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Estudos Direito Civil 2º Periodo
Estudos Direito Civil 2º Periodo
Personalidade
1 Personalidade e pessoa natural
2.1.1 Conceito normativo de pessoa
2.2 Começo e término da personalidade
2.2.1 O nascituro
2.2.2 Situação jurídica do concebido
2.2.3 Morte natural e morte civil
2.2.4 Comoriência
2. Personalidade
Considerando o princípio da supremacia da constituição e a necessária interpretação
do Direito Civil em conformidade com a normativa constitucional é preciso, antes de nos
atermos, ao direito da personalidade, entender o princípio base do Estado Democrático de
Direito, a dignidade humana –art. 1º, IV da CR/88. Conforme afirmam Farias e Rosenvald
(2006, p. 92), “impõe reconhecer a elevação do ser humano ao centro de todo o sistema
jurídico, no sentido de que as normas são feitas para a pessoa e para a sua realização
existencial, devendo garantir um mínimo de direitos fundamentais que sejam vocacionados para
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lhe proporcionar vida com dignidade. Enfim, o postulado fundamental da ordem jurídica
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brasileira é a dignidade humana, enfeixando todos os valores e direitos que podem ser
reconhecidos à pessoa humana, enfeixando todos os valores e direitos que podem ser
reconhecidos à pessoa humana, englobando a firmação de sua integridade física, psíquica e
intelectual, além de garantir a sua autonomia e livre desenvolvimento da personalidade.”
“A dignidade da pessoa humana serve como mola de propulsão da intangibilidade da
vida humana, dela defluindo como consectários naturais: i) o respeito à integridade física e
psíquica das pessoas; ii) a admissão da existência de pressupostos materiais (patrimoniais,
inclusive) mínimos para que se possa viver; e iii) o respeito pelas condições fundamentais de
liberdade e igualdade.” (FARIAS; ROSENVALD, 2006, p. 93)
“É o centro de gravidade ao derredor do qual se posicionaram todas as normas
jurídicas.” (FARIAS; ROSENVALD, 2006, p. 93)
“Em quadro conclusivo, é lícito verberar que o reconhecimento da fundamentalidade da
dignidade da pessoa humana produz como consectário lógico a reapreciação (em outras
palavras, uma revisita) dos velhos institutos (e dogmas) civilísticos, dentre os quais, a
personalidade jurídica, a autonomia da vontade, o patrimônio, o contrato, a propriedade e a
família.” (FARIAS; ROSENVALD1, 2015, p. 131)
“Talvez seja exatamente por isso que Luís Roberto Barroso, representante do novo
constitucionalismo democrático brasileiro, vaticine que a efetividade dos valores constitucionais
resulta na “volta aos valores, na reaproximação entre ética e Direito”, deixando antever a
necessidade premente de uma nova perspectiva e compromisso do profissional da ciência
jurídica.” (FARIAS; ROSENVALD2, 2015, p. 131)
“A pessoa, como costumo dizer, é o valor-fonte de todos os valores, sendo o
principal fundamento do ordenamento jurídico; os direitos da personalidade correspondem às
pessoas humanas em cada sistema básico de sua situação e atividades sociais” (REALE3,
2022, s.p, grifo acrescido)
Para Reale (2022, s.p, grifo do autor) “cada direito da personalidade corresponde a
um valor fundamental, a começar pelo do próprio corpo, que é a condição essencial do que
somos, do que sentimos, percebemos, pensamos e agimos.”
de pessoa, pois exprime a aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres.”5
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“Hoje o direito reconhece os atributos da personalidade com um sentido de
universalidade, e o Código civil, o exprime, afirmando que toda pessoa é capaz de direitos e
deveres na ordem civil (art.1º)” (PEREIRA, 2009, p.181). Nesse sentido, toda pessoa é dotada
de personalidade.
“Personalidade jurídica, portanto, para a Teoria Geral do Direito Civil, é a aptidão
genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo
para ser sujeito de direito. Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de
sujeito de direito (pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios jurídicos dos mais
diferentes matizes.”(GAGLIANO; PAMPLINA FILHO, 2019, p.167, grifo acrescido)
Cod. Civ. art. 1.º: “Toda pessoa [física ou jurídica] é capaz de direitos e deveres na
ordem civil”. “No instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório,
clinicamente aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido
adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer
minutos depois.” .”(GAGLIANO; PAMPLONA FILHO, 2019, p.167, grifo acrescido)
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PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. V.I. Revisado por MORAES,
Maria Celina Bodin de. 23ª.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
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“Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.
Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” (CÓDIGO CIVIL)
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A ordem jurídica não considera o nascituro como pessoa – teoria natalista em que a
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personalidade é adquirida com o nascimento com vida, mas ressalva a sua proteção– art.2º do
Cod. Civ. “A personalidade jurídica, no nosso direito, [...] tem começo no nascimento com vida.
Dois os requisitos de sua caracterização: o nascimento e a vida.” (PEREIRA, 2009, p.186,
grifo acrescido).
O nascimento se dá quando o feto é separado do ventre materno. “A vida do novo ser
configura-se no momento em que se opera a primeira troca oxicarbônica no meio ambiente.”
(PEREIRA, 2009, p.186).
Para a teoria da personalidade condicionada, defende que há uma tutela ao
nascituro, mas de forma condicionada ao seu nascimento com vida. “Sustentam que a
personalidade do nascituro conferiria aptidão apenas para a titularidade de direitos
personalíssimos (sem conteúdo patrimonial), a exemplo do direito à vida ou a uma gestação
saudável, uma vez que os direitos patrimoniais estariam sujeitos ao nascimento com vida
(condição suspensiva).”
Já a teoria da concepção entende que o nascituro adquire personalidade jurídica
desde a sua concepção, sendo assim, considerado pessoa.
Segundo Gagliano e Pamplona Filho 2019, p.172), há conclusões a serem
observadas: “a) o nascituro é titular de direitos personalíssimos (como o direito à vida, o direito
à proteção pré-natal etc.); b) pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de
transmissão inter vivos; c) pode ser beneficiado por legado e herança; d) o Código Penal tipifica
o crime de aborto; e) como decorrência da proteção conferida pelos direitos da personalidade, o
nascituro tem direito à realização do exame de DNA, para efeito de aferição de paternidade.”
Para além da morte natural o Cód. Civ tratou da presunção de morte no art. 7º do
Cod. Civ, a saber:
2.2.3.1 Ausência
A ausência, por sua vez, está prevista no art. 6º do Cod. Civ., ao dispor que: “Art. 6 o A
existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes,
nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.” “Ausente é aquele que
desaparece de seu domicílio, sem que dele se tenha qualquer noticia.” (PEREIRA, 2009, p.193).
Nomeia-se um administrador/ curatela aos seus bens, partilha-se seu patrimônio e prologado o
afastamento presume-se a sua morte.
O fato jurídico a ensejar a ausência é o desaparecimento da pessoa de seu domicílio
“sem se dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba
administrar-lhe os bens”” – art.22 do Cód. Civ.
A matéria - Curadoria dos Bens do Ausente - esta normatizada nos artigos 22 a 25 do
Cód. Civ., a saber:
“Seção I
Da Curadoria dos Bens do Ausente
Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não
houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz,
a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e
nomear-lhe-á curador.
Art. 23. Também se declarará a ausência, e se nomeará curador, quando o ausente
deixar mandatário que não queira ou não possa exercer ou continuar o mandato, ou se os seus
poderes forem insuficientes.
Art. 24. O juiz, que nomear o curador, fixar-lhe-á os poderes e obrigações, conforme as
circunstâncias, observando, no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.
Art. 25. O cônjuge do ausente, sempre que não esteja separado judicialmente, ou de
fato por mais de dois anos antes da declaração da ausência, será o seu legítimo curador.
§ 1 o Em falta do cônjuge, a curadoria dos bens do ausente incumbe aos pais ou aos
descendentes, nesta ordem, não havendo impedimento que os iniba de exercer o cargo.
§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos precedem os mais remotos.
§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas, compete ao juiz a escolha do curador.”
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(CÓDIGO CIVIL)
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Segundo Gonçalves6 (2010, p. 208), “a situação do ausente passa por três fases. Na
primeira, subsequente ao desaparecimento, o ordenamento jurídico procura preservar os bens
por ele deixados, para a hipótese de seu eventual retorno [...]. É a fase da curadoria do
ausente, em que o curador cuida de seu patrimônio. Na segunda fase, prolongando-se a
ausência, o legislador passa a preocupar-se com os interesses de seus sucessores, permitindo
a abertura da sucessão provisória. Finalmente, depois de longo período de ausência, é
autorizada a abertura da sucessão definitiva.”
A primeira fase, curadoria dos bens do ausente, se prolonga por um ano, publicando-se
editais por um ano na internet e onde não tiver, a cada dois meses, para que o ausente possa
reaparecer – art. 744 e 745 do CPC.
“Art. 744. Declarada a ausência nos casos previstos em lei, o juiz mandará arrecadar
os bens do ausente e nomear-lhes-á curador na forma estabelecida na Seção VI,
observando-se o disposto em lei.
Art. 745. Feita a arrecadação, o juiz mandará publicar editais na rede mundial de
computadores, no sítio do tribunal a que estiver vinculado e na plataforma de editais do
Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 1 (um) ano, ou, não havendo sítio, no
órgão oficial e na imprensa da comarca, durante 1 (um) ano, reproduzida de 2 (dois) em 2
(dois) meses, anunciando a arrecadação e chamando o ausente a entrar na posse de seus
bens.
§ 1º Findo o prazo previsto no edital, poderão os interessados requerer a
abertura da sucessão provisória, observando-se o disposto em lei.
§ 2º O interessado, ao requerer a abertura da sucessão provisória, pedirá a citação
pessoal dos herdeiros presentes e do curador e, por editais, a dos ausentes para requererem
habilitação, na forma dos arts. 689 a 692 .
§ 3º Presentes os requisitos legais, poderá ser requerida a conversão da sucessão
provisória em definitiva.
§ 4º Regressando o ausente ou algum de seus descendentes ou ascendentes para
requerer ao juiz a entrega de bens, serão citados para contestar o pedido os sucessores
provisórios ou definitivos, o Ministério Público e o representante da Fazenda Pública, seguindo-
se o procedimento comum” (CPC)
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GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. V.I. Parte geral. São Paulo: Saraiva,
2010.
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2.2.4 Comoriência
“Art. 8 o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo
averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente
mortos.” (COD.CIV.)
A comoriência somente se apresenta quando as pessoas forem ao mesmo tempo
herdeiras ou beneficiária uma da outra e, nesse caso, presumindo a simultaneidade da morte,
uma não herda outra.
Exemplo: marido e mulher morrem juntos e que não têm descendentes ou
ascendentes.
EXERCÍCIOS
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01 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-RO Prova: CESPE /
CEBRASPE - 2022 - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Jurídica
Vanessa, casada com Marcos havia três anos, estava grávida do seu primeiro filho,
fruto dessa união. Apesar de a gestação ter sido tranquila, houve complicações no
momento do parto, o que ocasionou a necessidade de entubar o recém-nascido, que,
infelizmente, veio a óbito cinco horas após o parto.
Considerando essa situação hipotética e as regras acerca da pessoa natural e dos
direitos da personalidade, assinale a opção correta.
A Segundo a teoria natalista, majoritariamente adotada pela legislação brasileira e pela
doutrina contemporânea, o recém-nascido adquiriu seus direitos à personalidade na
ocasião exata do parto, no momento em que respirou pela primeira vez.
B Conforme a teoria da personalidade condicionada, adotada pela legislação brasileira
em vigor e defendida pela doutrina majoritária contemporânea, o recém-nascido não
chegou a adquirir os direitos de personalidade, pois veio a óbito logo após o parto.
C Segundo a atual interpretação da lei e a doutrina majoritária contemporânea, o
recém-nascido adquiriu os direitos à personalidade por ter nascido com vida, mas teve
todos seus direitos extintos a partir da data do seu óbito.
D Os direitos à personalidade da criança estão assegurados desde o momento de sua
concepção, independentemente do nascimento com vida ou não, em respeito à teoria
concepcionista, adotada pela legislação brasileira e defendida pela doutrina majoritária
contemporânea.
E Todos os direitos da personalidade da criança em questão foram extintos com seu
óbito, visto que não há como se assegurar nenhum direito a alguém cujo falecimento foi
atestado em certidão de óbito registrada em órgão competente.
02 Ano: 2021 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2021 - DPE-AM - Defensor
Público
José Ferreira, pescador, mora em comunidade ribeirinha às margens do Rio Purus, no
Estado do Amazonas. Ele habitualmente sai com sua embarcação, sozinho, no início da
semana e retorna após alguns dias de pesca. Todavia, após sua última saída, não
retornou como fazia habitualmente. Os familiares procuraram as autoridades e fizeram
buscas nos trechos que ele costumava pescar, mas não foi encontrado nenhum sinal
dele ou de sua embarcação. Depois de quase um ano sem nenhuma notícia do seu
paradeiro, os familiares procuraram a Defensoria Pública para informações sobre como
poderiam proceder diante desta situação, pois ele deixou alguns bens e herdeiros, mas
não há nenhum representante ou mandatário. À luz de tais elementos, o/a defensor/a
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03 Ano: 2021 Banca: VUNESP Órgão: TJ-GO Prova: VUNESP - 2021 - TJ-GO -
Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento
Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente que não deixou representante
ou procurador, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra
provisoriamente a sucessão. É correto afirmar que somente se consideram
interessados
A os colaterais até o terceiro grau.
B os credores de obrigações vincendas.
C os que tiverem sobre os bens do ausente direito, independentemente de sua morte.
D os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários.
04 Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: TJ-SC Prova: FGV - 2021 - TJ-SC - Titular de
Serviços de Notas e de Registros - Provimento
Arnaldo saiu de casa em 2004 e desde então não houve mais notícias dele. Em 2005,
seus filhos pleitearam a declaração de sua ausência, que foi deferida no mesmo ano,
com a arrecadação dos bens de Arnaldo e a nomeação de um dos filhos como curador.
Em 2006, a pedido do curador, foi aberta a sucessão provisória de Arnaldo, e os filhos
foram imitidos na posse dos bens. Em 2017, a requerimento dos filhos, a sucessão
provisória foi convertida em definitiva. O advogado dos filhos, contudo, os alertou que,
reaparecendo Arnaldo até 2027, poderia exigir de volta os bens, no estado em que se
encontrarem.
Arnaldo presume-se morto desde:
A 2004;
B 2005;
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C 2006;
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D 2017;
E 2027.
05 Ano: 2021 Banca: Unesc Órgão: PGM - Criciúma - SC Prova: Unesc - 2021 -
PGM - Criciúma - SC - Procurador do Município
O casal de namorados Maria e Antônio foi comemorar o dia dos namorados em uma
pousada romântica na cidade de Petrópolis/RJ. Ocorre que foram surpreendidos por
uma forte tempestade, com chuvas, raios e vendaval. Em virtude do evento climático, a
pousada onde estavam hospedados foi soterrada por um deslizamento de terras.
Apesar de todos os esforços dos hospedes e bombeiros, Maria não foi localizada até o
momento, sendo que as buscas no local por sobreviventes já cessaram. Assim, em
relação a Maria:
A Deverá ser declarada morte, haja vista sua presunção de ausência.
B Não poderá ser declarada sua morte, haja vista a não localização de seu corpo.
C Poderá ser declarada sua morte, após o reconhecimento de sua ausência.
D Poderá ser declarada sua morte, após sentença judicial reconhecendo sua morte
presumida.
E Apenas poderá ser declarada sua morte presumida após 2 (dois) anos do
encerramento das buscas.
06 Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: MPE-GO Prova: FGV - 2022 - MPE-GO - Promotor
de Justiça Substituto
Humberto desapareceu do seu domicílio na cidade de Anápolis, sem que houvesse
notícias do seu paradeiro, deixando procurador e testamento. Decorridos três anos do
seu desaparecimento, sua esposa, casada com Humberto sob o regime de comunhão
parcial de bens, e seus filhos propuseram a competente ação de ausência e
requereram a abertura da sucessão provisória, pleiteando a imissão na posse dos bens
do ausente.
virtude de desapropriação;
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D o sucessor excluído da posse provisória pode alegar a falta de meios para que lhe
seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria;
E ainda que o ausente venha a aparecer, não terá direito a reaver dos sucessores sua
parte nos frutos e rendimentos.
07 Ano: 2019. Banca: Fundação Getúlio Vargas – FGV. Prova: FGV - Prefeitura de
Salvador - Guarda Civil - 2019
Fernanda dirigia um automóvel acompanhada de seu cônjuge, Marcelo, quando colidiu
frontalmente com outro veículo. Em razão da gravidade do acidente, ambos faleceram
antes mesmo de chegar o auxílio médico.
Sobre a situação apresentada, segundo o Código Civil, assinale a afirmativa correta.
A Houve a morte presumida de ambos.
B Será necessária a decretação de ausência de Fernanda e Marcelo.
C Como ambos morreram em razão do mesmo acidente, presume-se que o de maior
idade faleceu primeiro.
D Diante do falecimento em uma mesma ocasião, ocorre a comoriência.
E Não há norma no ordenamento brasileiro a respeito de morte simultânea.
09 Ano: 2019. Banca: Fundação Getúlio Vargas – FGV. Prova: FGV - Prefeitura de
Salvador - Agente de Fiscalização - 2019
Giovanna e Carla são filhas gêmeas de Anderson. Após acidente de trânsito, todos são
levados ao hospital, mas falecem antes de chegar ao estabelecimento.
Durante a realização do laudo médico, para confecção de atestado de óbito, não foi
possível declarar quem havia morrido primeiro. Conforme esta situação, é correto
afirmar que
A O Código Civil presume que o pai morreu em momento anterior ao da filha que
nasceu primeiro.
B O Código Civil presume que as filhas morreram em momento anterior ao pai.
C Sobre os casos em que duas ou mais pessoas morrem ao mesmo tempo, existe uma
lacuna legislativa.
D O Código Civil presume que o pai morreu em momento anterior ao da filha que
nasceu primeiro.
E Em razão do falecimento em uma mesma ocasião, sem que se possa verificar qual
óbito precedeu ao outro, presumir-se-á simultaneidade de todos.
chegou à casa do casal em uma motocicleta, chamou a mulher ao portão e, quando ela
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saiu de casa, atirou nela com uma arma de fogo, matando-a imediatamente. Em
seguida, ele se matou no mesmo local, com um disparo da arma encostada na própria
têmpora.