AMANDA MARINHO DIONISIO– 202326129 EMILLY RODRIGUES CARDOSO - 202330408 MARIANA DOS SANTOS– 202317372 PAMELA REGINA DO NASCIMENTO– 202318155 RESUMO
A Engenharia Civil se constitui em um grande instrumento para a sociedade,
dada a sua marcante atuação na solução de grandes problemas relacionados a criação de infraestrutura básica, ao abastecimento de recursos para a sobrevivência humana, e ao favorecimento do aproveitamento dos recursos naturais. Para tanto, tem um repertório técnico, do qual grande parte teve início no exercício daqueles que, dentro de suas funções, se depararam com alguns encargos particulares, e cujas experiências nestes trabalhos resultaram em contribuições para o meio técnico. Dentro do campo dos aglomerantes, registra-se o contato dos romanos com as cinzas de vulcão de Pozzouli, as quais, adicionadas a cal, conferiram às argamassas ganho de resistência mecânica, mesmo sob água, e resistência à dissolução desta. Na Inglaterra Smeaton, em 1756, constatou que calcáreos procedentes de Aberthaw, condado de Clamorgan, contendo certa quantidade de argila, se revelaram capazes de produzirem cales com propriedades hidráulicas, tendo sido esta utilizada com pozolana para a construção de um farol. Parker, também na Inglaterra, em 1796, registrou a patente de um cimento à base de materiais calcáreos e argilosos, denominado por “cimento romano”, e em 1800, na França, Vicat investigou a influência dos compostos argilosos nas propriedades hidráulicas dos aglomerantes, e concluiu que aglomerantes com diferentes graus de hidraulicidade e tempo de atuação como aglomerante podem ser produzidos a partir de diferentes teores de argila na mistura. Pode- se ainda falar da experiência de Aspdin, em 1824, na Inglaterra, produzindo um material intitulado por cimento Portland, e também do cimento da região de Vassy, produzido na França em 1830. Verificou-se com o tempo que o teor de argila em composição, e a temperatura de cozimento, eram significativos para a produção dos cimentos de pega normal. INTRODUÇÃO Ligantes são materiais usados para unir ou aglomerar outros materiais. Estes foram desenvolvidos ao longo da história, em grande parte devido aos contactos do homem com materiais da natureza. Pretende-se, através desta publicação, apresentar os fichários, no que diz respeito ao seu desenvolvimento histórico, associado às suas qualidades essenciais, e à classificação geral. Os primeiros ligantes conhecidos pela humanidade foram certamente argila e betume, quimicamente inativos, seguidos de ligantes aéreos quimicamente ativos, como cal e gesso. No início, não havia muitos recursos da tecnologia e, provavelmente, como sugerido, as propriedades de ligação da argila foram notadas pela primeira vez. A partir das modificações no cimento de presa rápida em termos de composição e temperatura de fabricação, chegou-se ao cimento Portland de pega normal. O termo aéreo refere-se ao fato de que esses ligantes dependem da presença de ar para endurecer. Esses ligantes não apresentam grande resistência à ação dissolvente da água. Os ligantes “hidráulicos” são aqueles que podem endurecer mesmo debaixo de água, imersos, e são resistentes à sua ação de dissolução. Em 1800, alguém chamado Vicat, na França, confirmou, por meio de manipulações de laboratório, que o que dava hidraulicidade a ligantes hidráulicos, como a cal hidráulica, era a presença conjunta de calcário e argila na culinária. Mais tarde, na Holanda, foi feita a mesma confirmação. O processo de fabricação do cimento foi então otimizado, a partir do qual algumas coisas foram percebidas. Na queima do calcário e da argila, produz-se CaO (óxido de cálcio, cal viva) e parte da argila interage com a cal, formando compostos com ação cimentícia. À medida que a temperatura aumenta durante o cozimento, até a fusão incipiente, formam-se nódulos resultantes da fusão dos óxidos de ferro, sílica e alumina do solo. Na verdade, esses são os elementos ativos do cimento Portland atual.