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Saúde Coletiva

Aula 03: Tuberculose


TUBERCULOSE
Doença infecciosa e transmissível que afeta
prioritariamente os pulmões, embora possa
acometer outros órgãos e/ou sistemas.

A doença é causada pelo Mycobacterium


tuberculosis ou bacilo de Koch.
Cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por
tuberculose no mundo, e a doença leva mais de um
milhão de pessoas a óbito anualmente.

A forma pulmonar, além de ser mais frequente, é


também a mais relevante para a saúde pública,
principalmente a forma positiva à baciloscopia, pois é
a principal responsável pela manutenção da cadeia de
transmissão da doença.
Fonte: saudeebemestar.com
A forma extrapulmonar, que acomete outros órgãos que
não o pulmão, ocorre mais frequentemente em pessoas
que vivem com o HIV, especialmente entre aquelas com
comprometimento imunológico.
Quais são os sintomas?

O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse


na forma seca ou produtiva.

Por isso, recomenda-se que todo sintomático


respiratório, que é a pessoa com tosse por três semanas
ou mais, seja investigado para tuberculose.

Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes,


como:

•Febrevespertina
•Sudorese noturna
•Emagrecimento
•Cansaço/fadiga
Caso a pessoa apresente sintomas de tuberculose, é
fundamental procurar a unidade de saúde mais
próxima da residência para avaliação e realização de
exames.

Se o resultado for positivo para tuberculose, deve-se


iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo
até o final.
Como é feito o diagnóstico?

Para o diagnóstico da tuberculose são


utilizados os seguintes exames:
•Baciloscopia

•Teste rápido molecular para tuberculose

•PPD – Prova Tuberculinea

•Radiografia de tórax
A radiografia de tórax deve ser realizada em todas as
pessoas com suspeita clínica de tuberculose pulmonar.

Juntamente com as radiografias de tórax, sempre


devem ser realizados exames laboratoriais
(baciloscopias e/ou teste rápido molecular e cultura) na
tentativa de buscar o diagnóstico bacteriológico.
Como é transmitida?

A tuberculose é uma doença de transmissão


aérea e se instala a partir da inalação de
aerossóis oriundos das vias aéreas;

Durante a fala, espirro ou tosse das pessoas


com tuberculose ativa (pulmonar ou laríngea),
que lançam no ar partículas em forma de
aerossóis contendo bacilos.
Bacilos que se depositam em roupas, lençóis,
copos e outros objetos dificilmente se dispersam
em aerossóis e, por isso, não têm papel
importante na transmissão da doença.

A tuberculose NÃO se transmite por objetos


compartilhados, como talheres, copos, entre
outros.
Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir
gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, ela se
encontra muito reduzida.

No entanto, o ideal é que as medidas de controle sejam implantadas


até que haja a negativação da baciloscopia, tais como cobrir a boca
com o braço ou lenço ao tossir e manter o ambiente bem ventilado,
com bastante luz natural.

O bacilo é sensível à luz solar e a circulação de ar possibilita a


dispersão das partículas infectantes.

Por isso, ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o


risco de transmissão
Como é feito o tratamento?

O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses, é gratuito e


está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), devendo ser
realizado, preferencialmente, em regime de Tratamento Diretamente
Observado (TDO).

São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos de


tuberculose que utilizam o esquema básico: rifampicina, isoniazida,
pirazinamida e etambutol.

O TDO é indicado como principal ação de apoio e monitoramento do


tratamento das pessoas com tuberculose e pressupõe uma atuação
comprometida e humanizada dos profissionais de saúde.
Além da construção do vínculo entre o profissional de saúde e a
pessoa com tuberculose, o TDO inclui a ingestão dos
medicamentos pelo paciente realizada sob a observação de um
profissional de saúde ou de outros profissionais capacitados, como
profissionais da assistência social, entre outros, desde que
supervisionados por profissionais de saúde.

O TDO deve ser realizado, idealmente, em todos os dias úteis da


semana. O local e o horário para a realização do TDO devem ser
acordados com a pessoa e com o serviço de saúde.
A pessoa com tuberculose necessita ser orientada, de forma
clara, quanto às características da doença e do tratamento a que
será submetida.

O profissional de saúde deve informá-la sobre a duração e o


esquema do tratamento, bem como sobre a utilização dos
medicamentos, incluindo os benefícios do seu uso regular, as
possíveis consequências do seu uso irregular e os eventos
adversos associados.

Todas as pessoas com tuberculose devem fazer o tratamento até


o final.
Como prevenir?

Vacinação com BCG

A vacina BCG (bacilo Calmette-Guérin), ofertada no Sistema Único de


Saúde (SUS), protege a criança das formas mais graves da doença,
como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea.

A vacina está disponível nas salas de vacinação das unidades


básicas de saúde e maternidades.

Essa vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até
os quatro anos, 11 meses e 29 dias.
Tratamento da Infecção Latente pelo Mycobacterium
tuberculosis

O tratamento da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) é


uma importante estratégia de prevenção para evitar o
desenvolvimento da tuberculose ativa, especialmente nos
contatos domiciliares, nas crianças e nos indivíduos com
condições especiais, como imunossupressão pelo Vírus da
Imunodeficiência Humana (HIV), comorbidades associadas
ou uso de alguns medicamentos.
• Para isso, é importante que a equipe de saúde realize
a avaliação dos contatos de pessoas com tuberculose
e ofereça o exame para diagnóstico da ILTB aos
demais grupos populacionais, mediante critérios para
indicação do tratamento preventivo.
• Controle de infecção
• O emprego de medidas de controle de infecção
também faz parte das ações de prevenção da doença,
tais como: manter ambientes bem ventilados e com
entrada de luz solar; proteger a boca com o antebraço
ou com um lenço ao tossir e espirrar (higiene da tosse);
e evitar aglomerações.
Tuberculose e HIV
A tuberculose em pessoas que vivem com HIV é uma das
condições de maior impacto na mortalidade por HIV e por
tuberculose no país.
Essas pessoas têm maior risco de desenvolver a tuberculose, e
muitas vezes, só têm o diagnóstico da infecção pelo HIV durante
a investigação/confirmação da tuberculose.
Devido ao risco aumentado de adoecimento por tuberculose, em
toda visita da pessoa que vive com HIV aos serviços de saúde,
deve ser questionada a presença de tosse e de febre, sudorese
noturna ou emagrecimento, os quais associados ou não à tosse,
também podem indicar tuberculose.
O diagnóstico precoce de infecção pelo HIV em pessoas
com tuberculose e o início oportuno do tratamento
antirretroviral reduzem a mortalidade.

Portanto, o teste para diagnóstico do HIV (rápido ou


sorológico) deve ser ofertado a toda pessoa com
diagnóstico de tuberculose.

Caso o resultado da testagem para HIV seja positivo, a


pessoa deve ser encaminhada para os serviços que
atendem pessoas vivendo com HIV, e que sejam mais
próximos de sua residência para dar continuidade ao
tratamento da tuberculose e iniciar o tratamento da
infecção pelo HIV.
TÉTANO

É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, causada


por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani.
Essa bactéria é encontrada nas fezes de animais e de
seres humanos, na terra, nas plantas, em objetos e pode
contaminar as pessoas que tenham lesões na pele
(feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais etc.),
pelas quais o microrganismo possa penetrar, provocando
o tétano acidental.
• Sintomas:
• A toxina produzida pela bactéria ataca,
principalmente, o sistema nervoso central,
provocando:
• - rigidez muscular em todo o corpo, mas
principalmente no pescoço;
- dificuldade para abrir a boca e para engolir;
- riso convulsivo, involuntário, produzido por
espasmos dos músculos da face.
• A contratura muscular pode atingir os músculos
respiratórios e pôr em risco a vida da pessoa.
• Tratamento:
• O tétano é uma doença grave e às vezes fatal,
caso a pessoa não seja atendida prontamente
num hospital.

• No tratamento, são utilizados antibióticos,


relaxantes musculares, sedativos,
imunoglobulina antitetânica e, na falta dela,
soro antitetânico.
Prevenção:
O tétano é uma doença que pode ser evitada
desde que alguns cuidados sejam observados:
- manter o esquema de vacinação em dia.

- Crianças com até cinco anos de idade devem


receber a vacina tríplice contra tétano e, a partir
dessa idade, a vacina dupla (contra difteria e
tétano).
Muitos adultos jamais tomaram a vacina dupla e, mesmo
os que já tomaram, costumam esquecer-se das doses de
reforço, que devem ser tomadas a cada dez anos para
garantir a proteção contra a doença e podem ser obtidas
em qualquer posto de saúde;

- limpar cuidadosamente com água e sabão todos os


ferimentos para evitar a penetração da bactéria;
- não são apenas pregos e cercas enferrujadas que
podem provocar a doença.
A bactéria do tétano pode ser encontrada nos mais
diversos ambientes.
Tétano neonatal
É uma doença infecciosa grave, não contagiosa, que
acomete o recém-nascido nos primeiros 28 dias de
vida, tendo como sintoma inicial dificuldade de sucção,
irritabilidade e choro constante.
É causada pela mesma bactéria que produz o tétano
acidental e pode ser evitada pela vacinação adequada
da mãe.
Os filhos de mães vacinadas nos últimos cinco anos
com três doses da vacina apresentam imunidade até
os dois meses de idade.
Fatores de risco para o tétano neonatal:

- baixas coberturas da vacina antitetânica nas mulheres


em idade fértil;
- partos domiciliares assistidos por parteiras tradicionais
ou outros sem capacitação e sem instrumentos
adequados;
- ausência ou baixa qualidade do acompanhamento
pré-natal;
- alta hospitalar precoce e acompanhamento deficiente
do recém-nascido e da puérpera;
- hábitos culturais associados a cuidados inadequados
de higiene com o coto umbilical e com o recém-nascido;
- baixos níveis de escolaridade, socioeconômicos ou de
educação em saúde das mães.
• O Botulismo é uma doença não-contagiosa, resultante
da ação de potente neurotoxina.
• Apresenta-se sob três formas: Botulismo alimentar,
Botulismo por ferimentos e Botulismo intestinal.
• O local de produção da toxina botulínica é diferente em
cada uma dessas formas, porém todas se caracterizam
clinicamente por manifestações neurológicas e/ou
gastrointestinais.
• RESERVATÓRIO: Os esporos do C. botulinum são
amplamente distribuídos na natureza, em solos e
sedimentos de lagos e mares.
• São identificados em produtos agrícolas, como legumes,
vegetais e mel, e em intestinos de mamíferos, peixes e
vísceras de crustáceos.
• Quadro Clínico: A doença se caracteriza por instalação
súbita e progressiva. Manifestações gastrointestinais:
náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.
• Manifestações neurológicas: cefaleia, vertigem e tontura;
seguindo-se uma paralisia flácida motora descendente
associada a comprometimento autonômico disseminado.
• Os sinais e sintomas começam no território dos nervos
cranianos e evoluem no sentido descendente.
• Pode ocorrer: visão turva, ptose palpebral uni ou bilateral,
dificuldade de convergência dos olhos, diplopia,
movimentos limitados dos globos oculares, oftalmoplegia,
pupilas dilatadas (midríase) e não fotorreagentes,
disfagia e disartria.
• Com a evolução da doença o paciente pode apresenta
dificuldade para sustentar o pescoço, dispneia,
insuficiência respiratória, tetraplegia flácida, fraqueza
muscular simétrica nos membros, mais intensa nos
membros superiores, boca seca, íleo paralítico,
hipotensão sem taquicardia e retenção urinária.
ASSISTÊNCIA AO PACIENTE TRATAMENTO

Deve ser realizado em ambiente hospitalar que


disponha de unidade de terapia intensiva.
Tratamento de suporte: baseia-se na assistência
ventilatória, lavagens gástricas, enemas e laxantes
(para eliminar a toxina do aparelho digestivo),
hidratação e reposição de eletrólitos, além de nutrição
enteral.
Tratamento específico: antes de iniciar o tratamento
específico, todas as amostras clínicas para exames
diagnósticos devem ser coletadas
COQUELUCHE
A coqueluche é uma infecção respiratória,
transmissível e causada por bactéria. Está presente
em todo o mundo. Sua principal característica são
crises de tosse seca. Pode atingir, também, tranqueia
e brônquios.
Crianças menores de seis meses podem apresentar
complicações da coqueluche que, se não tratada
corretamente, pode levar à morte.
• Quais são os fatores de risco para coqueluche?
• Os principais fatores de risco para coqueluche têm
relação direta com a falta de vacinação.
• Nas crianças a imunidade à doença é adquirida
quando elas tomam as três doses da vacina, sendo
necessária a realização dos reforços aos 15 meses e
aos 4 anos de idade.
• Pode ser que o adulto, mesmo tendo sido vacinado
quando bebê, fique suscetível novamente à doença
porque a vacina pode perder o efeito com o passar do
tempo.
• Como a coqueluche é transmitida?
• A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo
contato direto do doente com uma pessoa não vacinada
por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até
mesmo ao falar.
• Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos
recentemente contaminados com secreções de pessoas
doentes. Isso é pouco frequente, porque é difícil o agente
causador da doença sobreviver fora do corpo humano,
mas não é impossível.
• O período de incubação do bacilo, ou seja, o tempo que
os sintomas começam a aparecer desde o momento da
infecção, é de, em média, 5 a 10 dias podendo variar de 4
a 21 dias e, raramente, até 42 dias.
• Quais são os sintomas da coqueluche?
• Os sintomas da coqueluche podem se manifestar em
três níveis. No primeiro nível, o mais leve, os
sintomas são parecidos com o de um resfriado.
• Mal-estar geral.
• Corrimento nasal.
• Tosse seca.
• Febre baixa.
• No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e
outros sinais aparecem.
• Tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada.
• A tosse pode ser tão intensa que pode comprometer a
respiração.
• A crise de tosse pode provocar vômito ou cansaço extremo.
• É normal que adultos e adolescentes tenham sintomas mais
leves da coqueluche em relação às crianças mais novas.
• A gravidade da doença também está diretamente relacionada à
falta de imunidade e à idade.
• Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre
seis a 10 semanas, podendo durar mais tempo, conforme o
quadro clínico e a situação de cada caso.
• Como é feito o diagnóstico da coqueluche?
• O diagnóstico da coqueluche em estágios iniciais é
difícil, uma vez que os sintomas podem parecer como
resfriado ou até mesmo outras doenças respiratórias.
• A tosse seca é um forte indicativo da coqueluche, mas
para confirmar o diagnóstico o médico pode pedir os
seguintes exames:
• Coleta de material de nasofaringe para cultura.
• PCR em tempo real.
• Como exames complementares, podem ser realizados
hemograma e raio-x de tórax.
• Como é feito o tratamento da coqueluche?
• O tratamento da coqueluche é feito basicamente com
antibióticos, que devem ser prescritos por um médico
especialista, conforme cada caso.
• É importante procurar uma unidade de saúde para
receber o diagnóstico e tratamento adequados, assim
que surgirem os primeiros sinais e sintomas.
• As crianças, quando diagnosticadas com coqueluche,
frequentemente ficam internadas, tendo em vista que os
sintomas nelas são mais severos e podem provocar a
morte.
FEBRE TIFÓIDE
É uma doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, causada
pela Salmonella typhi, associada a baixos níveis socioeconômicos,
principalmente em áreas com precárias condições de saneamento,
higiene pessoal e ambiental.

RESERVATÓRIO O ser humano é o único reservatório natural


conhecido.
MODO DE TRANSMISSÃO Direta: pelo contato direto com as
mãos do doente ou portador. Indireta: ingestão de água e alimentos
contaminados com fezes ou urina de doentes ou portadores. A
contaminação de alimentos se dá principalmente durante o
processo de preparação e manipulação dos alimentos.
QUADRO CLÍNICO Os sintomas clássicos consistem em
febre alta, dor de cabeça, mal-estar, inapetência,
bradicardia relativa (dissociação pulso/temperatura),
hepatoesplenomegalia, manchas rosadas no tronco
(roséola tífica, rara), constipação intestinal ou diarréia e
tosse seca.
O quadro clássico completo é raramente observado, sendo
mais frequente a febre acompanhada por alguns dos
demais sinais e sintomas citados.
A febre é geralmente mais baixa na parte da manhã,
atingindo um pico no final da tarde ou à noite.
Nas crianças, a doença costuma ser menos grave do que
nos adultos, acompanhada frequentemente de diarréia.
CONTROLE E PREVENÇÃO
As medidas de prevenção e proteção da população estão
relacionadas a melhores condições de saneamento, higiene e
cuidados com alimentos: Garantir o destino e o tratamento
adequado dos dejetos;
Garantir a coleta, o acondicionamento e o destino adequado do
lixo;
Realizar ações de vigilância da qualidade da água para consumo
humano, como o monitoramento mensal da qualidade da água de
sistema ou solução alternativa de abastecimento, assim como
manter sistemática e permanente avaliação de riscos à qualidade
da água consumida;
Proceder a limpeza e desinfecção periódica das caixas de água,
a cada 6 meses;
Nos casos de sistemas que forneçam água sem tratamento
prévio, proceder cloração da água com hipoclorito de sódio a 2,5.
A leptospirose
Doença infecciosa transmitida ao homem pela urina
de roedores, principalmente por ocasião das
enchentes.
A doença é causada por uma bactéria chamada
Leptospira, presente na urina de ratos e outros
animais (bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e
cães também podem adoecer e, eventualmente,
transmitir a leptospirose ao homem).
• Sintomas
• Os principais da leptospirose são:
• febre;
• dor de cabeça;
• dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas.
• Podem também ocorrer vômitos, diarreia e tosse. Nas formas
graves, geralmente aparece icterícia (pele e olhos amarelados),
sangramento e alterações urinárias. Pode haver necessidade de
internação hospitalar.
• O período de incubação, ou seja, tempo que a pessoa leva para
manifestar os sintomas desde a infecção da doença, pode variar
de 1 a 30 dias e normalmente ocorre entre 7 a 14 dias após a
exposição a situações de risco.
Complicações
Em aproximadamente 15% dos pacientes com
leptospirose, ocorre a evolução para manifestações
clínicas graves, que tipicamente iniciam-se após a
primeira semana de doença, mas que pode ocorrer
mais cedo, especialmente em pacientes com
apresentações fulminantes.
A manifestação clássica da leptospirose grave é a
síndrome de Weil, caracterizada pela tríade de
icterícia, insuficiência renal e hemorragias, mais
comumente pulmonar.
Transmissão
A Leptospirose é transmitida durante as enchentes, a urina
dos ratos, presente nos esgotos e bueiros, mistura-se à
enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com
a água ou lama pode infectar-se.
As leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente
por arranhões ou ferimentos, e também pela pele íntegra,
imersa por longos períodos na água ou lama contaminada.
O contato com esgotos, lagoas, rios e terrenos baldios
também pode propiciar a infecção.
Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a
doença pelo contato com a urina, sangue, tecidos e órgãos
de animais infectados.
Tratamento
Os casos leves de leptospirose são tratados em
ambulatório, mas os casos graves precisam ser
internados.
A automedicação não é indicada, pois pode agravar a
doença.
Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um
médico e relatar o contato com exposição de risco.
A antibioticoterapia está indicada em qualquer período
da doença, mas sua eficácia parece ser maior na 1ª
semana do início dos sintomas.
HANSENÍASE
Conhecida antigamente como Lepra, é uma doença
crônica, transmissível, de notificação compulsória e
investigação obrigatória em todo território nacional.
Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae,
bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de
indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos
periféricos com capacidade de ocasionar lesões neurais,
conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal
responsável pelo estigma e discriminação às pessoas
acometidas pela doença.
Os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase são:
lesão(ões) (manchas) e/ou área(s) da pele com alteração da
sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou
tátil (ao tato);
comprometimento do(s) nervo(s) periférico(s), geralmente
espessamento (engrossamento), associado a alterações
sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
Áreas do corpo com sensação de formigamento e/ou fisgadas;
Diminuição e/ou ausência da força muscular na face, mãos e pés;
Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e
dolorosos.
• O diagnóstico de caso de hanseníase é essencialmente clínico e
epidemiológico, realizado por meio do exame geral e
dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com
alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos
periféricos, com alterações sensitivas e/ou motoras e/ou
autonômicas.

• A transmissão ocorre quando uma pessoa com hanseníase, na


forma infectante da doença, sem tratamento, elimina o bacilo
para o meio exterior, infectando outras pessoas suscetíveis.
• A via de eliminação do bacilo pelo doente são as vias aéreas
superiores (mucosa nasal e orofaringe), por meio de contato
próximo e prolongado.
• Os doentes com poucos bacilos – paucibacilares (PB)
– não são considerados importantes como fonte de
transmissão da doença devido à baixa carga bacilar.
• As pessoas com a forma multibacilar (MB) - muitos
bacilos -,no entanto, constituem o grupo contagiante,
mantendo-se como fonte de infecção enquanto o
tratamento específico não for iniciado
Como é feito o tratamento da Hanseníase?
A informação sobre a manifestação clínica da
hanseníase em cada pessoa, é fundamental
para determinar a classificação operacional da
doença como Paucibacilar (poucos bacilos) ou
Multibacilar (muitos bacilos) e para selecionar o
esquema de tratamento adequado para cada
caso.
DOENÇAS VENÉREAS
HIV/Aids
O vírus da imunodeficiência humana é o causador da Aids, que
ataca o sistema imunológico e derruba o sistema de defesa do
organismo.
No Brasil, a epidemia de HIV/Aids é considerada estabilizada,
mas vem avançando entre os mais jovens.
Na última década, o índice de contágio mais que dobrou entre
jovens de 15 a 19 anos, passando de 2,8 casos por 100 mil
habitantes para 5,8 casos.
Também aumentou na faixa etária entre 20 a 24 anos,
chegando a 21,8 casos a cada 100 mil habitantes.
Sífilis
Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, a
infecção apresenta diferentes estágios, do primário ao
terciário, e tem maior potencial de infecção nas duas
primeiras fases, que costumam ocorrer até 40 dias após
o contágio.
É transmitida por relações sexuais ou pode ser passada
da gestante para o bebê.
Os sintomas são feridas na região genital (na fase
primária) e manchas no corpo que sugerem uma alergia
(na fase secundária).
O tratamento da doença é gratuito na rede pública, feito
com penicilina.
HPV
O Papilomavírus Humano existe com mais de 200
variações e se manifesta por meio de formações
verrugosas - que podem aparecer no pênis, vulva, vagina,
ânus, colo do útero, boca ou garganta.
O sexo é a principal forma de transmissão do HPV, seja
pelo coito ou pelo sexo oral.
O HPV é uma preocupação grave de saúde pública pelo
potencial de alguns tipos do vírus causarem câncer,
principalmente no colo do útero e no ânus, mas também na
boca e na garganta, que vêm aumentando entre os jovens.
O vírus pode ficar latente por períodos prolongados sem
que haja sintomas, e é difícil erradicar a infecção por
completo.
Gonorreia
A doença é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae,
que infecta sobretudo a uretra.
O sintoma mais comum é a presença de corrimento na
região genital, mas a infecção pode causar dor ou ardor ao
urinar, dor ou sangramento na relação sexual e, nos
homens, dor nos testículos. A maioria das mulheres
infectadas não apresenta sintomas.
O tratamento é feito com antibiótico e deve ser estendido
ao parceiro, mesmo que este não tenha sintomas.
Quando não tratada, a infecção pode atingir vários órgãos,
como o testículo, nos homens, e o útero e as trompas, nas
mulheres, e pode causar infertilidade e complicações
graves.
Herpes genital
Transmitido pela relação sexual com uma
pessoa infectada, o vírus do herpes causa
pequenas bolhas e lesões dolorosas na região
genital masculina e feminina.
As feridas podem acompanhar ardor, coceira,
dor ao urinar e mesmo febre, e os sintomas
podem reaparecer ou se prolongar quando a
imunidade está baixa.
Hepatite B e C
No Brasil, as formas virais mais comuns de hepatite ou
inflamação do fígado são as causadas pelos vírus A, B ou
C.
A hepatite B é transmitida sexualmente, e também por
transfusão de sangue e compartilhamento de material para
uso de drogas, entre outros.
As mesmas formas valem para a hepatite C, mas a
transmissão sexual é mais rara, por isso, ela não é
considerada propriamente uma infecção sexualmente
transmissível.
De acordo com o Ministério da Saúde, milhões de
brasileiros são portadores dos vírus B ou C e não sabem.
Correm, assim, o risco de desenvolver a doença crônica e
ter graves danos ao fígado, como cirrose e câncer.
DIFTERIA
• é uma infecção causada pela bactéria Corynebacterium
diphtheriae, transmitida de pessoa para pessoa através de
contato físico e respiratório. Ela forma placas amareladas
frequentemente nas amígdalas, laringe e nariz.
• Em casos mais graves, pode ocorrer um inchaço grave no
pescoço, com aumento dos gânglios linfáticos. Isso pode
gerar dificuldade de respirar ou bloqueio total da respiração.
• Após o surgimento da vacina tríplice bacteriana e da vacina
pentavalente, o número de casos de difteria se tornou muito
raro no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, são
registrados menos de cinco casos por ano no país.
• Os sintomas de difteria geralmente começam 1-6 dias
após a pessoa se infectar. Os sinais incluem:
• Membrana grossa e acinzentada cobrindo a garganta e
amígdalas
• Dor de garganta e rouquidão
• Glânglios inchadas (linfonodos aumentados) em seu
pescoço
• Dificuldade em respirar ou respiração rápida
• Corrimento nasal
• Febre e calafrios
• Mal-estar.
• Entre os medicamentos receitados para tratamento da
difteria estão:
• Antitoxina, injetado em uma veia ou no músculo. O
medicamento neutraliza a toxina da difteria que já
circula no corpo
• Antibióticos, como a penicilina ou eritromicina.

Fonte:opas.com
REFERÊNCIA
• Saude.gov.br/saudedeaaz
• Fiocruz.com.br

• Aids.gov.br

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