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Apostila de Fisiologia
Apostila de Fisiologia
Fisiologia Médica
@med.rafaelafarias
@med.rafaelafarias
ÍNDICE
Comunicação celular...................................................................................................................09
Hormônios adrenocorticais.........................................................................................................49
Sistema nervoso..........................................................................................................................55
Aprendizado e memória..............................................................................................................82
Eletrocardiograma normal.........................................................................................................108
Ventilação pulmonar..................................................................................................................139
Circulação pulmonar..................................................................................................................145
Gasometria................................................................................................................................149
Sistema urinário.........................................................................................................................183
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Organização funcional do corpo humano e controle do meio interno
LEC
• Está em constante movimento por todo corpo, é rapidamente transportado no sangue circular e
em seguida misturado no sangue pelos líquidos teciduais por difusão, através das paredes dos
capilares. No LEC estão os íons e nutrientes necessários para vida celular.
• O LIC difere do LEC por conter grandes quantidades de potássio, magnésio e fosfato.
Homeostase
• É o equilíbrio do corpo. A doença é a ruptura da homeostasia. No entanto, mesmo na presença
de doenças, os mecanismos homeostáticos permanecem ativos e mantêm as funções vitais,
por meio de múltiplas compensações. Em alguns casos, essas compensações podem gerar
desvios signi cativos das faixas normais do corpo, tornando difícil distinguir a causa principal
da doença e as respostas compensatórias.
• Todo sangue na circulação percorre todo o sistema circulatório, em media, uma vez a cada
minuto, quando o corpo esta em repouso, e até 6 vezes quando a pessoa esta extremamente
ativa. Como o sangue passa pelos capilares sanguíneos, também ocorre troca continua do LEC
entre a parte plasmática do sangue e o liquido intersticial que preenche os espaços
intercelulares.
Trato gastrointestinal: grande parte do sangue bombeado pelo coração também ui através das
paredes do trato gastrointestinal. Diferentes nutrientes dissolvidos, incluindo carboidrato, ácidos
graxos e aminoácidos, são absorvidos a partir do alimento ingerido para o LEC no sangue.
Fígado e outros órgãos que realizar funções essencialmente metabólicas: Nem todas as
substâncias absorvidas pelo trato gastrointestinal podem ser usadas de forma absorvida pelas
células. O fígado altera as composições químicas de muitas dessas substâncias para formas
mais utilizáveis, e outros tecidos do corpo (células adiposas, mucosa gastro, rins e glândulas
endócrinas) contribuem para modi car as substancias absorvidas ou as armazenam até que
sejam necessárias. O fígado também elimina alguns resíduos produzidos no organismo e
substancias toxicas que são ingeridas.
Rins: A passagem do sangue pelos rins remove do plasma a maior quantidade de substancias,
alem do dióxido de carbono, que não são necessários para a célula. Essas substancias incluem
diferentes produtos nais no metabolismo, como ureia e acido úrico.
Os rins realizam sua função de primeira ltragem de grandes quantidades de plasma através dos
capilares glomerulares para os túbulos e depois reabsorve para o sangue as substancias
necessárias.
Trato Gastrointestinal: o material não digerido que entra no trato e parte dos resíduos não
aproveitados através do metabolismo é eliminado nas fezes.
Sistema hormonal: Há 8 grandes glândulas endócrinas e vários órgãos e tecidos que secretam
substancias químicas chamadas de hormônio. Os hormônios são transportados no liquido
extracelular a outras partes do corpo para ajudar na regulação da função celular. Exemplos: o
hormônio da tireoide aumenta a velocidade da maioria das reações químicas em todas as células,
contribuindo para estabelecer o ritmo da atividade corporal. A insulina controla o metabolismo da
glicose, os hormônios adrenocorticoides controlam os íons de sódio e de potássio e o
metabolismo proteico; o hormônio paratireoide controla o cálcio e o fosfato dos ossos. Assim, os
hormônios complementam o sistema nervoso. Enquanto o sistema nervoso regula muitas
atividades secretoras e musculares, o sistema hormonal regula funções metabólicas.
Proteção do corpo
Sistema imune: O sistema imune é composto dos glóbulos brancos, das células teciduais
derivadas dos glóbulos brancos, do timo, dos linfonodos e dos vasos linfáticos que protegem o
corpo contra patógenos. O sistema imune tem mecanismos que distinguem suas próprias células
de células estranhas e destruição das invasoras por fagocitose ou pela produção de leucócitos
sensibilizados.
Reprodução
A reprodução contribui para a homeostasia uma vez que gera novos indivíduos.
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Características dos sistemas de controle
Natureza feedback negativo de maioria dos sistemas de controle
A maioria dos sistemas de controle do organismo age por feedback negativo, consiste em uma
forma do organismo arrumar o problema, reverter determinada situação, já o feedback positivo
potencializa o problema, é um ciclo vicioso que alimenta o problema. Exemplos: regulação da
concentração de dióxido de carbono, pressão arterial…
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O transporte de substâncias através das membranas celulares
• A membrana que reveste cada célula do corpo é uma bicamada lipídica, que possui muitas
moléculas proteicas incrustadas nos lipídios.
• A bicamada lipídica não é miscível nos líquidos extra e intracelular. Assim, constitui uma
barreira contra água e substâncias hidrossolúveis. Já as lipossolúveis podem atravessar de
modo direto.
Difusão
• A difusão é um movimento contínuo de moléculas umas contra as outras, nos líquidos ou
gases. A difusão dos gases é feita de forma passiva de
• A difusão simples não tem limite de velocidade, a facilitada sim, tem um momento que não
consegue ultrapassar o limite máximo.
• Na difusão facilitada solutos que são muito polares para se moverem pela bicamada lipídica,
podem atravessar a membrana com a ajuda de uma proteína integral canal ou carreadora.
Difusão das moléculas de água de outras moléculas insolúveis em lipídios pelos canais
proteicos
• Embora a água seja insolúvel em lipídios, ela passa com facilidade pelos canais das moléculas
de proteínas que penetram por toda a espessura das membranas. São as chamadas
aquaporinas e permitem a rápida passagem da agua.
Permeabilidade seletiva das proteínas canais: Tal seletividade resulta das características do canal,
como seu diâmetro, forma e natureza elétrica.
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Canais de potássio permitem a passagem de íons potássio através da membrana celular. No topo
do poro do canal existem “alças” que formam ltros de seletividade.
Outra proteína de canal é o conhecido “Canal de sódio, a superfície interna possui forte carga
negativa que pode puxar íons de sódio desidratados para dentro do canal, o que afasta os íons
de sódio das moléculas de água que o hidratam.
• A difusão de íons através de canal geralmente é mais lenta do que a difusão livre através da
bicamada lipídica porque os canais ocupam uma fração da área super cial total da membrana
menor que a do lipídio. Ainda assim, a difusão facilitada através de canais é um processo mais
rápido .
A difusão facilitada difere da difusão simples em virtude da velocidade, a difusão simples através
de um canal aberto, aumenta em proporção direta a concentração da substancia difusora, já na
facilitada a velocidade da difusão tende a um máximo. Dessa forma, enquanto a concentração da
substância difusora aumenta, a intensidade da difusão simples continua a aumentar
proporcionalmente mas na facilitada não pode ultrapassar o nível máximo.
• O mecanismo da bomba de sódio-potássio é um processo que bombeia íons sódio para fora,
através da membrana celular de todas as células e, ao mesmo tempo, bombeia potássio de
fora para dentro.
• Essa bomba é a responsável pela manutenção de diferença entre sódio e potássio no LIC e
LEC, bem como pelo estabelecimento da voltagem elétrica negativa dentro das células.
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• Acredita-se que a energia liberada cause alteração química e conformacional da molécula,
expulsando três tons de sódio para fora e dois íons de potássio para dentro, assim o interior
ca mais negativo.
• Possui importante função de regular o volume de cada célula. Sem essa bomba, a célula iria
inchar até estourar.
• Para que o sódio consiga transportar junto, é necessário mecanismo de ligação. O carreador
atua como local de ligação para o íon sódio e para a substancia ser cotransportada. Quando
ocorre a ligação, o gradiente de energia do íon sódio faz com que o sódio e a outra substancia
seja transportado para o interior da célula.
• Já no contratransporte, os íons sódio tentam mais uma vez se difundir para o interior em virtude
do gradiente. Entretanto, dessa vez a substância a ser transportada está na parte interior e
deve ir para o externo. Assim, o íon sódio se liga na proteína carreadora onde se proteja para o
exterior da membrana, enquanto a substancia se liga a projeção no interior da proteína
carreadora. Uma vez que ambas se ligaram, a energia é liberada pelo íon sódio, em sua difusão
para dentro da célula, fazendo com que a outra substancia seja transportada para o exterior.
• O cotransporte do sódio da glicose e dos aminoácidos ocorre, de modo especial, nas células
epiteliais do trato intestinal e dos túbulos renais, para promover a absorção dessas substancias
pelo sangue.
Processos passivos
Principio da difusão
• Ocorre uma mistura randômica das partículas em solução por causa da energia cinética. Após
serem distribuídas igualmente, a solução entrará em equilíbrio. As partículas continuam se
movimentando mas sua concentração permanece constante.
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Comunicação celular
• O mensageiro na maioria dos casos não entra na célula, ele simplesmente ativa o receptor (que
é uma proteína na membrana plasmática), uma vez ativado ocorre uma série de reações
intracelulares. Através do receptor a mensagem é transduzida.
• Temos a célula que recebe a mensagem, a célula alvo que possui o receptor e responde a
moléculas sinais especí cas. Exemplo: neurônios são células sinalizadoras. Existem moléculas
sinalizadoras que agem em todas as células do nosso corpo, ou seja, todas as células possuem
receptores pra ela, como é o caso dos hormônios da tireoide (tiroxina). Também há moléculas
especi cas que agem em determinado tecido.
• Então, tem que ter a célula que enviará a mensagem e um receptor na célula alvo para receber
o sinal. Exemplo de caso clínico: DM 2 é uma falha no receptor da insulina, a mensagem não
consegue ser transmitida, não capta a glicose para dentro da célula, o que faz o individuo ter
uma hiperglicemia.
Formas de sinalização
Endocrina
Usa um hormônio como mensageiro (tireoide, supra-renal, pâncreas, hipó se….), a substância
liberada é um hormônio no sangue, pois toda glândula endócrina libera na corrente sanguínea. O
hormônio ao passar pelo corpo encontrará a célula alvo para substância. Pode ser a longas
distâncias.
Parácrina
É quando a célula sinalizadora libera a substância no LEC ou liquido intersticial em sua volta. O
mensageiro é chamado de mediador local. Ou seja, ao invés de entrar na corrente sanguínea
como a endócrina, as moléculas sinais se difundem localmente pelo LEC permanecendo na
vizinhança da célula que secretou. É uma sinalização muito localizada, geralmente no mesmo
tecido ou mesmo órgão. Muitas moléculas-sinal que regulam a in amação nos locais de infecção
ou controlam a proliferação celular na cicatrização de um ferimento funcionam dessa maneira.
Na sinalização autocrina é quando as células mesmo criam o mediador local, por exemplo:
células cancerígenas que promovem sua própria sobrevivência.
Neuronal
O neurônio libera a molécula sinal, que é chamado de neurotransmissor. São liberados em cima
da célula alvo, bem perto (na fenda sináptica), diferente da endócrina que é amplamente
distribuída. Pode ser a longa distância também porque o neurônio pode ser muito longo. O
neurotransmissor é liberado na fenda sináptica e a célula alvo possui o receptor para ele. A
neuronal tende a ser muito mais rápida que a endócrina. O axônio de um neurônio forma
sinapses com a célula alvo, que podem estar longe do corpo celular neuronal. Os axônios que se
estendem desde a medula espinal ao hálux do pé podem ter mais de 1m. Quando ativado por
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sinais, o neurônio envia impulsos elétricos que correm ao longo do seu axônio, esses sinais são
convertidos em sinal químico, cada impulso estimula a liberação de um pulso de uma molécula
de sinalização chamada neurotransmissor. O neurotransmissor se difunde e alcança seu destino.
ex: neurônio libera Acetilcolina que realiza o relaxamento.
Quando ativado por sinais provenientes do ambiente ou de outras células nervosas, o neurônio
envia impulsos elétricos que correm ao longo do seu axônio a velocidades de até 100 m/s. Ao
chegar ao terminal axônico, esses sinais elétricos são convertidos em uma forma química: cada
impulso elétrico estimula a liberação, pelo terminal nervoso, de um pulso de uma molécula de
sinalização extracelular chamada de neurotransmissor
Dependente de contato
É a mais especi ca e curto alcance. As células fazem contato direto por meio de moléculas-sinal
localizadas na membrana plasmática das células sinalizadoras e proteínas receptoras inseridas
na membrana plasmática da célula-alvo. A diferença principal é que a molécula sinal ou
mensageira não é secretada, ca presa na membrana da célula, ao invés de liberar para o líquido
intersticial ca colocada pra fora da membrana, então precisa ser uma célula vizinha muito
próxima para que o receptor seja ativado. Por isso o nome é dependente de contato. Esse tipo
de sinalização é muito comum na embriologia, Delta-Noach
• A primeira, e maior, consiste em moléculas que são grandes demais ou muito hidrofílicas para
atravessar a membrana plasmática da célula-alvo. Elas contam com receptores na superfície da
célula-alvo para transmitir sua mensagem por meio da membrana.
• A segunda classe de sinais, e menor, consiste em moléculas que são su cientemente pequenas
ou su cientemente hidrofóbicas para atravessar a membrana plasmática e entrar no citosol.
Essas moléculas-sinal, uma vez no interior da célula, ativam enzimas intracelulares ou se ligam
a proteínas receptoras intracelulares que regulam a expressão gênica.
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receptor para a testosterona em razão de uma mutação no gene correspondente. Eles
produzem o hormônio, mas suas células não respondem a ele.
• Caso esse mesmo mensageiro seja lançado em uma célula muscular esquelética, a mensagem
será de contração.
• Portanto, o mesmo mensageiro poderá reagir de formas diferentes. Ainda existe a terceira
opção, quando essa substância age nas células das glândulas salivares a mensagem que
passa é de secretar saliva.
• Então, o mesmo neurotransmissor poderá gerar três respostas diferentes: relaxar, contrair e
secretar. Com isso, as respostas são otimizadas, consegue realizar isso por ser apenas um
mensageiro porque quem determina é o receptor, por isso as respostas são distintas.
1.Podem simplesmente transmitir o sinal para diante e dessa forma auxiliar na sua propagação
por toda a célula.
2.Podem ampli car o sinal recebido, tornando-o mais forte, de modo que poucas moléculas de
sinalização extracelular sejam su cientes para ter uma resposta intracelular intensa.
3.Podem detectar sinais de mais de uma via de sinalização intracelular e integrá-los antes de
transmitir o sinal para diante.
4.Podem distribuir o sinal para mais de uma proteína efetora, criando rami cações no diagrama
do uxo de informações e evocando uma resposta complexa.
As etapas de uma via de sinalização estão geralmente sujeitas à modulação pela regulação por
retroalimentação.
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Receptores podem ser de superfície ou intracelulares
• A maioria dos receptores estão na membrana plasmática, são de superfície.
• Existe um pequeno grupo que está dentro da célula, inclusive do núcleo, são os intracelulares.
São menos comuns porque a maioria das substâncias que chegam são hidrossolúveis, ou seja,
não conseguem atravessar a bicamada lipídica, então o receptor precisa estar na superfície.
Óxido nítrico:
• Alguns gases podem se difundir diretamente para o interior da célula e regular a atividade de
proteínas, o NO é um exemplo.
• Muitas células nervosas também usam o NO para sinalizar células adjacentes: o NO liberado
pelas terminações nervosas no pênis, por exemplo, age como um mediador local para
desencadear a vasodilatação responsável pela ereção peniana.
Exemplos de casos
Nitroglicerina
• Indicada para prevenir angina de peito devido doença coronária. Cirurgia: no controle imediato
da hipertensão arterial durante a cirurgia cardíaca. Pode ser usada para manter a pressão
arterial controlada durante cirurgia.
• Convertido no oxido nítrico que é lipossolúvel, encontra o receptor (guanilato ciclase, enzima
que converte o GTP em GMP) e desencadeia a cascata enzimática e relaxa o músculo. Produz
GTP ciclico dentro da célula e assim relaxa. Vasodilata e o sangue passa melhor pelos vasos.
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Viagra
• Não é recomendado para diversos casos, exemplo seria homem que toma medicamentos que
possui oxido nítrico. Viagra não é vasodilatador como a NG e oxido nítrico, mas no vaso que ja
está dilatado ela inativa a enzima fosfodiesterase, qual iria acabar com a vasodilatação. Então
essa enzima é degradada e a vasodilatação não cessa, ou seja, ao tomar a viagra a
vasodilatação irá permanecer perpetuamente porque bloqueia a enzima fosfodierestase que iria
nalizar a vasodilatação (degradaria o AMP cíclico que é quem iria interromper a GMP cíclica e
aí o efeito vasodilatador se prolonga). Manifesta pressão baixa, causa desmaio, perde
consciência.
Associados a proteína G
• Ativam as proteínas triméricas de ligação ao GTP (proteínas G) ligadas à membrana, as quais
ativam (ou inibem) uma enzima ou um canal iônico na membrana plasmática, iniciando uma
cascata de sinalização intracelular
• É uma proteína periférica. Sempre que o receptor (proteína transmembrana) for estimulado a
mensagem que será passada para dentro da célula é pela proteína G, ela será ativada e
cascatas enzimáticas serão ativadas. São os mais comuns.
• O receptor (integral) possui uma característica que é atravessar a membrana até 7 vezes, é uma
longa cadeia polipeptídica. A proteína G possui 3 subunidades: alfa, beta e gama. Alfa e gama
estão presas na membrana e a beta ca encaixada. A alfa possui uma molécula de GDP.
Quando chega o sinal a face do receptor é modi cada e a proteína G é atraída para ela e se liga
no receptor. Quando se conectam, a unidade alfa sofre uma deformação e perde a nidade pelo
GDP, ele sai do local e entra o GTP e aí a proteína G é ativada.
• As subunidades cam separadas quando a proteína G esta ativada. Após fazer ativação o GTP
sofre reação de hidrólise, perde 1 fosfato e volta a ser um GDP, com isso a proteína é
desativada novamente.
• Algumas proteínas G podem regular canais iônicos e ativar enzimas Adenilato ciclase e
fosfolipase c, irá depender da célula. Adenilato-ciclase, que produz a pequena molécula de
sinalização intracelular AMP cíclico, e a fosfolipase C, que gera as pequenas moléculas de
sinalização intracelular inositol- trifosfato e diacilglicerol. O inositol trifosfato, por sua vez,
promove o acúmulo de Ca2+ – também outra pequena molécula de sinalização intracelular.
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• Muitos sinais extracelulares que atuam por meio de receptores associados à proteína G afetam
a atividade da adenilato-ciclase e alteram, portanto, a concentração intracelular da molécula do
pequeno mensageiro AMP cíclico. A subunidade α da proteína G estimulada ativa a adenilato-
ciclase, causando um aumento súbito e drástico na síntese do AMP cíclico a partir de ATP (que
está sempre presente na célula). Uma segunda enzima, denominada fosfodiesterase do AMP
cíclico, converte rapidamente o AMP cíclico em AMP para ajudar a eliminar o sinal.
• Fosfolipase C: é quando a proteína G ativa a fosfolipase C, uma vez ativada propaga sinal pela
degradação de uma molécula lipídica, a fosfolipídio de inositol. Realiza a separação da
membrana e passa a ser chamado de Diacilglicerol e o açúcar (Inositol 1,4,5 trifosfato = IP3).
Desprendem-se e cam soltos no citoplasma e agindo no retículo endoplasmático liso da
célula, lá tem cálcio e o IP3 (o açúcar) quando chega faz com que os canais de cálcio se abram
e o cálcio saia do retículo. O cálcio liberado no citoplasma ativa várias enzimas e reações
intracelulares.
• O IP3 é um açúcar fosfatado hidrossolúvel que é liberado no citosol, onde ele se liga aos canais
de Ca2+ que estão na membrana do retículo endoplasmático (RE), abrindo-os. O Ca2+,
armazenado no RE, é então liberado para o citosol por meio desses canais abertos, causando
um acentuado aumento na concentração citosólica do íon livre, a qual é, normalmente, muito
baixa. Esse Ca2+, por sua vez, atua como molécula sinalizadora para outras proteínas.
• Essa enzima é denominada proteína-cinase C (PKC) porque também precisa ligar-se ao Ca2+
para se tornar ativa. A PKC, uma vez ativada, fosforila um conjunto de proteínas intra- celulares
que varia, dependendo do tipo celular. A PKC tem o mesmo mecanismo de ação da PKA,
embora as proteínas que ela fosforila sejam diferentes.
Associados a enzimas
• É quando o próprio receptor é uma enzima.
Conceitos importantes
• As células dos organismos multicelulares se comunicam através de uma variedade de
sinais químicos extracelulares.
• Nos animais, os hormônios são levados pelo sangue para células-alvo distantes, mas a
maioria das outras moléculas de sinalização extracelular atua somente a uma curta
distância. As células adjacentes frequentemente se comunicam por meio de contatos
diretos célula-célula.
• Para que uma molécula de sinalização extracelular in uencie uma célula-alvo, ela deve
interagir com uma proteína receptora na superfície ou no interior da célula. Cada receptor
reconhece uma molécula-sinal especí ca.
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• Moléculas de sinalização extracelular, pequenas e hidrofóbicas, como os hormônios
esteroides e o óxido nítrico, podem atravessar a membrana plasmática e ativar proteínas
intracelulares, as quais são enzimas ou reguladores de transcrição.
• Existem três classes principais de receptores de superfície celular: (1) acoplados a canais
iônicos, (2) acoplados à proteína G (GPCRs) e (3) acoplados a enzimas.
• Inibir as vias de sinalização é tão importante quanto ativá-las. Os componentes que foram
ativados em uma via devem ser subsequentemente inativados ou removidos para que ela
funcione novamente.
uxo de íons Ca2+ livres no citosol. O próprio Ca2+ atua como um segundo mensageiro,
alterando a atividade de uma ampla gama de proteínas responsivas ao íon. Estas incluem
a calmodulina, que ativa várias proteínas-alvo como as proteínas-cinase dependentes de
Ca2+/calmodulina (CaM-cinases).
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Potenciais de membrana e potenciais de ação
Exemplo: neurônios de menor calibre são -40, maior calibre -90, célula muscular ca em torno de
-50, dependendo do músculo.
Dentro da célula temos o potássio que é um cátion, fora é o sódio (cátion). Dentro da célula tem
uma grande quantidade de proteína e toda proteína é carregada negativamente, e elas nunca
deixam a célula.
A diferença do canal de vazamento difere da proteína canal, é que o vazamento não tem
comporta, está sempre aberto. O potássio não sai pelo canal porque fora é positivo, a carga
negativa das proteínas atrai ele, então ele ca entrando e ca concentrado dentro.
Quando estiver em -70 e o potássio continuar saindo é porque os canais de voltagem são mais
lentos. Por isso o potássio sai mais do que deveria em alguns casos.
O potássio entra na célula porque na membrana plasmática tem canais que são chamados de
vazamento de potássio. São chamados de vazamento porque eles não possuem comporta, cam
sempre abertos, por isso que todo potássio que chega do LEC entra na célula. O que impede o
potássio de voltar para o LEC é a carga positiva do LEC e por isso ca em altas concentrações
dentro da célula.
- Bomba de sódio/potassio
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Qualquer alteração no potencial de membrana de negativo para positivo, produz sinais elétricos
que podem desencadear um potencial de ação. Quando em uma parte no neurônio inverte os
sinais, as células que são consideradas excitáveis, como neurônio e músculo, conseguem
desencadear um potencial de ação.
Potencial de ação
- Membrana em potencial de repouso = - 70 mV
- Se o limiar for alcançado, dispara um potencial de ação (valor mínimo de voltagem para o inicio
do PA)
- Fica progressivamente menos negativa até atingir uma determinada voltagem que será
chamada de voltagem limiar. É uma voltagem que determina se aqueles canais de sódio
que são dependentes de voltagem vão abrir ou não.
- Nas membranas plasmáticas dessas células (músculo e neurônio) existem canais de sódio que
são dependentes de voltagem, signi ca que sempre esta fechado mas que quando atinge uma
voltagem determinada (limiar), ele abre a comporta. Quando chega na voltagem, abre todos os
canais em serie e inativa os canais de sódio para nao seguir entrando.
- Para repolarizar, o cátion precisa sair da célula, e o sódio que entrou sai pela bomba de forma
lenta. Para repolarização, o íon que contribui é o potássio, os canais de K só abrem quando a
célula car positiva, então quando chega em +40 (grá co) é os canais dependentes de
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voltagem de potássio que abrem. Ao abrir, o potássio está no LIC e começa a sair até voltar ao
normal.
Ao chegar lá em cima (+35), a comporta de dentro se fecha e o sódio não consegue mais entrar.
O canal ca inativado. Assim é como ocorre a despolarização.
O canal só volta na constituição original (fechado lado externo e aberto interno), depois que a
célula voltar para o repouso.
Explicação: essas duas etapas em conjunto (no +35) diminuem a entrada de Na na célula, o
aumento simultâneo da saída de K permite que o processo de repolarização ocorra porque deixa
de entrar um cátion (Na) e permite a saída de outro cátion (K) ao mesmo tempo que o sódio está
sendo retirado pela bomba, assim a célula repolariza.
4. Hiperpolarização: interior da célula ca mais negativo do que em repouso. O potássio sai mais
do que deveria. Nem sempre ocorre, sai mais lentamente porque os canais de voltagem são
mais lentos.
Cálcio
Em algumas células, o Ca++ irá desencadear o PA, através de canais de Ca dependentes de
voltagem. Exemplo: músculo cardíaco tem canais de cálcio dependentes de voltagem.
O cálcio tem um papel muito importante no PA porque ele tem que ser mantido no LEC com
concentração estável, e ele interage com os canais de sódio e garante a eles uma certa
estabilidade dos canais de sódio.
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Dé cit de cálcio no sangue:
Se por algum motivo, o nível de cálcio do LEC diminui, a estabilidade dos canais de sódio cara
alterada e aí o sódio pode entrar na célula quando nao deve, e isso excita as bras. Assim, pode
ocorrer a despolarização sem qualquer estimulo porque está ocorrendo um erro. Um dos
sintomas da hipocalcemia (níveis baixos de cálcio no sangue) é a tetania muscular (contrações
musculares involuntárias) que estão sendo desencadeadas por baixo nível de cálcio.
O inicio do PA é um feedback positivo porque quando a célula esta em repouso não acontece
nada, mas quando acontece o estimulo e ele chega no limiar, canais de sódio abrem e, se
chegarem na voltagem, abre todos os canais da membrana, ca menos negativa e no momento
que abre 1 canal, abre todos. Ficando cada vez mais positiva. Não tem como parar até chegar o
m, quando os canais se fecham ao chegar no +35, não tem como interromper a despolarização.
- Processo metabólico ativo usa energia do ATP: o consumo de energia aumenta quando a
frequência dos impulsos nervosos aumenta.
Durante o potencial de ação não tem gasto energético (para desencadear), porque são
dependentes de voltagem, passam por difusão simples. Só possui gasto no nal, para restaurar
através das bombas.
- Canais lentos de cálcio dependentes de voltagem. (Mais lentos para abertura das comportas,
diferente do sódio que é rápido)
Ganha velocidade no potencial de ação. O impulso é mais rápido porque a mielina é isolante
elétrico de íons, então "pula" direto para os nodos (onde os canais estão concentrados). Os
neurônios motores são todos mielinizados, então o in uxo de sódio é muito maior.
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Período refratário
Refratário absoluto
Uma célula refratário signi ca que nesse período ela não consegue desencadear um segundo PA.
Não ocorre porque quando ela esta desencadeando 1 PA, ela esta em período refratário absoluto,
só pode um segundo PA quando volta a car em repouso, porque quando ela esta respondendo
a um estimulo quando chega na parte de cima (+35), os canais de Na fecham as comportas e só
abrem quando volta para o repouso. Não importa a intensidade do novo estimulo, não terá como
desencadear outro porque os canais de sódio nao estão prontos para desencadear outro,
precisam voltar para o repouso para serem abertos novamente.
Refratário relativo
É quando a célula esta hiperpolarizada, signi ca que ela até pode responder a um novo estimulo
mas depende da intensidade, pois está muito negativa. Então para chegar no limiar precisará de
muito estimulo.
Então, a diferença entre os períodos refratários é que no absoluto ela está totalmente
impossibilitada devido os canais de sódio e no relativo dependendo da intensidade do estimulo
ela poderá desencadear um novo potencial de ação.
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@med.rafaelafarias
Contração e excitação do músculo esquelético
40% do nosso corpo é músculo, são células longas, as bras musculares são compostas por tais
células, é multinucleada e cilíndrica. O músculo é formado por milhares de bra, cada bra é
formada por mil brilas, tudo isso está organizado em mio brilas (são formadas por muita
proteína: actina, miosina, sarcômero que é toda a organização..).
• Actina e miosina são os principais lamentos que desencadeiam o processo contrátil, cam
intercalados. Filamento de miosina é mais espesso, actina é mais no. O lamento de miosina
por ser mais espesso possui uma coloração mais escura na microscopia. Os lamentos de
actina estão presos na proteína Disco Z (proteína lamentosa que atravessa a bra de forma
transversal, delimita o tamanho do sarcômero).
• A Titina tem aspecto de mola, muito exível e também ajuda a estabilizar os lamentos de
actina e miosina de forma intercalada, é considerada a maior proteína do nosso corpo. Esse
conjunto de proteínas de forma organizada é chamado de sarcômero (é a unidade funcional da
bra muscular). É um músculo considerado estriado porque tem partes mais claras e outras
mais escuras devido a miosina e actina, dando uma característica estriada, devido sua
organização.
• A bra tem muita mitocôndria no seu interior. O retículo endoplasmatico liso é muito
desenvolvido no músculo esquelético porque essa organela é quem armazena o cálcio, íon
importante para contração, ocupa quase todo citoplasma da célula. Para ter a contração dos
lamentos (sarcomeros) o cálcio precisa sair do retículo e interagir com os lamentos para
promover o mecanismo contrátil.
• Túbulos T é uma invaginação da membrana plasmática, por isso tem vários poros na
membrana, penetra na bra e sai do outro lado, o que permite que o LEC penetre nas
invaginações, preenche os poros.
• O LEC atravessa a célula sem entrar no LIC, assim possuindo vários canais de sódio
dependentes de voltagem. Então, os túbulos são de extrema importância porque a membrana
percorre o interior da bra cheia de canais de sódio dependentes de voltagem, quando o
estimulo abre os canais de sódio na membrana do músculo, esse estimulo percorre a bra
através dos túbulos T, os canais de sódio se abrem e despolarizam a bra de forma mais rápida
do que se tivesse que entrar da membrana pra dentro.
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@med.rafaelafarias
7. A retirada do cálcio de volta para o retículo pelas bombas de cálcio cessa a contração,
enquanto cálcio não for removido, a contração continua.
Filamentos de miosina
A miosina possui uma cauda (2 cadeias pesadas) e cabeça (2 cadeias leves de cada lado).
Centenas de miosinas formam um lamento espesso, com as cabeças projetadas para fora. A
projeção da cabeça da miosina é chamada de ponte cruzada, é ela que interage com o lamento
de actina. As dobradiças são pontos moveis, tem motilidade. A cabeça da miosina tem atividade
enzimática, da ATPase (enzima que quebra ATP) e aí dai que vem a energia para o movimento.
Filamentos de actina
É formada por monômeros de actina, unem-se para formar um longo lamento de actina, é duplo,
enrolado. Esse lamento está associado com duas outras proteínas, a Tropomiosina e Troponina,
cam enrolados no lamento. A troponina tem 3 subunidades: I, T, C. As subunidades I e T são
de xação que estão se ligando, a C tem sitio de ligação para o cálcio. É através da troponina
que o cálcio interage na subunidade C. A miosina precisa encaixar na actina para fazer o
deslizamento, então precisa de um sitio de ligação. Esses sítios estão distribuídos ao longo do
lamento de actina, quando a célula muscular esta em repouso, esse sitio estão cobertos por
tropomiosina (é a função dela), com o sitio tapado, a miosina não consegue ligar e o músculo ca
relaxado. Ao chegar o cálcio, se liga na troponina e causa uma alteração conformacional na
troponina, e quando ela se modi ca, por estar ligada na tropomiosina, expõe o sitio de ligação
para miosina, assim a cabeça da miosina consegue interagir. Apenas na presença do cálcio que o
sitio de ligação cará exposto e a miosina ira interagir.
4. Liberação do ADP e fosfato e ligação de outro ATP (separa a cabeça da miosina da actina),
essa liberação é que gera o movimento.
6. Em cada ciclo contratil é usado 2 ATP, uma para energizar e outra para clivar.
• glicolise: é limitada porque depois que acabar o glicogênio, nao tem como repor, o
glicogênio é da reserva da bra, acaba rápido, é uma reserva imediata, os produtos da
glicolise acumulam no tecido e causam fadiga
• metabolismo oxidativo: é in nita desde que haja nutrientes, ácidos graxos, aminoácidos,
carboidrato, proteínas…
• fosfato de creatina: é a mais rápida mas dura poucos segundos, o fosfato acaba e aí
precisa refosforilar, por isso é rapida, a molécula de creatina é excretada pelo rim)
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@med.rafaelafarias
Resumindo: o cálcio se liga na troponina pois tem sitio de ligação para ele e muita atração
química. Muda a conformação da troponina e expõe o sitio de ligação da tropomiosina. O sitio de
ligação do ATP ca na cabeça da miosina, tem ADP e fosfato, não ca com ATP ligado porque ela
é uma ATPase e aí iria clivar imediatamente. Fica apenas energizada com o ADP e fosfatos com
sitio exposto esperando o cálcio chegar pra expor o sitio
O grau de sobreposição dos lamentos de actina e miosina determina a tensão que será
desenvolvida pelo músculo.
O comprimento é relacionado com a tensão desenvolvida na contração, se o sarcômero estiver
muito estirado (disco Z muito afastado), praticamente não tem interação entre os lamentos,
então não consegue promover contração muscular. Se o sarcômero estiver muito curto, não
consegue gerar tensão porque não consegue encurtar mais por ja estar muito contraído não
consegue gerar tensão. A maior tensão será quando estiver no comprimento ideal dos lamentos
(onde há sobreposição dos lamentos que conseguem interagir e realizar o deslizamento).
2. Bombeamento dos íons Ca++ de volta para o retículo ao término da contração (ele sai a favor
do gradiente, então é passivo. Porém para voltar é através de bomba e consegue ATP).
3. Bomba de Na+ /K+ para manutenção do ambiente iônico apropriado nas bras musculares.
A concentração de ATP na bra muscular é su ciente para manter a contração máxima por até 2
segundos. Então, a bra precisa car constantemente produzindo ATP para manter a
concentração por mais de 2 segundos.
Sistema Fosfocreatina
• Contém uma ligação fosfato de alta energia.
• Durante sua clivagem, energia é liberada e causa a ligação de novo íon fosfato ao ADP.
A energia combinada do ATP e da fosfocreatina é capaz de manter a contração máxima por até 8
segundos.
Via Glicolítica
• Desdobramento enzimático rápido da glicose a ácido pirúvico e ácido lático.
• A glicose está armazenada dentro da bra muscular na forma de glicogênio e também vem da
alimentação porque o músculo tem GLUT4 que capta glicose do LEC para o LIC, assim o
músculo obtém glicose da dieta também. Enzimas quebram essa glicose e geram energia
(glicolise)
• Acúmulo de produtos nais nas células (ácido latico), esse acúmulo afeta o pH, o que leva a
fadiga muscular podendo comprometer a contração muscular.
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@med.rafaelafarias
Metabolismo oxidativo
Ocorre nas mitocôndrias, fazem com que todos os nutrientes (glicose, ácidos graxos,
aminoácidos) reajam com o oxigênio para gerar ATP, cerca de 36 ATP. É o que sustenta atividades
longa duração.
• Grandes quantidades de enzimas glicolítica (usa mais a glicolise, por isso tem muita
enzima).
• Por outro lado, sua reserva de glicose é maior com grande quantidade de glicogênio
(porque é o substrato que usa para sua energia, glicolise).
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@med.rafaelafarias
Hipertro a e Atro a Muscular
Hipertro a muscular - Aumento da massa muscular total por um aumento no número de
lamentos de actina e miosina. Fica cheia de proteina e por isso ca maior via síntese proteica.
Não aumenta o numero de células, é aumento de massa apenas.
Atro a muscular - Diminuição da massa muscular total por desuso ou por desnervação
muscular (problema no neurônio, o músculo não recebe sinalização/PA para exercer a função, em
uma pessoa acamada é necessário atividade passiva pelo sioterapeuta para o músculo entender
que ainda tem função, para nao substituir ).
• Cada bra muscular recebe uma sinapse de um neurônio. Um neurônio pode fazer sinapse com
até 1000 bras
Junção neuromuscular.
1. PA disparado pelo neurônio alcança a extremidade do axônio (dentro do axônio está cheio de
mitocôndria, precisa para ter energia para sintetizar o neurotransmissor acetilcolina).
6. Membrana musc. esquelética tem receptores para acetilcolina = canais iônicos (canal de
sódio que permite a entrada do sódio na bra muscular que causa a despolarização no
músculo). É o ligante acetilcolina que abre o canal de sódio
8. Despolarização
Receptor de acetilcolina
• Canais iônicos regulados por ligante (acetilcolina).
• Canal colinergico
• Esse canal tem muita carga negativa do lado interno, sendo seletivo para o sódio e por isso ele
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@med.rafaelafarias
Doenças:
Tetania: contração exagerada, morre por parada respiratória porque os músculos esqueléticos
estão sendo excitados, fazendo com que o sódio entre, que contraído constantemente e não
consegue capturar ar. Age na junção neuromuscular.
Paralisia (botulismo): bactéria que infecta e produz toxina botulínica, impede a liberação de
acetilcolina, não deixa ser exocitositada, todos os músculos cam sem comando do neurônio
motor, morre por parada respiratória por não conseguir contrair. Age na junção muscular.
Miastenia gravis: é uma doença autoimune, quando teu organismo produz anticorpos e atacam o
próprio organismo. É progressiva, os canais da acetilcolina "estragam". Não tem cura, mas tem
tratamento que otimizam a comunicação na junção para que a acetilcolina consiga agir em mais
canais, inibindo a enzima acetilcolisterase para a acetil car na fenda por mais tempo.
- A doença é causada por uma alteração no gene da distro na, localizada no braço curto do
cromossomo X
- A distro na ca por fora do sarcômero, é tão grande quanto a titina, toda actina que está
sobrando se liga na distro na. A distro na prende os sarcomeros na membrana. É uma
proteína do citoesqueleto da bra muscular que confere integridade e estabilidade a
membrana, ligando actina a matriz extracelular
- Quem tem a distro a não produz essa proteína e perde a estabilidade e começam a romper
gradativamente, a massa diminui progressivamente, atro ando, consequentemente, perdendo
a capacidade funcional.
- Caso tenha diagnostico precoce a sioterapia pode ser direcionada para atrasar a progressão.
- Prognóstico: 20 anos.
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@med.rafaelafarias
Introdução a endocrinologia eixo hipotálamo/hipó se
Existem glândulas que são mistas, exemplo: pâncreas, produz 2 hormônios, a insulina e
glucagon, os quais são liberados no sangue mas também possui enzimas digestivas que
participam da digestão no tubo intestinal, o que não é considerado endócrino porque é liberado
no intestino e não no sangue.
Se a glândula só secretar em ductos, ela é considerada exocrina, ex: glândula mamaria que
produz leite; glândulas salivares.
O estômago não é considerado glândula mas tem células que produzem hormônios, ex: gastrina,
hormônio importante que regula acido. O intestino também possui células que produzem
hormônios; adipócitos também: leptina, participa na regulação do apetite.
O rim também tem células endócrinas, produz o hormônio eritropoetina, produzido em hipoxia
Os hormônios afetam:
• Metabolismo;
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@med.rafaelafarias
Estrutura química dos hormônios
1. Hormonios proteicos ou polipeptídicos
Hormônios hipotalâmicos e hipo sários, pancreáticos, da paratireoide, gástricos e intestinais, etc.
A maioria dos hormônios do nosso organismo são proteicos (insulina, glucagon, gastrina..).
2. Hormônios esteroides
Hormônios sexuais (derivados do colesterol) e do córtex adrenal (cortisol, aldosterona).
Hormônios proteicos
Tamanho variável:
- Pequenos peptídeos (3 aá) – TRH (hormônio regulador da tirotropina,
produzido pelo hipotálamo)
- Proteínas de 200 aá – Hormônio do crescimento, um dos maiores
hormônios proteicos.
• São hidrossolúveis, conseguem circular no plasma sozinhos. Possui uma meia vida mais curta
por car muito exposto, rapidamente metabolizado.
Hormônios esteroides
• São sintetizados a partir do colesterol.
• São derivados de esteres do colesterol, eles que cam armazenados dentro da célula,
aguardando o estimulo.
• São lipossolúveis, por isso não conseguem ser armazenados porque conseguem atravessar as
membranas.
• Precisa de uma proteína associada, com isso ganham meia vida maior do que os proteicos.
Podem durar até 6 dias
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@med.rafaelafarias
Hormônios derivados da tirosina
• Formados por ação enzimática no citoplasma das células glandulares.
• Conseguem car armazenados dentro da tireoide porque estão associados a uma proteína
dentro da glândula. Só são separados no momento da secreção.
• Se ela para de produzir o hormônio por algum fator, só será percebido em uns 3 meses porque
tem muito hormônio em estoque.
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@med.rafaelafarias
• O estrogênio consegue se comunicar com a hipó se que tem o hormônio LH, ele é necessário
em altas concentrações na hora da ovulação, no 14 dia o feedback positivo garante que o nível
de LH esteja alto o su ciente para ocorrer a ovulação. É positivo porque o ovário estará
produzindo o estrogênio e quando passar pela hipó se estimula a produção do LH.
• O LH na circulação irá passar pelo ovário, o que faz aumentar ainda mais a produção do
estrogênio.
• O estrogênio segue até a hipó se e produz mais LH…quanto mais um, mais o outro. Até que o
LH alcance a concentração necessária e pare.
• Endocitose pela célula-alvo, ao interagirem com o seu receptor e fazerem seu efeito, são
"endocitados" para o efeito não car permanente.
• Pela circulação podem ser levadas para o fígado, é a excreção hepática através da bile.
• Excreção renal.
• Hormônios lipossolúveis – depuração mais lenta, meia- vida de 1 hora (esteroides adrenais)
até 6 dias (hormônios da tireoide). São mais estáveis e lentos porque estão circulando ligados
a proteína plasmáticas que dar uma certa estabilidade, não estão acessíveis a processo de
remoção.
Receptores hormonais
2. Receptores citoplasmáticos.
Hormônios esteroides (lipossoluveis).
3. Receptores nucleares.
Hormônios da tireoide (lipossoluveis).
• Ativação de canais iônicos ou enzimas intracelulares. Quando a proteína G é ativada, uma das
vias possíveis é a adenilato ciclase. A consequência para célula é produzir AMP cíclico, a
resposta dependerá da célula.
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@med.rafaelafarias
ADH – estimula as células dos túbulos renais a aumentar sua
permeabilidade à água. Ativa nos rins a proteina G que ativa
a adenilato ciclase, aumentando a permeabilidade da agua
nos túbulos renais
Glucagon
Paratormônio
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@med.rafaelafarias
Hormônios hipo sários e seu controle pelo hipotálamo
• Dividida em 2 porções:
- Adeno-hipó se (anterior)
É uma glândula que produz e secreta os hormônios. Produz 6 hormônios diferentes e
secreta quando o hipotálamo sinaliza (aqui o hipotálamo só sinaliza).
Hipó se
Adeno-hipo se
• Produz 6 hormônios:
O hormônio LH e FSH são dois hormônios que possuem o mesmo alvo, o ovário.
O FSH estimula e regula o oócito todo mês, o LH é fundamental para ovulação acontecer
e liberar o oócito.
Prolactina, célula alvo é as células da glândula mamária que são estimuladas a produzir
leite.
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@med.rafaelafarias
A tiretropina é o TSH que possui efeito sobre a tireoide, estimula a produção dos
hormônios.
• Só ocorre a liberação quando houver comando do hipotálamo, por isso é considerado um eixo.
O hipotálamo é sistema nervoso, realiza esse controle por meio de neurônios.
• Os neurônios hipotalamicos são exceção porque liberam hormônios e não fazem sinapse, são
liberados e caem na circulação. O hipotálamo produz 1 hormônio para cada um do que a
hipó se produz, porque é uma regulação. Ex: se o hipotálamo quiser que a adeno-hipo se
produza prolactina, precisa mandar um hormônio que sinalize para adeno-hipó se produzir e
secretar a prolactina. Se quiser que secrete o TSH, envia um hormônio para liberar o TSH. Por
isso o hipotálamo também secreta 6 hormônios ou até mais.
• É uma comunicação quase direta através dos vasos sanguíneas que são considerados portais,
é um sistema porta, uma comunicação através do sangue. Assim, essa disposição dos vasos
faz com que esses hormônios não precisem circular o corpo inteiro para encontrar suas células
alvo, porque cai no sangue e já encontra a célula alvo em seguida, otimizando muito o
processo. Essa circulação é só entre adeno-hipó se e hipotálamo
Horm. liberador de tireotropina – TRH. Quando o hipotálamo libera o TRH sinaliza para a
adeno-hipó se liberar o TSH. Célula alvo é as células da tireoide.
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@med.rafaelafarias
Horm. liberador de corticotropina – CRH.
Horm. liberador de prolactina – PRH. Faz liberar a prolactina
Horm. inibidor de prolactina – PIH. O hipotálamo recebe sinal que não precisa mais de
prolactina e aí faz a produção ser inibida.
• Os hormônios são produzidos no hipotálamo, o neurônio vai com o axônio até a neuro
hipó se.
• No hipotálamo é encontrado dois núcleos em que tem concentração dos corpos de neurônios:
• Esses hormônios são peptídeos e produzidos no corpo do neurônio, onde tem núcleo, retículo,
as organelas necessárias para a síntese. São produzidos aqui e transportados por dentro do
axônio do citoplasma até os terminais para carem armazenados aguardando o estimulo
nervoso para sua liberação (neuro que armazena). Neuro hipó se porque é uma comunicação
direta com o hipotálamo que é tecido nervoso. Serve somente para armazenar os hormônios
que foram produzidos no hipotálamo. Quando os neurônios disparam PA (abrem os canais de
cálcio), ocorre a exocitose dessas vesículas e a liberação dos hormônios na corrente
sanguínea.
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@med.rafaelafarias
• Regulação para baixo/downregulation:
No exemplo anterior quando cessa gravidez, o excesso de receptores precisa diminuir,
são exocitados e fagocitados quando não há mais necessidade, é de acordo com a
demanda.
Hormônio do crescimento
• Hormônio somatotrópico / somatotropina (GH). Proteína de 191 aá.
• Exerce seus efeitos diretamente sobre todos os tecidos do corpo que são capazes de
crescer. Então, a maioria das células tem receptores para ele.
o Mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo para uso como fonte de energia.
Ajuda na queima de gordura.
2. Na célula que capta, aumenta a conversão dos ácidos graxos em acetil-CoA e sua utilização
como fonte de energia pelos tecidos. Porém, quando faz isso em excesso gera o efeito
cetogenico:
• Efeito cetogênico – quadro de cetose pelo excesso de ácido acetoacético. Ocorre quando
oferece muito acido graxo e consequentemente acetil CoA, principalmente no fígado,.
Esse acetil CoA em excesso começara a a entrar em rotas de betaoxidacao onde o
produto nal é nal, inclusive o amido acetoacetico. Quando isso ocorre temos um quadro
de acidose.
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@med.rafaelafarias
Redução na utilização de carboidratos
1. Diminuição da captação da glicose pelo tecido muscular esquelético e pelo tecido adiposo.
São os dois tecidos que usam Glut4, que é sensível a insulina. O GH não permite essa
expressão, então os tecidos diminuem sua captação, não é um problema porque terá o acido
graxo.
• O GH faz isso como uma forma de perpetuar o seu efeito de crescimento, porque ele tem
uma meia vida curta (20min), mas as somatomedinas que ele estimulou o fígado a
produzir, tem uma meia vida de 20h. Então, o crescimento ósseo continua sendo mediado
mesmo depois que ele já desapareceu.
o Nanismo: não cresce mais do que 1,40. Ele pode ser causado por problemas do
GH, e aí não haverá somatomedina também.
Regulação da secreção
• Após a adolescência, a secreção diminui com o passar dos anos, caindo 75% nos idosos.
A partir da adolescência, se estabiliza.
• Estímulos à secreção:
o Jejum prolongado, hipoglicemia, atividade física (vias neurais), estresse (geralmente
vias adrenergicas).
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@med.rafaelafarias
o Núcleo ventromedial do hipotálamo – área sensível à concentração de glicose
sanguínea. Então, quando o sangue passa por ali, os receptores detectam o nível
de glicose sanguínea, quando ela está baixa os neurônios liberam o hormônio
liberador que na adeno-hipó se estimula a liberação do GH, por meio da proteína
G, via adenilato ciclase.
Anormalidades da secreção
• Hipopituitarismo – secreção reduzida de um ou todos hormônios da adeno-hipó se.
o Aumento da espessura dos ossos das mãos e dos pés, crescimento do nariz,
sulcos supraorbitários, protusão da mandíbula e crescimento de tecidos moles
(língua, fígado, rins).
• Coagulação sanguínea.
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@med.rafaelafarias
As 3 formas de cálcio no plasma
Imagem acima: O cálcio ligado a proteínas que está circulando não esta disponível porque está
preso na proteína; A outra pequena porcentagem esta ligada a ânions, ou seja, fosfatos de cálcio,
citrato de cálcio e, também, não está disponível. O cálcio iônico é o cátion que está livre, ele é o
responsável por passar e estabilizar canais de sódio, ir na célula cardíaca e promover
despolarização.. precisa ser mantido em concentrações especi cas para desempenhar as
funções necessárias, se cair também causa alterações como hipocalcemia e hipercalcemia.
Hipocalcemia
A medida que a concentração de cálcio no LEC cai, o SN ca progressivamente mais excitável.
Hipercalcemia
• Deprime o sistema nervoso e a atividade muscular, porque os neurônios cam difíceis de
serem excitados.
Constipação (porque o músculo liso, que precisa de cálcio, do tubo gástrico intestinal ca
difícil de ser estimulado e não contrai para defecação), fraqueza muscular, confusão
mental.
• Quando ultrapassa 17 mg/dL pode ocorrer a precipitação de cristais de fosfato de cálcio por
todo o corpo, esses cristais ao se precipitarem pode gerar cálculos renais nos tecidos.
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@med.rafaelafarias
• A fonte de cálcio do nosso organismo é da dieta. Normalmente o consumo é de 1000mg por
dia, leite e derivados tem grande concentração. Parte dele será absorvida, não é fácil de ser
absorvido por ser um cátion bivalente, sendo difícil absorção no intestino. Só 35% será
absorvido, o restante é eliminado nas fezes. Além disso, perdemos cálcio nas secreções
intestinais (pancreatica…), essa perda é geralmente 250mg por dia. 10% É o que realmente
absorvemos e que ira compor o LEC.
• O esqueleto contribui para manter o cálcio no LEC. Os ossos funcionam como tampão de
cálcio, pode ser incorporado pelo osso ou reabsorvido do osso.
• Quando tem cálcio sobrando no LEC, será incorporado no osso, quando falta no LEC, pode
haver a reabsorção de volta para o LEC.
• Caso não haja a ingestão adequada de cálcio ou ocorra a falta de vitamina D, as glândulas
paratireoide (região posterior da tireoide) secretam o hormônio PTH, o paratormônio.
• Possui 3 efeitos quando secretado:
O PTH só será liberado quando os níveis de cálcio no LEC caem abaixo de 9,4. 9,2 já
aparece o hormônio.
Nos rins, o PTH também ativa a vitamina D, tendo efeito indireto, ela ca armazenada no
fígado na forma inativa, quando está circulando pelos rins e realiza a ativação da vitamina
D. Ao ser ativada, age no intestino aumentando a absorção do cálcio.
Composição do osso
• 30% matriz organica: bras colágenas (o resto é substancia fundamental)
• 70% sais de cálcio: hidroxiapatita, ca preso ao colágeno dando uma estrutura que torna o
osso com bastante forca
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@med.rafaelafarias
Vitamina D
Existem duas formas de obter vitamina D:
Dieta: é a vitamina D2
Quando nível da 25-hidroxicolecalciferol tiver seus níveis baixos e passar pelo rim, ocorre
ativação na forma 1,25-Dihidroxicolecalciferol (calcitrol). É a forma ativa da vitamina D. É
ela que chega no intestino (pelo sangue) e aumenta a absorção intestinal do cálcio da dieta.
Glândulas Paratireoides
• O PTH ativa a vitamina D.
• É produzido pelas glândulas paratiróides, são 4 ao total. Ficam localizadas na região posterior
da tireoide.
• Além das células principais, tem as oxi licas, que são células grandes, não secretam,
especulam-se que sejam células principais e que perderam a função por determinado motivo.
• Como toda glândula endócrina, é muito bem vascularizada porque a secreção cai no sangue.
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@med.rafaelafarias
• Na membrana das células da paratireoide temos dois receptores de proteina G, que ativam
cascatas diferentes, um ativa a via da fosfolipase C e outra que inibe a adenilato ciclase
(assim, o PTH ca inibido), que aí não tem AMP cíclico. Esses receptores são ativados pelo
cálcio circulante, é ele que se liga nos receptores.
• Sempre que o cálcio está em 9,4 ou mais, ele se liga aos receptores para inibir a transcrição
genica do PTH. Uma vez que, já está em 9,4, não há necessidade de ativar o PTH.
• Porém, se estiver abaixo de 9,4, os receptores não são ativados, ou seja, não temos a
inibição da adenilato ciclase, o AMP será ativado ocorrendo a transcrição genica e secreção
do PTH.
• É o próprio cálcio a substância sinalizadora para glândula, que determina se é liberado ou
não o PTH.
PTH
• O PTH é um grande polipeptídio, é formado como pré pro hormônio, como todo hormônio
proteico. Sofre clivagem tanto no REG como no Golgi, a forma ativa é 84 aminoácidos.
• Células alvo: no esqueleto, aumenta a reabsorção óssea para colocar o cálcio de volta para o
LEC. Nos rins também tem células alvo, é nas células epiteliais e renais que ocorre aumento da
reabsorção do cálcio. Nos rins, possui um segundo efeito que é ativar a vitamina D.
• Funções mediadas pelo AMP cíclico em caso de níveis baixos de cálcio no LEC
Aumenta a reabsorção óssea de cálcio. É um efeito indireto, porque quem faz a
reabsorção é o osteoclasto (que reabsorve osso), só que o osteoclasto não tem receptor
para o PTH, não pode ir diretamente ativar essa atividade, faz de forma indireta. Quem
tem receptor para o PTH é o osteoblasto, a célula que forma osso.
Quando o PTH ativa esse receptor, o osteoblasto sintetiza uma proteína na membrana, a
RANKL, que é um mensageiro. O RANKL liga-se ao RANK que é o receptor dele e aí sim
ativa o osteoclasto, assim ocorre a reabsorção pelo osteoclasto.
Calcitonina
• Faz o oposto do PTH.
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@med.rafaelafarias
• Tem pouca importância na homeostasia do cálcio em adultos porque o osso realiza esse
tamponamento de forma muito e ciente, na superfície do osso tem um cálcio que ainda não
esta intimamente ligado no esqueleto, que é chamado de cálcio intercambiável, está frouxo na
superfície do osso. Então, sempre que tiver cálcio em excesso no sangue, ele é colocado na
superfície do osso de forma imediata, sem precisar de hormônio. É uma função de
tamponamento dos ossos, por isso o hormônio não é tão importante.
• Em crianças possui maior importância porque uma criança está em crescimento ativo, fase de
ossi cação do esqueleto e aí a calcitonina contribui para estimular a deposição do cálcio para
promover o crescimento, após estabilizar deixa de ser importante.
Hipoparatireoidismo
• É problema na paratiroide
• Pode ser causado por doenças imunes ou quando um cirurgião remove as 4 por acidente na
retirada da tireoide
• O PTH para suplementação possui um alto custo e seria difícil ter controle da quantidade
porque poderia gerar hipercalcemia. Sem a suplementação, ocorre a hipocalcemia, levando a
morte por tetania
Hiperparatireoidismo
• Primário
Produz muito PTH, devido a isso, ocorre hipercalcemia. A pessoa poderá quebrar por
qualquer coisa pela alta fragilidade óssea
Precipitação de cristais de fosfato de cálcio nos alvéolos, pulmonares, rins, paredes das
artérias
• Secundário:
O excesso será secundário a uma falta de cálcio, não tem hipercalcemia
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@med.rafaelafarias
Hormônios metabólicos da tireoide
✦ É altamente vascularizada.
➡ Todas as células possuem receptor para eles. Agem no metabolismo da célula. O T4 não
possui tanta a nidade com os receptores, por isso não ativa todos os receptores.
Estruturalmente a diferença entre eles é que o T4 possui 4 iodos na molécula e o T3
possui 3. Então, o T4 para ser convertido em T3 é muito fácil, só perder 1 iodo, todas
nossas células possuem enzimas que fazem isso. Por serem lipossolúveis, entram na
célula, a enzima age e aí sim consegue agir no receptor.
Glândula da tireoide
✦ Glândula folicular
✦ Folículo é uma estrutura revestida por uma única camada celular com tireoglobulina
(conteúdo do coloide). A tireoglobulina é produzida pelas células foliculares.
✦ Revestidos por células epiteliais cuboides que secretam seus produtos para o interior dos
folículos. Essas células fazem intensa síntese proteica da tireoglobulina, liberam essa proteína
para compor o coloide.
✦ Intenso uxo sanguíneo, pois dependemos disso porque os hormônios da tireoide utilizam o
iodo como substrato para síntese, o qual chega pela circulação, atravessa a célula folicular
até o coloide. O hormônio é sintetizado dentro da célula.
➡ Captação do iodeto
➡ Oxidação do iodeto
➡ Armazenamento
➡ Secreção hormonal
Importância do iodo
✦ É necessário a ingestão de 50 mg de iodo (absorvido na forma de iodeto, forma reduzida) por
ano (1mg / semana). A de ciência de iodo gera o hipotireoidismo porque não há produção
dos hormônios. Atualmente, não é comum ter de ciência de iodo pois foi adicionado ao sal.
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@med.rafaelafarias
➡ 20% é removido do sangue pelas células foliculares da tireoide e usado para síntese
hormonal.
✦ Captação de iodeto:
➡ Esta captação é in uenciada pelo hormônio hipo sário TSH, aumenta a captação.
➡ No momento que esse iodeto está sendo colocado para o lúmen, ocorre um processo de
oxidação. Então, é absorvido na forma reduzida e oxidado no lúmen do folículo. Ele só
formará os hormônios na sua forma oxidada.
✴ Processo acelerado pela enzima peroxidase (tudo isso ocorre dentro do folículo).
✦ Este armazenamento nos folículos é su ciente para suprir as necessidades corporais por até
3 meses. Por isso leva meses para perceber os sintomas de doenças relacionadas a tireoide.
✦ Começa por pinocitose, as células foliculares captam o coloide com todo o conteúdo
(tireoglobulina iodada na forma de DIT, MIT, RT, T3 e T4, tudo misturado).
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@med.rafaelafarias
➡ Os fragmentos de DIT (2 iodos) e MIT (1 iodo) não são lipossolúveis, então sofrem uma
clivagem do iodo por uma enzima (deiodinase) que está no citoplasma, o iodo será
reciclado e colocado de volta para o folículo para sintetizar mais hormônios.
➡ Reciclagem de iodo.
➡ Albumina
✦ Devido à alta a nidade por estas proteínas, os hormônios são liberados de forma lenta para
os tecidos.
➡ O T4 assim que entra na célula perde seu iodo pela enzima iodinase.
✦ Então, esses hormônios estimulam na nossa célula uma maior produção de enzimas,
proteínas estruturais, proteínas transportadoras. Todas as células do corpo possuem
receptores para os hormônios da tireoide.
✦ Efeitos no cardiovascular (aumentos): débito cardíaco, uxo sanguíneo tecidual, FC, força
de contração cardíaca, FR.
➡ O músculo cardíaco possui receptores para o T3, então quando circula faz o mesmo que
a norepinefrina. É uma estimulação direta.
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@med.rafaelafarias
Regulação da secreção dos hormônios tireoidianos
✦ TSH – hormônio da adeno-hipó se que aumenta a secreção de T3 e T4 pela tireoide. É
liberado pela adeno-hipó se que possui como célula alvo as foliculares para estimular a
liberação de T3 e T4 pela tireoide. Favorece todas as etapas, acelerando a ação de oxidação,
pinocitose..
➡ O excesso de TSH irá fazer hiperplasia e hipertro a dos folículos de tanto acelerar o
proliferamento celular.
✦ O receptor para o TSH é uma proteína G que ativa a via da adenilato ciclase
✦ Efeitos mediados pela produção do 2o mensageiro AMP cíclico. Ele que irá desencadear
todas as funções acima.
✦ O TRH é liberado na eminência media do hipotálamo e transportado pelo sistema porta (pelo
uxo capilar hipotálamo - hipó se) até a hipó se.
✦ Mecanismo de ativação da via da fosfolipase C produzindo IP3 (libera cálcio que promove a
exocitose da vesícula cheia de TSH da hipó se) e DAG que promovem a liberação do TSH
pela hipó se. Também é proteína G.
✦ Regulação por feedback, um dos mecanismos clássicos que desencadeia a cascata é o frio.
No hipotálamo temos um termostato que regula a temperatura corporal, sempre que somos
submetidos a temperaturas frias o hipotálamo libera TRH para aumentar a atividade
metabólica para manter a temperatura. Esse TRH, pelo sistema porta, chega na hipó se e
estimula as células da adeno-hipó se, por meio da proteína G, a liberar o TSH.
Hipertireoidismo:
✦ Excesso de liberação dos hormônios da tireoide.
✦ Doença de Graves (é uma doença autoimune - TSI), é a doença mais clássica que gera o
hipertireoidismo, o nosso organismo começa a produzir anticorpos TSI - são imunoglobulinas
estimuladoras da tireoide, fazem o mesmo que TSH, estimulam a tireoide, não são anticorpos
que atacam e sim estimulam. Interagem com os mesmos receptores do TSH. O TSI é
característico da doença de Graves.
✦ Adenoma hipo sário: T4 alto e TSH alto. Quando o TSH está alto, a hipó se deverá ser
investigada porque o T4 alto será apenas um re exo. Se o TRH estiver elevado, o problema
pode ser no hipotálamo.
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@med.rafaelafarias
✦ Sintomas: (aumento de metabolismo em geral)
➡ Intolerância ao calor.
➡ Tremor muscular leve (alta frequência), se estiver o braço para frente, conseguimos sentir
o tremor em uma folha. É muito discreto.
➡ Aumento do apetite.
✦ Para con rmar o diagnóstico é só fazer exame de sangue e avaliar: TRH, TSH, Tiroxina e, no
caso da doença de graves, o TSI. O TRH e TSH vão estar quase zerados por causa do
feedback que a Tiroxina estará fazendo, pois terá T3 e T4 circulante, isso sinaliza que não há
necessidade de maior secreção pelo hipotálamo do TRH, consequentemente, TSH pela
adeno-hipó se.
Hipotireoidismo:
✦ Falta de hormônios da tireoide.
✦ Sintomas:
➡ Cansaço
➡ Depressão
➡ Descamação da pele
➡ Unhas quebradiças
✦ Tiroxina está baixa, pode ser porque não tem iodo para síntese ou pelo ataque dos
anticorpos. Mas o TSH e TRH estarão altos porque o problema está na glândula que não
consegue liberar e ai os níveis dos hormônios estão muito baixos no sangue, o que faz liberar
cada vez mais TRH e TSH. O TSH ca constantemente estimulando a tireoide mesmo sem
conseguir liberar, desenvolve hiperplasia e hipertro a da glândula da mesma forma que se
conseguisse produzir os hormônios. Por isso, vamos o ter o bócio.
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@med.rafaelafarias
Cretinismo:
✦ A criança nasce normal por usar os hormônios da mãe, é detectado pelo exame do pezinho.
É necessário suplementar para evitar dano mental.
➡ Retardo mental.
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@med.rafaelafarias
Hormônios adrenocorticais
Glândulas suprarrenais
✦ Situadas nos polos superiores dos rins.
✴ Parte interna
➡ Córtex adrenal
Corticosteroides
✦ Todos são hormônios esteroides derivados do colesterol, por isso possuem esse nome.
Liberados pelo córtex da suprarrenal.
✦ 1. Mineralocorticoides
➡ Regulação de eletrólitos dos líquidos corporais (sódio e potássio).
✦ 2. Glicocorticoides
➡ O principal é o cortisol, possui ação no metabolismo de carboidratos, lipídios e de
proteínas. Aumenta a glicemia (aumento de glicose circulante). Possui função anti-
in amatória.
✦ 3. Andrógenos
➡ Pequena quantidade. Efeitos iguais ao hormônio sexual masculino testosterona.
➡ Secreção signi cativa de aldosterona. Só nessa camada super cial que temos a enzima
necessária para produção da aldosterona, a enzima aldosterona sintase.
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@med.rafaelafarias
➡ Já o ACTH atua na fasciculada, quando tiver liberação dele pela adeno-hipó se, vamos
ter uma liberação de cortisol pela fasciculada. É regulada pelo ACTH.
✦ Membrana das células corticais contém receptores para o LDL, então quando o sangue está
passando pela glândula, o LDL se liga aos receptores e é endocitado. Dentro da célula
existem enzimas lisossomais que promovem a liberação do colesterol, por meio da clivagem.
➡ O ACTH é muito importante para a produção de hormônios porque ele aumenta o número
de receptores de LDL nas células corticais e a atividade das enzimas lisossomais que
liberam o colesterol do LDL. Então, o ACTH estimula muito a síntese dos hormônios, pois
fornece o substrato (colesterol) para a síntese.
➡ O colesterol, que foi liberado na célula, chega nas mitocôndrias, onde será clivado pela
enzima colesterol desmolase formando pregnenolona (precursor de todos os hormônios
do córtex adrenal).
✦ Os hormônios precisam estar ligados em proteínas plasmáticas para circular. Essa ligação
confere estabilidade, proporcionando uma meia vida maior.
✴ Meia-vida de 20 minutos.
➡ Função reservatória (pela meia vida maior) garante uma distribuição hormonal uniforme
aos tecidos.
Efeitos da aldosterona
✦ Age nos rins.
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@med.rafaelafarias
✦ Se por algum motivo não tivermos aldosterona:
➡ Ocorre um aumento na concentração de potássio no LEC (hipercalemia) por não
conseguir excretar pela urina.
➡ O sódio e cloreto são rapidamente eliminados via renal (urina) e volumes totais do LEC
cam muito reduzidos porque quando o sódio sai pela urina cria um gradiente osmótico
para água acompanhar, então perdemos muito volume do LEC por consequência da
eliminação do sódio na urina. Isso é muito grave, pois diminuindo o volume do LEC
diminuímos o debito cardíaco, cai pressão arterial e fazemos choque circulatório, pode
ser fatal.
➡ Estimulam a sede, o aumento da ingestão hídrica e a secreção de ADH (hormônio que faz
reter liquido, é anti diurético).
➡ Tudo isso culminará em um aumento da pressão arterial. Por isso a aldosterona é tão
importante em casos de queda de pressão.
➡ Cortisol também contribui, embora seja um glicocorticoide porque os receptores (no rim)
da aldosterona reagem de forma cruzada com o cortisol, pois são parecidos, só se
diferem em uma etapa. Embora o cortisol sempre esteja em maior concentração do que a
aldosterona (cerca de 2000x mais), ele não está sempre estimulando os receptores no rim
porque temos um mecanismo renal que evita isso. O mecanismo que evita é:
✦ Excesso de aldosterona
➡ Estimula a excreção do K+ na urina e o seu transporte do LEC para a maioria das células.
➡ Estimula a secreção de íons hidrogênio nas células intercaladas dos túbulos renais →
alcalose metabólica (perder muito H pela urina)
✦ De ciência de aldosterona
➡ Síntese de ENaC – proteínas canais epiteliais de sódio. Ela que será responsável pela
reabsorção de sódio.
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@med.rafaelafarias
➡ Síntese de ATPase, enzima importante que fornece energia para o funcionamento da boca
de Na/K.
➡ Está fazendo tudo isso para fornecer aminoácidos para gliconeogênese, pois o objetivo é
fornecer energia.
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@med.rafaelafarias
✦ Importante para a conservação, a longo prazo, da glicose e do glicogênio corporais.
✦ O estresse ativa o sistema límbico, via amígdala, estimula o hipotálamo a liberar o fator
regulador de corticotropina que irá fazer a hipó se liberar o ACTH.
➡ Infecção
➡ Cirurgias
➡ Doenças debilitantes
➡ Restrição de movimentos
2. Reduz a permeabilidade dos capilares – impede a perda de plasma para os tecidos. Num
processo in amatório a permeabilidade dos capilares aumenta, gerando edema/inchaço local,
então como reduz a permeabilidade, impede isso.
✦ O receptor é proteína G via adenilato ciclase que produz AMPciclico, ativa cinases que fazem
ativação de enzimas que convertem o colesterol em pregnenolona, dando inicio a síntese do
cortisol.
✦ Em 80% dos casos é autoimune. Os anticorpos promovem uma atro a primária de todo o
córtex adrenal (todas camadas).
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@med.rafaelafarias
✦ De ciência de mineralocorticoides: grande eliminação de sódio e água pela urina / redução
do volume do LEC. Hipercalemia. Choque circulatório. Morte em poucos dias. Precisa
suplementar com aldosterona.
➡ excesso de ACTH
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@med.rafaelafarias
Sistema nervoso
• SNC: O S. nervoso central é composto pelos órgãos encéfalo e medula espinhal. Tratos é
o nervo do SNC
• SNP: O SN Periférico envolve todos os nervos dos membros, são divididos em nervos
cranianos e espinhais, a diferença é que se os nervos emergirem do encéfalo são
cranianos, se emergem da medula são os espinhais. Os gânglios também compõem o
sistema SN periférico, cam próximas da medula, são adjacentes, o gânglio é um conjunto
de corpos neuronais. O nervo é um conjunto de axônio, prolongamentos neuronais. Então,
no gânglio é onde ca o corpo celular do neurônio que projeta seu axônio pelo nervo. Os
receptores também fazem parte do SNP, estão espalhados por toda superfície do corpo
que detectam estímulos sensoriais. Nervos espinhais são mistos, tem sensitivos e motor.
O SNP é dividido em uma parte chamada SOMÁTICO e AUTÔNOMO
• SN Somático
o Voluntario. Inerva a musculatura estriada esquelética
• SN Autônomo
o divisão simpática
o divisão parassimpático
Divisão funcional:
• Função sensitiva ou sensorial (detectar estímulos variados, é aferente), integradora (feita
pelo SNC, tudo que é detectado na periferia é levado para o SNC, encéfalo ou medula que
integra os impulsos e mandar uma resposta eferente, que é a função motora.
• É bifurcado para respostas eferente (parte anterior) e aferente (sai pela parte posterior).
• Axônio é onde ca a parte do “efeito domino”, a maior parte está concentrada bem no
inicio, no cone de implantação, ou seja, onde ca a maior parte dos canais de sódio
dependentes de voltagem, quando um abre, todos abrem. Só abrem se esse PA atingir o
limiar. Aí a zona gatilho abre e só tem como seguir o mesmo sentido, esse sentido é
chamada anterogrado
• No corpo do neurônio não tem canal de sódio dependentes de voltagem, então o PA não
consegue ir para trás. Só tem os canais de sódio de vazamento, isso signi ca que quando
recebe um pequeno estimulo, permite que o sódio entre.
• O corpo celular (soma) tem prolongamentos curtos que são os dendritos e um longo que é
o axônio, no nal do axônio pode ter várias rami cações com muitos terminais simpáticos
onde o neurotransmissor é liberado para haver uma comunicação na forma de sinapse.
• É nos dendritos onde acontece a maior parte da onde recebe a sinalização. Esses
impulsos são propagados através do axônio.
• O tecido nervoso não é formado só por neurônios, tem várias células da glia.
• Sinapse
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@med.rafaelafarias
Diversidade estrutural dos neurônios
• Neurônio multipolar: Neurônios do encéfalo; Neurônios da medula; Neurônios motores. É o
neurônio tradicional, é a grande maioria.
• Neurônio bipolar: Retina; Orelha interna; Área olfatória do encéfalo. Tem dois
prolongamentos saindo corpo e só depois rami ca formando dendritos.
• Núcleo: grupo de corpos neuronais no SNC. Ex: núcleos da base do encéfalo, são
importantes para função motora.
Essas sensações sempre são detectadas através de receptores, a informação segue para os
nervos e é conduzida para o SNC. Poderá ou não desencadear resposta.
Ao chegar lá, poderá haver resposta imediata ou apenas armazenar. Exemplo: temperatura alta,
quando toca em algo quente e tira a mão rapidamente. A informação chega no córtex, que
processa a informação dolorosa, já envia uma resposta rápida motora para retirar a mão.
Resumo: Receptores sensoriais -> nervos periféricos -> sistema nervoso central -> Todos níveis
da medula espinal - Formação reticular do tronco encefálico - Cerebelo - Tálamo - Áreas do
córtex cerebral -> Reação cerebral imediata ou armazenamento da informação (memória).
Eixo motor esquelético, controlado por: - Medula espinal - Formação reticular do tronco
encefálico - Núcleos da base - Cerebelo - Córtex motor
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@med.rafaelafarias
Níveis funcionais do sistema nervoso central
- Re exos de retirada, é o re exo de tirar a mão, é um arco re exo feito pela medula.
- Armazenamento de memórias.
o Pode ocorrer para as duas direções, pois passa pelo gradiente, então depende de
onde está concentrado, ou seja, é bidirecional.
• Química: Neurotransmissores:
o Condução unidirecional
o Inibitórios, abrem canais de cloreto, é um ânion do LEC, ao entrar faz com que a
célula que mais negativa, é inibitório.
Receptores ionotrópicos
• Sítio de ligação do neurotransmissor está em um canal iônico.
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@med.rafaelafarias
• Exemplo: GABA abre os canais de cloreto e a célula ca muito negativa, ou seja,
hiperpolarizada.
Receptores metabotrópicos
• Sítio de ligação do neurotransmissor está em um receptor associado à proteína G, o qual
poderá abrir canais iônicos ou ativar segundos-mensageiros intracelulares.
• Abre o canal iônico de forma indireta. Exemplo: acetilcolina, também age em receptores
ionotropicos.
Neurotransmissores
• NT de moléculas pequenas
o Ação rápida por serem pequenos, se difundem facilmente, geralmente em
receptores ionotrópicos.
▪ Acetilcolina.
▪ Óxido nítrico.
• Neuropeptídios
o Ação lenta, são maiores, agem mais lentamente e geralmente atuam sobre a
proteína G.
▪ Hormônios hipotalâmicos.
▪ Encefalinas.
▪ Endor nas.
o Inibitório - PPSI:
▪ Hiperpolarização di culta o neurônio PS a desencadear um potencial de
ação.
o Excitatório - PPSE:
▪ Mudança de voltagem que “facilita” o neurônio PS a desencadear um
potencial de ação. Porque ca cada vez mais perto do limiar
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@med.rafaelafarias
▪ Resultante da entrada de cátions, principalmente o Na, para car mais
positivo. Pode ser o Na ou K, o mais comum é o Na
• Somação temporal: uma única sinapse recebe muitos PE (potencial excitatório) em curto
tempo.
• Quanto maior for a intensidade do estímulo supralimiar, maior será a frequência dos
potenciais de ação. Estimulo supralimiar ultrapassa o limiar, mas quando atinge o PA
sempre chega no mesmo pico. A diferença é que quando é limiar, dispara o PA e já
restaura, mas se for supralimiar dispara mais PA, não apenas 1, a sua frequência será
maior no neurônio pós sináptico.
Inibição pré-sinaptica
• É quando aconteceria uma sinapse mas um neurônio impede porque faz uma sinapse no
botão, é uma sinapse sobre outra. Um outro neurônio irá fazer a sinapse no botão, o que
anula o efeito do anterior.
• Exemplo: Neurotransmissor libera canais de cloreto que neutraliza o sódio que estava
chegando e inibe a transmissão da sinapse, o que controla o neurônio pré sináptico,
acontece antes da sinapse. Dessa forma, a sinapse não ocorre, pois não consegue passar.
o Exemplo: uma pessoa que está sofrendo convulsão (super excitação do SNC,
muitos PA excitatório), nesse momento a única coisa a ser feita é aguardar porque
em poucos minutos sai da crise, isso ocorre porque os NT que estavam sendo
descarregadas, acabam. Quando volta a consciência, a pessoa não está normal,
ca sonolenta, perdida, confusa e isso porque os NT não estão todos
“recolocados”, geralmente leva 1 dia até car normal.
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@med.rafaelafarias
o Alcalose – aumenta a excitabilidade neuronal. É considerado em 7,6 em média,
cam mais excitáveis, pode ter crises convulsivas. Hiperventilação também pode
gerar alcalose, porque liberamos CO2 com caráter acido. Pessoas com tendencias
a crises epiléticas pode desencadear crises por um aumento pequeno no pH.
• Efeito da hipoxia
o A falta de oxigênio por alguns segundos leva à ausência de excitabilidade neuronal
porque é muito dependente do metabolismo aeróbio.
• Efeito de drogas
o Excitatórias: cafeína, teo lina, teobromina (encontrada no choco), estricnina (é um
veneno para rato, bloqueia as sinapses inibitórias, os neurônios motores cam
muito excitáveis, gera tetania e pode matar por parada respiratória). Abrem canais
de sódio e excita as células.
Receptores sensoriais
• Mecanorreceptores: são ativados mecanicamente, detectam compressão mecânica ou
estiramento do receptor ou dos tecidos adjacentes ao receptor.
o Frio.
o Calor.
o Terminações nervosas livres, é o próprio dendrito que capta a dor, não são
encapsulados.
Sensibilidade diferencial
• Cada receptor é altamente sensível a um tipo de estímulo e é quase insensível as
intensidades normais dos outros tipos de estímulos.
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@med.rafaelafarias
• OBS: cada bra nervosa transmite apenas uma modalidade de sensação, a qual chega em
um local especí co no córtex.
o Ex: a roupa que toca no nosso corpo, temos a sensação do tato por um tempo apenas,
seria uma sobrecarga desnecessária car enviando todo tempo, o receptor se adapta
ao estimulo e deixa de responder, por isso só sentimos na hora que colocamos a
roupa, é uma característica de receptores encapsulados. A maioria dos receptores do
tato são encapsulados.
• Receptores de adaptação lenta, ex: receptores da dor, é terminação nervosa livre, não tem
como se adaptar
Tipos de bras:
• O diâmetro do axônio pode ser variado, a velocidade está relacionada. Quanto mais no,
mais lento será; quanto maior o diâmetro, mais rápida a transmissão.
• Tipo A: com mielina e maior calibre. Mais rápido, a classi cação abaixo é de acordo com o
diâmetro/calibre:
o Aα - receptores musculares.
o Aγ - receptores musculares.
o Aδ - receptores térmicos, táteis, dolorosos (dor aguda). Ex: terminações nervosas livres
o Receptores da dor lenta, pode ser crônica ou durar dias, coceira, temperatura. Ex:
terminações nervosas livres
Somação temporal
• Estimulo fraco, exemplo: apertar um pouco a ponta do dedo, se car fazendo somação,
aumenta a frequência.
• Estimulo moderado
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@med.rafaelafarias
• Estimulo forte
Somação espacial
• Recruta mais neurônios no espaço. As duas somações ocorrem simultaneamente.
Grupamento neuronal
• É a somação que determina se é supra ou subli.
• Estímulos supralimiares
o Estado excitado
• Estímulos subliminares
o Estado facilitado
Circuitos neuronais
• Circuitos divergentes: um sinal aferente se espalha para número progressivamente maior de
neurônios. De 1 neurônio, excita cada vez mais.
o Pode fazer parte do mesmo trato (mesma via), é quando segue o mesmo sentido,
exemplo: contração muscular, são centenas de bras que precisam ser contraídas,
precisa de vários neurônios motores. O inicio da via começa no córtex com 1 neurônio,
que será ativado e estimula outros neurônios até chegar em vários.
o Múltiplos tratos (mesma via), fazem parte de tratos diferentes, cada um para
determinado local, divergem a conexão.
• Circuito de inibição reciproca: um circuito neuronal pode causar sinais de saída tanto
excitatórios quanto inibitórios, pode ocorrer de forma simultânea. É reciproca. A bra que
foi excitada causa excitação em uma e inibição em outra.
• Circuitos reverberantes: são importantes para o SNC. Ocorre com o neurônio que está
excitando outro, só que emite um ramo/prolongamento que excitará outro neurônio, o qual
fará fazer sinapse nele mesmo, é um feedback positivo. Quanto mais excitado ele está,
mais permanece pois ca se auto excitando. Permanece acionado pela via do feedback
positivo, isso é importante porque depois que o neurônio foi excitado ele se mantém
independente do primeiro que excitou. Ocorre muito no encéfalo para armazenar memórias.
O que limita é a fadiga, os neurotransmissores acabam, é a forma de acabar a excitação.
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@med.rafaelafarias
Sensações somáticas I: organização geral, sensação de tato e de posição corporal
• Mecanorreceptivas:
• Termorreceptivas:
o Frio
o Calor
• Nocireceptores: Dolorosas
o Lesao tecidual
Mecanorreceptivas
• Terminações nervosas livres: no próprio dendrito tem os receptores, são abertos por
modi cações estruturais no receptor, pelo tato, estiramento.. são bem super ciais,
detectam pressões leves como também sensações de cócegas e prurido.
o Tato, pressão, leve
o Cócegas e prurido
o Tato discriminativo, estão na ponta dos dedos, lábios.. quando tocamos num objeto e
identi camos a textura, forma sem olhar, é o tato no.
o Possuem uma anatomia característica, na ponta dos dendritos tem uma forma de
disco, se projeta bem abaixo do epitélio sendo bem sensível a estímulos tátil.
• Corpúsculo de Pacini
o Tato e pressão
Condução da informação:
• 2 Vias sensoriais de transmissão dos sinais somáticos ate o SNC. Sempre são constituídas
por 3 neurônios, o aferente (o que entra na medula), depois faz sinapse com o segundo
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@med.rafaelafarias
neurônio e, por ultimo, o terceiro que chega ao destino nal. São sempre neurônios de
primeira ordem, segunda ordem e terceira ordem.
o Sobe pela medula pela região da coluna dorsal, depois atravessa o tronco encefálico
no bulbo através da via lemnisco medial (parte anatômica).
▪ Os nervos espinhais que estão chegando se rami cam em dois, uma parte que
entra na medula e uma que sai da medula.
▪ Todas as bras aferentes que entram na medula entram pela região dorsal.
▪ A pequena rami cação feita pelo axônio fará sinapses direto na medula, é
importante para realizar arco re exo caso seja necessário uma resposta eferente,
como de retirar a mão, dedo, etc.
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Via anterolateral
• A diferença entre elas é que nessa via, o neurônio aferente, que trás a informação dolorosa,
já faz a primeira sinapse na medula, no corno dorsal da medula.
• Na própria medula, o segundo neurônio já sofre decussação (muda de lado) e ascende pela
parte anterolateral da medula. Passa reto pelo tronco e chega ao tálamo.
• Ao chegar no tálamo, o neurônio de segunda ordem fará sinapse com o de terceira ordem.
Segue para o córtex somatossensorial como a via Lemnisco, que é onde ocorre o
processamento da sensação.
• Aqui existe dois tipos de dor. A dor rápida (tipo Aδ), que faz todo o trajeto, porém a dor
lenta (tipo C) termina no tálamo, não possui a etapa nal do córtex. Isso gera
consequências diferentes.
• Os dois tipos de dor entram juntas, pela raiz dorsal do nervo espinhal, ambas fazem
sinapse na própria medula, os dois neurônios de segunda ordem ascendem para o tálamo.
Como são bras diferentes, se juntam, formando os tratos. Cada uma sobe por um trato
diferente:
• Fibra de dor rápida Aδ: chega até o tálamo, faz sinapse no complexo ventrobasal com o
neurônio de terceira ordem, os neurônios de terceira ordem vão para o córtex
somatossensorial, o neurotransmissor dessa via é o glutamato (NT de molécula pequena,
ou seja, extremamente rápido). É uma dor de extrema localização, não precisa estar
olhando para saber onde está a dor, é muito fácil de localizar devido ao córtex
somatossensorial que possibilita essa identi cação do estimulo. É muito precisa.
• Fibra de dor lenta C: Faz mais de uma sinapse na medula antes de fazer com o neurônio
que muda de lado, o que já contribui para ser lenta (além de ser menos calibrosa e sem
mielina), uma vez que quanto mais sinapse, mais lenta ca pois em cada ponto existe todo
o mecanismo, então mais etapas para passar o impulso. Ascende pelo
paleoespinotalâmico, chega no tálamo e pára. O neurotransmissor é a Substância P, que
também contribui para bra ser mais lenta porque é um peptídeo e possui efeitos
prolongados na sua sinapse.
! O neurônio de segunda ordem que está chega no tálamo, faz várias sinapses locais no
tronco e tálamo:
" Núcleos reticulares (toda area acinzentada, ponte, bulbo, mesencéfalo…)
" Area tectal do mesencefalo
" Região cinzenta periaquedutal
! Essa dor lenta é de pouquíssima localização porque não segue para o córtex
somatossensorial. Exemplo: sabe que a dor é nas costas mas sem precisão. É uma dor
mais difusa.
! Efeito de alerta que as vias da dor causam sobre a atividade encefálica. Ex: para
dormir, o córtex cerebral precisa se desligar de suas atividades, diminuir as sinapses
para adormecer, o tronco encefálico é uma estrutura que está em comunicação direta
com o córtex (nível subcortical), esses neurônios do tronco cerebral e do tálamo são os
responsáveis pelo córtex manter a pessoa acordada, quando vamos dormir, essas
atividades precisam diminuir para diminuir no córtex também e como essas vias da dor
excitam muito a região do tronco, gera uma grande di culdade para dormir quando se
está com dor. Porque essas regiões do tronco cam sendo excitadas pela via da dor
que está sendo disparada, como consequência, o córtex cerebral é excitado e ocorre
di culdade para adormecer.
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@med.rafaelafarias
• Interrupção cirurgia das vias dolorosas: Cordotomia. É quando a pessoa possui dores
horríveis que não passam e é necessário interromper as vias de forma cirúrgica.
! Cauterização de áreas especí cas nos núcleos intralaminares do tálamo (alivia dores
crônicas). A cauterização consegue parar a dor crônica e não afeta a transmissão da
via da dor rápida.
• Cortex somatossensorial:
o As áreas 1, 2 e 3 são cortes somatossensorial, recebem as informações nais da via
lemnisco. No momento, o importante é a área somatossensorial 1. O giro onde ca
essas áreas é chamado pós central porque ele está posterior ao sulco central.
o As vias chegam trazendo sensações em lugares especí cos do córtex por causa do
principio da via rotulada, ou seja, todas as bras sensoriais que vem da mão, chegam
em uma região especi ca do córtex somatossensorial, dos dedos em outra região, etc.
É por chegar em uma região especi ca que sabemos identi car o estimulo.
• Sulco Lateral
▪ Distúrbio estereognosia, quando tem lesões nessa região. Exemplo: AVC, perde
algumas capacidades como não saber o que está tocando.
o Recebe informações:
▪ Da área somatossensorial I
▪ Do córtex visual
▪ Do córtex auditivo
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@med.rafaelafarias
▪ Distúrbio amorfossíntese: É a perda da capacidade de reconhecer objetos, perda da
percepção de um lado do corpo. É como se um lado do corpo nao zesse parte da
pessoa. Perde todo o processamento de um lado, mesmo que enxergue o outro
lado.
• Campo receptor grande: grande rami cação nos dendritos, pegando uma grande área
epitelial. Ex: braços
• Campo receptores pequenos: pequena rami cação de dendritos, pegam uma área menor.
Ex: lábios
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@med.rafaelafarias
Sensações somáticas II: dor, cefaleia e sensações térmicas
Tipos de dor:
• Dor rápida
! Não é sentida nos tecidos mais profundos, é sentida apenas nos mais super ciais.
• Dor lenta
Receptores da dor
• Camadas super ciais da pele e certos tecidos internos (periósteo, paredes das artérias,
superfícies articulares, foice e tentório da abóbada craniana).
• Isquemia tecidual: acúmulo de ácido lático. Interrompe o uxo sanguíneo com o oxigênio,
começa a fazer metabolismo anaeróbio e acumula o acido latico.
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@med.rafaelafarias
• Sistema duplo de inervação: sensação dolorosa dupla (dor pontual rápida seguida por dor
lenta). Ex: uma agulha ncada no braço, no momento que nca já tem a sensação da dor
aguda, porque a bra rápida ja envia a sensação mas depois, mesmo sem agulha, a dor
permanece porque ca sendo transmitida pela bra lenta.
• Todas informações sensoriais somáticas entram na medula espinal pelas raízes dorsais dos
nervos espinhais.
• Nas vísceras tem apenas bras lentas, do tipo C. Na pele tem as duas.
Via anterolateral
Explicação no resumo anterior.
Sistema de analgesia
• Todos temos sistema de analgesia natural, ou seja, vias de analgesia que inibem as
sensações dolorosas, para isso, precisa inibir a via da dor.
! O ultimo neurônio desce pelo corno dorsal da medula espinal, que é onde entra a via
da dor: complexo inibitório da dor.
" Essa via de analgesia descendente faz sinapse sobre um neurônio na medula que
será inibitório, ou seja, inibi a sinapse da via da dor.
! Serotonina, é o que desce pela medula, excita o neurônio pequeno, que através da
encefalina, bloqueia/inibe a sinapse.
• Dor referida
! dor sentida em parte do corpo distante do local de origem da dor. Por ex: infarto do
miocárdio, o problema é o coração mas a pessoa sente dor no ombro/braço esquerdo.
Esquerdo em decorrência da decussação. Porque as bras nervosas viscerais estão
juntas com as bras nervosas da pele (dermátomo), faz sinapse com segundo neurônio
etc.
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@med.rafaelafarias
• Dor visceral
o Danos viscerais localizados raramente causam dor grave porque temos pouquíssimos
receptores nas vísceras, precisa de uma lesão extensa.
o Dor visceral = estimulação difusa das terminações nervosas da dor. Fibras do tipo C
(dor crônica, persistente).
o Áreas insensíveis (não tem receptor para dor): parênquima hepático e alvéolos
pulmonares.
• Dor parietal
o Quando o problema na víscera se dissemina para peritônio, pleura ou pericárdio
parietal (superfícies/membranas que revestem e são extensamente inervadas).
o Vias de transmissão:
▪ Dor visceral – transmitida por bras nervosas autônomas e referidas para áreas da
superfície do corpo.
▪ Dor parietal – é uma dor aguda, transmitida diretamente para os nervos espinais
locais.
Hiperalgesia
• Primária: sensibilidade excessiva dos receptores da dor. Ex: em uma queimadura os
receptores estão sendo atingidos, estão sendo super estimulados pela lesão no epitélio,
não conseguindo, muitas vezes, colocar até mesmo uma roupa.
Casos clínicos
• Herpes-zóster (é o vírus da catapora): infecção viral em um gânglio espinal causando dor
extrema no dermátomo suprido pelo gânglio. Embora a pessoa se cure, o vírus ca alojado
no gânglio, de forma inativa, as vezes em decorrência de estresse, baixa imunidade, o vírus
volta a ser ativo. Desenvolve lesões especi cas só na região inervada pelo nervo atingido,
atinge apenas o dermátomo do gânglio que possui o vírus. Gera extrema dor. OBS:
dermátomo é uma região da pele onde estão localizados todos os nervos sensoriais que
vêm de uma única raiz nervosa (nervo espinhal)
• Cefaleia: tipo de dor referida para a superfície da cabeça a partir de suas estruturas
profundas. O encéfalo/tecido nervoso não possui receptores para dor, por isso é a dor
referida. OBS: por isso é possível fazer cirurgia com a pessoa acordada, apenas a dura
mater tem receptores para dor. Ela, inclusive, é o motivo para dor de cabeça.
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@med.rafaelafarias
▪ Meningites causada por virus, bacteria, são sempre infecções. Como ela é inervada,
gera muita dor de cabeça, em toda a região.
▪ Baixa/alta pressão do liquor, é um tipo de LEC especi co do SN. Ele possui função,
entre outras, de amortecimento. Permite que o encéfalo “ utue" na caixa craniana,
então quando há baixa pressão no liquor (ex: quando alguém faz exame e faz
coleta), o encéfalo “pesa" sobre a dura mater e gera muita dor de cabeça.
o Origem extracraniana
▪ Espasmos musculares, quando há muita tensão na região cervical, postura errada…
geralmente é na região posterior da cabeça.
Receptores térmicos
• Receptores para frio (mais abundantes, bras Aδ), para calor ( bras tipo C) e para dor.
• Temos mais receptores para frio, e são mais rápidos. Temos menos receptores térmicos do
que a dor, então precisamos da somação
o Adaptação, sente apenas no inicio e depois de um tempo parece estabilizar (as vezes).
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@med.rafaelafarias
Funções motoras da medula espinhal, re exos espinhais
● Sinais sensoriais
● A medula é contínua mas os nervos espinhais (31 pares) provocam uma divisão
segmentar porque existem 31 região com bras aferentes chegando e as eferentes
saindo. Os neurônios eferentes saem pela raiz ventral e os aferentes chegam pela dorsal.
● Segmentos medulares
Interneurônios
● Presentes em todas as áreas da substância cinzenta.
● Excitatórios
● Os receptores sensoriais levam a informação para medula, por meio da raiz dorsal, essas
informações sobem pela via coluna dorsal lemnisco-medial e chegam no córtex
somatossensorial para ser processado o estado que o músculo se encontra
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@med.rafaelafarias
● O que detecta o fuso neuromuscular?
○ Variação de comprimento das bras musculares. Estão na região central das bras
intrafusais. São estimulados pelo estiramento da bra, ou seja, quanto mais
estirado estiver, mais potencial de ação ocorre.
● Região central tem poucos lamentos de actina/miosina porque não tem função de
contração.
● Quanto mais alongada estiver, mais potencial de ação serão desencadeados. Sempre está
disparando PA, a diferença é que quando estiver encurtado, tem menos.
● Via monossináptica – permite que um sinal re exo volte com o mínimo de retardo
possível ao músculo após excitação do fuso. Tem apenas uma sinapse, bra aferente
direto com o neurônio motor, é muito rápido. No momento que estira, já vem a resposta
motora e contrai o músculo.
● Esses re exos são importantes para detectar se está tudo bem, pois se o re exo está
ocorrendo de forma correta, signi ca que as vias sensoriais e motoras estão intactas. É
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@med.rafaelafarias
uma forma de avaliar a medula. Também serve para avaliar as atividades superiores a nível
de encéfalo, porque o re exo apesar de ser realizado pela medula, ele sofre interferência
dos níveis superiores (corticais, etc) para modulação do que ocorre na medula. O re exo
tem uma intensidade que é modulada pelos níveis superiores do córtex, se houver lesão
no córtex, ocorre a manifestação de uma hiperre exia, ou seja, um re exo exagerado pois
não está ocorrendo a modulação. Exemplo: AVC a pessoa ca enrijecida por excesso de
tônus, o neurônio é super excitado; se for por problema na medula, ca ácido pois
ocorre atro a.
● Faz sinapse no interneurônio e não direto no motor porque envolve mais de uma sinapse,
não é monosinaptico.
● A sua estimulação excita um interneurônio inibitório, que inibe o neurônio motor anterior, o
qual promove o relaxamento do músculo, é um feedback negativo. O aumento da tensão,
promove o relaxamento re exo. Quanto mais tensão, mais relaxamento.
● Resposta: Flexão do membro afetado, retirar o membro para parar o estimulo doloroso.
● Re exo polissináptico.
● Inibição recíproca: neurônio aferente está trazendo a informação sensorial pela raiz
dorsal, faz sinapse com o interneurônio, esse interneurônio, de forma direta excita o
neurônio motor que precisa ser contraído para remoção do braço, porém ao mesmo
tempo faz sinapse com um interneurônio inibitório, que inibe o neurônio motor do músculo
antagonista. Então, contrai o bíceps e relaxa o tríceps para conseguir ter o movimento de
retirada.
○ Lesões no córtex motor primário: paralisia porque o neurônio deixa de ser excitado
● Os núcleos pontinos transmitem sinais excitatórios para medula pelo trato reticuloespinal
pontino e excitam os músculos antigravitarios (postura, são importantes para a gente se
manter em pé, equilíbrio). Os bulbares são antagônicos aos pontinos, enviam sinais
inibitórios para a mesma região.
o Não afeta diretamente as vias motoras, mas indiretamente é fundamental para que
essas atividades sejam realizadas com e cácia.
• Aprendizado motor.
o Por isso, à medida que vamos repetindo essas atividades motoras a execução ca
melhor.
• Lobo oculonodular:
o Equilíbrio corporal - estreita associação com o sistema vestibular.
• Hemisfério intermediário:
o Partes distais/laterais das extremidades.
• Hemisfério lateral:
o Planejamento global de movimentos motores sequenciais. Não tem representação do
homúnculo aqui.
• Enviam sinais motores para as mesmas áreas respectivas do córtex motor, núcleo rubro e
formação reticular do tronco encefálico (execução do movimento).
Trato vestibulocerebelar:
• Leva ao cerebelo as informações do sistema vestibular.
• Dorsal:
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o Informações da medula sobre a periferia do nosso corpo – propriocepção inconsciente.
O cerebelo ca sabendo como os nossos músculos estão a todo momento em relação
a estiramento, angulação...
• Ventral:
• Núcleo fastígio
• Núcleo interpósito
• Núcleo denteado.
• Sinais eferentes são, então, distribuídos para outras áreas do SNC, a partir dos núcleos.
• A célula de purkinje faz sinapse com as células nucleares, emite seus axônios para
estimular em outros locais.
• Camada molecular.
o Formadas por bras paralelas que cam na super cie do córtex
• Camada granulosa.
o Terceira camada mais central.
o Célula de Purkinje -> célula nuclear (é quem envia o sinal) -> sinal eferente.
• O cerebelo recebe aferências com origens diferentes, são por bras diferentes. Possui
aferências que vem da oliva bulbar, córtex motor, frontal, tronco, medula… aferências
múltiplas.
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@med.rafaelafarias
• Todas aferências chegam no núcleo, excitam os neurônios do núcleo e também emitem
colaterais que ascendem e excitam as bras de purkinge de duas formas diferentes:
o A aferência que chega ao córtex do bulbo (oliva inferior bulbar) excita o núcleo e a
purkinje com sua colateral (“ bra trepadora”) que fará sinapse nos dendritos.
▪ Excitam as células granulosas que por sua vez excitam, na camada molecular, os
dendritos das células de purkinje.
• Ou seja, a eferência que partirá das células nucleares será resultado de uma combinação
de sinais excitatórios e inibitórios.
o A inibição chegará depois pela purkinje que recebe um estímulo aferente colateral
(demora mais)
o Vestíbulo cerebelo:
▪ Equilíbrio e postura.
o Espinocerebelo:
▪ Coordenação de movimento dos membros.
o Cerebrocerebelo: (lateral)
▪ Planejamento motor.
Vestíbulo Cerebelo:
• Controle do equilíbrio durante movimentos rápidos com alteração de direção. Ex: correndo
e não cair
• Correção dos sinais motores posturais necessárias para manter o equilíbrio durante esses
movimentos rápidos
• Ataxia de tronco:
o A pessoa ca oscilando o tronco de um lado para o outro pois ela não está
encontrando seu ponto de equilíbrio (movimento pendular)
• Nistagmo cerebelar:
Espinocerebelo:
• Permite movimentos suaves e coordenados das partes distais dos membros (mãos e pés).
Vem das vias motoras.
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@med.rafaelafarias
• Aferências:
o Tratos espinocerebelares
o Córtex motor
• Eferências corretivas:
• Lesão:
o Tremor de intenção:
o Dismetria:
▪ Consegue identi car a localização do objeto mas não acerta a direção necessária
do movimento.
• OBS: As vias do cerebelo não sofrem decussação, a lesão é do mesmo lado onde
manifesta os sintomas
Cerebrocerebelo
• Aferências:
• Eferência:
• Lesões:
o Ataxia
o Dismetria
o Tremor de intenção
o Disdiadococinesia:
Núcleos da Base:
• Lateralmente ao tálamo, ocupam uma grande porção das regiões mais profundas de ambos
os hemisférios cerebrais. São aglomerados de substancia cinzenta (corpos neuronais) na
substancia branca.
• Globo pálido (mais medial) - mantém conexões direta com o tálamo através de sinapses.
• Corpo amigdalóide
o Alguns autores consideram parte dos núcleos da base, outros não. (sistema límbico)
• Substância negra
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@med.rafaelafarias
o Não é considerada um núcleo da base, mas é importante para o bom funcionamento
destes, modulação.
• É do Putâmen para o globo pálido, depois para o tálamo ou subtalamo e volta para o
córtex.
• O globo pálido medial mantém uma inibição constante dos núcleos talâmicos inibindo
áreas motoras do córtex.
• O tálamo está sempre excitando o córtex, ou seja, o globo pálido inibe o tálamo, que por
sua vez, deixa de excitar o córtex. É uma combinação de excitatórios e inibitórios para
modular os movimentos.
• Quando o córtex dispara (das regiões motoras) para executar um movimento, ele também
manda aferências para o Putâmen (núcleo da base). O Putâmen excitado irá inibir o globo
pálido que irá então deixar de liberar o GABA sobre o tálamo. Assim, o tálamo volta a
excitar o córtex motor.
• Atetose:
o Lesão no globo pálido. Contorção contínua. Porque os circuitos inibitórios estão com
defeito, consequentemente, a pessoa ira desenvolver movimentos sem controle
• Hemibalismo:
o Lesão no subtálamo
• Coreia
o Lesão no Putâmen
o Exaustivos.
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@med.rafaelafarias
o Caudado recebe as aferências de tudo que nos rodeia (audição, visão, cheiro, etc.)
o Seguirá do caudado a via do “globo pálido -> tálamo” e este se conectará ao córtex
frontal (responsável pela tomada de decisões).
• Dopamina
o Liberada pela substância negra sobre o Putâmen para inibi-lo e, por consequência,
manter o globo pálido excitado liberando GABA sobre o tálamo, isso modula os
movimentos.
Doença de Parkinson:
● Paralisia agitante
● Rigidez de grande parte da musculatura do corpo (hipertonia), não relaxa mesmo sentada,
ocorre pelo excesso de descargas no tálamo para o córtex e do córtex para os neurônios
motores.
● Instabilidade postural
● L-Dopa
● L-Deprenil
Doença de Huntington:
● Degeneração dos neurônios secretores de GABA no núcleo caudado e Putâmen e dos
neurônios secretores de ACH em diversas áreas do cérebro.
● Distúrbio hereditário
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@med.rafaelafarias
Aprendizado e memória
● Plasticidade: capacidade do SN se modi car frente aos estímulos que ele recebe,
formando novas conexões a cada momento. Após a alteração funcional, ocorre a
estrutural que faz com que essa memória se consolide.
Seleção dos estímulos recebidos (a maioria é descartado). Os eventos com caráter emocional
mais forte (envolvimento do sistema límbico) são selecionados para aquisição das informações.
OBS: Essa aquisição pode durar apenas alguns dias ou seguir uma via de consolidação e
passamos a ter uma memória duradoura do evento. Ex: saber falas que algum lme recém visto,
porém passa algumas semanas sem falar no assunto e essa informação já não está mais retida.
Consolidação: As informações que têm impacto emocional mais forte, disparam mais PA, de
acordo com a intensidade emocional, fazendo com que as vias sofram alteração e passem a ser
mais duradouras. Também pode ser pelo processo de repetição, ativam uma via sensorial, a qual
irá disparar sinapses que chegará ao seu destino nal (córtex auditivo, somatossensorial,
visual….), e quanto mais intensa for o estimulo, mais PA serão disparados fazendo reverberação
dessas vias, com ajuda do sistema límbico, passando de uma informação mais temporária para
duradoura. Ex: ler varias vezes o mesmo texto, cada vez que retoma um texto, causam mais
sinapses que promovem a alteração, ao mudar o estimulo também auxilia, como ler texto e
depois explicar para alguém o que foi lido, várias vias são ativadas para consolidar a informação.
Tempo de retenção:
● Imediata
● De curta duração:
○ De minutos ou horas.
● De longa duração:
Natureza
● Explícita:
● Implícita
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@med.rafaelafarias
memória mesmo que não consiga falar sobre. Um exemplo seria quando surge um
objeto estranho em casa e ele some, quando reaparece, temos a memória de já ter
visto o objeto antes, mesmo que sem saber explicar o que é.
○ Procedimento (memória motora –> andar de bicicleta, dirigir um carro, etc, nao
precisamos descrever como dirigir mas sabemos)
● Operacional
○ Ex: onde deixei o carro no estacionamento? Ela será importante por um curto
período.
OBS: O peso emocional tem um caráter muito grande na memória de longa duração. Tem
relação com o sistema límbico.
Memória Operacional:
Permite que informações sejam retidas por segundos ou minutos para dar sequência a um
raciocínio, responder uma pergunta, memorizar o que acabou de ser lido para compreender a
frase seguinte etc.
Córtex pré-frontal é responsável por ela. Aferências visuais, auditivas, cognitivas (propriocepção)
que estão sendo usadas para processar essa memória. Ex: Podes por favor, passar no super e
comprar presunto? No posto abastecer? A pessoa recebeu uma serie de instruções, utiliza a
memória operacional para executar. Após a realizar, geralmente esquece. Usa áreas distintas para
processar a informação e após será esquecido.
Memória Explícita:
Canadense Henry Molaison (HM) - Paciente
● Depois da cirurgia, cou com amnésia anterógrada (sem novas consolidações após algum
fato):
○ Perda completa da memória para os fatos ocorridos após a cirurgia (com 80 anos,
jurava ainda ter 27). Não tinha nem memória de ter realizado a cirurgia. Em decorrência
da retira do lobo temporal.
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@med.rafaelafarias
● Porém, ainda não se sabia quais áreas especi camente (hipocampo? Amígdala? Córtex
para-hipocampal?). Hoje sabe-se que é o hipocampo o responsável pela memória explicita
Caso RB:
● Raro episódio de isquemia cerebral bilateral. (falta de uxo sanguíneo para os lobos
temporais)
● Após sua morte, sua família doou seu encéfalo para investigações anátomo-patológicas.
Hipocampo:
● Estrutura responsável pelo processo de consolidação da memória explícita. Relaciona-se
com todas as regiões do córtex, por meio do sistema límbico, também se comunica com
outras regiões subcorticais, como o tálamo. Por isso, todas as informações sensoriais são
levadas para o hipocampo, ele funciona como sede de uma memória recente.
● O que não se sabe é por quanto tempo a memória ca no hipocampo. Sabe-se que depois
a memória que foi consolidada e cará pra ser resgatada a longo prazo, é armazenada em
outro local, caso contrario, as pessoas com lesão no hipocampo não teriam memória
retrograda.
● A memória de longa duração acredita-se que que distribuída por todo o encéfalo.
Resumo:
Córtex pré frontal: responsável pela memória de trabalho, curta duração, é útil para função do dia
dia. Memória explicita: tempo passado recente, armazena no hipocampo, o que fez ontem,
semana passada… se a informação tiver algum componente emocional ou repetição, será
transmitida para o hipocampo para locais de armazenando a longo prazo.
● Quando uma informação/estimulo (auditivo, visual…) sensorial ocorre, excita uma via
sináptica, só que dependendo da intensidade, se esgota e o estimulo é esquecido.
○ Porém, podemos ter terminais facilitadores, que podem ser ativados junto com a via
sensorial, e aí são terminais do sistema límbico, por isso a emoção aplicada em uma
via sensitiva que está ocorrendo, esse sistema pode disparar botões sináptico no
terminal pré sináptico da via, e aí ele ca excitando o terminal mesmo depois do
estimulo ja ter ocorrido. Ex: Quando vê algo que marcou muito, a informação do que
está sendo visto, vem pela via do estímulo sensorial, mas a parte emocional (ativada
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pelo sistema límbico) surge por uma via secundária e provoca a excitação das vias
visuais, então essa será mantida excitada por mais tempo, xando assim a memória.
● A excitação de um terminal facilitador mantém o terminal sensorial estimulado (facilitação).
○ Aumento do número de vesículas com neurotransmissores, então emite por mais tempo
a sinalização, gera menos fadiga
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@med.rafaelafarias
● Estes sinais ativam os hemisférios cerebrais de duas formas, de forma direta ou através de
sistema neuro-hormonais:
Área excitatória:
Está na substância reticular da ponte e do mesencéfalo.
Excita de 2 formas:
● Sinais rápidos:
● Sinais lentos:
● Seu nível de atividade é determinado por sinais sensoriais vindo da periferia (em especial
as sensações dolorosas). A da dor excita a região, consequentemente, os neurônios que
ascendem mantêm o córtex em alerta, deixa desperto.
● Sinais da ponte e do mesencéfalo excitam o córtex que por sua vez excita a ponte e o
mesencéfalo.
● Feedback positivo: Quanto mais excita formação reticular, mais excita o córtex, esse
circuito que mantém em vigília.
Área inibitória:
● Medial e ventralmente no bulbo
● Pode inibir a área excitatória diminuindo a atividade nas porções superiores do córtex.
Sistema da norepinefrina:
● Na maior parte das regiões ela é excitatória, mas em algumas pode ser inibitória.
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@med.rafaelafarias
Sistema da dopamina:
● Possui importante papel para modulação dos núcleos da base, tanto motor como
cognitivo.
Sistema da serotonina:
● Partem de vários núcleos dispersos do bulbo e ponte.
● Os núcleos da rafe enviam neurônios que liberam serotonina tanto ascendentes (córtex) e
descendentes (medula).
● Vias de analgesia (descendente pela medula, libera serotonina na via da dor que está
chegando para inibir a sinalização) e estado emocional, indução de sono (ascendente).
Sistema colinérgico:
● Neurônios gigantocelulares da área reticular excitatória.
○ Hipocampo, núcleos do tálamo, amígdala, córtex límbico (região que conecta todas,
possui giros como no córtex)
Hipotálamo
● Sede de controle do sistema límbico, porque envia eferências e recebe aferências de
todas estruturas.
● Emite sinais em 3 direções, envia bras que se dirigem posteriormente, que ascendem, e
ventralmente.
○ Tronco encefálico
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@med.rafaelafarias
● Todas essas funções vegetativas são mediadas pelo SN autônomo, são neurônios que
partem dos núcleos e descem pelo tronco em direção a medula, excitando bras que
fazem parte do SN simpático e parassimpático. Dessa forma, modulando todas as
variedades de funções vegetativas.
○ Medo e punição
○ Raiva e luta
● Sistema límbico = cérebro emocional. Através dele que a gente manifesta diversas
emoções como tristeza, alegria, raiva, medo, prazer etc.
Recompensa x punição
Recompensa: sensações agradáveis que causam prazer.
● O animal deixava de ingerir água / alimento até a exaustão para car estimulando a
alavanca que estimulava o prazer.
Hipocampo
● Quase todas experiências sensoriais levam a ativação de pelo menos parte do
hipocampo.
○ Facilmente hiperexcitado (local comum de crises epiléticas) por ter menos camadas.
Amígdala
● Considerado o botão de disparo das reações emocionais.
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@med.rafaelafarias
○ Recebe informações e envia para ambos
● Núcleos laterais:
○ Medo e fuga
○ Lesões bilaterais: não sentem medo.
● Núcleos centrais:
○ Desencadeiam respostas autônomas
● Núcleos mediais:
○ Reações defensivas e agressivas
OBS: Maior concentração de receptores para hormônios sexuais do SNC. O que signi ca que
essa região está relacionada ao nosso comportamento sexual.
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@med.rafaelafarias
Sono e vigília; ondas cerebrais
Sono: Estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada. Temos duas fases que se
intercalam:
● São 4 fases, a medida que passa de fase, ca mais profundo. Intercala com o REM.
● Características:
○ Redução do tônus muscular, o que não quer dizer atonia, é apenas uma redução
aqui.
Sono REM:
● Ocupa 25% do tempo de sono.
● Com o passar da noite, o sono REM dura mais. Começa durando por 5 minutos e depois
aumenta, já o sono lento diminui.
● Cada vez que interrompemos o sono, recomeça tudo de novo. Todas as fases. Então,
uma noite mal dormida signi ca que a pessoa não fez REM, então ca extremamente
cansado pois não teve o sono completo.
● Características:
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@med.rafaelafarias
Teorias básicas do sono
● Áreas excitatórias do tronco cerebral sofrem fadiga após um dia de vigília = Processo
passivo. Os neurotransmissores esgota, é necessário descansar.
● Áreas do tronco cerebral são necessárias para inibir outras partes do encéfalo. = Processo
inibitório ativo.
● Ach leva à atividade excessiva de certas regiões cerebrais, mas tais sinais não são
sincronizados para caracterizar um estado consciente de alerta.
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@med.rafaelafarias
● Eliminação de resíduos metabólicos produzidos durante a vigília, por isso precisa do sono
REM também porque aí o uxo sanguíneo está aumentado, é nesse momento que faz a
limpeza dos resíduos e renova o tecido.
Ondas cerebrais
● É um registro da atividade elétrica no tecido nervoso.
● Em uma noite de sono, passamos por ciclos que se repetem umas 5 vezes. Em adulto, é
monofásico, é 1x no dia. O recém nascido não possui esse padrão, dorme quase todo dia,
faz mais sono REM. A criança é bifásica. No idoso, isso descon gura novamente, faz
menos sono REM, por isso o idoso sente mais sono, por nao ter um sono restaurador tão
completo.
Convulsão x Epilepsia
● Excesso de atividade cerebral
● Convulsão
● Epilepsia
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@med.rafaelafarias
● 1. Epilepsia tipo grande mal
○ Convulsões tônico-clônicas generalizadas. A fase tônico perde a consciência, cai
no chão e enrijece todo corpo e depois relaxa. A clônica é depois do tônico,
contrações nas extremidades
○ Micção e defecação porque toda parte de controle neuronal está dani cada.
○ EEG com descargas de alta frequência e alta voltagem em todo o córtex, nos 2
hemisférios.
○ O que inicia uma crise? - Idiopático (quando não sabemos o motivo) / hereditário
(1/100 pessoas terá tendencia para ter convulsão).
○ 3. Drogas
○ 4. Febre
● 3. Epilepsia focal
○ Concentrada em uma região especi ca do córtex.
■ Por um tumor que comprime uma área do cérebro, pode ser após trauma,
infecção…
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@med.rafaelafarias
Córtex cerebral, funções intelectuais do cérebro, aprendizado e memória
● Áreas de associação
● Quando ocorre lesão aqui, não é possível acompanhar uma linha de pensamento por mais
de 1 minuto.
● É a área que integra a parte emotiva. Pega a parte ventral do lobo frontal.
Área de broca
● Formação de palavras
● Temos uma área de reconhecimento facial bem desenvolvida por sermos seres sociais, é
necessário ter a habilidade de identi car as pessoas, cou desenvolvida em decorrência
da evolução.
● Recebe aferências de todas que estão ao redor para dar a interpretação geral.
● Integra sensações, visão.. ela é que dá a cognição. Lesão nessa região terá como
consequência a demência.
● O que vamos falar é decidido aqui, envia para broca, pelo feixe arqueado, e lá que será
executada a fala
● Por ser mais desenvolvido, normalmente começa a ser usado em maior grau que o direito.
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@med.rafaelafarias
● Já nascemos com esse lado maior e começamos a usar muito esse lado, ao tentar falar,
etc.
● Prosódia: entonação na fala e ca no lado direito. Se não houvesse isso, a voz seria
robótica e de difícil compreensão. São complementos com especializações diferentes. Os
dois hemisférios se comunicam pelo corpo caloso.
● Após o acidente:
○ A barra destruiu o pré frontal (raciocinio), sistema límbico.. foi como ter feito uma
lobotomia
Resumo: Córtex pré frontal: responsável pela memória de trabalho, curta duração, é útil para
função do dia dia. Memória explicita: tempo passado recente, armazena no hipocampo, o que fez
ontem, semana passada… se a informação tiver algum componente emocional ou repetição, será
transmitida para o hipocampo para locais de armazenando a longo prazo.
● Perda de ambição.
2. Estagio inicial de interpretação no giro angular (é pré interpretativa da palavra escrita). Se tiver
problema no giro angular, a pessoa terá dislexia. Porque a palavra chega no Wenicke sem
interpretação prévia.
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@med.rafaelafarias
3. Interpretação das palavras (Wernicke)
4. Repete 4, 5 e 6.
● Afasia auditiva – surdez para palavras. Não tem compreensão do que escuta escuta.
● Afasia global – lesão muito extensa na área de Wernicke, pessoa totalmente demenciada
para a compreensão da linguagem e comunicação.
● Afasia motora – perda da área de Broca. A pessoa é capaz de decidir o que quer dizer,
mas não consegue emitir as palavras corretamente. É di culdade no momento da
articulação da fala.
● Comissura anterior – conexões entre as porções anteriores dos lobos temporais. Uni ca
as respostas emocionais dos dois lados do cérebro. Comunica os dois lobos temporais.
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@med.rafaelafarias
Sistema nervoso autônomo e medula adrenal
SNA:
● Porção do sistema nervoso que controla a maioria das funções viscerais do organismo
atuando de forma rápida e intensa, é involuntário. Diferente do somático que controla a
parte de musculatura esquelética, é voluntario.
○ Vamos ter bras vindo de diferentes órgãos (aferentes), chegam na medula, tronco
ou hipotálamo, e desencadeiam respostas re exas pela parte efetora do SNA, que
são os ramos simpáticos e parassimpático.
● Sinais eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo através das divisões
SNA simpático e SNA parassimpático.
Anatomia do SN Simpático
● Cadeia paravertebral (paralela a coluna vertebral) de gânglios simpáticos (interconectada
com a medula através dos nervos espinais). Existe um local de sinapse entre o neurônio
que está vindo da medula e o neurônio que está saindo da cadeia, é uma cadeia
simpática.
● Vamos ter também gânglios pré-vertebrais, que não estão na cadeia simpática, estão fora.
● A SN autônomo sempre compreenderá dois neurônios para ter sua resposta efetora
● Do nervo espinhal, as bras simpáticas passam pelo ramo comunicante branco para a
cadeia simpática. Então, o neurônio deixa o nervo espinhal e entra na cadeia simpática
por meio do ramo comunicante branco. Esse ramo faz a comunicação do nervo
espinhal com a cadeia simpática, é chamado branco porque passam neurônios
mielinizados.
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@med.rafaelafarias
● Após entrar na cadeia simpática, o que acontece?
○ 1. Uma das hipóteses é fazer sinapse com neurônio pós ganglionar no gânglio que
entra.
○ 3. A terceira opção é não fazer sinapse na cadeia, passar reto e fazer sinapse nos
gânglios pré vertebrais.
■ Essas são as três opções que sinapses. Uma delas realiza sinapse no local
de entrada, ascender/descender e faz sinapse em outro gânglio ou
simplesmente atravessa a cadeia para fazer sinapse fora dela.
Anatomia do SN Parassimpático
● Fibras deixam o SNC:
○ Pelos nervos cranianos (III, VII, IX e X). O principal que irá originar é o X (é o vago),
será responsável por 75% da inervação. Inerva a parte do coração, respiração,
toda parte gastrointestinal… até metade do intestino do grosso. A outra metade é
feita pela região sacral que conclui a inervação. O VII e IX inervam as glândulas
salivares.
● Sempre existirá o neurônio pré ganglionar, que sai da medula ou tronco, realiza sinapse
com o pós ganglionar. Mesma característica de ter e não ter mielina.
Neurotransmissores x Receptores
● Sempre temos uma sinapse entre o neurônio pré e o pós. É sempre colinergica, o que
signi ca que o NT é a acetilcolina. Sempre ocorre num gânglio, seja o lugar que for.
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@med.rafaelafarias
● O receptor do neurônio pós ganglionar é nicotínico, é um receptor ionotropico (aquele que
é canal iônico, aberto pelo ligante = acetilcolina)
○ Isso faz sentido porque quando temos uma descarga de adrenalina, em resposta
de luta e fuga, não seria bené co ocorrer a vasoconstrição das coronárias, já que
esse coração estará trabalhando mais e precisa de maior volume de sangue.
Então, o mesmo NT que gera vasoconstrição do vasos sanguíneos periféricos,
gera a vasodilatação das coronárias, para que passe mais sangue por elas.
● Glândulas
○ A resposta não será totalmente antagônica. As glândulas salivares são inervadas,
predominantemente, pelo parassimpático. A simpática não é tão signi cativa. O
parassimpático quando estimula essas glândulas, aumenta a produção de saliva e
a saliva que parece uma solução, é rica em enzimas necessárias para processar o
alimento ingerido, está associado com a fase da digestão. Faz o mesmo com
outras glândulas, como as que secretam o acido clorídrico no estômago.
○ Já o simpático, também estimula a secreção das glândulas salivares, mas não uma
secreção aquosa, é uma secreção mais concentrada, rica em muco. Sensação de
boca seca.
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@med.rafaelafarias
○ A maioria dos órgãos tem inervação dupla (simpático e parassimpático), as
glândulas sudoríparas são a exceção, pois o suor é uma função apenas do
simpático. Não tem inervação parassimpático.
○ O simpático não tem um efeito muito potente aqui, mas se ele for fortemente
estimulado, poderá inibir as funções gastrointestinais, principalmente o
peristaltismo.
● Parassimpático: diminuição da FC. Inerva a região dos átrios, tem um papel muito
importante na FC.
● Efeitos mais duradouros por ser hormônio, então precisam ser removidos do sangue pode
levar 5 min.
● Aumento da FC.
● O tônus faz com que o vaso esteja sempre parcialmente contraído. Se quiser contrair
mais, aumenta o tônus através de excitação, se quiser dilatar, diminui o tônus.
● Tônus simpático
● Tônus parassimpático
● Gastrointestinais:
○ Secreções digestivas
○ Ejaculação: simpático
● Aumento da FC
● Aumento da PA
● Broncodilatação
● Midríase
● Aumento da glicemia
O coração está localizado na cavidade torácica, situado em uma região anatômico chamado
mediastino. Essa região ca entre os dois pulmões (lateralmente), limitada anteriormente pelo
esterno e posteriormente pela coluna vertebral, por baixo é o diafragma (músculo que separa a
cavidade torácica da abdominal).
O coração ca 2/3 deslocado para o lado esquerdo, possui um formato cônico, tem um ápice
(embaixo, aponta para o lado esquerdo, é a pontinha do ventrículo esquerdo) e uma base (para
cima). O ápice quase encosta no diafragma, falamos que o coração possui faces, a face
diafragmatica é voltada para baixo, contra o diafragma, possui a face direita que está contra o
pulmão direito.
● Todo sangue que chega no coração, chega pelos átrios, pelas veias.
● As veias cavas trazem o sangue de todo corpo para o átrio direito, o sangue entra pelo átrio
direito, passa pelo ventrículo direito e é levado pelas artérias pulmonares para os pulmões.
○ Então, a circulação direita recebe sangue pobre em O2, que está sendo recolhido do
corpo inteiro para ser levado para os pulmões pelas artérias pulmonares para ser
oxigenado.
○ Esse sangue volta dos pulmões para o átrio esquerdo pelas veias pulmonares, volta rico
em O2, é levado para o ventrículo esquerdo que envia o sangue rico em O2 pela aorta,
para todo corpo novamente, para que ocorra a distribuição nos tecidos.
● O ventrículo direito é responsável pela nossa circulação pulmonar, ejeta para dentro dos
pulmões, enquanto o ventrículo esquerdo é responsável pela circulação sistêmica, ejeta para
a aorta que leva para o corpo todo.
○ Por ex: o ventrículo esquerdo para ejetar para dentro da aorta tem que vencer uma
pressão de 80 mmHg, já o direito para ejetar para dentro de uma pulmonar, precisa
apenas vencer 8 mmHg (10x menor), isso se re ete no músculo cardíaco, na espessura. O
ventrículo esquerdo é muito mais espesso devido a hipertro a siológica, já que tem mais
carga de trabalho. Suas paredes são mais grossas
● Fibras curtas, composta por varias células e muito rami cadas, por isso são dispostas em
malha, unidas umas as outras pela membrana plasmática uma da outra, as membranas se
fundem. A parte da membrana que se une uma a outra são chamados de discos intercalados.
● Contração sincicial
○ Essa divisão do músculo cardíaco em dois sincícios (átrio e ventrículo) funcionais permite
que os átrios se contraiam antes da contração ventricular, o que é importante para a
e ciência do bombeamento cardíaco, uma vez que o sangue chega pelo átrio, ele precisa
contrair um pouco antes do ventrículo que é para colocar esse sangue do átrio para o
ventrículo, para que, então, o ventrículo consiga bombear para dentro das artérias.
■ Temos também as válvulas semi lunares, são as que estão entre o ventrículo e as
artérias.
● Fase 2 - Platô,
● A fase de despolarização é realizada por canais de sódio e canais lentos de cálcio. Entra
sódio e cálcio na célula (diferente do esquelético que o cálcio não participava), ao chegar la
em cima, os canais de sódio já estão fechados mas os de cálcio ainda não pois são lentos,
então terá uma fase pequena de repolarização em que os canais de potássio se abrem mas
como ainda tem cálcio entrando na célula, se equilibra com o potássio que tá saindo e o
cálcio que está entrando, o que gera o efeito platô. Chega um momento em que os canais de
cálcio já estão fechados e o potássio continua saindo da bra, ocorrendo a repolarização até
chegar no repouso.
○ No músculo estriado o PA que excita é rápido, clássico. Primeiro tem o PA, esse PA faz
com que saia cálcio do retículo e aí vem a contração muscular.
Acoplamento excitação-contração
● Similar ao esquelético, aqui também temos os túbulos T, a diferença é que o tubulo é mais
curto e mais largo, signi ca que tem muito mais LEC, como o diâmetro é muito maior esse
LEC banha mais os túbulos T, é importante pois o cálcio que entra no LEC para fazer a
contração entra pela membrana do tubulo T.
● Então, a membrana plasmática é excitada e abre os canais de sódio e cálcio. O cálcio que
está entrando já realiza a contração muscular e também faz com que o cálcio que está no
retículo seja liberado. O cálcio que entra se liga a receptores na membrana do retículo que
fazem liberar mais. Os dois cálcios juntos (do LEC e retículo) são os responsáveis por
promover a contração do miocardio, o restante é igual ao do esquelético. (Cálcio atraído pela
troponina, desloca tropomiosina, expõe o sitio de ligação da miosina na actina, as duas se
ligam, promovem o deslizamento dos prolongamentos..)
● Precisamos tanto do cálcio do LEC como do retículo pois o cálcio do LEC não é o su ciente
como é no esquelético, pois lá o retículo era muito desenvolvido e grande, com muita
concentração, aqui o retículo é pequeno e subdesenvolvido, então o cálcio que está
● Quando temos diminuição do cálcio no LEC, podemos ter fraqueza no batimento cardíaco,
comprometimento. É difícil de ocorrer pois a concentração de cálcio é controlada pelo PTH,
que mantém a todo custo os valores homeostaticos.
● No momento do relaxamento o cálcio precisa ser removido, de volta para retículo e LEC.
Retorna para o retículo por meio de bombas de cálcio com utilização de ATP, transporte ativo
primário. Para o LEC, retorna por um contratransporte com o sódio, transporte ativo
secundário, a medida que o sódio entra, o cálcio é colocado para fora (o sódio será colocado
para fora pelas bombas de sódio/potássio).
● RESUMO:
● Excitação (Despolarização)
● CONTRAÇÃO
Ciclo cardiaco
● Sístole
○ Contração ventricular (já estão cheios de sangue mas só ejeta quando a pressão tiver
maior do que nas artérias)
● Contração isovolumétrica
○ Todas válvulas fechadas, embora já tenha uma quantidade sangue e já haja contração das
paredes, ainda não há pressão o su ciente para abrir/empurrar as válvulas para frente.
Mantém o volume constante mas aumentando a pressão pois aperta as paredes. Até
chegar em 80 mmHg.
● Diástole
○ Relaxamento ventricular
● Relaxamento isovolumétrico
○ Todas válvulas fechadas, está relaxando o músculo e ainda não está recebendo sangue
● Contração atrial
○ Válvulas AV abertas, é no nal da diástole, essa contração enche os 20% necessários.
Após essa fase, passa para diástole.
● Volume diastólico nal: é o volume que tem no coração no nal da diástole, ou seja, o quanto
o coração encheu. Normalmente é 120 mls.
● Volume sistólico nal: Após encher e ejetar, ca um volume residual, um “resto”. Ao redor de
50ml.
● VE (volume ejetado) = VDF (volume diastólico nal) - VSF (volume sistólico nal)
● VE = 120 - 50, o ejetado foi 70 ml.
○ Quando está enchendo em um valor normal, ele tem uma sobreposição X que ainda não é
a ideal, é su ciente para ejetar 70 ml mas a medida que aumenta o volume/enchimento,
estira o músculo cardíaco e leva para uma sobreposição ideal, o que faz car mais
e ciente a contração, só que isso possui um limite siológico.
● Nó Sinoatrial –
○ Sua despolarização gera o PA que se dissemina pelo miocárdio.
○ Quando esse nó se excita, emite a excitação para o átrio e para bras condutoras,
chamadas bras vias internodais, chegando no segundo nó.
● Feixe A-V–
● Fibras de Purkinje–
○ Alta permeabilidade (junções gap), distribuição quase instantânea do impulso por todo
músculo ventricular. Tem ramo direito e esquerdo, possuem muitos GAP, então distribui de
forma muito rápida.
● Então, essas bras especializadas estão muito próximas do limiar, nunca estão em repouso
completo. Estão sempre despolarizando pois são muito permeáveis ao sódio e cálcio.
Possuem como característica a auto excitação porque a voltagem está muito perto do limiar.
Estão sempre disparando PA. Isso é chamado de marca-passo.
● Nó sinoatrial: 70-80/min
● Nó atrioventricular: 40-60/min
O que é o eletrocardiograma?
● Essa atividade elétrica é transmitida pelos líquidos corporais até a superfície do corpo.
Colocando eletrodos na superfície da pele, captamos a atividade.
O ECG normal
● Onda P – despolarização atrial (sempre começa nos átrios, no nó sinoatrial), essa diferença
de potencial elétrico gerada pelo músculo atrial, durante a despolarização, é captada pelos
eletrodos, formando a onda P.
● Ex: consideramos uma bra muscular que está despolarizando e repolarizando, depois que
está toda despolarizada (no topo do grá co), a linha embaixo (do eletrodo) ca contínua
porque não tem diferença de potencial entre uma extremidade e outra da onde estão
localizados os eletrodos, então temos uma linha base.
● Durante a despolarização em que temos uma parte da bra que está ocorrendo in uxo de
sódio e cálcio, ou seja, está cando negativa fora e positivo dentro, e a outra parte ainda não
está, o eletro registra pois existe uma diferença de potencial, ocorre uma mudança de
voltagem.
● Quando está repolarizando, temos diferença de voltagem também, temos a onda T. Quando
está totalmente repolarizada, volta para linha de base até a próxima contração.
● Todo o músculo cardíaco que está gerando PA e são diferentes. Tudo isso é captado no
eletro. Os diferentes músculos cardíacos possuem propriedades especiais, ex: o sistema de
condução, bras auto excitáveis, possuem a característica de marca passo, pararem de
forma ritmada. As bras condutoras tem capacidade de conduzir a condução e as do
miocárdio possuem a função de contratilidade.
● A excitação do nó sinusal leva a despolarização do músculo atrial, com seu PA. A excitação
do nó eleva a onda P, chega no nó A-V, é transmitida pelo feixe atrioventricular, ocorre a
excitação das bras de purkinje que irá culminar com a excitação do miocárdio, o que gera o
PA clássico com platô, que é detectado pelo complexo QRS.
● Não vemos a repolarização do átrio pois ela ocorre embaixo do complexo QRS, o átrio
despolariza e repolariza em seguida, normalmente é sobreposta no traçado pela
despolarização do ventrículo.
Ex: segmento S-T: começa na onda S do nal do complexo QRS até o início da onda T.
○ Podemos ver de algumas formas. Uma delas é usar o quadradinho pequeno, dividimos
1500/número de quadradinhos entre complexo QRS. Para saber a frquencia que está
batendo um minuto, podemos dividir 1500 pelo número de quadradinhos, temos 21 de R
a R: 1500/21 = 72 bpm.
○ Uma outra forma é 300/número de quadrados grandes entre dois picos. Ex: 300/4 = 75
bpm.
○ Normalidade é de 60 à 100/min
● A despolarização cardíaca tem início no átrio que entra no septo interventricular cardíaco,
não se dá de forma simultânea.
○ DII: Usa-se o braço direito e a perna esquerda. Aferindo a atividade do lado direito e do
ápice esquerdo do coração.
● Derivações torácicas:
○ V1, V2, V3, V4, V5 e V6 (espaços intercostais).
● Ritmo regular.
● Se o nó sinusal parar, o nó A-V assume de forma bradicardico pois seu ritmo é mais lento. A
mudança de marcapasso altera o ritmo.
● Vias anormais de transmissão dos impulsos, pois o coração é uma célula excitável.
● Taquicardia sinusal
○ Pode ocorrer de forma siológica, ex: ativar o simpático pela atividade sica. Essa
taquicardia é sinusal, quem está determinando é o simpático, serve para suprir a
demanda de oxigenação tecidual. Sempre que fazemos atividade física, ele é ativado. É o
responsável pelo aumento de pressão e taquicardia na atividade.
○ Cafeina e nicotina (drogas em geral) são substâncias químicas que interagem com
receptores da norepinefrina, ou seja, aumentam a frequência cardíaca.
● Bradicardia sinusal
○ Até 60 bpm
○ Sono profundo: temperatura diminui, frequência diminui…
○ Hipotermia
○ O parassimpático desacelera.
■ Uma das coisas pode ser por estimulo do nervo vago, através da acetilcolina, diminui
a FC porque abre canais de potássio na membrana e é um cátion intracelular, se ele
sair da célula, ca mais negativa, ou seja, hiperpolarizada.
■ Ficam mais longe do limiar, di cultando a excitação pelo sódio, cam mais difíceis de
serem excitadas.
○ Bradicardia siologica: nos atletas. A cada vez que o coração ejeta, em repouso, é 70 ml,
dá em média 5 L/min de debito cardíaco normal. Se recebe a mais, é sobrecarga. Quem
leva para os tecidos é os capilares, então esses 5 L/min é o ideal para os tecidos
manterem, sempre é controlado, nunca recebe em excesso.
● Bloqueio atrioventricular
○ Uma diminuição na condução do impulso pelo feixe AV
○ Causas:
■ Isquemia das bras dos nós ou das bras condutoras. É a causa mais comum desse
bloqueio, é a falta de uxo sanguíneo, afetam o sistema de condução.
■ Compressão das bras condutoras, ex: cicatrizes na região, reparos em geral pois o
músculo não regenera, então haverá tecido broso da cicatrização, o que poderá
comprimir a região; tumores benignos.
■ In amação dos nós ou das bras condutoras, muito comum nas válvulas cardíacas,
miocardite (febre reumática, compromete o miocárdio),
● Excesso de café, cigarro, alcoolismo, substancias químicas que excitam de forma ectopica o
miocardio. Está fora do lugar normal, algo está excitando, por isso é chamado ectopica
○ De cit de pulso: como a contração foi prematura, não da tempo do ventrículo encher
adequadamente, então não foi sangue su ciente na ejeção, não dá para sentir no pulso.
○ Onda P ocorreu cedo demais no ciclo cardíaco. (Sentimos o pulso na artéria radial)
Taquicardia paroxísticas
● Não é siologica.
Sistema Circulatório:
● Circulação sistêmica (84%) ou grande circulação: leva sangue oxigenado do VE pela aorta
para todos os tecidos do corpo, retorna pelo AD pelas veias (pobre em O2), o VD impulsiona
o sangue pelas artérias pulmonares para a pequena circulação, onde será oxigenado, retorna
para o AE (ciclo abaixo).
● Circulação pulmonar (9%) ou pequena circulação: local onde é oxigenado, retorna pelo AE
pelas veias pulmonares e continua o ciclo.
Tipos de Vasos:
● Artérias: fortes, espessas, musculosas (músculo liso), diferenciam-se das veias pelas bras
elásticas, por meio da retração das bras elásticas é que elas impulsionam o sangue pelo
sistema arterial, transportam sangue sob alta pressão para os tecidos através das arteríolas
(ramos nais), concentram 13% do volume sanguíneo total.
● Arteríolas: ramos nais do sistema arterial, importante papel de controle do uxo sanguíneo
para cada tecido de acordo com a sua necessidade (7% de volume sanguíneo para capilares
e vênulas). Faz a regulação sanguínea nos tecidos pela capacidade de contrair e relaxar. Das
arteríolas, o sangue segue para os capilares. Possuem células musculares lisas, o que ajuda
na regulação também. Os únicos vasos que não possuem essas células são os capilares.
● Capilares: é somente uma camada de endotélio, isso facilita as funções. É único vaso que
não tem tecido muscular liso, possui função de troca de gases e nutrientes, porosos e com
alta permeabilidade. Dos capilares, o sangue é recrutado para as vênulas.
● Vênulas: coletam o sangue dos leitos capilares (capilares) e desembocam nas veias.
● Veias: transportam o sangue de volta ao coração (64%) para recomeçar o ciclo. Possuem
uma parede muscular, porém mais na, mais delgada que as artérias. Por serem mais
“ ácidas” conseguem acomodar um volume de sangue maior.
5L de sangue
9% - Circulação pulmonar
7% - Circulação cardíaca.
● Na aorta, quando ejeta chega a 120. O que só ocorre quando a pressão na aorta cai a 80.
Então a mínima pressão será 80 mmHg.
● Quando entra nos capilares a pressão está em 30 mmHg do lado arterial. Deixa o leito capilar
com 10 mmHg do lado venoso.
● A medida que ui pelas veias, perde pressão. Chega no átrio com a pressão de 0.
● No lado direito do coração é a mesma coisa, só que com pressão bem menor.
● O ventrículo direito faz diástole (0) e sístole, não ultrapassando os 25 mmHg na sístole. Na
artéria pulmonar, quando recebe a sístole do VD, chega até 25 mmHg também mas a diástole
cai para 8 mmHg e não 0. A pressão cai ao chegar nos capilares e vênulas.
● Recomeça o ciclo.
1. Fluxo sanguíneo tecidual é regulado pela necessidade de cada tecido, pois possuem
demandas diferentes. É regulado por ele mesmo.
2. O débito cardíaco (volume de sangue ejetado pelo coração em um minuto) é a soma de todos
os uxos teciduais locais.
Lei de Ohm: Fluxo = ∆P/R (diferença de pressão dividido pela resistência). Quanto maior a
diferença de pressão, melhor o uxo, é diretamente proporcional. Inversamente proporcional a
resistência, quanto maior a resistência para o sangue passar dentro, menor é o uxo.
Pressão: Força exercida pelo sangue contra uma unidade de área da parede vascular. A
diferença de pressão, do lado arterial para o venoso, é importante para que tenhamos uxo
sanguíneo. Se a pressão for a mesma em ambos, o sangue não circula.
Resistência: Impedimento ao uxo sanguíneo, di culdade para que o uxo passe. Normalmente,
essa resistência é dada pelo atrito entre o sangue e a parede do vaso. O diâmetro do vaso
in uencia enormemente na resistência, pois o centro não tem tanto atrito então quanto maior o
diâmetro, maior a parte central.
○ A grande maioria do sangue que ui pelos nossos vasos tem esse caráter laminar.
● Fluxo turbulento:
○ Quando a intensidade do uxo for muito elevada e ele se chocar contra as paredes, a
intensidade é tão forte que faz “redemoinhos". Pode ocorrer na aorta, pois logo que o
sangue ejeta para dentro, temos um uxo turbulento. Depois adquire o laminar.
○ Se o diâmetro for no, terá mais atrito, pois não tem tanta camada central para uir, então
o sangue ca sofrendo atrito, o uxo acaba sendo baixo por ter um diâmetro pequeno. A
medida que o diâmetro aumenta, o uxo também aumenta porque terá o uxo laminar e
várias camadas contrais que uem com facilidade, só a periférica sofre atrito.
○ Quando falamos que o uxo é com menor resistência, uma forma de chamar isso é:
condutância, lei da 4 potencia. Um vaso de grande calibre, que apresenta uma resistência
muito menor ao uxo, terá uma alta condutância. Vasos com diâmetro muito pequeno,
com alta resistência, tem menor condutância.
○ Mulheres: 38.
Hematócrito X Viscosidade
● Hematócrito Normal = Viscosidade normal
● Anemia = Viscosidade baixa (sangue circula com mais facilidade pois tem menos hemácias)
● Policitemia = Viscosidade alta (sangue circula com maior resistência, excesso de células)
● A viscosidade do sangue é estável a não ser que tenha um processo anêmico ou produção
de células sanguíneas. Em condições normais, não apresenta no dia a dia resistência à
circulação o que in ui é o diâmetro do vaso.
● Quanto maior for a pressão, maior será o uxo para o tecido, pois é a pressão que impulsiona
o uxo para dentro do vaso.
Inibição simpática:
● Vasodilatação.
● Cada tecido é capaz de ajustar sua resistência vascular e manter o uxo sanguíneo normal
durante alterações na pressão entre 70 e 175 mmHg. Graças as arteríolas que possuem a
capacidade de ajustar a resistência.
● Nessa faixa, o uxo do sangue para os tecidos se mantém normal com uma mínima
oscilação, isso devido à capacidade das arteríolas de ajustar sua resistência e manter o uxo.
Distensibilidade Vascular:
● Todos os vasos sanguíneos são distensíveis, distendem suas paredes ao receber uxo
sanguíneo.
● Artérias: paredes espessas e fortes, natureza elástica. Acomodam o volume ejetado pelo
coração. São pouco complacentes, retrai as bras elásticas e impulsiona o volume para
frente, sem conseguir acomodar.
○ Injeta-se soluções nas vias venosas, pois a complacência impede que o líquido recebido
aumente a pressão vascular.
● Sistema arterial: normal ao redor de 700 ml de sangue no leito arterial, pequenos aumentos
de volume aumentam enormemente a pressão dentro do sistema.
● Sistema Venoso: normal ao redor de 2500 ml de sangue no leito venoso, pode-se aumentar
até 1l de sangue a pressão aumenta pouquíssimo, devido a alta complacência do sistema
venoso.
● Devido a essa alta complacência do sistema venoso que somos capazes de receber
transfusões/infusões na veia.
● Pressão diastólica (PD): Pressão arterial mínima ocorrida antes da ejeção ventricular
(80mmHg.). No momento do relaxamento.
○ PP= PS-PD
● Pressão arterial média (PAM): Impulsiona o sangue para os tecidos durante todo o ciclo
cardíaco.
○ Nosso coração ca mais tempo em diástole (maior duração) do que sístole e isso precisa
ser levado em consideração no cálculo.
○ Complacência arterial.
Insu ciência aórtica: A válvula não funciona mais, ca sempre aberta. A PD não consegue ser
mantida em 80 mmHg caindo para 40 mmHg, sofre re uxo para o ventrículo, chegando baixa a
pressão na aorta.
Pressões Venosas:
● Pressão venosa central – pressão no átrio direito (0 mmHg).
● Todo sistema venoso está levando o sangue de volta para o coração, refere-se ao átrio. A
pressão sistêmica está indo para o átrio direito.
● Garantido pela:
○ A tendência do sangue uir das veias periféricas para o átrio direito (retorno venoso);
○ Colapso da primeira costela, as veias sofrem uma angulação para passar na primeira
costela, o que comprime as veias na região gerando um aumento de resistência para o
uxo passar.
○ colapso por pressão abdominal devido às vísceras e a própria pressão intra abdominal.
● Isso tudo faz que a pressão nas veias periféricas de uma pessoa deitada seja de 4-6 mmHg.
● Pela ação da gravidade (em pé) e o consequente peso do sangue, a pressão venosa sofre um
aumento considerável quando a pessoa se levanta, podendo chegar até 90 mmHg.
● Esse retorno venoso do sangue nos membros inferiores para o coração, por meio das veias,
ca extremamente di cultado, pois é uma grande diferença de pressão. Esse sangue está
vindo do sistema arterial sob alta pressão, entrando nos capilares com pressão de 30 mmHg,
passa pelo leito vascular, sai do lado venoso do leito vascular com 10 mmHg e precisa subir
● Para conseguir vencer essa pressão e retornar o sangue de volta ao coração, as veias
contam com a ajuda de alguns mecanismos:
○ Válvulas das veias: Válvulas proximais e distais ajudam no retorno venoso do conteúdo
sanguíneo ao miocárdio, evitando que o mesmo volte para as extremidades inferiores ou
ceda à gravidade, pois possuem a característica anatômica de abrir somente no sentido
que conduz o sangue em direção ao coração.
○ Estase Venosa: Sangue acumula-se nos membros inferiores e não consegue retornar ao
coração. Obs: quadros de desmaios em soldados obrigados a car de pé em
determinada posição sem se mexer (comprometimento cardiovascular).Logo após o
desmaio, o paciente já recupera consciência pois ao deitar o sangue já retorna ao
miocárdio e volta a ser bombeado normalmente.
● Se a veia car muito cheia de sangue por um longo período, elas afastam suas paredes, os
folhetos valvares não conseguem cumprir sua função, não conseguem fechar.
○ Pode ser causada por: Gravidez, pessoas que passam muito tempo em pé,
envelhecimento pois perde a elasticidade.
○ Tudo isso são as veias varicosas, são as varizes. É um sangue parado, não está uindo e
podem ser dolorosas pela distensão do vaso.
● Fígado: parte venosa do fígado coloca na circulação sistêmica algumas centenas mls de
sangue.
➡ Temos uma extensa rede de capilares, 10 bilhões, fazendo uma área de 700 m2.
Estrutura da microcirculação
✦ O sangue chega pelo lado arterial para microcirculação.
✦ Arteríolas: muito musculares. As arteríolas entram na rede capilar, diretamente nos capilares
ou em metarteríolas. Os capilares podem se originar diretamente das arteríolas ou de
metarteriolas, a diferença entre elas é que a meta não tem o músculo liso continuo como na
arteriola. Na arteriola, a camada reveste o vaso, a meta possui anéis de músculo liso na volta
do vaso, não é uma camada continua, é intermitente.
✦ Esfíncter pré-capilar: são os anéis de músculos lisos na entrada de cada capilar. O que
signi ca que é o ultimo ponto de controle, se a musculatura contrair, fecha completamente a
microcirculação. Tem situações que queremos interromper o uxo e, para isso, contrai o
esfíncter para que nenhum sangue entre na rede. O oposto ocorre com os vasos dilatados.
Esse sangue percorre o leito capilar, é recolhido pelas vênulas, que é o lado venoso da micro.
✦ Vênulas: maiores que as arteríolas em relação ao diâmetro, com camada muscular mais
fraca. O lúmen da vênula é maior do que arteriola.
✦ O lado venoso possui mais rami cações, isso é importante para compensar a ltração, pois
ltramos muito mais do que reabsorvemos.
✦ Entre uma célula endotelial e outra, temos fendas/espaços/poros. Isso é muito importante
pois é por esse local que ocorre a troca/extravasamento do plasma para o tecido. Essas
fendas normalmente possuem um diâmetro que permite a passagem do plasma com todos
os constituintes, exceto as proteínas plasmaticas. As proteínas não deixam o plasma, devido
ao diâmetro das fendas. A maior parte da troca entre capilar e tecido é através das fendas.
➡ Cérebro: junções oclusivas, ou seja, as células unidas com as junções. Os capilares não
possuem essa alta permeabilidade.
➡ Fígado: fendas muito abertas, alta permeabilidade, inclusive com proteínas plasmáticas.
➡ Rins: presença de fenestrações para possibilitar a ltração.
Trocas entre o sangue (dentro do capilar) e o liquido intersticial (tecido que está
recebendo): difusão simples através da membrana capilar (fendas/poros)
✦ Subst. lipossolúveis, não precisam passar pela fenda, atravessam o endotélio, diretamente.
✦ Subst. Hidrossolúveis, os íons etc., precisam passar pelas fendas. Como toda difusão, será
de acordo com o gradiente de concentração, ou seja, o sangue que chega em um capilar
entrega o oxigênio para um tecido porque o gradiente está mais concentrado no arterial,
então o gradiente no tecido é menor. Se o metabolismo do tecido estiver produzindo CO2, a
concentração é maior no tecido, então o CO2 difunde para dentro do capilar.
✦ O plasma que está saindo do capilar e está sendo jorrado para se misturar no liquido
intersticial, forma um gel tecidual (não é uido):
➡ Gel tecidual - combinação dos lamentos de proteoglicanos com o liquido retido entre
eles. Correntes e vesículas de líquido livre (menos de 1%). 99% está na forma de gel
impregnado. Quando temos edema (aumenta do volume intersticial), o volume que
aumenta é a parte livre, con gurando um edema.
➡ Pressão capilar (PHc): é a pressão hidrostática do capilar, pressão que o sangue exerce
na parede do capilar. É uma força que favorece a ltração, pois empurra o sangue
através das fendas/poros. Quanto maior a pressão, maior a ltração.
✦ Soma as duas forças que favorecem a ltração e diminui das duas que favorecem a
reabsorção. É necessário o calculo para saber o quanto está ltrando no leito capilar.
✦ A pressão hidrostática do capilar é 30mmHg, vem pela aorta no momento da ejeção com 120
mmHg, perde a pressão quando chega nas arteríolas e entra em um leito capilar com 30
mmHg. A pressão hidrostática do leito capilar é 30 mmHg. Na saída do leito venoso, é 10
mmHg. Perde pressão a medida que passa pelo leito. Então: 30 mmHg no lado arterial, 10
mmHg no lado venoso.
✦ Normal é de 28 mmHg.
➡ 9 mmHg são consequência do sódio, potássio e outros cátions mantidos no plasma pelas
proteínas, pois as proteínas por terem carga negativa, atraem cátions – Efeito Donnan
(faz um efeito na pressão).
✦ Apesar do tamanho menor dos poros capilares em relação às proteínas plasmáticas, nem
todos os poros são iguais e pequena quantidade de proteínas extravasa para o líquido
intersticial.
✦ 8 mmHg.
✦ Do lado venoso, a pressão caiu para 10 mmHg. A pressão capilar 10mmHg; a pressão
intersticial nao mudou, continua 3 negativo; a pressão osmótica do liquido 8. Resultando 21
de e uxo. A pressão osmótica do plasma 28 mmHg (in uxo). O somatório da reabsorção é 7.
✦ Somatório:
✦ Todo nosso sangue passa por leitos capilares, nossos 5L passam pelos leitos. De acordo
com esses dados, estamos ltrando 13 mmHg (saindo do leito capilar para os tecidos) e
reabsorvendo apenas 7 (voltando).
➡ Os capilares venosos são mais numerosos e mais permeáveis que os arteriais – 90%
do líquido que foi ltrado é reabsorvido. Então, eles compensam a reabsorção. O lado
arterial estará ltrando 13 mmHg e o lado venoso, por ser mais numeroso e permeável,
consegue reabsorver 90% do que foi ltrado e não só a metade como o calculo acima.
➡ Os 10% de excesso de ltração ( ltração efetiva) devem retornar para a circulação pelos
vasos linfáticos. Caso não retorne, irá surgir edemas.
Sistema linfático
✦ É uma via acessória de retorno do líquido intersticial para o sangue.
✦ Função essencial de transporte de proteínas e partículas que não podem ser removidas por
reabsorção capilar, elas não conseguem voltar por reabsorção pelo seu tamanho.
✦ Toda circulação de membros inferiores.. está sendo recolhida e desemboca no ducto torácico
e entra na circulação sanguínea na bifurcação da jugular com a subclávia esquerda. Do braço
direito e região direita, entram pelo ducto linfático.
✦ Uma sobreposição das células endoteliais formam pequenas válvulas. A pressão do líquido
intersticial empurra a válvula para dentro do capilar linfático. Os 10% que estavam
acumulados, escorrem para dentro do capilar linfático. No momento que cai no capilar
linfatico, é chamado de linfa.
✦ Compressão externa dos tecidos, isso contribui muito com o uxo, ex: drenagem.
✦ Pressão osmótica diminuída do plasma, ex: problema no fígado e não produz albumina, se
ela diminui, não reabsorve tanto LI, então a pressão é aumentada e o uxo linfático.
✦ Pressão osmótica aumentada do líquido intersticial, ex: excesso de proteína plasmática no LI,
consequentemente, puxa liquido, aumento o uxo de linfa etc.
✦ Permeabilidade aumentada dos capilares, ex: terá um extravasamento maior, então aumenta
a pressão do LI e uxo linfático.
➡ Com uma pressão acima de 2 mmHg o uxo linfático estabiliza (platô) devido uma
compressão dos vasos linfáticos maiores. Acumulará liquido consequentemente, faz
edema.
✦ Suprimento de oxigênio
✦ Transporte hormonal
✦ É a arteriola que controla o uxo, quem determina sua dilatação é o tecido por meio de
localizadores locais.
✦ Pele: regulação da temperatura corporal, aumenta o uxo sanguíneo para haver troca de
calor com o ambiente externo, assim como em temperaturas frias, o uxo para pele é
diminuído para evitar a perda para o ambiente (além de todas as outras funções acima).
Vasocontraem para evitar a troca quando está frio.
✦ Sempre que aumentarmos o metabolismo de um tecido, aumenta o uxo sanguíneo para ele.
Ex: músculo esquelético que está em atividade física, o metabolismo está elevado, então
haverá maior uxo.
✦ Relação do uxo com oxigênio: quando o tecido está recebendo os níveis adequados de
oxigênio, temos um uxo normal mas quando diminui o oxigênio, aumenta o uxo para
receber mais O2.
✦ Controle local agudo por feedback do uxo sanguíneo, pois se um tecido está com o
metabolismo elevado e com nível diminuído de O2 (por estar consumindo muito ou
simplesmente baixo aporte), esse nível reduzido nao consegue manter o tônus vascular e
temos um relaxamento da musculatura. Quando relaxamos, aumentamos o uxo pelo tecido,
se aumentamos o uxo, corrigimos o nível de O2. Um clássico feedback negativo.
✦ Hiperemia reativa pode ocorrer em resposta a uma isquemia, quando temos uma isquemia
transitória por pequena obstrução, temos uma interrupção por uns 2 minutos para o tecido,
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@med.rafaelafarias
quando o uxo se restaura, temos um quadro de hiperemia compensatória, em resposta a
isquemia. Ocorre um excesso de uxo que dura, em média, o mesmo tempo do processo
isquemico e então volta ao normal.
✦ Sempre que aumentar a pressão arterial, aumenta o uxo no primeiro momento. Em seguida,
o uxo é corrigido para valores próximos do normal. Duas teorias explicam como o uxo se
mantem apesar da mudança na pressão:
✦ Teoria metabólica: se baseia no O2, quando aumenta a pressão, foi mais uxo, logo mais O2
e contração por ter substrato. É uma contração re exa pelo aumento do O2 e, com isso,
contrai o vaso e mantem o uxo adequado.
✦ A longo prazo, esse aumento de pressão arterial vamos conseguir um ajuste mais preciso do
que de forma aguda.
✦ Agentes vasoconstritores
➡ Norepinefrina
➡ Angiotensina II
➡ Histamina
➡ Temos as bras pré ganglionares que deixam a medula no simpático, passam pela cadeia
simpática e voltam pelo nervo espinhal, ramo cinzento. Por meio dos nervos espinhais
inervam a musculatura das áreas periféricas.
➡ O efeito do simpatico sobre os vasos ocorre em todos, exceto capilares, eles não são
inervados (e não possuem músculo liso).
✦ SNA Parassimpático
➡ Nervo vago: coração. A inervação ocorre pelo nervo vago, nos átrios. Temos uma
diminuição da FC através do NT acetilcolina.
✦ Área sensorial bilateral – situada no núcleo do trato solitário, recebe aferência dos nervos
vago e glossofaríngeo, trazem aferencias sensoriais da musculatura, principalmente da aorta
e carótidas, trazendo informações de pressão arterial, nível de oxigênio na circulação, etc.
Recebe aferencias para saber como está a “situação”. Conforme a informação chega, envia
bras eferentes para as áreas vasoconstritora ou dilatadora para realizar os arcos re exos.
Posterior ao bulbo.
✦ Quando o córtex motor está sendo excitado em uma atividade física, ocorrerá uma
modulação sobre o centro vasomotor, que ira ativar áreas vasoconstritoras, sendo
responsável pelo aumento da pressão arterial ao fazer atividade física.
✦ Quando temos uma descarga simpática sobre a circulação os eventos que ocorrem em
resposta a estimulação:
✴ Quando vasocontrai uma veia, temos uma diminuição do volume dos vasos pois
antes era muito complacente e com alto volume acondicionado, ao contrair, diminui o
volume, consequentemente, o sangue vai para frente, o que aumenta o retorno.
✴ diminui o volume desses vasos, aumenta retorno venoso, aumenta VDF (diastólico
nal), aumenta VE (volume de ejeção), aumenta PA. De acordo com a lei do Starling.
✦ A queda de pressão não ocorre porque ao mesmo tempo que as áreas motoras do SN se
tornam ativadas, o sistema de ativação reticular do tronco cerebral também é ativado, o
centro motor é excitado.
✦ Aumento da PA para se adequar a maior atividade muscular, para suprir essa musculatura.
✴ As informações do arco da aorta são levadas pelo nervo vago para o centro
vasomotor.
✦ Sistema tampão de pressão, pois se a pressão sobe, ele traz para baixo, se ela baixa, traz
para cima. Tudo de forma aguda, rápida no dia a dia. Por ser mecanorreceptor, ocorre
adaptação, então não funciona a longo prazo. Se a pressão ca cronicamente alta, o sistema
barorreceptor falha, pois ele se adapta a pressão elevada.
➡ Estão localizados no mesmo local anterior. No arco da aorta possui uma grande
concentração e na bifurcação das carótidas, mas ali são corpos carotídeos ao invés de
seio carotídeo.
➡ Muito e caz quando a pressão cai, pois os níveis de de O2 no vaso também caem
consequentemente, leva pela mesma inervação a informação de níveis baixos (nervo vago
-> nervo de hering -> glossofaringeo -> área sensorial do tronco). Isso faz com que deixe
de inibir o centro vasoconstritor, tendo um aumento da PA de forma re exa.
➡ Uma pressão baixa não possui uma remoção adequeada de CO2 e H, e o acúmulo
também excita os quimiorreceptores.
➡ Detectam elevações nas áreas de baixa pressão da circulação, causadas por elevações
no volume sanguíneo. São excitados sempre que forem estirados, o que ocorre só
quando tem um aumento de volume no átrio ou artéria pulmonar.
✦ Re exo de Bainbridge
➡ Sempre que houver maior pressão atrial, ocorrerá maior frequência cardíaca em até 60%.
➡ Grau de vasoconstrição é tão acentuado que alguns vasos periféricos sofrem oclusão
parcial ou total.
➡ Tudo isso para manter a pressão a níveis vitais, para que a pressão consiga vencer a
isquemia para levar o uxo de volta para o SNC.
Débito cardíaco
✦ Quantidade de sangue bombeada para a aorta por minuto. Considerando o ventrículo
esquerdo, que tem volume de ejeção de 70mls, e frequência de repouso normal de 72 bpm
(tem que multiplicar o ml pelo bpm para encontrar o débito), temos um débito cardíaco que
se arredonda em 5L bombeado por minuto. O debito sistólico é o volume ejetado a cada
sístole, o qual é 70mls.
✦ Quantidade de sangue que ui pela circulação. O volume que foi ejetado pelo coração segue
para circulação. Então, uma outra forma de calcular o debito é somar todo o uxo do corpo,
dará 5 litros também.
Retorno venoso
✦ Quantidade de sangue que ui das veias para o átrio direito por minuto.
✦ O débito cardíaco e o retorno venoso devem ser iguais um ao outro. Então, se o débito foi 5L,
aqui também será, pois é um circuito fechado.
✦ Exercício x Repouso, isso afeta o débito, em repouso é 5L, em atividade o débito aumenta
para suprir a demanda exigida pelo exercício.
✦ Dimensões corporais, os 5L é o normal para estatura média de 1,70 e 70kg, pessoas mais
altas e mais peso, haverá alterações.
✦ Idade, o débito cardíaco diminui com o envelhecimento. Existem dois fatores que contribuem
para essa diminuição: o nível do metabolismo que diminui e a dimensão corporal, o idoso irá
perder massa magra.
O débito cardíaco é controlado pelo retorno venoso, quanto maior o retorno venoso, maior
o débito. Os mecanismos siológicos envolvidos são:
✦ Lei de Frank-Starling, se o retorno venoso aumenta, enche mais o coração, logo enche mais
e ejeta com mais força, o que faz aumentar o débito.
➡ Existe um limite siológico. O coração passa a ser o fator limitante para a determinação
do débito cardíaco.
Grá co:
100 é uma resistência normal, débito cardíaco normal, etc. No lado esquerdo, diminui a
resistência, consequentemente, o débito está aumentando pois ui melhor, então o retorno
venoso aumenta também.
Exemplos:
O beriberi é o que mais aumenta o debito cardíaco porque diminui muito a resistência vascular, é
uma de ciência de vitamina B1, a qual é importante para manutenção metabólica, ela auxilia o
tecido a captar os nutrientes e o próprio O2, é essencial para a manutenção da atividade
metabólica dos tecidos. Caso ocorra de ciência, é como se o tecido estivesse isquêmico, não
recebe os nutrientes apesar de receber o uxo, então libera as substancias vasodilatadoras para
tentar captar os nutrientes que sem o B1 não consegue captar, então tem uma vasodiltação de
todas as arteríolas, é um problema sistêmico. Aumenta muito o retorno venoso e o débito, passa
do dobro.
➡ Aumento da pós-carga, se o coração para ejetar tiver uma pós carga muito elevada, ele
ejeta menos, é uma das variáveis do debito.
✴ Ex: hipertensão faz com que tenha uma pós carga alta.
✴ Arritmias
A curva azul mostra a experiência em um animal que foi desnervado, o sistema simpático foi
eliminado, no momento que aplica o estimulante metabólico não consegue manter o débito
porque a pressão despenca, já que não haverá a contração do simpático, os vasos dilatam pelo
metabolismo aumentado, a pressão cai, o que compromete o retorno venoso e não consegue
suprir a demanda. O experimento comprova que o sistema nervoso é fundamental para aumentar
o débito cardíaco e manter a pressão quando estamos sob alta demanda. Exemplo clássico é a
atividade física.
➡ Resistência ao uxo sanguíneo, quanto menor for a resistência, mais fácil é o retorno
venoso para o átrio com pressão 0.
✦ O aumento da pressão atrial diminui o retorno venoso, pois o aumento da pressão atrial
direita causa uma estase venosa. Ex: pressão em 7mmHg, zera o retorno venoso, isso ocorre
pela estase, pois as veias estão trazendo sob pressões muito baixa a pressão para o átrio, no
momento que o átrio passa da pressão venosa, o sangue para na veia (estase venosa).
Grá co: Pressão 0 no átrio direito é o normal, se subir no 0 do grá co, encontramos o retorno
venoso de 5L. Se tivermos uma pressão no átrio direito de +4, caímos para quase 2,5L, reduz a
metade do retorno venoso. Caso a pressão no átrio direito chegue a 8, o retorno ca no 0.
Se tivermos uma pressão de 7 mmHg no átrio, cará igual a pressão de enchimento que também
é 7 mmHg, também não teremos retorno venoso. Mas como o normal é ser 0 e a pressão de
enchimento 7 mmHg, essa diferença de 0 para 7 é o que garante o retorno venoso. Então, o
grá co de retorno venoso sempre começa na linha horizontal no 7, que é a pressão de
enchimento sistêmico siológica. Como a pressão no átrio é 0, essa diferença de pressão garante
que de 5L/min.
São duas formas de dobrar a pressão de enchimento: aumentando o volume sanguíneo e/ou
diminuindo a área vascular, uma vez que essa pressão é referente ao volume exercido dentro dos
vasos mesmo sem uxo, se aumentamos o volume, aumentamos a pressão, mas uma outra
forma é diminuindo a área vascular, ou seja, vasoconstrição, que é o que o simpático faz. Então,
quando temos uma estimulação simpática, aumenta muito a pressão de enchimento sistêmico
porque ele reduz a luz dos vasos. Isso favorece o retorno venoso e contribui para o aumento do
debito.
Situações que a pressão de enchimento sistêmico cai para metade, de 7 para 3,5 (linha azul):
pode estar correndo uma hemorragia, perdendo volume do vaso. A pressão de enchimento irá
cair, consequentemente, a pressão atrial e retorno venoso serão metade do normal.
✦ Relaxamento venoso por estresse, é uma características das veias, estiram pelo volume
maior de sangue e sofrem um estresse por esse estiramento abrupto, relaxam de forma
re exa (complacência), com isso, aumentando os reservatórios de sangue venoso no fígado,
veias abdominais e no baço.
✦ Em uns 30 minutos após a infusão, o debito já está normalizado mesmo com o volume
aumentado, graças a esses efeitos.
Grá co: em vermelho as curvas normais, pressão de 0 no átrio, debito e retorno de 5L. Mostra
que ao fazer estimulação simpática forte, vamos passar para as curvas verdes, aumentando o
retorno e débito. As duas curvas se modi cam porque com a estimulação simpática na curva do
debito, aumenta a FC e força de contração do coração, o retorno venoso aumenta pela
vasoconstrição provocada pelo simpático, isso aumenta a pressão de enchimento, deslocando a
curva, aumentando o retorno venoso (10L). O contrário (linha tracejada), é a anestesia na medula,
bloqueamos a inervação simpática, então não tem a estimulação simpática, o que diminui o
debito cardíaco e retorno venoso pela vasodilatação ocorrerá, uma vez que vamos perder o tônus
(sem estimulação simpática), e gerar menor pressão de enchimento e bradicardia.
➡ Arteríolas são vasocontraídas (exceto aquelas que suprem os músculos ativos). Isto é
responsável por aumentar em 2L/min o uxo para os músculos ativos.
✴ Artérias coronárias e cerebrais são poupadas deste efeito vasoconstritor pois tem
receptores beta-adrenérgicos, sofrem dilatação. (é a exceção)
Grá co: linhas pretas estão em repouso (pressão 0 e debito de 5L); linhas vermelhas debito e
retorno venoso em atividade intensa. Aumenta até 23L/min, pois a alteração da curva do debito
cardíaco pelo simpático, o qual esta fazendo o aumento da FC e forca de contração, isso já mexe
na curva do debito. Além disso, pela vasoconstrição venosa, aumenta muito a pressão de
enchimento, o que mexe na curva de retorno de venoso. A intersecção passa a ser lá em cima
(ponto B).
Tudo isso sem comprometer a pressão atrial (aumenta pouco) pela força e velocidade do
batimento.
A respiração é fundamental para levar oxigênio para os tecidos e expelir pela respiração os
produtos metabólicos que são gasosos como o CO2.
✦ Difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue (é a troca gasosa que
ocorre nos alvéolos).
✦ Regulação da ventilação.
✦ Repouso x Exercício
Para inspirar os intercostais estão relaxados. Os externos estão contraídos, para o externo estar
contraído, o interno deve estar relaxado. São antagônicos. O externo é quem eleva o gradil
costal.
✴ Reto abdominal (é músculo abdominal que contrai, puxa as costelas inferiores, diminuindo
o diâmetro do gradil)
Pulmões:
✴ É revestido pela pleura visceral, é a membrana que reveste o pulmão. A pleura parietal
reveste a cavidade torácica.
✴ Esse liquido permite o deslizamento do pulmão quando estão in ando e desin ando.
Funciona como um lubri cante.
✴ Esse espaço com liquido é considerado virtual de tão pequeno. Temos uma pressão
dentro, é uma pressão pleural negativa.
✦ Liquido pleural:
✴ Pleura visceral -> Pleura parietal
✦ Pressão pleural:
✴ -5 cm H2O (-3,6 mmHg), é negativo pela constante drenagem linfática do liquido.
✦ Pressão alveolar: pressão no interior dos alvéolos. São “saquinhos”, é o destino nal do ar
que entra.
✦ Expiração: Quando retrair a caixa torácica, relaxar o diafragma e expirar, a pressão pleural
retorna para o - 5 cm e a pressão alveolar retrairá suas bras elásticas e cará positiva, +1.
Agora o uxo se inverte e sai, o meio litro que entrou, irá sair.
✦ Pressão intrapleural: vamos ter uma variação de - 5 cm à - 7,5. Aumentamos 2,5 a pressão
intrapleural durante a inspiração.
Complacência pulmonar:
✦ Grau de expansão pulmonar (de receber ar) para cada unidade de aumento na pressão
transpulmonar.
2.Forças elásticas da tensão super cial do líquido que reveste as paredes internas dos
alvéolos. Esse liquido exerce uma pressão super cial.
✦ Na superfície interna dos alvéolos = força o ar para fora do alvéolo e induz o alvéolo a
colapsar. -> Força elástica de tensão super cial
✴ Na superfície interna ocorre o mesmo que acontece com a água em contato com o ar,
pois os alvéolos são saquinhos revestidos por células alveolares que são revestidas
internamente por uma película de liquido e chegando dentro desse alvéolo está chegando
ar. Isso gera uma tensão super cial.
✴ Para reduzir a tensão super cial precisamos de um liquido (surfactante), caso contrário,
não iriamos conseguir respirar, pois caria colabado.
✴ Secretado pelas células epiteliais alveolares tipo II (10% da área de superfície alveolar é
composta pelo tipo II).
✦ A tensão super cial alveolar cria uma pressão interna. Essa pressão tenderia a colapsar o
alvéolo, só que temos a variável dos alvéolos não serem do mesmo tamanho.
✦ Quanto menor o alvéolo, maior é a pressão de colapso. Nos menores, tem uma produção
maior de surfactante.
✦ VRI (volume de reserva inspiratório) = volume extra que pode ser inspirado (3.000ml)
✦ VRE (volume de reserva expiratório) = volume extra que pode ser expirado (1.100ml)
✦ VR (volume residual) = volume que ca nos pulmões após a expiração mais forçada
(1.200ml), é um volume que nunca sai do pulmão, não faz parte das trocas.
Capacidades pulmonares
✦ Capacidade Inspiratória VC + VRI = 3.500ml
✦ Ventilação-minuto: quantidade total de ar novo movido para o interior das vias respiratórias
por minuto.
✦ Ventilação alveolar: intensidade com que o ar novo alcança as áreas de trocas gasosas.
Nem todo ar inalado nos minutos anteriores está fazendo troca gasosa porque pra fazer a
troca tem que chegar no alvéolo. Alvéolo é o único ponto que ocorre as trocas, porém tem ar
que ca na traqueia, brônquios, bronquíolos… o ar que esta nessas regiões é chamado de
espaço morto.
✦ Espaço morto alveolar: não é siológico. Em algumas condições patológicas, nem todos os
alvéolos estarão funcionando. Para ele funcionar, é necessário que ele tenha uxo sanguíneo.
É muito suprido por uma microcirculação. Esse espaço é referente aos alvéolos sem perfusão
sanguínea, ou seja, não ocorre a troca.
Espaço morto
✦ Anatômico: vias aéreas superiores + alveolar: alvéolos sem perfusão sanguínea = espaço
morto siológico
✦ Nosso espaço morto é referente ao anatômico, pois nossos alvéolos sempre são funcionais
(condições normais).
✦ Bronquíolos – são mantidos expandidos pelas mesmas pressões que expandem os alvéolos.
Não tem mais cartilagem no terminal, só músculo liso.
✦ Todas essas estruturas possuem músculo liso inervadas pelo simpático e parassimpático.
✴ Acetilcolina = constrição leve a moderada dos bronquíolos. Podem ser ativados por 2
re exos pulmonares:
• Irritação do epitélio das vias respiratórias (gases nocivos, poeira, fumaça, infecção
brônquica). O objetivo da constrição é não permitir a passagem das substancias
toxicas.
✴ Esse muco capta e retém substâncias inaladas que não seriam bené cas para os
alvéolos.
✴ Cílios são moveis e vibram continuamente (10 a 20 vezes /seg) sempre em direção à
faringe.
• Esse movimento é chamado de elevador muco ciliar, pois estão sempre fazendo com
que as partículas presas no muco sejam removidas/empurradas para cima, para que
sejam deglutidas ou expelidas pela tosse/espirro.
✴ A vibração ciliar contínua faz com que o muco ua lentamente em direção à faringe.
Re exo da tosse
✦ É uma excitação do vago quando ocorre irritação.
✦ Impulsos das vias aéreas inferiores seguem pelo nervo vago até o bulbo que desencadeia
uma sequência de eventos:
✴ Forte contração dos músculos abdominais e dos músculos expiratórios (aumento rápido
da pressão pulmonar).
✴ Abertura súbita da epiglote e das cordas vocais – ar sob alta pressão explode em direção
ao exterior.
✦ Re exo do espirro – impulsos provenientes das vias nasais seguem pelo nervo trigêmeo e
não o vago.
✦ É considerada de alto uxo pois é a mesma do débito cardíaco. Temos um débito de 5 L/min
que também está passando pela circulação pulmonar. Diferente da sistêmica, é de baixa
pressão. A sistêmica quando ejeta pela aorta leva a 120 mmHg, na pulmonar a pressão
sistólica é 25 mmHg, o que faz com que esse uxo sanguíneo pelos pulmões seja passado
por baixas pressões. Isso é importante para a microcirculação.
✦ Quando o ventrículo esquerdo ejeta pela aorta, ramos da aorta (artérias brônquicas) vão ir
para o respiratório e suprir com o sangue oxigenado as estruturas do sistema respiratório.
Depois de suprir, o sangue venoso volta para o átrio esquerdo pelas veias pulmonares.
Vasos pulmonares
✦ Comparando a pulmonar com aorta, a pulmonar é muito mais na, é mais delgada.
✦ Todas artérias e arteríolas do pulmão tem diâmetros maiores que os vasos sistêmicos. Então,
o uxo já passa com maior facilidade.
✦ Na artéria pulmonar não passa dos 25 mmHg na sístole e 8 mmHg na diástole. A medida que
o sangue é impulsionado para circulação pulmonar perde pressão até chegar nos capilares,
✴ Em uma hemorragia pela circulação sistêmica podemos continuar com a função pulmonar
com apenas 200 ml de sangue na circulação pulmonar, ela pode “emprestar" sangue para
a circulação sistêmica devido a complacência dos vasos das artérias pulmonares. Se
contrair as artérias, terá o mesmo efeito que a contração venosa tem na circulação
sistêmica, diminui o volume do vaso e coloca para frente, aumentando o retorno venoso
para o átrio esquerdo, colocando na circulação sistêmica.
✴ O volume pode dobrar em decorrência de patologia, tendo um limite de 900 ml, a partir
disso já compromete muito a microcirculação gerando edemas pulmonares. Ex:
patologias cardíacas que aumentem a pressão no átrio esquerdo, pois é onde o volume
da pulmonar desemboca. Se tivermos uma estenose de mitral, cada vez que o AE contrai
para colocar o volume no VE, passa menos sangue e ca acumulado no AE devido ao
estreitamento, o que di culta o retorno venoso pulmonar para o átrio. Como
consequência, ocorre aumento do volume nos vasos pulmonares também.
✴ Distribuído para os alvéolos que estão melhor oxigenados. Possuímos alvéolos muito
oxigenados e outros menos.
✴ O uxo sanguíneo sempre será levado para os alvéolos que estão melhores oxigenados,
temos uma distribuição de uxo individual para os alvéolos. Os que estão melhores,
recebem mais uxo.
✦ Não se sabe ao certo como ocorre essa vasoconstrição, existem teorias como:
✴ 25 – 15 = 10 mmHg
✴ 25 + 8 = 33 mmHg
✦ Zona 2 - Fluxo intermitente: as vezes o uxo passa e as vezes não. Depende da pressão
que está no alvéolo em relação ao capilar. No ápice do pulmão é uxo intermitente porque
quando estamos em sístole, consegue ter pressão o su ciente para passar mas em diástole a
pressao do capilar cai e a do alvéolo supera, o uxo para. Ejeta de novo, passa, ca
intermitente.
✦ Zona 3 - Fluxo contínuo: a pressão no capilar é sempre maior do que a do capilar. Na base
do pulmão o uxo é contínuo porque sempre está em 33 mmHg (em média.)
✦ Fisiologicamente, os pulmões apresentam as zonas 2 e 3 (porque a zona 1 não tem uxo, não
ocorre em pulmão saudável).
✴ Ápice – Zona 2
• Pressão sistólica 10mmHg (25 – 15)
✴ Base - Zona 3
✴ Pessoa em decúbito:
• Todo pulmão zona 3, o que facilita o uxo pelo órgão.
• Fica todo em zona 3, pois não vamos ter a diferença de pressão, a do capilar sempre
será maior quando deitamos.
2.Aumenta a velocidade do uxo sanguíneo pelos capilares, aumenta a área pelo qual o sangue
circula.
✦ Quando somamos as forças que favorecem a ltração, vamos ter uma pressão efetiva de
apenas + 1 mmHg. Isso é importante para não termos liquido no interstício pois o alvéolo é
permeável ao liquido. Então, quanto menor o volume no interstício melhor, haverá uma maior
e cácia na troca.
✦ Esse +1 é facilmente drenado pelo linfático. Qualquer coisa que aumente o liquido, irá causar
o edema.
✴ Insu ciência cardíaca esquerda ou problemas na valva mitral. Ex: AE com pressão
aumentada, acumula o sangue dentro dos vasos, primeiro nas veias e depois nos
capilares, então a pressão hidrostática do capilar muda e favorece mais a ltração, o que
gera uma pressão efetiva maior, aumenta. Não é tão simples fazer edema pulmonar pois
os linfáticos possuem enorme capacidade de adaptação ao aumento expressivo da
pressão. Porém, temos um limite. Se houver problema cardíaco do lado esquerdo irá
aumentar a pressão hidrostática.
✦ Fator de segurança agudo de 21mmHg. Podemos aumentar a pressão atrial até quase 25
mmHg sem fazer edema, devido a drenagem linfática que se adapta cando mais e caz com
o aumento de pressão. Ao chegar no limite, vamos ter o edema agudo, rapidamente ocorre o
acumulo de liquido. Por isso pacientes com insu ciência cardíaca esquerda é um processo
crônico, leva anos para chegar nessa pressão, esse paciente passa anos com o diagnostico
para fazer o edema. Morre em 24h ao chegar no limite.
Centro respiratório
A informação periférica importante que deve ser levada para ambos é os níveis de O2. As
aferências para os dois centros são os mesmos, os químiorreceptores.
O centro respiratório ca no tronco, na transição entre bulbo e ponte. Igual o centro vasomotor.
Aqui também são núcleos neuronais com funções especi cas.
• Recebe aferências do vago e glossofaringeo também porque a informação que chega aqui é a
mesma do vasomotor, os níveis de gases circulantes.
• Porém, uma diferença é a eferência do respiratório, aqui é o frênico pra controlar o diafragma.
O frênico é um nervo motor, voluntario, é um nervo espinhal. No vasomotor é autônoma
(simpático e parassimpático).
• O núcleo do centro respiratório que estimula o nervo tem uma propriedade diferente, será
excitado independente da nossa vontade depois de um certo momento.
• Um dos núcleos mais importantes é o que esta sempre atuando no dia a dia, é o grupo
respiratório dorsal (inspiração porque a expiração é passiva). Controla a FR de 12x por
min. O dorsal é tipo nó sinusal, é o marca passo, ca excitando o frênico.
• O ventral na maioria das vezes não participa, é um acessório extra para uma atividade física,
quando recrutamos força extra.
• O pneumotáxico modula a ventilação (núcleo dorsal), aumenta ritmo e diminui ritmo. Modula o
que vem da dorsal. São neurônios inibitórios. Quando diminui a sua inibição, aumenta o ritmo.
• Se o grupo dorsal disparar pelo frênico acetilcolina, se isso fosse como no esquelético todos
os neurônios disparassem ao mesmo tempo para as bras, a ventilação não seria cumprida. A
contração do diafragma é um crescente, leva uns 2 segundos. Sinal em rampa: é o crescente
dos PA, até que todos disparem juntos.
• Quem faz essa modulação é o pneumotórax, se está com sinal muito forte inibe a rampa, se
deixa de inibir, pode aumentar a rampa.
• Área quimiossensivel: A área sensível que tem no tronco, o CO2 estimula indiretamente
porque sempre q tem CO2 tem H+. A área sensível é referente ao H, por isso é indiretamente.
• O CO2 qualquer coisa que alterar já muda a ventilação porque ele raramente está como CO2 e
sim como ácido carbônico, que é acido e altera o pH. Faz uma acidose rápido. Temos um
centro respiratório muito sensível ao CO2. Se não corrigir, mexe no pH.
Atividade física
• O centro respiratório também será estimulado pelo córtex motor. Ocorre uma antecipação da
ventilação, evita que demore para FR se adequar. Aumenta a ventilação para suprir a maior
demanda, então ventila mais e ca com o mesmo pH, o aumento da frequência é pra atender a
demanda maior não afetando a pressão de gás.
• Na atividade aumenta frequência respiratória pela maior demanda, então tem CO2 pra expirar
• Acidose faz perder a consciência pelo excesso de CO2. Deprime o sistema nervoso.
Hipoventilação.
Distúrbios do equilíbrio
Para entrar em coma tem que ser pH 7, se tiver em 6,8 é fatal. Compromete todas as células,
desnaturando a proteína nenhuma célula sobrevive.
1. Tampão: proteínas fazem isso tamponando o H+, pois tem carga negativa então se ligam
ao H+ para tamponar e não deixar acidi car o meio. Se tiver próton excedente entra.
2. Respiratório: detecta na área quimiossensivel aumenta ventilação pra colocar pra fora o
CO2.
Medições clínica
Se o PCO2 tiver alterado, é problema no respiratório, o bicarbonato pode ser problema renal ou
problema intestinal. Secreção intestinal é rica em bicarbonato. Podemos perder bicarbonato pela
diarreia também, por essa secreção intestinal coloca muito bicarbonato pra fora, pode fazer uma
acidose se tiver diarreia por uns 3 dias. Então, o bicarbonato avalia parâmetro metabólico.
Compensadas – pH normal.
Descompensadas – pH anormal.
Casos:
Todo problema metabólico o bicarbonato está alterado, todo problema respiratório será CO2.
Porém, o problema em um, altera o outro também.
Se temos uma acidose e o bicarbonato está sendo eliminado por diarreia, será acidose
metabólica. O respiratório tentará corrigir a acidose, eliminando CO2, então começa a
hiperventilar para neutralizar a acidose.
Se tiver uma alcalose por segurar muito o bicarbonato, por um problema renal (ex), será uma
alcalose metabólica e o respiratório tentará corrigir segurando o CO2, fazendo uma
hipoventilação.
Se houver acidose respiratória, está com algum problema em fazer as trocas, o CO2 ca retido. O
rim tentará corrigir, então impedindo que o bicarbonato saia pela urina para corrigir o pH. Se tiver
uma hiperventilação e colocar muito CO2 para fora, fará uma alcalose respiratória, então o rim
tenta ajudar eliminando o bicarbonato para fora.
Observar:
1. Ver se é acidose ou alcalose, basta olhar o pH.
3. Nível de compensação:
Compensadas – pH normal.
Descompensadas – pH anormal.
✦ Tubo gastrointestinal faz parte do sistema gastrointestinal, mas são coisas diferentes. O
tubo gastrointestinal é um tubo muscular (músculo liso) que une a boca ao ânus. É um tubo
contínuo por onde o alimento passa.
✦ Intestino grosso: a partir do ceco é intestino grosso, o íleo desemboca nele. Temos 3
segmentos anatômicos: do lado direito o cólon ascendente, depois o transverso e o cólon
descendente.
✦ O sistema gastrointestinal, além do tubo, possui órgãos acessórios que contribuem para as
funções do tubo intestinal. É formado pelo tubo, fígado, pâncreas e vesícula biliar. Na
cavidade oral temos outros anexos: língua, dentes e glândulas (parótida, submandibular,
sublingual).
3. Absorção – parte do tubo deve ter capacidade absortiva dos eletrólitos, nutrientes e
água para suprir o organismo. As células epiteliais que fazem a captação e possuem
transportadores. A absorção de nutrientes ocorre no intestino delgado,
predominantemente no jejuno e depois segue no íleo. O grosso não faz absorção de
nutrientes, apenas água e eletrólitos.
5. Regulação nervosa e hormonal – todas essas propriedades devem ser bem reguladas
pelo sistema nervoso e outra forma de regulação muito importante é a regulação
hormonal.
✦ A parte inicial do tubo, que compreende cavidade oral, faringe, esôfago é responsável pela
fragmentação do que está sendo ingerido; quase não tem função digestiva e não tem
nenhuma função absortiva.
✦ Depois uma parte da digestão já começa a acontecer no estômago, mas a principal parte
dela ocorre no intestino delgado.
✦ Apesar do tubo ser contínuo, em alguns locais ele possui esfíncteres (anéis de músculo liso
contráteis que se mantém geralmente em um tônus mais elevado), que são importantes
para controlar a velocidade com que o alimento está passando ao longo do tubo. Tende a
fechar o lúmen do tubo.
➡ Esfíncter esofágico inferior, serve para evitar o re uxo. Evita que volte para o esôfago, o
esfíncter relaxa e o alimento passe para o estomago.
➡ Esfíncter ileocecal, saída do íleo para o ceco, serve para o quimo ser absorvido
completamente antes de ir para o grosso. Aqui, a onda peristaltica é lenta. O que
determina para esfíncter relaxar é uma nova refeição, é um re exo. O estômago sinaliza
para aumentar o peristaltismo para liberar espaço e o uxo andar.
➡ Esfíncter anal.
➡ Como se trata de músculo liso há uma grande quantidade de junções comunicantes que
permitem o movimento de íons de uma célula para outra, isso permite que a contração
ocorra na forma de um sincício, ou seja, devido ao fácil movimento de íons sódio e
cálcio entre uma bra e outra quando uma bra é despolarizada, esses íons se
transmitem entre todas as bras e ocorre a contração sincicial, inicial em algum ponto e
se propaga ao longo do tubo.
✦ O músculo liso do TGI apresenta atividade elétrica intrínseca, contínua, porém lenta –
células interstíciais de Cajal. Muito permeável ao sódio e cálcio, está sempre disparando.
✦ O músculo liso do TGI tem atividade marca-passo, ou seja, estímulos estão sempre sendo
desencadeados por células que são auto excitáveis – células interstíciais de Cajal. Está
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@med.rafaelafarias
sendo excitado mesmo sem alimento, o tubo não ca parado. O peristaltismo é muito
importante, pois mesmo em jejum a produção do muco é constante.
✴ Frequência de 3 a 12 ondas/minuto
✴ Quanto maior a elevação do potencial das ondas lentas, maior a frequência dos
potenciais em ponta.
✴ Canais lentos de sódio e cálcio: o cálcio que entra para fazer o PA é o mesmo cálcio
que entra para realizar o processo contrátil do músculo.
➡ Não necessariamente uma onda lenta gera um PA, pois ela pode não chegar no limiar,
mas tem atividade marca-passo. Quando chegar no limiar irá disparar o PA.
➡ O que pode fazer uma onda lenta aumentar sua permeabilidade ao sódio e chegar no
limiar?
✦ É possível ainda ter estímulos que hiperpolarizem, ou seja, façam a célula car mais negativa,
mais longe do limiar e mais difícil de ser excitada. Quem faz isso é o sistema nervoso
simpático.
2. Simpático: de forma direta, ocorre pela inervação sobre o tubo muscular, fazendo a
hiperpolarização, consequentemente, a inibição da motilidade do tubo.
✦ Para ter secreção para dentro do lúmen é preciso de um uxo sanguíneo adequado, pois é
através desse uxo que se tira as substâncias que serão eliminadas na secreção, que são
todas de base aquosa.
✦ O SN entérico é local.
Plexo mioentérico: cadeias lineares de neurônios interconectados que se estendem por todo o
comprimento do TGI. Altera a motilidade.
➡ Inibição de esfíncteres.
✦ Fibras parassimpáticas sacrais seguem através dos nervos pélvicos para a metade distal
do intestino grosso até o ânus.
✦ Dois efeitos:
➡ Um menos potente – efeito inibidor direito da norepinefrina sobre o músculo liso (exceto
a muscular da mucosa, que é excitada).
➡ O simpático inibe a motilidade, mas excita a camada muscular da mucosa, que quando
excitada libera secreções, então pára o trânsito alimentar e ao mesmo tempo continua
com a secreção, que inclui ácidos e enzimas, que podem causar efeitos danoso a
mucosa quando essa motilidade está diminuída. É o que acontece quando temos uma
gastrite nervosa, por exemplo, que é por excesso de estimulação simpática.
Re exos gastrointestinais
1. Re exos locais: totalmente no sistema nervoso entérico. Desenvolvimento somente pelo
sistema nervoso entérico, sem participação de mais ninguém.
✴ Qualquer estímulo que ocorra no lúmen do tubo GI é detectado na luz do tubo pelas
bras aferentes sensoriais, através dos seus receptores o estímulo é levado para o
plexo entérico (que está nas camadas adjacentes), a resposta efetora para o tubo
ocorre através da motilidade ou secreção.
2. Re exos simpáticos:
✴ Envolvem o sistema nervoso autônomo, o estimulo é detectado como no anterior,
porém ao invés de levar apenas para o plexo entérico, leva também para o SNC
(tronco, medula), e aí sim, vem a resposta efetora. Esses re exos longos permitem
que tenha um estimulo em uma parte do tubo e desencadeie em outra parte do
tubo.
✴ Re exos longos -> estímulo detectado no lúmen -> informação levada para
medula, tronco -> resposta efetora
✴ Esses re exos longos permitem que haja um estímulo em uma parte do tubo e
desencadeie resposta em outra parte do tubo.
✦ Todos esses re exos são desencadeados por estímulos locais, de dentro do tubo, mas é
possível excitar o sistema nervoso central de forma direta, sem precisar ter nada dentro do
tubo GI.
➡ Visão
➡ Olfato
➡ Paladar
➡ Pensamento
➡ Inibe moderadamente a motilidade gástrica, faz isso porque lipídio demora mais para
processar. Diminui o peristaltismo e contrai o esfíncter até conseguir processar a
gordura.
➡ O conteúdo que chega do estômago no duodeno, o quimo, vem com uma certa acidez,
pois está saindo do estômago, contudo, o duodeno não tem a mucosa tão protegida
como é a do estômago, então esse ácido precisa ser neutralizado logo que entra no
duodeno, e quem faz isso é a secretina. Sempre que ácido chega no duodeno, a
secretina é liberada e age sobre o pâncreas aumentando a secreção de bicarbonato.
➡ O uxo precisa ser mantido, mesmo em jejum, pois o tubo possui uma ora, secreções,
muco, bactérias que morrem e são renovadas.
2. Movimentos de mistura:
➡ Não é propulsivo.
✦ Após uma refeição: aumento da atividade motora, secretora e absortiva, aumento do uxo
sanguíneo.
➡ Também vasodilatadoras.
✦ Lado arterial paralelo ao lado venoso, só encontramos isso nas vilosidades e nos rins
(medula renal).
✦ 80% do oxigênio se difunde da arteríola direto para a vênula, deixando de ser transportado
até o nal da vilosidade.
✦ Entretanto, em condições patológicas nas quais o uxo sanguíneo para o intestino se torna
reduzido, este dé cit de O2 pode levar a dano isquêmico com consequente desintegração
da vilosidade.
● Ex.: hemorragia.
Glândulas secretoras
✦ Existem dois tipos de glândulas, as que secretam enzimas e as que secretam muco. A
diferença é que as de muco estão presentes em todo o tubo, desde a cavidade oral (saliva
possui muco) até parte nal do intestino grosso, toda superfície mucosa possui células
caliciformes e as glândulas. As glândulas que secretam enzimas estão presentes em locais
especí cos, as salivares possuem conteúdo enzimático, depois o estômago (esôfago não
tem) e intestino delgado (onde há maior secreção, é lançado pelo pâncreas no delgado).
1.Enzimas digestivas
2.Muco:
➡ Propriedades aderentes (ao alimento e à superfície mucosa), isso contribui com a ação
lubri cante, ele “forra" a mucosa com uma na camada de muco, fornecendo baixa
resistência ao deslizamento do conteúdo que está no tubo.
➡ Resistente à digestão enzimática (proteção para mucosa), pois o muco está revestindo a
mucosa (células epiteliais), a qual é resistente a ação enzimática. Isso impede que as
enzimas lançadas não atinjam a mucosa. Essa proteção do muco forma uma barreira
gástrica, o que é essencial para impedir que o ácido atinja as células epiteliais da
mucosa gástrica.
✦ Estímulos nervosos entéricos: estimulam tanto as glândulas super ciais quanto as mais
profundas.
✴ É rica em [K+ ] e HCO3; pobre em [Na+ ] e [Cl- ]. Essas alterações ocorrem ao longo
da secreção.
✴ Por serem exócrinas é nos acinos que ocorrem a formação da secreção, lançada
para dentro dos ductos e levadas até o local de excreção.
➡ Secreção primária:
✴ Ptialina
✴ Muco
➡ Secreção ativa de K+
Funções da saliva
✦ Higiene oral – uxo contínuo que elimina bactérias patogênicas e partículas de alimentos.
✴ Sabor azedo (20x a secreção basal), estimulam muito mais as aferências do que
outros alimentos não azedos.
✦ SN simpático
Secreção esofágica
✦ Secreta apenas muco.
✦ Inteiramente secreções mucosas que fornecem a lubri cação adequada para a deglutição.
✦ Todo esófago é formado por glândulas mucosas simples. Secretam muco que reveste a luz
do esofago.
➡ Corpo do esôfago.
➡ É importante ser composta na parte inicial e terminal pois pode haver lesão/trauma ou
um re uxo gastroesofágico.
Secreções gástricas
✦ Glândulas oxínticas:
➡ 80% proximais do estômago (corpo e fundo).
➡ Essas glândulas possuem vários tipos de células que secretam diferentes produtos. Na
superfície (pescoço da glândula) é rica em células mucosas, mais no fundo temos as
células pépticas, que secretam pepsinogênio (também chamada de células principais) e
as células parietais que secretam o HCl e o fator intrínseco. São lançados no lúmen da
glândula para o estômago.
✦ Glândulas pilóricas:
➡ Porção antral/distal do estômago. Apenas 20%.
➡ Secretam muco (principal secreção), pepsinogênio, gastrina (faz com que a oxíntica
secrete mais ácido - HCl).
➡ É essa a origem do H+ do HCl, a fonte desse H+ é a água, que será dissociada dentro
da célula parietal, liberando H+ e OH-.
➡ A OH- que sobra irá reagir com o CO2 (pela anidrase carbonica) formando HCO3.
➡ Esse HCO3 também será colocado para fora da célula, por meio de um contratransporte
com o Cl-. O que irá aumentar a concentração de Cl dentro da célula, irá sair pelos
canais de cloreto que estão sempre abertos. Além desse gradiente de concentração do
Cl-, a grande quantidade de H+ que está indo para o lumen do canaliculo também cria
gradiente elétrico pois ocorre atração do cloreto. Então, o Cl- atravessa por difusão
simples (pelo gradiente de concentração que está elevado pelo contratransporte) e
também pelo gradiente elétrico pelo H acumulado no lumen, o que atrai o Cl- (ele sai
pelos canais de cloreto). Isso tudo faz com que o HCl seja formado no lúmen do
canalículo.
➡ Então, para cada H+ formado também formará um bicarbonato que sairá e o cloreto
entrará pelo contratransporte. Isso faz com que sempre tenha uma concentração
elevada de cloreto dentro da célula, como na membrana luminal tem canais de cloreto
(transporte passivo/difusão simples) esse cloreto terá gradiente para difundir
passivamente, para então, formar o HCl.
✴ Para fornecer um pH ótimo para ação da pepsina (no máximo 5, quando sobe mais
para de atuar e não digere mais as proteínas).
✴ Destruição de bactérias.
✦ A pepsina começa a digestão das proteínas. Faz a quebra das grandes moléculas de
proteínas em peptídeos que continuam a digestão no intestino delgado.
✦ O fator intrínseco é uma glicoproteína que forma um complexo com a vit. B12 no íleo (onde
será absorvida), resistindo à digestão, faz a proteção da digestão pelo ácido.
Glândulas pilóricas
✦ Estruturalmente semelhantes às glândulas oxínticas. Porém, os tipos de células são
diferentes.
✦ Cobrem a mucosa gástrica com uma camada de muco viscoso, espesso e alcalino.
✦ Qualquer coisa que perturbe a barreira mucosa (diminuição da produção de muco ou lesão
da camada) permite que o ácido chegue em contato com a célula epiteliais do estômago, o
que irá causar dor e até sangramento.
➡ Excesso de drogas anti-in amatórias, cafeína, álcool podem gerar esses danos.
Principalmente se não estiver alimentado porque nao terá mistura com o alimento. Se
estiver alimentado terá um efeito menos danoso.
✦ Infecção por Helicobacter pylori, é a única bactéria que sobrevive em um ambiente ácido.
✦ Temos 3 substancias que excitam a célula parietal para produzir mais ácido.
➡ Acetilcolina, chega via vago. Ao reagir com o receptor, aumenta a atividade da bomba
de H/K ATPase. É uma forma de excitar via nervosa a produção de ácido.
➡ Hormônio gastrina, quando produzido pelas glândulas pilóricas vão ter receptores na
➡ Ocorre antes de comer, quando estamos pensando, sentindo cheiro etc., vem do córtex
olfatorio, gustativo, hipotálamo (centro do paladar)… Isso estimulará o vago e a
acetilcolina será liberada e irá agir na célula parietal, aumentando a produção do ácido.
✦ Fase gástrica
✦ Fase intestinal
➡ Ocorre quando está chegando no duodeno. Pouco signi cativa, apenas 10% da
secreção do acido.
➡ 1. Mecanismos nervosos
➡ 2. Mecanismos hormonais
✴ A célula D é rica em somatostatina e irá secretar quando ativada pelo H+. Terá um
efeito inibitório na célula G, a qual libera gastrina. Então, quando o pH está muito
acido no estômago, ou seja, entre refeições, a produção de ácido será diminuída
pela inibição da célula G decorrente da célula D. É uma ação paracrina também, são
células vizinhas.
Secreção pancreatica
✦ Glândula composta, ou seja, possui componente endocrino e exócrino.
✦ Essa secreção de enzimas e bicarbonato percorrem os ductos e se unem com o ducto biliar
para desembocar no duodeno pela papila de Vater.
➡ Tripsinogênio é ativado por uma enterocinase no duodeno, uma vez que a tripsina está
ativada, as outras também vão ser.
➡ Para garantir que essa enzima não seja ativada dentro do pâncreas, ele irá secretar junto
com o suco pancreático uma substância inibidora de tripsina.
✦ Carboidratos
✦ Gorduras
2. Colecistocinina (CCK): secretada pela mucosa duodenal e jejunal superior estimulada pela
3. Secretina: secretada pela mucosa duodenal e jejunal estimulada pela presença de ácido.
Não age nas acinares. Age no epitélio do ducto pancreático, aumentando a secreção do
suco pancreático rico em bicarbonato de sódio para reagir com o HCl e neutralizar o ácido,
formando o cloreto de sódio e ácido carbônico.
➡ HCl + NaHCO3 → NaCl + H2CO3. Com essa reação vamos estabelecer o pH para car
apropriado para ação das enzimas digestivas.
➡ O quimo chega no duodeno como quimo ácido, as enzimas digestivas para agirem bem
precisam de um neutro, então a secretina libera o bicarbonato para fazer a
neutralização.
✦ Fases cefálica, gástrica e intestinal (igual as anteriores). A diferença aqui é a fase intestinal,
será a mais importante. Só quando o alimento chega no intestino que haverá uma maior
regulação da secreção pancreática.
➡ É uma parte que estaria exposta ao quimo ácido sem neutralização, então essa região
será rica em glândulas de Brunner (inicio do duodeno e antes da papila de vater).
➡ Isso irá garantir bastante muco para revestir a região para não haver lesão da mucosa
pelo conteúdo acido que passa por ali. Para frente da papila de Vater não precisa tanto
dessas glândulas pois o quimo já estará neutralizado.
✦ Criptas de Lieberkuhn
➡ O resto do intestino delgado, jejuno e íleo, são ricos em criptas.
✴ As criptas secretam água e eletrólitos (1.800 ml/dia). Contribui para que ocorra o
processo absortivo de agua nas vilosidades.
✴ No fundo da cripta temos células de paneth com atividades mitoticas que renovem
as células epiteliais das vilosidades. Células mais profundas sofrem mitose contínua.
➡ Ausência de vilosidades.
✴ Protege a parede intestinal da intensa atividade bacteriana, pois temos uma ora
intestinal rica em bactérias.
Mastigação
✦ Na cavidade oral o que é importante é a mastigação que já começa a triturar o alimento que
será deglutido, a língua ajuda no movimento. Os dentes são muito uteis com suas diferentes
funções.
Deglutição
✦ Estágios:
✦ 1. Voluntário, é quando o alimento está na cavidade oral, está sendo mastigado. Nesse
momento a decisão é voluntaria. Quando decidimos deglutir, usamos a língua para botar o
alimento contra o palato mole, empurra ele e a úvula, atingindo a faringe. Isso desencadeia
um re exo e entramos na próxima fase.
➡ Peristaltismo primário
➡ Peristaltismo secundário
➡ Acalasia: defeito congênito, a inervação do esfíncter está ausente, então não relaxa, é
uma falha no desenvolvimento do plexo mioentérico na região do esfíncter. Como não
relaxa, o alimento ca acumulado, passa muito pouco. O alimento apodrece, o que gerar
mau hálito e de ciência nutricional. Pode ser corrigido cirurgicamente.
2. Mistura (quimo)
3. Esvaziamento
✦ Re exo vagovagal
Esvaziamento
✦ Contrações peristálticas antrais X resistência pilórica
✦ Bomba pilórica:
✦ Esfíncter pilórico:
➡ Grau de constrição é regulado por sinais nervosos e hormonais a medida que o alimento
passa pelo duodeno. A medida que o duodeno é preenchido, sinalizada para o estômago
diminuir a motilidade.
✴ Hormônio gastrina que está sendo liberado na alimentação. Ela faz produzir mais
acido e também intensi ca os movimentos para misturar com o ácido.
✦ Ao chegar no esfíncter ileocecal, o quimo ca retido por várias horas, até que a pessoa faça
outra refeição.
✦ O re exo gastroileal intensi ca o peristaltismo e força o quimo a passar através pelo esfíncter
para o ceco.
✦ Esfíncter ileocecal
➡ Prolonga a permanência do quimo no íleo facilitando a absorção.
➡ Anel muscular
➡ Mantém fechado, impede que o conteúdo que está no íleo passe para o ceco de forma
rápida.
✦ Válvula ileocecal
➡ Evita o re uxo de conteúdo fecal do cólon de volta para o íleo.
Movimentos do cólon
✦ Funções do cólon:
➡ 1 a 3 vezes/dia
✦ Na parte proximal ainda temos um quimo pastoso, absorve água e forma o bolo fecal com
tudo o que não foi absorvido.
Defecação
✦ Temos neurônios que detectam o estiramento do reto, são parassimpático.
✦ Todo o re exo da defecação é pelo parassimpático, são nervos pélvicos que se comunicam
com a parte sacral da medula. A inervação pélvica pela a aferência do estiramento do reto
para a medula e vem o re exo pelo próprio nervo pélvico de contração da região. Então,
sempre que o reto estiver distendido, terá contração.
✦ Quando o movimento de massa força as fezes para o reto, surge a vontade de defecar:
➡ Músculo liso.
➡ Possui inervação somática pelo nervo pudendo, o que signi ca que esse esfíncter é
controlado voluntariamente. Desencadeamos o re exo que promove a contração do reto,
simultaneamente promove o relaxamento do esfíncter interno mas se não estivermos
como ir no banheiro, conseguimos abortar o re exo contraindo o esfíncter anal externo.
Ao abortar o re exo, só irá ser desencadeado novamente no próximo movimento de
massa, que geralmente é umas 12h depois. O conteúdo do bolo fecal cará parado por
muitas horas, enquanto a absorção de água no intestino grosso segue ocorrendo, então o
bolo fecal ca mais ressecado.
➡ No primeiro ano de vida a criança não tem controle do esfíncter anal externo, os
neurônios não estão mielinizados, não são funcionais. A partir do 1 ano começa a ganhar
controle, é comum ocorrer da criança sentir o re exo e não querer ir no banheiro, o bolo
fecal ca muito ressecado. Isso pode gerar um ciclo vicioso de constipação.
Ovários
✦ Gônadas feminina, direita e esquerda. São glândulas que produzem vários hormônios.
Tubas uterinas
✦ As tubas são divididas em 3 regiões anatomicamente:
➡ Infundíbulo, parte mais distal. Possui fímbrias moveis, no momento da ovulação possuem
a função de captar/puxar o oócito recém ovulado para dentro das tubas.
➡ Ampola (curva da tuba), é onde ocorre o encontro (90% dos casos) do oócito secundário
com o espermatozoide.
✦ É revestida internamente por uma túnica mucosa: epitélio ciliado e células intercalares.
➡ Esses cílios faz o mesmo papel que as fímbrias, pois o oócito não é móvel, por isso é tão
importante ter cílios, para que leve o oócito até o útero. As células intercalares são
secretoras de líquido, é importante para nutrição do oócito secundário, o liquido é rico em
glicogênio.
Útero
✦ Local da implantação do blastocisto.
➡ Caso o oócito seja fecundado, ocorre a formação de um zigoto na tuba, sofre mitose
formando um blastocisto para realizar o processo de implantação.
✦ Desenvolvimento do feto.
✦ Colo do útero: células secretoras (muco cervical). Esse muco é viscoso mas durante o
período da ovulação (+- no 14 dia) ca menos viscoso e mais alcalino para car mais
receptivo aos espermatozoides, torna o ambiente mais adequado para a sobrevivência dos
mesmos. Também contribui para o processo de captação dos espermatozoides, eles cam
em média 7h percorrendo o trajeto até entrar nas tubas, durante o trajeto, passam por uma
captação que possibilitam a fecundação do oócito.
✦ Vagina: comunica o colo do útero com o meio externo, através da vagina que sai o uxo
menstrual e é por ela que o feto nasce.
➡ Folículo primordial – oócito circundado por uma camada de células foliculares. Temos
em maior quantidade. Ao nascer, temos em média 2 milhões de folículos primordiais em
cada ovário, ou seja, um oócito primário rodeado por camada de células foliculares.
➡ Folículo primário – oócito circundado por varias camadas de células granulosas. A partir
da puberdade, os folículos primordiais são estimulados mensalmente por hormônios
(FSH, principalmente) a se desenvolver em um folículo primário, é o mesmo oócito mas
com várias camadas granulosas (as foliculares sofrem mitose e diferenciação e viram
granulosas). O folículo primário sofre algumas alterações estruturais e passa a ser
secundário, amadurece e é o maduro que sofre o processo de ovulação (liberação do
oócito para o exterior do ovário).
✴ Após o folículo maduro expelir seu oócito, o remanescente que ca no ovário, será
transformado em um corpo lúteo. Se o oócito não for fecundado, o corpo lúteo possui
uma durabilidade de uns 10-14 dias e degenera, se transformando no corpo albicans.
O ciclo recomeça.
Desenvolvimento folicular
✦ Folículo primordial
➡ oócito primário envolvido por 1 camada de células foliculares planas.
➡ O folículo está no córtex, então temos colágeno por fora e células estromais.
➡ Será estimulado pelo FSH e se torna o folículo primário. A camada de célula folicular faz
mitose e forma várias camadas.
✦ Folículo primário
➡ Oócito primário, na sua volta formará a zona pelúcida.
➡ Várias camadas de células granulosas, são cuboides e colunares baixas, deixam de ser
planas pela diferenciação.
➡ Zona pelúcida, é uma camada glicoproteíca protetora do oócito. Pelo lado de fora da
membrana basal vamos ter uma organização das células estromais que começam a
formar uma camada na membrana, chamada de Teca folicular.
✦ Folículo secundário
➡ A camada Teca folicular aumenta de tamanho e se divide em duas:
➡ As células granulosas do folículo começam a secretar um liquido folicular que irá ocupar
um espaço chamado de Antro. Esse liquido terá função nutritiva para o oócito.
➡ A camada de células granulosas que se mantem aderidas na volta do oócito passam a ser
chamada de Coroa radiata.
✦ Folículo maduro
➡ Está pronto para ovulação.
➡ Quando a oogonia faz mitose e gera o oócito primario (no feto), esse oócito já começa a
fazer a primeira meiose, interrompe em prófase I, até a puberdade o oócito está em
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@med.rafaelafarias
meiose I interrompida. Ao virar folículo maduro (1 por mês), ele completa a meiose I e
então será ovulado/liberado de dentro do folículo, cai na cavidade pélvica e é captado
pelas fímbrias da tuba uterina.
➡ Os oócitos primários estão envoltos por uma camada de célula formando os folículos
primordiais, já começa a fazer a primeira meiose e interrompe em prófase I.
➡ Nascem com 2 milhões de folículos primordiais, cada um deles com seu oócito primário
com a meiose interrompida.
➡ A meiose II só será concluída caso ocorra a fecundação, se não tiver, será eliminado pela
menstruação.
✦ Regulado por hormônios hipotalâmicos (GnRH), hipo sários (FSH e LH) e ovarianos
(estrogênio, progesterona).
✦ Dividimos em 2 ciclos:
✦ Ciclo ovariano
➡ Eventos que ocorrem durante e após a maturação do oócito.
✦ O GnRH, pela via sistema porta hipo sário, chega na adeno-hipó se e estimula a liberação
do FSH e LH (hormônios gonadotró cos).
✦ O FSH começa a agir sobre os folículos, na maturação. Estimula a mitose das células
foliculares, granulosas, diferenciação, etc.
➡ Importante para captação do cálcio pelo osso, então essencial para formação óssea em
geral.
✴ Quando esses níveis de estrogênio cam altos não faz feedback negativo sobre a
hipó se e sim um feedback positivo, para que ocorra uma liberação alta de LH.
✦ Ciclo menstrual e ovariano: O primeiro dia do ciclo começa com a menstruação, ou seja, o
corpo lúteo degenerou, os níveis de progesterona e estrogênio caem, o que gera uma
vasoconstrição intensa (principalmente pela progesterona) das arteríolas que estão suprindo
o endométrio, pois a queda dos hormônios induz uma liberação de prostaglandina no tecido
endometrial. Falta oxigênio, nutrientes, etc. vamos ter a morte tecidual do extrato funcional, o
qual será descamado e liberado na menstruação. Com 5 dias, o endométrio ca bem no
pela perda do extrato funcional, cando apenas o extrato basal.
➡ Ao mesmo tempo no ovário, não temos mais os hormônios e corpo lúteo, como
consequência, não há mais feedback negativo do hipotálamo e hipó se, então
começamos novamente com o ciclo de secretar GnRH, FSH.. para estimular novamente
os folículos. Então, nos primeiros 5 dias da menstruação estamos tendo novamente a
estimulação dos folículos primordiais pelos altos níveis de FSH.
➡ A partir do 5 dia, já vamos ter o folículo secundário que está liberando estrogênio.
➡ Além disso, o estrogênio age no útero, colocando o endométrio em uma fase chamada
“fase proliferativa”. É a reconstituição do extrato funcional perdido na menstruação. É
uma fase ativa de mitose que o extrato basal faz para a renovação. Dura em média uns 10
dias. Aumenta novamente a espessura do endométrio.
✦ O hormônio leptina possui um importante papel para o estimulo do hipotálamo para começar
a produzir GnRH na puberdade.
✦ Transtorno alimentar
➡ Pressão para manutenção de peso ideal.
✦ Amenorreia
➡ Sem a leptina, vamos ter a redução na secreção de GnRH pelo hipotálamo com
consequente redução de FSH e LH.
✦ Osteoporose precoce
➡ Níveis cronicamente baixos de estrogênio estão associados a perda da densidade mineral
óssea.
✦ Adesivos.
✦ Testículos
✦ Sistema de ductos
➡ Armazenamento e transporte dos espermatozoides (que foram produzidos nos testículos).
➡ Epidídimo -> ducto deferente -> ducto ejaculatório -> uretra (transporte).
➡ Junto com os espermatozoides que estão passando nos ductos, secreções são lançadas
no sistema, por meio das glândulas acessórias.
✦ Glândulas acessórias
➡ Formação do sêmen (mistura de espermatozoide com liquido seminal).
✦ Pênis
➡ Passagem para a ejaculação do sêmen e excreção da urina.
✴ A diferença é que o LH age nos testiculos e nas células de Leydig estimula a liberação
de testosterona.
✴ As células de Sertoli também liberam a inibina para fazer o feedback negativo para
que não tenha excesso de produção de espermatozoides e efeitos da testosterona.
Funções da testosterona
✦ Além de estimular a espermatogênese, possui outras funções.
✦ Desenvolvimento fetal
➡ A testosterona aparece no feto, a partir do segundo trimestre. Quando os testículos estão
sendo formados, já terá as células de Leydig, as quais são estimuladas pelo HCG
placentário.
➡ Estimula a descida dos testículos para o escroto porque a formação do testículo está
ocorrendo dentro da cavidade pélvica, junto com os rins. A descida ocorre no ultimo
trimestre da gestação.
✦ Puberdade
➡ No primeiro ano de vida, as células de Leydig continuam com atividade secretora de
testosterona mas diminui, tornando-se totalmente adormecidas durante toda a infância do
menino, aguardando estimulo hormonal do hipotálamo e hipó se para retornar sua
atividade secretora, a partir da puberdade (+- 11 anos).
➡ O estimulo ocorre pelo LH.
➡ Promove o desenvolvimento das características sexuais masculinas (aumento de tamanho
da genitália, pelos corporais, hipertro a da laringe, secreção sebácea).
✦ Próstata – 30%
➡ Liquido leitoso, rico em íons cálcio, citrato e fosfato, levemente alcalino.
➡ Importante para neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais e aumentar a viabilidade
dos espermatozoides. O espermatozoide morre em pH ácido, por isso é necessário a
neutralização.
✦ Glândulas bulbouretrais
➡ Glândulas mucosas, dão ao sêmen a consistência de muco.
✦ Região sacral da medula (da onde emergem os nervos parassimpáticos) – nervos pélvicos ate
o pênis.
➡ Aqui é um dos lugares em que o NO é considerado NT. Ele promove relaxamento das
artérias do pênis e do músculo liso do tecido erétil dos corpos cavernosos e esponjosos
do pênis. Com esse relaxamento, mais uxo sanguíneo chega no pênis, é uma
vasodilatação inicial.
➡ Esse aumento de uxo sanguíneo causa um estresse por cisalhamento (aumento de uxo
nas artérias), o que induz as células endoteliais a liberar NO, ocorrendo a vasodilatação.
Isso tudo aumenta o volume e enrijece o pênis.
✦ Enchimento da uretra interna (parte mais distal do ducto) provoca sinais sensoriais que são
transmitidos pelo nervo pudendo para a medula espinal e vem a resposta re exa de
contrações rítmicas dos músculos isquiocavernoso e bulbocavernoso.
✦ O sistema urinário é formado por 2 rins, situados entre o peritônio e a parede posterior do
abdômen. A altura ca entre as duas ultimas vértebras torácicas e as primeiras lobares,
parcialmente protegidos pelas duas ultimas costelas.
✦ O rim direito está um pouco mais abaixo do que o esquerdo porque o fígado do lado direito
ocupa um espaço que faz com que esse rim direito que mais inferior. Na face medial dos
dois rins temos o hilo, através dele que irá imergir os ureteres. Os ureteres conduzem a urina
produzida nos rins até a bexiga. A função da bexiga é simplesmente de armazenamento da
urina e é expelida pela uretra. No hilo, além de passar os ureteres, passa também a artéria e
veia renal, vasos linfáticos e inervação.
✦ O rim possui uma região na externa chamada de córtex renal e uma parte interna chamada
de medula renal.
✦ O néfron, unidade funcional do rim, é onde ocorre a produção da urina, cada rim possui em
média 1 milhão de néfrons, estão sempre localizados no córtex e parte na medula.
✦ O uxo sanguíneo ao chegar no rim é levado para o córtex e então ocorre a ltração do
sangue para dentro do néfron, o ltrado irá percorrer diferentes estruturas tubulares do néfron
e então a urina é lançada dentro das estruturas chamadas de cálice, toda a urina produzida
será reunida na pelve renal, a qual irá drenar para dentro dos ureteres e ser levada para
bexiga.
➡ Ativação da vitamina D3, é nos rins que o PTH age para ativar a vitamina. É fundamental
para o organismo conseguir absorver cálcio da dieta.
Suprimento sanguíneo
✦ O sangue chega nos rins no hilo pela artéria renal, ela se rami ca em artérias interlobares.
✦ As artérias interlobares levam o sangue para região do córtex renal, lá irão se rami car em
artérias arqueadas e são essas que levam o sangue para os néfrons.
✦ Cada néfron é suprido por uma arteríola aferente, proveniente da artéria arqueada.
✦ Chegamos na microcirculação renal, se difere das outras porque ela possui dois leitos
capilares:
➡ A arteriola aferente leva o sangue para o néfron, encontra o primeiro leito capilar, é o
chamado de glomérulo.
➡ No glomérulo que ocorre o processo de ltração do sangue para formar um ltrado que
será lançado para dentro do néfron. A função do primeiro leito capilar (glomérulo) é ltrar.
➡ O segundo leito capilar (capilares peritubulares) está distribuído na volta do néfron, depois
o sangue será drenado por vênulas, que desembocam na veia arqueada levando o
sangue de volta até a veia renal.
➡ Então, no primeiro leito capilar (glomérulo) ocorre a ltração e no segundo leito capilar
(capilares peritubulares) ocorre a reabsorção. Temos uma intensidade de ltração de 180
litros por dia. Urinamos em média 1 litro e reabsorvemos o restante.
Estrutura do Néfron
✦ Estrutura tubular que começa na Cápsula de Bowman, envolve o glomérulo, o ltrado é
jogado para dentro dessa cápsula.
✦ O ltrado percorre todo esse sistema tubular até chegar ao tubo coletor, aí vira urina.
Tipos de néfrons
✦ Justamedular
➡ Temos uns 20% de néfrons que são mais profundos e estão quase na transição entre
córtex e medula. Quase toda a alça está na medula. Importantes quando o rim está
produzindo uma urina concentrada.
✦ Cortical
➡ Quase todos os néfrons estão no córtex, só um pedaço da alça está no medular. É a
maioria, cerca de 80% são corticais.
✦ O primeiro leito capilar é igual nos dois, o segundo leito difere. No cortical, os capilares
peritubulares estão na volta do néfron, distribuídos de forma abrangente.
Conceitos importantes
✦ Excreção = ltração – reabsorção + secreção
✦ Filtração ocorre na cápsula de Bowman, todo o plasma que passa por ali é ltrado. O ltrado
cai dentro da cápsula, percorre o néfron gerando a reabsorção de substâncias para dentro
dos capilares peritubulares ou também pode haver a secreção ativa de substâncias que irão
compor o ltrado.
✦ Exemplos:
➡ 1. Apenas ltração: substância que está sendo ltrada e 100% eliminada pela urina,
passam reto pelo tubo, sem fazer a reabsorção. Ex: geralmente são produtos do
metabolismo e seriam tóxicos como a creatinina.
✦ É feita dos capilares glomerulares para dentro da capsula de Bowman. Esses capilares
possuem algumas características especiais:
✴ Endotélio fenestrado
✴ Membrana basal
➡ Pressão osmótica glomerular: como não temos essa passagem, a pressão osmótica no
capilar ca maior, 32 mmHg. Ela puxa o líquido de volta.
➡ Para saber a pressão efetiva descontamos as duas últimas forças porque elas se opõem.
Temos um saldo de 10 mmHg (60 - 32 - 18 = + 10).
➡ A mais variável é a pressão hidrostática glomerular, a arteríola aferente que irá regular. Ela
pode vasodilatar ou vasocontrair para aumentar/diminuir o uxo que chega,
consequentemente, altera a pressão hidrostática.
➡ Esse leito drena para uma arteríola eferente, ela também pode contribuir com a
vasodilatação/vasoconstrição.
➡ Ex: estamos fazendo atividade física, a pressão média aumenta mas não produzimos mais
urina porque a TFG é regulada pela autorregulação.
➡ A TFG é mantida pela autorregulação do uxo sanguíneo por meio das arteríolas renais.
➡ A mácula densa também detecta o excesso de NaCl e sinaliza para ter uma
vasoconstrição da aferente, menos sangue chega, consequentemente, diminui a pressão
hidrostática e reduzimos a ltração e o NaCl.
➡ Complexo justaglomerular:
✴ Células da mácula densa.
✴ Células justaglomerulares.
Regulação nervosa
✦ As arteríolas aferentes e eferentes são inervadas por neurônios simpáticos. Qual seria o efeito
do simpático sobre a atividade renal? Vasoconstrição.
✦ A reabsorção signi ca captar o soluto e água que estão no ltrado e colocar para dentro das
células epiteliais tubulares (no néfron). Precisa passar pelo interstício para ir para circulação.
Então, o processo de reabsorção implica toda a passagem do soluto e água, primeiro do
lúmen onde está o ltrado e através do epitélio renal ir para o interstício, depois para o
capilar.
✦ Formas de reabsorção:
➡ Quando for pelas células epiteliais é o transporte pela via transcelular ou paracelular.
➡ Entre as células temos um espaço, as quais são unidas por junções oclusivas, porém
possuem uma permeabilidade maior ou menor dependendo do local do néfron, no TCP as
junções entre as células epiteliais são bastante permeáveis, então ocorre um transporte
paracelular maior de água e íons.
✦ Transportes:
➡ Na face luminal da célula, temos muitas proteínas transportadoras secundarias, ou seja,
fazem cotransporte e contratransporte, ex: sódio com aminoácidos, glicose, cloreto,
etc. Para essas proteínas funcionarem, precisamos de um transporte ativo primário,
normalmente é a bomba de Na/K.
➡ Osmose: movimento da água, ocorre pela via transcelular e paracelular. Sempre ocorre
pelo gradiente de concentração do soluto. Quando absorve soluto, absorve água junto,
desde que a região do néfron seja permeável. Podemos ter a expressão de proteínas
canais, as aquaporinas, que tornam a absorção possível através de osmose.
➡ Difusão simples: os solutos que são captados para dentro da célula por cotransporte
precisam deixar o lado basal para o interstício e, muitas vezes, ocorre por difusão simples
ou facilitada.
✦ Aminoácidos e glicose que foram ltrados vão ser 100% absorvidos por cotransporte que
estão na membrana luminal. Então, o cotransporte será de sódio com aminoácido; sódio com
glicose. Dessa forma, 100% dos nutrientes será reabsorvido, ocorre somente no túbulo
proximal.
➡ A glicose que entra na célula irá sair para o interstício por meio de glut1 e glut2 que estão
no epitélio renal.
✦ Também temos um contratransporte Na/H. É uma forma de secretar H+ para o ltrado que
está vindo. A secreção de H+ ocorre em todo néfron, apenas começa aqui.
✦ A medida que temos a reabsorção do soluto, irá criar um gradiente osmótico. O epitélio renal
do túbulo proximal é permeável a água, então quando ocorre a reabsorção do soluto, a água
acompanha. As junções oclusivas do túbulo proximal são permeáveis, então a água
consegue passar pelo espaço paracelular e transcelular.
Túbulo distal nal e Ducto coletor cortical
✦ No ducto coletor temos dois tipos de células:
➡ Células principais: possuem proteínas canais na membrana luminal para o K e Na. É aqui
que a aldosterona irá atuar. Se os níveis de K aumentam, a aldosterona aumenta a
atividade da bomba Na/K, colocando mais K para dentro da célula, logo maior excreção
pela urina. Se aumentar muito a atividade da bomba, o Na será colocado para o interstício
e vamos criar um gradiente de reabsorção para o sódio entrar na célula.
✦ O ltrado inicialmente é isotônico, a medida que passa na alça de Henle segue absorvendo
água na parte descendente, o ltrado ca mais hipertônico, porém a medida que sobe pela
ascendente reabsorve bastante soluto, o que faz com que que hipotônico. Depois disso,
não se altera, apenas se tiver ADH, pois ca cada vez mais diluído. Temos a eliminação de
um volume urinário grande pois não teve reabsorção de água na parte nal, então sai bem
diluído.
✦ É formada pelos néfrons corticais (80% dos néfrons). A medula renal é um ambiente
hipertônico a medida que se aprofunda, os corticais são super ciais na medula, então não
passa dos 600 mOsm/L.
✦ É formada pelos néfrons justamedulares, a alça penetra na medula, então faz com que seja
mais hipertônico. É importante porque quando expressa a aquaporina, se não houver um
ambiente hipertônico na medula, não teríamos gradiente osmótico para absorver a água,
então essa osmolaridade alta favorece.
➡ Osmolaridade máxima: 1200 mOsm/L pois quando chega nesse valor, se equivale a da
medula, então não tem gradiente osmótico e cessa a osmose, não tem como car mais
concentrada.
✦ Uma das funções da urina é eliminar produtos do metabolismo que são tóxicos. Então,
precisa haver a excreção.
✦ 70 kg: excreção de 600 mOsm/dia, ou seja, 0,5 L de urina/dia de solutos. Então, é necessário
0,5L de urina por dia para manter a homeostasia corporal. Se a pessoa estiver extremamente
desidratada, ela continua urinando essa quantidade.
Porque a água do mar possui uma osmolaridade de 1200 mOsm, é muito rica em cloreto de
sódio. Ao ingerir 1L de água do mar, signi ca que estamos tomando uma solução hipertônica de
1200 mOsm, consequentemente, vamos ter que urinar 1L + os 0,5L obrigatório, então para cada
litro tomado do mar, precisamos eliminar 1,5L. A desidratação acaba sendo mais grave porque ai
perdemos mais urina (1,5L) contra 0,5 sem a água do mar.
- Níveis elevados de ADH, o qual age nos ductos coletores aumentando a expressão de
aquaporinas, reabsorvendo a água.
- Alta osmolaridade da medula renal, precisa ser hipertônica para ter o gradiente osmótico.
✦ Além disso, o transporte ativo segue ocorrendo para medula e também a difusão de ureia.
✦ Difusão facilitada de ureia dos ductos coletores para medula, também é soluto.
✦ O soluto ca muito concentrado na medula, o que faz com que a medula seja hipertônica, o
que pode fazer o ADH agir, existe um gradiente para a água por meio das aquaporinas.
✦ Difusão de apenas pequena quantidade de água dos túbulos medulares para o interstício
medular.
✦ Recirculação da ureia:
➡ A ureia (produto do metabolismo) está sendo ltrada, ela não é 100% eliminada na urina
porque parte dela é reabsorvida no ducto coletor (o que penetra na medula).
➡ Essa reabsorção é mediada por transportadores de ureia (UTs), é uma difusão facilitada
porque a concentração de ureia no nefrón está alta, é absorvida para o interstício medular
para aumentar a osmolaridade medular. Na alça de Henle também temos UTs, por isso a
ureia ca recirculando no ltrado.
➡ O ADH também promove a expressão do UT. Então, quando precisamos de uma urina
concentrada, além da expressão de aquaporina, também fará um aumento na expressão
dos UTs. Tudo isso favorece a reabsorção da água pelo ADH. Quando não temos ADH
não tem tanta expressão dos UTs e aí a ureia é eliminada.
➡ O nível de ureia é variável. Se a urina estiver diluída, temos mais ureia; se estiver
concentrada, temos menos ureia porque estará participando da recirculação.
✦ O sangue que está circulando nos vasos sanguíneos são isotônicos (300 mOsm/L), quando o
sangue penetra no capilar peritubular, que está indo para o fundo da medula, ca
progressivamente mais hipertônico, os capilares são altamente permeáveis, então quando o
sangue passa, irá captar o soluto que está na medula.
✦ Se o retorno pelo lado venoso não fosse paralelo a ele, iria levar o soluto junto no capilar que
está indo para o córtex. Mas quando sobe pelo lado venoso, vai contra o gradiente de
concentração, pois em cima está menos hipertônico, consequentemente, devolve o soluto
para o interstício da medula.
✦ Quando chega lá em cima, no córtex, está quase da mesma forma que entrou. Então, se não
fosse contracorrente, o capilar pegaria todo o soluto e não devolveria.
✦ No nal da alça de Henle, chega um volume de 18L porque ocorreu a reabsorção de água na
porção descendente, diminui o liquido do ltrado. Agora vira um ltrado hipotônico porque
temos uma intensa reabsorção de soluto na porção ascendente da alça.
➡ Na ausência do ADH, não temos essa reabsorção de água nal, eliminamos uma média
de 1,5L diluída em uns 50 mOsM.