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TÍTULO

SOBRENOME, Nome Aluno1


Pós-Graduando em Engenharia de Manutenção –
Unip

RESUMO
Este trabalho apresenta diferentes tratamentos térmicos, seus processos
e aplicações, onde o principal será a têmpera. Ele também apresenta conteúdo
sobre falhas mecânicas em componentes metálicos, como são causadas,
calculadas e melhoradas. Ele abordará o assunto fadiga, analisando
componentes estáticos e variáveis.

Palavras-chave: Tratamento térmico. Temperabilidade. Falhas. Fadiga.

ABSTRACT
This work presents different thermal treatments, their processes and
applications, where the main one will be tempering. It also presents content on
mechanical failures in metal components, how they are caused, calculated and
improved. It will address the issue of fatigue by analyzing static and variable
components.

Keywords: Thermal treatment. Temperament. Failures. Fatigue.

INTRODUÇÃO

Há milhares de anos, na idade dos metais, o ser humano começou a

1 Pós-Graduando do Curso de Engenharia de Manutenção - Unip – São José do Rio


Preto/SP – e-mail da unuversidade
fabricar armas e ferramentas metálicas através do que se pode chamar de
fundição, eles descobriram que ao aquecer os metais era possível moldá-los
com mais facilidade e também aquecendo e resfriando eles conseguiram
modificar suas propriedades mecânicas. Começando pela idade do cobre,
passando pela idade do Bronze, e finalmente chegando na idade do ferro, o
homem foi mudando o seu estilo de vida e os seus meios de fabricação.
Atualmente, existem vários tratamentos térmicos, um deles é a têmpera,
que consiste em aquecer um material, seja ele um aço ou alg um outro tipo de
liga, até uma certa temperatura, manter a temperatura por um determinado
tempo, e logo após o material e resfriado e água óleo ou jato de ar. Esse
processo é utilizado para aumentar consideravelmente a dureza do aço, porém
com o aumento dessa dureza também há um aumento da fragilidade, mas é
possível reduzir as da fragilidade com outro tratamento térmico denominado
revenimento que será apresentado mais adiante.
Os tratamentos térmicos são amplamente aplicados na fabricação de
ferramentas e componentes de máquinas, estes podem ser estáticos ou
variáveis. Estes elementos e ferramentas suportam cargas e atrito, onde
surgem falhas resultantes de carregamento estático e falha por fadiga
resultante do carregamento variável.
Na manutenção é imprescindível conhecer os tratamentos pelos quais os
elementos de máquina passam, pois assim é possível saber suas propriedades
mecânicas, além de identificar a origem de suas falhas ou o seu tempo de vida
útil.
O objetivo deste artigo é salientar a importância do estudo das
propriedades mecânicas e o estudo de fadiga, pois possibilitam a previsão e
prevenção de falhas, que são amplamente utilizados em manutenção.
A prevenção de falhas é importante para garantir, por exemplo, que uma
linha de produção não pare, e a previsão dessas falhas se dá através da
manutenção preditiva, que através de cálculos de análise de falha prevê
quando será necessário a troca ou conserto de peças e ferramentas, o que
diminui o tempo de manutenção pela antecipação.
TRATAMENTOS TÉRMICOS

O tratamento térmico pode ser definido como o aquecimento e


resfriamento proposital e controlado de metais, aplicado em elementos pré-
fabricados sem alterar sua forma. A temperatura que será aplicada, o tempo
de permanência no forno, e o resfriamento, serão em função das propriedades
mecânicas que se deseja obter.
Mas por que dizer que é o aquecimento e resfriamento proposital e
controlado? Existem diversos processos siderúrgicos e metalúrgicos aos quais
os metais são submetidos e muitos deles elevam a temperatura do material,
causando uma alteração indesejada em suas propriedades. Um desses
processos é a soldagem.
A soldagem é um processo de união de metais através de fusão, portanto,
a peça é submetida a uma alta temperatura, que modifica as propriedades do
material ao seu redor. Um dos defeitos mais conhecidos é o aumento de
fragilidade na ZTA (zona termicamente afetada), que ocasiona o surgimento
de trincas e até mesmo ruptura.
Na imagem a seguir, obtida através de microscópio, é possível ver um
exemplo de ruptura na ZTA.
Figura 1 – Fissura na ZTA

Fonte: chrome-
extension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME73
3/Arquivos%20da%20disciplina/Buschinelli%20-
%20Trinca%20Frio%20m_todos%20para%20determina__o%20do%20pr_-aquecimento.pdf
Este foi apenas um exemplo de mudança de propriedade indesejada que
gerou um problema, que mostra a importância dos tratamentos térmicos.
Existem os metais ferrosos e não ferrosos, sendo os metais ferrosos os
que possuem alto teor de ferro, enquanto os não ferrosos possuem um teor de
ferro muito baixo ou nulo.
Um metal muito utilizado na indústria é o aço carbono, ao qual os
tratamentos térmicos são amplamente aplicados, pois alem de responderem
muito bem a esses tratamentos, o aço é obtido através do minério de ferro, o
ferro é o metal mais abundante em nosso planeta, sendo sua quantidade
aproximadamente vinte vezes maior do que os outros metais não ferrosos
juntos.
Estes processos podem alterar as propriedades mecânicas de um
mesmo tipo de aço, como tenacidade, dureza, resistência, e ductilidade, em
diferentes níveis. O tratamento, a grosso modo, pode ser utilizado para
amolecer ou endurecer o material.
Os principais objetivos dos tratamentos térmicos são: Remoção de
tensões (oriundas de esfriamento desigual, trabalho mecânico ou outra causa);
Aumento ou diminuição da dureza; Aumento da resistência mecânica; Melhora
da ductibilidade; Melhora na usinabilidade; Melhora da resistência ao desgaste;
Melhora das propriedades de corte; Melhora da resistência a corrosão; Melhora
da resistência ao calor; Modificação das propriedades elétricas e magnéticas;
A têmpera, o revenimento e o recozimento, alteram as propriedades dos
materiais em toda a sua estrutura, enquanto tratamentos como cementação e
nitretação alteram apenas a camada superficial.
Serão apresentados a seguir diversos tratamentos térmico e suas
aplicações em aço carbono.

TÊMPERA

Utilizado para tratar aços com teor de carbono igual ou superior a 0,4%,
este processo aumenta a dureza e a resistência mecânica do metal. Neste
processo o material é aquecido a uma temperatura superior à crítica, que é por
volta de 850°C, essa temperatura é denominada temperatura de
austenitização, e é aplicada de acordo com a dureza desejada, dependendo
também do tempo de permanência no forno. A temperatura no forno é
controlada por pirômetros. Logo após, o material é resfriado bruscamente na
água ou óleo, onde a velocidade de resfriamento é importante para impedir que
o material mude para uma fase diferente da obtida na temperatura de
austenitização.
As temperaturas de aquecimento e resfriamento são dadas em tabelas.

Tabela 1 - Temperaturas de aquecimento e resfriamento de aços carbono para têmpera

Fonte:chromeextension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http://www.protolab.com.br/
TratamentosTermicos.pdf

A Temperabilidade é um conceito importante e consiste na capacidade


de o aço sofrer transformação martensítica (têmpera) após ser resfriado
rapidamente num determinado meio a partir do campo austenítico.
Depende muito da composição química: enquanto aços com teores de
carbono e de outros elementos de liga relativamente baixos só temperam em
água, outros um pouco mais ligados temperam ao ar, enquanto alguns muito
ligados (ex.: aços-ferramenta) temperam ao ar. O carbono endurece a
martensita, enquanto os demais elementos de liga retardam a transformação
difusional em ferrita e cementita, favorecendo a transformação martensítica.
Depende também do tamanho de grão austenítico (maior: menos
contornos: menor área para nuclear ferrita e cementita: favorece formação de
martensita) e da homogeneidade da austenita (mais homogênea: sem
carbetos: dificulta a nucleação da ferrita e da cementita).
Com o aumento da dureza, é obtido também um aumento na fragilidade
do material, que é reduzida através do recozimento.

REVENIMENTO

A têmpera causa no aço tensões residuais excessivas, e a tenacidade e


ductilidade são muito baixas para permitir seu uso na maioria das aplicações.
Um tratamento térmico denominado revenimento, altera a microestrutura e
alivia as tensões causadas pela têmpera, que consiste em aquecer o material
a temperaturas abaixo da zona crítica, com o objetivo de aumentar a
tenacidade e a ductilidade, e ajustar os níveis de resistência mecânica, além
de aliviar as tensões.
A redução de dureza e resistência mecânica e o aumento da ductilidade
e tenacidade obtidas nesse processo, vem da transformação da martensita
metaestável para fases mais próximas do equilíbrio.
Em algumas situações, por exemplo, os aços ferramenta, precipitação de
carbonetos no revenido eleva a dureza, causando um endurecimento
secundário. Pode surgir também uma tenacidade não linear onde numa região
de temperaturas ocorre a redução de tenacidade, causando uma fragilização
no revenido.
Para aços ferramenta e aços de alto teor de carbono em geral, é
recomendado o duplo revenimento, que tem por objetivo de garantir tenacidade
e estabilidade dimensional.
Um método confiável para identificar austenita retida, consiste na análise
através de difração de raios X, complementada por ensaios de dureza, onde é
possível detectar frações volumétricas de austenita retida superiores a 5 %.
Ataques metalográficos coloridos também podem determinar a presença de
austenita retida.

RECOZIMENTO

O recozimento reduz a dureza para ter uma maior usinabilidade de peças


que serão construídas, onde a temperatura é controlada em função do tipo de
aço, tamanho da peça, ou tamanho do lote. As temperaturas são relativamente
baixas, entre 550°C e 900°C, e o resfriamento é feito lentamente, podendo ser
dentro do próprio forno, na temperatura ambiente ou em caixas.
Este processo é utilizado para eliminar a dureza de peças temperadas ou
normalizar materiais com tensões internas resultantes de forjamento,
laminação, trefilação, entre outros.
A temperatura recomendada é obtida através de tabelas, e é mantida por
um tempo de forma que as modificações seja uniforme por todo o corpo.
Tabela 2:temperaturas recomendadas para o recozimento.

Fonte:
chromeextension://oemmndcbldboiebfnladdacbdfmadadm/http://www.protolab.com.br/Tr
atamentosTermicos.pdf

O resfriamento após este processo é feito lentamente, quanto


maior o teor de carbono do aço, maior o tempo de resfriamento, que
pode ser obtido através da exposição ao ar livre, em caixas com cal,
cinza, areia ou outros materiais, e também dentro do próprio forno.
CEMENTAÇÃO
Este é um processo que pode ser feito a gás ou líquido, e tem por objetivo
elevar a dureza superficial do material, a resistência à fadiga de contato, e em
peças que serão submetidas a cargas superficiais elevadas, através de adição
de carbono.
Desta forma, a cementação é aplicada a peças que terão de resistir a
desgaste externo, mantendo o seu núcleo “mole” para suportar solavancos.
Após a cementação a peça é submetida à têmpera, onde a dureza
superficial é elevada e seu interior permanece sem alteração.
O processo consiste em aquecer a peça junto com um material rico em
carbono, denominado carburante, que é absorvido pela peça em alta
temperatura (750ºC a 1.000ºC). O tempo e permanência é em função da
espessura desejada da camada de cementação, quanto maior o tempo de
permanência, mais espessa será a camada.

NITRETAÇÃO
O processo de nitretação é semelhante ao de cementação, onde a peça
é aquecida de 500°C a 525°C, e exposta ao nitrogênio (a técnica pode ser
gás, líquida ou iônica), que forma uma camada superficial extremamente
dura, não sendo necessário temperar após o processo.
Através da nitretação é possível obter altíssima dureza superficial (em
torno de 70 RC) e alta resistência ao desgaste, melhorar a resistência à
fadiga e à corrosão (exceto para aços inoxidáveis), obter superfície resistente
ao amolecimento por aquecimento até temperaturas próximas à nitretada.

FALHAS MECÂNICAS EM COMPONENTES METÁLICOS

As falhas são defeitos e erros, como fissuras, deformação, fratura nos


elementos, entre outros. Serão apresentadas a seguir falhas causadas nos
elementos por cargas estáticas e variáveis.

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