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a ’By Soe Coleg Fronts Educacionais (Goordemdor Ulises fenced Arai cyt fice me Rao Ree! Ux Pubes (CP) Seri Indes as ag cin |B Aaa ect Bdunso S381 Luiz Carlos de Srcitas Mara Regina Lemes de Sordi Maria Marcia Sigrist Malavasi elena Costa fopes de Freitas | __| _Avaliagao educacional Caminhando pela contramao y EDITORA VOZES Petrépolis Introdugao [A aalagio é uma categoria podagigicapolmica. Diz re pico ao futur, Poranto mexe coma via das pesos, abe Pras oa fecha, submete ou desenvole, nfm ¢ uma catego ‘apemen por conrad O lugar que a avai tem ocupado ma atvidade podagé- aa coloea no topo das atengGes de eudanese pofeiores Marcad pela relies que exo presents no interior da escola felages eas que tevelam estes conexo entre extaecola focedade que's cerca, a avalagio emerge na sala de aula ort Gano foent de denervlvieenty om coma ameaca. Cio: mente atnge tod os stores «depended pare que ene {tam roe de a, cae yn ae ‘rs como objets de aalaao Ostvrs que trata do assnto nem sempre olaboram para ae sgum min non non da rn om ene undo se mia aatrsoment dos apertos nics lads Sb tema, Fi muito mais que tna ports do endmeno seal tt. E dio que traaremos neste lio. Fl aes prac op Gio, cease ancora no dejo de mir ou, no minimo de pro- ‘ear desconforon no campo da avait uc porenialinem 4 {eo dos profeores nos process decsos que protagoniza {jue ese no podem apenas scimitar pelo es tic. Reivndicar do profesor uma avaiagio continue nfo-das- sifcaia into € nis aici, face 4 que conheceos dos Inecanixmos de avalagio vigentes a ela. Como veremos, {Nalngo que o profesor fae sala de ala dose revels somen- item moments formas como uma prova. Hojesabemos que o proceso €repleto de trocas entre momentos frmaieinformais {vain far ds avaliagso um proceso contin em que s Cole Srna Eucacionaia inarumentos avaliativos formas considera verbs, nem Joon fies pelo prose ou por cuts slnos de formal se altar ese complement diteionan- doo futur da ctodante. A informalidae do proceso de wal Sc for decvo no desenvolvimento do ano, pois envale {Tormagio de julzon eras sobre st mesmo, ox quae afetam sta duo estima eterminam alrerando forma pelagggica com 3 {ual o profesor nterage com o estadane rt sala de ala Estes aspects fare da avaliao wm campo de pesquisa de dic aco compreenie~ paranoid dictates doe pripriosprofessores par dar com exe intincado campo der Tages eo ils de aul, o qual nose ego nest expago © em neste nivel da svaliaso,como veremos precio ir mais fandomacompreenio do problema, As r- lags tre avalngoformal informal que cxaminaremos deta Ihadsmente, também so continua, entrant tl eontiidade cm camino abeeo tanto para sucewo como pars 0 racaso do mule, O fn de ser continua ndo arante sue. Como anaisaremos, a aaliagio informal pode nose x- plictada pelo profewor © ainda ssi continu ocoreado na Prtca da ea de aula através ds opydcs metodagieas excl {ss por elem fugio de ses julzos sobre o alana Pte proce so poxsi aiguma facta eenvove no apenas 3 avaiagso do ontesdoextuado, mas tambem a avaliago de comportamen- tld lio cos spn lain ai dont ae Iitudes, O proceso de avalingo, portant no pode erred po ee ed pis ctctareneligados ace se encontram oe mecanismor de {alas do comportamento do eudante ede ua diposigso part cod, Estas priticas,qucrames ou nfo, expressam rages de po- der ede fog no interior da excl “0 poder simbolic, poder Subordinado uma forma ransformada, quer dizer, ireconhe- draliagnn eduenconal . civel, ransfigurada¢ legiimada, das outras formas de poder..” (BOURDIEU, 1989: 15). Entretanc, apesar das determinagbics cexistentes, 0 proceso de avaliagio néo € um jogo ineviivel de ‘arts marcadis. F muito mais um campo de forgs abertoa con- trades que necesita ser enfrentadss por estdantese profes sores, apesat dos limites da instiuigso escolar que temos. Po tem, é preciso conhect-4o para melhor lidar com ele, sja nos Ses limites, cja nas suas posbilidades ‘A avalagio afigura-se como os mecanismos que conduzem &L manutencio ou 3 eliminacao de determinados alunos do ince- fior da escola. Como dizem Bourdieu e Passeron (1975), 0 im- bito da selogio é um lugar privilegiado para se obscrvar as rel es de toca existentes entre a sociedadee a edcagio, em uma focedade de clawes on Embora a avaliagio da aprendizagem em sala de aula sea 0 lado mais conhecido da avaliagao educacional, ext io pode ser tomado como o tinico nivel exstente de avaliagio. A desartcula- {40 ou o desconhecimento da existéncia dos demas nvese a des Consideragio da semelhanga entre suas lgicas suas formas de ‘manifestagio acabam por dicular a superagao dos problemas trabuldoe valine da aprendizager, Orreseados dea pre Sam set articulados com os outros nives que compéem o campo daavaliagi, sob pena de no darmes conta da complexidade que cvolve 2 questi e reduzimos a posbilidade de consrucio de procestos decséros mais circunstanciados ¢ menos ingénuos. Neste sentido, iio postemosesquecer que aeducagao € um fenémeno regulado pelo Estado. A propria escola (de massa) € uma insticuigio do Estado, Iso nos obriga a considerar outros niveis de avaiagio: nto da insituigio escolar, denominada «tlio institucional como do proprio sistema como um todo, ‘ania de reds de ensin. 0 Colegae rons Bduccionaia Nest oo, porns exist cia de ws lve Imegradon de are iicio da qualidade deensino: ana lap em linge ec em ees deen ‘ino (ezada no pals, ealo 08 tmunpi);avaliap nttcinal deorole (eis em cada cxcola pelo Sevcletivo) ea aahapio de pre em om sl deol sb espn satidade do profeoe Cada vee mai ees sie de avaliagio tender a interagir entre Embora esto no pretends epoca cada um destes ives, procurstemos apresetat ‘Eenceto bllcox que pesmium compres integra dees procs, “Ampliando nosoolar, perms ina sai no is sera dat politica palics, No € precio muito exforgo para no tar que avalagotveumainterace mai grande com tas pol dada mle dan pak Oar 9 fran Imarados pela apropiaio das etramentsavaltvas por pute a pli pice lie gu pio, outs pont, ea feruaa ais frramentae pep algo em expecta ig de ditemas ou dela xa Ente seu wo como “emo” para todo ot mals educa- cionais ea gua simples recs, vr scndo constr va pos {lo menos dicoudmicte mais consracva, que pretend props ‘te das feramentas avalavas sob ouro cones do que sa avaliar. E este esforgo que aqui relatamos. Os tts primes captor extio devinados a caminar cada um dos rs nivel de avaliago, O quarto reunird noses considragis Ba ‘A construct dese propia de avliasofi poste a colaborart dos profesoteseetudantes do Loed, um dos ean elucacional a boratérios de pesquisas da Faculdade de Educagéo da Unicamp, [Nossosagradecimentos « zxtov os que patiiparam dessa aven- tues nos dominios da avalagao educacional. Nosws agradect ‘mentos, também, Asagéncias que durante os lkimos 15 anos st portaram 0s trabalhos do laboratério, em especial a Fapesp, CNPq, Fundagio Ford, ¢ aos colegas de outras univers ‘que nos ajudaram nesta caminhada, entre outros 30 professor Francisco Creso Franco (PUC-Rio), ao professor Dalton Fran cisco de Andrade (UFSC) e a0 professor Orlando Fontes Lima Junior (FEC-Unicamp). A contribuicio destes professores foi esencial na formulasio/operacionalizaao da nossa comprecn so dos processos de avaiagio de larga excala I _Avaliagao da aprendizagem: relagocs professoraluno na sala de aula Bestipat quate eerie cosine, caja procpurio Cu prion Cojo cus Gt oda unas flow cm que definattos guns coocsns part orcs «ows Eaminhad. Tai conceitsrefre as ctgria do proce pe: desiie (estes pulapneenc oles epee ce Sle petal vers ce legit ce bienes cola, cea eoguatn am microemblente erin eda dz ala, bem como ar ar rages 8 questo dla sbve necessidade de se ultrapassar a mera fungao de instrugao no pro- eso de ensino-aprendizager,expliitando fncae formatioa evoke “Antes de enrarmos nesas quests, é neces far que a _vaiagio do ensino-aprendnagem em sade ala em como set aamepones diliicy« eralico global du ccela, «erable {nvdntiona, eben de nono préatn caplnl. As elas ene tte tes dois nivel de avaiagSosfo muito ia ¢ permite tim now entendimento sobre publica da atividade de te do profewor a cela te profeerte—mibatidernngs ds toleivo da coals, fgindo a0 entendimneno corrente da aera “eaponsablizagso” do profesor e da escola por avaliago exter. wm Ipntente, peal yc os eiserate do cxtcodimenen dz fees tunpio do prohanse algo secre, vlad cree a8 Dnninie da propia sla cde aula: Por ene caminho, a ers do individual e do coletivo sfo preservadas, sem necessidade de nos Flares exa tin doe exe: nran 2 clei gor tfc © profesor, nem no professor ilado que mpc ua vonade uni- 4 Colegao Srocas Edueaconaie latcralmente, Neste capitulo abordaremos apenas a questio da avaliagi« da ensino-aprendizagem; cientes, porém, de suas rela- ‘ges com o8 outros niveis de avaliago. (© processo pedagégico ea avaiagio Um dos equivocos dos manuais de diditica¢ stuar a aval gfe como uma atividade Fm que ogre ofl do proceso ‘ie ensino-aprendizagem. Nesta visio linea, primeiro ocorre a aprendizagem e finalmente a verificagao da aprendizager, Sedo Ponto de vista das aparéneias € assim que ocorre, do ponto de vista processual, observando-se o interior da sala de aula, esta penpecin moseve inomplen = Esta distorgio estéligada & compreensio das préprias ca- tegorias do processo pedagégico. Se nao situarmos aavaliagio no interior das demais categorias deste processo, ela tenderd sempre a ser considerada de forma isolada, como atividade de Final de processo.E preciso aumentar nossa compreensio so Bre sta questi eno apenas advogar uma avaliagio proces: Para uma visio linear do processo pedagSgico, o planeja- mento ditico € uma sucesso de etapas que comesacoma defi- nigio dos objetivs do ensino, passa pela definigio do contetdo € dos métodos, pela execugio do plancjado ¢ finalmente pela avalagio do extudante. A aaliago alimenta 0 procesto dando dicas ao professor€ ao aluno sobre o que foi ensinado eaprendi- do, Dentro desta concepgéo, para melhorar 0 processo, basta a cotimizagio de cada uma das exapas. ‘Uma forma altemativa de vera organizagio do trabalho dagégico em sala de aula sbandona evs linea ea sult por outra baseada na naturera dinimica econtradivéria das eate- ae «se cee mete pre de oar veslaaliagio e conteadolmetodo, : eaiaga educacional 16 Proce Palansico ‘onjerivosy AVALIAGAO Figura 1: Categorias do ambiente pedagiico da sala de aula Nesta forma de ver o processo pedagégico, a avaliagio no figura ao final, mas estéjustaposta aos praprios objtivos, for- ‘mando um par dialético com ces. Sio os objtivos que dio base para. construgio da avaliagio. Os conteidos eo nivel de domi- ti dees, projets pls objets, ermtem eras ua Oa et soegto de wala, No verde or obetone4 avaliagio orientam todo 0 procesto que segue ‘Ao contriro do que se pensa, nao se trata unicamente de ga- rant a unidade entre objetivos-conteidos-métodos, cabendo postcriormente i avaliasio “refletr” esta unidade e verificar a sprendizagem, Concebida dessa forma, a posigio da avaliagio emerge subordinada ¢ colocada a0 final do process. Se nossa concep¢io de organizagio do trabalho pedagégico for esa, difi- cilmente conseguiremos, depois, convencer 0 profesor de que a 6 Caer FronuirasEdwacionais avaliagio € um processo que tem por finalidade o desenvolvi- mento do alano. (© que estamos procurando estabelecer, enti, éexisténcia de dua grandes categorias ~avalacfolobjetveseconteiido/mé- todo —eentendemos que, no dmbito da sala de aula e da escola dual, ern bavido uma subordinacao da ltima & primeira. Os “bjetivos permanccem embutidos na siruagio de ensino-apren- dlizagem cna prépria avaliagio eterminam decidindo o destino do ano, jé que éa avaliagio que define se ele ted ou nao acesso ‘mais conteido ea qual conteido, E esta posigio da avaliagio, Como reguladora de quais estudances poderao ter acesso aos no vos contetidos no fururo, que faz dela uma categoria central no procesto pedagdgico da escola atua. Este € 0 conceito de aalia- Fepred aise a peda pei, voledo pan al {cio e sles. Estamos usando o termo avaliagio no seu sentido mais am- plo enio apenas como prova ou situacio formal de teste. Vere fos que proceso de araliags mbm tem um lado informal De fato, of processos de avaliagio informais terminam sendo ‘mais relevantes no proceso de exclusio™ Destetépico nical devemos guardar, entio, que avaliagso ‘io é uma questi de final de proceso, mas que ela esto tempo todo presente e, consciente ou inconscientemente orienta nossa 1. Ni se trata, quid postrmos ou no dacetaidae ques alia at sume'na cols apa, E uma conta, Discut uma esa onde ‘lao nto fot central os evaria andl de ones forms de oganizat $Tsclac a sociedad, oqucfoge do xcopo deste liv. Por ora nos limita ‘nora tomat connie dese po de organingiocxstent a cae 2c ‘lors suas concede, 2. Mesmo massages em que 4 onpizato cicoar ¢ ea por progresso ‘Somtinua por clos «proceso de avai infrmal se mann acto, Gqando nto aloriad (-FRETTAS, 20030) Araliagan educacional i atuagfo na escola ena sala de aula atuais Quanto mais clemen- toro nivel de ensino, mais continua e difusa€ a presenca da ‘ral Perguntemos a um professor de primeita série doen- Sino fundamental como cleconduzo peocesso de avaliagio ¢ob- teremos a esposta: “eu avalio no dia--dia". Portanto,aavala- {Gio jf € continua e processual Isso toma a questo um pouco Thais complex pois devemos qualificar © que estamos reivindi- ‘ando como aaliagao continua adicionando que, além de ser continua, rem a inalidade de otientarainclusto eo aces conti tuo de tad todos os contetides. Fst é, 0 mesmo tempo, a con- traigao ca possbilidade existentes nos processos de avaliacio de aprendiragem (0 imbito da organizagio do trabalho pedagégico da esco- Ineo da sala de aula Tem-sefalado muito de inclusto e pouco do seu par dalét- 0,aexclusio, Iso no € trivial, na medida em que estainversio desvia nossa atengio da fungio excludente da escola atual em. ‘nossa sociedad. Mas, de onde vem esta “compulsio” da escola pela excusio? Deve-s levar em conta qua avaliagio nio incorpora ape nas objetivosescolares, das matérias ensinadas, mas também ob- jetivosligados 3 fungio social da escola no mundo atual, 0s quais ‘io incorporados na organizagio do trabalho pedagégico global da escola, Ao enfatzarmos a sala de aula, nfo devemos esquecer (que ela est inserida em um ambiente maior, a escola, 3.CF GODO!, 2006 8 Colegio Sruruiras Edueacionais ‘eal poi bal deexels (Orga do Figura 2: 01 nics da onanizago do trabalho pedagigico A escola encarma fungaes socias que adquire do contomno da socidade na qual est inerda (esclusio®subysien por ‘exemplo) cencarrega os procedimentos de avaiagio, em sentido amplo, de garantir 0 controle da consecusdo de tals fungoes mesmo sob o réculo de continua e processual. Ainda que e ad ‘ita que isso ocorre em um processo confltivoe chew de con, twadigoes resisténcias,nio se climina a rela que os procesos didéticos e de avaliagio mantém com os objetivos que cmanara dessas fungdes “impostas”socialmente, Como afirma Mészéros (1981:273), a educaggo tem duas faneSes principais numa sociedad capitalist: 1. a produto das qualificagdes necessrias ao funcionamento da economia’ ¢ 2. formagio de quadros ea claboragio dos meétodos para um con, trole politico, Esta Fangio socal ¢ incorporada aos objctives da escola repassada is priticas de avaliagSo,e passa a fazer pate da PrGpria organizagio do trabalho pedagégico, Para Tragtenberg, (1982), as fungoes da educagio em nossa sociedade tnluen imais especificamente, exeluir¢ subordinar os estudances, Que a escola sea espaso de luta, que haja resistencia is suas fungoes, ‘em nada muda as intengbes da sociedade atual. Por ainda, eeu sarmo-nos a entendé-ts valid educcional 0 Importance, entio, discernirmos que a estes dois grandes anbints (cola etl dss conefondcn ajooe ne relacionam ~ ainda que de forma nao deterministica, Por um lado, remos os objetivos da escola (incorporagio da fun3o woeial seletiva, a natureza do projeto politico-pedagogico da escola) ¢ por outro, cemos os objetivos pedagdgicos das matéras escolares ia sala de aula (Matematica, Portugués etc). A questao € que or tltimos podem encobrir os primeitos. Nao convém esquecer que nem sempre si explicta 4 fun- ses socais seletivas na escola aul. Na realidade Sio a priticas Podagéigicas vigentes que incorporam, em si, tais Fungbes (cf VILLAS BOAS, 1993). A organizacio do trabalho pedayoico da «scola em sua forma sctiada, por exemplo, esconde uma concep. ‘fo de educagao bascada na seletvidade pela homogencizacio dos tempos da aprendizagem, Tal homogeneizacio forneceigualdade de acesso, mas no necessriamente igualdade de desempenko,jé «que os rtmos de aprendizagem dos estudantessiodiferenciados Acscola no declara a incorporacao de tal fungao seltiva em sua paitica, antes esconde oculea. Em geral, neste contexto, a aval acto tem sido utilizada para legitimar a distribuigao desigual das roras de sucesso fracasso dos estudantes, sob o argumento da meritoracia. A ideologia do esforgo pessoal explicara a diferenca centre ser bem-sucedido ou nao. Na rai do problema esto fito de (08 tebricos liberais da escola nao poderem accitar a igualdade de resultados nos processos educacionais o maximo que eles accitam €igualdade de accsso. As politcas pablicas liberais dos anos 90 aosatuais colocaram 979 das criangas brasileira em idade escolar 1a escola, mas nao conseguiram garantir qualidade para voas, Este €0 limite do projeto liberal. Nore, eno, que esamos tabalhando com dois nei superpostos: um na forma de organizagao do trabalho pedapé Bp deal de oul our afer despite doa Pedagsgico da eicola. Os processos de aprendizagem e de av an Coleco Froniirs Edeacionais 0 nao se limitam a um ou outro, mas estio dispersos por ae ids eval Tamer x sprende no patio dace Cola. Igualmente seavalia neste espago, tenhamos ou nao cons ciéncia disso. esta mesma duplicidade que dé base para argumentarmos a exc de das les de ral na nti asa avaliagio institucional ~cujo foco & 0 projete politice-pedagdgico Teter ctribad mie mearees oa foco é a relagdo profesor-aluna. Tal compreensio € necessiria porque esta relagio professor-aluno precisa ser qualificada, hnio ocorre num yazio, uma ¥ez que o proprio projeto pol co-pedgdgico da escola indica que tipo de processos relacionais io desejados e necessitios para que os abjetivos da escola sejam © aleangados. i Falar de uma avaliagio “transformadora, continua, com-— prometida com o desenvolvimento do aluno” sem questionar os ‘bjetivos da escola, € contribuir para ocultar poderosos disposi- tivos subjacentes ao procesto de ensino-aprendizagem c que ~se esconhecidos — continuario a travar 6 trabalho do professor ¢- ‘dos outros profissionais intcressados em uma escola que sejades- tinada a todos e que rsista a incorporagao das desigualdades so- Cias como principio de su functonamento, riandohierarquia escolates que reflecem as hierarquias de desigualdade existentes na sociedade . Esta € razio por que, no formato da escola atual, cixo do contetido/método esti subordinado ao cixo dos objetivos/aval- So, Necesitamos resistr a tudo iso e lutar por uma escola que bert o cixo do conteido/mérodo para que ele sea de acesso tuniversal. Nesta nova formulagio, tis eixos deixam de ser anta~ ‘gonicos para se reduzirem s diferencas naturais expressas em suas Fungbes i Libertar 0 cixo do conteiido/método exige um questiona- _mento da fungio atual do eixo dos objetivos/avaliagdo, Esta tare- leakage educacional 4 fa deve ocorrer em dois niveis: um imediato, no ambito da escola ‘eda sala de aula, através do questionamento do projeto politi- Se ee et erscaie e ‘desiguais, excludente, dificilmente demandara uma escola uni- ‘versalizada com real acesse de todos a todos os contetidos, uma luta dificil, mas necesséria. Entretanto, esta luta comega no fe ee ast eee es oe batho cotidiano. Além de perguntarmos, hoje, como mudare mos esta secledade, é necessdrio que nos questionemos sobre o Fe apcaie Sgnea og, cmos cine eg ace cealseurl po nab ria do aprendizado dos estudantes. Nao se deve ignorar que a ‘ala de aula é um espago de atuagao tio importante quanto ou- tzos espagos de luta por melhores condigoes de vida. 0 imbito da formagio ¢ o da inscrusio Finalmente, cabe etabelecer mais um foco de interagbes cn- tre 08 aspectos formativos e instrutivos do processo pedagdgico. [Numa sciedade em quea mola propulsora € competitividade, 0 conhecimento vira uma arma ou, como se diz, uma vantagem iva. O dominio do conhecimento passa a ser 0 foco da ‘scolapara que seus estuantes possam ser bem-sucedidos. Nao € Sem rario que os processos de avaliagio de sistema centramse na afericao do conhecimento obtido em Portugués e Matemdtica ‘Mas a transmissio do conhecimento nd ¢ 0 tnico objetivo dacscola Seja ticita, seja planejadamente, a escola é formatva Na realidade, é possivel que ela também “deforme”, mas um cxame desa questio depende das concepgaes de sociedade e de ceducagio que se tenha, Nos limites deste texto é importante ressaltara dualidade do processo educativos ela fornece instrugio e formagao (plancjada- 2 Cote Sonia denon mente ou ndo). Os estudantes que esto na escola no aprendem apenas as disripinas escolates, eles wivenciam rele! sciais © ferminam desenvolvendo valores aitudes. Junto com o conte tido das macéis, a vivencia ‘ensinard alguns valores. A

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