Muitas vezes, quando consultamos um dicionário em busca de definições claras e
objetivas de palavras, acabamos nos deparando com exemplos de preconceito embutidos nas próprias definições. Essas definições preconceituosas podem refletir estereótipos e preconceitos enraizados na sociedade, perpetuando assim ideias discriminatórias e injustas. Um exemplo recorrente é a definição de certos termos relacionados a questões de gênero e identidade sexual. Muitos dicionários apresentam definições que não abarcam a diversidade e pluralidade de identidades e orientações sexuais. Essas definições tendem a ser limitadas, pautando-se em normas sociais e culturais preestabelecidas, o que acaba excluindo e marginalizando pessoas que não se encaixam nessas categorias binárias. Outro exemplo é a definição de termos relacionados a etnias e raças. Muitas vezes, os dicionários trazem descrições que perpetuam estereótipos e visões simplistas das diferentes culturas e povos. Essas definições podem ser carregadas de preconceito e desconsiderar o contexto histórico, contribuindo para a manutenção de estereótipos racistas. Além disso, a definição de palavras relacionadas a deficiências e doenças também pode ser problemática. Muitas vezes, os dicionários abordam essas condições de maneira negativa, enfatizando limitações e estigmatizando as pessoas que vivem com essas condições. Isso reflete uma visão preconceituosa e desvaloriza as contribuições e o potencial dessas pessoas. É importante ressaltar que as definições nos dicionários têm um impacto significativo na sociedade, pois são usadas como fonte de conhecimento e referência. Portanto, é imprescindível que os dicionários sejam atualizados e revisados constantemente, de forma a evitar definições que perpetuem preconceitos e promovam a discriminação.