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Estudando Marcos
Estudando Marcos
INTRODUÇÃO
A. Ministério de João Batista (1.1-8)
B. O batismo de Jesus (1.9-11)
C. A tentação de Jesus (1.12-13)
Jesus e as Cidades
Um esboço no Evangelho de Marcos
Deuber de Souza Calaça
Introdução
1. NAZARÉ (da Galileia) para o Deserto: Tentação, 40 dias. Oposição, mas os anjos o serviam.
Jesus, no deserto, conviveu com as feras; e
Os anjos o serviam (cf. 1.31 – a sogra de Pedro serve Jesus e seus discípulos)
2. Após a prisão de João Batista Galileia: “pregando o evangelho (a boa notícia) de Deus”.
3. Junto ao Mar da Galileia – chamou Simão e João, Tiago e João entraram em CAFARNAUM
5. Da sinagoga foi para a casa de Simão e André, acompanhado de João e Tiago. A sogra de Pedro
encontra-se enferma (febre), Jesus a tomou pelas mãos e a febre a deixou; e ela passa a servi-los. À tarde
realiza ainda muitas outras curas.
6. Jesus vai para um lugar deserto – Orar – alta madrugada. dali foram para outros lugares, povoações
vizinhas, por toda a Galileia – pregando nas sinagogas.
Fama (1:45) Jesus não podia mais entrar publicamente em qualquer cidade – permanecia fora,
em lugares ermos (desertos) – mesmo ali as pessoas iam ter com Ele.
7. Em Cafarnaum (cura um paralítico) – oposição Saiu para junto do Mar – chama Levi (Mateus)
Vai para a casa de Levi, acompanhado de discípulos, publicanos e pecdores (muitos, em grande
número (2:15). Nova oposição (escribas dos fariseus) – v.17: “os sãos... doentes... médico... justos...
pecadores”.
Oposição (discípulos de João Batista e fariseus) – sobre o jejum; 2:19-22 (jejuar o convidados
quando o noivo está presente; remendo novo em veste velha; vinho novo em odres velhos)
Andou entre as searas, seus discípulos colheram espigas e comeram, é shabbat – nova oposição
(fariseus) – o shabbat por causa do homem e não o homem por causa do shabbat. Acima de tudo a Vida;
Retorna à Sinagoga (na cidade – Cafarnaum – é ainda o shabbat) – homem com a mão
ressequida: fazer o bem ou fazer o mal (3:1-6). Oposição – os fariseus conspiram com os herodianos, em
como tirar-Lhe a vida.
9. Subiu a um monte – “chamou os que ele mesmo quis” e designou doze para estarem com Ele e para os
enviar a pregar (3:13ss)
11. À beira mar – volta a ensinar depois, ficou só mais os Doze – e lhes expunha a palavra (4:33s).
“Passemos para o outro lado” – Tempestade acalmada – o vento e o mar, lhe obedecem.
12. Chegaram em Gerasa – vem ao seu encontro um homem possesso de espírito imundo (ninguém podia
subjugá-lo – adorou Jesus – é expulso por Jesus). Oposição – expulso pelos gerasenos.
Interessante pensar: viram o homem são, refeito, transformado – temeram – mesmo assim,
rogaram-Lhe que se retirasse (5:16-17);
O homem curado suplicava para estar com Jesus, no que não foi atendido. Jesus, todavia, manda-
o para sua casa (e “para os teus”) com uma missão: “Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e
como teve compaixão de ti”.
Ele foi, partiu e anunciou em Decápolis (região das dez cidades) e todos se admiravam (5:20)
Evangelho de Marcos 5
13. Jesus volta para o outro lado do mar casa de Jairo (um dos principais da sinagoga, chefe da
sinagoga), cura sua filha. Também cura uma mulher enferma havia 12 anos.
14. Partiu dali para a sua terra, junto com os seus discípulos (6:1). no shabbat ensinava na sinagoga.
“e muitos, ouvindo-o, se maravilhavam... Donde vêm estas cousas? Que sabedoria é esta que lhe foi
dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?” (6:2ss).
Oposição mesmo diante do tremendo testemunho. Resultado: fez poucos milagres ali (v.5); ficou
admirado com a incredulidade daquelas pessoas (v.6).
Oposição por preconceito: 6:3 – Jesus era carpinteiro, filho de Maria, seus irmãos e irmãs moravam
todos ali entre eles. “Não há profeta sem honra, senão na sua terra, entre os seus parentes e na sua
casa”. Cf. o resultado do anúncio, proclamação, do que fora curado por Jesus (cf. item 12)
16. Logo a seguir (não há tempo a perder) Betsaida (de barco) para Genesaré – percorreu toda
aquela região, aldeias, cidades, campos (6:56). OBS: o estado calamitoso dos seres humanos no v.56.
17. Nova oposição (fariseus e escribas, vindos de Jerusalém – 7:1ss). Motivo legalista: lavar as mãos.
É indispensável perceber o estado religioso, miserável, desumano das pessoas, e a letargia de seus
“pastores”, suas preocupações, e seus discursos vazios, ocos, completamente inofensivos às ações
diabólicas que os rodeavam. Faltava-lhes misericórdia, espírito pastoral. Faltava-lhes Deus.
Os ensinos de Jesus fazem tremer o chão. Seu discurso é pesadíssimo e quebra toda ambiguidade
no dualismo ritual; confronta a crença inoperante; denuncia a falta de fé e misericórdia, completa
ausência da crença em Deus que transforma o ser humano para melhor e não para pior (vv.1-16)
Jesus entrou em casa e ensina aos seus discípulos: pois nada entenderam do que ouviram;
Denuncia as obras malignas dos religiosos, e mostra o que realmente contamina o homem: maus
desígnios, prostituição, furtos, homicídios, adultério, avareza, malícias, o dolo, lascívia, inveja,
blasfêmia, soberba, a loucura – isto, sim, contamina o homem. vv.14ss. Isto “vem de dentro”, vem do
Coração.
18. Partiu dali para as terras de Tiro e Sidom (7:24). Entra numa casa para se ocultar, mas isso foi
impossível. Expulsa (mesmo não presente) o espírito imundo da filhinha/filha/menina de uma mulher
grega (de origem siro-fenícia).
19. De novo, retirou-se para o Mar da Galileia passando pelo território de Decápolis (7:31). Jesus cura
um surdo e gago, tocando-lhe os ouvidos e colocando saliva em sua língua, em oração disse: Efatá =
abre-te. Sua Fama corre célere. “Tudo ele tem feito esplendidamente bem; não somente faz ouvir os
surdos, como falar os mudos” (7:37). Estavam todos maravilhados.
Jesus o tirou da multidão
20. Cf. 8:4 – Jesus, os discípulos e a multidão estão numa região deserta. Não comida, água, pão; e além
do mais estão dos famintos e cansados. Jesus se compadeceu daquela gente que estava com Ele há 3
Evangelho de Marcos 6
dias. Multiplicação dos 7 pães. Tinham também “alguns peixinhos” e foram distribuídos. Todos
comeram e se fartaram. Eram cerca de 4 mil homem; sobraram 7 cestos (8:8-9).
21. Logo a seguir (sem tempo a perder) partiu de barco para as regiões de Dalmanuta (margem
ocidental do Mar da Galileia; território de Magedan – cf. Mt 15:39)
22. Nova oposição dos fariseus, agora em forma de tentação, pedindo-Lhe um sinal do céu (8:11). Jesus
fica irritadíssimo com tamanha desfaçatez (v.12) foi para o outro lado do Mar da Galileia (v.13).
O fermento dos fariseus e de Herodes – cuidado! (vv.14-21).
23. Chegaram a Betsaida e lhe trouxeram um cego para que o tocasse (8:22)
Jesus toma o cego pela mão, leva-o para fora da aldeia;
Aplica-lhe saliva aos olhos – ele vê os homens como árvores, mas andando;
Põe as mãos em seus olhos – ele passou a ver clara, distinta e perfeitamente;
Jesus mandou-o embora, dizendo: “Não entres na aldeia” (v.26).
24. Jesus e os seus discípulos partem para as aldeias de Cesareia de Felipe – “no caminho” Ele pergunta:
“Quem dizem os homens que eu sou?”; depois modifica a pergunta: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?”
(8:27-30). “Tu és o Cristo” (o Ungido do Senhor, o Messias prometido, o Salvador; o Servo Sofredor).
A partir desse momento, Jesus começa a ensinar-lhes a respeito de Seu futuro sofrimento,
rejeição, morte e ressurreição, e isto claramente (v.32).
Oposição interna – Pedro reprova Jesus. Então ouve dele essas palavras: “Arreda, Satanás!
Porque não cogitas das cousas de Deus, e sim das dos homens” (v.33). Jesus olha todos os
discípulos: “... voltou-se e, fitando os seus discípulos, repreendeu a Pedro...”
Convoca a multidão e os seus discípulos para o “seguimento” do Cristo, o tomar a sua cruz e
segui-Lo (v.34). Salvar a vida é perdê-la; quem perder a vida salvá-la-á. Envergonhar-se do Filho
do Homem nesta geração, este se envergonhará deles quando da glória de Seu Pai (v.38).
25. Seis dias depois (9:2) Jesus, junto com Pedro, Tiago e João sobem a um alto monte, e diante deles é
transfigurado, Suas vestes tornaram-se resplandecentes, sobremodo brancas. Aparecem ali Elias e Moisés
e conversam com Jesus. Uma nuvem os envolveu, e dela uma voz dizia: “Este é o meu Filho amado; a
ele ouvi” (9:7). Os três discípulos deveriam guardar silêncio, até o dia da ressurreição de Jesus.
De volta com o restante do grupo, encontram uma numerosa multidão. Oposição (os escribas
discutem com os discípulos que ficaram).
O filho de um homem cujo filho estava possesso de um espírito imundo;
O filho é atacado violentamente; o espírito imundo quer matá-lo;
Jesus expulsa o espírito mudo e surdo.
O filho ficou como morto; Jesus, todavia o tomou pelas mãos, e o ergueu e ele se levantou.
Entrou em casa, e explicou o fato aos discípulos: essa casta só pode ser expulsa por meio de
oração e jejum.
26. Partiu dali, passando pela Galileia – e ensinava os seus discípulos sobre os acontecimentos futuros
(9:30-32)
27. Partiram para Cafarnaum – ensino: “Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos”
(v.35). “Receber uma criança... a mim me recebe; qualquer que a mim me receber não recebe a mim,
mas ao que me enviou.” (v.37).
Não faça tropeçar um destes pequeninos... (vv.42-48).
Evangelho de Marcos 7
28. Levantando-se Jesus, foi dali para o território da Judeia (tomou o caminho “além do Jordão). As
multidões o seguiram e Ele as ensinava conforme o Seu costume (10:1)
30. Pondo-se a caminho – o homem rico, querendo saber como herdar a vida eterna – o perigo das
riquezas. Diante do ensino de Jesus, mais uma vez lemos: “Eles ficaram sobremodo maravilhados”
(v.26).
31. De caminho (v.32) Jesus fala novamente sobre o que acontecerá com Ele (vv.32-34)
O pedido de Tiago e João e o ensino de Jesus: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (v.45)
32. Foram para Jericó – ao sair da cidade cura Bartimeu, cego mendigo, que estava assentado à beira do
caminho (vv.46-52). Uma vez curado passou a seguir Jesus estrada fora.
33. Próximo a Jerusalém, de Betfagé e Betânia (11:1) junto ao Monte das Oliveiras, Jesus envia dois
discípulos para trazer um jumentinho: “o Senhor precisa dele” (11:3)
Colocaram suas vestes sobre o jumentinho, no qual Jesus montou;
Muitos estendiam suas vestes no caminho, e outros, ramos trazidos dos campos;
Quem ia adiante e quem vinha depois clamavam: “Hosana!1 Bendito o que vem em nome do
Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi, nosso Pai! Hosana nas maiores alturas!”
(vv.9-10).
34. Em Jerusalém entrou no Templo, observou tudo. Como já estava tarde voltou para Betânia com
os Doze.
35. De Betânia, já no dia seguinte, foi para Jerusalém. Entraram no Templo: expulsa os que ali vendiam e
compravam; derrubou as mesas dos cambistas; as cadeiras dos que vendiam pombas; impedia qualquer
pessoa de carregar utensílios no templo. Também ensinava. (v.17)
Oposição dos principais sacerdotes e escribas – procuravam um modo de tirar-Lhe a vida. Mas
temiam a multidão que “se maravilhava de Sua doutrina” (v.18).
Saíram da cidade (Betânia?)
39. Em Betânia – em casa de Simão, o leproso, foi ungido com um preciosíssimo perfume de nardo puro.
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Hosana - “Sê propício”, “salva”
Evangelho de Marcos 8
40. Judas Iscariotes faz o pacto da traição com os principais sacerdotes (14:10-11). Foi a Jerusalém
sozinho para fazer o pacto de entregar Jesus em ocasião oportuna, traiçoeiramente.
42. No Getsêmani. Oração, angústia – está pronto para o momento crucial de Seu ministério.
43. Judas chega, beija-O. Está acompanhado de uma turba com espadas e porretes, envida da parte dos
principais sacerdotes, escribas e anciãos. Judas dá o sinal: um beijo.
Prisão; Jesus fica só, pois todos fugiram (14:50)
Sinédrio – 70 anciãos judeus, o Grande Conselho;
Pilatos – Governador;
Entregue aos soldados conduzido para fora da cidade para ser crucificado (15:20);
Levado para o Gólgota (= caveira, 15:22);
Crucificação;
Morte;
Sepultamento – no túmulo (15:45ss);
Ressurreição (16:1ss)
Bibliografia:
GUNDRY, Robert H. Panorama do Novo Testamento. 3.ª ed. São Paulo: Vida Nova, 1985. p. 89-91.
Joachin Jeremias
Bíblia de Jerusalém
Bíblia o Peregrino
TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia
Sellin-Fohrer