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Trabalho de Compensação de Faltas

Torção Testicular

Julia Nagem Abelaira


RA:202236734
Definição

Torção testicular é uma emergência causada


pela rotação dos testículos e o consequente
estrangulamento de seu suprimento
sanguíneo.

Os sintomas incluem dor escrotal aguda e edema,


náuseas e vômitos.

https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3
%A1rios/doen%C3%A7as-penianas-e-escrotais/tor%C3%A7%C3%A3o-testicular
Anatomia e Fisiologia
Testículos
Epidídimo
Os testículos são conhecidos como as gônadas
sexuais masculinas. Consiste em um par de glândulas O epidídimo consiste em uma estrutura
reprodutivas, de formato ovóide, responsável por alongada localizada na face posterior do
produzir os espermatozóides e hormônios testículo. é formado por minúsculas alças (ou
masculinos, como a testosterona. ductos) extremamente compactados.
São glândulas que ficam suspensas no escroto,
Os espermatozóides recentes sintetizados pelo
seguras pelos funículos espermáticos. Geralmente o
testículo esquerdo encontra-se em posição mais baixa
testículo chegam ao epidídimo através dos
do que o direito. ductos eferentes e desaguam na cabeça do
Cada testículo é circundado parcialmente pela epidídimo, de onde seguem curso lento e
túnica vaginal, que consiste em um saco peritoneal progressivo ductal em direção ao corpo e por fim
fechado, remanescente da parte distal cega do a cauda.
processo vaginal embrionário. Nesse trajeto, os espermatozóides são
Além disso, eles possuem uma face externa fibrosa e armazenados e amadurecem, até serem
resistente, chamada de túnica albugínea, que se expelidos da cauda do epidídimo para o ducto
espessa em uma crista sobre a face interna posterior deferente.
do testículo como o mediastino testicular.
Anatomia e Fisiologia

Ducto deferente Glândulas seminais


O ducto deferente é a continuação do ducto do
epidídimo, a porção final por onde são liberados os
O ser humano possui um par de glândulas seminais.
espermatozoides maduros que estavam armazenados.
São estruturas alongadas (tem cerca de 5 cm de
O ducto deferente tem paredes musculares relativamente comprimento, algumas vezes bem mais curta)
espessas e um lúmen muito pequeno, o que confere a ele situada entre o fundo da bexiga e o reto.
firmeza semelhante à de um cordão. Encontram-se em posição oblíqua superiormente à
Ascende posteriormente ao testículo e medialmente ao próstata e não armazenam espermatozoides.
epidídimo, sendo o principal componente do funículo
espermático (junto com vasos e nervos). Penetra a parede São responsáveis por secretar um líquido alcalino
abdominal anterior através do canal inguinal e cruza sobre espesso com frutose (futura fonte de energia para os
os vasos ilíacos externos, ao adentrar a pelve. espermatozóides) e um agente coagulante que se
mistura aos espermatozoides no seu trajeto para os
Em seu trajeto, segue ao longo da parede lateral da ductos ejaculatórios e a uretra.
pelve, onde se situa externamente ao peritônio parietal Seu ducto une-se ao ducto deferente para formar o
e termina dilatando-se na ampola do ducto deferente, ducto ejaculatório.
antes de se unir ao ducto da glândula seminal para
formar o ducto ejaculatório.
Anatomia e Fisiologia

Próstata
Ductos ejaculatórios
A próstata tem aproximadamente 3 cm de comprimento e é a maior
glândula acessória do sistema genital masculino. Apresenta
consistência firme, do tamanho de uma noz e circunda a parte
prostática da uretra.
Ducto curto (aproximadamente 2,5cm), de paredes Sua porção glandular representa cerca de dois terços do órgão, sendo
delgadas que se origina no colo da bexiga e o outro terço de característica fibromuscular. É firmemente revestida
atravessa a parte posterior da próstata. por uma cápsula fibrosa, densa e neurovascular, que incorpora os
plexos prostáticos de veias e nervos. Tudo isso é circundado pela
Embora atravessem a porção glandular da próstata,
fáscia visceral da pelve, que forma uma bainha prostática fibrosa.
seguem sem contato com a secreção produzida A próstata divide-se em lobos direito e esquerdo, separados
nesta glândula, mantendo o líquido seminal anteriormente pelo istmo e posteriormente por um sulco
inalterado em todo percurso até seu término, na longitudinal central e pouco profundo. Além disso, possui cerca de 30
ductos que se abrem nos seios prostáticos, na parte prostática da
porção prostática da uretra. uretra.
O líquido prostático é fino e leitoso, representa aproximadamente
20% do volume do sêmen (uma mistura de secreções produzidas pelos
testículos, glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais que
constitui o veículo no qual os espermatozóides são transportados) e
participa intrinsecamente da ativação dos espermatozóides.
Anatomia e Fisiologia
Glândulas bulbouretrais

Também podem ser chamadas de glândulas de Cowper e têm o Uretra


tamanho de uma ervilha cada. Ficam localizadas posterolateralmente à
parte membranácea da uretra. A uretra masculina é um tubo muscular que mede 18 a 22cm e
que conduz urina do óstio interno da uretra na bexiga urinária até
São glândulas exócrinas que liberam uma secreção mucosa na uretra,
o óstio externo da uretra, localizado na extremidade da glande do
durante a excitação sexual como forma de limpar e lubrificar a uretra, por
pênis em homens. Como mencionado, a uretra também é a via de
onde os espermatozoides passarão. saída do sêmen durante a ejaculação.

Para fins descritivos, a uretra é dividida em quatro partes:

Pênis e Escroto - Intramural (0,5 a 1,5cm): localiza entre a camada muscular lisa
da bexiga;
-Consiste no órgão mascuilino responsável pela cópula. É - Prostática (3 a 4cm): atravessa essa glândula e possui a crista
atravessado pela uretra e fornece via de saída comum para a urina e uretral, via de saída do colículo seminal, através dos quais as
para o sêmen. secreções prostáticas juntam-se ao líquido seminal e aos
É formado por três corpos cilíndricos de tecido erétil: dois corpos espermatozoides. É o ponto anatômico onde o sistema urinário e
cavernosos (dorsalmente) e um corpo esponjoso (ventralmente). sexual se interseccionam.
- Membranácea (1 a 1,5cm): porção estreita e menos distensível.
- Esponjosa (15cm): porção mais longa, móvel e dilatada da
-Consiste em um saco fibro-muscular, revestido por tecido cutâneo
uretra. Atravessa o corpo esponjoso do pênis e recebe conteúdo
fino que reveste e protege os testículos e as estruturas a ele
associadas. Localiza-se póstero inferiormente ao pênis e abaixo
das glândulas bulbouretrais. Alarga-se na fossa navicular
da sínfise púbica. (localizada na glande do pênis)
Mantém uma rafe mediana que remonta a formação embrionária
bilateral, sendo contínua com a rafe do pênis e a rafe do períneo.
Fisiopatologia
A torção testicular ocorre devido à fixação inadequada do testículo à túnica
vaginal.

● há obstrução do fluxo arterial e venoso, gerando isquemia e dor.


● Quando instalada, a torção ocorre na maioria das vezes no sentido
medial (horário) em até 2/3 dos pacientes.
● É uma emergência urológica e acomete mais comumente neonatos e
meninos após a puberdade, porém pode ocorrer em qualquer idade.
● Cerca de 40% dos casos de torção testicular ocorre em pacientes com
mais de 21 anos.

É possível que ocorra torção do testículo após algum insulto traumático


ou atividade física, porém ela também pode ocorrer durante o repouso,
espontaneamente.

https://drfelipeladeira.com.br/7-principais-causas-da-dor-nos-testiculos/
Diagnóstico e Exames
Durante o exame físico deve ser observado se há sinais de horizontalização e elevação do
testículo, conhecido como sinal de Angel.
Esse sinal ocorre devido ao encurtamento do cordão espermático durante a torção. Apesar de
ser um sinal característico no exame físico da torção testicular, muitas vezes o edema reacional
que ocorre no testículo após a torção pode deixar dúvidas quanto à presença de horizontalização
do testículo.

Um teste que pode ser realizado nesses pacientes que ajuda a


diferenciar a torção testicular da epididimite é o Reflexo
Cremastérico. Como há torção do cordão espermático (incluindo
o Cremaster), ao se realizar um estímulo na porção superior da
coxa o músculo não contrai, mantendo o testículo na mesma
posição. Na epididimite, quando o reflexo é testado, o músculo
Cremaster contrai, elevando o testículo

https://pt.slideshare.net/pauloalambert/reflexos-35243727
tratamento
Tratamento

O tratamento da torção testicular envolve a exploração da bolsa


testicular com redução da torção e fixação do testículo acometido.

Em caso de inviabilidade do testículo torcido, com sinais de necrose, a


orquiectomia simples deve ser realizada e, se disponível, uma
prótese testicular pode ser alocada para substituir o testículo
removido. Este último passo também pode ser realizado em um
segundo momento, em outra abordagem cirúrgica.

O testículo contralateral também deve ser avaliado e fixado, uma vez


que a fixação do testículo na túnica vaginal na maioria das vezes é um
defeito bilateral.
https://bestane-urologia.com.br/torcao-de-testiculo/
Diagnósticos Diferenciais
Epididimite: inflamação do epidídimo, Gangrena de Fournier: infecção
polimicrobiana, causada por Varicocele: A varicocele é a dilatação
estrutura formada por longos tubos
microorganismos anaeróbios e aeróbios das veias que drenam o sangue
enovelados que se localizam na região
que, atuando sinergicamente, testicular devido à incompetência das
posterior de cada um dos testículos; as
determinam uma fasciite necrosante, válvulas venosas, associada ao
causas podem envolver principalmente
que acomete principalmente as regiões refluxo venoso
infecções bacterianas e virais genitais, perineal e perianal

Torção de apêndice testicular: Hérnia inguinoescrotal: é uma


Caxumba: doença infecciosa que se instala
identifica-se como uma massa consequência do desenvolvimento da hérnia
nas glândulas salivares e causa inchaço e
extra-testicular avascular e de dor no rosto, além de dor ao engolir e ao inguinal, que é uma protuberância que
ecogenicidade (o quanto um material abrir a boca e febre. No entanto, no caso aparece na virilha resultante de uma falha
permite a passagem ou reflete as ondas de dos homens, além de afetar as glândulas no fechamento do canal inguinal. No caso
ultrassom) variável, dependendo do tempo salivares, o vírus pode atingir as glândulas da hérnia inguinoescrotal, essa saliência na
de evolução. Pode coexistir aumento da do testículo. Isto acontece porque estas virilha aumenta e se desloca até o escroto,
dimensão e ecogenicidade do epidídimo, glândulas apresentam semelhanças que é a bolsa que envolve e protege os
hiperemia do epidídimo e testículo fisiológicas entre elas e é por essa razão testículos, causando inchaço e dor no local
ipsilateral, hidrocelo reactivo e que a doença pode “descer” até aos
espessamento da parede escrotal testículos
Referências
● BAYNES, J. W.; DOMINICZAK, M. H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
● HALL, John E.; HALL, Michael E.
● Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia médica. 14. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2021. Recurso online.
● MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. Anatomia orientada para clínica. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019. Recurso online.
● JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa, CARNEIRO, José; ABRAHAMSOHN, Paulo Histologia Básica. Texto & atlas.
13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018. Recurso online.
● NETTER, Frank. H. Atlas de Anatomia humana. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021. Recurso
online.

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