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Aprendendo Grego TEXTOS E VOCABULARIO Tradugao Cecilia Bartalotti Supervisio Flavio Ribeiro de Oliveira Luiz Alberto Machado Cabral ODYSSEUS Aprendendo Grego EDICAO BRASILEIRA Antes de iniciarmos a tradugdo da primeira edigio do Aprendendo grego em 2004, solicitamos a opinifio de professores ¢ estudiosos de lingua grega antiga, A maioria dos professores questionados via a publicagdo como uma excelente contribuig30 a0 seu trabalho, e boa parte jé usava o método, apesar da inexisténcia de tradugio. Dois anos mais (arde, quando conclufamos os (rabalhos de tradugio, fomos surpreendi- ddos pelo langamento da segunda edigZo pela Cambridge University Press. Tendo 2 segunda edigio recebido intimeras alterages, ¢ sendo estas fruto da teflexio e da uti- lizagio do método por educadores, decidimo-nos pela publicagio da edigo aprimo- rada, propiciando assim aos estudantes e professores brasileiros a versio atualizada cde um recurso jé consagrado para o ensino do grego em varios paises. A tradugio e publicagao do livro de Textos e vocabuldrio em forma de CD-ROM, em vez do livro tradicional, tem unicamente em vista a redugo do prego final do conjunto, permitindo que o leitor imprima partes do livro conforme sua necessidade, 0s trabalhos de tradugio, supervisio e revisio levados a cabo por Luiz Alberto 'M. Cabral, Cecilia Bartaloti e Flivio Ribeiro de Oliveira merecem os eréditos de ‘um trabalho esmerado. Agradecemos a virios professores da rea que foram consul- tados no decorrer dos trabalhos e somos especialmente gratos pelas intimeras cor- rogdes e sugestées recebidas dos professores Paula da Cunha Correa e José Marcos Macedo. ST. Reading Greek XTOS E VOCABULARIO Publicado pela primeira vez.no Reino Unido em 1978, Aprendendo Grego tornou-se um best-seller na categoria de curso introdutério de grego antigo em um ano para cestudantes ¢ adultos. O livro combina o melhor das téenicas modernas e tradicionais de aprendizagem e € usado amplamente nas escolas, cursos de vero ¢ universidades ‘em todo o mundo. Foi também vertido em viias linguas estrangeiras, Este volume Texto e Vocabulério, que acompanha o livro, contém uma narrativa inteiramente adaptada a partir de autores antigos a fim de estimular os estudantes a desenvolve- em rapidamente suas habilidades, ao mesmo tempo em que recebem uma excelente introdugio & cultura grega, Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4 Parte S Sumario Preficio Vii Preficio a segunda edigdo ix Agradecimentos xii Notas sobre asilustragdes xvi Notas sobre a segunda edigdo xvii Atenas no mar Segio Um A-I: O golpe do seguro Seco Dois A-D: O pasado glorioso Segao Trés A-E: Atenas ¢ Esparta Decadéncia moral? Se¢4o Quatro A-D: Desrespeito a lei na vida ateniense Segio Cinco A-D e Seis A-D: "Sécrates corrompe os jovens” Segdo Sete A-H: Séerates ¢ a investigagao intelectual Atenas pelos olhos do poeta comico Segdo Oito A-C: As aves de Aristéfanes ¢ visdes de Utopia Seco Nove A-J: As vespas de Aristéfanes Segio Dez A-E: Lisfstrata de Arist6fanes Segdo Onze A-C: Os acarnenses de Arist6fanes As mulheres na sociedade ateniense Segdes Doze a Catorze: O proceso contra Neera Segio Doze A-I: Neera como escrava, Segio Treze A-I: Nera como mulher casada Segao Catorze A-F: Protegio da pureza de uma mulher Sego Quinze A-C: Alceste na pega de Euripides A visio ateniense de justia Segdes Dezesseis e Dezessete: Justiga oficial e privada Segdo Dezesseis A-H: Justiga oficial: navios, Estado ¢ individuos Segio Dezessete A-E: Justiga privada: problemas no campo Sego Dezoito A-E: Como Zeus deu a justiga aos homens 22 30 4 42 3 n 89 90 99 120 130 138 140 144 161 15 183 190 191 192 204 214 Parte 6 Parte 7 Sumério Deuses, destino e homem Segio Dezenove A-F: A histéria de Adrasto Heréi e heroina homéricos Sogo Vinte AG: Odisseu ¢ Nausicaa ‘Vocabulirio completo grego-portugués das palavras a aprender Como encontrar a forma lexical de um verbo Convengao Lista de nomes préprios 225, 207 243 246 267 267 268, 287 Prefacio Hi um critério, ¢ apenas um, pelo qual um curso para aprendizes de uma lingua no mais falada deve ser julgado: a eficineia e a velocidade com que esse curso os leva a ler textos na Iingua original com precisio, entendimento e prazer. © estabelecimento de um Greek Project pela Joint Association of Classical Teachers foi produto da convicgao de que era possivel compor um curso de grego antigo que satisfizesse esse critério melhor do que qualquer curso jé existente Haveria pouco sentido em um projeto desse tipo se o declinio atual do grego nas escolas tivesse sido reflexo claro de uma geral, crescente e irreversivel inca- ppacidade da sociedade moderna de responder esteticamente ¢ intelectualmente 2 cultura grega; mas essa incapacidade de resposta nfo ocorreu, uma vez que a popularidade da literatura grega em tradugées ¢ de cursos de arte ¢ histéria gregas continuou a crescer. Pareceu a Joint Association que havia uma lacuna precisando de uma ponte. Pontes custam dinheiro e, quando um pedido de £40,000 em contribuigSes foi feito no inicio de 1974 pelo Dr. Michael Ramsey © outros, era legitimo ter dividas quanto a como a causa do grego iria se sair em competigao com outras causas mais populares. Mas os otimistas viram-se justi- ficados: em novembro, haviam sido obtidas contribuigdes na ordem de £63,000, uma soma que mais do que compensava o efeto da inflagdo depois do orgamento inicial do projeto e, em 1976, um pedido de contribuigées para manter um quarto ¢ sltimo ano de trabalho resultou em mais de £15,000. Isso foi possivel gragas a centenas de individuos, muitas escolas, faculdades, instituigdes e fundos e, em particular ao Leverhulme Trust Fund, ao Ernest Cook Trust € & Cambridge University Faculty of Classics. ‘Nao teria sido dificil compilar mais uma gramtica descritiva sistematica de rego e entremeé-la com exercicios que testassem o progresso do aluno ao longo da gramética, estigio por estigio. Nem teria sido dificil por diante do aluno uma antologia da literatura grega, traduzir a maior parte para ele, oferecer a interva- los algumas regras gramaticais préticas ¢ inspiré-lo na esperanga de que pegasse 6 jeito com a lingua e, com o tempo, conseguisse entender a “esséncia” ou os “pontos principais” de qualquer texto grego. Qualquer um que aprenda grego pelo primeiro desses dois métodos levard muito tempo para chegar ao ponto de ler um texto grego original; no caminho, tera adquirido muito mais conhecimento gramatical do que precisava e muito menos conhecimento do que 0 necessério sobre o pensamento ¢ o sentimento gregos. A técnica de compilar uma gramética descritiva para fins de referéncia Prefacio © a técnica de apresentar um idioma a um estudante so totalmente diferentes, como os professores de Iinguas modetnas sabem, A nogio de que se pode pegar o jeito de textos estrangeiros simplesmente lendo uma série deles com a ajuda de tradugées, mas sem uma orientagio linguistica cuidadosa, € igualmente ilus6ria, Podemos de fato esperar compreender boa parte do que nos é dito em uma lingua moderna se formos colocados em um ambiente em que possamos ouvi-la o dia inteiro; mas nosso progresso depende de sermos participantes da situagio em que as palavras so pronunciadas e da disposigao do falante nativo de repetr, simplificar, falar mais devagar e comple- mentar a fala com sinais e gestos. Nossa relagZo com os autores gregos é dife- rente; se abordarmos uma argumentagfo platénica ou um didlogo tragico apenas com uma vaga ideia de gramitica, as chances de um entendimento equivocado — nao marginalmente, mas totalmente equivocado — 40 muito altas. © curso foi composto e revisado por pessoas que se preocupam basicamente com o que funciona melhor ¢ nao usam “tradicional” ou “moderno” como termos elogiosos ou depreciativos, Nas primeiras segdes, predominam as palavras ¢ cons- trugdes mais comuns e as oragées sio curtas; mas a estrutura das oragdes nio foi adaptada ao idioma do aluno, ¢ o teste de frequéncia nao foi aplicado de forma tfo rigorosa a admissao de vocabulirio e expressdes a ponto de roubar todo 0 colorido a linguagem. No inicio, o texto grego é uma composigo moderna, embora seu ema seja derivado de fontes gregas. Mas logo as vozes de Platio ¢ Arist6fanes comecam a ser ouvidas; os compositores modernos vao sendo afastados a medida que os autores antigos, progressivamente menos reescritos para adequar-se 3s limitagdes do aluno iniciante, assumem o comando, O contesdo do texto é deter- minado tio raramente quanto possivel pela descomplicacao linguistica e tio fre~ quentemente quanto possivel pela necessidade de familiarizar o estudante adulto ‘ou quase adulto com os aspectos caracteristicos da cultura grega, ‘Nem todos acham que € certo compor em grego ou adaptar textos originais, io hé nada, em nenhum curso de linguas, que todos considerem certo. A equipe do Projeto, o Comité Diretivo ¢ o Consellio Consultivo foram obrigados a tomar uitas decisdes —&s vezes contra a opiniao de uma minoria, mas munca sem uma discussio paciente ¢ amistosa —que softerdo crticas, Pede-se que os criticas levem em conta que a experiéncia combinada de sala de aula, sala de palestras e atendi- mento pedagégico da Equipe, Comité e Conselho nao é apenas consideravel, mas variada; que rascunhos sucessivos, tendo sido testados na JACT Summer School em outros locais, neste pais e nos Estados Unidos, foram constantemente revi- sados diante dos resultados dos testes; ¢ que, no aprendizado de linguas, podem surgir ocasies em que a carne suculenta para um homem € o repolho eru para outro. A Equipe foi, do inicio ao fim, criativa e engenhosa, répida ¢ cordial nas respostas is criticas ¢infalivelmente determinada diante de dificuldades técnicas. E tem boas razées para acreditar que o curso que produziu possa vir a representar, para a maioria dos estudantes, um caminho mais direto e curto do que qualquer outro para chegar literatura grega como os préprios gregos a conheciam. KJ. Dover Prefacio & segunda ediga0 (© Curso de Grego Aprendendo Grego da Joint Association of Classical Teachers foi escrito para principiantes que estejam no ensino médio, universidade ou edu- cagio para adultos. Seu objetivo € possibilitar que os estudantes Ieiam o grego tico dos séculos V e IV, Homero e Herédoto, com alguma fluéncia ¢ capacidade de compreensio, em um a dois anos. O método consiste em um texto grego ade quado ao nivel, adaptado de fontes originais (contido em Aprendendo Grego: Texto e vocabuldrio), associado a um livro de gramética (Aprendendo Grego: Gramética e exercicios), que mantém correspondéncia com o texto. Método Os dois livros devem ser usados em conjunto. Estdgio Um (usando 0 Texto € 0s vocabulitios especificos) Com a ajuda do professor e dos vocabuldrios que acompanham o texto, ler e traduzir o grego do Texto até o ponto no livro de Gramatica em que comegam as explicagSes grama- ticais referente as segdes em questa, O texto foi escrito para estimular os princi- piantes a ler com crescente fluéncia e seguranga. Os vocabulérios espectficos si0 escritos de modo a possibilitar que os estudantes Ieiam os textos antes da aula depois que os principios gramaticais mais importantes tiverem sido aprendidos. E fundamental incentivar os alunos a fazer isso. Estdgio Dois Assegurar que os estudantes tenham aprendido os vocabulérios especificos. Estdgio Trés Passar 4 Gramética, que expe ¢ explica com clareza ¢ pratici- dade os pontos gramaticais importantes que devem ser aprendidos no momento, Estdgio Quatro Fazer tantos exercicios quanto o professor considerar nec: sfrio para esclarecer e reforgar a gramstica. Apés isso, o aluno deve ser capaz de resolver com sucesso 0 Bxercicio de Teste, que propde um texto novo Depois, yoltar ao Texto e repetir o processo. Conforme o aluno progride, aadap- ago do Texto diminui até dar lugar a textos gregos totalmente nao-adaptados, No final da Gramdtica, hé uma Gramética de Referéncia que resume 0 material da Gramética, um Panorama da Lingua que examina ¢ expande temas encontrados na Gramatica, Vocabulirios e diversos indices. Ouso do Curso B essencial que 0s alunos sejam estimulados a ler 0 Texto com tanta velocidade = compativel com um entendimento preciso - quanto possvel. A quantidade Prefécio a segunda edicao de litura oferecida, seu grau de dificuldade controlado ¢ © vocabulério muito completo devem ajudar nisso, A Gramética ¢ os Exercicios contém o trabalho linguistico detalhado necessério para completar as ligSes gramaticais do Texto, © formato do Curso faz com que ele seja ideal para estudantes que tenham pouco tempo para passar com o professor por semana, Como hit muitas leituras com graus de dificuldade cuidadosamente planejados, apoiadas por vocabulérios completos, esses estudantes encontrardo muito material para ler por conta pripria, Aprendizes independentes Estudantes que estejam trabalhando sozinhos encontraréo auxilio a0 longo do curso em An Independent Study Guide to Reading Greek (segunda edigao, 2008). Ajuda adicional Peter Jones, Learn Ancient Greek (Duckworth/Barnes and Noble, 1998), € uma introdugZo simples aos fundamentos do grego antigo que se mostrou um curso inicial muito til como preparacio para o Aprendendo Grego. Os dois livros da Oxford a seguir sio fortemente recomendados James Morwood e John Taylor (orgs.), Pocket Oxford Classical Greek Dictionary (Oxford, 2002) James Morwood, Oxford Grammar of Classical Greek (Oxford, 2001). Depois de Aprendendo Grego Aprendendo Grego prepara os alunos para ler 0 ético dominante dos séculos Ve IV, Hometo ¢ Herédoto. ‘A segunda parte do Curso € composta de trés volumes ~ dois textos (far- tamente ilustrados) ¢ um vocabulério ~ também publicados pela Cambridge University Press sob a rubrica geral da série “The Joint Association of Classical Teachers’ Greek Course”. Cada texto & constitusdo de seleges de 600-900 linhas de autores classicos importantes, com vocabulério ¢ notas: A World of Heroes (1979): Homero, Herédoto e Séfocles. The Intellectual Revolution (1980): Euripides, Tucfdides e Platdo, Greek Vocabulary (1980): este pequeno volume contém todo 0 vocabulério nio apresentado junto com os textos acima © sucesso de Aprendendo Grego gerou a demanda por mais textos na série, todos com notas ¢ vocabulérios e com muitas ilustragGes. Estes também séo pro- jetados para uso imediatamente apés 0 Aprendendo Grego: The Triumph of Odysseus (1996): Odisseta 21-22 (completos) de Homero. New Testament Greek: A Reader (2001), A Greek Anthology (2002): trechos de mais de mil anos de literatura grega 0 mundo de Atenas (edigao brasileira, 1997) Publicado originalmente em 1984, 0 mundo de Atenas oferece uma introdugo atualizada, amplamente ilustrada ¢ claramente escrita para a hist6ria, cultura e sociedade da Atenas classica. Nele sio abordados de todos os temas apresenta- Prefécio a segunda edigao xi dos no Texto de Aprendendo Grego. Referéncias a O mundo de Atenas (edigio brasileira) serdo enconttadas ao longo do Texto. De tempos em tempos, também citaremos trechos de O mundo de Atenas ajustados para se adaptar 20 contexto ‘ou associados a material relevante adicional. As convengdes ortogréficas de O ‘mundo de Atenas foram adequadas a0 uso do AG nessas ocasides.! "Bm 2007, foi publicads a segunda edigio britinica de The World of Athens, totalmente revisada & luz dos estudos mais recentes pelo Professor Robin Osborne (King's College Cambridge) Agradecimentos da edigao original de Aprendendo Grego (1978) Aprendendo Grego foi desenvolvido por uma Equipe de Projeto (Dr. PV. Jones, Dr. KC Sidwell e Sra. FE, Corrie) sob a orientagio de um Comité Diretivo & um Conselho Consultivo, constituidos como se segue: Comité Diretivo: Professor LP.A. Gould (Bristol University) (Chefe de depar- tamento); M.G. Balme (Harrow School); RM. Griffin (Manchester Grammar School); Dr. LT. Killen (Tesoureiro, Jesus College, Cambridge); Sir Desmond Lee (Tesoureiro, Reitor, Hughes Hall, Cambridge); ACE. Verity (Diretor, Leeds Grammar School); Sra. EP. Story (Hughes Hall, Cambridge) Consetho Consultivo: GL. Cawkwell (University College, Oxford); Dr. J. Chadwick (Downing College, Cambridge); Professora A. Morpurgo Davies (Somerville College, Oxford); Sir Kenneth Dover (Reitor, Corpus Christi College, Oxford); Professor EW. Handley (University College, Londres); BW. Kay (HMD; Dr. AH, Sommerstein (Nottingham University); Dr. B. Sparkes (Southampton University); G. Suggitt (Diretor, Stratton School); AF. ‘Turberficld (HMI), O Comité e o Conselho completo reuniram-se trés vezes por ano durante o perfodo de 1974-78, enquanto o Curso estava sendo desenvolvido, mas também dividiram-se em subcomités para dar auxilio especifico & Equipe de Projeto quanto a alguns aspectos do Curso, a saber: Texto: KD; EWH. Gramética: 1C.; AMD.; AHS. (que, com KD, tiveram a gentileza de fazer contribuigdes individuais para a Gramética de Referéncia e os Panoramas da Lingua). Exercicios: MGB.; RMG.; ACE. Textos de apoio: GLC JPAG: BS. Difusdo: BWK.; HDPL.; EPS; GS; AFT. ‘Também fomos orientados por virios especialistas do exterior, que usaram 0 Curso ou apresentaram sugestées, a saber IA Barsby (Dunedin, Nova Zeliindia); S. Ebbesen (Copenhague, Dinamarca); B. Gollan (Queensland, Austrilia); Professor A.S. Henry (Monash, Austria); Dr.. D. Sieswerda (Holanda); Professor H.A. Thompson (Princeton, E.U.A.) Gostariamos de destacar nossa imensa divida de gratidio com o Comité Ditetivo, Conselho Consultivo e nossos consultores no exterior. Mas também gostariamos de deixar claro que as decisdes finais sobre todos os aspectos do Curso ¢ qualquer erro de omissio e comissio sio responsabilidade exclusiva da Equipe. Agradecimentos silt Agradecemos a ajuda ¢ os conselhos do Professor D. W. Packard (Chapel Hill, N, Carolina, E,U.A.) sobre o uso do computador para anélise ¢ impressio em ‘tego: e do Dr. John Dawson, do Cambridge University Literary and Linguistic Computing Laboratory, que disponibilizou para nés os recursos do Centro de Informiética para a impressio € exame do material de rascunko nos primeiros estigios do Projeto Aprendemos muito com os membros da Equipe que produziu © Cambridge Latin Course e estamos extremamente gratos a eles pela ajuda, em especial nos primeiros estagios do Projeto. Se produzimos um Curso que adota uma visio ‘mais tradicional do aprendizado de linguas, ainda assim nossa divida a muitos dos princfpios e muito da pratica que o C.L.C. defendia é muito grande, Por fim, nossos melhores agradecimentos a todos os professores de escolas, universidades e centros de educagdo para adultos, tanto no Reino Unido como zo exterior, que usaram ¢ comentaram 0 material preliminar. Devemos um agra- decimento especial aos organizadores da J.A.C.T. Greek Summer School em ‘Cheltenham, que nos permitiram utilizar nosso material na escola durante os ts anos em que 0 Curso estava sendo desenvolvido. Peter V. Jones (Director) Keith C. Sidwell (Second Writer) Frances E. Corrie (Research Assistant) A segunda edigao de Aprendendo Grego (2007) As principais caracteristicas do curso revisado Aprendendo Grego foi originalmente escrito com o pressuposto de que seus usuarios conhecessem latim. Tempora mutantur ~ ele foi agora revisado sob 0 pressuposto de que isso no acontece e a luz das experiéncias daqueles que vem usando o curso hi quase trinta anos. Embora a estrutura geral do curso ¢ seu ‘material de leitura tenham permanecido os mesmos, as mudangas mais impor- tantes so Texto 1, Os vocabulétios especificos e vocabularios a serem aprendidos estio agora no Texto, nas mesmas pginas do grego a que se referem. O Texto também tem 0 Vocabulério de Aprendizado Grego-Portugués completo no final, assim como a Gramética, 2. Hd indicagdes em todo 0 Texto do material de gramética que est sendo introduzido e em que ponto; ¢ hi referéncias as segdes de O mundo de Atenas (edigao brasileira) relevantes para o tema abordado nos textos © para as questées em discussao, Agradecimentos Como resultado dessas alteragdes, 0 Texto pode agora funcionar como um instrumento de “revisdo” de leitura independente para qualquer pessoa que tenha um conhecimento bdsico de grego antigo, qualquer que tenka sido 6 curso para iniciantes utilizado. A segunda metade do Texto, em particu- lar, comecando por seus trechos cuidadosamente adaptados dos discursos juridicos extremamente importantes contra a mulher Neera e prosseguindo até Platao e uma introducdo aos dialetos de Herédoto e Homere, so wma introducdo ideal a uma literatura soberba ea questdes sociais, culturas, hist6ricas e floséficas fundamentais relacionadas ao mundo grego antigo. 3. Varios aspectos da base cultural e histérica do Texto so discutidos de tempos em tempos in situ 4. A Segio Cinco original fot dividida em duas segées, Cinco e Seis. Como resultado, hd agora vinte segdes no curso. Gramatica A Gramatica foi totalmente reescrita ¢ redesenhada. © objetivo foi tornar seu formato ¢ seu contetido mais faceis de usar 1. Huma introdugdo a alguns pontos bisicos da gramética do portugués e sua terminologia ¢ sua relagao com o grego antigo. 2. As xplicagGes sio mais claras ¢ mais completas, compostas para aqueles que nunca aprenderam uma lingua com declinagées, eo formato é mais agradével 0s olhos, 3. Exercicios curtos acompanham as explicagSes de cada novo item de zramitica, Se o professor preferir, estes podem ser usados para proporcionar feedback instantanco sobre o entendimento do novo material pelo aluno. 4, “As declinagdes sto apresentadas na pégina em sentido vertical, eno horizon tal, € a pritica de “sombrear” os casos ainda nao explicados foi abandonada. Agradecimentos A revisio foi realizada sob a égide de um subcomité do Comité de Grego da Joint Association of Classical Teachers, o grupo que teve a ideia do Projeto © 0 supervisionou desde o seu inicio em 1974. 0 subcomité foi constituido pelo Professor David Langslow (University of Manchester, diretor de departa- mento), Dr. Peter Jones (Diretor do Curso), Dr. Andrew Morrison (University of Manchester), James Morwood (Wadham College, Oxford), Dr. James Robson (Open University), Dr. Jobn Taylor (Tonbridge School), Dr. Naoko Yamagata (Open University), Dr. James Clackson (Jesus College, Cambridge) ¢ Adrian Spooner (Consultor administrativo), © subcomité reuniu-se aproximadamente uma vez em cada perfodo letivo durante dois anos e tomou decisdes que afetaram todos os aspectos da segunda edigio. Concentrou-se particularmente na Gramdtica. As Segdes 1-2 foram revisadas em primeiro lugar pelo Dr. Andrew Morrison, as Segdes 3-9 pelo Dr, James Robson ¢ as Segdes 10-20 pelo Dr. Peter Jones, enquanto os Panoramas da Lingua foram revisados pelo Professor David Langslow. Os membros do Agradecimentos xy subcomité leram ¢ comentaram praticamente tudo, © Professor Brian Sparkes (University of Southampton) foi mais uma vez consultor para as ilustragoes. Agradecemos aos estudantes e professores da JACT Greek Summer School de 2006, em Bryanston, por terem feito um teste completo da primeira metade do ‘curso revisado em sua forma preliminar, especialmente a Anthony Bowen (Tesus College, Cambridge); ¢ & Dra. Janet Watson pelo trabalho com as provas. ‘A Cambridge University Press dew total apoio & revisio, Dr. Michael Sharp iscutiu pacientemente conosco e atendew & maioria de nossas solicitagées, Peter Ducker resolveu os complicados problemas de formato com elegancia e habili- dade e Dra, Caroline Murray supervisionou competentemente a informatizagao do texto, Dr. Peter Jones, como Diretor, em a responsabilidade final por esta segunda edigao, Peter Jones Newcastle on ‘Tyne Setembro de 2006 Notas sobre as ilustragdes 3 alto 3 embaixo esq, dir. 16 19 Mapa mostrando a rota de Bizancio a Atenas Vista de sudoeste da Actopole de Atenas. A esquetda estio © Propileu e o pequeno templo de Nike; no topo, a0 centro, 0 Erecteion o Partenon destaca-se ao sul, Foto: Alison Frantz (AT 71). Cortesiada American School of Classical Sudiesem Atenas Detalhe de um navio mercante da mesma taga mostrada nap. 7. “Taga stica de figuras negras representando um navio mereante a esquerda e um navio de guerra de dois niveis & diteta. O navio mercante ¢ arredondado e espagoso e movido por ves; 0 navio de guetra éesteitoe baixo e movido por remos ou vela Final do século VI aC. Londres, British Museum (B 436). © The Trustees ofthe British Museum. Detalhe de uma anfora nolana dtica de figuras vermelhas, atri- buida ao Pintor de Bénocles, que mostra Héracles destruindo a casa de Sileu; ele baixa seu machado sobre um eapitel eafdo Sileu da Lidia costumava obrigar os estranhos de passagem a cavar a sua vinha; Héracles arrancou as vinhas e/ou derrubou aacasa, Segundo quarto do século V aC. Paris, Louvre (G 210) Foto: RMN ~ Hervé Lewandowski Detalhe de uma enécoa ftica de figuras negras, atribufda & ‘Classe Keyside, que mostra um navio com um homem de pé na proa e outros na parte dianteira -o tema é incerto. Que o navio ni esté vindo para terra € mostrado pelo mastzo e vel levan- tados e pelo fato de que os navios entravam na praia de popa Final do século VI aC. Londres, British Museum (B 508). © The Trustees of the British Museum. Anfora dtica de figuras vermelhas de formato panatenaico, alribufda ao Pintor de Cleofrades, representando Posidon com alguns dos aributos de seus dominios: wm tridente e um peixe Posidon é representado como um homem maduro de barba cabelos longos. Infcio do século V aC. © bpk, Berlim, 2006/ Antikensammlung, SMB (F 2164)/Jutta Tietz-Glagow. ‘Anfora de gargalo estreto dtica de figuras vermelhs, atribuida a0 Pinlor de Cleofrades, representando um rapsodo em ama plataforma, Ele esta de pé, segurando seu bastao em destaque & p.22esg p.22dir. p.24 p26 p.28 p.32 Notas sobre as ilustragées xvii frente, ¢ 0 pintor acrescentou palavras diante de sua boca ~“Era ‘uma vez. em Tirinto [sie]..” ~ provavelmente o inicio de uma épica em heximettos, Inicio do século V aC. Londtes, British ‘Museum (E270). © The Trustees of the British Museum. Skiphos atico de figuras vermelhas, atribuido a um seguidor de Douris, representando um persa sentado em uma pedra, ‘com a mao direita estendida para seu grande escudo de vime. Ele usa um traje com calgas compridas ¢ mangas longas ¢ tem ‘um chapéu mole (tiara) na cabeca. Esta é uma de varias repre- sentagSes de persas que parecem ter sido influenciadas pelos ccontatos do inicio do século V, Meados do século V aC. © bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (VI3156) Desenho no interior de uma taga tica de figuras vermelhas, atribuido ao Pintor de Triptélemo, representando uma luta centre um grego ¢ um persa, E feito um contraste entre o traje do guerreiro grego (elmo de bronze, protego para as pernas € peitoral) ¢ a veste com calgas eompridas do persa. Ambos os _guerreiros portam espadas curvas, mas o grego tem um escudo © 0 persa traz um arco ¢ aljava. Primeiro quarto do século V a.C. Bdimburgo, National Museums of Scotland (1887.213). © The Trustees of the National Museums of Scotland. Friso entalhado do “Tesouro” no Palicio de Persépolis. Em uma plataforma no centro esta Dario no trono, com Xerxes atrés. Ele std concedendo uma audiéncia a um oficial medo que faz um esto de respeito;& sua frente, ha dois queimadores de incense. As colunas do baldaquino agora ausente separam os guardas armados dos personagens centrais. Atras de Xerxes hé dois altos oficiais da corte, Boa parte da arquitetura e das esculturas do palicio de Persépolis revela a influéncia e a mao de artesios ‘tegos. Inicio do século V aC. Teera, Museu Arqueolégico. Copyright da foto de The Oriental Institute Museum, Chicago, todos os direitos reservados. Desenho em um prato dtico de figuras negras, atribuido a Psiax, representando um trombeteiro, de mao no quadril, instrumento levantado, soprando uma convocagio. O trombeteiro est vestido ‘com uma armadura. Uhimo quarto do século VI aC, Londres, British Museum (B 590). © The Trustees ofthe British Museum. ‘Mapa de Atenas ¢ Salamina. Desenho no interior de uma taga dtica de figuras vermelhas repre~ sentando um guerreiro usando uma tanga e protecio nas pernas € portando um escudo, elmo lanca. O guerreiro corre paraa direita, mas olha para a esquerda; estaria fugindo de uma luta? O pintor, ‘Skythes (“cite”), tende a ter uma visio humoristica da vida. Ultimo quarto do século VI aC, Paris, Louvre (CA 1527). Foto: RMN. Notas sobre as lustrades 38 esg, 38 dir. 2 46 52.esq 52 dir. SBesg, 53 dir Mapa de Atenas ¢ os portos do Pircu. Detalhe de uma enécoa ética de figuras vermelhas represen- tando um jovem diante de um altar despejando uma liba- eGo de uma vasilha rasa. Primeiro quarto do século V aC. Antikenmuseum Basel und Sammlun Ludvig, Inv. Ka 423 Foto: Andreas F. Végelin ¢ Claire Niggli FiguradebronzedeZeuspreparando-separalangarseuraio. Acbra € provavelmente corintia, Segundo quarto do século V a.C. © bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (10561)/Christa Begall. Detalhe de cintaro ético de figuras negras com uma s6 alga ‘mostrando um homem deitado em seu caixao. A mulher (pin- tada de branco) teve a tarefa de preparar o corpo para o sepul- tamento ¢ os homens vém agora prestar homenagens ¢ unir-se lamentagio. Londres, British Museum (18997-21.1). © The Trustees of the British Museum. Desenho do santuério dos Doze Deuses no centro de Atenas. Situado perto do lado norte da Agora, esse santuétio, consti (uido de um altar dentro de uma drea cercada, era um lugar de refiigio e o ponto de onde eram medidas as distancias para outras partes da Grécia. O santuério foi fundado pelo jovem Pisfstrato no ano de seu arcontado, 522/1 aC. Skyphos tico de figuras vermelhas, atribufdo ao Pintor de Evéon, representando Teseu de manto e chapéu de viagem. Ele segura duas langas, Sinis, o verga-pinheitos, € mostrado no outro lado do sky/phos, sentado sob uma arvore e segurando um porrete. Essa é uma das aventuras de Teseu em seu caminho de Trezena para Atenas. Meados do século V a.C, © bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (F 2580)/Futta Tietz-Glagow. Detalhe de uma pelik@ ética de figuras vermelhas, atribuida a um pintor que 6 uma imitagao ruim do Pintor de Chicago, mostrando Telefo, rei dos misios, que tomou o bebé Orestes como refém bbuscou refigio em um altar como suplicante, Sua coxa esquerda enrolada em bandagens indica o local da ferida infligida pela langa de Aquiles. Agamémnon (no mostrado) esta diante dele & esquerda, Segundo quarto do século V aC. Londres, British Museum (E 382) © The Trustees of the British Museum. Figura de bronze de um cavalo, parte de uma quadriga, Os arreios slo particularmente nitidos, mostrando 2 parte com faceiras curvas © 0 peitoral a que eram presos os tirantes, Segundo quarto do século V aC. Olimpia, Museu. Foto: DAL Athen (Olimpia 1808), Uma colegio de moedas de prata atenienses de varias denomi- nagdes. Cambridge, Fitzwilliam Museum. Reproduzido com autorizagio dos Syndics of the Fitzwilliam Museum. ps7 p.61 p64 esq p64 dir, p73 p.T6esg p. 76 dir. Notas sobre as ilustragées xix Lamparina de argila com pavio aceso, Este pequeno recipiente para éleo podia oferecer luz por 2-3 horas, com brilho maior que o de uma yela, Atenas, Museu da Agora (L 4137). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Bscavagbes na Agoea. Fssas duas redomas de forno eram pré-aquecidas e colocadas sobre a massa jé preparada; eram usadas também para apagar 10 fogo, C. 500 aC. (esquerda) ¢ c. 400 aC. (direita). Atenas, ‘Museu da Agora (P 8862 e P 10133). Foto: cortesia da American ‘School of Classical Studies em Atenas. Escavagées na Agora ‘Um parde botas de viagem modeladas em argila, encontrado em ‘um imulo de cremagio de uma mulher do Geométrico Antigo ‘Atenas, Muscu da Agora (P 19429), Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas, Bscavagbes na Agora Detalhe de uma Anfora dtica de figuras vermelhas, atribusda 20 Pintor da Anfora de Munique, representando um par de botas ‘em um pequeno escabelo sob uma mesa; acima da mesa, um hhomem reclina-se em um sof. Inicio do século V a.C. Munique. Antikensammlung (2303). Foto: Hirmer Fotoarchi. Vista de Delfos voltado para sudeste. A versio do século IV do tempo de Apolo encontra-se atrés do teatro no primeiro plano. Foto: Alison Frantz (ST 1b). Cortesia da American Schoo! of Classical Studies em Atenas. Detalhe de uma cratera com volutas ética de figuras verme- thas, atribufda ao Pintor de Cleofonte ¢ encontrada em Spina, na Itélia, representando uma procisso em honra de Apolo em Delfos. Apolo esta sentado & direta, em um trono elevado sobre ‘uma plataforma, O cenéio € um templo representado por quatro ccolunas da ordem dérica. Os atributos de Apolo so um ramo e ‘uma coroa de louros ¢ uma aljava e arco na parede; alocalizagio délfica € idemificada pela pedra-umbigo e pela trfpode diante das colunas. Uma autoridade espera a procissio chegar; esta é liderada por uma jovem em traje de festa carregando um cesto sacrifical (kanoun) sobre a cabega. Terceito quarto do século V aC. Museo Archeologico Nazionale di Ferrara (T SIC VP) ‘O pedestal de umelevo votive ético em mérmore, mostrando uma sapataria com homens e uma crianga trabalhando. A inscrigo que ‘comega abaixo dessa cena indica que a dedicatéria 6 de um sapa- tciro Dionisio e seus filhos para o her6i Calistéfano, O relevo prin- cipal acima do pedestal nao foi preservado. Meados do século TV ‘aC. Atenas, Museu da Agora (17396). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Escavagoes na Agora, Cristal de rocha do leste da Grécia (Samos?) com um desenho talhado em relevo de um fabricante de elmos sentado em um Notas sobre as lustrades p.8l p83 p84 p88 p90 p92 p. 102 banco ¢ batendo no alto de um elmo com um pequeno martelo. Esse é um motivo comum no entalhe de pedtas preciasas, Fim do século VI aC, Munique, Staatliche Munzsammlung (36246). Desenho no interior de uma taga dtica de figuras vermelhas reptesentando um homem sentado com tabuinhas ¢ estilo, sem divida corrigindo o exereicio do menino que esta em pé a sua frente, Um estojo de flauta esté dependurado na parede. Inicio do século V a.C. Antikenmuseum Basel und Sammlung Ludwig, Inv. BS 465. Foto: Andreas F. Vogelin ¢ Claire Niggli Extremidade decorada de um pente de ouro do timulo real de Solokha, no baixo Dnieper. Acima de uma linha de lebes dei- tados ha uma cena de combate entre dois soldados a pé ¢ um a cavalo, As armas ¢ armadutas so uma mistura de equipamen- tos gregos ¢ citas e, como muitos objetos de ttimulos citas, 0 pente provavelmente foi feito por um artesdo grego residente em Panticapeu, Final do século V a inicio do século IV aC. The State Hermitage Museum, Sao Petersburgo (Dn. 1913.1/1). Detalhe de uma peliké de figuras vermelhas representando uma amazona montada; ela est4 em combate, provavelmente com Teseu. Veste calgas, uma blusa de mangas longas e um chapéu de tecido mole, Sua arma é uma langa; outras representagdes incluem também um escudo lunado € um arco ¢ aljava. As amazonas eram um tema comum na arte grega ¢ sio geral- mente vestidas em trajes vagamente orientais, Siracusa, Museo Archeologico Regionale “Paolo Orsi” (inv. 9317). C. 440 a.C. Foto: Hirmer Fotoarchiv Grupo de dois atores em terracota, atuando em uma comédia ateniense de meados do século IV a.C. Vestem ttinicas curtas ¢ as méscaras estlizadas de um eseravo e um homem jovem (poném com barbay; eles estaofestejando, Segundo quarto do século IV aC. © bpk, Berim, 2006/Antikensammiung, SMB (8405)/Johannes Laurentius, Detalhe de um kots atico de figuras vermelhas represen- tando um homem de barba em taj festivo apontando para um cesto sacrifical (kanown) segurado por uma segunda figura, O cenétio é uma oficina de ferreiro, com o forno a direita e uma bigorna entre as duas figuras, Hi algo nitidamente caricatural na cena, C, 400 aC. Atenas, Museu da Agora (P 15210), Foto cortesia da American School of Classical Studies em Atenas BscavayGes na Agora Desento esquemitico de Atenas por volta de 425 a.C Detalhe de uma pete ica de figuras vermelhas, atrbutda 20 Pintor de Cleofonte, representando uma ménade tocando tum tamborim enquanto conduz 0 retorno de Hefesto, Terceiro p.103 p-105 esq, p. 108 dir. p.ll0esg. p. U0 dir. p.Ulesg Notas sobre as ilustragées wx quarto do século V aC. Munique, Antikensammlung (2361) Foto: Hirmer Fotoarchiv. Detalhe no interior de uma taga dtica de figuras vermelhas, atribuido ao Pintor de Pentesileia, mostrando um jovem de pé diante de outro que esta sentado com uma lira. Acima de suas ceabegas esté a inscrigao “O menino é belo” (kalés), um comer ‘ério comum tanto nessa forma geral ou usando um nome pr prio especilico. Segundo quarto do século V aC, Hamburgo, ‘Museum fur Kunst und Gewerbe (1900.164). Desenho no interior de uma taga tica de figuras vermelhas, atribuido a0 Pintor de Antifon, representando uma mula com ‘uma sela de carga com armacio de madeira, A mula, que era ‘o animal de carga habitual, néo tem freio ou bocal. C. 480 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (10.199). Compra do James Fund edo Museu com fundos doados por colaboradores. Fotografia © 2006, Museum of Fine Arts, Boston. Peliké ética de figuras vermethas, atribufda a um pintor préximo do Pintor de Gottingen, que representa Odisseu escapando sob ‘um carneiro, Ele esté de armadura e segura uma espada; est agarrado com as mos, mas as linhas no corpo do animal fazem aluséo as amarras de seus companheiros. Nenhum ciclope é mostrado; a hist6ria era tio bem conhecida ¢ inconfundivel que cera possivel apresentar apenas um pedago dela, C. 490-480 a.C. Boston, Museum of Fine Arts (61.384). Doacio anénima em meméria de Laccy D, Caskey, Fotografia © 2006, Museum of Fine Arts, Boston. Réplicas modernas de um relogio de égua (klepsydra) ateniense usado para cronometrar discursos nos tribunais. Uma tampa no tubo de bronze na base do recipiente era retirada no infcio de um iscurso, As duas letras khi indicam que o recipiente comportava dois khdes (64 littos)e 0 recipiente era esvaziado em seis minu- tos. © nome Antiokhidos, que significa “pertencente a tribo de Antioquis, pode indicar que esse recipiente era usado quando a tribo estava presidindo a camara do Conselho (Bouleutérion), ‘Atenas, Museu da Agora (P 2084). Foto: cortesia da American Schoo! of Classical Studies em Atenas. Escavages na Agora Desenho no interior de uma taga tica de figuras vermelhas, atribuido ao Pintor da Fundigio, representando um participante de uma festa com um lengo em tomo da cabega, um manto sobre os ombros € um cajado sob o brago, urinando em um jarro, Primeiro quarto do século V aC. © bpk, Berlim, 2006/ “Antikensammlung, SMB (VI 3198), Desenho no interior de uma taga ética de figuras vermelhas, atri- bbuido @ Onésimo, representando um homem em inicio de calvi- Notas sobre as lustrades P. Ml dir, 42 us 7 126 128 esq, 128 dir. 130 cic caminhando com um cesto € um cajado na mio esquerda € ‘um recipiente para liquidos (kddos), provavelmente de bronze, nna mio direita, A grinalda em sua testa indica que ele participa de festejos. Primeiro quarto do século V aC. Boston, Museum of Fine Arts (95.29). Catharine Page Perkins Fund, Fotografia © 2006, Museum of Fine Aris, Boston. Um recipiente (kédos) de argila usado para tirar égua do poco, fem contraste com o jarro de gua (hidria) que era usado na fonte. Na borda desse recipiente, foram inscritas as palavras “eu sou um kddos”; é comum que os objetos recebam 0 poder da fala nesse tipo de inscrigdes. A palavra kalds também foi inscrita, como se o recipiente estivesse chamando a si proprio de “belo”. Final do século VI aC. Foto: DAT Athen (Ceramico 7350) © julgamento de Labes em uma produgao grega moderna de As Vespas de Aristofanes. Cortesia de D.H. Harrisiades e da Organizagio Nacional de Turismo da Grécia Um conjunto de equipamentos de cozinha atenienses comuns: ‘uma cagarola sobre um forno alto, um forno em formato de barril e um brasciro. Séculos Ve IV aC. Atenas, Museu da Agora (P 2306 sobre 16521, P 16512 sobre 16520, P 2362), Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas Escavages na Agora Figura de terracota bedcia de uma mulher ralando alguma coisa em um recipiente de mistura. Inicio do século V a.C. Boston, ‘Museum of Fine Arts (01.7783). Compra do museu com fundos doados por colaboradores. Fotografia © 2006, Museum of Fine Arts, Boston, Detalhe de um skyiphos ético de figuras vermelhas, atribuido a0 Pintor de Brigos, representando um homem festejando ¢ uma cortesa (hetaira). Inicio do século V aC. Paris, Louvre (G 156) Foto: RMN - Chuzeville Interior de uma taga dtica de figuras vermelhas, atribuida a Onésimo, representando um homem calvo em uma festa convi- dando uma cortesa (hetaira) a se despir, O homem usa sapatos ¢ segura uma bengala; um cesto ¢ uma lira estio a0 fundo. Primeiro quarto do século V aC. Londres, British Museum (E 44). © The Trustees of the British Museum Detalhes de uma taga dtica de figuras vermelhas, atribuida a Micron, com um homem em uma festa ¢ uma cortest (hetatra) juntos em um sofi, Primeiro quarto do século V aC, Nova York, The Metropolitan Museum of Art, Rogers Fund, 1920 (20.246), Imagem © The Metropolitan Museum of Art Desenho da Agora ateniense vista de noroeste, p33 p.136 p.138 p44 p. 148 p.1s2 Notas sobre as ilustragées xxiii Prato dtico de figuras vermelhas, aribuido a Bpicteto, represen- tando um arqueiro tirando um arco de sua aljava enquanto vira ‘a cabega para a direita, na dirego de um perseguidor nio mos- ‘trado, Ele veste um traje “oriental” com mangas longas ¢ calgas eum chapéu cita alto, Ultimo quarto do século VI aC. Londres, British Museum (B 135). © The Trustees ofthe British Museum. Interior de uma taga dtica de figuras vermelhas, a maneira do Pintor de Antifon, representando um jovem segurando uma taga na mao esquerda e uma concha de cozinha na direita, Atras dele hé uma vasilha contendo um recipiente para gelar 0 vinho. A atinalda em seus cabelos é mais uma indicagao de que essa uma cena de uma festa. Primeiro quarto do século V aC Compie'gne, Musée Vivenel (inv. 1102) ‘Taga dtica de figuras vermelhas, atribuida ao Pintor de Antfitrte, representando um noivo conduzindo sua noiva parao lar. A noiva, ‘que, como de habito, usa um véu, é seguida por uma mulher com uma tocha, enquanto, & esquerda, a casa é reptesentada por uma porta € uma coluna e dentro est a mae do noivo, também segu- rando tochas. Um jovem toca lira para o casal. Esta pode ser uma verso do casamento de Peleu e Tétis. Segundo quarto do século V aC. © bpk, Berlim, 2006/Antikensammlung, SMB (F 2530)/ Jutta Tietz-Glagow A rea da agora de Atenas, com o “Heféstion” na extremidade esquerda ¢ a Acrépole na extremidade direita. O prédio longo no centro & a recentemente reconstrufda Stod de Atalo, erguida ori- zinalmente em meados do século Il .C.; ela formava, na época, © lado oriental da 4gora. O lado ocidental ficava abaixo da colina «em que estava 0 “Heféstion’. Os tribunais encontravam-se nessa frea e em torno dela. A meia distancia esté o pico de Licabeto e, A dircita, as colinas de Himeto, Foto: DAI Athen, Desenho reconstrufdo do monumento dos Heréis Epénimos. Este era constituido de uma fileira de estétuas dos “‘patronos” das dez tribos em que Atenas ¢ a Atica foram divididas por Cistenes no final do século VI a.C. A base do monumento era usada para a exposigo de anteprojetos de novas leis propostas, avisos de processos e listas para servigo militar, Cortesia da American School of Classical Studies em Atenas. Detalhe de uma placa dtica de figuras vermelhas, encontrada em Eléusis, mostrando partes do culto eleusino, Nao é certa uma interpretacao precisa das cenas, mas Demeter pode estar repre- sentada duas vezes no lado direito, com Perséfone a seu lado no nivel superior e com Taco & sua frente com tochas no nivel inferior. AAs figuras 8 esquerda podem ser iniciados se aproximando. Uma inscrigao na placa diz que ela era dedicada as deusas por Niinfon, Notas sobre as lustrades p. 155 p.156 p. 162 p.i7d p. 183 talvez a cortesi Nanion daguele perfodo. Meados do século IV aC. Atenas, National Archaeological Museum (inv. 11036). Discos de votagio oficiais encontrados na Agora ateniense. Cada jurado recebia dois discos, um com o eixo sélido (para absolvigo) € 0 outro com 0 eixo aco (Para condenago); colo- cando o polegar ¢ 0 indicador sobre os eixos, o jurado podia dar seu voto sem revelar sua preferéncia. Alguns discos tém a ins- crigao “"Votagao oficial” e alguns trazem uma letra em relevo, talver.para indicar a segao do jtiri. Um sistema menos sofisti- cado de seixos (pséphoi) era wilizado antes do século IV aC. Atenas, Museu da Agora (B 1056, 146, 728, 1058, 1055). Foto: cortesia da American School of Classical Studies em Atenas, escavagées na Agora, Taga dtica de figuras vermelhas, atribuida ao Pintor de Brigos, representando um banquete em andamento. Os homens recli- nam-se sobre sofis; uma jovem toca flautas, enguanto outra prepara-se para entregar uma taga de vinho a um dos homens. ‘Um jovem segura uma lira perto de uma coluna, que indica uma cena em um recinto fechado. Hé cestas penduradas nas paredes. Primeiro quarto do século V a.C. Londres, British Museum (E 68). © The Trustees of the British Museum. Detalhe de um desenho estendido de um Iécito ético de figuras negras, atribufdo ao Pintor de Amasis, representando mulhe- res trabalhando em fiar, preparar a la e tecer. 0 Iécito pode ter sido um presente de casamento para uma noiva. Meados do século VI aC. Nova York, The Metropolitan Museum of Art, Fletcher Fund, 1981 (31.11.10). limagem © The Metropolitan Museum of Art Os relevos laterais de uma moldura de altar (?) de marmore, © chamado Trono de Ludovisi, E feito um contraste entre a mulher de véu junto ao queimador de incenso e a tocadora de flauta nua, O propésito, significado e local de producao so incertos, Segundo quarto do século V aC. Roma, Museo Nazionale Romano (inv. 8670). Foto: Alinari Archives, Florenca, Detalhe de um vaso tico de figuras vermelhas (usado para trabalhar com la), atribuido ao Pintor de Exétria, representando preparativos para 0 casamento de Alceste (@ dircita). Ela é representada na entrada de sua cdmara nupcial e suas amigas enchem um lutroforo com musta (centro) e Iébétes gamikot com ramos. Ambos 0s tipos de vasos estdo relacionados & ceriménia de casamento, Duas outras amigas brincam com um passa- inho. O objeto pode ter sido um presente de casamento para uma noiva. Terceiro quarto do século V aC. Atenas, Museu Arqueolégico Nacional (inv. 1628). p.187 P.189 p. 204 p.205 p.207 p.209 paid p.222 p.224 Notas sobre as ilustragées axy Detalhe de um lutréforo de figuras vermelhas apuliano repre- sentando Alceste cercada por seus filhos e com sea marido Admeto a esquerda. A mulher de cabelos brancos & direita pode sera mae ow a ama de Admeto; o homem idoso € 0 tutor (pai- ddagogés) das criangas. Esta é uma das melhores representagies subitalianas de temas trégicos. Meados do século 1V ac. Antikenmuseum Basel und Sammlung Ludwig, inv, $ 21. Foto ‘Andreas F. Vigelin Claire Nigel ‘Taga dtica de figuras vermelhas, atribuida ao Pintor de Panécio, representando tma briga entre fides. C. 480 aC. The State Hermitage Museum, Sao Petersburgo (B-2100). Reconstrugdo desenhada de uma casa de campo perto de Vari, na Atica. De Annual of the British School at Athens 68 (1973). 355-452, Una hidria de bronze. Terceiro quarto do século V aC Cambridge, Mass,, Fogg Maseum (1949.89). Reproduzida por cortesia dos Trustees of the Harvard University Art Museum. Detalhe de uma pelike ética de figaras vermelhas represen- tando um jovem carregando um divi'e uma pequena mesa em preparagio para uma festa, Oxford, Ashmolean Museum (AN 1890.29 (V 282). Shyphos éico de figuras vermelhas mostrando uma rata cena de “patureza morta’ de objetos damsésticos:abajur e baldes, cagarola grelha, arca, cesto, jarra de vinho e caneca. The J. Paul Getty Museum, Villa Collection, Malibu, Califérnia (86.AE.265). Detalhe de um cdice-cratera dtico de figuras vermelhas,stribu- {do ao Pintor de Dinos, representando Prometeu ¢ sétiros. Ble thes entrega o dom do fogo, que 0s sétitos pegam com suas tochas dda haste de férula (narthex). O- nome de Prometeu esta escrito ao lado dele ¢ 03 sitiros sio chamados Como, Siquinis e Simo A iinspiragio para a cena (¢ outras como ela) pode ter vindo do drama satirico de Esquilo Prométhetis Pyrkaies. Ulimo quarto do s6culo V aC. Oxford, Ashmolean Museum (1937983) Anfora ovoide de gargalo estreito dtica de figuras negras, atti buida a0 Afetado, representando Zeus em tum trono,& esquerda, ‘enviando Hermes em uma missio. Hermes esta usando seus sapa- tos alados e chapéu de viagem e segura o caduceu. Terceiro quarto do século VI a.C. Oxford, Ashmolean Museum (G 268/V 509), Anfora dtica de figuras vermelhas, atribuida a Mison, repre- sentando Creso sentado sobre a sua pira fénebre. Sua posigao de realeza é mostrada pelo trono e pelo cetzo, Ele despeja uma libagio de um prato (phidlé), enquanto Eutimo (0 nome esté escrito a0 lado) poe fogo na madeira, C. 500 aC. Paris, Louvre (G 197). Foto: RMN — Hervé Lewandowski. Notas sobre as lustrades p.227 p.238 p.242 p.244 247 p.255 p-257 esq, p.257 dir. Mapa da Grécia ¢ da Asia Menor mostrando 0 Olimpo misio, local da eagada ao javali em que o filho de Creso foi motto, Dinos ‘tico de figuras vermelhas, atribuido ao Pintor de Agrigento, representando uma cagada de javali. Esta pode ser ‘uma versao da cagada ao javali de Célidon, pois, embora Atalanta no esteja presente e nenhum dos participantes seja identificado pelo nome, um cagador segura um machado de batalha que cos- tuma ser associado a Anceu. Segundo quarto do século V aC. ‘Atenas, Museu Arqueol6gico Nacional (inv. 1489). Anfora de gargalo estreito dtica de figuras vermelhas, atribu- fda ao Pintor de Nausicaa, representando Odisseu aparecendo de tras de uma drvore em que Nausicaa ¢ suas companheiras haviam estendido as roupas lavadas, Ele segura um ramo em cada mio ¢ tém a aparéncia adequadamente desalinhada, Atena posta-se entre ele ¢ Nausicaa, que olha para tras enquanto foge com suas companheiras, Terceiro quarto do século V aC. Munique, Antikensammlung (2322) Stdmnos atico de figuras vermelhas, atribuide ao Pintor de Sereias, epresentando Odisseu e as sereias, Odisseu esté amar- rado a0 mastro ¢ os ouvidos de seus companheiros esto presumi- velmente tampados com cera, ja que o canto das sereias nao esti tendo nenhum efeito. Exasperada, uma das sereias cai das pedras para a morte. Primeiro quarto do século V aC. Londres, British ‘Museum (E 440). © The Trustees of the British Museum. Detalhes deumaendcoa sticade figuras negras,atribuida ao Grupo de Burgon, representando dois jovens ¢ um homem em um carro puxado por mulas. Segundo quarto do século VI aC. Londres, British Museum (B 485). © The Trustees of the British Museum. Tampa de uma pixis dtica de figuras vermethas, atribuida a Eson, que representa Odisseu aparecendo diante de Nausicaa € suas companheiras, com Atena para ajudé-to. C. 420 aC. Boston, Museum of Fine Arts (04.180-b). Henry Lillie Pierce Fund. Fotografia © 2006, Museum of Fine Arts, Boston Leécito dtico de figuras vermelhas atribuido ao Pintor de Oritia, representando Artemis com um arco ¢ um prato de libagao (phidlé): um cervo faz alusio a0 seu dominio. C. 470 a. ‘Chazen Museum of Art. University of Wisconsin-Madison doagio de Sr. e Sra, Arthur J, Frank (1985.98). Lécito stico de figuras vermelhas representando Apolo ves- {ido em trajes de concertista ¢ segurando uma citara na mio esquerda e um plectro na direita, A palmeira faz alusio a Delos, sua terra natal. Nova York, The Metropolitan Museum of Art doagio de Sr. ¢ Sra. Leon Pomerance, 1953 (53.224), Imagem © The Metropolitan Museum of Art. Notas sobre a segunda edi¢Zo 1 Os vocabulérios acompanham 0 Texto. A gramética e os exercicios, pro- jetados para uso concomitante com o Texto, encontram-se no volume Aprendendo Grego (Gramética e exercicios) 2. Um sinal da ligagao (“) é usado as vezes no Texto, Sua finalidade é mostrar palavras ou grupos de palavras que devem ser entendidos em conjunto, por haver concordancia entre eles ou por comporem uma expresso, Quando as palavras a ser ligadas estiverem separadas por outras palavras intermedicias, © sinal de ligagao assume a forma ' |. Bsses sinais vo sendo eliminados & medida que a gramética que os explica for sendo aprendida No vocabulirio, essas expressées ligadas aparecem de acordo com sua pri ‘meira palavra. 3. As fontes citadas na pagina de titulo de cada Parte s4o as principais fontes (mas de forma alguma as tnicas) de toda a Parte 4. A pigina de titulo de cada Parte trax recomendagdes sobre o tempo a ser dedicado a ela. Essas recomendagées basciam-se em uma semana com trés, a quatro aulas e supde preparagio pelos estudantes (em particular uma lei- tura por conta propria, com a ajuda dos vocabulétios). Se as recomendagies, forem seguidas, Aprendendo Grego ser completado em 37 semanas. HE 118 subsegdes (isto ¢, segGes marcadas A, B, C, etc.) 5. Transcrigdes dos nomes proprios para o portugués: (a) De maneira geral, os nomes proprios sio traduzidos do grego para o por tugués de acordo com as transcrigdes apresentadas em Gramdtica ¢ exer- cicios, 342, Note-se que a transcrigGo nao fard distingao entre cc, 0€0, ou outras vogais breves ¢ longas. (b) 14, porém, alguns nomes “privilegiados”, tio comuns em sua forma rec ida que alterd-los segundo os prinefpios de transcrigfo que geralmente adotamos seria incOmodo, ‘Athenai'” (ABrivau), “Homers nao “Platon” (ITAdtwv). (©) Todos os nomes préptios encontrados no Texto sio transcritos no voc bbulério dos textos ou na Lista de Nomes Préprios no livro de Gramdtica e exercicios. (A maioria das palavras gregas {em sido transcrita, tradicio- nalmente, de acordo com prinepios latinos e os mais importantes deles so apresentados em Gramética e exercicios, 454), 6 Nao havendo observago em contrétio, todas as datas so a.C. ontraremos, por exemplo, “Atenas”, nao “Homeros” ‘Oynpos), ¢ “Platéo Parte Um Atenas no mar Introdugao Dicedpolis navega em diregdo ao porto de Atenas, o Pireu. A bordo do navio, um plano criminoso é frustrado e, depois, a his- toria da batalha naval de Salamina é lembrada enquanto o barco passa pela ilha. Quando a embarcagao chega ao porto, os esparta- nos langam um ataque-surpresa. A historia é ambientada no inicio da Guerra do Peloponeso, que comegou em 431 Fontes Deméstenes, Discursos 32 Esquilo, Os persas 353ss. Platao, fon 540ess Tucidides, Histéria 2.93-4, Um fragmento cémico, Com. 1.142, 6.32 Adespot. 340 (Edmonds) Xenofonte, Helénicas 5.i 19-23 Lisias, Discurso fiinebre 27 ss, Arist6fanes, Os acarnenses Herédoto, Histdria 8.83ss. 393ss. Homero, Iiada (passim) Euripides, Helena 1577ss Tempo necessdrio Cinco semanas (= vinte sessdes, com quatro sessGes por semana) Nota importante sobre as listas de vocabulario 1. Os vocabulérios aparecem em ordem alfabética 2, Muitas expressdes no texto sao unidas pelos sinais de ligagao ~ e'’, porex., a primeira oragao to moldy éotty év Butaveiw. év 8€ Bufavety ... . Tais expressées aparecerao no vocabulério pela ordem da primeira palavra da expresso. Assim, 16 TAOTV aparecerd em 16; v' 8 'Bu(avtlw aparecerd em év; e assim por 1 Parte Um: Atenas no mar diante, Essas ligagdes serdo reduzidas conforme os nomes e os casos forem sendo aprendidos. No final de cada lista de vocabuldrio e nas explicagées de Gramética voc encontraré listas de palavras a aprender. Essas palavras nao sero repetidas nas listas de vocabulirio, mas so agrupadas na Gramética de tempos em tempos (por ex., p. 23). ‘Todo esse vocabulirio sera encontrado no Vocabuldrio completo grego-portugués no final dos livros de Textos ¢ de Gramdtica. 4, Os acentos nas listas de vocabuldrio que acompanham os textos so impressos da maneira como aparecem no texto. Macrons ~ indicando que uma vogal 6 pronunciada como longa = sio marcados apenas nos Vocabuldrios a aprender e no Vocabulério completo no fim do livro Seco Um A-I: 0 golpe do seguro 3 6 Znv6Oeung bp tiv ve dxpSnONty Kai toy Naplevava 4 Parte Um: Atenas no mar Secado Um A-~J: O golpe do seguro Hegéstrato e Zendtemis sdo sécios em um negécio de transporte de mitho, Eles fizeram um seguro da carga de graos a bordo de seu navio por um valor muito acima do real e planejam “perdé-la” em um “acidente”, obtendo, assim, um grande lucro. Embarcam em Bizéincio, com a carga de graos, 0 capitéo e a tripulacao. O barco navega para Quios (onde um rapsodo embarca) e Eubeia (onde Dicedpolis entra) e, por fim, Atenas e seu porto, Pireu, aparecem ao alcance dos olhos. Enquanto Zendtemis distrai a atengao dos passageiros admirando a vista, um estranho barulho é ouvido embaixo Em O mundo de Atenas: navios € navegagao 2.4, 19; rapsodos 3.44; comércio de cereais 6.65-9; cargas em navios 5.59; Pireu 1.32, 2.23-5, 32, 5.58; 0 Partenon 1.51, 2.34, 8.92-9. tO rAoidy gory Ev Bulavrie. év' 88 'Bufavtin, 6° Hygotpatoc Batver ei¢”td"MAotoy, Ererta 6” Znvddeurc Patver cig td TAviov, téhog 8¢ 3"KvBEpvrjtns Kai of vairar EioBatvovaly Eig td "MAoiov. 10! 8 'nAotov mei eig Xfov. Ev’ SE “Xie, O“parpw8dc eioBatver. Enevra 8¢ mei to"mAotov cic EdPoiav. ev! Se 'E¥oic, eioBatver 5 S-AixaidroAtg, téhog 8 mpdg tig” “ABrvag Met tO“MAOTOV Kati pog, cov Terpaa 18! uly obv ‘Aofov rAet, 8° BE "ZnvéBeunc mpdg nh” yfv Bere 1 Op 6 ZnvsBeync; 6° ZnwsBewne Ops tH’ te “éxpsnOANy Kat tov TapOevaova. é Enerto 8é 8! te ‘AuccidmoAic Kal 6 r KoBepvitens 10 p06" tHv yfiy BAgmovary. tf dpdaw 5 ArKaadnodrg Kat & KoBepviieng; Kai 5° AnKatsroAtG Kai 6" KUBepyrfen tr te “cxepdrodwy 6 Op@or Kai tov TlapSeveva, eEatpvng 6! te ‘Arkardrodig Kai O“KuBepviitns WSpov &Kovovar.

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