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1) Vidro invisivel Veja como é possivel tornar uma garrafa invisivel! ies PASSO A PASSO + copo liso transparente + 2.48 tubos de 100 mi de glicerina (a venda nas farmédcias) Encha a garrafinha com glicerina e parafuse bem a tampa. Encha copo até a metade com glicerina. Introduza com cuidado a garrafinha dentro do copo. A parte inferior dela ficard submersa. (O que acontece com essa parte? Por qué? eocrretnhavezia cere ns ta, ou de molho de pimenta ou similar, bem limpa e seca, com tampa de rosca OPCIONAL + pedago de tubo de PVC, tabua e supercola (adesivo Fixe 0 tubo de PVC na tdbua com supercola ou cola quente instantaneo universal) € use-o como suporte para 0 copo. Isso evita que a glicerina derrame no chao. FATOS FENOMENAIS Todo mundo sabe que uma faca mergulhada num copo d’égua parece torta. Compare a parte da faca em contato com o ar com a parte submersa na dgua. Afinal, a faca fora do copo no ¢ torta! A luz refletida pela faca chega até o seu olho no menor tempo possi- vel. Na agua, a velocidade de propagagao da luz é menor do que no ar € no espago exterior (vécuo). Esse comportamento da luz 6 descrito em termos do indice de refragao, definide como a razao entre a velocidade da luz no vacuo e a velocidade da luz num meio transparente, como a agua e o vidro. Para a luz, é mais eficiente seguir um trajeto mais curto no meio onde a sua velocidade é me- nor (indice de refragéo maior) e percorrer uma distancia maior no meio onde a luz se propaga mais rapidamente (indice de refragao menor), de modo que o tempo total do percurso da luz seja o menor possivel. Se a luz refletida pela parte submersa da faca seguisse em linha reta até 0 seu olho, o tempo de perourso dela seria ainda maior. Por isso aluz prefere “entortar-se" ao sair da dgua. Isso mostra que a luz “enxerga’ o ar Ea, & @ a Agua como meios diferentes. O que vocé pode dizer a respeito da glicerina € do vidro? A luz consegue distinguir esses dois meios (indices de refragéo diferentes) ou 0 seu indice de refragdo 6 o mesmo? 2) Decompondo a luz nas cores do arco-iris Ou uma verso do século 21 dos experimentos cldssicos de Newton. Com dois CDs apenas vocé pode produzir arco-tis especiais. ER“ PASSO A PASSO *2CDs * papelao + caixa de papelio * cartolina preta fosca + placa de madeira ou de papeldo grosso *fita adesiva + fita isolante (preta) * lente convergente (lupa) + marcador de textos (por exemplo, amarelo) Faga um suporte para um dos CDs com um pedago de carolina, dobrando-o como indicado na figura. Use fita adesiva para fixar as dobras do suporte e para manté-lo fixo numa placa inclinada. Caso necessiio, use um livro grosso ou um objeto pesado para impedir que a placa deslize. Faga um furo central 2,5 x 2,5 emo fundo da caixa de papelo. Produza um diafragma usando dois pedacos de cartolina um pouco mais largos que o furo central (janelas) com os lados retos. As janelas do diafragma deslizam_ entre duas tiras paralelas de papelao (limitadores laterais), coladas préximas ao furo central, como indicado. As “janela so mantidas fixas por duas outras tiras de papeldo transversal coladas sobre os limitadores laterais (veja 0 detalhe). Forre 0 interior da caixa com cartolina preta. Posicione a placa incl com o suporte com CD e a caixa de papelao, de modo que apenas uma compo- nente da luz solar (cor) incida no diafragma. Aumente ou diminua a sua abertt para deixar passar mais ou menos luz. Com 0 segundo CD, tente deco a cor selecionada que atravessa o diafragma usando como tela uma folha de papel branco fixada na parede interna da caixa (veja a figura). Voo8 consegue SuportedoCD => decompor a cor selecionada? Afinal, Lo Newton tinha razao? UM PASSO ALEM Diafragma il parede ier Fixe uma folha de papel em branco (tela branca) na parede ex- terna da caixa de papelao onde é formado 0 “arco-iris? Tente focalizar todas as cores de uma vez com a lente. Para diminuir 0 tamanho do arco-iris, basta aproximar a caixa de papelao do suporte com CD. Varie a distancia entre a lente ¢ a tela até obter um ponto de luz — essa posigao da lente corresponde a sua distancia focal. Eventualmente vocé tera também de mudar a inclinacaio da lente em relagao a tela. Voc8 consegue “somar” todas as cores com a lente? Compare o seu resultado com o ponto de luz que vooé obtém ao focalizar diretamente os raios do Sol com a lente numa folha de papel. ‘Suporte do CD. ) CUIDADOS ESPECIAIS Focalize os raios solares na folha de papel por um curto periodo para evitar acidentes com fogo. Utilize a lente para verificar se todas as cores do “arco-iris” projetadas na \\ folha de papel (tela) tm a mesma distancia focal. Faga algum sinal em sua mao com o marcador de textos. Selecione uma cor que incida no obturador e coloque sua mao dentro da caixa em frente ao obturador. Qual a cor do “arco-iris” que mais realga a marca na sua mao? MATERA UM PASSO MAIS ALEM: “Vacatadsjepminace. ESPECTROMETRO DE CD “mente 2 x 2,5 cm | seattna priaosca cea POR REFLEXAO "de 175 x 26 cm) * cola branca e fita adesiva PASSO A PASSO ~ (por exemplo, fita isolante ! preta) Construa uma caixa com paredes internas pretas segundo © modelo mostrado, constituida de trés partes: A, B e C, com comprimentos aproximadamente iguais a 10,5 om, 5,5 cm e 8,5 cm. As linhas pontilhadas referem-se a dobras, e as linhas continuas indicam os cortes que devem ser feitos. Cole o pedago de CD ou DVD em B (parede interna da caixa), com a parte espelhada para cima. A fenda em A deve ter entre 1 e 2 mm de largura e 2 cm de comprimento. Caso necessario, fixe com cola um pedago de cartolina preta no fundo de A para ajustar a largura da fenda. Encaixe B em C, como indicado, de modo que © Angulo entre essas duas partes seja aproxima- damente 145° e fixe-as com cola para obter uma tinica pega articulada (B+C). Insira 0 conjunto (B+C) em A como mostrado na figura. E aconselhavel reforcar a dobra comum as partes A e B com fita adesiva, ja que ela pode se desgastar com 0 uso. Para testar 0 seu espectrémetro, segure a parte A com uma das mos apontando a fenda para uma fonte de luz (por exemplo, luz fluorescente, iluminagao publica ou luz de uma lanterna) e com a outra mao segure 0 con- junto (B+C). Ao variar o angulo entre (B+C) e A vocé obtera o melhor de seu espectrémetro. Explore varias fontes de luz e descubra as suas diferengas. 17,5cm }) CUIDADOS ESPECIAIS Nunca aponte o seu espectrémetro diretamente para o Sol ou para a saida de luz de um laser. Fontes de luz intensa podem causar danos permanentes a retina. Recomenda-se que adultos supervisionem criangas na utilizagao do espectrémetro. FATOS FENOMENAIS Um CD consiste de um pedago de plastico com uma espessura da ordem de 1 mm contendo uma trilha em espiral, onde os dados sao arma- zenados. A trilha é composta de ressaltos com comprimento ¢ largura inferio- Tes a um micron (um fio de cabelo humano tem um didmetro entre 50 e 100 microns) e altura em torno de 100 nanémetros (1 nanémetro, igual a 10°m, define a escala do nanomundo e corresponde a 10 atomos de hidrogénio alinhados). A separagao entre duas voltas suces- sivas da espiral é inferior a 2 microns. Essa diminuta separagao faz toda a diferenga. A luz, ao incidir em um obstaculo com di- menses to pequenas, da ordem do comprimento de onda da luz, como no caso da espiral do CD, deixa de ser refletida, como ocorre em um espelho, e passa a ser espalhada. Esse fenémeno 6 chamado difragao e esté relacionado & natureza ondulatéria da luz (veja os experimentos “Novas descobertas com polarci- des’ p. 158-159, e “Controles de carro e televisdo’ p. 319). Vocé pode demonstrar isso facilmente substituindo o CD por um espelho plano. A espiral do CD espalha as diversas componentes da luz incidente em diferentes diregdes, dai 0 “arco-iris” observado na caixa de papeldo. Os DVDs tém espi- rais ainda mais compactas e podem armazenar muito mais dados. Eles fariam alguma diferenca nos experimentos propostos? Experimente usé-los! LENTES E INDICE DE REFRAGAO (DISPERSAO DA LUZ) Uma lente convergente comum é projetada para focalizar um feixe de luz incidente numa tela (por exemplo, uma folha de papel) a uma certa distancia da lente (a “distancia focal’). Se 0 indice de refracdo da lente fosse o mesmo para todas as componentes da luz do Sol, todas as cores seriam focalizadas na tela no mesmo ponto (a distancia focal seria a mesma para todas as cores). Com isso, o tempo total gasto pela luz para atravessar a lente @ o ar antes de atingir a tela seria o mesmo para todas as cores. Caso contrario, as diversas cores seriam focalizadas em pontos diferentes (‘disperséio da luz’). Considere a reflexdo da luz em um espelho plano. Todas as cores refletem do mesmo modo ou existe alguma “dispersao”? Dica: Newton inventou um novo telescépio ao substituir uma lente por um espelho curvo. Hé alguma vantagem nisso? Vocé pode pensar num espelho curvo como uma colegao de pequenos espelhos planos. ALUZ QUE NEWTON NUNCA VIU A tinta dos marcadores de texto produz um efeito muito interes- sante chamado fluoresc&ncia. Quando vocé ilumina com luz ultravioleta (UV), que no 6 visivel, um sinal produzido com o marcador em um ambiente escuro, a tinta emite luz visivel de uma forma surpre- endente. A componente UV vem depois da luz violeta, que tem a frequéncia mais alta que a da luz visivel. Prepare-se para uma expe- riéncia unica. Dica: Tente iluminar o sinal feito com 0 marcador com “luz negra” (também usada em danceterias). © sab&o em pd tem o mesmo efeito do marcador? 3) Coloque a sua percepcao a prova | Nossa percepeao visual do mundo & nossa volta depende da resposta de nossos olhos & exposigao de luz e de como o nosso cérebro interpreta as imagens que vemos. Que tal desafiar a sua percep¢ao? A) MASCARAS VIVAS — D6 vida a uma mascara. PASSO A PASSO llumine a mascara com alguma fonte de luz (um abajur, por exemplo, ou luz natural), de modo que a parte de tras dela fique de frente para vocé (veja figura). Afaste-se da mascara e acompanhe os olhos dela. Veja o que acontece quando vocé anda pata os lados. Dica: Desenhe com uma caneta preta uma bolinha para cada olho (pupila) ‘em um pedago de papel. Fixe as pupilas nas aberturas da mascara com fita adesiva, como indicado. (ie«&B) FRANKENSTEIN * mascara (encontrada em lojas de festas infantis) PASSO A PASSO *2elasticos *2clpes Faga dois pequenos furos na mascara, um na parte de cima € outro na parte de baixo. Passe a ponta de cada eléstico pelos furos prenda a ponta num clipe. Segure as pontas livres dos dois eldsticos esticados com as maos. Pega a alguém para girar a mascara até que os elasticos fiquem bem torcidos. Deixe a mascara girar livremen- te e veja 0 que acontece. Que tal fazer desenhos divertidos na parte inter- na da mascara com uma caneta hidrocor? Vocé consegue criar um novo Frankenstein? FATOS FENOMENAIS Os nossos dois olhos nos permitem ver os objetos & nossa volta em trés dimens6es. Entretanto, a nossa percepedo de profundidade esté condicio- _ ie nada & nossa familiaridade em perceber os detalhes de uma face que res- saltam para fora e nao para dentro, Além disso, quando vocé olha para 0 lado de tras da mascara, a imagem que vocé percebe resulta de 4reas mais iluminadas 4reas menos iluminadas. Quando vocé anda para os lados, a combinagéo de luz e sombra que vocé percebe muda. Isso da a impressao que a mascara acompanha vocé. ies «C) ENTORTANDO cartolina colorida LINHAS PARALELAS * lapis de cor ou caneta hi- drocor (por exemplo, preta) Linhas paralelas nao se cruzam. Verifique se isso é mesmo +2 réguas graduadas verdade. PASSO A PASSO I | | i 1 ‘Trace na cartolina vérias retas paralelas regularmente espagadas. Tendo as retas como referéncia, desenhe I quadrados coloridos conforme o modelo. Apés concluir 0 4 desenho, veja 0 que acontece com as retas quando vocé se afasta delas. FATOS FENOMENAIS Varias linhas de ladrilhos claros e escuros pare- cem ter o formato de cunha, dependendo do brilho do “cimento” entre os ladrilhos. © tamanho dos ladrilhos também 6 importante. Se eles forem muito grandes, vocé terd de se afastar mais para que o truque funcio- ne. Outra pedo 6 usar uma lente que permita “diminuir" o tamanho dos ladrilhos. Coloque isso a prova! Essa ilusao dptica nos dé uma ideia de como percebemos bordas D) PRETO NO BRANCO ae (DISCO DE BEHNAM), + pas dos padiSes (veja modelos nas OBJETOS QUE ENCOLHEM, pe ead + papelio DISCO DE NEWTON E + cordéo grosso ROLETA MALUCA Tae instantaneo universal) ir 2 Que tal fazer uma quimica de cores Sarasa nace + lapis ou bolinha de PASSO A PASSO pingue-pongue Utilize a montagem de ‘Achatando a Terra nos polos” (p. 40), sem a “Terra” e © seu eixo (arame). Substitua 0 eixo por um parafuso. Fixe na polia menor com fita adesiva uma cépia do padrao escolhido. Gire 0 cabo da polia maior, fixando © olhar no padrdo. No caso do disco de Behnam e na experiéncia de encolher objetos, tente velocidades de rotagdo menores. Nesta tltima experiéncia, apés alguns segundos, olhe para a palma da sua mao. ee ALTERNATIVA Recorte um disco de papelao do tamanho dos diversos padrées. Fixe nele cada um dos padrées com clipes ou fita adesiva. Faga um furo no centro do disco e passe através dele um cordao, dando um né na sua ponta, maior que © furo (caso necessario, use cola quente para fixar a ponta do barbante no disco). Segure a outra ponta do cordao e gire o disco com a mao, até o cordao ficar bem torcido. Solte o disco em seguida e observe 0 desenho em rotagao. A partir dai, siga os mesmos passos da experiéncia anterior. Vocé pode também fixar um ldpis ou uma bolinha de pingue-pongue no centro do disco e girar 0 conjunto, como um pido (veja figura). FATOS FENOMENAIS O olho humano tem pequenos receptores de luz, denominados bastonetes e cones. Cada receptor é bem especializado. Os bastonetes detectam apenas diferengas entre claro e escuro e sAo muito mais sensiveis a luz do que os cones, que detectam cores. Quando vocé olha diretamente para um objeto, a luz que penetra nos seus olhos atinge uma regio da retina (a parte de tras do olho) onde predominam cones, que sao menos sensiveis a luz. Alguns tipos de cones respondem mais rapidamente do que outros e alguns deles respondem por mais tempo que os demais. Ao olhar ligeiramente de lado para um objeto pouco iluminado, vocé pode percebé-lo melhor, porque a luz proveniente do objeto atinge areas da retina com um numero muito maior de bastonetes. Ao girar, cada disco produz uma iluséo éptica especial. CORES GERADAS PELO “PRETO NO BRANCO” (PADRAO A) Com o disco em rotacao, esse padréo estimula os receptores de co- res de seu olho de uma forma muito peculiar. Apés olhar fixamente para © disco, vocé tem a sensagao de ver cores. Essa ilusdo éptica pode estar relacionada as diferentes respostas dos cones quando estimulados. As cores diferem ao longo do disco, j4 que os comprimentos dos arcos pretos variam com a sua posicao radial, gerando assim diferentes frequéncias de lampejos na retina. Mude 0 seu sentido de rotagéo e compare a ordem das cores. Expe- rimente variar a velocidade de rotagao do disco e compare as cores que vocé vé com as suas observagées iniciais. O que acontece se vocé aumentar a espessura dos arcos? A ilusdo de cores persiste nesse caso? ESPIRAL EM ROTAGAO (PADRAO B) Quando vocé fixa o olhar em um padrao que gira, os seus olhos € 0 seu cérebro se acostumam com o movimento. Quando vocé olha para a sua mo que est parada, os seus olhos veem movimento no sentido oposto, Mude o sentido de rotagao do disco. O que vocé vé agora? O que aconteceria se vocé olhasse simultaneamente para duas espirais girando em sentidos opostos? 0 BRANCO DO DISCO COLORIDO (0 DISCO DE NEWTON, PADRAO C) Nossos olhos conseguem distinguir imagens diferentes apresentadas numa sequéncia apenas se 0 intervalo de tempo entre uma imagem e a seguinte for superior a aproximadamente 100 milissegundos. Se a sucessao de imagens for muito répida, néo conseguimos enxergar cada imagem de forma nitida. Assim, quando o disco com setores coloridos gira rapidamente, as cores se misturam no olho, gerando o branco. As diferentes respostas dos varios cones presentes nos nossos olhos podem explicar a selegdo das cores no disco de Newton e os tamanhos desiguais dos setores coloridos. Mude a ordem das cores no disco de Newton e 0 efeito de tamanhos desiguais dos setores e veja se o novo disco ainda gera 0 branco quando vocé 0 faz girar. A ROLETA MALUCA (PADRAO D) Trata-se de uma vers4o curva das linhas de ladrilhos claros e escuros que aparentam ter a forma de cunha (veja “Entortando linhas paralelas’ p. 132). Que tal inventar outros padrdes capazes de produzir ilusdes 6pticas? Comece alterando alguns detalhes dos padrées acima e tes- te os efeitos dessas mudangas. Explore & vontade o mundo das ilusdes épticas! 4) Padroes de Moire Descubra novas imagens usando um espelho e uma tela ou um pente. GE PASSO A PASSO * espelho plano (por exemplo, 0 do seu banheiro) * seda ou tela fina de arame, de plastico ou de madeira ou uma peneira ou escor- redor de macarrao, ou ainda um pente * computador pessoal (opcional) Aproxime bem a tela esticada do espelho e veja 0 que acon- tece. Varie a distancia entre a tela e 0 espelho @ depois a separagaio entre vooé e a tela. Substitua-a por um pente e veja ‘© que acontece. ALTERNATIVA Dobre um pedago de seda e deslize a parte de cima sobre a parte de baixo. Que imagens vocé vé? DOIS PASSOS ALEM A) Seda esticada Estique um pedago de seda (uma camiseta funciona também) e coloque-o diante de uma tela de um PC ou de sua TV e veja 0 que acontece. Como voce explica 0 efeito observado? B) Rede de linhas Desenhe na tela do seu computador pessoal (PC) uma rede de linhas parale- las regularmente espagadas e superpostas a linhas paralelas perpendiculares usando um programa gréfico. Encolha a rede gradualmente usando 0 zoom inverso. O que vocé observa na tela? FATOS FENOMENAIS Quando vocé superpée dois padrdes regulares deslocados um do outro, em algumas areas os dois padres se reforgam em seus olhos, gerando assim um contraste. Examine a tela do seu computador pessoal com uma lupa (uma tela branea é a ideal). Vocé também pode usar como lente uma garrafa ou copo transparente com Agua (veja 0 préximo experimento). O que vocé vé? Existe um padrao sutil escondido na tela branca do PC? Ao esticar a seda contra a tela, vocé pode demonstrar facilmente que a superposicao de dois padrdes que se repetem amplifica enormemente as suas diferencas. Verifique se o mesmo se aplica a rede encolhida, desenhada na tela do seu PC. Padres de Moiré podem ser vistos em toda a parte. Eles apenas aguardam que vocé os descubra. 5) Lentes de ar e de agua Faca as suas proprias lentes e veja o mundo com outros olhos. A) LENTE CILINDRICA (FORMATO DE UM CILINDRO) PASSO A PASSO ees Encha a garrafa de agua e enrosque bem a tampa. Esté pronta —_ garrafa de pldstico a sua lente. Escreva numa folha de papel as palavras COCO e —_transparente com tampa MAR. Veja o que acontece & medida que vocé afasta a lente do papel. Encoste agora a lente na tela de uma televiséo ou de um computador. © que vocé observa? Num ambiente escuro, pro- jete a luz da lanterna numa parede. Encoste a lanterna na lente e veja o que acontece. Mergulhe dedo no copo d’agua (cilindrico) e o encoste na parede mais préxima de voc8. Veja o que acontece quando vocé afasta o dedo até ele encostar na parede oposta do copo. Compare uma bolinha ou rolha com a bolinha ou rolha idéntica mergulhada no recipiente com Agua do acelerémetro. + copo d’agua B) LUPA DE BALAO PASSO A PASSO Corte a parte superior da garrafa pet para obter um funil. Pren- da 0 ganchinho de metal na ponta do cabo de vassoura e encaixe © cabo no funil, como indicado. Caso necessario, use uma lima chata para diminuir o didmetro do cabo de modo a permitir um encaixe justo. Encha o balo transparente de agua e dé um né no seu pescogo. Nao encha demais 0 baldo! A borracha nao deve ficar muito esticada. Prenda 0 pescogo do balao no ganchinho e use fita adesiva para fixa-lo na borda do funil. Sua lupa esta prontal Aproxime-a de uma tela de computador, de sua pele ¢ de outros objetos e descubra um novo mundo! UM PASSO ALEM Encha de agua baldes transparentes de diferentes tamanhos para obter varias lentes. Vooé consegue focalizar a luz do Sol? E possivel acender fogo com agua? | C) LENTE ESFERICA DE BULBO (*) Atengdo Este experimento requer a ajuda de um adulto. PASSO A PASSO 1) Remova, com cuidado, 0 suporte de vidro que fica no in- terior da lampada de filamento, seguindo os passos indicados na figura ao lado. Segure 0 bulbo com um pano grosso ou use uma luva de protegao para evitar acidentes caso ele se quebre. 2) Esquente uma ponta do tubo de PVC usando uma chama (por exemplo, de uma vela ou de fogio), virando o tubo de PVC para que a chama aqueca igualmente toda a sua borda. 3) Empurre, com cuidado, o suporte de metal da lampada para dentro do tubo até todo ele ficar encaixado. Mergulhe 0 bulbo com cabo dentro de um recipiente contendo agua, de modo que © conjunto (bulbo+cabo) fique cheio. Tampe o tubo de PVC com uma rolha de cortiga (se a rolha for um pouco menor, passe fita- “crepe em torno dela para melhorar a vedacdo). Esta pronta a medida que vocé aproxima e afasta a lente do olho. * supercola (adesivo i taneo universal) * bicarbonato de sédio *lanterna : sua lente esférica com cabo. Para testé-la, focalize a luz do Sol numa folha de papel. Observe os objetos @ as pessoas com a lente e veja o que acontece & ALTERNATIVA 1 Corte a garrafa pet formando um pequeno funil. Esquente numa chama a ponta do cabo de PVC preso ao bulbo e encaixe 0 tubo no gargalo. A seguir, resfrie 0 tubo de PVC com agua. Com um estilete corte o funil préximo & aba. Encha de Agua 0 conjunto (bulbo+tubo) e enrosque a tampa no gargalo. Se necessario, use supercola recoberta com bicarbonato de sddio para vedar as jungdes. ALTERNATIVA 2 Encha uma taca de agua e observe um dedo ou outro objeto atras dela. Tente focalizar a luz de uma lanterna com a taga préxima a uma parede. Que tal expor a taga a luz do Sol? ALTERNATIVA 3 Encha de égua um saco plastico transparente e amarre bem 0 seu pescogo. Eis a sua lente. Repita as experiéncias sugeridas acima. ALTERNATIVA 4 Encha um saco pléstico de ar e amarre-o para que o ar néo escape. Mer gulhe numa piscina levando junto essa nova lente e olhe através dela. O que voc8 vé? Um éculos de mergulho produz 0 mesmo efeito. Se vooé for miope, tanto melhor! FATOS FENOMENAIS As lentes so feitas com base no fato de que a luz “entorta-se” quando cruza a interface que separa dois meios transparentes em que a velocidade de pro- pagagao da luz nao é a mesma, como ar e vidro e ar e agua. Para que raios paralelos provenientes de uma fonte de luz distante (por exemplo, o Sol ou outra estrela) se concentrem em um determinado ponto (0 ponto focal da lente), a su- perficie da lente precisa ser redonda. Uma superficie plana afetaria igualmente todos os raios, de modo que eles nunca se encontrariam. Uma lente cilindrica 6 um caso especial, ja que ela combina curvatura e “retitude” ao longo do eixo da lente. Como essa combinagao afeta a imagem? Além da curvatura da interface, o indice de refragdo da lente e do meio externo definem suas propriedades. Compare uma garrafa de plastico transparente cheia de agua com a mesma garrafa vazia tampada (cheia de ar) e imersa na égua. Compare também sua lente feita de bulbo cheio de agua com um bulbo vazio imerso na gua (veja também o experimento 15, “Explorando 0 raio laser’). . : 6) Luz no fim do tunel Hé luz no fim do tunel! Basta saber vé-la. | PASSO A PASSO | possa ser variado (veja a figura). Caso necessério, reforce acone- * esPelho plano | xo dos tubos com fita adesiva, de preferéncia use uma fitapreta _* cartolina preta fosca (por exemplo, fita isolante). Coloque os tubos em V, como espe- _« fita adesiva Iho plano na vertical, préximo as duas extremidades conectadas. *lanterna | Encaixe a lanterna acesa num dos tubos, mantido fixo, e varie 0 . * bolinha (de gude ou de | Angulo entre eles, enquanto vocé acompanha o que acontece 3) través do outro tubo. Que tal olhar agora para o olho de alguém, | Piastiea posicionado no lugar da lanterna? (Veja a figura.) So Dica: Tampe o espelho com uma folha de papel em branco e descubra a func&o da pintura das paredes na iluminacéio dos ambientes (‘teflexdio difusa’). UM PASSO ALEM Apoie os tubos em V no chao, bem préximo a uma parede ou a uma porta (‘espelho"). Coloque a bolinha dentro de um dos tubos e com um peteleco faga-a rolar rapidamente. Ela consegue retornar pelo outro tubo? Como? Compare a trajetéria da bolinha com a da luz ao ser refletida. Existe alguma diferenga entre as duas trajetorias? FATOS FENOMENAIS Cada raio de luz refletido pelo espelho que vemos segue a trajetoria que leva ‘0 menor tempo possivel entre a fonte da luz (sua origem) e 0 nosso olho (seu destino final). E 0 principio da eficiéncia em acao (veja o experimento “O vidro invisivel? p. 125). Como no ar a luz se propaga em linha reta (nem sempre; veja “Entortando 0 raio laser’ p. 182), a distancia total percorrida por cada raio de luz 6 igual 4 soma dos segmentos de reta que unem os pontos F (fonte) e E (onde 0 raio incide no espelho), e E e O (olho). Marque na reta perpendicular ao espelho que passa por F 0 ponto F;, atras do espelho, de modo que a distancia desses dois pontos ao espelho seja a mesma. A disténcia total percorrida pela luz é dada pela soma F’E+EO. Como a menor distancia entre os pontos Fe O corresponde ao segmento de reta que une esses dois pontos, o ponto E é a in- tersegaio do segmento de reta FO com o espelho. Vocé agora esta em condigdes de determinar o Angulo entre o tubo direito e o espelho que permite a vocé ver a “luz no fim do tunel” 7) Fantasma atras do espelho Descubra os fantasmas que habitam atrés dos espelhos. * 2 pregadores de roupa PASSO A PASSO + ape lao (por exemplo, de 15 x 15 om) Posicione 0 espelho na vertical, usando dois pregadores de —* 2 lapis ou 2 canetas roupa como suportes (veja figura). Coloque um objeto na frente do (use 2 objetos iguais) espelho e outro atrés, a mesma distancia, como indicado. Sus- penda 0 objeto atras do espelho e compare-o com a imagem for- mada. O que vocé conclui? Dica: Varie a posigao do objeto atras do espelho e veja o que acontece. Compare o objeto com a sua imagem. Vooé ja notou que os objetos vistos através 4 de um dos retrovisores dos carros pare- cem mais distantes? Este espelho 6 mes- mo plano? Qual é a sua fungao? ALTERNATIVA ‘Segure 0 espelho e observe nele a imagem formada. Coloque um objeto qual- quer atrds dele (por exemplo, uma régua, um lépis ou um livro), como no expe- rimento anterior. Veja como é facil colocar algo dentro da sua cabeca sem ter que abri-la! Que tal repetir a experiéncia com amigos? FATOS FENOMENAIS Um objeto iluminado pode ser visto como uma colegao de infinitos pontos que emitem luz em todas as diregdes em torno dele. Como nao conseguimos identificar as trajetérias dos raios emitidos por cada ponto, preferimos pensar que toda a luz chega até nds em linha reta. Se todos os raios de luz emitidos por cada ponto do objeto forem projetados atrés do espelho (veja “Fatos fenome- nais" do experimento anterior), eles se encontrarao em um dado ponto (qual. Junte agora todos os pontos atras do espelho, que parecem ser a fonte de luz que chega até nossos olhos, para tornar o “fantasma’ visivel. 8) Levitagao e cubismo com espelho plano Como levitar e reinventar 0 cubismo com um simples espelho. (E« PASSO A PASSO + espelho plano Mantenha o espelho na vertical. Pega a alguém para ficar com a ponta do nariz colada num dos lados do espelho, como se ele dividisse todo 0 corpo ao meio (veja a figura). Basta inclinar 0 rosto para fora do espelho para duplicar o nariz ou produzir gémeos siameses idénticos. E preciso que a pessoa se apoie apenas no pé atras do espelho (levitac&o) ou vire um pouco a cabega em diregdo a quem observa o espelho, para se obter uma imagem cubista. Para tornar a brincadeira ainda mais diverti- da, basta acrescentar um par de chifrinhos (um Unico dedo é su- ficiente). Cuide para que as bordas do espelho estejam lixadas, para evitar cortes. FATOS FENOMENAIS ‘As imagens que vocé vé sao a combinacaio de uma imagem real e uma imagem virtual produzida pela reflexdo no espelho da parte do corpo vista diretamente (veja “Fantasma atrés do espelho’ p. 143). As pessoas geral- mente tém um corpo quase simétrico, daf a impressdo de que a imagem do espelho completa a parte que falta, que fica escondida atrds dele. 9) Teatrinho magico Construa um teatrinho magico e encante criangas e adultos. PASSO A PASSO Faga uma abertura numa das paredes da caixa (20 x 20 cm) para 0 palco, como indicado. Forre o interior da caixa com cartolina preta. Faga uma tampa para a caixa (30 x 40 cm) de papeldo reforgado ou madeira fina com dois furos nas posigoes indicadas para encaixe justo das duas lanternas. Coloque © vidro na vertical, em diagonal, e fixe-o nas paredes internas da caixa com fita-crepe ou cola quente. Posicione os dois bo- necos ou objetos disponiveis como indicado e tampe a caixa com as lanternas encaixadas nos furos. A apresentagao deve ser em ambiente escuro. Acenda uma lanterna de cada vez e dé uma olhada no paleo. Caso necessatio, ajuste a posigao do vidro, dos bonecos ou da tampa, de modo que a luz das lanternas ilumine bem os “atores” Para tornar 0 teatrinho ainda mais atraente, basta recobrir as paredes externas da caixa com cartolina colorida e figuras decorativas. O seu teatrinho vai fazer o maior sucesso! * caixa de papelao ou de madeira (por exemplo, 30 x 30 x 40 cm) sem tampa + pedaco de vidro (no caso, de 28 x 38 cm) + duas lanternas * cartolina preta (fosca) e colorida (opcional) * dois bonecos pequenos ou outros objetos * papeldo reforcado ou madeira fina (tampa) * fita-crepe * cola branea ou cola quente Dica: Vocé seria capaz de explicar o que acontece? A noite, olhe para o vi- dro da janela do seu quarto. Quando a luz esta acesa vocé consegue ver algum reflexo? Apague-a e olhe através do vidro. O que vocé v6? FATOS FENOMENAIS Toda superficie transparente pode tanto transmitir como refletir a luz. Uma Janela de vidro transparente permite a vocé ver através dela de dia (iluminagao natural). Observe 0 que acontece com ela & noite. O que domina de dia e a noite: a transmissao ou a reflexdo da luz? Verifique @ disposigao dos objetos na caixa e descubra onde 0 objeto refletide pelo vidro parece localizado aos olhos do pubblico. Dica: Veja “Luz no fim do tunel’ p. 141. Vocé consegue agora explicar para o | Ptiblico como o teatrinho magico funciona? Furos para as lanternas _Lanternas ae enews an 0) 0 milagre dos peixes (espelhos paralelos) Cada um de nés pode realizar verdadeiros milagres! PASSO A PASSO Apoie um dos espelhos sobre uma flanela ou toalha para ndo arranhé-lo. Faga uma pequena abertura de 5 a 8 mm de diame- tro nas costas do espelho, bem no centro dele. Para isso raspe a superficie com 0 estilete @ depois use a esponja para dar um acabamento. Deixe os espelhos paralelos na vertical, um de fren- te para 0 outro, utlizando os pregadores como suportes. Coloque © peixinho ou um pequeno objeto & mao entre os espelhos. Olhe através da abertura e conte o nimero de imagens formadas. Substitua 0 espelho com a abertura pelo vidro. Num ambiente escuro, ilumine o vidro com uma lanterna e veja o que acontece. O mesmo se passa com a luz dentro de um laser. UM PASSO ALEM O que acontece com a imagem quando vocé inclina um espelho ‘em relagao ao outro? FATOS FENOMENAIS 0 objeto posicionado entre os dois espelhos paralelos ¢ refletido por am- bos os espelhos. As imagens formadas, por sua vez, séo também refletidas, de modo que um ntimero infinito de imagens é formado (a imagem da imagem etc.). Por que as imagens parecem ficar cada vez mais ténues & medida que a sua distancia aos espelhos aumenta? Lembre-se que todas elas sdo “fan- tasmas” atrds dos espelhos! Afinal, os espelhos absorvem um pouco da luz? 11) Festival de caleidoscopios Participe deste festival nico no mundo. Faga 0 seu proprio caleidoscépio, descubra o seu fascinio e como ele funciona. (ee A) CALEIDOSCOPIOS *3 tiras de espelho 4 x 15, ‘om com as bordas lixadas *tiras de CD ou DVD descartados (opcional) *fita adesiva * folha em branco * papéis coloridos picados ou pequenos objetos TRIANGULARES PASSO A PASSO Fixe as tiras pelas bordas com fita adesiva formando um tubo triangular, com as faces refletoras para dentro. Tampe uma das aberturas do tubo com um triéngulo de papel e use fita adesi- va para fixd-lo. Coloque os papéis picados ou pequenos objetos dentro do tubo e tampe-o com um segundo triangulo de papel com um orificio no centro. Agora olhe através do orificio enquanto vocé gira 0 caleidoscépio. © que acontece quando vocé cobre um dos espelhos com uma tira de cartolina preta? Dica: Observe através do tubo de espelhos sem os triangulos de papel. B) CALEIDOSCOPIO ASSIMETRICO Use tiras de espelho de larguras diferentes (por exemplo, 3, 4 ¢ 5 cm), todas com o mesmo comprimento (15 cm) e repita o procedimento anterior. Compare as ima- gens dos dois caleidoscépios. Vocé pode construir diversos caleidoscépios triangulares assimétricos, desde que a soma dos Angulos entre as faces internas dos espelhos seja igual a 180°. C) CALEIDOSCOPIO a + espethos planos nos for- DE FEDOROV matos indicados (1, 2 © 3) com as bordas lixadas Tirade CD + papelio PASSO A PASSO *fita adesiva (fta isolante e fita dupla face) Faca um suporte de papeldio para os espelhos, como indica- * cola do. Fixe com fita adesiva 0 espelho 2 (semicirculo) na base do «lapis ou caneta (opcional) suporte. Use a fita para unir os espelhos 1 € 3 (jungao), de modo que 0 Angulo entre eles possa ser variado facilmente entre 180° e 0° (veja figura). Forre a parte inferior desses dois espelhos com fita-crepe para evitar que eles arranhem o espelho fixado na base. Cole o espelho 3 na parede do suporte. Apoie o dedo (ou um lépis ou caneta) entre os dois espelhos verticais, varie 0 Angulo entre eles e observe as imagens formadas no espelho 2. Varie a posi¢éo do dedo (mantenha-o paralelo ao espelho 2 e depois 0 incline para cima e para baixo) e afaste-o da jungéo para aumentar o tamanho das imagens. Vocé vé alguma relagao entre este caleidoscépio e o anterior? UM PASSO ALEM Descubra como funciona o “olho de gato’ utilizado em estra- das para orientar os motoristas & noite. Com os espelhos 1 3 formando um Angulo de 90°, aponte uma lanterna acesa para qualquer um dos espelhos e observe a luz refletida. Desse modo, alluz incidente é redirecionada para os carros e seus motoristas. D) CALEIDOSCOPIOS DE QUATRO LADOS (ERA PASSO A PASSO +4 espelhos planos idénticos com 0 formato indicado na figura, todos eles com as bordas lixadas Coloque os quatro espelhos lado a lado formando uma urna com uma segdo reta quadrada e o lado espelhado para dentro. Use pedagos de fita isolante para fixar 0 conjunto, como indicado. Deixe uma certa folga entre as bordas dos espelhos para vocé dobrar o calei- doscépio, de modo que a sua seco reta quadrada possa se transformar num losango. Certitique-se de que as bordas dos espelhos esto lixadas para evitar cortes acidentais. *fita isolante Luz e simetria UMA NOVA VARIANTE Passo a passo Certifique-se de que as bordas dos espelhos estéo lixadas para evitar cortes acidentais. Coloque os espelhos lado a lado, alternando espelhos maiores e menores, de modo a formar uma urna com uma seco reta retangular e o lado espelhado para dentro. Use pedagos de fita isolante para fixar 0 conjunto, como indicado. Deixe uma certa folga entre as bordas dos espelhos para vocé dobrar 0 caleidoscépio, de modo que a sua seco reta retangular passe a ter o for- mato de um paralelogramo. Como usar 0 modelo D e sua variante Num recinto iluminado, coloque uma figura, de preferéncia colorida, so- bre uma mesa ou selecione um quadro ou péster pendurado na parede. Aproxime a abertura menor do caleidoscépio da figura ¢ olhe através da abertura maior. Explore as infinitas possibilidades que o seu caleidoscépio apresenta ao posiciond-lo em diferentes partes da figura. Em cada posicao do caleidoscépio dobre-o apertando delicadamente duas quinas opostas. Prepare-se para passar um bom tempo revendo tudo & sua volta com este brinquedo divertido. Coloque 0 seu caleidoscépio sobre um mapa de sua regio e vocé verd a area enquadrada projetada no mundo. As duas ver- s6es desse caleidoscépio vao surpreender vocé com imagens fascinantes! Prepare-se para descobrir novos mundos dentro dos varios mundos a sua voltal 10cm E) CALEIDOSCOPIO DE ESPELHOS MOVEIS eer ae) + um par de espelhos retangulares e outro com o PASSO A PASSO formato de trapézio, todos Faga duas moiduras de papeldo com encaxe para os espelhos “128 com as Dordas Iixadas cane maiores (trapezoidais). Recorte no papeldio duas tiras retan- Para evar cortes * fitaisolante gulares para estruturar as molduras e fixar os espelhos retan- gulares. Certifique-se de que o espacamento entre os espelhos —_* papeléo trapezoidais seja ligeiramente maior que a largura dos espelhos retangulares. Fixe com fita isolante uma das extremidades dos espelhos retangulares (aplicadas na parte de tras deles) nas tiras laterais de papelao encaixadas nas molduras, como indicado, de modo que os dois espe- Ihos laterais possam se mover como portas espelhadas. iZem Como usar 0 modelo E Em um recinto iluminado coloque uma figura plana proxima a abertura menor do seu caleidoscépio e observe a imagem formada através da abertura maior. Mova os espelhos laterais, como se abrisse ou fechasse portas espelhadas. Comece com as duas “portas bem abertas”e feche gradualmente apenas uma delas. Divirta-se com as miltiplas imagens formadas pelos diferentes calei- doscépios. FATOS FENOMENAIS Se vocé examinar com atengao as imagens formadas pelos caleidoscépios, vera que elas séo apenas 0 resultado de miultiplas reflexdes produzidas por espelhos dispostos em arranjos especiais. O funcionamento dos caleidos- cépios € determinado pelo angulo entre os espelhos planos e o numero de espelhos neles utilizados. Coloque dois espelhos planos formando um Angulo (veja “O milagre dos peixes’ p. 147, ou use o modelo C). Quando vocé acrescenta novos espelhos para construir 0 seu caleidoscépio, novas imagens so formadas envolvendo mitiplas reflexdes. Com isso vocé obtém diferentes padrées simétricos. Vocé pode reconstruir mentalmente a formagao das imagens considerando uma fonte pontual de luz F dentro do caleidoscépio. ‘A imagem de F pode ser obtida considerando-se uma fonte pontual de luz F atrds dos espelhos, & mesma disténcia de F dos espelhos (veja o experimento “Luz no fim do tunel p. 141). Basta agora encontrar as multiplas imagens de F’ produzidas pelos espelhos dos caleidoscépios e as imagens dessas ima- gens, @ assim por diante. Desse modo voeé pode descobrir por que na variante do espetho triangular, cuja seco reta 6 um triangulo retangulo, as multiplas imagens nao se superpdem formando um ntimero finito de pontos luminosos, ‘como ocorre no caleidoscépio construido com trés tiras de espelhos de mesmo tamanho. Usando esse mesmo truque, é possivel reconstituir as imagens tridimen- sionais obtidas com os modelos D e E. Vocé poderia utilizar espelhos curvos para construir novos caleidoscépios? Com tantas possibilidades a mao, invente 0 seu préprio modelo de caleidosoépio! 12) Camara escura Veja 0 mundo pela otica de uma cémara escura especial capaz de deformar as imagens. (“PASSO A PASSO * cartolina preta (fosca) * papel vegetal * cola branca Faga duas caixas de cartolina usando o molde da figura. Uma das caixas deve ser colocada dentro da outra (deixe uma folga de uns 2 mm entre elas). As linhas pontilhadas correspondem a dobras, e a cartolina deve ser recortada nas linhas continuas. Faga uma fenda com cerca de 1 mm de espessura nas linhas indi- cadas no fundo das duas caixas e uma moldura para o papel vegetal. Na caixa menor, faga duas fendas em lados opostos da caixa para ajuste da moldura. Para obter uma camara escu- ta convencional, empurre a caixa menor para dentro da maior até os dois fundos se encostarem, de modo que as fendas fiquem perpendiculares. Mire a sua camara para um objeto bem iluminado e observe as imagens formadas no papel vegetal & medida que vocé aumenta a distancia entre as duas fendas ao puxar gradualmente a caixa menor para fora. Vocé também pode usar sua cémara escura ao ar livre apontando-a para um objeto bem iluminado. Aguarde uns instantes até o seu olho ficar acostumado com a baixa iluminag&o. Vocé consegue distinguir cores? 8cm___8em__8cm Bem EXTERNA PAPEL VEGETAL UM PASSO ALEM Retire a caixa menor da maior. Aproxime lentamente a caixa menor de uma lampada acesa. O que vocé vé na tela? Use os seus dedos para tampar parcialmente a fenda, de modo a obter uma cémara escura convencional. Tente variar a po- sigdo da abertura ao longo da fenda. O que vocé conclui sobre a imagem integral formada com a fenda totalmente desbloqueada? FATOS FENOMENAIS principio de uma camara escura con- vencional (fendas perpendiculares juntas) 6 ilustrado na figura anterior. Os raios de luz emitidos por um objeto externo atravessam a abertura na caixa, formando uma imagem invertida na tela. Quanto maior a distancia entre a tela e a abertura, maior é 0 tamanho da imagem formada. Nesse caso, a abertura projeta pontos luminosos nos eixos vertical 6 horizontal com o mes- mo aumento nas duas diregdes. Quando as fendas se encontram separadas, a distancia de cada uma delas da tela deixa de ser a mesma, de modo que as duas fendas produzem aumentos diferentes (veja figuras A e B). Cada uma das fendas produz na tela linhas perpendiculares & fenda correspondente. Com isso, o aumento nas diregdes horizontal e vertical 6 diferente, o que produz as distorges observadas na imagem. O que aconteceria se o Angulo entre as fendas fosse diferente de 90°? E se elas fossem curvas? 13) Novas descobertas com polaroides Descubra o que é luz polarizada e birrefringéncia. Meess«~PASSO A PASSO * 1 ou 2 filtros polaroides,* encontrados em lojas de (Luz polarizada) material fotografico (alguns culos escuros sao pola- Com 0 filtro polaroide préximo ao olho, observe a luz refletida roides) pela tampa de uma caixa de CD (preste atengéio nos cantos). Gire * pedago de plastico rigido a tampa e depois incline-a, variando 0 Angulo de inclinagao. transparente (por exemplo, _Coloque a tampa contra um espelho plano. Vocé observa algo caixa de CD) especial com 0 polaroide? Substitua 0 espelho por um peda- «2 tiras de fia adesiva go de cartolina preta ou um plastico preto brilhante, mantido transparente encostado na parte de trés da tampa. O que acontece? Girando 0 polaroide préximo ao olho, observe o céu azul e um arco-iris natural ou artificial (veja os experimentos “Por que 0 céu é azul?! p. 163, ¢“Faga o seu spray’ p. 93). Observe através do polaroide em diferentes posigées reflexos numa parede ou janela de vidro e descubra por que ele é usado em maquinas fotograficas. * um pedago de papel celofane dobrado e outro amassado + espelho plano * copo cilindrico contendo Descubra também por que alguns pescadores usam éculos po- agua laroides para melhor localizar peixes na dgua. Encoste 0 filtro * Veja abaixo “Um passo polaroide na saida de luz de uma caneta laser apontada para um mais além’ anteparo (parede) e veja 0 que acontece com a luz do laser que incide no anteparo quando vocé gira 0 polaroide. UM PASSO ALEM (Birrefringéncia) Olhe, através de dois polaroides superpostos, para uma fonte de luz. Gire um deles até 0 conjunto escurecer (polaroides cruzados). Coloque a tampa de plastico da caixa de CD entre os dois polaroides, como indicado na figura, e veja como o plastico se transforma. Brincarido com a luiz- Optica Estique bem um dos pedagos de fita adesiva e cole as duas tiras no jidro, uma ao lado da outra. Coloque-o entre os dois polaroides =— dos e compare as duas tiras. UM PASSO MAIS ALEM Vocé pode usar uma tela (LCD), por exemplo, a tela branca je um computador pessoal (PC), de um telefone mével (celular) ou ainda de uma camara digital, como fonte de luz polarizada. Gire o filtro polaroide em frente a tela e veja o que acontece. Vocé pode explorar muitas coisas fascinan- tes a sua volta com a tela de cristal liquido e 0 filtro! ENTORTANDO REGUAS DE PLASTICO Gire © filtro polaroide diante da tela branca (LCD) até que ele fique escuro. Coloque a régua entre a tela e o polaroide e mova-o ao longo da régua. Repita a sua observagao com a régua entortada e compare os padrées de cores da régua reta com os da régua entortada. Experimente girar o polaroide enquanto voce observa a régua. MORDIDA COLORIDA Morda com forga uma transparéncia (folha de plastic transparente usada em apresentagdes com retroprojeto- res) de modo a deixar as marcas dos seus dentes impressas na folha. Coloque a mordida impressa diante da tela branca (LCD) e observe padtdes coloridos Unicos (sua ‘impressio dental’) apenas girando o filtro polaroide, como indicado. Que tal comparar as cores de diferentes mordidas? Experimente morder diferentes tipos de pldstico transparente. Vocé conse- gue deixar sua ‘impressao dental” em todos eles? CORES OCULTAS DE UMA CAIXA DE CD llumine a tampa transparente de uma caixa de CD com fundo preto (car- tolina preta colocada atras da caixa) usando a tela branca (LCD) de um com- putador pessoal (PC), como fonte de luz polarizada. Experimente observar a luz refletida pela tampa usando um filtro polaroide. O que vocé vé quando gira o filtro? FATOS FENOMENAIS: ONDAS POLARIZADAS A luz pode ser descrita em termos de ondas transversais (vibragdes perpen- diculares & diregéo de propagacao), como as ondas produzidas numa corda Prenda uma ponta da corda, mantida esticada, e mova a outra ponta para cima e para baixo ou para os lados. As ondas produzidas na corda sao chamadas de ondas linearmente polarizadas, pois as oscilagdes ocorrem em um tinico plano, Se vooé mover a ponta da corda esticada em circulos, seja no sentido horario ou anti-hordrio, vocé produz ondas circularmente polarizadas, como indicado na figura. Se vocé tirar uma fotografia instantanea da onda se propagando, vocé vera que 0 mesmo padrao se repete no espago. O comprimento desse padrao espacial que caracteriza a onda é chamado comprimento de onda. As ondas so também caracterizadas pela sua frequéncia. Considere um ponto fixo qual- quer situado na diregdo de propagagao da onda. Ao passar por esse ponto, a onda se repete no tempo. O numero de vezes que ela se repete por segundo corresponde a frequéncia da onda. A unidade da frequéncia 6 o Hertz (Hz ou s", 9 inverso do segundo), em homenagem ao fisico alemao Heinrich Rudolf Hertz, que demonstrou que a luz pode ser descrita como uma onda eletromag- nética (Veja abaixo). FATOS FENOMENAIS: FILTROS POLAROIDES Um filtro polaroide funciona como um filtro de oscilagdes. Vocé pode simulé-lo com dois cabos de vassoura paralelos préximos um do outro. Primeiro voc® produz uma onda em uma corda esticada (veja a figura). A onda se propaga até a extremidade fixa da corda e ¢ refletida de volta. As ondas que se propagam nos dois sentidos se superpdem formando uma onda composta, chamada onda estacionéria, pois ela fica confinada no espago. Os pontos da corda que permanecem iméveis so chamados de nds e os pontos onde a vibragdo & maxima, situados entre dois nés consecutivos, séo chamados de antinés. Posicione os cabos de vassoura num ponto onde a amplitude das oscilagdes maior (antind). Se vooé posiciond-los em um nd, 0 truque nao funcional Os cabos de vassoura ("filtro polaroide”) deixam passar apenas oscilagdes na vertical (‘eixo de polarizagao” do polaroide), sendo eliminadas as demais oscilagoes. Uma onda circularmente polarizada, por exemplo, é transformada numa onda linearmente polarizada quando passa por um filtro polaroide (veja a figura). FATOS FENOMENAIS: LUZ DESCRITA COMO ONDAS ELETROMAGNETICAS As ondas de luz consistem de campos elétricos e magnéticos que oscilam perpendicularmente entre si num piano perpendicular a diregdo de propa- gagao da luz. Para visualizar isso, imagine uma corda vibrante que oscila ao. longo de dois planos perpendiculares entre si, cuja intersegao corresponde a diregao de propagacao da onda. Um campo elétrico acelera particulas eletri- camente carregadas, ¢ um campo magnético exerce uma forca numa particula eletricamente carregada em movimento, quando a sua velocidade tem uma componente perpendicular a este campo. A luz do Sol, assim como a luz emitida pelas lampadas, 6 uma mistura de ondas com diferentes comprimen- tos (diferentes frequéncias) que oscilam em todas as diregdes possiveis num plano perpendicular & diregao de propagacao da luz (neste caso a luz 6 no polarizada). Um filtro polaroide deixa passar apenas oscilacées paralelas a0 seu eixo de polarizacéo, definido pela dirego em que as moléculas do fil- tro esto orientadas. As demais oscilagdes so, assim, eliminadas. Com isso, luz que sai do filtro polaroide é uma tuz linearmente polarizada. ws FATOS FENOMENAIS: Feixe refletido LUZ POLARIZADA POR REFLEXAO E REFRACAO A reflexdo da luz por uma superficie também pode gerar luz linearmente polarizada, especialmente para incidéncia rasante da luz. As cargas elétricas situadas na superficie refletora funcio- nam como pequenas antenas. A sua resposta a campos elétricos oscilantes associados & luz incidente depende da diregao da oscilagdo desses campos. Se a oscilagao for paralela & super ficie, as cargas so empurradas facilmente para frente e para tras. Neste caso, as pequenas antenas 40 muito eficientes emitem luz linearmente polarizada ao logo da diregdo horizontal (paralela a superticie). Se, por outro lado, a oscilagao dos campos elétricos da luz incidente for na diregao perpendicular a superficie, a resposta das pequenas antenas serd quase nula, jd que as cargas ndo podem ser forgadas a deixé-la. No caso de superficies transparentes, existe um Angulo de incidéncia da luz, chamado angulo de Brewster, para o qual a diregao da luz refletida 6 perpendicular & diregao da luz refratada (que atravessa a superficie). Com isso a luz refletida fica polarizada. Neste caso, o campo elétrico da onda refratada 6 perpendicular & direg&o de propagagao das ondas refletidas. As pequenas antenas na superficie nao podem emitir luz para o meio acima delas com polarizagao na diregdo da luz refletida, pois o campo elétrico correspondente oscilaria na mesma direcdo de propagacdo da luz, o que 6 incompativel com 0 caréter de onda transversal da luz. Como a onda incidente contém as duas polarizagées, a onda refletida fica polarizada horizontalmente. O mesmo mecanismo 6 responsavel pela luz polarizada do arco-fris (veja a figura mostrando um copo d'gua que simula uma gota d’Agua — 0 raio laser 6 usado para demonstrar 0 efeito de polarizacéo do arco-fris. Cuidado com a luz late- ral que sai do copol). © proximo experimento, “Por que 0 céu 6 azul?” p. 163, também demonstra como a luz no céu azul é parcialmente polarizada. Oculos de sol e polaroides de camaras fotograficas permitem reduzir substancial- mente o brilho das superficies ao absorver a maior parte da luz refletida. Qual deve ser a orientagao do eixo de polarizagao do polaroide para que isso seja possivel? A luz refletida por uma rodovia no Angulo de Brewster geralmente incomoda os motoristas e pode ser facilmente demonstrada ao se observar a parte distante da rodovia. Observe com um polaroide as reflexdes da luz do Sol nos para-brisas dos carros ou a superficie de piscinas num dia quente e enso- larado. Os lasers modernos também utilizam 0 angulo de Brewster para gerar luz linearmente polarizada através de reflexes em superticies espelhadas po- sicionadas proximo das extremidades da cavidade do laser. Considerando que © Angulo de Brewster depende da frequéncia dos varios componentes da luz, vocé consegue entender 0 que acontece quando observa uma caixa de CD com um filtro polaroide? Um espelho plano produz luz polarizada? llumine o espelho com uma lanterna e verifique com um filtro polaroide se a luz refletida 6 polarizada variando 0 Angulo de incidéncia. SIMULANDO A POLARIZAGAO DA LUZ NO ARCO-IRIS Num quarto escuro, gire o filtro polaroide para verificar se 0 “raio do arco-tris” (feixe do laser que sai do copo) é polarizado. Use uma folha de papel em branco ou uma parede como tela para projetar o “arco-iris! Na figura, os pontos re- presentam a polarizagao vertical (perpendicular ao plano do papel) e as setas duplas representam a polarizacao horizontal do campo elétrico da luz. ) CUIDADOS ESPECIAIS Para evitar acidentes, coloque obstaculos opacos (por exemplo, cartolina preta fosca) nos pontos onde alluz é refletida ao incidir no copo e onde ela sai apds a reflexao interna. FATOS FENOMENAIS: BIRREFRINGENCIA Um material birrefringente apresenta dois indices de refragdo distintos para as polarizagées horizontal e vertical da luz. A componente do campo elétrico da luz que interage mais fortemente com o material tem um indice de refragao maior € por isso se propaga a uma velocidade menor que a luz com a outra pola rizagao ({ndice de refracdo menor). Um plastico, ao ser submetido a tensdes, como no caso da régua de pldstico entortada ou da mordida na transparéncia de retroprojetor, se toma birrefringente. Isso pode ser demonstrado usando-se dois fitros polaroides cruzados ou uma fonte de luz polarizada (tela LCD branca) € um Gnico polaroide. Ao atravessar o primeiro polaroide, a luz nao polarizada incidente se torna linearmente polarizada na direcdo do eixo do polaroide (luz da tela branca). Como os eixos dos dois polaroides sdo perpendiculares entre si, nenhuma luz sai do segundo polaroide. No caso da tela LCD branca, basta girar 0 polaroide em frente a ela até ele ficar preto. Se vocé colocar um pedago de plastico submetido a tensdes entre os polaroides cruzados ou entre a tela € 0 polaroide quando ele fica preto, 0 campo elétrico da luz linearmente pola- rizada que sai do primeiro polaroide ou da tela se divide em duas componen- tes: uma na diregao da “pista de alta velocidade” e outra na diregao da “pista de baixa velocidade’ Apés atravessarem o plastico, as duas componentes se superpdem. Existem varias possibilidades para a onda resultante. Ela pode ser circularmente polarizada, linearmente polarizada etc. Vocé pode visu- alizar 0 resultado de duas oscilagdes perpendiculares utilizando uma caneta laser, como sugerido em “Imagens de sons’ p. 261. As varias componentes da luz sao filtradas pelo polaroide (0 segundo deles, no caso de polaroides cruzados), dependendo de como o plastico foi deformado e também de sua espessura. Devido ao fato de a birrefringéncia estar relacionada a deformagoes mecdnicas e ser dependente da cor da luz, areas do plastico submetidas a dife- rentes tensbes apresentam cores diferentes. Afinal, uma régua torta apresenta birrefringéncia? © que acontece quando ela volta a ser reta? Os engenheiros usam a birrefringéncia para mapear a distribuigdo de tensdes em modelos de estruturas de plastico transparente, incluindo pontes e edificios, submetidos a cargas varidvels. E a caixa de CD de plastico transparente? Onde as tensdes so maiores na caixa? Quando vocé cola pedacos rigidos de pldstico ou os aquece, eles se tornam birrefringentes? 14) Por que o céu é azul? Reinvente 0 Sol e 0 céu e descubra por que ele é azul. PASSO A PASSO Encha de agua a caixa de plastico ou a travessa de vidro. Num ambiente escuro, posicione o recipiente préximo a uma parede (tela branca). Acenda a lanterna e ilumine o recipiente como indica- do. Verifique se ha luz saindo pelas laterais do recipiente. Misture algumas poucas gotas de leite na 4gua, agitando-a para obter uma mistura homogénea. llumine 0 recipiente e verifique se dessa vez sai luz pelas laterais qual 6 a cor predominante. Se vocé tiver um filtro polaroide & mao, use-o para descobrir a natureza da luz da lanterna e a da luz que sai pelos lados do recipiente. Gire o polaroide em varios pontos da parede do recipiente (veja a experiéncia anterior). Compare a luz refletida pela parede (tela) com a luz original da lanterna. Adicione mais gotas de leite na agua e veja © que acontece. Vocé saberia dizer como a luz do Sol atinge a Terra nos seguintes periodos do dia: bem ce- dinho, ao meio-dia e no pér do sol? Imagine agora que a lanterna representa 0 Sol e a agua com leite, 0 céu sem nuvens. Vocé vé alguma relagao entre o experi- mento e a origem do azul do céu ¢ 0 fato de o Sol ficar vermelho no nascente e no poente? UM PASSO ALEM PASSO A PASSO Recorte um retangulo na cartolina para tampar o celular. Caso necessario, dobre-a para obter um retngulo opaco. Faga um furinho na cartolina para a saida de luz branca (polarizada). Num ambiente escuro, coloque-o “em pé” encostado no vidro depois deitado e observe se hd espalhamento lateral de luz. Expe- rimente colocar o celular em posigdes intermedidrias. Compare * caixa de plastico transpa- rente ou travessa de vidro (transparente) *lanterna + Agua com algumas gotas de leite (de preferéncia com baixo teor de gordura) * filtro polaroide (opcional) * vidro transparente com tampa contendo agua mis- turada com algumas gotas de leite * telefone mével (celular) ou camara digital com tela de cristal Iiquido : * cartolina preta ‘* gominha (eldstico) © espalhamento de luz polarizada com 0 de uma fonte de luz nao polarizada (experimento anterior) produzido pelas moléculas de leite presentes na agua Tente gerar telas com diversas cores. Qual a componente de luz (cor) que é mais atenuada e qual delas é transmitida com menos atenuagao? FATOS FENOMENAIS Quando a luz do Sol atravessa a atmosfera terrestre, ela é espalhada em todas as diregdes por étomos, moléculas, ions e elétrons, que, para efeitos pré- ticos, podem ser vistos como bolinhas minusculas. Esse fenémeno é chamado espalhamento Rayleigh. Imagine um jato de gua espalhado lateralmente por pedras langadas no ar. O espalhamento de luz no céu difere para cada cor. A cor mais espalhada ¢ o violeta. Todavia, existe mais azul na luz solar do que violeta. Além disso, nossos olhos sao mais sensiveis ao azul do que ao violeta. Por isso 0 céu parece azul nos dias sem nuvens. Quando a maior parte do azul 6 espalhado no trajeto da luz ao longo da atmosfera terrestre, o vermelho, que 6 menos espalhado, se torna dominante. No experimento, as moléculas de leite que ficam suspensas na agua atuam como pequenas antenas. A luz espalhada lateralmente 6 uma resposta dessas antenas ao campo elétrico da luz no polarizada da lanterna (0 “Sol’). Se vocé olhar diretamente para os lados do recipiente com dgua, a componente do campo elétrico da onda incidente paralela a diregao de observagao nao aparece na luz que vocé Vé (luz espalhada). As antenas no podem emitir luz na diregao de observagao (perpendicular 4 parede lateral do recipiente) quando elas oscilam nessa direcdo. Por isso a luz espalhada na diregao de observacao ¢ polarizada. Vocé con- segue mapear com essa luz as tensdes nas paredes do recipiente com agua? Para outros angulos de observac4o, a luz que vocé observa é apenas parcial- mente polarizada. Neste caso, a oscilagao das pequenas antenas (moléculas de leite) naio mais coincide com a linha de observacdo. Voce entende agora por que a luz do Sol é parcialmente polarizada? Em qual diregao ela é mais polari- zada? Considere agora o espalhamento de luz polarizada (“Um passo além") O que vocé conclui? 15) Explorando 0 raio laser Transforme uma caneta laser num poderoso instrumento de descobertal (*) Atengao Nunca aponte a caneta laser para os préprios olhos ou para os olhos de alguém. O raio laser pode causar danos permanentes a retina. Evite também aponta-la para um espelho de modo a atingir 0 olho de alguém. Com essas precaugdes vocé pode se divertir bastante e explorar novos universos. As experiéncias devem ser realizadas em ambiente escuro. Todas elas, exceto a ultima (@), utilizam 0 mesmo recipiente contendo uma mistura de dgua com algumas gotas de leite (bem poucas!). *caneta laser * recipiente de plastico ou de vidro transparente (sem tampa) agua * algumas poucas gotas de leite (de preferéncia com baixo teor de gordura) * caleidoscépio triangular (veja “Festival de caleidos- cépios? p. 148) * folhas de papel em branco + espelho plano + rolo de papel-aluminio * pedago de seda (roupa de seda, por exemplo) + lmpada de filamento (bulbo de vidro transpa- rente) ou bal&o pequeno transparente * tubo transparente de caneta esferogrética, cilindrico ou sextavado, sem a carga * placa de madeira * polaroide (opcional) PASSO A PASSO A) ATRAVESSANDO PAREDES Aponte a caneta laser para uma das paredes do recipiente contendo Agua, na qual foram misturadas algumas gotas de leite. Vocé conse- gue “Ver” alguma luz saindo da parede oposta do recipiente, através da superficie da gua, ou das paredes laterais? (veja “Por que 0 céu é azul?" p. 163). Se vocé tiver algum filtro polaroide @ mao, examine com ele a luz que sai lateralmente (vista de cima). ire o polaroide e olhe através dele. B) TAMPANDO 0 RECIPIENTE ‘Tampe © recipiente com uma folha em branco (‘tela branca’). Incline a caneta laser apontando-a para a superficie da agua, como indicado, variando o Angulo de incidéncia até o raio ficar quase rasante a superficie. O que vocé vé? Existe alguma relag&o entre esta experiéncia e as “mangueiras de luz” (p. 170)? Veja se alguma luz atinge a folha de papel a medi- da que vocé inclina a caneta laser em relagao a superficie da Agua. Destampe o recipiente e mergulhe um pedago de papel branco na agua, mantendo-o encostado numa das paredes internas. Aponte a caneta laser com ela inclinada em relagdo & parede coberta com o papel e observe a luz que nele incide olhando de cima. Retire-o acione novamente a caneta laser. Compare 0 que vocé observa com e sem o papel. Vocé vé alguma luz no fim do tunel (p. 141)? Folha de pape! C) ATRAS DO ESPELHO Coloque um espelho plano em contato com uma das paredes inter- nas do recipiente. Acione a caneta laser com ela encostada na pare- de oposta, de modo que o raio laser fique perpendicular ao espelho e depois inclinado. Acompanhe-o de cima e olhe para o espelho. O que acontece com 0 percurso da luz? Serd o “fantasma atras do espelho” (p. 143) se exibindo novamente? D) IMAGENS DO CALEIDOSCOPIO Retire os triangulos de papel do caleidoscépio triangular (p. 148). Faga uma pequena abertura nas costas de um dos espelhos, como indicado em “O milagre dos peixes” (p. 147). A abertura deve permitir que o raio laser passe através dela. Mergulhe o caleidoscépio no recipiente, de modo que a abertura fique pouco abaixo da superficie da égua e encostada numa das paredes do recipiente. Aponte a caneta laser para a abertura e veja 0 que acontece olhando de cima. Que tal iluminar um dos vér- tices externos do caleidoscépio, apontando a caneta laser para 0 fundo do recipiente? E) REFLEXOES DE ESPELHOS CURVOS Introduza num furo feito na base do suporte do laser 0 tubo de caneta, de modo que ele fique firme na posig&o vertical (veja figura). O tubo de caneta atua como uma “lente cilindrica” (veja p. 197) e transforma o raio laser numa linha de luz. Corte um pedago de papel-aluminio e apoie a sua parte mais espelhada no rolo formando uma calha (espelho céncavo). Mergulhe a calha de papel-aluminio no recipiente com agua, mantendo-a na posicao verti- cal. Encoste a saida da caneta laser no tubo de caneta, como indicado, e veja 0 que acontece com os raios refletidos pela calha. Tente modificd-la como indica- do (linhas pontilhadas) e veja o que acontece com os raios de luz refletidos pela superficie curva espelhada. Forme um novo espelho apoiando no rolo o lado menos espelhado de um pedaco de papel-aluminio e repita a experiéncia incidindo o feixe do laser no lado mais espe- thado do papel-aluminio (espelho convexo). F) LENTE DE GOTA D'AGUA Passo a passo Faga um pequeno furo na parede lateral da garrafa no mesmo nivel do laser fixado no suporte. Encha completamente a gar- rafa com Agua misturada com algumas gotas de leite (para evitar vazamentos, tampe o furo com 0 dedo), feche bem a tampa da garrafa e retire o dedo do furo. Coloque o laser e a garrafa sobre Catha de * garrafa de plastico transpa- rente de 500 ml com tampa. * balio de festas transparente (pequeno) * 2 caixas de CD * Agua na qual foram mis- turadas algumas gotas de : leite & uma mesa e em frente a uma parede (‘tela’). Posicione a garrafa de modo que 0 raio laser incida no furo na parede lateral da garrafa. Gire ligeiramente a tampa da garrafa, o suficiente para que forme uma gota no furo, e depois gire a tampa até o fim. Ligue o laser e acompanhe a trajetoria da luz que sai da gota d'dgua. Observe também a imagem formada na parede (tela). Pressione ligeiramente com a mao as paredes laterais da garrafa e veja 0 que acontece. Vocé consegue controlar 0 foco da sua nova lente? Pequeno furo (lente de gota d'Squa) UM PASSO ALEM: | LUPA DE BALAO REVISITADA (p. 138) PASSO A PASSO Encha o baldo de agua misturada com algumas gotas de leite e dé um né no seu pescogo para que a dgua nao escape. Posicione 0 laser fixado no suporte, de modo que a sua saida de luz fique distante entre 70 e 80 om de uma tela branca (folha de papel branco mantida na vertical ou parede branca). Coloque © baldo entre o laser e a tela, de modo que o raio laser atravesse 0 baldo, e observe o ponto de luz projetado na tela. Coloque uma lente cilindrica encos- tada na saida de luz do laser (tubo de caneta na vertical — veja 0 experimento E) para obter uma linha de luz. Num ambiente escuro, reposicione o baléo | para focalizar na tela a linha de luz que o atravessa. Pressione-o por cima com a caixa de CD, achatando-o, e mude a sua posigao até obter aproxima- damente um ponto de luz na tela. Comprima agora o balao lateralmente com 0s dois CDs. Como voce deve reposiciond-lo para obter aproximadamente um | Ponto de luz na tela? Compare as deformagées do balaéo com as do globo ocular que do origem a miopia e ao estigmatismo. FATOS FENOMENAIS Como na agua a pressdo se propaga em todas as diregdes, basta pressionar a garrafa ou o baldo para alterar a curvatura da gota/baldo e, com isso, o modo como eles focalizam a luz do laser. Este é um exemplo bem simples da cha- mada dptica adaptavel. Varios dispositivos épticos sao baseados no mesmo principio, por exemplo, lentes de telescépios que corrigem defeitos na imagem produzidos por disturbios na atmosfera terrestre e zoom de cdmaras digitais e de celulares. O préprio olho humano é um exemplo notavel de um sistema éptico adaptative. Nossos olhos séo capazes de focalizar objetos a diferen- tes distancias, produzindo imagens nitidas. Uma dessas lentes adaptaveis, as lentes fluidicas, foram inspiradas no olho humano. Trata-se de um liquido encapsulado numa membrana flexivel. Ao ser comprimida, a forma da lente é modificada, alterando a sua distancia focal, do mesmo modo como ocorre com a gota e o balao. G) BULBO DE LAMPADA E BALAO TRANSPARENTE SUBMERSOS Mergulhe o bulbo no recipiente. Outra possibilidade 6 usar um baléo pequeno transparente cheio de ar no lugar do bulbo. Mantenha a caneta laser fixa no suporte com a saida de luz encostada no tubo de caneta esfe- rogréfica, de modo a obter uma linha de luz. Observe a luz que sai do lado oposto da lampada/balao. Compare essa “lente” com o bulbo de lampada cheio de agua (p. 138) ou com um balao pequeno transparente cheio de Agua (experimento anterior). Qual é a diferenga entre as duas lentes? H) LASER NA SEDA Aponte a caneta laser para uma parede (‘tela’). O que acontece com o ponto luminoso a medida que vooé se afasta da “tela”? Tampe a saida de luz da caneta laser com um pedago de seda e veja a imagem projetada na ‘tela’ Dobre o pedaco de seda e deslize lentamente a parte de cima sobre a parte de baixo. © que acontece com a imagem formada na tela? FATOS FENOMENAIS A saida de luz da caneta laser ¢ como 0 portao de um estadio de futebol em final de campeonato. Na saida do laser, o feixe de luz se abre para os lados em leque, como os torcedores saem pelo portao ao término da partida. Uma pequena abertura espalha luz do mesmo modo que um obstéculo complementar que tampa completamente a abertura. Nessa analogia, a saida do estadio 6 equivalente ao portao: os torcedores o contornariam se ele fosse 0 Unico obs- tdculo no seu caminho. Os varios fios entrelagados da seda atuam também como pequenos portées para a luz do laser. Coloque um fio de cabelo esticado na saida da caneta laser e aponte-a para a parede. Tente observar o que acon- tece quando vocé incide o raio laser numa fenda bem estreita (use, por exem- plo, cartolina preta e um estilete ou um pente fino preto). Se vocé entrelacar Varios fios, vocé obtém a seda. E facil entender por que uma fenda (saida do estddio) e um fio de cabelo (portéo) espalham a luz do laser do mesmo modo. Se vocé cobrir a fenda com um fio de cabelo, ela fica opaca a luz. Isso significa que o campo elétrico atras da fenda coberta 6 nulo. Esse resultado pode ser visto como a soma dos efeitos da fenda e do fio considerados isoladamente. . Assim, 0 campo elétrico da luz atras da fenda deve ser o oposto do campo elé- trico na mesma posigéo quando vocé considera o espalhamento de luz devido ao fio apenas. Como a imagem que observamos esta associada a energia que aluz transporta, nao importa o sentido em que o campo elétrico esta apontado. 16) Mangueiras de luz Descubra o principio das fibras oticas. GRE PASSO APASSO *lanterna * embalagem de leite Faga um furo na embalagem, a uns 2 cm do fundo, para encai- Ou suco, de papelao xe justo do canudinho, de modo que cerca de 0,5 cm do canudi- * garrafa pléstica nho fique dentro da caixa. Caso necessério, passe fita isolante trangparente com tampa em torno dele para garantir uma boa vedacdio. Faga uma abertu- : ra na parte de cima da caixa, o suficiente para ajustar a lanter- + pedago de canudinho : (2.0m) na. Tampe o canudinho com o dedo e encha a caixa com agua. Num ambiente escuro, encaixe a lanterna acesa na abertura su- * fita isolante preta perior da caixa, tire 0 dedo do canudinho. Deixe o filete de agua * supercola (adesivo bater na palma de sua mao. Com isso vocé demonstra o prino'- instantaneo universal) pio de uma fibra ética (mangueira de luz), usada cada vez mais * bicarbonato de s6dio em telefonia substituindo os fios de cobre. Repita a experiéncia misturando umas gotas de leite na agua e veja o que acontece com a intensidade da luz (compare as suas observagdes com as do experimento “Por que 0 céu é azul?’ p. 163). Que tal repetir o experimento considerando um segundo furo, pouco acima ou ao lado do primeiro, contendo também um pedaco de canudinho? Solde os dois filetes de gua (veja “Dando né em pingo d’agua’ p. 208) e acompanhe 0 trajeto da luz. Que tal usar também uma mangueira transpa- rente totalmente cheia d’agua com as extremidades tampadas com plastico transparente para demonstrar o principio das “fibras opticas”? ALTERNATIVA Encaixe um pedago de canudinho na parede da garrafa pléstica, préximo ao fundo dela. Aplique supercola recoberta ‘com bicarbonato de sédio em torno da jungo para obter uma boa vedacdio, Tampe o canudinho e encha a garrafa com agua. Enrosque a tampa da garrafa e encoste a saida do laser na parede externa oposta ao canudinho, Desenrosque a tampa e acione o la- ser. Intercepte com a palma da mao 0 filete de Agua que sai do canudinho. Adicione algumas gotas de leite & Agua na garrafa e, num ambiente escuro, acompanhe o trajeto da luz. FATOS FENOMENAIS A luz, ao passar de urn meio transparente com maior indice de refragao, ‘como a agua, para um meio com menor indice de refracéo, como o ar, 6 par- cialmente refletida e transmitida. Todavia, quando o Angulo de incidéncia do feixe de luz se torna muito rasante, néo ocorre nenhuma transmisséio da luz, apenas reflexdo interna total (veja o experimento B acima). Esse é o modo como as fibras épticas funcionam. Na pratica elas sao feitas de quartzo ou de plastico e sao utllizadas para transmitir sinais codificados de luz contendo informagao de som, imagens e outros tipos de dados que podem ser posterior- mente decodificados. UM PASSO ALEM eee _ De copo em cope - pode o raio laser ter um trajeto em zigue- _* © OU mais copos cilindricos szague? * caneta laser fixa no * Agua *leite PASSO A PASSO Encha os copos de agua misturada com algumas gotas de leite. Coloque-os um ao lado do outro como indicado. Posicione a saida do laser préxima a parede: do primeiro (ou ultimo) copo. Ajuste a posigaio do laser a V até obter segmentos de luz formando um arco (veja a figura). A intensidade do feixe do laser é a mesma em 3 Ss todos os copos? O que acontece se vocé deslocar um pouquinho um dos copos, lateralmente? ata FATOS FENOMENAIS ° O feixe do laser ¢ refratado quando incide nos copos e sai dos mesmos, Nos dois casos, ele muda a sua diregdo, ja que a Agua e o ar tém indices de refragao diferentes. Desse modo, vocé consegue obter um arco de luz. Que tal dispor os copos de modo que o raio laser siga um trajeto em zigue- -zague? Tente agora aumentar a distancia entre os copos. 17) Camara lenta Reproduza o pisca-pisca de danceterias usando a tela de sua TV ou de seu computador. * tela de computador ou de @ioveso Faca um movimento com 0 dedo como se dissesse um nao, * ventilador de velocidade bem rapido. Vocé consegue acompanhar 0 dedo? Ligue o com- varidvel putador ou a televisdo e repita o mesmo movimento com a mao diante da tela. O que vocé observa? Apoie a extremidade de uma régua de pldstico numa mesa em frente a tela iluminada de um computador ou de uma TV (tela CRT — sigla que significa tubo de raios catédicos). Flexionan- do a extremidade livre da régua com 0 dedo, faga a régua vibrar. O que vocé observa? Diminua o comprimento da parte da régua que vibra e veja o que acontece. E possivel “congelar” a vibragdo da régua? Use agora um ventilador de velocidade varidvel posicionado entre vocé e a tela e veja o que acontece com 0 movimento das pas & medida que vocé muda a sua velocidade de rotagéo. Vocé jd experimentou algo semelhante numa danceteria com luz estroboscépica? O que vocé conclui sobre a luz da tela? Dica: Se vocé néo observar pisca-pisca em telas de cristal liquido, nao se decepcione. Olhe a tela de lado ou observe-a com um polaroide préximo do olho (veja “Novas descobertas com polaroides? P. 156). Gire-o e veja o que acontece. Vocé pode comegar com 0 mostrador de um reldgio a base de cristal liquido. UM PASSO ALEM Faga um furinho no fundo ou na tampa de uma garrafa ou no fundo de um copo descartavel. Encha a garrafa ou 0 copo de agua para obter um filete de gua continuo. Vocé também pode cortar uma garrafa de plastico com a tampa furada bem fechada e enché-la de gua. Coloque a garrafa, 0 copo ou o funil (0 “recipiente’) acima de um balde ou de uma bacia e em frente a tela branca (CRT) de um computador pessoal (PC). Posicione o recipiente em alturas di- ferentes e veja o que acontece quando 0 filete de agua cruza a tela. O filete 6 realmente continuo? O efeito que vocé observa pode ficar ainda mais visivel num ambiente escuro (a tela é a Unica fonte de luz). FATOS FENOMENAIS A) TELAS CRT Nas telas dos computadores pessoais (PCs) e dos televisores com tubos de raios catédicos (CRT), a imagem é formada por feixes de elétrons, diminutas particulas eletricamente carregadas, que varrem rapidamente a tela de cima para balxo e da esquerda para a direita. Cada elétron, ao se chocar contra a tela recoberta com uma fina camada de fésforo, gera uma fagulha de luz. A ima- gem que observamos na tela é formada por todas as fagulhas produzidas num dado instante. Cada ponto da tela s6 emite luz quando 6 atingido pelo feixe de elétrons, por isso os pequenos flashes so produzides com uma certa frequén- cia. O mesmo se passa com a tela como um todo. Pisca-pisca Considere agora um disco que gira com uma marca na borda (as pas de um ventilador) iluminado por uma luz pisca-pisca. Se a frequéncia do pisca-pisca for a mesma com que 0 disco da voltas (ntimero de voltas a cada segundo), a marca é iluminada sempre na mesma posigdo, dai ela parecer imével. Se a frequéncia da luz for menor que a frequéncia com que o disco da voltas, a luz fica acesa somente depois que a marca deu uma volta completa. Nesse caso, a marca parece estar sempre a frente (na mesma diregao em que ela gira). Por outro lado, se a frequéncia do pisca-pisca for maior que a frequéncia com que 0 disco da voltas, a luz sempre acende antes da marca completar uma volta completa. Com isso a marca parece girar no sentido oposto ao do disco (0 disco avanga e a marca parece ficar para trés). Esse efeito 6 comum em filmes que mostram rodas de carruagens e de carros girando no sentido oposto ao que deveriam. Nos dois casos (frequéncia de pisca-pisca menor e maior que a frequéncia de giro do disco), a marca parece percorrer uma distancia menor entre dois flashes consecutivos do que a distancia realmente percorrida, dando a impressao de uma sequéncia de imagens em cAmara lenta. Esse efeito dp co é chamado efeito estroboscépico. Filete d’ gua E as gotas d’4gua que aparecem em frente a tela? A agua prefere gotas, pois a soma das areas das gotas é menor que a area do filete. Isso ¢ torna instavel, pois uma menor area significa uma energia superficial menor. natureza opta por uma condigao de mais baixa energia. Por isso 0 filete “continu se converte em gotas d’agua. O mesmo ocorre nas cachoeiras. E no chuveiro? Dica: Vocé pode produzir 0 seu proprio pisca-pisca usando um disco ope co com um furo que gira em torno de um eixo central. Coloque u lampada dentro de uma caixa tampada com uma abertura idéntica furo no disco, de modo que somente quando a abertura no disco caixa coincidirem voce obtém um feixe de luz. Tome como referer por exemplo, a montagem de ‘Achatando a Terra nos polos p. 40. 18) Natal com fractais Descubra algo mais sobre o significado do Natal. * 4 bolas espelhade PASSO A PASSO teas, usadas com: ‘em drvores de Natal. Empilhe as quatro bolas (veja a figura). Use fita adesiva paras lanterna e las. Ilumine-as com a lanterna como indicado. Que tal com- arthar essas novas imagens? ‘fila adesiva (por exemplo, fita dupla face) S UM PASSO ALEM Substitua a bola de cima por outra de tamanho diferente. Utilize também bolas de varias cores e veja 0 que acontece. FATOS FENOMENAIS Vocé provavelmente jé viu em garagens, lojas e cruzamentos de ruas es- pelhos que produzem imagens como a das bolas espelhadas usadas como enfeite de Natal. Esses espelhos, ao “encolherem” as imagens, permitem uma visio panoramica dos objetos & sua frente. Quando varias dessas bolas espelhadas sao colocadas préximas umas das outras, a imagem de uma bola fefletida em outra 6 uma bola menor. Esta, por sua vez, produz uma imagem de bola ainda menor e assim por diante. Desse modo é formada uma sequéncia de imagens conhecida como fractal.

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