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Uae om Mie ee iid Sy ap el ees ae ees ee Cee ee ene eater hg Jamie McGuire, autora de Belo desastre Essa garota (Slammed 3) COLLEEN HOOVER DADOS DE ODINRIGHT Sobre a obra: A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer conteudo para uso parcial em pesquisas e estudos académicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. E expressamente proibida e totalmente repudiavel a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteudo. Sobre nés: O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteudo de dominio publico e propriedade intelectual de forma totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a educagao devem ser acessiveis e livres a toda e qualquer pessoa. Vocé pode encontrar mais obras em nosso site: eLivros. Como posso contribuir? 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Conhego-a a quase dois anos, nunca a vi desta maneira. Ela demonstra nao estar mais carregando o peso dos dois Ultimos anos da sua vida em seus ombros. E quase como se 0 momento em que disse ontem “eu aceito", as dificuldades e sofrimentos que enfrentamos como individuos foram trancados, tornando nosso passado mais leve e facil de carregar. Deste ponto em diante, serei capaz de fazer isto por ela. Caso haja mais exigéncias. Serei capaz de assumi-las por ela. E tudo que eu sempre quis fazer por esta menina desde 0 momento em que coloquei meus olhos nela. Ela olha para mim e sorri, entao ri e enterra o rosto no travesseiro. Inclino-me beijando-a no pescogo. "O que é tao engracgado?" Ela levanta o rosto do travesseiro suas bochechas estao coradas do mais profundo vermelho. Ela balanga a cabega e ri. "N6 conta." , ela diz. "Faz apenas 24 horas e eu ja perdi a Beijo sua bochecha escarlate e dou risada. "Acabei com as contagens, Lake. Ja tinha feito todas as contagens regressivas que podia lidar por toda a minha vida." Envolvo meus bracos ao redor da sua cintura puxando-a em cima de mim. Quando ela se inclina e me beija, seu cabelo cai sobre nés. Ela estende a mao a mesa de cabeceira e pega um eldstico, depois torce o cabelo em um né atras da cabeca e prende-o. "Nao", falo, puxando-a de volta para o meu rosto. “Melhor. Ela estava inflexivel sobre ter roupd6es, mas nds nao os usamos nenhuma vez. Sua camisa feia esta no chao desde que a joguei la na noite passada. Nem sera preciso dizer que estas tém sido as melhores 24 horas da minha vida. Ela beija meu queixo e traga uma trilha com os labios até meu ouvido. "Esta com fome?", Ela sussurra. "Nao de comida." Afasta-se e sorri. "Nés ainda temos mais vinte e quatro horas antes de partir, sabe. Se vocé quiser me acompanhar, precisara repor suas energias. Além disso, nés, de alguma forma perdemos o almoco de hoje." Ela rola afastando-se de mim, chega ao criado-mudo e pega o menu do servigo de quarto. "Nao hamburgueres", digo. Ela revira os olhos e ri. "Vocé nunca vai esquecer isso." Ela revira o menu e aponta para ele com seu dedo, segurando-o. "E quanto a Beef Wellington’? Eu sempre quis experimentar isso." “Parece bom", digo, me aproximando dela. Ela pega o telefone para discar para o servico de quarto. Durante o tempo em que ela esta ao telefone eu beijo suas costas de cima a baixo, forgando-a a sufocar seus risos enquanto tenta manter a compostura fazendo o pedido. Quando desliga o telefone, ela desliza debaixo de mim e me puxa sobre ela. "Vocé tem 20 minuto: lidar com isso?" , ela sussurra. “"Acha que pode "S6 preciso de dez." O Beef Wellington nao decepcionou. O Unico problema agora é que estamos com os estémagos cheios e muito cansados para nos movimentar. Ligamos a TV pela primeira vez desde que entrei com ela no colo, entao acho que é seguro dizer que sera necesséria pelo menos uma pausa de duas horas. Nossas pernas estao entrelagadas e sua cabeca esta no meu peito. Estou correndo meus dedos pelo seu cabelo com uma mao e acariciando-lhe o pulso com a outra. De alguma forma, as coisas triviais como ficarmos deitados na cama assistindo TV fazem os momentos tornarem-se alegres quando estamos entrelagados desta maneira. Will?" Ela sai de baixo do meu cotovelo e olha para mim. "Posso te perguntar uma coisa?" Colocando sua mao em meu peito, em seguida, repousa em cima do meu coragao. “Eu corro aproximadamente doze voltas por dia na pista da Universidade, além de cem abdominais duas vezes por dia", falo. Ela franze uma sobrancelha, entao eu aponto para o meu abdémen. "Vocé nao estava perguntando sobre isso Rindo ela me da um soco de brincadeira. "Nao, eu nao estava me referindo ao seu abdémen." Ela inclina beijando minha barriga. "Eles sao bons, apesar de tudo." Acaricio o seu rosto puxando-o até que ela olhe para mim. "Pergunte-me qualquer coisa, querida." Ela suspira, deixa cair seu cotovelo e coloca a cabeca sobre o travesseiro, olhando para o teto. "Vocé ja se sentiu culpado?”, diz ela em voz baixa. "Por se sentir tao feliz’ Movo-me para perto dela e coloco meu bracgo sobre a sua barriga. "Lake. Nunca se sinta culpada. Felicidade é exatamente o que eles desejam que vocé tenha.” Ela olha para mim e forga um sorriso. "Eu sei que € 0 que eles querem para mim. Eu sé... Eu nao sei. Se eu pudesse voltar no tempo, eu faria num piscar de olhos, se isso significasse que pudesse té-los de volta. Mas ao fazer isso significaria que eu nunca conheceria vocé. Entao, as vezes me sinto culpada por que..." Pressiono meus dedos em seus labios. "Shi “Nao pense isso, digo. Lake. Nao pense sobre ‘ses’.” Inclino e a beijo na testa. “Mas eu nao sei o que falar se isso ajuda. E contraditério pensar sobre isso, no entanto. E o que temos.” Com a mao, ela entrelaga os dedos nos meus, em seguida leva-os @ boca e beija a palma da minha mao. "Meu pai teria amado vocé." "Minha mae teria amado vocé", digo. Ela sorri. "S6 mais uma coisa sobre o passado, entao vou parar de questiona-lo” ela me olha com um sorriso um pouco maldoso em seu rosto. "Estou tao feliz que a cadela da Vaughn terminou com vocé." Eu rio. "Sem duvida." Ela sorri e libera os dedos dos meus. Vira-se para mim na cama e olha para mim. Puxo a sua mao a boca e beijo 0 interior de sua palma. "Vocé acha que teria se casado com ela?" Reviro os olhos rindo. "Sério Lake? Vocé realmente quer falar sobre isso agora?” Ela sorri timidamente para mim. “Estou apenas curiosa. Nés nunca conversamos sobre o passado antes. Agora que sei que vocé nao vai a lugar algum, me sinto mais confortavel falando sobre isso. Além disso, ha uma série de coisas que quero saber sobre vocé”, diz ela. "Gosto de como me senti quando ela terminou com vocé da maneira que ela fez." "Isso 6 uma coisa estranha para ouvir ou falar em sua lua de mel." Ela encolhe os ombros. "Eu sé quero saber tudo sobre vocé. Ja tenho o seu futuro, agora quero conhecer o seu passado. Além disso”, ela sorri. "Nés temos algumas horas para matar antes da sua energia estar totalmente de volta. O que mais vamos fazer’ Realmente estou exausto, sem condigdes de fazer alguma coisa agora, por mais que finja que nao estou contando, nove vezes em 24 horas deve ser algum tipo de recorde. Fico de brugos e apoio um travesseiro sob meu queixo e entao comeco a contar a minha historia. O ROMPIMENTO “Boa noite, Caulder." Me viro e desligo a luz esperando que ele nao se arraste para fora da cama novamente. Sera a nossa terceira noite com apenas ele e eu sozinhos aqui. Ele estava com muito medo de dormir sozinho na noite passada e deixei dormir comigo. Espero que isto nao se torne um habito, mas entenderia completamente se ele o fizesse. Ainda nao consegui avaliar as consequéncias de tudo o que aconteceu nas duas ultimas semanas, muito menos as decisdes que tomei. Espero que esteja fazendo a coisa certa. Sei que meus pais gostariam que ficdssemos juntos, sé nao acho que eles aprovariam o fato de eu ter abandonado a minha bolsa de estudos para que isso pudesse acontecer. Por que continuo referindo-me a eles no tempo presente? Isto realmente necessitaré de ajustes. Fago o meu caminho para o meu quarto e caio na cama. Estou exausto demais até mesmo para levantar-me de novo e desligar a lampada. Assim que fecho meus olhos, ha uma leve batida na porta do meu quarto. "Caulder, vocé vai ficar bem. Volte a dormir”, digo, de alguma forma me arrastando para fora da cama novamente para persuadi-lo a voltar para seu quarto. Ele dormiu com sucesso sozinho durante sete anos, sei que sera capaz de fazé-lo novamente. "Will?" A porta se abre e Vaughn entra, nao tinha ideia de que ela viria hoje a noite, mas estou grato que esta aqui. Parece que ela sabe exatamente quando mais preciso dela. Ando até ela e fecho a porta do quarto, em seguida, envolvo meus bracgos em sua volta. "Oi," falo. "O que vocé esta fazendo aqui? Eu pensei que vocé estivesse voltando para universidade." Ela coloca as maos nos meus bracos e se afasta de mim, dando-me o sorriso mais triste que ja vi. Caminha até a minha cama e senta-se, evitando contato com os meus olhos o tempo todo. "Nés precisamos conversar." O olhar em seu rosto envia um arrepio na parte de tras do meu pescogo. Nunca vi seu olhar tao perturbado assim antes. Sento-me imediatamente na cama ao lado dela e levo a sua mao a minha boca beijando-a. "O que esta errado? Vocé esta bem?" Deslizo uma mecha de seu cabelo atras da sua orelha, logo as lagrimas comegam a cair. Envolvo meus bragos ao redor dela trazendo-a para o meu peito. "Vaughn, o que esta errado? Conte-me.” Ela nao diz nada. Continua a chorar por isso dou-lhe tempo. As vezes, as meninas precisam apenas chorar. Quando as lagrimas finalmente comegam a diminuir, ela ajeita para tras e leva as maos até as minhas, mas ainda nao me olha nos olhos. "Will." Ela faz uma pausa. O jeito que ela diz o meu nome, o tom de sua voz... imediatamente deixa meu coragao em panico. Ela olha para mim, mas nao consegue manter o seu olhar, entao ela se afasta. "Vaughn?" falo hesitante, esperando que esteja interpretando-a mal. Coloco a minha mao em seu queixo puxando o seu rosto, fazendo que ela olhe na minha diregao. O medo em minha voz é nitido quando falo. "O que vocé esta fazendo, Vaughn? Ela parece quase aliviada por eu ter percebido suas intengoes. Ela balanga a cabeca: "Me desculpe Will. Lamento muito. Eu simplesmente nao posso mais fazer isso." Suas palavras me atingem como se fossem uma tonelada de tijolos. 'Isso'? 'Ela nao pode fazer isso'? Quando nos tornamos 'isso'? Eu nao respondo. O que diabos posso falar sobre ‘isso’? Ela sente o choque do meu comportamento, de modo que ela aperta as minhas maos e sussurra novamente. "Eu sinto muito. Levanto-me ficando de pé e me afasto dela. Corro minhas maos pelo meu cabelo e respiro profundamente. A raiva cresce dentro de mim de_ repente acompanhada por lagrimas que nao tenho nenhuma intengao de deixé-la ver. "Eu nao esperava nada disso, Will. Sou muito jovem para ser mae. Nao estou preparada para este tipo de responsabilidade.” Ela esté realmente fazendo isso. Ela realmente esta terminando comigo. Duas semanas depois que meus pais morreram, esta partindo meu coragao mais uma vez? Quem faz isso? Ela nao esta pensando direito. Isto é chocante. Isso é tudo. Viro-me e a encaro, nao me importando que ela possa ver 0 quanto isso esta me afetando. "Eu nao esperava isso também", digo. "Esta tudo bem, vocé esté com medo." Sento-me na cama ao lado dela puxando-a para mim. "Eu nao estou Ihe pedindo para que seja a mae dele, Vaughn. Nao estou pedindo que vocé seja nada agora" abrago-a com mais forga e pressiono meus labios contra sua testa, uma agao que imediatamente faz com que ela comece a chorar novamente. "Nao faga isso" sussurro em seu cabelo. "Nao faca isso comigo. Nao agora Ela vira a cabeca para longe de mim. "Se eu nao fizer isso agora, nunca serei capaz de fazé-lo." Levanta-se e tenta ir embora, mas a puxo de volta para mim e enlacgo meus bragos em volta de sua cintura, pressionando minha cabega contra sua barriga. “Por favor." Ela corre as maos sobre o meu cabelo e no meu pescoco, em seguida, curva-se para frente e beija o topo da minha cabega. “Eu me sinto horrivel, Will", ela sussurra. "Horrivel. Mas nao estou prestes a viver uma vida a qual nao estou preparada, sé porque sinto pena de vocé.” Pressiono minha testa contra a sua camisa e fecho os olhos, absorvendo suas palavras. Ela sente pena de mim? Libero meus bracgos dela e a empurro. Ela deixa cair as maos dando um passo atras. Levanto-me e caminho até a porta do quarto, mantendo-a aberta, indicando que ela precisa sair. "A Ultima coisa que quero é a sua pena”, digo, olhando-a nos olhos. ‘Will, nao", ela pede. "Por favor, nao fique com raiva de mim." Ela esta olhando para mim com lagrimas nos olhos. Quando ela chora, seus olhos viram um brilhante, num tom profundo de azul. Costumava dizer-lhe que era exatamente a mesma cor do oceano. Olhando em seus olhos agora quase me faz desprezar o oceano. Dirijo-me para longe dela e me seguro no batente da porta, pressionando minha cabega contra a madeira. Fecho meus olhos e tento segurar a pressao, o stress, 4s emogoes que foram se acumulando pelas duas ultimas semanas, parece que estou prestes a explodir. Ela coloca gentilmente a mao no meu ombro, na tentativa de me consolar. Ignorando-a me viro para encara- la novamente. "Duas semanas, Vaughn!" grito. Percebo o quao alto estou falando, por isso abaixo a minha voz e me aproximo mais dela. "Eles estao mortos ha duas semanas! Como vocé pode pensar em si mesma agora?” Ela passa por mim através da porta, em diregao a sala de estar. Eu a sigo enquanto ela pega sua bolsa do sofa e caminha até a porta da frente. Ela abre a porta e se vira para mim antes de sair. "Vocé vai me agradecer por isso um dia, Will. Eu sei que nao parece isso agora, mas um dia vocé saberé que estou fazendo o que é melhor para nds.” Ela se vira para sair e eu grito depois dela, “"O que melhor para VOCE, Vaughn! VOCE esta fazendo o que melhor para VOCE!” Assim que a porta se fecha atras dela eu desabo. Corro de volta para o meu quarto e bato a porta, em seguida, viro @ comecgo a socar a porta mais e mais, mais e mais forte. Quando ja nao consigo mais sentir a minha mao, aperto meus olhos fechados e pressiono minha cabega contra a porta. Tive tanta coisa para processar nestas Uultimas duas semanas. Nao sei como processar isso também. Que diabos aconteceu com a minha vida? Acabo voltando para a cama, sento-me com os cotovelos sobre os joelhos e a cabega em minhas maos. Minha mae e meu pai estado sorrindo para mim a partir do porta-retratos em meu criado-mudo, olhando-me encolher. Prestando atengao como o resultado de tudo o que é é aconteceu nestas duas Ultimas semanas, lentamente, me parte em pedacos. Por que nao estavam mais bem preparados para algo assim? Por que eles iriam arriscar deixando-me com toda essa responsabilidade? Seu despreparo custou minha bolsa de estudos, o amor da minha vida e agora, muito possivelmente, todo o meu futuro. Pego o porta-retratos e coloco meus dedos sobre sua fotografia. Com toda a minha forcga, aperto até que o vidro estilhaga entre os meus dedos. Quando esta destruido com sucesso, exatamente como minha vida, jogo-o tao fortemente quanto posso contra a parede em minha frente. O quadro divide-se em dois quando se encontra com a parede e cacos de vidro espalham pelo tapete. Estendo a mao para desligar a minha lampada quando a porta do quarto se abre novamente. “Deixe-me em paz Vaughn. Por favor.” Olho para cima e vejo Caulder de pé na porta, chorando. Ele olha aterrorizado. E o mesmo olhar que tenho visto tantas vezes desde 0 momento em que nossos pais morreram. E o mesmo olhar que ele tinha quando o abracei no hospital dando-lhe adeus quando o fiz partir com meus avés. Eo mesmo olhar que rasga meu coragao em dois cada vez que vejo isso. E um olhar que imediatamente me traz de volta para a Terra. Limpo meus olhos acenando para que ele se aproximasse. Quando ele vem, envolvo meus bragos em torno dele, puxando-o em meu colo, em seguida, abrago-o enquanto ele chora em siléncio na minha camisa. Embalo-o para tras e para frente, acariciando o seu cabelo. Beijo-o na testa puxando-o para mais perto. "Quer dormir comigo de novo esta noite, Amigo?"

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