SRPTISTA, Mopien lacs. Planfminte Pied 1 snbin hemeliclecde an seamen Be rae Edita — CPINTS - SS Pade, Lalor , 20195 A racionalidade do planejamento Sumas tadarplanjndones «entree ein mais importante raciocinar coma um plansjndor que produit planoe abo J.Piiimana © teemo “planejamento”, na perspectiva logico-racional, referee 20 processo permanente e metédico de abordagem ‘acionalecientifica de questdes que se colocam no mando social Brquanto processo permanent, supoe agio continua sobre wim onjunto dinimico de situagdes em um determinado momento histérico. Como processo metiico de abordagem racional © ciemtfica, supoe uma seqiéncin de atos decisérios, ordenados em momentos definidos e bascalos em conhecimentos te6ricos, ientiicos e técaicos, Nessa perspectiva, 0 planejamento refere-se, a0 mesmo tempo, aselesdo das atvidades necessrias para atender questes ddeterminadas € otimizagdo de seu inter-relacionamento, leva- «lo em conta os condicionantes mpostos a cada caso (Cecursos, razos ¢ outros); diz respeito, tanbém, ddecisfo sobre os eamin- ‘hos a setem percorridos pela ac%o e ds providencias necessirias, sua adosiio, xo acompantamento da execngio, ao controle, A avaliagto e a redefinigio da agzo.|Adimensio de racion fem uma logicidade que norteia naturalmente as ages das lade do planejamento est fincada petoas, levandoras a planar, mesmo sem se aperceberem de gue o estao fazendo. Decorre do uso da inteigéncia mam Frocesso de eaconalizago dalética dag, Asim, Carlos Matns {opnd Huerta, 1996:14) nos diz que "0 planejamento nto & Mais que a tenraiva de vililizaraintengio que @ homem tem Ue governar a i proprio © 40 fucoro: de impor as crcunstdneise ‘pforga da rast humana”, Neste enfoque, o planejemento é 3 ferramenta para pensar e agi denteo de uma sistemstiea anaitca spr, estudando as sitssbes, prevendo seus limites € suas Possbiidades, proposdo-se objetivos, defnindo-seestratégas ino inicio dos tempos, @ homem refletia sobre as qestaes que 0 desafiavam, estudava as clferentes alternativas gira solucioné-las © organizava sus agio de manclra Woes Enquante assim fizia esta efetivando uaa pritia de planc)a fpento, Da observagio desa petica, de sua anslise ¢sistemat ‘aio raciona, do dominio de alguns peincipios que regem os froceisos natura, ¢ da incorporagio dos conhecimentos (espnvolvides cm difrentes reas do pensamento, rsultou eeipode conhedimentos ete préticas de planejamento, tal como fecontrames hoje. ona ssteratias¢Z0 fl algo que surgin do inceresse € do mpenho dos detentores do poder de decisdes em larga escala, ve unis inka em vista se iastromentalizarem para o nortea- ene das apbes nas situagdes com que trabalhavam. Desafiados fren complexe cada vee maior dos problemas que tinham {ue enfeentr, foram pereebendo que mudancas efetivas 10 tram conseguidas 4 partir de meras reparagdes © arranjos ipatiacionas, Foi fcando cada vez mais clara a necessidade de a couhecer em profindicade a problemética e a intenctonali- dade dos que a abordam, de defair com elareza 08 objetivos, tle explicitar minuciosamente os mecanismos que possiblitariam a mudanga. ficom esse sentido que, como assnala Tragtenberg (1967), o planejamento enquanto instrumento de decsto aparece ligad f imodernidade: 4 revolugio econdmico-social, 38 pmudangas Jdeolbgicas ¢ de estrutura de peder. No entanto, como bem sponta Binerson Elis Mevay (epad Gallo, 1995:117), a ampli- hide de seus expaos de aplicagzo vai esigir uma compreensto precisa da relagio entre a const tigio desse campo de saber Tecnologia, que € 0 planejamento, € a narareza do espase totnado como objeto de incervengio, de forma a permitieaprecs tler as “possbilidades de operar instrumenalmente sobre 2 realidade das priticas sociais m produgio de dererminados resultados (..)” ‘Enquanke processo racionsl, o planejamento se organiza por operagaes complexase incevligadss, que, conforme Ferrers (1965), so as seguintes: 3) de reflexio ~ que diz eespeito ao conhecimento de dadoe, Aanilise estuclo de alternativas, & mperagio ¢ recons rapt de conceitos e técnica de iveesasdisiplinas relacionadas Com 2 explicagio © quantificagio dos fatos socais, © outros; i) de dees — que se refer & escolha de altermativas, & dezceminagto de meios, A definigao de prazos, ete ) de ago ~relacionada sxeeugio das decindes. Bo Foro central do planejamento, Orienta-se por momentos que & Sntecedem ¢ € subsidiada pelas oscolhas eetivadas na operaq0 anterior, quanto aos necestixos processos de organizacio; 1) de vetomada da reflex - operagto de critica dos procesios dos efeitos da asio planada, com vists ao embasamento do planejamento de agdes posteriorEstat operas se irter-elacionam em um proces dindmico continuo, que pode se assim representado ecto wiiio ~~ oxo ETOMADA Da RERLEXAO-<—— Anise desse proceso lva-nosa identifica, nesa dimensto ddenscionalidade, a dimensiopoltico-decivéia que di spore eee, oltico& sua afa0 téenico administrative © planejamento como processo politico ‘lta needed de ceria porque exisomconioiar ‘exten mitciras dient deepen for, F Javier Unie Rivers A dimenss0 politica do plarejamento decorre do fat de ‘ue ele € um processo continuo de tomadas de decisdes,inscritas ras relasbes de porler, 0 que caracteriza au envolve uma fan5t0 politica, No entanto, eradicionalmente, a0 se trata de planejamento, 8 Enfase era dada aos seus aspectes técnico-operstivos, desco, hscendo, no seu procestamiento, a tenses e prestiesembutidas nas relates dos diferentes sujitos politicos em presen. Hoje, tems aclaeza de que, para que o planejado se efetive na diresio descjada, € fundamental que, além do conteddo tradicional de Feira da realidade para 0 planejamento da 2630, scjam aliaclos A spreensto das condigaes objtivaso conhecimento ea capt das condijdes subjetivas do ambiente em que ela ocoree: 0 jogo de vontades poltcas dos diferentes grupos envolvidos, a corrclagio ste foryas,aanticulagodesses grupos, a alingas ou a incompatibildadesexistentes entre os divttos segmentow. Esse conhesimento isk posibilitar, além da vistlizagio de propostas com indies mais tee de viabldade, « pereepeto eo manejo das difculdades e das potencilidades para estabelesimento de parcels, de acords, de Compromisss, de exponsablidades comparilhadas. Theta apreensio levou a assumir 2 importincia do carter paliico do planejamento © a necesidade de operi-lo de uma perspecivaestratégie’, que uabalhe sobre este context cde relagoes prcendendo sia compleidae,enfitzando os ganos do proceso TBesnsforena, o dominio ea oxentass0 do xo dos acontecimentos pe pantam por um novo sentido de competéncia: além da Tompertncia tebrico-pritica ¢ técnico-operativa, hi que ser ‘esenwolvda uma compettacia ético-poltia’ "Lozano Martin (1968) afirmam nfo ses ficilestabelecer sintersclagdo necessria entre o elemento técnico (ou de con “Face 997-0-65 ver ono um pga ge denon “neta see ee enue ea au ge concn bo oe rumen onc bf ebre qoe oa estes stern otns ce en ee evades ovens ee Govier Se cg em ey ‘laa ei ie Based go cee ee bse ene ntenctonaiads st abu, St eos ec, ona lis de terns arene ese pnt Dy font sna enn tn Fs ee pega «eve eprom rr 0 maine Seulrgemncn eat edo meme TA SEE Shela po me pniia laoe cents seria rocco mere npr oti, alien Fa ee mmc i a il comer, Evol adh 2 ere cic ppm ses ee vino eget ade enor rape sa, nn nc emp cepgto) ¢ 0 elemento politico (ou de decisto) no processo de planejamento, Via de regra, € funglo especfica do téenico 0 Equacionsmento ¢«operacionaliagio das opges ssumides pelo canto deciséro, embora caibaaele tambéinassumir decides € iimplementar agGes. 7h representagio dessas atividades © de sua sequéneia € cesquematizada a seguir cisto squaciGanesi0 oreaacronanizackor se EQUACIONAMENTO ‘Corresponde 20 conjuaa de informagbessigniicativas pace “atomads de decides, encamindacs pelos téencos de planejamento 208 centros decisorios Torano € Martin (1968), refeindo-se a0 exerccio dessa atividade, comentam que fn essencal do planejamento, como notrumento eéenico, & aumertar a capacidade € melhorae a thalidade do processo de adosio de dedsbe, ofereendo daos isicosdasituasao enecessidades, elementos de juizo para apreciar rsitagiese dads para afrgtodas tennis eproeyes fare. No entanto, deve-e ter presente que esta fang nao exer pelo plnejudor de manciadssancada de ss pes no comtexto {as eager soca ema vez qu, slant ew mesmo problema ede Gna mesma demanda, #6 pessoas tem diferentes formas de rtaminhameto de apreensio do real 15s eth rlacionado& visto Ale mundo de cada pestoa e8 fone onde busca seus fundamentos no20 Mau Venus Barrera ccontesto das grandes correntes te6rico-metodllgicas."Decorrem slesas fontesdistntasorientagdes te6rico-prticas, que incidem, principalmenteem seus procedimentos ena deimitago do seu objeto de conhecimento ede act. ‘Se sua peespectva da realidade se faa partie de arn agulo conservador, o planejador vai percebé-la enquanto fato social ‘objetivo, romando 0 dado como o limite da reflexto. Esa angulagion concede sutonomia ao fato social, acetando, com elemento dime do horizonteanaltco, a postividade da forma pela qual as relapses sociais se poem; ou seja,scitando o real gue se colaca imedia tamente aos senidos como dado de fato, no disetindo a realidade posta por essa objetvidade,fazendo com que a apreensi0 do real se resumma nas questOes coiocadas no cotidiano, nas relagdes de conseitnca ede coereto cultural, nfo interessinda o processo que estéem sua glnese. Nessa perspectiva no € levado em considerass0 aque a estruruea das clases socinis naquele momento histico & seterminada pela relagdes econdmico-sociais que so estabelecidas 1 jogo de Forgas em presenga na sociedad’ ?Por outro lado, ses perspectva da realidad objetiva erste procuainscreverereconstrs stuagdes emergentesem um circuit maior no qual busca as determinagSes que confoemam a estrutura ‘onjantural da questioanalsaa, Paraiso, assume un poscionamento politico que The permite romper com oe pacadigmas explicativos tradeionais the posiilitatematiza a rages mais profundas da Sociedade, no imerior das quis ox process se desenrola, Trata-se le entender 0 ser socal em saa genercidade (na val o poltico ests presente) 0 que se fs na telasoparticularidade /aniverslidade, Pease soci. a Dscisko orresponde is diferentes escolhas necessvias no decorcer lo processo,O nivel de envalvimento do planejador nessa atividade € varbvel, de acordo com 0 sea posiionamento ante as questOes ‘que trabilha, suas oped ideo-politias e as parcularidades de ends ex. (© prvilegiamento da dimensio poltco-decis6via€ base das nova eflexdes que se fazem solve o planejamento, Essa reflexdes cvidenciam, de partda, « necessdade do téenio ter presente, 30 realizar sou srabalho, as ids e sistema de valores subjacentes 36 ecisdes norteadoras do planejamento e, a0 mesmo tempo, procirar compreender a realidad trabalhida em seu conterto de tensbes € presses de interessesdiversos, como base de sstentagio da decsto. -Evidencam, ainda, a necesidade de uma anise erica do significa do edas decorréncias das novas propestas para aqucles que estejam sob seu rao de in luénci ‘As resultantes deseasandlises determinam a importincia da participasio de segmentos da populasf0, como sujeito politico, no processo decisério, Para tanto, ¢planejador passa a preocupar-se com a vinculagio de seu trabalhe 20 processo de organizagio e de ‘obiizagto da popula ligadaa problemétia eraada,sitwando- ‘40 mesmo tempo na universaidade do real 8 importance enfatizar que, enquanto no planejamento tradicional perdia-e a referdncia conereta 20 sujeito ~a populasio entrava como “suis”, “demandante”, “clientela”, mas nunca ‘como se histérico no planejamento agora propesto a populasi0 pertonagem central do proceso, Para Matus (apa Testa in Rivera, 1989:79), planejamento nfo € privilégio da Forga socialslominante, representa uma tentative de acumulagio das Forgas politicas que constisem a vociedade!, Portanto, estas forsas de pressio ~ os grupos onganizados © ‘0s movimentos populares~sio clementos importantes no jogo do poder, por propiciarem coadigoes tanto de conquista quanto de aprofindamento de espagas nas poiticas socais, o que tora ‘evidente a imporeincia ea oportunidade da ago do profissional de planejamento juntoaeses groper’, Essa ago const6i-se, freqiient=- ‘mente, problematizando as questbes que se colocam como desaio, em seu diaa-liaeeriando eondiges pata a citca da politica exis- ‘ene part seu enfrentamente, Const6i-se também através de apoio" {ec (1997 col gu od set eh ce ko inne ennai ots od i co ka st a ir apt Sprint eae ng” SSS NSO ne Serene ip slave gp ttemene, drones ibid coporaivn, comporatives dees shes scala oo equliio acanal no sede do ito phe ape a oe sr aes Sa Se ‘Soi Si contrainte See oat ‘Eto ecm ea cane ge paar ee esha poi pen 4h ‘egiino som dlp exe da bn oe ge ot Yrs sna eouvoa in pre mee "cons ace scan nar Coa smn meats eid rena po nse ‘Soran cometh pn tease pefsonuemoe ae {pero encontrar ae epost wis den a spre spss See ‘Meise degen te ace eh dco {ica itd eres praca bepenonnc cone dee entre fen npr pans A {erent de ion entice eran loge sg co eae ‘portniies pica" (Bape, 7106) © *eNstmente a Puannsanse soon 2 na ormulagio coletivade etratégis de mudangae controle popular sobre aaoridat, rend como refréncia uma perspectva norteada pelo processohistrico, as coreaptes de forgas eas tticas passives, a custo € médio prazo. -Bsse € um movimento no sentido da sacalzagto da politica «da incorporacto permanente de noves sujetos, com a eriagfo de ‘bases para multiplicagio dos mecanismos de pavticipagio direta no processo decisévio, na qual individuos grupos ganham astonomia € representatvidade, desligados ds tela do Estado. A ampliagio esses sujeitos coletivos de bate sua unifiasio nas lutas mais eras (expeitada sua autonomi e diversidade)" podem vie a ser vigorosoinstrumento de presso ede controle sobre as instiigoes, invertendo a tendénia clisica& burocratizagio € 20 conservado- rismo das decises, Orsracionatszacho Acoperacionalizagio relaciona sao detalhamento das avidades ecesstias & fetvagso das decises tomadss, cabendo aos téenicos sua consubstanciagio em plano, przgramase projets, ¢, na ocsiso ‘portuna, em sistematizagio das medidas par sua implementasio, Hk que er pret ue cpr pode medi amas, a0 ‘pettus pl ame ao Ponte de pnd fod 0 tnedino ( oman cotprstns} pan tg eit ge Plo ‘ ‘Stade so eld sje consent dare” (Bais, 987107)Agso ‘A instincia da ago refere-s is providencias que transfoemasio. em realidade 0 que foi planejado. Ao opera, cabe 20 téenico © acompanhamento da imphintagio, 0 controle e a avaliagto que realimentario o ciclo de planejamento, de acordo com as petepectias da politica defini Parte ILO planejamento corio proceso ‘tenico-politico Yaeger sinatra nat da fara, wanca oes pro te mais ‘fel mor aad pore eng ar ls aterm eno ric ar rnd fara de qr pron Hana Ande planemento se rein apart de um proceso de apro- images, qe em como centro de intzesse a stuato delnitada ‘como objeto deinerenso, Ess aproimagéexconsbstanciam ‘mtd e coum em todos o-sipare nei de planejamento. ‘Aina que submesidas 20 movimento nai spo d sociedad, eu conto epic ick depended ertara¢ dat cea cas parle de nda stato (0 detencadeamento dese pce pariclar de plane mento se 62 patie do recoakecimesro da neesdade de wna ao stern pene quetes liad a press on exis Aeterminados por stagBex que, em um momento histo, colacam desfior por sespostss mai compexas que aque onetrulds no iedito ds pte. Bar quesdes et, via de regi, lds acca do aqi/agora que surgem prin ‘mente em fans:+ necsidide de utlizar recursos eseasos para aender andes problems neces de aplica ecus excedenes ou de wtlzar equipamento ocds0; * disponible de cus de apni de Enanciamento; + rand do poder decisvio para nova iderangas; + neces de fundamencarnovs programas. ‘ind que © planjtnnto, cama um proceso coaoun & nisi, pia vr reed deses emul, «tend atl & Jerr daborsa de panos, programas ou pots oom, de azo nto, a fore compskados pela adoso consiente ‘gto plana sono police permanente itrvengoPorant, Ades dpa, como observa Later (1970) ma dio pica Sue prep aleero de ecusos pr so eit. Assi decefo de plane, o movimento de eflexio~ eco gfe que cancer vaireaizand concomitant ‘mente a segints proses: + consis econo do obj; + exo stay; + efnigo de objetivos para a 9805 ‘formulas © escota de aecnativas, + monragem de plans, programas €/oa pojetce, ‘+ implemenasi; + nplanty36; * contoleds excuse; + alge do proceso e da ato execu; + retomad do proceso em um gov prt, born es prosimagessearesentem neste rabalhoem sua seine igs, contin ediniis, a peli eeprocesso rem sempre se sont nidament odenado its vent, eto Aologiament, 0 planjador desevolve avidads,siultanen- rent, em difeenesaprximages, una Yer que el interagem de mance dni. "ar estudo procs ier uma aie simplifet do proceso com ists au apesentaio didi, ando forma organiza un materi complexe (© quad presentado a seguir, ose um slese dea Quai sae nnn do prone dphsimeta a Se eS ome soe [ESAS =— | co Est ee