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Estudar 0 lugar para compreender © mundo Helena Copet Cala Muitas vezessabemos coisas do mundo, admiramos palsagens maravilhoses, nos deslumbramos por eidades iste, tems informagies de acontecimentos exticos ‘ou interessantes de vrios lugares que nosimpressionam, ras nfo sabemos o que existe eo que est acontecendo no lugar em que viveros. Em Geografia uma das questbes mais sigificativas 0 tratar do que estudar diz respeito & escala de andlise (que serd conciderada. Ao estudar 0 espaco geograic, a Aelimitagio do mesmo é um pass necessiro, pois que ‘espago¢ imenso, planetirio, mundial O que dele/nele festudar? Para dar conta da delimitagio deve-se fazer 9 referéncia 3 escala socal de andlise, que em seus varios niveis, encaminha a recrtes que clegem determinads % uw ts an extensfo territorial Estes nives s80 0 “Toca, o regional, ‘nacional, o global”. As regras podem ser eras, os ine Teresses univesais, mas concretamente se materializam tem algum lugar especifio. & o nivel do local que traz fem si global, assim como o regional e o nacional INa literatura geogrsfia,o liga est presente de di- versas formas, atud-o ¢ findamental, pois 0 mesmo tempo que o mundo é global, as coisas da vida as rela- (es sociais se coneretizam nos lugares espectficos. E co- {no fal a compreensio da realidade do mundo atual se «dia partirds novos significades queassume adimensio ‘docespaco local. A globalizacao ea localiza, fragmen- tando o espaco,exgom que se pense dialetiamente esta relacio, pos, "cada lugar 6d sua maneirs, omundo.. A historia concreta domossoempa epoca questo do uga ‘numa posgio central”. (Santos, 1996:152) ‘Etudarecompreederolugar,em Geografia, significa entender o que acontece no espaco onde se vive para além las suas condigoes naturais ou humanas. Multas vezes as explicages podem estar fora, sendo necessrio buscar ‘motivos tanta intemos quanto externos paras compreen- der o que acontece em cada lugar (© espaco construido resulta da histéria das pessoas, dos grupos que nele viver, das formas como tabalham, fsomo prodizem, como se slimentam «com fazem/us= fem do lazer. Into resgata a questo da identidade e a slimensio de pertencimento. fundamental, neste pro- ‘e580, que se busque recoihecer os vinculos fetivos que Tigam as pessoas aos hignres, 3s pisagensetomam signi- fiativoo seu esto. ‘Compreendero higat em que vive, permite a sueito ‘conhecer a a historia e conseguir entender as coisas ‘queali acontecem. Nenhum lugar éneutro, pelo contro, tra Netlog ro cnteopats 87 6 repleta de histria ecom pessons historiamente stua- ‘das uum fempo e num espago, que pode sero recorte de tum espaco maiog, mas por hipétese alguma é isolado, independents. "Cada Tugar &, 20 mesmo tempo, objeto de una razdo global e de uma razio lea, convivendo “ialeticamente (anos, 1996273)Do entendimentodes- {arelago, dos movimentos que s80contradit6ros,nclu- sive, encaminhurse &compreensio do mundo. Estadar 0 ugar, portanto, passa a serum desafio constant para as nossa aulas de Geografia. |As viras possbilidades de estudaro lugar ‘Tanto os livros didsticos, quanto as proposigdes de sala de aula exploram de variadas formas 0 estudo do Igar. Como desafi, podemos pensar estas questes 2 partir de um texto exteaido de "Aventuras de Alice” de {wis Carroll (198011-165). ‘A toad coho se slong em tna ela como um tne ede open bras numa fos, 0 de r= Pe que Ale nto teve nem segundo pra pert {Sapna de verano ro er uno ‘pve muito profundo, “Guo pore or pratundo demas, la aia muito devagar pois tha tempo desobra pra char em foro Aiea urate s queda e prgunisc 0 qu aontceris segue. -Fehtiow primero olhar para Bano, a fim de ver conde esava chegando, mae aesuridao era demas pr ever quar cis. Chow eto par pare: Eos do povoecservou que estavam chess de arm sheer a ea vtnsom nse pos pendurados Geo, eindo, caindo. Esa queda nunc teria fim? STi queria saber guantos qulomesros i desc ee ora Miao (28_tanisoe Gng tempo tod” deen vor al, "Devo estar chegan- {ho pert do centro a Tera Dene ver Deve ter 8d ‘a deem guldmetos pas deve se mals ‘is mene east mas eno, qu Sera 4 Lar tude oat Logie em que estou? “(Ace no posuin 2 menor dado gue fs Latte ou Lange, as ‘Scho qu erm pals mat ponent) Tog depois recomeou a fala. 86 queria saber se ‘ou pastardreto saves da Tera Sra engagado ‘Sir fom no meio da gente que anda de cates para alo! Os apts t acho mas vou te de pergu thea ces qual 0 nome do pe dar Por fave, Ia senoa, sso agul €a Nova Zlindia? Ou a Aus fra” entou fazer wna maura enguanto flv tas imainem fzeruma menira ergo wees (olor cham que podem?" Equemenina goranie fla vl acar que eu sou! No, é melo a pergunlat ada tvs ej 0 nome exert em alga agar” Caine caindo,caindo Naohavla malsnada que fazer ‘Sma ne scab ‘ice no esata nem um pou ei, por is e- antousenomenno insta, cam ums Othou para ‘nm ms cava tudo euro, Danie dela eleven ‘ato long corredor, eo cotho Branco aida eave 8 ‘Vist andando spread, Nao hava nem um momento 2 perder I ef Alice ati, velo como 0 vento, ‘onto de ov eaciamar enguanto brava ma {ulna Al nas reuse mews big com et Fano tad” la eta bom sr el, a dae 3 ‘suns, mas o xeho sua ‘choise nuns sla compra bie, tind por uma fsa Se amps gue pendim otto. Hava portas em volta da sala tas estavam Yodas fechas. Ace pecore urn do da ae dep vor tow poo oto, tent ari dara porta. Tt scl nemioae pt oc, pegunandose espa ceeata 89 Sobre esse texto, poderiamos propor as seguintes questoes = Qual o gar principal a que se refereo texto? = De que outros lugares Alle fala? = Quais as earactersticas que apresentam? = Quas as relagbes que Alice estabelece com outros luga- = Quis 0s aspectos que identificam a sua localizacio, quer dizer, que o stuam? “Como Alice define os seus limites? = Quais as frases que nos levam a pensar nos conceitos ‘que a Geografiateabalha? "Como Alice considera estes conceitos? = Em que momentos Alice faz analogas, comparagies, corelagées? "Em que momentos ela faz sinteses? + Bia estabelece hipoteses. Vriigue como as formula. + Em que momentos Alice indica 0 sentido de direglo? = Como Alice demonstra a extensio do lugar? = A que expacos absolutos Alice faz referencia? “Ba que expagos relativos? * Quando Alice faz perguntas so para indicar 0 qué? «Tete verificar qua as expressdes que esto indianda a cbservacao. Dos lugares que Alice fala, quais podemos locaizar? = Qual seria © mundo de Alice? = Como ela manifesta ito? ‘A partir desta indagactes podemos verficar coma ‘um texto da literatura clisiea pode nos servi de intr ‘mento para o estudo da Geograia. Ele foi apresentado ‘para que se possa pensar 0 “higar” como uma categoria ors Malaga 9 at uy de anise geogréfin, como também um conte e+ pecs de Geng, ‘lugar come eategora de anise preseuptec que se vislmbre oexpacogeogrifis “bet eet - ona taescala, em outras dimensdes,favoreceandlises mais Conseglentes Por exemple, a estudar a Geografa do ral estuda-se uma ealidade que € nacional mas se dove ivar em conta uma grande dversidade regional, ‘tes dferntementedesenvavidas. 1 Tugares, vido ‘sun caactoratea espectcas, que proatwzem uma decade divers de outros ugaes mesmo pertencendo fo meamo pas En cada um destesniveis poder onstata, ambi a presenga do univer, sj, de Caractere gern, oboe pode dae, que marcam ‘Toma como es lugares reagem as condgdes intermas © foeflnoseternos Hem cada um destes hives, porta tora presenga dos demas. O tnsito nos vriosnives desta excala ¢ furdamental para uma anise sigfiat= ae conseqdente, “eso contro, ho n5co de explca- {ies simplistas, que nfo abr todas essas dimensoes {que levariam ssificar de forma natural (planar 1a), problemas que sso essencialmente socas ou que d= ‘ort de stuagbessocas” (Calla 199657) No estudo do lugar, as oatas dimensbes so presncs obigaoria para gue nfo se incorraem ands simpistas, que MSO enim as expicgies adequadas. Ta xa, a que estamen nos referindo,€ uma esc “Jasocal, que supte una dimensio histries, quer dizer, da humaridade, de construo socal do espago HS uma outa excala que precsamos considera nos etudos de Geogafia, que ecala da natureza, a escala gol fic aquela que diz espito 8 evlugio da natureza, que En bua formagio e twansformasioininseca aprecent também modifies no epago,decorrentes de sua & volo interna tra Modine 98_boatota Caje ) ‘A natureza naan seogriica 1) _Ocorre que na sua tajet6ra de vida, asocedade cons \s61 0 espace, subordinando cada vex mais a natureza as ‘as regras, devido aos avangos da tecnologia e pelas & possibilidades de prevencioe plancjamento, 0 que per Imite encurtar distncias, alterat a qualidade dos sols, amainar a caracteristias do cima, reorientar 0 lito dos ros, aumentar a extensio dos teritrios, drenando Seas fe aterrandovas,considerandovse essas apenas algumas das alteragSes que o homem faz no curso da natuteza, sta ldgca da natureza precisa ser considerada edeve ‘er objeto de andlise da Geograia, muito embora, seja fundamental que nao se esbarre em determinism fs os, O entendimento da tajetira da natureza é um dado {que se requer como ponto de referénca, como pano de fundo para andlise googfic. Como considera a na- eza na andlise geografica &, portanto, outro ponto ser considerada, Se o espaco é construido pela socedade, pelos ho- mens; partir de seu trabalho © de sua vida, anafureza tomna-seum recurso de queela a sociedad) dispde, alg mas vezes condicionando o desenvolvimento, noutras tilitando. F como tal, € que deve ser considerado, n80 ‘como determinante do que o homem pode ou no fazer, de como 0 espaco deve ou ndo ser estudado, A paisagem ‘A palsagem revela a realidade do espago em um de- terminado momento do processo. O espago &construido ‘20 longo do tempo de vida das pessoas, considerando a forma como vivem,o tipo de relago que existe entre elas oro eters 9 ‘© que estbelecem com a natureza,Dessa forma, o higar ‘astra, através da paisagem,ahistéra da populagio que ali vive, 0s recursos naturais de que dispoe e a forma ‘como se utiliza de tis recursos, 'A pasagem € 0 resultado do proceso de construgio do espace. {Tudo aquilo que nés vemos, 0 que nossa visto slcang, és panogem. Esta pode Sr defini como © ‘dominio do isl agullo que a vista abazea NBO € formada spenae de volumes, as também de ors ‘movimentore sons: («) A percep sen uc um processoseletiva de aptaensdo, (Santos, 186182), Cada um 6a psagemn a partic de ua Vso, de seus ine sire “Raparciadspasagem portant ncn masomo- do conta npreendemos pert eden Eo {im aparenci a formas ej dspostas¢apresela- as de modo esto, lost asim por seta A pase- fu, pes dae ¢m momenta do proceso de ons cio do cage. O que se observa é portant esulade dean tri, de hovers Pople thc de un strevivnci eda satisfac Ge sans re fesidades (qu so hitrcamentesitndos), na an ‘im pre str estan de movimentosdaatrea, Esa Dribagem pra se preenda pars lem do que € Evel, bvervel. Esa preenso & a busa das explca- See do que eats por deta da paisgem, a busca dos SNgiienden do que aparece Tota a plsngense portano interesante para Se peer compreender relia, “As palsagers tazem a Felina Maiagio 100 tose tt Ce ‘mara das cultrase, 0 mesmo tempo, a nfancian” (Citva 1999319, “Ena tmensa muon dos aso um rodatonio plaifiado da atvidade humana 313). Fsvio sorgindoa medida emn que ts homens vo iver: doe prodrndo as ssn vias! As panagens lo ‘aon ds vere fozem pre das vide partes a Pesons que vive no lugar Porton aegis es Frusagens adm dem vlor ale, um sic etticn {Spar de marcar no imaginario daspestons a denade | Sigs (OR paizagem € um conjuno Heteogéneo de formas turns ati, ¢ formada por ages de amas (Santos, 198865) Podersen dizer eno, que algunas Dtagens slo atifcals, quer dizer ransformadns polo Fomem,e que outs, 5 nari snda napster n- terfeéncia do homer. No entanto, hj, pedo ob servarlgares queso bsicament atin om eget Gfonatvaeascaactersticns de ub ambiente ‘io poderiam er caracterizadosunicaente como al \. geminata uma vez que de alguna forma hove ner fern humana, cwsado modifica concrete nag te luge A estruturae formacio do espaco © expago poe ser analsado em sua estat ¢ em su frag bm gel dene nel oa Ca. iia entinaro presente, que seria a rganizagio ey Shlatuaequeahistra deste espa caberiaascpina dle Fistra: De modo simploria, to quer dizer que a (Geogatiadeveracrcunacrever seu eto a desces dle igars as como sess apreenam no momenta ators Maio fri een 01 Digamos que, para uma andlisesignifiativa, pode- se parr da etrtura dem determinado space fazer ss descries eases de tudo o que ¢visivel~de toda 2 paisagem. Eat entra a necesidade de explcar estas {ibarigbes de andament-ns. Esto nos dado pla For tnagio do eepag. necesrio entender a tajetra da CGrstrugho do espago, preciso etabelecere entender Ss elacies ete os fenbmencs que v2o se enadeando para formar oespago.Aandlise do expago deve ocorera pati deur vaven constant entre a descr, a la- Foes esexplicagtes do apaente ea busca dejostiiativas desta sparen A dimensio histrica ‘esta linha de raciotno, otro aspecto que pasa & ser importante a dimensio tia, qu Sige no fando, buscar explicagtes para as formas parents do espago elem 0g de Trg que tuaram na cors= {rugio do epacoafeal A dinsoicn das rlagbs socials {eavadas pelos homens, a dinimica do seu wabalho, de ‘utes atvdades em que se envaver eds suns rela- bes com anaturera matevializan-senoespago eando Eproduzindo formas que Ihe do uma detrminada apa- ‘hea. ssa produces decortem de quettes de ordem Sell como [fo salenndo, ede cndconamentsim- poss pola ateza, as também pr Véros outs a Pecos gue so parte da vida humana ua cultura, rel uo formar einica, A dimensio historia na anise seogrific favoreea percep dossignfcados de cada [igepare lem das aparenias eencaminha a compreen- ‘ed realdade expaca com resultado de process socials da humane iors Mediaio 102 xs anit) Mais algumas palavras.. 0s presspostostrcometndolgiosaneriormen- te apreenindos constituem o pano de fando que rele renca uma andise geografiae dos quai no Podemos no distancing ests seo rtomads em outas partes dest texto, por se considera que merecem ser Actahados na propecia da sal de a, ‘De qualque fora, €necesiio que que claro guns 0 prestpostos em qi estamos nos Hasan Pare fazer a analise geograiy, «que permis a ralogho dem waatho mais consents, gue permit prepararo ano pra © novo muni. Into sigficn compen Oe ales gi 80 bcos para ormacio da cada, denen qusishoje (neste momenta distri da ha tidal) aparece com gran peo a suena da stent Ilda da Tera, expresso saves do insisnla de t= inns referent a0 meio ambiente, 0 que detonsts deforma mito clars que so nesessrios oconhecmento ‘ orepeto mater Este sm vida um dao novo ¢ de grande inca para non da Geografa, ois ‘siren confides qu anos inistntemente tabula, ‘no mais das vere de forma fagentag, separa O fico do human como sea relia do mundo nos ‘ronrsseo cona separadasO desfio se stent sent a encarar 8 Ceografia como tn discipline do ‘undo da vida e anal o rel deste mando com a8 Categorias da itrprelagtogeogrfcn, Taal com © thar expect requer ques labore o conecimento ra {interface ente adimengio nana cnatural deste mando Considerando-se estes referencsis-@y-clcia ~ gogria, a tarea escola na sen da costriso 60 tora Maingio fo eco 103, ‘conhecimento,serd trabalhar com contesdos especifi os, com o desenvolvimento de habilidades com a onstrugao de conceitos. A dificil selesto dos contetidos ‘Uma educagio que tem como objetivo a autonomia do sujeito passa por municiar 0 aluno de insteumentos {que he permitam pensar, er riatvo eter informagoes a ‘espeito do mundo em que vive. O proceso de contra- {iodo conbecimento € pos, uma trea que oestudante eve realizar eo nosso grande desafio como professores ‘Eoportunizarthe as candies para tanto, Um dilema ‘mult presentena Geografa Go que fazer com ant infor- ‘ago posivel em rlagi a cada contetido, Cada ve toma nals aro que a escola nao éo lugae da inform ‘onus da bus ea organizago da informacio no Sendo da construgio do conhecimento. Nomes de Hos, de cidade, acontcimentos tas como aerupgto de vue ties, 4 ocornéncin de vendavais,ciclonese tornados, sguertas, guerrilas, incorporasio de éreas por outras na {bes sto Informagées que fazem parte do diaa-dia da ITaioria das escola grande questo, entretanto, xia o alana. organizé-lasno sentido de entendimento Sobre como tas proessosnatutas efenémencs atingent vida das pesos. = ~Dsconteidos da Geografia que tém como meta est= dar o mundo, so extremamente vastosecada vez:mals ‘ao aumentando, o que significa que deve ser feta wa Selegio destes,o que tem sido uma tarefa bastante 6 Gua para os professors. No dizer de Lacoste (198852), “embora ha muito ae tena julgado indispenssvel, em outras disciplinas, definir uma problemétics, 05 ora Mosiso 104_tu ts umn i) ‘geégrafos continuaram a atuar como se thes coubesse Jer, sem problemas,o grande livre abetto da natureza” A diffculdade de selecionar o conteido pare ser taba lado em aula coloca a0 professor de Geografia cons. tantemente o dilema de o qué trata. Esta selec € par. te do processo de planejamento, Para Col (1998:12), “os contetidos designam o conjun- fo de conhecimentos ou formas cultural cujaansimag30 « apropriago pelos alunos ealunas éconsiderada essen. ial para oseu desenvolvimento esocilizagio".A uma. nidade tem continuadamente produzido um eonhect ‘mento que é patriménio posto 8 nossa dsposigfo para poder compreender © mundo, Este conhecimento 20 ser apropriado pelo sujeito, um poderoso instrument ara construe a cdadani, Segundo Col (1998:13), 1 cscs cuticle sho uma eat de femas ou sees caus const, explain ter nos habliaes guages valence ‘eres alter, inkrey, models decane Sowa seleio de sou sabes cluas jp Asma considera asl par gu Pe ‘ig cnsituem a su dented, Ox costes ob alo Fos ean sto elementos que nose conju, tla a Menta dein op orem, a tabular o cones de dena, toma- se nen conidrar que a ela ent pessoas entre agares present motos entradas Scingues nat neve sequen nem harmicas Pela conti si conituenasxatamente porn a tim frga de homogeneidade completa a porto denio annie diferentes diferent € porno to dado Eternto pode ser desconiderado, Poses espagos 80 ‘Tne slave. Ao mesmo tempo qu psem acter podem ex dopendendo da relates econtmices da ir, do aces aos bens preridossoilmente, Gque mela vere so apropadosparticlrizadamene. For exemple ato de vivermos 90 Rio Grace do Sul ostomnetodognchos nox dma identi frags fla trig pel cultura, elo valores, peo tet Puerto impede que oaceso ao bem eta 2 ua jose {pool ference aichos ene i ga te ue or fn erg gu Te éprprine tue decore do que al aconece Estado vem Go eke em € dada pol atuess Ereultado de una ‘Sretrgio soil, ra vvéncia daria ds homens que ha- ‘tam ne gar do gin de consciénci das pesos como tors Medio 122 Carga) tuto de umn mundo em que vvem «des grupos a fs qc ao ong de un jer ee routed do sate de fempos crt de tempos ip ea nF Sut do amiga dos nando se (tas por Santos). cane Cada laren cms ines que the ‘30a feito, uma aparinia fic. Fase aparencia esl ds morris de on qo nese nas estar ‘fa apr en jg de ore ene ee ter de fone gue xe Wo agar For exemple Ista de nau gu rue scone dna Sagem valerate ie da popula qua vive No ogo de oas ete on ‘ats ens on exon sere a pg oa As fea de ego intr que podem arn elee tnd pin, de pes cura de alors ds pens cal vive tos nas om dupa vl grr poe rer dun gr os tents tes omtns ca cubordns ers {ri desert do propo poeso de glslsgi ‘Aldenidadeeitesspesous eum ups eines \euTnversgnexstament poral que teide spose \dc drupe atomogecaolnpet pe galas | oA nln tren ome asd on deat do igar€ que no eve conta ent do Tage embors eta dentdade nto sa do Tigarem 5 its rue svar coco caters pp com ous mara ‘renciagdes internas, i a fo eon 123 0 lugar eo niougar ‘Um lugar apresenta como uma de suas caractersticas a linearidade da ocupacio ~ a sua horizontalidade ~ a ‘xpansisda uso do solo patie de atvidades especificas ‘ecada lugar, Ocorr que nem todos os espacos So exa- tamente oeupados,hé vazios, concretament flando, no sentido de espacos nao ocupades, eh vazis no sentido Ge lugares que no interessam, que no tém significado para vide das pessoas, onde no se delineiam experién- as compartilnadas, So lugares que nada tém a ver com ‘quem os usa, por exemplo, uma via de alta velocidade, ree Way, que liga a Grande Porto Alegre 3s praias do {tora norte do estado do Rio Grande do Su). Quem vii 2a esta via de aesso est interessdo em chegar a0 uo Ingar Essa via, pois, nfo & mais do que a ligacio entre ‘um ponto de partida e ponto de chegada. As relages favorecias por outro tipo de estrada, com restaurantes, Tojas,habitagies © que leva ao contato dos vajantes com {quer vive ao longo do percurso, dé outro significado a tse espaco, diferente do significado que tem uma via dle alta velocidade, considerada um espago vazio. (Os no-lugaressi0 espacos vazios de conteido, sem historia, io newtros, so tansitrios, em geral, de uma arguitelura de desnutdamento. Como exerpls,além das Atuloestadae, poderiamos citar os shopping center, os ‘aixireletronicos, of grandes supermercados, os grandes ‘eroportos, os grandes monumentos, Podem ser também ni lugates expagos que perderam a suaidentidade pela Tealizagto de tuma grande obra, ou aéreas amplas que fenham, nose centro, monumentos, masnada que conv- dea all permanecer~ espacos sem sombra, sem bancos, iio convidativs. Pode-se considerar no-lugares as ci- atone Mingo 24a tte Gj dads spar at de lan pasos qe impede cult de pees Kin id, nae de cual de eons ar aeroporos ‘exis de gare que exciem pessoas so cada ‘ver mais regener mun sul Ate porto oslo ‘escomos guna pensar enifcn so sig os pra vid cao devon de in dani. Estes gars leva ia de prtencimento devo aos aan afetivos que so profunics dando st bila esepurang ds pesoae oman patpan- te, capes de pera transormagtes Ao contri 0 ‘sogres produzem forte tension popes, er da pla eletivaiade ds espace, pela nls pola ata de lacs afetvos de gato, pela negocio 20 aces, te Bkebanez (19%), ado por Darn (998) prope sig sas guestbes qu poder er interesante Pa el ‘mona etd do no gar no enna da Geogr "Guns to as expereniesignfcativas que pestis dss ingest “Come experimentamos o sentido de pertencmento a am toga “De que modo, a longo do tempo, vara nossa atte pata com os lgare urate? Come singe om ag de soot de esa par om Iugares, pasagee © egies? ~Come sconvereoespag,conclto abstao em gar, centro designing pessoal ou colt? Acultura Segundo Cava (1999:12),‘a cultura que ntressa 205 _gedgrafos 6, primeizamente constitu pelos conjunta fe oe eon 125 dosartefstos do know-how’ edos conhecimentos através dos quais os homens mediatizam suas relagbes com o ‘melo natural (0s lasos locas sfo signsicativamente cultura, de- rmonstam vida, a8 formas de fazer as coisas, de tatar {da nafureza, de construir o espaces- Na medida em que fo exist esta elagio,o haga passa ando ter significado, {no ter sentido para as pessoas que alivivem, Aconte- Ge uma apa em elag 3s coisas do lugar, uma aiena- {ho em relagio ao espaco em que vivemElas passa. ‘Stobelecer, enti, ligagies mais importantes com outros Tugares alver distantes, onde fazem investimentos.f- ‘anceiros, onde mantém outrasrelaghes, encurando, na verdade, tis distincias. ‘A cultura € unt dado fundamental na compreensio dos lugares. Ela permite perceber "0s lagas que os inv duos tecem entre si, sobre a manera como instituem Sociedade, como a organizam e como a identificam 30 {ersit6rio no qual vivern ou com o qual sonar.” (Claval, 1999211) As maneiras como os grupos exploram o espas0, ‘como estabelecem as telagbes com o ambiente tém muito f ver com a sa cultura. Conhecla, portato, pode ser Signifeativo para comproender o lugar, e entender por {que as cosas acontecem do moco que estioacontecendo. Reconhecera cultura local significa pereeber a historia do gat as origens das pessoas que al vivem eas verda- ‘dese valores que pastam as rlacbes entre eas. ‘Um laboratério para compreender 0 mundo Varios stoos lugares possveis dese estudar.O impor tent € que aejam lugares sgifiatves par a vida dos alunos, Poderseia falar emespaces do cotdiano, No aor Mediate

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