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Esquema Do Objeto de Estudo
Esquema Do Objeto de Estudo
- Contingência do direito
- dependência do direito em relação ao valores
- mera práxis
A) COMO CIÊNCIA DO ESPÍRITO: não está de modo algum submetido à lei natural
e não é pré-existente. Insere-se em um jogo de motivos e fins, no qual o homem está
submetido a reconstruir o direito no caso concreto
B) COMO CIÊNCIA SOCIAL: o direito não se dirige a uma compreensão meramente
normativa, na medida em que a facticidade desenvolve um importante papel para o
direito.
C) COMO CIÊNCIA NORMATIVA: categorias como norma, validade, unidade
sistemática, estão no centro do interesse da ciência jurídica.
- Sem um conceito de direito, ainda que como todo conceito transitório no tempo e espaço,
não se tem CRITÉRIOS DE DECISÃO sobre o que o direito é e quando e como incide no
mundo da vida;
2) Casos de fronteira: conceito aplicado com outro significado daquele que o uso
normal lhe autoriza. Texto-contexto.
Existiria diferença entre o que é o Direito e o que as pessoas pensam que o direito é?
Tércio Sampaio
DISCIPLINA DE TEORIAS DO DIREITO – MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO UNISC
PROF. Dra. CAROLINE MÜLLER BITENCOURT
Regramento de Regramento de
liberdades negativas liberdade positivas
(Kant) (Rousseau/ Hegel)
CRITICA: aos conceitos matérias de direito, falta-lhes o critérios para a delimitação em relação a
outras normas, dada a sua amplitude
Sentido meramente formal: designa não os teoremas, mas a atividade científica a eles
relacionada.
“Sócrates estava sentado à porta de sua casa. Nesse momento, passa um homem correndo
atrás dele e vem um grupo de soldados. Um dos soldados então grita: agarre esse sujeito,
ele é um ladrão! Ao que responde Sócrates: o que você entende por ladrão? “ (Sampaio,
Tércio)
“Dogma impõe uma certeza sobre algo que continua duvidoso, evitando-se
assim, a paralisia do sistema”.
Assim, é errado dizer que os dogmas trabalham com certezas, antes pelo contrário,
seu objeto é a incerteza, justamente pela existência dos dogmas, elas deixam de
existir.
DISCIPLINA DE TEORIAS DO DIREITO – MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO UNISC
PROF. Dra. CAROLINE MÜLLER BITENCOURT
Para os juristas ampliar incertezas não é apenas criar dúvidas, mas criá-las tendo em
vista a orientação da ação do homem em sociedade
PROBLEMA : é preciso dizer não só qual é a norma, mas o que ela significa.
Significa dizer, que as questões são lançadas em uma questão interpretativa.
OBS: Criação da teoria do direito com completa identificação do direito com a norma,
logo, a realidade jurídica é fruto da norma e não o oposto
DOGMÁTICA X JUSNATURALISMO
USO DA LINGUAGEM:
Da descrição à persuasão
Sistema: coerência
sistemática
Pragmática:
estabilidade das decisões
DISCIPLINA DE TEORIAS DO DIREITO – MESTRADO E DOUTORADO EM DIREITO UNISC
PROF. Dra. CAROLINE MÜLLER BITENCOURT
MODELOS DE DECISÃO:
1) Do modelo deducionista: nos diz que a decisão é decorrência lógica de normas válidas
do ordenamento, juntamente com as definições de conceitos jurídicos, os quais eram
pressupostos como certos, e de sentenças empíricas.
• Crítica: imprecisão da linguagem das normas, à possibilidade de conflitos ou
colisões, a falta de norma para uma decisão em determinado caso e à possibilidade
de um desenvolvimento do direito que seja “contrário” a literalidade da norma.
• Não é mais proposto como modelo global, mas contribui para a aplicação do
Direito.
No modelo decisionista: em suas diversas concepções, o ponto em comum, é que em todas
elas, se o juiz estiver fundado em boas razões, como leis e precedentes poderá decidir de
acordo com padrões “extrajurídicos”. Seria um espaço para a livre apreciação do juiz -
quase que um “ato de vontade”.
• Crítica: ainda em casos difíceis, os juízes deveriam se preocupar em decidir com
argumentos jurídicos e legais suficientes a dar uma explicação racional a tomada de
decisão- que embora não deva ser a única resposta correta, possam sim ser uma
resposta correta.
seja aplicada, uma característica do mandamento de outra norma pode ser tomada como
mais precisa ou, simplesmente para ser rejeitada, ou, ainda, uma característica para ser
adicionada à descrição dos fatos –
• Crítica: o problema só poderia ser resolvido se todas as características dos fatos e
todas as características da norma fossem consideradas, e como se daria tal
condicionamento?
Tais debates podem ser aprofundados com as seguintes Fontes: Robert Alexy, Tércio
Sampaio, Luiz Alberto Warat, Estefhan Kirtes, Dimitro Dimoulius, Carlos Niño Santiago