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PIRINEN et al. 2022.

Design
Enters the City: Requisites
and Points of Friction in

Pirinen, A., Savolainen, K., Hyysalo, S., & Mattelmäki, T. (2022). Design
enters the City: Requisites and points of friction in deepening public
sector design.
International Journal of Design, 16(3), 1-19.
https://doi.org/10.57698/v16i3.01

É crescente o número de gestores governamentais e cidades que


implantam o design como forma de lidar com as demandas complexas e
crescentes de governança pública, acelerados por mudanças
demográficas, sociais, ambientais e econômicas. Isto faz com que o
serviço por eles oferecidos se tornem mais centrados no cidadão.

Organizações públicas utilizando o design no nível estratégico.

Estas novas atividades de design são caracterizadas por serem


centradas no cidadão em métodos e soluções colaborativas.
Tipicamente lidam com questões mais intangíveis, sistêmicas e
estratégicas em comparação aos processos de gestão pública
tradicionais - o que gera atritos e, por vezes, dificulta a sua
implementação. Esta mudança de atuação reflete um maior foco do
campo do design em níveis estratégicos e sistêmicos, bem como uma
preocupação ética e social crescente.
Ampliar o olhar e não considerar a utilização do design em uma cidade
apenas no nível projetual, e sim, considerando a cidade enquanto
promotora, consumidora e beneficiária do design.

Cidade de Helsinque, Finlândia, umas das pioneiras em implantar o


design no setor público.

O design traz um entendimento mais diversificado dos valores e


demandas sociais.

Governança participatória: um conjunto de práticas interessadas em


ofereces serviços mais responsivos; coesão social e aumentar a
confiança nas políticas e na governança em si.

Para contextualizar as práticas de design nesse cenário heterogêneo e


para aprimorar a imagem das organizações públicas como o alvo
sistema de design, discutiremos brevemente as características, escopo,
atores e maneiras de organizar o design em organizações públicas (p.
03)

As atividades de design no setor público tipicamente envolvem, ou


desenvolvem condições de envolvimento de algum nível de participação
cidadã.

Competências-chave do design no setor público: - centrado no humano


e sensível às necessidades do usuário; - processo orientado à solução e
inovação; - forma de trabalho participativa, colaborativa e interligada; -
analisar problemas complexos de forma holística e sistêmica; - a
habilidade de dar formas concretas a conceitos e ideias abstratas; -
ferramentas criativas, visuais e tangíveis; e habilidades em
prototipagem.

Designers que atuam no serviço público podem ocupar um papel


estratégico, orientado para a melhoria das soluções existentes, serviços
de visualização de cenários futuros e projetando para ecossistemas de
serviço complexos.

The public sector design ladder by the Design Council / The Danish
design ladder (p.04)
Fatores que impedem a efetividade das atividades de design em
diferentes escalas (do pontual ao sistêmico): - desafios advindos da
complexidade e institucionalização das organizações públicas; -
desafios relacionados à responsabilidade e impacto do design; -
desafios em gestão, integração e implementação do design.

Codesign traz implícita uma ideia de redistribuição do poder, e uma


abertura da governança para que seja redesenhada pelas pessoas e é
difícil de se alcançar no setor público.

Codesign é ameaçado por preconceitos e equívocos; diferenças de


linguagem e cultura; metas e expectativas conflitantes entre os atores.

As dificuldades em mensurar o impacto do design faz com que os


servidores civis o considerem superficial e incapaz de criar mudanças
profundas. As atividades de design se emaranham com as demais
atividades de desenvolvimento e atrapalham uma métrica específica dos
resultados de design, especialmente no nível estratégico.

O design no setor público enfrenta um problema relacionado à questão


da representatividade: a prática de design que geralmente se dispõe a
atuar em questões individuais de cada usuário entra em contradição
com a razão de ser da governança pública, que é desenvolver serviços
para todos os cidadãos.

No design participativo, processos equitativos e que permitam o acesso


de uma maior parte de pessoas devem ser reconhecidos para evitar
distorções de poder e uma pseudoparticipação desprovida de impacto
real.

As práticas organizacionais da administração pública derivam de uma


mentalidade hierárquica e burocrática.

A gestão pública está polarizada entre líderes "modernos", que


promovem uma cultura operacional ágil e centrada no cidadão e uma
"velha guarda", que se vale das visões tradicionalistas de prestação de
serviços e de alocação de recursos.

Discrepância entre as atividades rápidas e experimentais características


da prática projetual e o desenvolvimento lento das operações na
administração pública, geralmente baseadas em legislação e processos
políticos de tomada de decisão. Estas diferenças podem se tornar
complementaridades.

O design é frequentemente percebido como distante, estranho, elitista


e alienante por funcionários públicos.

É primordial que as atividades de design sejam coordenadas e tenham


metas comuns, além da necessidade de deixarem de focar em pequenos
projetos para se orientar rumo à uma utilização mais sistemática do
design e de parcerias de longo prazo. Além disso, deve-se compartilhar
o conhecimento e capacitação como forma de melhorar a capacidade
de design da organização.

O impacto positivo de um trabalho de design está diretamente ligado a


um entendimento profundo do sistema-alvo, das habilidades de gestão
e das habilidades facilitadoras da colaboração transdisciplinar.

As entrevistas mostram que a utilização do design na cidade ainda se


limita majoritariamente às fases mais iniciais e abstratas do processo,
de coleta de dados sobre o usuário e ideação, raramente sendo
empregadas em fases de prototipagem, implantação de soluções e
iteração.

Os resultados do processo de design são ainda mais difíceis de ser


colocados em prática quando uma organização externa é a responsável
pela execução de determinados projetos da gestão pública.

impactful design work would require more commitment to change


among the managers and the whole organization, overcoming
organizational siloes and hierarchies, and sufficient resources to
manage organizational
change and support the diffusion of new practices among the
personnel, going beyond individual design projects (p. 14).

O modo tradicional de gestão pública (burocracia) é um obstáculo às


experimentações do processo de design. A falta de conhecimento da
população civil acerca do campo do design também (demanda
comunicação dos resultados e compartilhamento de conhecimento).

Figura 4. Os requisitos de design na administração pública mapeados


através dos desafios previamente identificados (p. 15).
the maturity level and ability
to utilize design vary greatly across the City organization according
to the experience and commitment of individual persons and the
suitability of design as an approach in different divisions. Therefore,
finding the contextual prerequisites and barriers for design and
supporting organizational design capability should be priorities (p. 16).

Designers e servidores públicos estão aprendendo a trabalhar juntos. O


redirecionamento da administração pública para processos mais
participativos e experimentais abriu caminho para o design. À medida
que evolui, o design no setor público propõe práticas mais estratégicas
e socialmente relevantes.

Botero, A., Hyysalo, S., Kohtala, C., & Whalen, J. (2020). Getting
participatory design done: From methods and choices to
translation work across constituent domains. International
Journal of Design, 14(2), 17-34.

Deserti, A., & Rizzo, F. (2014). Design and organizational change in


the public sector. Design Management Journal, 9(1), 85-97.
https://doi.org/10.1111/dmj.12013

Howlett, M. (2019). Designing public policies: Principles and


instruments (2nd ed.). Routledge.

Manzini, E. (2015). Design, when everybody designs: An


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Tunstall, E. (2007). In design we trust: Design, governmentality,


and the tangibility of governance. In Proceedings of the
conference of International Association of Societies of Design
Research (pp. 1-16). Hong Kong Polytechnic University.

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