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LAUDO DE PERICIA. AMBIENTAL empresa: CERAMICA RAINHA LTDA. cae. 85.776.201/0001-38, INSC. ESTADUAL: 250.200.600 ENDERECO: RUA LEOPOLDO KURTH, 780 BAIRRO: RAINHA CIDADE: RIO DO SUL ESTADO: SC RIO DO SUL, 02 DE DEZEMBRO 1997. 07:00 HORAS | ee 1 - INTRODUCAO ‘A presente pericia foi realizada a pedido da C ERAMICA RAINHA LTDA ¢ encontra- se embasada nas NR -NORMAS REGULAMENTADORAS do Ministério do Trabalho, aprovada pela Portaria n°. 3.214 de 08.06.1978. 2.- METODOLOGIA © Laudo ‘Técnico deste LEVANTAMENTO AMBIENTAL, foi realizado a partir da inspesio ¢ aferiglo “IN LOCO" dos possveis agentes insalubres, © relatvizado com as ccondigSes de trabalho. jemiologos deben estar dotados de una vision ica para captar estos cdmbios y mis aim para fanteciparse a ellos.” (Epidemiologia de las enferme- dlades profesionales - Dr.Ramén Martinez Rodriguez) 3 - OBJETIVO (© objetivo deste levantimento ¢ identfiear € caracterizar os agentes insalubres, fornecendo subsidios para as comegSes do mesino e dando sustentagio técnica para a elaboragao do PPRA edo PCMSO. 1 deveras importante registrar aqui, 0 que a CLT (Consolidagio das Leis do Trabalho) define ‘como INSALUBRIDADE em seu Artigo 189 “Serio consideradas atividades ou operagoes insalubres aquelas que, por sua natureza, condigées ow métodes de trabalho, exponkam os empregados a agentes nocivos a side, acima dos LIMITES DE TO- LERANCIA fixados em razo da natureza e intensidade do agente, © tempo de exposigio aos seus efeitos” Entende-se por LIMITE DE TOLERANCIA: “A concentrago ou intensidade mixima ou minima, relacionado com a natureza e @ tempo de exposigio a0 agente, que mio causari da- nos a sade do trabalhador, durante sua vida Iaboral.” A titulo complementar, cabe ainda citar 0 Artigo 191 “A eliminagio bu neutralizagio da INSALUBRIDADE ocorreri: = Coma adogao de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos LIMITES DE TOLERANCIA; = Come uiiizagio de Equipamentos de Protesio Individual ao trabalhador, que di rminuam a intensidade do agente agressivo ao Limite de Toleranci Soe es nb ao Oh ate BENS Fete ase Sucre An ee tm Oe tne 4 - DESENVOLVIMENTO A anilise das atividades ds CERAMICA RAINHA LTDA foram efetuadas com base na Lei n, 8213 de 24.07.91; CLIT - Consolidagdo das Leis do Trabalho, Lei n°. 6514 de 22.12.77, enquadrando-se nas NR -NORMAS REGULAMENTADORAS aprovadas pela Portaria m*,3.214 de 08.06.78 A CERAMICA RAINHA LTDA é uma empresa do RAMO CERAMICO - CODIGO DE ATIVIDADE 26.41-7 ~ fabrieaso de produtos cerimicos nivo refratirios para uso estrutural na construgio civil GRAU DE RISCO 3, Produa tethas, pisos ceramicos etijolos com queima realizada em fomo tinel continuo, ‘Tmo de traballio de .5:00 as 13:30; das 13:30 ts 22:00 e das 22:00 is 5:00, com repouso para lanche das 9:00 as 9:30 horas, © trabaiho & desenvolvido na forme de turnos, intercalades com um terceito grupo de funci niios, para poder fiuzer 0 rodizio e sempre ter um grupo de folga, Trabatham em torno de $0 (cingiienta) pessoas por turno na drea de producto, 0s sexo masculino constitu’ o maior contigente (noventa por cento) do efetive labor Na linha de produgdo, o trabalho € de caracteristicas moderadamente pesada a pesada, baven- do uma média de consumo calirico oscilante entre 5 © 10 calorias minut. Pate fator é natural em empresas de caractersticas como a RAINHA, soot OEE ean waregae ge 5- ACOMPANHAMENTO DA PERICIA * Dr. ADEMIR KAISER = MEDICO DO TRABALHO * Sra. JANETE APARECIDA PATERNO ~ TECNICA DE SEGURANCA DO TRABALHO 6 -EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA REALIZACAO DA PERICIA A.- Decibilimetro marca YU-FUNG - YF-20 - Sound Level Meter Operagio no Circuito de Compensagio “A"- dB(A) B- Luximetro marca YU-FUNG - Model 1065 C= Miq na fotogrifica Olympus Super F-100 7 ~ SOLICITACAO DA PERICIA CERAMICA RAINHA LTDA. RUA LEOPOLDO KURTH, 780 BAIRRO RAINHA 89160-000 - RIO DO SUL- Sc ees me nn Mea ih ei estaNNGR OS weDrcnn 00 TRABALD. PERICS AMBIENT . AL UBACAE ‘acu coupe M*Stunios "Eien ‘A empresa apresenta os seguintes setores: © extrusio de telhas + extius = Forno tinel = enforma © secador ae classificagiio © transporte interno + absstecimento e acabamento de vagdes © oficina de manutensio = tabornério © reforma * adm ‘A empresa possui o seu SESMTT (Servigo de Seguranca ¢ Medicina do Trabalho) e possui a CIPA em funcionamento, O servigo médico atende aos funcionérios e dependentes Para conhecimento dos solicitantes da pericia, anlisaremos as Normas Regulamentadoras, de forma seqiiencial sbordando as respectivas e possiveis distorgBes encontradas, assim como algumas sugestdes ¢ orientagio de eunho pritico, ee asada tag es, * Sr SILVIO DE JESUS AUX, PRODUCAO, ona RUIDO 86 A 99 4%(A) ILUMIvACAO: TURNO -DIURNO: TURNO NoTURNO: 230 600LUX 7a 103 Lux Hv ev etvesevovse Sr VALDEMAR mALDO , RULDO 86 A 90 aB(Ay 1 ILUMINACAO: (OP. MAQUINAS FIXAS TURNO -DIURNO: 230 600LUX TURNO NOTURNO: 74 103 LA "Sr. VALDIR SEMANN AUX, PROUCAO RUIDO 5.4.90 454) ILUMINACAO: TURNO - DIURNO: TURNO NoTURNO: 230 8 60OLUX 7a 103 Lux + Shu ADELAIDE PEREIRA MARCH RUIDO 85 4 90aKA) ILUMINAGAO: AUX. PRODUCAO TURNO - DIURNO: TURNO NOTURNO, 230 6OULUX 781103 LUX Sr. DEMIR FACHINI RULDO 46 A 90.434) AUX. PRODUCAO ILUMINAGAO: TURNO -DIURNO: 2308 600LUX TURNO NOTURNO: 74 103 LUX “SC ADEAUR POLICARIO FONSECA AUX: PRODUCKO. RUIDO #6 A 90 4B(A) ILUMINACAO: ‘TURNO = DIURNO: TURNO NOTURNO: 230. 6OOLUX 2 103 Lux MARIN AM, FOSTER aL RULDO 85 A 90 4B(A) ALUMINACAO: TURNO - DILRNO: TURNO NOTURNO AUX. PRODUCAO 2308 600LUx 70103 Lux * Se NORBERTO LER RUDO 86 A 50 aB(A) ILUMINACAO: AUX. PRODUCAO. TURNO -DIURNO: 230. 6obLUx 95.09.96 Dwg 20197 2197 02.0897 Eee Ga Ae fo he an Oe 7B Bag eS CONSULTORIA DE sap (or 3 DS, al MEDICINA 00 TRABALHO. = PERICIAS AMBIENTAIS. - PCMSO WWsaLGBHDABE Pericwosioabe ""™-cURSOS pV ‘cira PaRK CURSOS py aRiGAD® DE INCENDIO - PERICIAS TECNICAS SS O setor de extruso tem como equipamentos bisicos a maromba e as prensas de telha, na area de maromba a matéria prima (argila + cascalho moido ~ tagua) ), € colocado na caixa de ali- mentagio pela maquina carregadeira e deste através de correia transportadora é levado para o cilindro misturador., passando pela moto bomba vacuo que retira o ar da massa preparando 0 produto para a prensa. No setor de prensas ha trés miquinas que prensam 15 telhas por minuto ou 900 telhas por hora. Essa telhas pesam em média 3,85 Kg cada peca. Para cada 25 a 30 telhas é passado uma esponja embebida com querosene de forma manual, nos bastdes de argila para evitar que o produto fique grudado na forma, Durante a inspegido observamos o uso de luvas de tecido, inadequado para este trabalho, uma vez de que ela permite o contato com o produto quimico. As telhas que vao sendo produzidas nas prensas so colocadas nos carrinho de madeira, ¢ de- pois transportados para os secadoras. Estes carrinhos sto abastecidos por dois grupos de funcionérios. ‘Um grupo abastece a parte inferior € outro, sobre uma plataforma , abastece a parte superior. trabalho de abastecimento desse carrinho exige um esforgo considerado de membros supe- riores e colina vertebral, desses funciondrios, tendo em vista que o trabalho ¢ determinado pelo ritmo das maquinas, Esta condigao requer um estudo ergon6mico para minorar os riscos laborais existentes. ‘Apés as telhas sairem do secador, elas so colocadas nos vagdes que vao para 0 forno tinel para queima ua Cosino Nato, 75 - 2 Andar Sala 20 ‘ua Jacob Johann Dyck, 147 « Baio Budag Fona (047) az2-2044 - Caina Postal 21 PonerFax (047) 822-1888 as160l009 ~ Rio o0 Sul SC #9160:000 = RO do Sul = SC CONSULTORIA DE SEGURANGA 00 EDICINA DO TRABALHO - PERICIAS AMBIENTAIS . ReMSO ony SALUBRIoADE "= ""perucuosibage CIASag SMSO PPRA'~ CURSOS F/ ARIGADA DE INCENDIO - PESICIAS TEEN Gee Tomua-se importante registrar que os funciondrios deste setor se revezam nas tarefas, ora re- tirando 0 produto das prensas, ora alcangando para os que estdo sobre a plataforma ou fazen- Or" do a carregamento dos carrinhos, Em relagéo a ILUMINANCIA encontrada informamos que esta abaixo do que preconiza a NBR-5413 que nos da uma ILUMINANCIA. média de 150 LUX e no maximo 200 LUX EQUIPAMENTOS RULDO 02 - ALIMENTADORES E MAROMBAS 88 A 90 dB(A) 03 - PRENSAS 86 A 88 dB(A) ENQUADRAMENTO - INSALUBRIDADE EM GRAU MAXIMO Embasamento:- — ANEXO 13 - AGENTES QUIMICOS ~ Manipulagio de aloatrdo, breu betume, antraceno, éleos minerais, leo queimado, parafina ou outras substincias cancerigenas afins, NR-IS - Anexo 1 - RUIDO Entende-se por Ruido Continuo ou Intermitente, para os fins de aplicagto de Limites de Tolerdncia, o ruido que no seja ido de impacto. Os niveis de nuido continuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nivel de pressio sonora operando no circuito de compensaedo "A" e circuito de resposta lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas proximas ao ouvide do trabalhador. Os tempos de exposigao aos niveis de ruido no devem exceder os limites de tolerincia fixados no Quadro deste anexo Recomendagio: Fornecer ¢ tomnar obrigat6rio 0 uso de protetor auricular e Creme Protetor Dérmico este procedimento elimina a insalubridade ‘ann 47 «Baio Budag “onaax (047) a2 1988 9160.00" Rio do Sul Ge 75 - 2 Andar Sala 29 (087) 822-2044.” Gaia Posie 21 80-000 lo Go Su SC CONSULTORIA DE ‘SEGURANGA OO ia MEDICINA DO TRABALHO = PERICIAS AMBIENTASS - FCMSO PERICULOSDADE CURSOS Pr i BRIGADA BE NCENDIO - PERICIAS TCM: CONSIDERAGOES FINAIS como os locais de trabalho inspecionados foram rigorosamente 4 anilise das funcées. a observados € inseridos no contexto das Normas Reaulamentadoras do Ministério do Trabalho s a que esto sujeitos os funciondrios pelas exigéncias lahorais enas_ variaveis fisiologic: As informagdes obtidas durante a inspeco foram prestadas s pelos encarregados e responsé- veis dos setores. Estas nos permitiram, juntamente com a andlise efetuada. inferir 0 enqua- dramento dos niveis de insalubridade existente nas diversas areas. assim como apresentar_as recomendagdes viéveis para sanar ou reduzir 0s riscos € os agentes insalubres. ,erimos a implantacao imediata dos Equipamentos de Pro- De acarda com as observa: tecdo Individual em todos os setores. 5 riscos existentes, do ponto de vista empresarial, ja niio so somente as ades trabalhistas. € sim as ages civis: pois 0 pagamento da insalubridade nao exime a empresa da responsabilida- de em caso de patologia proveniente das condigdes de trabalho. quando estas so plenamente evitaveis, com medidas de prevencao Durante 4 inspegao observamos que a empresa fornece EPI adequado na maioria dos setores. porém, estes, por falta de um proceso de conscientizago e educagao continuada. que deve ser desenvolvido pelo SESMT (Servico de Seguranga em Medicina do Trabalho). nfo esto sendo usados por uma grande maioria dos funcionarios DLE I DI DI DI DI I II OD DA Bua Cosino Neto, 75 - 2 andar Sela 23 ua Jacob Johann Oyck, 187 + Baio, Bud Fone (047) 822-2044 - Gaia Postal 21 Fone/Fax (047) 22-198 191601000 ~ Rio do Sul - SC 8160-000 - Rie do Sul - SC ‘GONSULTORIA DE ‘SEGURANGA CO ewes, oo enc REE NE NEDICINA 00 TRABALHO - PERICIAS AMBIENTAS - PCMSO NSALUBMIOADE = PERIULOSIOADE. CURSOS PI CiPa PomA CURSOS P BRIGADA DE INCENDIO - PERIGIAS TECNICAS De acordo com a NR 6, a empresa mesmo fornecendo 0 EPT mas niio exindo 0 seu uso, € responsvel (NR 6- item 6.6.1-4.) Nos setores onde o Nivel de Pressiio Sonora, ultrapassa os 85 dB(A), ha necessidade da realizagao de au 8, que deverao ser programadas no PCMSO. © PPRA também devera contemplar o monitoramento ambiental da area de céscalho e na farea de preparagao de esmalte, com 0 controle da presenga de silica livre suspensa no ambi- ente O PCMSO devera prever o acompanhamento clinico dos funcionarios que trabalham neste ‘ambiente, sendo que os que trabalham no moinho de cascalho deverdo fazer controle radiolo- ico e espirometria ‘Tendo em vista o grande ntimero de funciondrias mulheres recomenda- ea realizacdo de pre- ventivo de edincer para este quadro funcional, anualmente. As circunstiincias ¢ as exigéncias laborais, no que se refere a esforco fisico e frequéncia de repeti¢ao requer programagiio, dentro do PCMSO, para realizacio de Laudo Ergondmico, para minorar os riscos de DORT (Doenca Osteomuscular Relacionado ao Trabalho). Durante a inspegao, no turno da manha, observamos que os funcionarios que comegam a che- gar na fibrica as 4:30 horas, no possuem um abrigo adequado, para aguardar a hora de en- trada na fabrica Devido as caracteristicas climaticas principalmente durante o inverno, os riscos de patologias respiratorias e gripes aumentam, e com isso 0 absenteismo. ua Cosa Noto, 75 - 2¥ Ander Sala 23 ua Jacob Johann Dyck, 147 - Bala Buda Fona (047) 822-2044 - Caixa Postal 21 FonafFax (087) 622-195 ‘891600000 - Rio do Su SC 160.000 Rio do Sul - SC yu nee ene REE coNnsuLToRiA DE SSesuRANGA 0 MEDICIVA DO TRAGALHO.- PERICIAS AMBIENTAIS. POMSO Teer: ese eo SEE icuosibabe CURSOS _P Gib - PERN URRURSOS fr aRIGADA OB INGENDIO - PERICIAS TECNGCAS ——e——r—Eee Ha necessidade de discusstio de medidas adequadas para solucionar um problemas simples. pois se ha local para abrigar as bicicletas deve também haver local para abrigar quem nela vem para trabalhar. | OPPRA deve abordar medidas para reduzir 0 nivel de exposigao dos membros inferiores, a0 calor. a que esto sujeito os operadores de forno tiinel , que trabalham circulando sobre este Os fincionatios que trabalham na esmaltagao, com produto a base de cromo devem faze o controle biolégico de cromo urinario, durante a realizagdo dos exames periddicos Em fungio do tipo de atividade desenvolvido na empresa, sugerimos um programa de v cinacho Anti-tetanica. Para melhor conhecimento dos funcionarios, sugerimos a discussio do presente Laudo com a CIPA ~ Comissio f srna de Prevengao de Acidentes (NR-5) \ | \ Vy . VV pdy LUIZ Kono CNICODE SEG, TRABALHO | REG. t-F7/000158-1 DR. JAILSON Buia DA SILVA MEDICO DO LUO CRM 4437 MTB 18.543 NOVEMBRO / DEZEMBRO - 1997 [i SS Fun Jacob Jann Oph, 47 Bato Budag Ponafax (087) 822-98 s0160000 AD 42 Sul SC Bus Govino Neto, 75 - 2" Andar Sala 23 Fone (047) 9222044 © Caixa Postal 21 + 88160000'- Rio do Sul = SC -

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