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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

DEPARTAMENTO DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

COORDENACAO GERAL DE INSPECAO

DIVISAO DE HABILITACAO E CERTIFICACAO

OFÍCIO-CIRCULAR Nº 323/2021/DHC/CGI/DIPOA/SDA/MAPA
Brasília, 28 de outubro de 2021.
 
SOLICITAÇÃO DE EMISSÃO DE CARTA DE CORREÇÃO PARA CERTIFICADO SANITÁRIO INTERNACIONAL. MODELO PADRONIZADO PARA EMISSÃO
POR MEIO DO SIGSIF PELOS ESTABELECIMENTOS SOB SIF. SUBSTITUIÇÃO DE CERTIFICADOS SANITÁRIOS. ESTE OFÍCIO-CIRCULAR CANCELA A
CIRCULAR Nº 1001/2011/CGPE/DIPOA.
 
Esta Divisão de Habilitação e Certificação, com base no Decreto nº 10.827, de 30 de setembro de 2021, na Portaria nº 562, de 11 de
abril de 2018 e com base no Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, encaminha os procedimentos para a solicitação da emissão de Carta de
Correção para certificado sanitário internacional.
Seguindo a estratégia de inserção de todos os documentos relacionados à certificação sanitária em sistema informatizado, visando
proporcionar agilidade, transparência, rastreabilidade e viabilizando a auditoria de forma unificada, toda  solicitação  de emissão de carta de
correção se dará por meio do sistema SIGSIF.
A carta de correção é o documento oficial emitido por via impressa ou eletrônica para correção de preenchimento do certificado
sanitário internacional.
 
1. DA SOLICITAÇÃO DA EMISSÃO DA CARTA DE CORREÇÃO
1.1. A solicitação de carta de correção se dará por meio de emissão de DCPOA contendo os dados do carregamento e os documentos de
respaldo anexados no sistema DCPOA.
1.2. A Carta de Correção somente poderá ser solicitada para Certificados Sanitários Internacionais (CSI).
1.3. A Carta de Correção poderá ser solicitada para cargas que já tenham deixado o território brasileiro,  para países que aceitem a
correção do CSI por meio deste documento.
1.3.1. O estabelecimento deve verificar, previamente a solicitação da emissão da Carta de Correção, a aceitação da mesma pela autoridade
competente do país importador.
1.3.2. O envio da carta de correção ocorrerá por conta e risco do estabelecimento  interessado, pois o DIPOA não dispõe de
informações claras de todos os países importadores que aceitam tal documento.
1.3.3. Até o momento, de acordo com informações oficiais, a União Europeia, Reino Unido (segue as regras da UE) e México, não aceitam a
correção de dados do CSI por meio de Carta de Correção, exigindo sempre a substituição integral do documento.
1.4. A solicitação da Carta de Correção será realizada pelos estabelecimentos exportadores sob SIF,  para ajustes relacionados aos
produtos de origem animal descritos no CSI, ou seja, para os dados relativos à remessa, para os seguintes campos:
I- dados do importador;
II - dados do exportador;
III - dados de origem do produto;
IV - Código NCM/HS; 
V- peso;
VI - número de embalagens;
VII - temperatura;
VIII - quantidade;
IX - dados do meio de transporte;
X- local de carga;
XI - ponto de entrada no país importador;
XII - descrição do produto;
XIII - períodos de produção, datas de abate e lote.
1.5. A solicitação da Carta de Correção somente poderá ser emitida para CSI que se enquadre nos seguintes casos:
I- com prazo de validade vigente; e
II - com o prazo de validade vencido, desde que seja comprovado que o trânsito do produto ocorreu dentro do prazo  de
validade, ou seja, que contentor transitou do Brasil ao país de destino, dentro do prazo de validade do documento.
1.5.1. Para a situação citada no item II, a empresa deverá apresentar documento emitido pelo Terminal ou Recinto, no exterior, com a
informação da chegada da carga, que será confrontada com a data de emissão do CSI.
1.6. A solicitação de emissão de Carta de Correção deverá ser realizada na mesma unidade emissora do  CSI a ser corrigido. Casos
excepcionais de solicitação em unidade diversa deverão ser autorizados pelo Serviço Oficial.
1.7. A emissão da Carta de Correção somente poderá ser realizada mediante apresentação pelo estabelecimento de documentação que
respalde a correção, bem como dos registros de autocontrole, quando aplicável, que deverão estar disponíveis para a unidade emissora sempre
que requeridos.
1.7.1. Para respaldo da solicitação de Carta de Correção, o interessado deve apresentar a  comprovação dos itens requeridos para as
devidas correções.
1.8. A solicitação da Carta de Correção poderá ser realizada para ajuste  de no máximo  dois itens realacionados aos dados do
carregamento. Caso o CSI possua mais de 2 itens a serem corrigidos, deverá ser solicitada a substituição do mesmo.
1.8.1. Entende-se por item um campo do CSI, conforme exemplos:
1.8.1.1. Caso seja verificada a necessidade de correção na  Tabela de Descrição de Produtos das  células "nome do produto_1" e
"lote_2", poderá ser solicitada a emissão da Carta de Correção.
1.8.1.2. Caso seja verificada a necessidade de correção na Tabela de Descrição de Produtos das células "nome do produto_1" e "lote_2" e no
campo importador  seja necessária a correção do endereço, não poderá ser solicitada a  emissão da  Carta de Correção, sendo este  caso
de substituição do certificado.
1.9. É VEDADA a emissão de Carta de Correção para alteração dos seguintes itens:
a) número de CSI;
b) país de destino da exportação;
c) tachamento de requisitos sanitários;
d) inclusão de código de autenticidade, caso o CSI tenha sido gerado sem este código;
e) ajuste de carimbos - datador e do AFFA;
f) ajuste de assinatura do AFFA;
g) correção da frase de substituição  que tenha sido inserida de maneira equivocada pelo AFFA, quando da emissão de CSI
em modelo/arquivo diferente, do CSI inicial; e
h) lacres e contêineres.
 
2. DA SOLICITAÇÃO DA EMISSÃO DE CARTA DE CORREÇÃO POR MEIO DO SIGSIF
2.1. Os modelos de Carta de Correção estarão disponibilizados por meio do pais "BRASIL", seleção da opção Produto: "PRODUTOS DE
ORIGEM ANIMAL".
 

2.2. Na opção Modelo de Certificado estarão disponíveis os documentos publicados pelos seguintes nomes:


a) Carta_Correcao_ espanhol_2021;
b) Carta_Correcao_ ingles_2021;
c) Carta_Correcao_ frances_2021;
d) Carta_Correcao_ russo_2021;
e) Carta_Correcao_ portugues_2021.
 
2.3. O estabelecimento sob SIF  deverá preencher o campo "Documentos Base para o Certificado", informando o(s) dado(s) do CSI a
ser(em) corrigido(s), seu número de referência, bem como os demais documentos de respaldo que comprovem a necessidade da correção.

Exemplo: 
"DCPOA de solicitação xxxx/SIF/AA. Para correção do CSI nº xxxxx/Unidade emitente/aa, emitido em xx/xx/xx, para o país: xxxx. Nº de referência do
CSI: xxxxxxx e demais informações anexadas à DCPOA de solicitação".

2.4. Documentos que devem ser apresentados para a solicitação de Carta de Correção: 
I- documento que descreva o motivo da solicitação e os campos a serem alterados;
II - documento que ateste as condições de temperatura do contêiner e a integridade do lacre;
III - documento que  ateste  que o estabelecimento se responsabiliza pela utilização da carta de correção junto ao país
importador;
IV - Bill of Landing (BL), Air Way Bill (AWB) ou manifesto de carga que comprove a exportação;
V- documento do Terminal e Recinto, comprovando que o trânsito ocorreu dentro do prazo de validade do CSI, conforme
descrito no item 1.5.1 (quando aplicável); e
VI - demais documentos que comprovem a alteração solicitada.
 
3. DO PARECER DO SERVIÇO OFICIAL 
3.1. O estabelecimento interessado solicitará ao Serviço Oficial a emissão de carta de correção inserida no sistema SIGSIF, que indicará o
CSI a ser corrigido, dando as garantias da veracidade das informações prestadas, por meio de DCPOA de solicitação.
3.2. O Serviço Oficial avaliará as informações prestadas pelo estabelecimento, devendo APROVAR ou REPROVAR o pleito.
3.2.1. Na APROVAÇÃO, o AFFA marcará a opção APROVADO, inserindo seu NOME COMPLETO e número da carteira fiscal.
3.2.2. Na REPROVAÇÃO,  o AFFA marcará a opção REPROVADO, descrevendo o motivo da reprovação,  inserindo seu  NOME COMPLETO
e número da carteira fiscal.
 
4. DA NUMERAÇÃO DA CARTA DE CORREÇÃO
4.1. A Carta de Correção com parecer "APROVADO", receberá do Serviço Oficial a mesma numeração sequencial crescente da unidade
emissora, utilizada para emissão de Certificados Sanitários Internacionais. 
 Exemplo: Se o último CSI emitido na unidade foi o 00358/CC-GNA/21 e, em seguida, houver aprovação de uma carta de correção
(de outro CSI),  a mesma deve receber a numeração seguinte, ou seja: 00359/CC-GNA/21.
4.2. À partir do momento em que a numeração se der de forma automática por meio do sistema, este procedimento  deixará de ser
realizado pelo AFFA, no ato do parecer.
 
5. DA SUBSTITUIÇÃO DE CERTIFICADOS SANITÁRIOS, GUIA DE TRÂNSITO E CARTAS DE CORREÇÃO
5.1. Quando da emissão de certificado sanitário, guia de trânsito e carta de correção substitutos, o sistema inserirá automaticamente a
frase de substituição de que tratam os arts. 69, 70 e 74 da Portaria SDA 431, de 19/10/2021.
5.2. Quando houver solicitação de substituição de certificado sanitário, guia de trânsito e carta de correção que implique em alteração
de idioma do documento, a frase de substituição de que trata o item 5.1 não será inserida automaticamente e deverá ser informada manualmente
pelo AFFA emissor.
5.3. Se aplica o disposto no item 5.2 para os casos em que houver manutenção do arquivo do certificado sanitário, da guia de trânsito e
da carta de correção em sistema, informada no quadro de avisos da PGA-SIGSIF, que implique em troca de arquivo do documento, situação em que
a frase de substituição não será inserida automaticamente no documento.
 
6. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
6.1. A carta de correção deverá ser emitida, obrigatoriamente, por meio do sistema SIGSIF.
6.2. Caso haja indisponibilidade temporária do sistema SIGSIF, a carta de correção poderá ser emitida em medida de contingência,
seguindo os mesmos procedimentos para emissão de Certificados Sanitários nesta modalidade.
6.2.1. A carta de correção emitida em medida de contingência deverá ser, obrigatoriamente, inserida no sistema SIGSIF uma vez
restabelecido o seu acesso.
6.3. Para os casos em que a frase de substituição da carta de correção não seja inserida automaticamente e a situação não se enquadre
nos itens 5.2 e 5.3, fica autorizada a inserção manual pelo AFFA emissor, até 01/12/2021, tendo em vista o período em que podem ser necessários
ajustes de sistema.
6.4. Casos omissos deverão ser comunicados à DHC para orientações.
6.5. Este Ofício-Circular entra em vigor em 03 de novembro de 2021.
 
Atenciosamente,
 
 

Documento assinado eletronicamente por FERNANDA ZENI MICHALSKI, Chefe da Divisão de Habilitação e Certificação, em 28/10/2021, às 17:13,
conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º,§ 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site http://sistemas.agricultura.gov.br/sei/controlador_externo.php?


acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 18211191 e o código CRC 04215007.
 

Referência: Processo nº 21000.025725/2021-13 SEI nº 18211191

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