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O que € Jardim da Infancia om —_— Ciera 5 ee t : do SERVIGO DE EDUCACAO PRE.ppyM Apia | Ge Para uso das fe : AS P Of\scad ac Set divcacn: a PLANO TRIENAL PARA MELHOR! : | © que é Jardim da Infancia Nazira Féres Abi- Saber DEDALUS - Acervo - FE Que e 0 jardim da infancia. PUWUDONNUANUL 20500038332 372.213 A148q, et PROGRAMA DE ASSISTENCIA BRASILEIRO-AMERICANA * ea CONTEUDO ; “4 a . a‘ # ag om x 3 * : * . Pag. Prefacio : z Os Objetivos do Moderno Jardim da Infancia a) As Condicées Materiais e223 A Atividades Iniciais ” 55 mbiente oT ‘A Matricula . ' 61 ee a i Numero de Alunos em Cada Sala de Aula 69 O Coméco das Aulas ie m Dia no Jardim da Infancia TG P Relatorios, Boletins e Fichas de Avaliacao 115 Bibliografia i i PREFACIO # Em continuagio & nossa série de publicdgdes destinadas a divulgacio dos principios e normas da educacdo _pré-primaria, estamos apresentando, aqui, 6 trabalho no qual resolvemos tratar do Jardim da Infancia e dos seus problemas basicos. ~ Chamamos «problemas bésicos» nao apenas aquéles que se referem a questées gerais, mas, principalmente, aos qué alicercam o trabalho da professéra no Jardim da Infancia. fles se referem 4 sua filosofia de acdo, A sua maneira peculiar de conduzir as ativi dades e, por isso mesmo, decidem de todo o sucesso do trabalho futuro, Quando a professora tem real convicgio dos objetivos ou fina- on que pretende alcancar, ela mesma promove os meios de agao procura reunir todos os recursos materiais necessarios onsecucio désses mesmos objetivos. Evidentemente, os aspectos de ordem fisica, velativos 4 loca- da escola: tamanho do prédio, equipamento, condigoes da sala de aula, planejamento de atividades e avaliacio, interfeem no maior ot menor sucesso do trabalho e, por isso mesmo, conyém dar a éles tima grande importancia. Por maior ou tal motivo, dedicamos a ésses aspectos de ordem material um local de destaque no presente tvabalho, considerando-os como alguns dos meios destinados a alean- car os «goals» ou «objetivos» da educacdo no Jardim da Infancia. Prestaram colaboracéo inestimavel ao presente trabalho: a professdra Zeni de Barros Lana, que se encarregou paciente- mente de téda a revisio da linguagem do mesmo e ainda o ilustrou com a habilidade artistica que lhe é peculiar a professora Josefina Pereira de Souza, que o datilografou quantas vézes se féz necessario Dr, Charles H. Dent, Prof* Terezinha Casasanta e todo 0 pessoal do Dept? de Producdo de Materiais, que foram incansaveis em assisténcia técnica, sugestdes e boa vontade Dr. Philip R. Schwab, que, como sempre, nos prestou o mais franco e decidido apoio e o melhor estimulo possivel. A todos quantos nos ajudaram e tornaram possivel o presente lho, apresentamos aqui o nosso mais sincero agradecimento. A Autora Os Objetivos do Moderno * ‘Jardim da Iniancia Muitos autores tém escrito a respeito da pouca ou nenhuma importaneia que se dava ao Jardim da Infancia, ha alguns anos atras, Diziam, entre outras coisas, que os institutos de educacaio pré-plimaria nao passayam de locais onde se «depositayam» os meninos, enquanto as mies iam trabalhar e as professoras nada mais eram que muito boas «amas-sécas», cuja tinica funcio consistia em vigiar as criancas enquanto estas brincavam. Parece-nos que a situagdo mudou muito pouco ou quase nada nos dias de hoje. Nossos Jardins nfo tém merecido a devida consi- deracao das autoridades educacionais. Ainda nao despertou entre nés a consciéncia do alto valor da educacao pré-primaria. Para alguns, o Jardim é uma escola dé luxo, inadequada a um Pais que nao pode ainda atender a tédas as necessidades da escola primaria. Paratoutros, 6 0 Jardim um local onde as criancas vio apenas para brincar e, por isso mesmo, quaisquer condigdes materiais bastam 4 realizacdo désse objetivo tao limitado. Ora, levando-se em conta que «tudo» ou do entao Distrito Federal. Grupo sem experiéncia de Jardim da Infancia Foram colhidos os dados em escolas piblicas primar recebem criancas provenientes de Jardins da Infancia Fo utilizar 0 método comparativo de um grupo de ae possivel | de contrdle, porque as mesmas escolas também matri iar pie de semelhante meio social que nao passam pelo Tea lam alunos dos graficos e tabelas que se seguem nos permite oh ue muito interessantes ene is que O exame far a conclu- Resultados médios para Vejamos: ; © Distrito Federal, 1952 | Grafico n’ 1 — Tnfluéncia do Jardim da Infancia » primeira série. * Promocio da Leeds: — Y% Aprovagao — % Reprovacao 12 | i 13 ; | a * . ss 0 Grafico n* 1 resume os yesultados gerais de 1.086 casos. Por le, deduzimos que a pereentagem de promocées de criangas com — experiéncias de Jardim da Infancia chega a 80,32% e desce a 57,89% no grupo que nao passou pelo lim, Ha um ¢ jontraste muito maio} entre o grupo experimental e 0s yesultados gels da cidade do Rio de Janeiro. © ¥ ‘ iy A percentagem de aprovacdes de criangas proveniented le Jardins da Infancia ultrapassa o dobro das promogoes para tod: cidade do Rio de Janeiro. x Foi, também, aplicado nesses mesmos grupos, 0 Teste ABC de Lourenco Filho para avaliago do nivel de maturidade, Tabu os resultados do referido teste e reunindo em conjunto vinico 0 grupo de experiéneia e 0 de contréle, verificou-se a grande seme- Thanca entre os valores obtidos no Rio e a estatistica padronizada em Sio Paulo. TABELA N° 1 Condicoes Tipicas de Maturidade Valores Distrito Federal 1.085 casos Média . 13,00, Mediano 13,77 Modo 14,00 Quartilio 1 11,40 Quartilio 3 15,78 Desvio Padrao . 3,21 A importancia do fator maturi : Ss i ridade, na py Ao de imei série, mais Uma vez segeiteayt accent paurmene tados na Tabela n’ 2. A percentagem refere-se a0 ab de apy 5 a @ apYoV TABELA N® 2 Maturidade ie Experiéneia no Jardi ‘ Resultados do Teste Ane“ mfancia Grupo com experién- cia em Jardim da Infancia 6 Gn mut Sem experién- em Jardim da < Infancia Quartilio inferior 35 Quartilio médio 84,550 Boi | Quartilio superior .... 87,84% : | q 14 . * * ~ om on’ @ ididos os grupos de experiéncia e' controle, de acdrdo tom os. ae obtidos no Teste ABC, verificou-se que em ambos a per- aumenta com o grau de maturidade. A jnfluencia favordvel do. Jardim da Infancia, manifestada em todos os niveis, melhor se evidencia nos grupos de maturidade inferior, provenientes de Jardins da Infancia, que conseguem, 0° fim da neira série, taxa de promocao atingida no grupo de contréle so nivel de maturidade média. Podemos, portanto, eoncluir que fatores ambientais desfavoraveis podem impedir o éxito do trabalho escolar em percentagem aprecidvel de criancas de maturidade média mesmo superior, conforme demonstra a «Tabela n° 2>. centagem de promocio asses dois resultados, chegaremos, inevi- tavelmente, & conclusio de que a preparagao adequada das criangas através de exercicios especificos, atividades fisicas e intelectuais, aquisigao de experiéncias sociais e ajuste emocional, € uma garantia de sucesso na sua futura aprendizagem, Nao é sem razao que um célebre pedagogo comparou a aventura escolar a uma corrida de competigao; prevendo sempre a vitéria para o corredor que vencer os cem primeiros metros. De fato, a arrancada inicial decide a sorte de toda e qualquer batalha. Muito raramente, essa regra encontra excessdes . Depois de examinar 6 a «arrancada inicial» e escola priméria. OQ Jardim da Infancia, a nosso ver, decide do sucesso ou do fracasso da crianga na Quando falamos em Jardins da Infancia, é claro que estamos nos referindo aquéles que, realmente, educam e preparam as crian- as, Infelizmente, proliferam entre nds ingmeras imstituicdes ave $e atendem, absolutamente, aos imperativos da educacao pré-escolar @ até ignoram a existéncia da crianca como uma pessoa humana, credora de todo respeito e amor, Sabemos de criangas que passam dois ou trés anos na escola pré-priméria completamente ignoradas das professoras e sem nenhu- ma oportunidade de se estabilizar e ajustar intelectual e emocional- mente, Casos como éste é que depdem contra o conceito do Jardim da Infancia. Os «vencedores», a que aludimos antes, sao aquéles que, yealmente, foram preparados para, aleancar a vitoria. Sao aquéles que receberam «tratamento» especial, isto é, foram treinados, atra- vés de atividades proprias, para a vida escolar e a vida social. Temos muito yeceio de realgar a «fungao preparatoriay do, 15 3 “¢ % ae ‘ae da Infancia porque, * a afinal, 0 objetivo principal do antes a vida em todos os seus miltiplos aspectos € feico Jardim, a crianca nao yai para ler, para adquirir conheci- mentos académicos, mas, a0 ‘contrario, vai_ par se desenvolver, adquirir experiéncias, amadurecer, viver © iver com Os semelhanies. Neste ponto € que ocorre oma entavei ganos. Alguns, nio vendo resultados positivos, tin progresso das criangas de Jardim que nem ao menos «saben vers ou «fazer continhas», menosprezam a educagaéo e passal julgala inutil, Outros, para se prevenir contra o mal anterior, passam a alfabetizar as criangas e a Thes dar nogdes muito compli- cadas, antes mesmo que elas estejam bastante amadurecidas para isto. Os pais, principalmente, se deixam levar pela ilusdo de que os seus filhos precisam de «aprender qualquer coisa» no Jardim: «fazer umas cOpias, ler um pouco, resolver continhas...> «para que nao cheguem muito atrasades na escola primariay... % lamentavel que os verdadeiros objetivos do Jardim da Infan- cia nao sejam ainda do dominio do piblico. Mais lamentavel, porém, é verificar que as nossas autoridades educacionais nao alcancaram ainda esta yerdade to simples: comecar mais cédo e melhor a educacao da crianga, resulta em economia de tempo, energia e di- nheiro, além de prevenir desajustes e disttirbios de ordem afetivo- emocional. Julgando extremamente necessaria a di a i firia a divulgacio dos principios e normas que devem comandar a educacao pré-escol; i gui o que resolvemos denominar Objetivos do Fae sales da Infancia. oO © Jardim da Infancia tem por fim rodear a ey ambiente sadio, no qual ela possa viver e conviyey colegas e com todos os membros do seu grupo, tor mesmo tempo, um bom elemento da sua sociedade, lanca de um bem com os Nando-se, ao Ninguém ignora que é condi cratico de educa a ‘nell 0 essencial de um gj accaeere $i dar ao individuo a oportunidade eu demo- e pessoa que éle consiga ser, e 6 justamente c Se tovnar i880 9 que o 16 Y . Jardim da Infancia deve pretender desde que éle é 0 primeiro passo |. paya a vida em sociedade e para a formagao integral da crianga- * ‘A educagio pré-escolar deve se basear ni résses_das criangas que, embora muito novas ainda, explorar, experimentar e perguntar; aprendem depre sempre desejando exibir suas habilidades. Dai, confirmamos o que haviamos dito antes: no Jardim nao se tem a finalidade de ensinar as criangas tudo que elas precisam saber, mas, ao contrario, procura-se dar-lhes oportunidades de adquirir certas habilidades espe s que hes permitam assumir as atitudes convenientes ao cidadio educado, de acdrdo com as normas demoeréticas e cristas. Tem-se dado muita énfase & aquisigio de habitos no Jardim . 7 % — Oportunidades de aceitar responsabilidades e conquistar independéncia. Como se vé, cabe aos vesponsaveis pelo Jardim conhecer a capacidade de cada crianga, seus desejos ¢ interésses, ¢ Toxeados nisso, organizar um programa que satisfaca as reais exi- gencias infantis, dando aos alunos a possibilidade de adquiriy as habilidades, os habitos ¢ principalmente, as atitudes indispensaveis a um completo e harmonioso ajustamento emocional e social. = i j jal que, sem nenhu Infancia, com prejuizo da meta essence: ue, Aen a formagao de atitudes: necessarias a vide 2 ‘Assim, por exemplo, habito de guvir com atengao, embor; importantissimo_e im oy divel na vida, é menos essencial que ‘atitude de respeito e consideracao pelos companheiros e demais pes. soas com quem se conyive. ? é . Isto significa que a etapa final do Jardim deve ser a for ma a de boas atitudes. Para se chegar, porém, a ésse ponto, muitos cuidados e traba- Jhos preparatorios devem ser tomados e feitos. Para comecar, a professdra deve jnvestigar as condigoes de cada crianca procurando satisfazer as necessidades pasicas de cada uma. ey Podemos, finalmente, resumir tudo que j4 dissemos a respeito dos objetivos do Jardim da Infancia lembrando aos professores trés deveres fundamentais: 4 — Tornar felizes tédas as criancas, levando-as a viver e conviver com as pessoas que as rodeiam dentro das normas e prin- eipios cristaos de cooperagdo e compreensio. De um modo geral, as necessidades principais de uma crianga de Jardim s&o, mais ou menos, as seguintes: — Seguranga, afeto e aceitacao pelos companheiros, de modo gue se julgue apreciada nao apenas como individuo mas, também, gomo membro do grupo; ___ Ser reconhecida como individuo que tem interésses, habili- dades e recursos pessoais; — Ter experiéncia de grupo. Na idade pré-escolar ela esta passando do mundo egocéntrico para um mundo de trabalho em cooperacao e de projetos de grupo; ver e observar ci Fi ‘ : ir atentamente _— Muitas oportunidades de partilhar suas experiéncias i aa i Pe e seus Pr , rt pertences, aprender a respeitar os direitos e opinides de seus eae i aban See eRDEL ALAC fazer planejamentos lhantes e desenvolver o interésse pelo bem estar dos seus yespeitar o regulamento escolar 2 — Reconhecer que um programa de Jardim da Infancia so poderé ser completo se incluir um grande ntimero de atividades preparatorias que facilitem o trabalho da crianca na sua aprendi- zagem futura, ¥ evidente que o programa de Jardim, quando de experiéncias e de boas situacdes de aprendizagem, um exce- lente meio de preparar a crianca para aprender. A crianca que jA freqiientou um bom Jardim teve, de um modo geral, oportunidade de: companheiros ; ® : Seana 4 expressar-se liyremente ne cin le sal ee sua curiosidade, recebendo as informa- manifestar independéncia cdes que pedir e que for capaz de entender; : yeconhecer e resolver seus préprios problemas — Uma grande variedade de experiéncias com diferentes espé- Por outro lado, as criancas de Jardim, embora aprendam tudo i jais: 5 f 5 : is les delmateriais) "com muita rapidez, devem fazé-lo de maneira incidental, Convem Y, — Oportunidades de pensar por si mesma; © que aprendam observando, imitando, explorando e fazendo experi perc ides geet ene " mentos. Sabendo das caracteristicas especiais de cada crianga, eee )por tes las de expresso espontan : "se devera adotar um hordrio vigido, formal, do tipo «mosaico>, pa ‘acil e clara (através da linguagem, da pintura, d ea, livre, ME yealizar ae ar arti ae ue Se : sasnuais, misica, canto, movimentos ritmi , desenho, atividades realizar um programa sistematizado, mas, ao contrario, organizar- , Ly a micos, danca, ete.) ; " se-A um ambiente escolar sadio que desperte o desejo de aprender, — Ensejo de avaliar seu proprio trabalho e de aca: oa leve a crianga a formular perguntas e a fazer exploragdes, estimu- toes e critieas que o melhorem; aceitar suges- lando-a a encontrar os meios e métodos de resolver suas dificul- & ges- & dades ¢ problems s, sem a preocupacio formal de seguir um hordrio. * 18 i i 19 © da Infancia, com prejuizo dam Aes I =e eta essencial que, sem nenhum de atitudes necessdrias & vida. “ st it tenga, embor: ‘Assim, por exemplo, o habito de quvir com al 5 importantissimo imprescindivel na vida, € menos essencial que atitude de respeito & consideracao pelos companheiros e demais pes soas com quem se convive. s é Isto significa que a etapa final do Jardim deve ser a for i a de boas atitudes. £ Para se chegar, porém, u lhos preparatérios devem ser tomados e feitos, Para comecar, a professéra deve investigar as condigdes de cada crian¢ga procurando satisfazer as necessidades basicas de cada uma. De um modo geral, as necessidades principais de uma crianca de Jardim s&o, mais ou menos, as seguintes: — Seguranca, afeto e aceitagao pelos companheiros, de modo que se julgue apreciada nao apenas como individuo mas, também, como membro do grupo; — Ser reconhecida como individuo que tem interésses, habi dades e recursos pessoais; % — Ter experiéncia de grupo. Na idade pré-escolar ela esta dtivida, € a formagao passando do mundo egocéntrico para um mundo de t ) D abi cooperacio e de Projetos de grupo; BIO er — Muitas oportunidades de partilhar su ‘anci e +ilh las experi pertences, aprender a respeitar os direitos e pEICee an ai ae Thantes e@° desenvolver o interéste™neloMerWesiar ace cea companheiros; r dos seus — Meios de satisfazer sua curiosidad. . le, rec es ges que pedix e/qué fon capac deventanceye ebendo as informa- — Uma grande variedade de experiénci ' cies de materiais; egg rertes espe Y. — Oportunidades de pensar por si mesma; Bro oertmiiides) cance) eee ie les var Si 4 facil e clara (através da linguagem, da pintura, deste’: livre, manuais, musica, canto, movimentos ritmicos, an Atividades a a ease! Z » ete.) 5 _ — Ensejo de avaliar seu proprio trabalho © de acgi " toes ¢ critieas que o melhorem; © aceitar suges- ’ 18 ‘a ésse ponto, muitos cuidados e traba- | — Oportunidades de aceitar independéncia. Como se vé, cabe aos conhecer a capacidade de cada crianga, seus desejos e interésses, ¢, Daseados nisso, organizar um programa que satisfaca as reais ¢ gencias infantis, dando aos alunos a possibilidade de adquirir as habilidades, os habitos e principalmente, as atitudes indispensaveis a um completo e harmonioso ajustamento emocional e social. responsaveis pelo Jardim Podemos, finalmente, resumir tudo que j4 dissemos a respeito dos obietivos do Jardim da Infancia lembrando aos professores tres deveres fundamentais: 1 — Tornar felizes tédas as criancas, levando-as a viver € conviver com as pessoas que as rodeiam dentro das normas e prin- cipios cristios de cooperacio e compreensio. 2 — Reconhecer que um programa de Jardim da Infancia so poderé ser completo se incluir um grande niimero de atividades preparatorias que facilitem o trabalho da crianca na sua aprendi- yagem futura, & evidente que o programa de Jardim, quando rico de experiéncias ¢ de boas situacdes de aprendizagem, ¢ um exce- lente meio de preparar a crianca para aprender. ‘A crianga que j4 freqiientou um bom Jardim teve, de um modo geral, oportunidade de: ver e observar ouvir atentamente trabalhar em grupo fazer planejamentos respeitar o regulamento escolar expressar-se livremente manifestar independéncia yeconhecer e resolver seus préprios problemas. Por outro lado, as criancas de Jardim, embora aprendam tudo com muita rapidez, devem fazé-lo de maneira incidental, Convem que aprendam observando, imitando, explorando e fazendo expe mentos, Sabendo das caracteristicas especiais de cada crianca, nao se devera adotar um horario rigido, formal, do tipo «mosaico», para realizar um programa sistematizado, mas, ao contrério, organizar- se-A um ambiente escolar sadio que desperte 0 desejo de aprender, leve a crianca a formular perguntas e a fazer exploragoes, estimu- lando-a a encontrar os meios e métodos de resolver suas dificul- dades ¢ problemas, sem a preocupacao formal de seguir um hordrio. 19 - re responsabilidades e conquistar’

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