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NOME: Carolina Oliveira Ribeiro Gonçalves

1. Defina liquidação de sentença.

A “liquidação de sentença”, é um procedimento a ser executado na fase


intermediária entre a sentença (emitida no processo de conhecimento) e o
cumprimento da mesma. Tal procedimento, visa definir os parâmetros da
sentença para que a mesma possa ser cumprida posteriormente. Definindo o
objeto da condenação imposta ao réu, caso essa não tenha sido disposta na
sentença. Para que assim, se acerte o direito e faça-se executar a sentença.
Ela tem o desígnio de definir valores e coisas desprovidas de aporte
econômico. Podendo ainda ser feita por “arbitramento” (quando não se tem que
provar um fato novo e visa-se definir apenas gênero, espécie e quantidade do
que foi definido na sentença) ou pelo “procedimento comum” (quando se alega
um fato novo, devendo prova-lo. Como quando houverem documentos a serem
apurados e opção por inspeção judicial).

2. Quais são as modalidades de liquidação de sentença existentes no CPC?

O CPC/15, apresenta duas modalidades de liquidação de sentença. A


liquidação “por arbitramento” e a “pelo procedimento comum”. A primeira, é
executada quando há que definir gênero; espécie ou quantidade do que foi
definido na sentença. Já a segunda é utilizada quando se há a necessidade de
provar novos fatos apresentados, antes de se definir o disposto na sentença. A
sentença pode ser “ilíquida” ou “líquida”. A primeira, satisfar-se-á quando não
apresentar gênero; espécie ou quantidade, podendo ocorrer caso não for
possível mensurar o dano a ser julgado. Já a segunda, se fará mediante a
definição de gênero; quantidade ou espécie da sentença.

3. Explique o que vem a ser a “liquidação por mero cálculo aritmético”?

A “liquidação por mero cálculo aritmético”, refere-se a definição da sentença


depender apenas de um cálculo matemático simples, não sendo necessário
portanto, o procedimento de liquidação pela via do procedimento comum e nem
pela do arbitramento, podendo ser requerido o cumprimento de sentença de
pronto, em acordo com o art. 509 do CPC/15.

4. Explique a diferença entre a liquidação de sentença por arbitramento e pelo


procedimento comum.

A liquidação “por arbitramento”, se dá quando se define gênero; espécie ou


quantidade do que foi definido na sentença. Já a liquidação “pelo procedimento
comum”, é utilizada quando se há a necessidade de provar novos fatos
apresentados (como documentos), antes de se definir o que foi disposto na
sentença.

5. Explique se é possível que no procedimento de liquidação de sentença haja


a rediscussão da coisa julgada?
Atentando-nos ao art. 505 do CPC/15, tal artigo, elucida a hipótese de que
nenhum juiz, decidirá novamente as questões já decididas, relativas a lide,
salvo se tratando em caso de relação jurídica de trato continuado em que se
sobreveio modificação no estado de fato ou de direito.

6. Qual o recurso cabível contra a decisão que fixou o valor da sentença


liquidação de sentença?

Em acordo com o art. 1015 do CPC/15, o recurso cabível a sentença dada na


liquidação, é o “agravo de instrumento”.

7. Indique o que vem a ser o cumprimento de sentença?

O “cumprimento de sentença”, é a fase que se segue a “liquidação de


sentença” (caso for cabível) e a, “sentença”, no processo de conhecimento. Ela
visa dar execução à sentença que foi definida nos dois processos anteriores
citados. O “credor exequente”, exige do “devedor executado”, o cumprimento
da obrigação, a qual foi estipulada na mesma. Para isso, o credor, deve possuir
um “título executivo judicial” ou, um “título executivo extrajudicial”, para se exigir
o cumprimento. O título executivo judicial, no caso seria uma sentença
determinada pelo juiz. Já o título executivo extrajudicial, seriam documentos
que comprovem a existência de que uma obrigação foi estabelecida, como um
contrato. Os dois apresentam procedimentos de requisição intrínsecos e
distintos. Caso o credor detenha o título judicial, ele deverá adotar o
“procedimento de cumprimento de sentença” para se fazer cumprir a obrigação.
Já em casos de o mesmo possuir o título extrajudicial, ele poderá recorrer a
meios mais ágeis, para que se faça cumprir a obrigação, passando para isso
“pelo processo de execução”. Caso o credor seja detentor do título judicial, ele
deverá ainda comprovar que não houve o pagamento no tempo e ou, no modo
determinado na sentença. Já nos casos de o credor, deter o título extrajudicial,
ele deverá comprovar ainda que o mesmo é líquido; certo e; exigível, além de
comprovar o não pagamento no tempo e ou, no modo exigido na sentença,
também.

8. Explique quais as diferenças entre o cumprimento de sentença e processo


de execução.

O “cumprimento de sentença”, é um meio de se fazer cumprir a obrigação,


adotado pelo credor que possua “título executivo judicial” (sentença). Já o
“processo de execução”, é um meio de se requer o cumprimento da obrigação,
a ser adotado pelo credor, que possua “título executivo extrajudicial” (que
comprove a existência de que a obrigação foi firmada. Como contrato e
cheque). No primeiro procedimento, o credor deve demonstrar além de tal
título, que não houve o pagamento no tempo e ou, no modo disposto na
sentença determinada. Já no segundo procedimento, o credor, detentor de tal
título, deve demonstrar além da existência da obrigação, comprovada pelo
título executivo e além, do não pagamento de tal, que o título é líquido; certo e;
exigível.

9. Explique o princípio da patrimonialidade.


Tal princípio, contido no art. 789 do CPC/15, elucida o fato de que o devedor,
responde por suas dívidas não pagas, com seus bens presentes e futuros.
Dentro dele está contido o “princípio da dignidade humana”. Contido no art. 833
do CPC/15. O qual, visa proteger o mínimo existencial do devedor ante as suas
dívidas. Julgando ser impenhoráveis alguns bens do mesmo.

10. Explique o princípio da dignidade da pessoa humana na


execução/cumprimento de sentença.

O princípio da dignidade, nas fases citadas, é importante para proteger o


mínimo existencial do devedor, configurando a impenhorabilidade de alguns
bens do mesmo. Como, de equipamentos necessários a sua profissão.
Portanto, ele não responderá por suas dívidas não pagas, com esses tipos de
bens especificados no art. 833 do CPC/15.

11. Explique o princípio da nulla executio sine titulo.

Tal princípio, infere a ideia de que é nulo o processo de execução/


cumprimento de sentença, se o credor, instaurar o procedimento sem a
existência de título judicial ou extrajudicial.

12. Quais são os títulos executivos judiciais previstos no CPC?

Podem ser alvo de cumprimento de sentença pois, são títulos executivos


judiciais: as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de
entregar coisa; a decisão homologatória de autocomposição judicial; a decisão
homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza; o formal
e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos
herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal; o crédito de auxiliar
da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido
aprovados por decisão judicial; a sentença penal condenatória transitada em
julgado; a sentença arbitral; a sentença estrangeira homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça; a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do
exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça.

13. Quais são os títulos executivos extrajudiciais previstos pelo CPC?

Podem ser alvos do “processo de execução” pois, são títulos extrajudiciais: a


letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; a
escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; o
documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas; o
instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria
Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por
conciliador ou mediador credenciado por tribunal; o contrato garantido por
hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido
por caução; o contrato de seguro de vida em caso de morte; o crédito
decorrente de foro e laudêmio; o crédito, documentalmente comprovado,
decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como
taxas e despesas de condomínio; a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente
aos créditos inscritos na forma da lei; o crédito referente às contribuições
ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva
convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente
comprovadas; a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa
a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei; todos os demais títulos
aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.

14. Quais são os requisitos para se instaurar o cumprimento de sentença?

Para se instaurar o cumprimento de sentença, exigindo o cumprimento da


obrigação, o credor, deverá comprovar a existência de um título executivo
judicial (sentença); o não cumprimento desta sentença e; que o título é certo;
líquido e; exigível.

15. Explique o conceito de inadimplente.

“Inadimplente”, é aquele devedor que não cumpriu com a obrigação


estabelecida com o credor, no modo e no tempo certo, determinado.

16. Explique o que vem a ser um título executivo líquido, certo e exigível.

O título executivo é líquido, quando há a determinação certa da quantia disposta na


obrigação. Ele é certo quando se tem comprovada a existência da dívida. Ele é
exigível quando não há a ocorrência de decadência ou prescrição. Ou seja, a dívida,
ainda pode ser exigida do devedor.

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