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Propaganda Enganosa e Abusiva: principais conceitos e características


A publicidade será considerada enganosa quando deixar de transmitir a verdade, de
forma total ou parcial, inclusive através da omissão de informações consideradas
essenciais (MARQUES; BENJAMIN; MIRAGEM, 2019, p. 1032). A ilicitude de
veiculação desta publicidade vem disposta no artigo 37 do CDC, que em seu § 1 a
define como sendo:
qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente
falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a
respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer
outros dados sobre produtos e serviços.

A propaganda enganosa macula o cliente ao erro, omitindo as informações necessárias


que o consumidor necessita para adquirir o que foi anunciado pelo fornecedor, por
exemplo, foi divulgado a venda de um carro com determinadas informações e valores, o
comprador tenta ou adquire o carro descobrindo o erro no produto ou a falsa informação
omitida pelo anunciante.
2.1 Propaganda Enganosa e Relações de Consumo: requisitos legais
Para se considerar a propaganda enganosa ela deve induzir o consumidor ao erro. Como
diz o art.37 do CDC:
Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou
comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa,
ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de
induzir em erro o consumidor a respeito da natureza,
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem,
preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de
qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a
superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e
experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que
seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma
prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança.

O CDC traz em seu texto, artigo 37, a definição legal do que é propaganda enganosa ou
abusiva, bem como descreve, em seu artigo 67, o crime relacionado à prática das
referidas condutas, com previsão de pena de detenção de até um ano e multa.
O artigo 6º, III e IV, do Código de Defesa do Consumidor, nos informa que o
consumidor deve receber do fornecedor informação adequada e clara sobre os produtos
e serviços, com a especificação correta de quantidade, características composição
qualidade, preço etc. e que temos proteção também contra a publicidade enganosa e
abusiva, métodos comerciais desleais, bem como práticas e cláusulas abusivas.
Observando o artigo, é responsabilidade dos fornecedores se aterem à veracidade das
informações que sustentam a mensagem por trás da propaganda. Caso o responsável
pela publicidade não consiga justificar as informações divulgadas, o CDC prevê que a
situação pode, em alguns casos, gerar como pena detenção de três meses a um ano e
multa.
O regulamento da Lei nº 4.680/1966 fornece mais instruções e regras para a produção
de propagandas. Embora tenha sido decretada na década de 1960, ela continua vigente e
suas diretrizes devem ser acatadas pela comunidade publicitária. O artigo 17 do Decreto
Nº 57.690/66, que regulamenta tal lei, trata sobre a ética profissional dos publicitários,
enumerando entre alguns de seus deveres:
• anunciar preços e condições de pagamentos verdadeiros;
• elaborar a propaganda sem alteração, gráfica ou literária, dos pormenores do produto
ou serviço ofertado;
• divulgar somente acontecimentos e qualidades verídicas e testemunhos comprovados.
2.2 Propagandas Enganosas no site da loja Luly

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