You are on page 1of 18
HUBERTUS COLPAERT ia metalograi ai Nd sidertrgicas comuns 4 edicao revista e atualizada por: ANDRE LUIZ V. DA COS My Erie 50en: OVILLARES METALS Matalograta dos prods sidrdeios comuns 1. Introdugao Ha diversas técnicas usuas para observar a estrutura dos agos¢ ferros fundidos em escala microsedpiea. Para um grande grupo de téenicas fem que se observa a tnleroestrutura através de seqes, as téenicas de preparagao de amostra so muito semelhantes. Algumtas técnicas, como a microscopia eletronica de varredura (MEN, Capitulo 8), perm tom também a observagio de superficies pratieamente sem prepara ‘co, o que 6 especialmente itil na analise de falhas, Por fin, téenicas como a microscopia eletronica cle transinissio (MET, Capitulo 6) exi- stem preparacio de amostra especifica, bastante diferente das demais {éenicas, por se utilizar da analise do feixe de eletrons que atravessa, aamostra, As prinelpals téenieas microgrificas sia discutidas a seguir, des: tacando, principalmente, suas vantagens ¢ imitagdes, possiveis fontes Ae erros nas avaliagdes ¢ alguns cuidados especificos nas preparagoes dde amostras. Bm vista da extensio do tema, referéneias ¢ leluaras ‘complementares sio recomendadas para cada tam dos temas. 2. Microscopia Otica Dentre as diversas tenieas de observagao da microestrutura dos agos ¢ ferras fundidos, a mais corum é a microscopia ética, Neste caso tt presa-se luz visivel que iwide sobre a amestrae € refletklaalé 0 obser vador, como mostra o esquema da Figura 51. A resohugao que pode ser ‘ta em uma imagem depende do comprimenta de oncla da radiagao ‘emprogada, Paraaluzvsivel de cor verde, isto resulta em uma resolugio ‘de 220 2 250 nm que corresponde a um aumento maximo da ordem de 1400 vezes (1400X) [1], Embora existam microsespos étieas eapazes de fomecer aumentos superiores a este valor, tis aurnentos so chamadios aumentos "vazios” por nao amecerem informagio adicional quel abt dda com o aumento nvsimo de cerca de 1400 [1 Por outa lado, a profundidade de foco (item 2.5.5, Capitulo 4) também depende do comprimento de onda da radiagao empregada nna observagao e da distancia focal das lentes empregadas (alem da, abertura, jf discutida anteriormente). Quando se eraprega o micros- cpio dtivo, a profundidade de foco & bastante pequena (de 200 mm 2 8 pm, dependendo das condigses de aumento ~ quanto maior 0 ‘aumento, menor a profundidade de foco) e, para que se observe a superficie de uma amiostra totalmente em foco, ¢ necessirio que ela sgja bastante plana e esteja perfetamente perpendicular ao eixo di 0 do microseSpio, Assim, cuidados com a planicidade da amostra e, em especial, com o postive! arredondamento dos cantos durante o polimento, a0 ‘uma preocupagio basica na preparaco de amostras para a micros- copia dtica Vrias {éenicas de observacao podem ser apicadas na mictoscopia ‘tica (ilumninacao obliqua, luz polarizada, campo eseuro ete.) Informs ‘des detalhadas sobre estas (éenicas podem ser encontradas, normal mente, nos marwiais dos equi < fan textas especticos sobre rmieroscropla, ia val ee Tecnica mealogréfica~ Mirogratis Sistemas de tuminagio dos mieroseapizos metalogrticas 69 Diferentes téenicas de Huminago podem ser empregadas na mieras- eopia6tica, como lustradona Figura. A haminagio oblinaon inet tds pode ser usaca para ressltar alguns aspectos daestrutura ou allarar a forma como o contraste & pereebico (ver Figura 8:38). A iin ccomum ¢ a iluminagio paralela ao eixo do mierasedpio, De forma geral estas formas de iumminagao resultam em imagens elaras da regio DU ndo atacada da amostra © em imagens escuras das partes nao-planas ‘camo trineas, poras etc, ou regibes atacadas quimicament, [Bm alguns casos excepcionals, podem ser empresadas objetivas capazes de iluninar a superficie do earpo-de-prova obliquamente com lum feixe cinico, a chamtada iluminagio de campo eseuro, Os raios Iuminosos que incidem nas partes polidas nao ae relletera mais para dentro da objetiva. Portanto, estas reas aparece eseuras, As partes atacadas, os bordos de paras, arestas de trineas ou dreas que no re- Aetem a luz aparecem claras ou, is vexes, brilhantes, 2.1, Preparagdo de Amostras para Microscopia Otica A téenica de preparacio de amostras paraa realizagao de um ensaio mi ‘rugréfico em nicroscpio dtico pode ser dividida nas sequintes fase: LBscolha elocalizagao da seca a ser estulada. 1, Obtengao de uma superticie plana e polida no local esealbido para estulo TL, Exame ao microscdpio para a abservagao das ocoerénclas Visi. ves sem atague, IV. Ataque da superficie por um reagente qutnice adequad, ¥. Exame ao muicroscéplo para a observacao da mieroestrutira VL. Rexistro do aspecto observado (Fotografia) Corpo-de-prova ‘Corpo-de-prova ‘Corpo-de-prova Figura 51 lustacdo esquomatica dos modos de ‘iuminagio om meroscseio dice pars ‘metalgrai (a) lurinagaoinlinada oo ‘blgue,()iaminagao parle 80 2x0 fu normal e(c}luminagaa em campo 70 Metaograta os produtos siderirgicoscomuns 21.1. Escolha e Localizacdo da Segao a Ser Estudada As dimensies dos corpos-de-prova para a exame microgratico podem ser limitadas por diversos aspectos. A dificuldade de obter uma bos. Dreparagdo para o exame, no caso de microscopia étiea, o peso mi ‘mo suportado pelo porta-ammostra do microsedpio (4tleo ot eletranico de varrediura, por exemplo), assim como as dimensbes da ciara ou. da porta de entrada de amostras (no caso do inlerosedpio eletrin- co de varredura) podem linitar a malor dimensio pratioavel para 0 corpo-de-prova para exame micragréfico. A localizacao do corpo ou tos eorpos-de-prova para micrografia em pegas grandes €, freaten- temente, feita apds o exame macrogrtien, Se o aspeeto macrogrifico for hiomogéneo, a localizayio do corpo-de-prova para microgeada é, fem geral, indiforente; se, porém, forem reveladas heterageneidates, pode ser recomendvel realizar 0 exame microgrifica em vérios pon tos, onde um exame mais detalhiado seja requerido, Neste caso, mais «de um eorpo-de-prova devem ser removidos, ‘Quando se trata de uma peca pequena, normalmente & possivel ‘examinar toda a segdio da pega em uma tiniea misrografia, No caso de peeas em que anisotropia pode ser esperada (frjados, laminaddos, pegas estampadas ete) a orientacao da seg8o escolhida para a realizagio do exame mierogrifico € muita importante e deve ser registrada, Convéim, ao cortar as amostras para a preparagdo mi crogrfica, identifics-lasclaramente, indicando, inelusive, a orientagao Jongitudinal da peca original, Croquis de amostragem ou fotografias ‘que registrem o processo dle amostragem so, muitas vezes, extrema- nei ites. peda estas informagoes durante o proceso de prep ragao da amostra porle requerer a tomada de nova amostra ou calocar sérins dvidas sobre a conllabilidade dos resultados. Nas pecas fur das a orientagao da Sogo &, normalmente, pouco importante. Ainda assim, o registro da posicao e orientagdo de amostragem nao deve ser negligenciado. ‘Em todos os casos, a distineia ea amastra em relagao a superficie dda peca Guma variivel importante que tarmhem deve ser registra, Como as amosteas tém espessira nao despreaivel, é necessdirio tam ‘bem registrar qual das faces da amostra deverd ser observada. Por vezes, 0 emprego de metalogratia nao-destrutiva ou téenicas {de Féplica metalografica pode ser necessario (ver tem 2.2). Nestes ca sos, 6 importante considerar que a superficie da pega pale ter sido alterada em relagao & pega cotue unt todo, Isto 6, pode ter ocorrido idescarbonetagao, encruamento superficial ete. Assim, ao se preparar para metalografia uma pequena regiio da superficie da propria pecs. # preciso ter em mente que as observagdes podem ser limitadas por estas alteragies, ar ara Os: trier rar bes dere paste | te cor Teenlca metiogritca- Mirela 2.1.2. Obtengao de uma Superficie Plana e Polida no Local Escolhido para Estudo Aos cutidados descritos para a preparagio superficial para 0 ex macrografico, agregam-se alguns cuidados especiais, em vista do fato de que agora a superficio se destina « um exame erm escala mmicrosedpica, Na prepararao “elissica’, ap6s 0 corte com serra, plana, ot 0 torno, ha das opgdes principals: (a) aamostra é embutida em plastica fou resina que permite maior firmeza ¢ faeilidade de manuseio, além de permitir medidas para preservar as arestas (superfiies) durante 6 polimento ou (b) a amostra & submetida dirctamente a preparagao. ‘A preparacdo da superficie do interesse envolve o lixament em i xadeiras motorizadas seguindo uma seqiiineia de papeis de lixa de carboneto de silcio (SIC), com restriamento e lubrificagao por sgua A sequéncla usual de Lixas €: 100 (ou 120) (ou 180), 240, 320, 400, 600 fe, eventualmente, 1200, Para materials mais macs, eomo agos inex= ‘dives, agos ferriticos e para aos earbonetados, em que ha interesse emt evitar deformagao excessiva, a seqQéncia pode ser: 240, 320, 400, 4600, (800) e 1200. As primeiras etapas em lixa 120 (ou 180) no sto recomendadas, nestes casos Devesse mudar de 90° a diregao do lixamento ¢ polimento a0 se passar de um abrasivo a outro e seguir 0 quanto possivel a série como festa indicada Uma regra pratiea comum é submeter a amostra a cada lixa, ao menos ao dobro do tempo necessério para eliminar 08 riscos da lixa anterior Quando as amostras mio sto embutidas, ¢ pradente chantar un pouco os seus vertices ances de iniciaro polimento, nio s6 para estra- far menos as lixas ¢ os discos de polimenta, camo também para dim nuit © perigo de o corpo-de:prova prender-se ao disco e ser projatado Violentamente a distancia, Para se verifcar se o polimento jé esta suflcientemente bom, pode se examinar a superficie ao microscdpio, depois de lavi-la em agua cam auxitio de umn pequeno chumago de algodao e secé-a imedlata- mente passando-se na superfieie um pouco de algodao com alenol ¢, normalnente, empregando-se um jato de ar, de preferéncia quente! para evitar manchas de secagem, AApos o emprego das Iixas, 0 polimento 6 eontinuaclo sabre disco siratorio de feltr, sobre o qual se aplica uma leve eamada de abrasive, Os abrasivos mais commente empregados sho a akamina,o diamante «,em alguns casos, a silica coloidal. O polimento é realizado em poli- {izes manuals ouauutaméticas. No caso de preparagoes repetitivas, em srandes quantidades (por exemplo, controle da qualidade em aplics ‘es industrials) emprego de politrizes autortieas poste ser muito Ccnveniente, Em todos os casos, & preciso determinar, experimental- mente, as melhores condigoes de pressio sobre a mostra velocidade le rotagdo dos discos (ou vibragio, em alguns tipas de politrizes) para material ser preparado, Polimentos usoais apés 0 acabamento com lixa 600 s8o 0 uso de pasta de alumina na sequéneia de 1, 0,2 6.005 jun ou pasta de diana tecom 3 um seauida por | yr (2) 7 (© Um seeador de cables sormalmente se presta esta fungio satisstoriament, 72 (@) Algnsexemplor to utp com Itpeieeatres com Hpecobras. com. peep (Gaga de alguns tarneceines nao re senin eno ca reconendago de ss ata. Fm grace nine de frm ‘ae melhor sender a sins neces Metaloaraia dos prduos sidering comuns ATabela 5.1 apresenta valores de rugosidade medtdos em dos ma- terials diferentes depois de diferentes potimentos. Os valores obtisios fen diferentes materiais, com diferentes Wenicas de polimente (pres sto, velocidad ete.) servem apenas para uma orietiacao bisica sobre ‘a anem de grandeza da rugosidade esperada apés polimento, Tabola 54 {@} Rugosidade mécia apos 0 potmento manual e automatico de ago 023 033. 030. 010. 005 (0.05 (8) Bugosidade média ap6s © polimento manual de liga de ttn. Valo- 0s apenas indicativos Adaptado de (3) —Polimento ae | Ratt xa 1200 0790 Diamante 6pm 0725 Diamante 3 ym 980 Diamante 07 pm 0086 Os fornecedores de material para metalografia disponibilizam far 1a quantidade de material orientativo sobre estas escolhas!, Estas informagdes podem ser um bom ponto de partida para a otimlzayio do process de preparagao de amostras. Quando a superfiie tiver umm aspecto especulae e praticamente sent riscos perceptiveis com aumento entre 100 ou 200 yezes, estas em cot digdes de ser examinada wo mierosc6pio para a observagao de inchusies, ‘rineas,distribuigao da grata, porosidades, ou outras oeorréncias visi- vels sem alaque. Ainda assim & somente depois do ataque que se pode ter certeza de que o polimento foi bem conduzit. Os abrasives usados no polimento nao 56 riseara 0 material coro tambéin eausam deformacio a fri (oneruamento, ver Capitulo 12) da ccamada de material abaixo da superficie potida. A profundidace de deformagio depende diretamente da granulometria do material usd no Tixamento ou polimento, da pressao erapregada no lixamento ot polimento e,inversaente, da dureza do material, eomo mostraco, > quematicamente, na Figura 6.2. Quando os polimentos mais nos subseqientes remover as de pressées deixadas pelos riscos no material sem remover tam & am [oe ee ae [oo] de vo ae Cy) Superticie oa mostra Matra nao aletado Profuncidade Teniea metlogrifia - Micra 73 » Remogto de maternal “Tamanho da particua de abrasive pare eneruada subjacente, a superficie pode atingie umn acabame Figura 52 (a) corte eequemitce de uma ame Surarte 0 polmewto incieando aa tis {oaparentemente satisfatorio (com brillo espeeular e sem arranhoes sapessuts mais erica: rugondade visiveis), com aparéncia de bem polida. Porém, quando se ataca este spessura ceormad 2.) © em corpo-de-prova, oresultalo do ataque ndo € unifarme, pois. reagento SH ‘lal afetada pelo poimento (a), corti preferencialmente as regibes mais encruadas ao resto da super (b) Evoligan esquematica aa rugoucn: 1 (ey), espessua dolormada (og) © 95. fice, resultando em heteragenedacles artificais, por exemplo,linas pees total feta pelo potent (oy) escuras no lugar dos antigos riseos, Os vestigios de ener fenta dle-#™ finglo 6a granuiometia do materia correntes de imperfeigaes no potimento podem também aparceer com 88889 empregaco, Adaprado de), ‘© ataque sob a forma de “empastamenta” dos constitutes ot entaio dando a aparéncia de aspereza ao interior de gros, como os de ferrita A Figura 5.3 mosira, esquematicamente, como os vestigios de riscas profundos podem permanecer no materk Para se examinar a segao transversal on longitudinal de arames, fos ehapass nas pode ser necessario prender'o material ex um porte, como mostram os exemplos da Pigura 5.4, Era alguns casos es- {es arranjos podem ser alternativas interessantes ao embutimento ox Suporte deicada | cease ‘aparece como Estas estas depois do ataque’ Figura 83 Representacto esquemtica do encrus Ianto produzido pelo namento, ano ‘dasuperici do nator otimerto fra insuicentemente protunds para remover toga a arte eneruada nas fses nila 74 Metaloprata dos praduossierirgicos comuns Figuras.¢ ‘Numes formas de fxar pogas pqueras ‘ara facta poliment pare exam ‘rogeon. Estas formas de ‘hags0 $30 ‘stemativae a0 embutiment, rmontagem em resina, A Nagi tamlm aconselhada quando se pre- «isa examinar a superficie do corpo- dos no lixamento, Tenia metal ~ Mrogrta 75 AAs Figuras 55 a 6.13 mostran o aspecto de umna supertice bem pila e diversos aspectos de defelios ce plimentoe de seca, bem om de alguns acientes, que podem decorrer dam pote da st perficie depois de poli, Na Figura 58 sio apresentados alguns dos defeitos sais comuns asociados a problemas no polimento Cometas: devios a prossio excessiva durante o potimento ou a partieulas que se destacam dle inches naowmetaicas dura « 4 Iaicas (camo akumina, por exemplo). ‘Manchas marrons: que aparece quand, no fhm do polimen- to, a pressio contra abrasivo ¢ fraca demais,e ocorrem mais fre- ajentemente em acos com teorelovada de fosfro. -Aunolas ecuras¢heterogénens: que parecer gerlmente quan- - «ia lavager do corpo-e-prova em sgua, apd opolimento, ¢ muito de- . morada ou nto se see logo o corno-de-prova depois de lavado. a Quando a superficie pola nao for atacada iectiatamente, & pre- ' so evitar sua oxidagio. Embora isto no sea fil, a conservacto do ° corpo-dle-prova completamente seco, em uma campanala contend ° cloreto de edleio ow silica ge, pode see uma medida util Em alguns 8 «casos, € possivel fazer vicuo no terior da campanla, Quando se ma- - :mseiam corpos-fe-prova dentro de uma mesma campatl, ¢ impor £ {ante ter a8 mos impas e seca, to © bo Xe fo we 7 th Four 56 ouas7 __ pact da specie bom pia © sen Supers mapas, Notan-senume- Super bam peda un fra fn- tus | slague gem ago com rumerosas inc ronos fics de paliment, wm varias id euicn wr Capt 7) Os deta fon gous diogoes ts ube observer estan do evo = Aue surge dranino polenta, do 3 “iterenga mato grande de cireca entre os constivintes, Figura 5.8 Figura Suporte mal poida (A) Ci Fernugem fiterme que pode ocorer ‘manchas marron, (6) hal sm oarpas-de-provaarmazenaios apes Ge poauenos otis. Vere ® polment texto Figura 6.1 Algur problemas que podem ocower em amostas poids. Fibras de sgodso (proveniortes da secagem), partculas de poera,frrugem tfome, lerugem em forma de rosa, Obseria-s corosdo em tomo das nc soeenso-metaloas ae 24.2.1. Exame ao Microscopio sem Ataque (0 exame ao mierasedpio antes da realizagaiw de qualquer ataque tem duas fungies: A primeira, permiziravaliar a qualidade do polimento realizado, Diversos defeitos de polimenta podem influenciar o resul- tarlo dos ataques quimicos ¢ confundir a avaliagao metalogratiea, B cessencial que, antes de realizar um ataque, a qualidade do polimento soja satisfatoria® ‘A segunda funcao importante do exame mieroscdpico sem ataque 6 avallar caracteristicas estruturals que sio visiveis nesta condigho, tals como incluséess ndo-metilieas, grafta, trineas, porosidades ete Embora muitas vezes sea necessirio observar estas caracteristicas também apés 0 ataque (em especial quando se deseja coreelacionar ‘ua loealizagio com a estrutura do material), a observagao sem alaque {muito mais clara e objetiva ea auséneia das informagses produzidas pelo ataque evita confusio na analise, Quando se usa a microscopia dtica, a pequena profundidade de foca pode ser ttl na distingao entire pequenas poros b cavidades in telusoes nao-metalicas, Ao variar 0 foca do microsedpio com aumentos rolativamente elevados & possivel, no easo de poros ¢ cavidadls, foea lizar poutos no Interior da eavidade, desfocando sua borda, No caso de nclusbes nao-metalieas, nao se observa este efeit, por estarer no mesmo plano da segao metalogrética 21.8. Ataque da Superticie © primeiry passo para a realizagdo do ataque quimieo 6a eseolha do Teagente a empregar, A seguir, € necessario observar os euidados de soqurangs do trabalho ¢ cuidados ambientais relatives ao uso e ao des carve do reagente seleclonado. Por fim, determinados reagentes 80 mente sio suficientemente ativos quando usados imediatamente aps A preparagao, enquanto outros podem ser estocados, desde que obser. vadas determinadas condigbes de temperatura e exposigao a0 meio ambiente, © ataque propriamente dito ¢ foite, normalmente, agitando 0 corpo-de-prova com a superficie polida mergullsca no realivo posta ‘numa pequens cuba, A duragio do atague dopende da concentragso do reativo © da na- tureza e estrutura do material a ser examinado, O tempo médio para gos comnurs « fezros fundidos, empreando-se reativos usuais, 6 da donlem de 5. 15 segundos. Terminado o ataque, lava-se imediatamente a superficie con l- cool” Bm seguida, procede-se & secagern, como deserito anterior- mente, isto é, passando-se primeiramente um pegueno chumago de algodio umedecido com Alcool e submetendo-se depois 0 corpo-de- Drova a um jato de ar quente. Em caso de civida, ataca-se por tempo curt, lava-se, enxiuga-se 4amostra e observa-se ao micros:6pio, s8 0 aque nae foi sufieente, ataca-se novamente. Por vezes, algumas caracteristieas da microes- ‘rutura sao melhor reveladas com ataques mais leves enquanto outras Pevdom requerer musiores tempos de atague. Como reara sera, atsauies Inais levessio preferidos para observago com aumentos elewados, Ui 7 Figura 5.13 Manchas causadas pea sida da Agua 0s wies de gata de um tno fureido ‘nidado. Por vests, a selde da gua de ‘mora alguns segundos, ou masma mew (oe, Mreceapiorinvertidoeacolram 3 aida da agua. Esta umdade pode con- ‘ribur pra darvfear as lies Go micros opie ste ou cata tempos de erate. (ho wxcenvamantaongoe am MEN. (@) te eta & especialmente impor Semente quand sxisir telat segoranen deve a meparagao da amontrs fo cor Teta eno hac, comets, mane de ‘cea avaliar neste jalan (4 Depa do aac om um eetio ae {enta como slventeo Sloe, conver qe ‘lavager taba sj fea cat lene ‘to eo a, 78 etalon dos produto sergio cours operadar experimentado, observando de vez em quando a superficie polida enquanto a est atacando, pode acompanhar a agdo do reativo fe reconbecer quando deve interromper 0 ataaue. Os efeitos dos reagentes durante 0 ataque, podem se manifestar 4e diferentes formas, na superficie da smostra coro ihustrade na Bi ura 5.14 A Tabela 5.2 apresenta os reagentes mais comunente erapregados 1a metalografia dos agos e suas prineipais caracteristieas, 2.2. Réplica Metalografica ‘Quando se deseja observar a estrutura de uma pega sem a remagio de amostra, a técnica de replicar a superficie éextremanente til A preparagio deve ser inickada com ua lisa compativel com o acaba mento superficial. Para pecas usinadas,lixa 120 6, em geral, adequs dla, Para pecas com superticies oxidadas ou mais rugosas, a prepara ‘Gio pode ter de ser iniciada com lixa mais grossa, ApOs 0 lixamento até a Lixa 600 6 comun empreyar pasta ie diamante de 6 ya, sexi Figura 514 . por pasta de 1 win e polimento final com alurnns de 0,05 yu (8) (2) Coniraste ere gréos gobtido devo“ Uma técnica eomum de réplica emprega una pelicula de ectofa ‘erent refetidade des gros (com Storertes orortagoue eretaogratear) Ne. Produtos espectficns como elastimeros de silleone, entre outros, hee 0 stague qunico, PL Ataque cle: so Lamhém fornecidos por produtores de insumos para metalogratia, reneial erie 08 gros, causando des ¢ produzom replicas de excelente qualidade [9]. No easo do uso do ee val Nos contorros dé #0. G42 98% ofane, apis o alaque, um praca de eelofane (acelato de celulose de Contam raimagen. (etch conane | , soir rage (9 264 Cotes 3a 5 nsimos de polegn de espestra) 6 empregade para replica Setormroda fove cu camaas de capes: asuperfcie. Uma das faces do acetato ¢ amolecida com o empreio de ura vardvel sobre dotominadas faces. alguimas potas de acetona, por cerca de i) segunos. O extesso de Pasptedo de [8 @ luminagao ‘Vista em corte da amosta ® eoifens Be TTL, Wotan meroata FAL A wena et ame © @ Vista na Vista na rmerogratia rmeroarafia Vista em conte FUT famosa see Bee “ de de te Técnica metaloprifca— Mieoarafia 79 Tabela 52 Rangontes para stacue Mirogrico " Composicso e técnica Reagente | Composicte ete indicagoes : tal TaSmideHNO, | Aconoentraglo mais us.alparametacgrafa do agos en goal 0256 asx) (écionivico) | lacs contomos ce or. Embor sea de so gra no eal para 99.495 mt de wane _| porta porno stacar untormemente ete costar rer examples so (leat bio) | Capito uso denial e poral em sequela} Oataque excess da pra ov ostaqe a porifa de eepagarnto mui to tno resita om eas paitess potas ov muto score econknso dos laeias. Peralais | 4gde cdo picico | Recomendado para prt e outres microns vaas cortondo carbon: ‘86mideetare) | tos, como martensta revenda, Segundo Bram eBonscatr [pal {deco esico. | um dos pouccereagertes que mehorm como uso, Os ates e- COpcionaerts, aaconar | comencam “enethcer"o reagent avs da ceceapae de cavecos 25 gotas de lereto de de ago ou pedagos de aro deta da sluco até que ta ada na erusconioa | colstanio verde ecara (a cor nora ameretece) 15-17% (apente__| Par amostas com mais de 0835 6 rcomendac [7] ado de § “mahari’ | gotas do aio Goridico por 100 mL de sokrao, Sogo Fevea porita saves da clorao da cementta © claw dversos steal So {atboratos. Ni cole carbone com mas ca 10%C" Maca perato 0 Sufletos@ reves contomos de gr em azo resinados lentarente Sidlo | 29de edo peico | A solugo 6 preparada dsohendo © eto picica om age frente © aciclonanco-s 9 soda 856" Ban’ pogressiamente 0 ataqun 6 | {eto com o reagent fenente ‘aca bagel, ecorancado oembtimento om aps tokio nso ove sere st sera O tego de ataque vane oa 16 mts 7Kaaie fewia contoros de gro através da oxcanio diferent dos oon oxisnio por | Consist em ae aquece 0 corp-de-provapaido a. oetea de 280-300" quedo fm presenga dos Sobre a spore do corpo formas ma pelcua Teissina de cleo cua expecta vara com 0 corte eu com a | oneniago erstoaica dos odes. Esa potova, confer sa es ‘esnur, decomp & bran am nla rd elt com coe, {nis como meri, esta. emi rxo az Ain de far ‘mas ides os cotomos dos gros ¢ cam precede taau® por {nldagso por um ataque com resto ce SiGe nitico ou piel. Este te de acerca quo oe er asta acferega tra ‘ho de go om ago da bax carton, Komim | Salupo agios stan | Color ferta 40 a 1002). Revl soarooacto de store osuperaaie- ou | etossutio de sod: | omer oor! | S0mt obibicade do_| Un pare destacer crbonetos em mare suo ans (Na:8.0,) 509/10 mi 220° Soubidade do ulato nerd 91,1 9/00 mL 345°C 19a mote suite do potas Bera “00mm. #0 | Um dos mals ceros eagories serio per Beraha que ole 100Na.S:0, | fre, marten bait Ha Svoros stages qu produ eta 39KS:0, | dos eleridos desonvol6o8 por Berar 80 “Tabela 62 (Contnuacao) Reagentos para ataque Micrografico Reagente Metalograta dos redutos sklningios com Composicao e técnica peor Ingicagoes ‘Beraha ‘Solu: ‘Agos inoridaves. Ags inoxidve'sdplex (Capitulo 16). {800 mi HO. 4400 mt HCI 48 g bifuoreto de aménio Para uso, adcionar a 100 ml da solupao |, 4-2.9 metabissulto de potassio antes do ataque Oberhoter 30g FeCl, Detecta segregagio de féstoro. ‘igcucl, | 059 Src, | 50mLHO! 500 mL. etano! | ‘500 mL HO 100™mL HO | Reveiao fbramento (Captuo 14, 2.9 dcx picrico 20mL sabio neuro 800 mg de metabisulio | Colore iferentemente feta epeita, Usoem ages duel phase ou mule de potéssio tiésios (Capito 12). 100 mt HO 720g demetabissuitio | Diferercia feta e martensita em agos mulifsics (Capito 1). de sc 100 mL HO aling Solucdolh | Diverss apicazbes em aos bfsicos, mulfaseos, TP (Capitios Sodemstaissuito 1193). 300 Ha varas mosieasbes e variates também. muta envlvende cit- O0rmL Ho | rentes proporgoes das solugdes eno tage Sota 100m de enol Matar 2. clot ciprico | Agos nondives Esuree fora emarterata Austanta aparece ca- 40-80% metaro!_| ra. eabonets no to afetagos (Capo 10) somo a0mt HO! ela ‘gacido pieico | Uso geral em agos carbone. Pode ravelar Contam de gro austentico ‘SmL HO anterior Uso em agos inoxdives (Capitulo 16), 300mt etano! 1 Hino mee ‘eetes 1 wo, desinfetantes cnten lore de benvaled ite Técnica motalogréfea—Micrograia acetona 6 removido ea face amoleckda ¢ pressionacla sobre a superficie atacaula a ser replicada. Normalmente, de 1 15 minutos sto neces srios para o celofane enddurecer, registrando, em réplica, 0 relevo da superficie da amostra, como ilusteado na Figura 6.15 , E importante ‘que no aja movimento relativo entre a replica e pega durante este ‘tempo. Apos o enddurecimento da répliea ela deve ser removida cui ddosament, com pinga. Aréplica¢fixada a uma limina de video, plana, para observacao. Se possivel, a deposigéa de earbono, por exemple, pode ser mnto il para aumentar o eontraste ti observa, ‘Atéenica de réplica pose ser muito il para permitira abservagao de uma regio relativamente extensa de uma superficie curva, pois a ceurvatura pode ser climinada 0 se fixar a réplica & lamina, perm ‘indo que uma extensa drea seja observada em foco, no microscspio ‘ico. As normas ASTM E 1351 [10] e ISO 3057 [11] tratam da. pritica de preparagaa e avaliagao de réplicas metalogréticas. Referéncias Bibliograficas 1. DELLY, J. Light microscopy. nz BRUNDE, €. Rs EVANS JC. As WILSON, 5. Bltores). Bneyelopedi of materiats characterisation Burverwordh-Heinemann: Stoel, ML, 1M ABUD,I.C. Comupnicupao paricutar 2007, INT, Ro de Janciv, DILLINGER, L Surface roughness Ins LBCO MET TIPS. 2002, hpi ‘wwe loco comiresonrcesimet_ips/net tip ple 4. KUNIKOVA, T; CAPLOVIC, L; VOUS, i; GRGAC, Ps VESELY, M. ffl cuse of TWGALAY alloy surface prapsation on jovmatton of DLC ty fs: hsp Wnt sti. skies nterneLovycasps/2006/2kuniKo vat 5. SCHTUMMANN, IL; CYRENER, ; MOLLE, W: ORTTEL, H.; OHSER, J STEVER, 1. Metallopraphie. Lely: Deutscher Verlag fur Grunston ‘lustre ~ Wiley-VCH Verlag Grab, 1990. CHADWICK, G. A. Motallography of phase transformations, New York Grane, Russak & Company, 1072 1 BRAMPITT B. .;BENSCOTER, A. O. Connon etchants or trons and sols. Advanced Materials & Processes, 2002 (une), p, 42-43. A. DILLINGER, Ldn-sitn metatlogruplay 2007. Leco Met Tips n. 3 p hutpstiwwwieco.cmvtesourcesimetipaimettf a A. ZULIAN, Dz GRUM, 4. Now destructive metadiographic analysis of suafiaces and microstructures dy means of replicas. a: The 8” fa ternational Conference of the Slovenian Society for Non-Destructive Testing. “Application of contemporary non-desteuctive testing I end 81 Figura 515, Fepresontato esquematea dan irda tapas do processo. de. produso ‘uma répica mataogeficn (a) 0 mala @ poldo e stneada 8 © marl ct rp- 2 preperage a). 0 maternal da répen ® pressonado sabre a rego a replica’ ‘ mantic, sem movment, na posi, Surant ‘emce scene para endurscar (c)arrpiea¢ movie cucadosamene ‘8 conduida & arses em moroscopa. 82 Metlorta dos prduossieninyns oman 1, 1 neering? 2005, Portree, Slovenia, hip: wand nel artile sow ‘ia26/PAPERSIA-NDPPOS 86 pal ASTM E1351-01(2006), Sandard Practice for Production and Bali ‘ation of Fela Metatogvaphie Replicas, West Conshohoeken, PX: ASTM American Society for Testing and Materials, 2006 180, 180 3057 (1908) Non-desiructive testing ~ Aetattagraphic rep ca fochniques of surface examination, 198. Lancado pela primeira ver em 1951, reuindo a vastaexperincia do Professor Hubertus Colpaert na Seqio de Metalografia do Instituto de Pesquisas Tecnoligas de Sio Paulo, este vo se transformou, rapidamente, numadas mals importantes referénciasbrasielras para todos osprofisionalsintressados 10 processament,tratamento e emprego de aos eferros fundidos. Uma fellzcomblnacdo de alas de metalografia dos afore errs funds, manual de ténicas metalogrficase texto introduteio 208 fundamentos das traneformactes de fa8dH aos tratamentos témicos destes mates, 0 live, carinhosamente conhecido como "o Colpgert” educou geracbes de metalurgistas brasiliros. Nesta eid, revista e atualizada pelo Professor And" Luz V. da Costa Siva buscou-sepreservaro espnito da edicio original, agregando, entetanto, os importantes desenvolvimentos ocorrdos nas uitimas décadas, tanto sob o aspecto dos produtossiderigices como das técnicas de caracterzacdo, assim como o progressona compreensio das transformacdes que permitram aeaizago dos extraordinsrios desenvolvimetosdestasligas Engethero metric ormada pl nso Mitr do Engen, Ro rio, em 1976. Conc su mesa la Univesity of ‘rte Columba, Vancouer, em 1979 deiorad pla Univesity of lord, Gaines, om 1994 Inciou sua carrera de ergenbio rm ertio Blevometal Aco Fos SA Fot Gorete de Enger de Matera nt CBY Indra Mecinica S.A, parscpando de projets Ponds ren de Equpamenos oe Pecle para Aguas Profunds € Proferr Aasocdna Exot de Engen Indl Mtalrgics de Vee Redonda, da Universe Federal Funinerme, € Oretor Técnico do Into Braslere da Quléade Nucew, no qu ft ‘erence iapetor Nive Il Perit Nil Hn re de Mater ‘Sus ineresis envlvam 2s relages processment-propredades em mers © apeasSo ds termodrimica compton! 30 processor e desarvlimento de raters, em eseca de agos supers Eco-autee do ln eealapi do go tem mae de 90 pubieae, wind dsives E Charman do Alloy Phase Diagram ntemaonl Cormmition (APDIC) André cz e em ura hs. ee BUeer OVILLARES METALs ie ewron Nl

You might also like