARA COM (© CLIENTE (art. 3° a0 5°), DAS RESPONSARILIDADES E RELACOES COM AS INSTITUIGOES EMPREGADORAS (art, 6 ¢ 7°), DAS RELA- GOES COM OUTROS PSICOLOGOS (art. 8° ao 11°), DAS RELAGOES COM OUTROS PROFISSIONAIS (art. 12° ¢ 13°), DAS RELAGOES COM ASSOCIAGOES CONGENERES E REPRESENTATIVAS DO PSICOLOGO (art. 14° 15°), DAS RELAGOES COM AJUSTICA (art, 16° 20 20°), DO SIGILO PROFISSIONAL (art. 21° a0 24°), DAS COMUNICACOES CIENTIFICAS E DAS PUBLICAGOES (art. 25° a0 31°), DA PUBLIC! DADE PROFISSIONAL (art. 32° € 33°), DOS HONORARIOS PROFIS~ SIONAIS (art. 34° € 35°), DA FISCALIZAGAO DO EXERCICIO PRO- FISSIONAL DA PSICOLOGIA E CUMPRIMENTO DOS PRINCIPIOS ETI- 10s (art. 36° a0 38°), DisPOstGdES GERAIS (art. 39%e 40°). O ‘Codigo na fntegra € apresentado no Anexo 1. © Cédigo de Etica de 1975 j4 enfatizava a importancia da formacio continua, do conhecimento e do respeito pe- las limitag6es impostas pelo desenvolvimento pessoal, es~ truturacio da personalidade e saber de cada profissional Salientava também as funcbes sociais da psicologia, deven- do ser aplicada em prol do bem-estar da coletividade, ve- dando 0 uso mercantilista, 0 desrespeito a privacidade, a0 sigilo, a confidencialidade, a utilizagao de tftulos impré- [ETICA Na PSICOLOGIA 3 1s, 0 desvio de pacientes, a cumplicidade com 0 exerc egal da profissio, o uso de técnicas hipnéticas em in= gatérios. abe lembrar que esse Cédigo foi elaborado na época .gime militar, quando as liberdades de imprensa, de ex- so, estavam proibidas e a repressio imposta pelo regi- itatorial imperava com violento desrespeito pelos di- humanos, gerando medo, perseguig6es, torturas ¢ de- fecimentos. Era preciso salientar essa preocupagio no igo de Etica de forma sutil, para que o mesmo também fosse vetado. 165 quatro anos da reguilamentacZo do primeiro Cédi- Etica oficial, em 1979, por ocasiio da comemoragio sntenério da psicologia como ciéncia comportamental, as reformulagées foram realizadas no primeiro c6di- sprovadas pela Resolucio do CFP 029/79, que revoga a jucio CFP 08/1975 de 02/02/1975. Jo de Etica Profissional do Psicélogo de 1979 segundo Cédigo, reformulado no contexto politico achura militar, apresenta cinco PRINCIPIOS FUNDAMEN- 50) artigos, 10 a mais que o primeiro e mais alineas. to Princfpio Fundamental é salientado o trabalho uipe. Dispée de 12 capftulos: Bas neSPONSABILIDADES pO PsiCOLOGO (deveres e atos vedados ~ art. 1?¢ 2°), SPONSABILIDADES PARA COM O CLIENTE (art. 3° a0 5°), PONSABILIDADES E RELAQOES COM AS INSTITUICOES EM~ RAS F OUTRAS (art. 6° € 7°), DAS RELAGOES COM OU- 1610605 (art. 8° a0 13°), DAS RELAGOES COM OUTROS JONAS (art. 14° ¢ 15°), DAS RELAGOES COM ASSOCIA COLEGAG ETICA NAS PROFISSOES EPICA NA PSICOLOGIA 3 (GOES CONGENERES E REPRESENTATIVAS DO PSICOLOGO (art. 16° ¢ 17°), DAS RELAGOES COM A JUSTICA (art. 18° a0 22°), Do sIGI- LO PROFISSIONAL (art, 23° ao 29°), DAS COMUNICACOES CIEN- TIPICAS E DA DIVULGAGAO AO PUBLICO (art. 30° a0 37°), DA PU- BLICIDADE PROFISSIONAL (art. 38° e 39°), DOS HONORARIOS PRO- Fissionits (art. 40° e 41°), DA OBSERVANCIA, APLICAGAO E CUM- PRIMENTO DO CODIGO DE ETICA (art, 42° ao 50°). O Cédigo na integra € apresentado no Anexo 2. Pode-se observar uma referéncia a0 trabalho em equipe, despontado na época (no quarto principio fundamental, no art. 4° alinea “b” e art. 26). A diminuigio do autoritarismo politico faz-se notar também pela exclusio da alinea *h” do art. 4° do primeiro Cédigo que vetava o interrogatério sob agio hipnética. Artigos mais explicitos a respeito do sigilo profissional, garantindo a confidencialidade ea anuéncia do ‘examinando foram acrescentados nos artigos 25 parigrafos 1° ¢ 2°, 26, 27 e paragrafo tinico, 29, 33, 34 e 35; as relagdes com a Justiga tornaram-se mais explicitadas, definindo-se também o grau de parentesco permitido nos casos de peri- tagem, A autonomia para exercer as fiangées de ensino, pes- quisa € supervisio foram mencionados nos artigos 30, 37 ¢ 49, Com o aumento do ntimero de psicélogos as relagdes coma classe foram mais explicitadas nos artigos 11, 12 € 13. Apés 25 anos da regulamentacio da profissao e oito apés a regulamentagio do tiltimo Cédigo, com uma situacio politica menos ameagadora € mais democritica, foi aprova- da em 15/08/1987, a Resolugio do CFP 002/87 que apre- senta o terceiro Cédigo de Etica Profissional dos Psicélo- gos, revogando a Resolucio CFP 029/79 de 30/08/1979, bem como as demais disposigbes em contrério, igo de Etica Profissional do Psic6logo de 1987 solugdes complementares) Cédigo de 1987 apresenta sete PRINCIPIOS FUNDAMEN , 50 artigos, e uma grande quantidade de alineas, ex- ssando as dificuldades ¢ reflexdes ao longo do percurso. principios fundamentais é enfocado 0 respeito pelo outro r sua integridade, com a observancia do principio da foléncia; a importineia da formagio, da responsabili- profissional ¢ do aprimoramento pessoal e profissio- Acrescenta a fungio social do psicélogo por meio de iw andlise critica da realidade e da “colaboragdo na criacao de coes que visemt elimtinar a opressdo ea marginalizacio do ser iano” (Princfpio Fundamental IV) e pode enfim citar, no cpio Fundamental VII, a observancia do estabelecido Jeclaracao dos Direitos Humanos (aprovada em 10/12/ }). Dispoe de 10 capitulos: Das RESPONSABILIDADES GE- Do PSICOLOGO (deveres ¢ atos vedados — art. 1° a0 3°), detalhamento, distribufdo em um total de 23 alineas, SPONSABILIDADES E RELAGOES COM AS INSTITUIGOES EM= sADORAS (art, 4° a0 6°), DAS RELAGOES COM OUTROS PRO- INAIS OU PSICOLOGOS (art. 7° a0 14°), DAS RELAGOES COM HEGORIA (art. 15° € 16°), DAS RELAGOES COM A JUSTI- 17° 20.20°), DO SIGILO PROFISSIONAL (art. 21° a0 29°), OMUNICACOES CIENTIFICAS E DA DIVULGACAO AO PUBLI- 30° 40 35°), DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL (art. 36° ), DOS HONORARIOS PROFISSIONAIS (art, 39° € 40°), DA WANCIA, APLICACAO E CUMPRIMENTO DO CODIGO DEETICA, 1° 20 50°). 20/02/1995, a Resolucio CFP 002/95 introduz a alf- "no art 2° “prestar servigo ou mesmo vincular seu titulo de 4 COLECAO ETICA NAS PROFISSOES Psicélogo a servicas de atendimento psicolégico por via telefinica”. O Cédigo de Etica com a reformulagao € apresentado no Anexo 3, A Resolugio CFP 005/1988, de 1° de outubro de 1988 institui o Cédigo de Processamento Disciplinar, dispondo sobre os procedimentos preliminares para a instauracao dos processos disciplinares; os atos processuais; 2 instrugao do processo; as penalidades; os recursos; os julgamentos do CFP; as execucdes € as revisbes. A partir da década de 1990 varias Resolugdes do Conse- Iho Federal de Psicologia foram criadas para complementar ¢ retificar 0 Cédigo de Etica, atendendo as especificagdes, mudangas, dilemas que demandam das constantes mudan- cas da realidade que nos cerca e da forma como a percebe- mos e interpretamos, 0 que nos impde desafios, nos ques- tiona, nos coloca em busca de respostas € parimetros para que possamos regulamentar alguns aspectos possfveis. O Conselho Regional de Psicologia 6* Regio possui um regimento interno aprovado pelo Conselho Federal de Psi- cologia, pela Resolugio CFP 016/2001. Passos importantes em direcdo A questao da garantia dos direitos humanos tém sido dados por nossa sociedade € embasam nosso cédigo de ética anterior ¢ suas resolugées complementares, bem como 0 atual. Destacamos a Decla~ ragao Universal dos Direitos Humanos (10/12/1948), a Cons- tituigio Federal do Brasil de 1988, denominada Constituicio Cidada, o Estatuto da Crianga ¢ do Adolescente (Lei 8.069 de 13/07/1990), o Estatuto do Idoso (Lei 10.741, de 1/10/2003), a Resolugio do Conselho Nacional da Satide/Ministério da Satide 196/96, que versa sobre as Normas Eticas da Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. ETICA NA PSICOLOGIA a5 ‘Trinta anos apés a entrada em vigor do primeiro Cédi- lc Etica Profissional ¢ 43 anos apés a regulamentagio da Jlogia como profissio, temos aprovado pela Resolugio P 10/2005, em vigor desde 27 de agosto de 2005, o atual igo, com discussdes democriticas, votagdes pelo site CRP, amplas plendrias e discussdes, refletindo nosso ndizado democritico ¢ nossa luta pela atuacio social do logo. ligo de Etica Profissional do Psicélogo de 2005 apresentacio do atual Cédigo de Etica enfatiza sua Icepcio reflexiva ¢ norteadora, com a valorizacio de seus Ie{pios Fundamentais que deveriam embasar a relagio psi- sociedade/ciéncia por perpassar suas praticas, inde jentemente do campo de atuagio. Fe ere erie arate creer etree dos quanto’s priticas referendadas pela respectiva categoria pro- fisional epel sociedade, procura fomentar a autoretlexioexi- sida de cada individuo acerca da sua pris, de modo arespon- sabilizi-lo, pessoal coletivamente, por agGes e suas conse~ quéncias no exercicio profissional. A missio primordial de um cdign de éticaprofissional nin é de normatizara naturezatéc- nica do trabalho, e, sim, a de asexura, dentro de valores rele- ‘vanes paraasociedade e para aspriticas desenvolvidas, um pa- dio de conduta que fortalegao féconhecimento social daquela «categoria (Cédigo de Erica Profssional do Psicdlogo, p. 5) ‘édigo de Etica € composto por sete PRINCIPIOS FUN- IIs € 25 artigos (alguns com vérias alfieas), 25 art nos quie o anterior. Os artigos sio dispostos de For- clara e abrangente, em geral englobando as resolu- je 20 longo desses 18 anos complementaram 0 se~ digo. Vale ressaltar que as resolugdes, por serem 36 COLEGAD ETICA NAS PROFISSOES mais especificas, trazem procedimentos mais claros sobre cada tema tratado, ainda devendo respaldar o exercicio pro- fissional. Possivelmente outras resolugdes ainda sejam edi- tadas se considerarmos a transformagio constante do ser ¢ da sociedade, trazendo sempre novos imperativos para a pré- tica profissional. Nos Princfpios Fundamentais é enfocado 0 respeito pelo outro ¢ por sua integridade, com destaque para a promo- io da liberdade, da dignidade, da igualdade. Ao psic6logo € atribufda a fungi social de promover a satide ea quali- dade de vida, de promover a anilise critica das situagées ¢ da realidade que o rodeia ¢ de ser agente de transforma- io. A importincia da formagio, da responsabilidade pro- fissional ¢ do aprimoramento pessoal ¢ profissional tam- bbém € destacada. Dispde de dois capitulos, no primeiro: DAS RESPONSABILI- DADES DO PSICOLOGO, so abordados: os deveres fundamen- tais (art. 1°, 12 alineas); os atos vedados (art. 2°, 17 alineas), a postura do profissional frente as instituigbes (art. 3°); a fixagao da remuneragao (art. 4°, 3 alineas); a postura ao pat- ticipar de greves e paralisagdes (art. 5°, 2 alfnteas); 0 relacio- namento com outros profissionais (art. 6°, 2 alfneas ¢ 7°, 4 alineas); 0s procedimentos para o atendimento, eventual ou nao, de criangas e adolescentes (art. 8°, 2 incisos); a questio do sigilo profissional é melhor explicitada e circunstanciada (art. 9 20 15°, 2 incisos); os procedimentos de pesquisa (art. 16, 4alineas); a docéncia e a supervisio (art, 17); 0s instru- mentos e técnicas psicol6gicas (art. 18°); as atividades en veiculos de comunicagio (art. 19), as condigées necesséirias para a promocio piiblica de servigos (art. 20, 8 alineas). O segundo capitulo versa sobre 4s DisposIGoES GeRals, sendo ETICA NA PSICOLOGIA 37 posto por cinco artigos, que dizem respeito A observin= do presente cédigo (art. 21° a0 25°). Esse Cédigo de Etica explicita em seus artigos a questio preconceito racial e sexual, englobando a Resolugio CFP que estabelece as normas de atuagio para os psicé- em relagio A questio da Orientagio Sexual e a Re~ ico CFP 18/2002 que estabelece normas de atuacéo 0s psicdlogos em relacio a0 preconceito ¢ 3 discri- \Gio racial incipios fundamentais da ética Ima das questécs que permeia nossos atos, em geral de inconsciente e inequivoca, baseia-se na divida quan- stincio entre o bem eo mal. Esse paradoxo tio facil- distinguivel e retrativel nas histérias ¢ contos infan- 1 meio de metéforas como belo/feio, princesa/bruxa, yanco etc., raramente aparece tio claramente na vida jana, pois somos humanos, seres complexos, ambiguos, Imente definfveis como um todo, pois também desco- 10s partes de nds mesmos, partes que se revelam aos , a9 longo da existéncia, dependendo de nossos esforgos I do desenvolvimento pessoal, das circunstincias mais 10s favoraveis de vida, da marca do tempo sobre nds. se caleidoscépio que ¢ 0 ser humano, sempre mu- smpre em busca de...”, também buscamos compre- outro, compreender esse emaranhado fascinante que ite humana, os intrincados processos mentais ¢ as iadas formas de manifestacio, formas de elaboragio a tristeza, da alegria. \do-se em conta tal dimensio, a distingio entre 0 ‘mal se torna algo sempre complexo, que precisa ser de forma universal, por meio da reflexio dos pro- yerais ¢ fundamentais da existéncia, ¢ também de is especifica por meio da reflexio e compreensio woes concretas. mos enveredar pela seducio de discutirmos os fundamentais da ética, as nogdes de bem ¢ mal, 40 COLEGAO FTICA NAS PROFISSOES de liberdade, de valor e sttas manifestagdes no decorrer dos séculos, embasando as leis, a politica, a organizacio social dos povos. Poderfamos percorrer algumas indagac6es, tai como: O que é a Liberdade? Pode existir uma Liberdade so- mente externa? Até que ponto 2 opressio externa pode mi- nar a Liberdade interna? Pode existir Liberdade sem Res ponsabilidade? Existe Liberdade Etica? Existe uma Verdade Absoluta? O que € Absoluto na vida? © que € a Verdade? O que 6 a Mentira? Por qué? Para quem? Quando? Onde? Quando pensamos em ética? Quando? Quando nos en- contramos em um dilema, eo que nos possibilita vivencia- BTICA NA PsICoLOGIA “ terapeuta, do chefe, das autoridades politica, Se a figura de autoridade for introjetada de forma afetiva, coma integragio dos impulsos libidinais e destrutivos, sera mais ficil perceber. asduas faces dale, a punitiva ea protetora, sera mais icil lidar como nio saber, com as frustracoes, reconhecer direitos ¢ de- -veres, lidar com os fracassos ¢ principalmente com o sucesso, sem tornar-se um lider despético. Por outro lado, quando a figura que representa a autoridade for introjetada sem aeto, como predominio dos impulsos destrtivos, esafiar, trans sgredir,ludibrar, poder’ sera sina da via, tornando-se muito dificil Lidar com as frustragbes, com o nao saber, com o limite (ROMARO, 2002). relacio de igualdade, respeito, busca da verdade e do jecimento deveria permear qualquer proceso de apren- sm, no qual mestre ¢ aprendiz deveriam enveredar em ‘mesma diregio, em uma mesma busca, podendo lidar as frustragées, reconhtecendo-se primeiramente en- pessoas, independentemente de rétulos ou posigdes. lo € exatamente a liberdade interna de pensar, de questio- nar, de rapidamente, talvez, formular algumas das questées acima destacadas Aética € a possibilidade de refletir, de se responsabilizar, muitas vezes de ousar, ousar pensar, questionar ao outro ¢ a si. E uma reflexio sobre os costumes ¢ as ages humanas, que ocorre dentro de um contexto sécio-politico-econdmi co-cultural. Falar em ética ¢ falar de liberdade, d de leis, de respeito, de responsabilidade, de subjetividade, de opcio, de arte, de cultura, transformagées softidas pela sociedade, quer por es econdmicas, politicas, sociais, descabertas cient- mbém redundam em um questionamento de valo- dilemas éticos, na tentativa de se formar um ser jo menos alienado e manipulivel, que possa usufruit 5 conhecimentos sem perder ou perverter suas ca~ ticas humanas, sem perverter. sua liberdade. \cordo com Goldin (2002), os dilemmas éticos estio sem tes em situagGes passiveis de desencadearemn confli- {eresses (quando um interesse secundério sobre- jum primirio), sejam esses religiosos, educacionais, eco- deol gicos, socias, cientifices, assistencizis, pessoais ilemas ¢ticos tém acirrado as questdes relativas & ‘na tentativa de preservar a dignidade, a possibilidade jc normas, Partindo-se do pressuposto de que a ética implica uma interiorizagao das normas ao longo da vida, tendo como sustenticulo as relagGes afetivas, torna-se muito dificil pen- sé-la como algo a ser ensinado cognitivamente. Explora-sv a importincia da relagio interpessoal, enquanto um modelo no qual essas condutas éticas se expressam e consolidam, viabilizando 0 caminho da reflexao (ROMARO, 2002). ‘A forma como podemos lidar com as figuras que representa aautoridadeacabarspor detcrminar o patio de aprendizagen cotipo derelagioestabelecido coms figurasdo professor, i 2 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES ETICA NA PSICOLOGIA, a O principio da nao maleficéncia, na pratica, € dificil se distinguir da beneficéncia, como observamos nas jolucdes que versam sobre o emprego de técnicas ainda reconhecidas pela ciéncia e sobre os procedimentos de de escolha eo respeito pelo outro, ndo mais paciente, mas parceiro na busca de respostas, de alternativas. Ao analisarmos 0 Cédigo de Etica Profissional do Psicé- ogo e as ResolugGes Complementares do perfodo de 1996 2005, percebemos que quase todos os artigos e alineas ba- seiam-se nos principios da Nao Maleficéncia, Beneficéncia, quisa. O principio da autonomia ¢ respeitado quando estabcle~ 195 um contrato de trabalho, claro, objetivo, em qual- sr modalidade de atuagio, esclarecendo sobre os objeti- alcances do trabalho proposto ¢ riscos envolvidos. princfpio da justica é perpetuado quando lutamos pe- ircitos humanos, pelos direitos das criangas, dos jovens, mulheres, dos idosos, quando denunciamos as violagies, a, 3 liberdade, is discriminagSes envolvendo o género, a, a cor, a condicio social, as condigoes inadequadas de tacao de servigos, os tratamentos iatrogénicos ¢ desu- Autonomia e Justica, buscando sempre minimizar os ris~ cos envolvidos em quaisquer procedimentos, sejam estes de pesquisa ou nao, maximizando os beneficios, respeitando a autonomia, a possibilidade de escolha, a individualidade e 0 tratamento igualitério, garantindo condicdes de sigilo, pri- vacidade e confidencialidade Para tal, uma formagio académica e pessoal s6tida do psi- logo torna-se indispensivel, considerando-se a necessidade de se fazer diagnésticos (clinicos, institucionais, sociais..), reconhe- cer os limites da técnica proposta, a potencialidade da situacSoy ‘outro aser atendida eos proprios limites pessoais do profissional ‘Ao lado da formagio académica, também se torna im- prescindivel que o profissional empreenda um trabalho pes- soal de anélise ou psicoterapia, principalmente na atuagio clinica e hospitalar. O instrumento do psicélogo é sua pré- 0s. lo ano de 2000, no Congreso Mundial de Bioética de , na Espanha, foi aprovada a Declaragio de Biostica jon, que afirma que a ciéncia e a tecnologia devem ser tiveis com a preservacio dos direitos humanos, espe- indo 15 (quinze) observagoes € recomendacées, que em sséncia enfatizam a necessidade de o desenvolvimento ico ¢ tecnolégico servirem ao bem-estar da humani- independentemente do desenvolvimento econdmico pria condigio egoica, que sc expressa na forma como lida com seus contetidos internos, sua formacio ¢ com 0 outro (colegas, clientes, instituigdes). Nem sempre na prética nos questionamos ou procura mos fazer relagdes com os principios éticos fundamentais envolvidos, como também nfo ficamos nos questionando sobre 0 que € ou nao ético, a menos que uma situacao inu- sitada ou um dilema ético se apresente, como jé foi dito anteriormente. Entio percebemos que os prinefpios sempre estio inter-relacionados, sendo um uma extensio do outro. aises. gulamentagées sobre o exercicio ‘ofissional e o Cédigo de rocessamento Disciplinar Legislacéo sobre 0 exercicio profissional “As resolugdes do Conselho Federal de Psicologia buscam slicitar as normas ¢ os procedimentos que norteiam ¢ legis 4 atuagio profissional bem como acompanhar as deman- ‘sempre emergentes da realidade que implicam um repen- de métodos, de téenicas ¢ de posicionamentos. Resolucio CFP 018/2000 institui a consolidagao das Re- .des do Conselho Fedleral de Psicologia, considerando en- yutras a necessidade de aperfeigoamento atualizagao per- te de toda a legislagiio que disciplina a atividade profis- I do psicdlogo e a necessidade de readequacio das nor- internas dos conselhos em virtude da declaragio de titucionalidade do art. 58 da Lei 9.649/98. Regulamenta jntes aspectos: da caracterizacio da profissio, dos Con- Regiomais de Psicologia, das inscricdes e dos registros, srcicio profissional, das infragGes disciplinares, das dispo- especiais c da inadimpléncia. Resolugio CFP 003/2007 revoga as Resolugdes CFP 100, 004/2002, 03/2003, 09/2003 « 02/2005. Por sua ssolugio CFP 00 1/2012, altera a Resolugao CFP 003/ 0100/2007. jamos com mais vagar alguns desses aspectos, consi~ lo, quando se aplicar, as alteragdes dispostas nas Re= 46 COLECAO ETICA NAS PROFISSOES solugdes CFP. Para as atribuigdes profissionais do Psicélogo no Brasil foi adotada a caracterizagao basica aprovada pelo IV Plendrio do Conselho Federal de Psicologia e enviada 20 Mi- nistério do Trabalho para integrar o Catilogo Brasileiro de Ocupagoes — CBO. A Resolugio CFP 018/2000 traz em seu artigo 2° definigdes do que se considera métodos e técnicas: ‘Art. 2° — Os métodos e as técnicas psicolégicas utili- zadas no exercicio das fungoes privativas do Psicdlogo a que se refere 0 § 1° do art. 13 da Lei n® 4.119, de 27 de agosto de 1962, sio entendidos da seguinte forma: 1. méropo ~ conjunto sistematico de procedimentos orien- tacos para fins de producio on aplicagio de conhecimentoss I Tecnica ~ entende-se como toda atividade espect- fica, coerente com os principios gerais estabelecidos pelo método; IIL, méropos rsicoLscicos ~ conjunto sistemacico de procedimentos aplicados & compreensio ¢ interven- cio em fendmenos psfquicos nas suas interfaces com 08 processos biol6gicos ¢ socioculturais, especialmen- te aqueles relativos aos aspectos intra e interpessoais; IV. DiAGNosTico FsIcoLOGiCo ~ € © processo pelo qual, por intermédio de Métodos e Técnicas Psicol6gicas, ana- lisa-se e estuda-se o comportamento de pessoas, de gru- pos, de institnigées e de comunidades, na sua estrutura ‘no sett funcionamento, identificando-se as varidveis rele envolvidas; V. onlENTAGAO PRoFISsIONAL ~ 6 0 processo pelo qual, por intermédio de Métodos € Técnicas Psicol6gicas, investigam-se os interesses, aptidoes € caracteristicas de personalidade do consultante, visando proporcio- nar-lhe condigées para a escolha de uma profissio; ETICA NA PSICOLOGIA a V1. SELEGAO PROFISSIONAL — 6 o processo pelo qual, por intermédio de Métodos © Técnicas Psicolégicas, ob- |jetiva-se diagnosticar e prognosticar as condigées de ajustamento © desempenho da pessoa a um cargo ott atividade profissionais, visando alcangar cficécia orga~ nizacional ¢ procurando atender as necessidades comu- nitérias e sociais; VII. oninntAGAO PsicorEDAGdsica ~ é o proceso pelo qual, por intermédio de Métodos ¢ Técnicas Psicolé- gicas, proporcionam-se condigdes instrumentais ¢ soci- ais que facilitem o desenvolvimento da pessoa, do gru- po, da organizagio © da comunidade, bem como condi- bes preventivas e de solucio de dificulades, de modo 4 atingir os objetivos escolares, educacionais, organizacionais, VIII. sovucho De PROBLEMAS DE. AJUSTAMENTO ~ € 0 pro- ‘cesso que propicia condigies de antorrealizagio, de con- vivéncia e de desempenho para o individuo, o grupo, a instituigio ea comunidade, mediante métodos psicol6gi- cos preventivos, psicoteripicos ¢ de reabilitacao. Juanto aos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP), ‘vas zonas de jurisdigdo, 0s critérios de criagio de novos, , dispde sobre o ntimero de conselheiros, do mandato torias, das condigdes de acompanhamento dos CRPs, scrig6es ¢ dos registros nos Conselhos Regionais. Jestacarei alguns artigos que versam sobre as inscri no CRP salientando que todos so de suma impor para o exereicio profissional, pois especificam a doc jo necesséria para a inscrigao no CRP, para o cancela- da profissio, para o exercfcio da profissio por tempo jinado, para o exercicio de profissionais com formagio COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES ETICA NA PSICOLOGIA 0 no exterior, para a reinscrigéo do registro, para a intcrrupgio VISORIA’ em destaque, devendo ser registrada a data temporiria do exercicio, para o pedido de transferéncia de CRP de validade. € 08 procedimentos necessérios em caso de falecimento. ‘Art. 9° ~ O exercicio da profissio, fora da area de juris- Art, 8° — © requerimento de inscrigio de pessoa fisica serd instruido com os seguintes documentos: — diploma de psic6logo, devidamente registrado, ou certidio de colagio de grau de curso autorizado pelo 6rgio ministerial competentes II - cédula de identidade; TIL— comprovantes de votagio da siltima eleigio ou jus- tificativas, IV -CPF. § 1° — Os documentos deverdo ser apresentados em original, com c6pia autenticada pelo Conselho Regional de Psicologia, 0 qual devolverd o original e reteri a copia antenticada. O documento de idemtificagio no sera acei- to em mau estado de conservagio, com prazo de valida- de expirado, ou se nio contiver 9 nome atualizado em razio de qualquer alteracio. §. 2° — A certidio de colagio de gran, nos termos do inciso T, deverd ser substituda pelo diploma de FOR- MAGAO DE PSICOLOGO no prazo de 2 anos, conta- dos da data de inserigfo do profissional, findo o qual o Consetho Regional de Psicologia deverd, no primeiro dia stil do més subsequente a0 do vencimento, enviar oficio 20 psicologo concedendo-lhe 0 prazo de 30 (trin- ta) dias para regularizagio de sua situagio. § 6° As inscrigbes realizadas com certificado de colagio de gyau terio cariter provisério, sendo assimn identificacas ‘em todos os documentos. § 7° — A carteira de identidade relativa a inscriglo provi séria sers padronizada pelo CFP ¢ terd a palavra “PRO- digio do Conselho Regional de Psicologia em que 0 pro- fissional tem inscricao principal, também 0 obriga 3 ins- crigio secundaria no Conselho competente § 1° — As atividades que se desenvolvam em tempo in~ ferior a 90 (noventa) dias por ano, em cada regio, serio consideradas de natureza eventual ¢, por conseguinte, io sujetario o psicélogo A inscrigio secundéria, § 2° — Considera-se inscrigfo secundaria 0 comunicado formal do psicélogo, ao CRP da jurisdigio onde o traba- Iho serd realizado, recebendo este um certificado de au- torizagio do Conselho. §3°—A inscrigio secundaria nfo acarretaré énus finan- ceiro 20 psicdlogo. § 4° ~ Devers se inserever no Consetho Regional de Psicologia o portador de diploma de psicélogo que exerca atividades privativas dessa profisio, independentemente do seu enquadramento fiancional na organizagio. § 5° — 0 centificado de que trata 0 parfrafo 2° ser padro- nizado pelo CFP. Art. 11 ~ O psicélogo poder requerer 0 cancelamento da sua inscrigio, desde que: I~ nio esteja respondendo a processo ético; TL - aio esteja exercendo a profissdo de psicdlogo. Paragrafo tinico — A anuidade do ano em curso ser cobrada proporcionalmente tendo como base 0 més em que foi feito o requerimento, sendo este excluido do cfleulo. COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES Art, 18 ~ A reinscri¢io do registro profissional perante 8 Conselhios Regionais de Psicologia dar-se-é a qual- quer tempo, sendo que © ntimero de registro original do Consclho seri preservado para todos os efeitos. abe ainda ressaltar aspectos relativos ao Registro das TIGA NA PSICOLOGIA st IIL, declarar que garante, 20s psicélogos que nla traba- Ihem, ampla liberdade na utilizagio de suas técnicas © que obedece aos demais principios estabelecidos no Codigo de Etica Profissional do Psicélogo; IV. houver a indicacio de profissional legalmente habil tado pelo Conselho Regional de Psicologia competente para exercer a funcio de responsivel técnico de pessoa juridica, bem como para as suas agencias, ccursais. Art. 29 - Deferido o pedido, o Conselho Regional de Psicologia emitiré certificado de registro com validade Pessoas Juridicas, ao Cadastramento, ao Cancelamento de Re- gistros ou Cadastramentos, i Cartcira de Identidade Profissio- nal. Conta também com um capitulo sobre a Orientagio & Fiscalizacio da profissio e das infragSes disciplinares, da arre~ cadagio, da avaliagio psicolégica para Carteira Nacional de Ha- i bilitagio. ‘Art. 24— A pessoa juridica que presta servigos de psico- logia a terceiros esté obrigada a registrar-se no Conse- Tho Regional de Psicologia, em cuja jurisdigao exerga suas atividades; Pardgrafo tnico ~ © registro € obrigatério, inclusive para as associagies, flndagées de direito privado e enti- dades de cariter filantrépico, ‘Art. 25 — Os empresirios individuais scrio registrados isentos do pagamento como pessoa juridica nos Con- selhos Regionais de Psicologia competente, devendo este profissional pagar a anuidade como pessoa fisica. ‘Art. 26 ~ As empresas individuais, constituidas por psicd- Jogos legalmente habilitados, a partir da vigéncia da pre~ sente resolucio, estio isentas do registro como pessoa ju- ridica nos Conselhos Regionais de Psicologia competentes. Art, 28 — © registro somente sera concedido se: 10s servigos oferecidos se enquadrarem na érea da Psi- cologia ¢ suas aplicagbes; IL na razio social nfo constar o nome de pessoa que esteja impedida de exercer a Psicologia; de 3 (trés) anos em toda a dea de sua jurisdicio, que devers ser afixado em local visivel ao pablico, durante todo 0 perfodo de atividade § 1° A renovacio do certificado deveri ser requerida pela empresa antes da data de vencimento do documen- to, apresentando os seguintes documentos: T- termo de responsabilidade técnica; I~ carta da empresa assinada pelo(s) sécio(s), confor- ‘me contrato social da empresa, solicitando a renovagio do certificado de licenca para prestar atividades de psi- cologia § 2° — Na hipdtese da pessoa juridica possuir filial na ‘mesma jurisdicio do registro, mas com responsivel téc- nico diverso da matriz, a filial deverd requerer 0 regis- tro profissional, ficando dispensada do pagamento da anuidade. Art, 32 ~ Poderio proceder a0 cadastramento no Con- selho Regional de Psicologia todas as pessoas jurfdicas com atividade principal de competéncia de outra 4rea profissional, mas que tenham psicélogo na equipe de 52 COLUGKO ETICA NAS PROFISSOES trabalho, incluindo-se 0s servicos de Psicologia das uni- versidades ¢ instituigies de ensino superior. Art, 36 — As pessoas juridicas registradas ou cadastradas deverio ter pelo menos um responsivel técnico por agéncia, filial ou sucursal {§ 1° Entende-se como responsivel téenico aquele psi- ‘logo que se responsbiliza perante o Conselho Regional de Psicologia para atuar como tal, obrigando-se a 1 = acompanhar os servigos prestados; I1—zelar pelo cumprimenta das disposigies legais éti- as, pela qualidade dos servigos ¢ pela guarda do materi al utilizado, adequagio fisica ¢ qualidade do ambiente de trabalho utilizado; 11 -comunicarao Consetho Regional o seu desligamento da fimngio ou o seu afastamento da pesson juridica, § 2°— Exclui-se da Responsabilidade Técnica os deveres éticos individuais desde que se prove nio ter havido negligéncia na sua firncio. Art, 42 ~ Seri considerada infragio disciplinar sujeita 20 processo disciplinar ordinatio: 1 ~ Para pessoa flsica: a) descumprit as disposigées de Resolugio de natureza administrativa, as provistas em Lei que regulamenta 0 cexereicio profissional, além daquelas contidas na pre- sente Resolucio; }) atuar em pessoa juridica que nio atenda ao disposi no Art. 24 da presente Resolugio. TL — Para pessoa juridica a)manter pessoa fisica no exercicio profissional em pe iodo de suspensio/cassagio ou com 0 registro ou ca dastro cancelado; STICA NA PSICOLOGIA 5 b) contratar ou acobertar pessoa nao habilitada para © exercicio da profissio ou sem inscrigio profissional; ©) nio possuir ou deixar de indicar o responsivel tée- nico pelos servigos psicolégicos; 4) deixar de atender as condicdes éticas e téenicas para © exercicio da profissio de psicélogo. Art. 43 ~ Caso venha a ser constatado, a qualquer época, © rio cumprimento das disposigbes contida nesta Resoln= %0, 0 fato seré considerado infiagio disciplinar © implicaré a aplicagio das seguintes penalidades para a pesson juridica, sem prejuizo das medidas judiciais cabiveis: T-mula; * II ~ suspensio temporitia das atividades IIL ~ Cancelamento do registro ou cadastramento, Resolucio CFP 008/198 disciplina o pagamento das ibuigdes dos psicologos autuados pelos Conselhos Re- is de Administracao, sendo que o profissional regular- inscrito no CRP e que trabalha na drea de Recursos 10s esti desobrigado de inscrever-se ou contribuir CRA, conforme art. 1°, e, no caso de autuagao, pode- sher orientacio juridica no CRP. jesolugio CFP 002/2002 institui e normatiza a inseri- psicdlogos estrangeiros, desde que “o diploma de i¢io de ensino superior estrangeira seja revalidado, ia da Iei, por instituicao credenciada pelo Sistema jonal, conforme procedimentos adotados pelo Mi- da Educagao” (art, 2°). Cabe ainda ressaltar que no Ginico desse artigo hd a mengio aos acordos inter~ para.a revalidacio do diploma. O psicélogo tam- comprovar a proficiéncia na lingua portuguesa 5A COLEGA BTICA NAS PROFISSOES mediante certificado de proficiéncia (Celpe-Bras) ou com- provando que mora no Brasil hé pelo menos dois anos. Para inscrever-se no CRP precisara apresentar visto permanen- te, No caso de visto provis6rio a inscrigio s6 poderd ser fei- ta em casos especificos. Considerando que o exerefcio da profissio de psicélogo é livre no territ6rio nacional mediante a apresentacio, pelo profissional, de diploma do curso de graduagio de formagio de psicdlogo devidamente reconhecido pelo sistema educa- cional vigente, a Resolugéo CFP 015/2000 veda a inscrigio nos CRPs de egressos de cursos sequenciais na drea de psi- cologia, desacompanhados dos respectivos diplomas do curso de graduagio de formagio de psic6logo e a Resoliugio 001/ 2005 veda a inscri¢fo nos Conselhos Regionais de Psicolo- gia de egressos de cursos tecnol6gicos na rea da psicologia, desacompanhados dos respectivos diplomas do curso de gra- duacio de formacio de psicélogo. 0 Cédigo de Processamento Disciplinar ‘A Resolticio CFP 06/2007, que institui o Cédigo de Processamento Disciplinar, revoga a Resolugio CFP 006/ 2001, que versa sobre o processo disciplinar ordindrio (que apurard irregularidades cometidas por psicélogos) € 0 pro- cesso disciplinar funcional (que apurara irregularidades co- ‘metidas por Conselheiro no efetivo exercfcio de suas fun- Ges). O titulo “Do Proceso Disciplinar Etico” ¢ constitufdo de capftulos que versam sobre: os atos preliminares; os atos processuais (da citacio e da notificagao, da revelia, das pro- vvas); a instrucio do proceso; o julgamento; as penalidades; 0s recursos; 0s julgamentos do CFP; a execugio; as nulida- des ea revisio, O Titulo “Das Disposigdes Comuns aos Pro- ETICA NA PSICOLOGIA 55 9308 Disciplinares” versa sobre os prazos, as preserigges & impedimentos. Vejamos alguns artigos: Art. 2°— Os processos disciplinares serao iniciados me- diante representacio de qualquer interessado ow, de off- io, pelos Consclhos de Psicologia, por iniciativa de qual- quer de seus érpios internos ou de seus Conselheiros, cefetivos ow suplentes. Art. 5° — O processo disciplinar ordinério obedecerd a0 disposto neste tfaulo § 1° — Constatado ato passivel de apuracio, o Presidente do Conselho Regional de Psicologia notificaré a parte, por meio de Carta Registrada (AR), ou outro meio contrartecibo, com a descrigio das acusagGes imputa- das, 0 seu enquadramento legal 0 prazo para apresen- tagio de defesa es de seu recebimento, com aviso da concessio do direito de juntar documentos. no prazo de 5 (cinco) dias a contar § 2° — Caso a notificagio scja devolvida por incorreio, ‘ou mudanga de endereco, esta devers ser publicada em Jornal de grande circulacio e no Disrio Oficial da Unio. § 3° - Cumprido o disposto nos parigrafos anteriores © recebida ou nfo a defesa, 0 processo disciplinar ordiné- rio sera submetido a Conselheiro indicado pelo Presi- dente do Conselho Regional de Psicologia, que emitiré parecer escrito, no prazo de 15 (quinze) dias, {64° — A maréria seré submetida & apreciagio do Plené- rio do Conselho Regional de Psicologia, devendo inti- mar a parte com antecedéncia de 10 (de2) dias, via AR, ‘ou jornal, conforme o caso, para comparecer, querendo, A sessio de julgamento, onde The serd facultada susten- fagio oral por 15 (quinze) minutos. 56 COLEGAO ETICA NAS PROFISSG Es § 5° — Do julgamento do Plensrio do Consetho Regio- nal de Psicologia, caberé recurso ao Plenario do Conse Iho Federal, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da intimagio da decisi Art, 29 — © contetido do processo ético ters carster si- giloso, sendo permitida vista dos autos apenas as partes € 05 seus procuradores, fornecenda-se cépia das pecas requeridas. § 1° - 0 dever de segredo estende-se 1 Comissio de Etica, as Comissdes de Instrugio © aos Conselheiros, como também. aos servidores do Consetho que dele to- ‘marem conhecimento por dever de oficio. § 2° ~ Todos os procedimentos durante a instruclo pro- cessual correrio em sigilo, o que deyeri ser informado, por escrito, as partes pela Comissio, sendo de respon- sabilidade das partes em preservéclo, sob pena de in- correrem em responsabilidade civil e penal no caso de divulgagio do seu contesido, § 3° — A informacio a respeito da existéncia do processo das partes envolvidas, sem referéneia ao contetido, nto se constiti desobediéncia a0 disposto neste artigo. ‘A Resolugio CFP 01/2000, que disciplina a oferta de produtos e servigos ao ptiblico, considera os artigos 1° ali nea ¢, 35°, 37° e 38° do segundo Cédigo de Btica Profissio- nal do Psicélogo ¢ 0 Cédigo de Protecio ¢ Defesa do Con- sumidor, em seus artigos 6° alineas 1, 4¢ 5, 36 e 37. Tal resolugio considera enquanto produtos os testes psi- coldgicos, os inventérios de interesse, 05 materiais de orien taco vocacional, os jogos e outros instrumentos, e, como servigos, as atividades profissionais prestadas a uma ou mais ETICA NA PSICOLOGIA 57 ssoas, organizagées ou comunidades. Especifica: — que brigatoriamente todo © produto, informatizado ou nao, ferecido ao puiblico, possua uma ficha com informacées éenicas; ~ que os produtos de uso exclusivo dos psicélogos "vero possuir um rétulo com tal especificacio, sé poden- ser comercializado mediante a carteira de identidade pro- ssional; ~ as responsabilidades das editoras de testes psico- icos. Confere aos CRPs a competéncia para a fiscaliza- dos produtos comercializados. lursos de especializacao e residéncia psicologia Resolucio CFP 009/2000, que institui e regulamenta janual de Normas Técnicas para a Residencia em Psico- ia na area de satide, foi revogada pela Resolugso CFP 1007, que dispde sobre o credenciamento de cursos de jdéncia em Psicologia na4rea de satide, tendo como prin- 0 0 respeito A mutiplicidade de modelos de acio psicolé- |. © Programa deve estar credenciado no CRP e o pro- 30 seletivo dos candidatos inscritos deve ser piiblico. organizagio didatico-pedagégica considera a duracio ima de dois anos, distribuida em dois médulos, Ri ‘com carga horiria minima de 3.840 horas, das quais devem ser destinadas a fiundamentacio teérica sob a ja de aulas, semindrios etc. com a inclusio da temitica Ifticas puiblicas de satide, e 80% destinada a pratica. O de psicélogos ¢ outros profissionais devem ter no mi- cinco anos de experiéncia profissional na area de sadi~ a exercera fungio de preceptoria, supervisio ou oti- jo. O supervisor ou orientador deve ter, no minimo, a fio de Mestre. Os requisitos minimos de frequéncia e jo das atividades devem ser respeitados, bem como a riedade da apresentagio € aprovacio de trabalho ‘fico individual. ‘ograma de Residéncia em Psicologia na érea da Sati- inido como de pos-graduacio lato sensu para a formagio de espe- Cialistas na Srea da satide, constituido de treinamento COLECAO BTICA NAS PROFISSOES cem servigos de elevada qualificagio, obedecendo a um programa com contetido de natureza assistencial, edlucativa, administrativa e de investigagio cientifica, atendendo as necessidades da populagio ¢ a0 perfil epidemiolégico das regides brasileiras considera como suportes bisicos: ~ fandamentacZo te6rica, compreendendo o espaco de conhecimento interprofissional e institucional que delimita e caracteriza 0 proprio campo de atuagio em satide, dentro dos princfpios do SUS: — a atividade de pesquisa; —a vivencia pritica; a orientagio cotidiana do supervisor. A Resolugio CFP N° (16/2007, dispde sobre a concessio do titulo de especialista para os profissionais egressos dos pro- {gramas de residéncia credenciados pelo CFP, A Resolugio CFP 02/2001 altera e regulamenta a Re- solugio CFP 14/2000 que institui o titulo profissional de especialista em psicologia e o respectivo registro nos Con- selhos Regionais, considerando a necessidade de estabele- cer os procedimentos, tipos de documentos comprobat6rios, critérios de aceitagio ¢ demais questées operacionais para efeito de Concessio e Registro do Titulo Profissional de Especialista em Psicologia nos CRPs. As Resolugées CFP 014/200, 02/2001, 007/2001, 005/ 2003, 002/2004, 004/2005, 008/205, (113/2005 e 014/205, fo- ram revogadas pela Resolugio 013/2007, que institui a conso- lidagio das ResolucGes relativas a0 Titulo Profissional de Es- pecialista em Psicologia e dispoe sobre normas e procedimen- {os para seu registro, bem como modelos de requerimento. TIC NA PSICOLOGIA o Para habilitar-se ao Titulo de Especialista, o psie6logo de~ estar inscrito no CRP hi 2 (dois) anos e atendera um dos, ites requisitos: certificado ou diploma de conclusio de. de especializacio, oferecido por micleos formadores (ins- jigdes de ensino superior reconhecidas pelo MEC ¢ iiadas no CFP), com pelo menos uma turma jé conclufda ra¢io minima de 500 horas; por aprovagio em concurso rovas € titulos promovide pelo CRP e compravacao de ica de pelo menos 2 (dois) anos. profissional poderd obter até dois tftulos de Especia- |, nas especialidades reconhecidas pelo CFP: Psicologia: at/Educacional; Organizacional e do Trabalho; do Trin- } Juridica; do Esporte; Clinica; Hospitalar; Psicopedagogia;, smotricidade, Psicologia Social e Nenropsicologia. As de- Ges das especialidades estio dispostas no anexo 4. lo caso de novas especialidades serem reconhecidas, o psi- devers requerer o titulo nos primeiros 270 dias, a con- data de publicagio da Resolugio que reconhecer a espe~ ide, com comprovacio de pelo menos 5 (cinco) anos de iéncia a area, Resolugio CFP 013/207 apresenta o Manual para nciamento de Cursos com finalidade de Concessio ftulo de Especialista e respective registro, revogando as, lucdes CFP 007/2001 © 08/2005 especificando algu- jtuacdes para a concessio do titulo. Art, 26 ~ Fica assegurado aos alunos matriculados no curso durante a vigencia do credenciamento, que con- clufrem-no em periodo posterior a esse, 0 direito 3 so- licitacio do Titulo de Especialista e respectivo registro, desde que atendam as exigéncias previstas no Manual de Credenciamento dos Cursos, e COLEGAG ETICA NAS PROFISSOES Pardgrafo Unico - O direito a solicitar o Titulo de Espe- cialsta e o respective registro seri estendido aos anos de turma(s) que tenha(m) sido objeto de vistoria para fins do ‘redenciamento do curso, bem como aos alunos da siltima turma que tena concluido © curso no periodo imediata- ‘mente anterior & solicitagio do credenciamento. “Art, 27 — Os dircitos previstos no artigo anterior e seu parigrafo ‘inico nko serio assegurados caso 0 curso rea- lize alteragées em suas condig6es de funcionamento ¢ projeto pedag6gico, modificando os aspectos que servi ram de base para a concessio do credenciamento, Pardgrafo Unico — Caso 0 cursa realize alteragio des- sa natureza deverd comunicar 4 ABEP ~ Associagio Brasileira de Ensino de Psicologia, entidade conveniada pelo Conselho Federal de Psicologia como responsé- vel pelo credenciamento, para que esta decida sobre a necessidade ou no da revisio do credenciamento. ‘Art. 28 — A cada 3 (trés) anos, os micleos formadores de especialistas passario por processo de renovacio do credenciamento. pesquisa com seres humanos em icologia palavra Bioética foi criada por Van Ressenlaer Potter, 1970, abrangendo a ética aplicada as questées de satide & jnisa com seres humanos, de forma interdisciplinar, ba- \do-se em casufstica e prinefpios (GOLDIN, 1981). im 1978 foi publicado nos Estados Unidos o Relatério jont abordando a adequagio ética das pesquisas cient{— realizadas com seres humanos (GOLDIN, 1998: 119), faltando trés principio bisicos: o Respeito as Pessoas, a eficéncia e a Justica, que em geral sio também propos~ wr outros autores ¢ estudos. Im. paso importante em direcZo 3 questo da garantia ireitos humanos foi a aprovacio da Resolugio do Con Nacional da Satide/Ministério da Satide 196/96, que sobre as Normas Eticas da Pesquisa Envolvendo Seres anos, discorrendo sobre a ética do indivfduo ¢ das cole- les, abordando referenciais bésicos da bioética, como a jomiia, a nio maleficéncia, a beneficéncia e a justica. 16s 16 anos, em 12/12/2012, essa resolugio foi revogada esolucio CNS/MS 466/202, que estabelece Diretri- Normas Reguladoras de Pesquisas envolvendo seres (0s, foi publicada e passoua vigorar em junho de 2013. ‘os Comités de Etica e Bioética em pesquisa com se- manos devem orientar suas ages fundamentadas nes- lucio. 64 COLEGAO ETICA NAS PROFISSOES ETICA NA PSICOLOGIA Todo ¢ qualquer procedimento experimental envolven- em situagio de substancial diminuigdo em sua capaci- do humanos deve ser submetido e aprovado por um Comi- dade de decisio, devers haver justificativa clara de sua t@ de Etica em Pesquisa (CEP), que deve ser credenciado e escolha, especificada no protocolo ¢ aprovada pelo CER, subordinado a0 Conselho Nacional de Etica em Pesquisa ¢ pela CONER, quando pertinente. Nestes casos deve- (CONEP) antes do inicio da fase de coleta de dados, exis- Ho ser cumpridas as ctapas do esclarecimento e do con- sentimento livre ¢ esclarecido, por meio dos represen- tantes legais dos convidados a participar da pesquisa, pre- servado o direito de informacio destes, no limite de sua tindo uma responsabilidade institucional, além da do pes- quisador, visando assegurar os direitos e deveres que dizem respeito & comunidade cientifica, aos sujeitos da pesquisa ¢ a0 Estado. A Plataforma BRASIL € 0 sistema oficial de lan~ persis camento de pesquisas para andlise e monitoramento do Sis- b) a liberdade do consentimento deveré ser particu- tema CEP/CONER. Jarmente garantida para aqueles participantes de pes- Todo sujeito de pesquisa deve assinar um Termo de Con- us que; embore plepanents Gebers tes sentimento Livre e Esclarecido, no qual deve constar: nome da pesquisa, instituigao na qual a mesma se desenvolverd objetivos, técnicas empregadas, riscos envolvidos, duragio da pesquisa, garantias de confidencialidade e privacidade, Peer ae ana Silat staoctees ae possibilidade de retrar 0 consentimento a qualquer tempo rR eee coc are ae Ne inne WieMace a forma como os resultados sero divulgados, o nome do(s) Bite srispaneu nad is penis far pear aes pesquisador(es), a forma de entrar em contato como o(s) tis (Resolugio CNS 46672012). mesmo(s) ¢ com o CEP, caso se sinta lesado. O termo deve ser assinado em duas vias, ficando uma em poder do sujeito € outra arquivada por cinco anos apés 0 término da pesqui- sa, com © pesquisador responsivel. O Termo de Consenti- mento deverd conter declaragio do pesquisador responsavel que expresse o cumprimento das exigéncias contidas nos itens 1V3 ¢ IV.4 da presente Resolucio (CNS 46/2012) IV6 — Nos casos de restri¢ao da liberdade ou do es- clarecimento necessirios para © adequado consentimen- to, deve-se, também, observar postos a condicionamentos especificos, ou 2 influén- cia de autoridade, caracterizando situacGes passiveis de limitagio da autonomia, como estudantes, milita- res, empregados, presidifrios e intemnos em centros de We notar que, no caso de pesquisas académicas envol- alunos de graduagio, 0 pesquisador responsavel & 0 ie, devendo esse assinar o protocolo de pesquisa e a encaminhamento a0 CEP rigatoriedade desses procedimentos visa garantir os ¢ a protegio dos participantes, para que a ciéncia jercer e ser reconthecida em seu cariter social. jomité de Etica erm Pesquisa deve avaliar: ~ as razées luisa; a metodologia cientifica do projeto a ser em- 05 riscos ¢ beneeficios; ~andlise do Termo de Con- ito Livre e Esclarecido; —a forma como o pracesso a) em pesquisas cujos convidados sejam criancas, ado. Tescentes, pessoas com transtomo ou doenga mental ot 66 COLECAO ETICA NAS PROFISSOES ETICA NA PSICOLOGIA 67 de consentimento ser4 proposto; ~ a adaptagao das infor~ mages relativas ao sujeito da pesquisa no que concerne aos critétios de inclusao ¢ exclusio; — a privacidade e a confi- dencialidade. A pesqutisa deve pautar-se em um levantamen- to bibliogrifico consistente, em um objetivo claro que sus- tente a metodologia proposta. Uma das diividas € sobre 0 que € avaliado no protocolo de pesquisa submetido a0 CEP. © manual esté disponivel na internet, no site htep:// conselho.safide.gov.br A questio dos Direitos Autorais esté regida pelo Cédigo ivil Brasileiro, Lei 9.610, de 19/02/1998 ¢ Lei 12.853. de 08/2013 (www.planako.govbr/ccivil). ‘As mesmas reflexdes, cuidados ¢ procedimentos que de- m nortear uma pesquisa, também deveriam nortear um ntrato terapeutico, devendo este ser claro, transparente e wweniente para todas as partes, servindo como os trilhos trem que norteario o processo terapéutico, que sempre lica uma busca de liberdade e em uma busca de melho- possibilidades adaptativas As questdes acima expostas implicam também em um evantamento bibliogr4fico, em um objetivo claro que sus- tente a metodologia proposta. Deve constar no projetoaser enviado: a folha de rosto, 0 projeto propriamente dito com 0 Termo de Consentimenta Livre ¢ Esclarecido e a stimula curricular do orientador e, no caso de pos-graduandos, também do pesquisador. A Resolucio CFP 010/2012, que dispoe sobre a realizacio de pesqutisas com seres humanos, revoga a Resolugio CF? 016/2000, substitufda pela Resolucdo do Conselho Nacio- nal de Satide 466/2012, em vigor a partir de 13/06/2013. (heep: /eonselho.saude.govbritesolucoes/2012/Reso466,pat) Uma outra questio ética que sempre causa polémica € questi da autoria c coautoria, tanto que nos tiltimos ano: (5 congressos, encontros e simpésios tendem a somente acti tar a inscrigio do resumo com a assinatura de todos os co. autores, o mesmo ocorrendo com os perisdicos cientificos Quando alguém desiste da publicagio ou da apresentacii do trabalho, mas autotiza os outros autores a fazé-lo, consi dera-se oportuno que tal consentimento seja por escrito assinado. limitagao do campo de atuagao e das icas empregadas 70m o reconhecimento da profissio de psicdlogo pela so- je, novas regulamentagées tornaram-se necessérias NO lo de preservar o exercicio profissional e a imagem do logo, bem como resguardar os direitos da comunidade. Irigues (1998), ao referir-se ao CRP, considera que mpromisso institucional 0 de acomparihar e apontar os prin- que devem nortear 0 exercicio profissional do psicélogo, ¢ seu jlitico é 0 de intervir na sociedade, em defesa da construgéo de ‘edade democratica, para garantir a todos 0 dircito de cida- (p. 19). Esse compromisso implica o estabelecimen- diretrizes ¢ ages que possam nortear a pritica, con- \do para o desenvolvimento da Psicologia, estabele- 10s limites de sua drea de atuagio, especificando quais priticas psicolégicas especficas da atuacio do psicé- Juais podem ser compartilhadas com outras ciéncias e de apresentagio dos resultados. daremos inicialmente a questo da avaliagao psi- ica, das psicoterapias c das terapias néo reconhe- ‘ientificamente. ao psicolégica sposto no pardgrafo primeiro do art. 13 da Lei 4.119 ice como fungio privativa do psicdlogo o uso de ¢ técnicas psicolégicas, apresentados na Resolugio 70 COLEGAO ETIGA NAS PROFISSOES ETICA NA PSICOLOGIA n Art, 2° — © descumprimento 20 estabelecidlo nesta re~ solugio consticuir-se-4 em inftagio ao Cédigo de Btica Profissional do Psicélogo. CPF 02/1987, no artigo 35 “que proibe a divulgacdo, cessio, doasao, empréstime ou venda a leigos de instrumentose écnicas psi- coldgicas que permitam ou faclitem o exercicio ilegal da profissdo” No atual Cédigo de Etica, essa questio reaparece na alinea i” do are. 1° “zelar pela comercializagio, aquisigdo, guarda e for- ta de divulgagao do material privativo do psicélogo”. Na tiltima década muitas discuss6es € avangos ocorrerem na drea da avaliacio psicoldgica, sendo que em novembro de 2013, o Consclho Federal de Psicologia e 0s Conselhos Regio- ais de Psicologia langaram a Cartitha de Avaliacao Psico- Jogica, que apresenta questdes gerais sobre a AP, sobre 0 uso dos testes psicol6gicos, a avaliagio psicolégica para porte de armas, no trnsito, no sistema judicisrio e prisional, para por- tadores de necessidades especiais ¢ em concurso pablico. ‘As quatro resolugées apresentadas abaixo versam respec tiyamente sobre o ensino, a atualizagio constante dos ins trumentos, a claboragio de documentos escritos ¢ a conces- sfo de atestado psicolégico. A Resolucio CFP 012/197, considerando a grande in cidéncia dos chamados cursos de formagio, regulares ou ni) onde, a titulo de especializacao, tém sido ministrados, par no psicélogos, métodos e técnicas psicolégicas, de uso ex clusivo do psicélogo ¢ que tais cursos séo ministrados pol psicdlogos e contribuem para o exercfcio ilegal da profissiq resolve: A Resolucio CFP 002/2003 define e regulamenta 0 uso, laboracio ea comercializacio de testes psicolégicos, re- indo a Resolugao do CFP 025/2001. Tal resolugio pau- nas deliberagdes do IV Congreso Nacional de Psico- acerca do tratamento a ser dispensado aos testes psico- (08 ¢ nas propostas encaminhadas por psicélogos, dele- 9s das diversas regides, que participaram do I Forum ional de Avaliagio Psicol6gica, realizado em dezembro 100. Apresenta um anexo com os critérios de Avali ualidade de Testes Psicol6gicos. A Resolugio CFP 005/ ,altera e complementa a Resolugio CFP 002/2003. regulamentagio desse instrumento de uso privativo icdlogo reflete a preocupagio constante da classe com Kectos éticos, expressos pela qualidade do servico pres- «la formacao profissional e pelo cuidado com a ava~ € aprimoramento periédico de seus instrumentos, no s testes psicoldgicas. Reproduzo abaixo algumas leragdes e a maior parte dos artigos contidos na Resoln- P 002/203, ja com as alteracGes propostas pela Re- CFP 05/2012, que entre outros aspectos considera: =... a necessidade de aprimorar os instrumentos ¢ procedimentos técnicos de trabalho dos psieélogos ¢ de revisio periédica das condigées dos métodos ¢ téc~ hnicas utilizados na avaliagio psicolégica, com 0 obje- tivo de garantir servicos com qualidade técnica e ética populacio ususria desses servigos; Art. 1° — 0 ensino de métodos ¢ técnicas psicologicas fi rescrvado exclusivamente aos alunos regularmente mat ‘culados nos Cursos de Psicologia, regulamentadas nos 1 mos da Lei 4.119, de 27 de agosto de 1962, ¢ aos psicdlo registrados no respectivo Conselho Regional a demanda social e a necessidade de construir um si sma continuo de avaliagio dos testes psicol6gicos, ade-

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