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Artigo Sobre Reatores de Leito Fixo
Artigo Sobre Reatores de Leito Fixo
FIXO
Victor de Andrade lima, Acsa Gabriele Maria da Silva
1. INTRODUÇÃO
O reator de leito fixo, também conhecido como coluna empacotada, é composto por
um meio reacional na forma de fluido, gás ou líquido, enquanto o catalisador está na
fase sólida e distribuído por todo o comprimento do reator. Nessa configuração, as
partículas reagentes têm contato íntimo com o recheio do reator, formando um leito de
partículas sólidas que podem ser irregulares ou de forma definida. O escoamento do
fluido é aproximadamente pistonado.
À medida que o fluido passa pelas partículas, observa-se uma resistência à
transferência de massa relacionada à porosidade do meio estacionário, resultando em
uma perda de pressão. Por esse motivo, o projeto do reator de leito fixo leva em
consideração a estimativa da queda de pressão através do leito.
No entanto, é difícil manter uma regulação adequada da temperatura devido à baixa
condutividade térmica do leito. Em reações exotérmicas, isso pode levar à formação
de pontos quentes no interior do reator, que desgastam o catalisador. A Figura 1
apresenta três esquemas de reatores de leito fixo com diferentes configurações de
refrigeração. A Figura 1.a mostra um reator tradicional, com arrefecimento nas
paredes. Na Figura 1.b, o reator possui uma superfície de arrefecimento ampliada,
reduzindo a ocorrência de pontos quentes. Já na Figura 1.c, o sistema de resfriamento
passa entre os estágios, com a quantidade de catalisador aumentando gradualmente
para limitar a taxa da reação exotérmica, promovendo um melhor controle de
temperatura do sistema.
Figura 1: Esquemas de reatores de leito fixo
Anéis de Rasching 72 - 95
Anéis de Pall 92 - 98
Selas de Berl 60 - 75
Fonte: Os autores.
(Eq. 1)
(Eq. 2)
(Eq. 3)
(Eq. 4)
(Eq. 5)
(Eq. 6)
A partir da aplicação da condição de contorno na superfície externa na Equação 6,
podemos obter a Equação 7, onde kc é o coeficiente de transferência de massa, e CA e CAs as
concentrações no seio do fluido e na superfície catalítica, respectivamente.
(Eq. 7)
(Eq. 8)
Para reatores de leito fixo, o balanço de massa por si só não é suficiente para obter um
entendimento completo dos cálculos envolvidos. É necessário também realizar o balanço de
energia. Entretanto, os cálculos relacionados ao balanço de energia em reatores de leito fixo
são extremamente complexos e, portanto, não serão amplamente explorados no presente
trabalho, sendo apenas citados.
A Equação 9 esquematiza o balanço de energia para um sistema aberto, considerando a
transmissão de calor devido ao escoamento do fluido. A análise do balanço de energia em
reatores de leito fixo é essencial para compreender a variação de temperatura no sistema e
garantir que as condições operacionais sejam adequadas para a reação desejada. No
entanto, devido à complexidade desses cálculos, eles podem ser mais desafiadores de serem
abordados, e é importante contar com métodos numéricos e técnicas avançadas para uma
análise completa e precisa da energia envolvida no processo reacional.
(Eq. 9)
A partir de manipulações e considerações, como a adoção do estado estacionário, e o
detalhamento das entalpias parciais molares e entalpias molares de componentes puros,
obtem-se a Equação 10 do balanço de energia para reatores de leito fixo. Também pode-se
determinar outros parâmetros que estão relacionados a engenharia das reações com efeitos
térmicos para os reatores, conforme as Equações 11 e 12 (FOGLER, 2009).
(Equação 10)
(Equações 11 e 12)
4. EFEITOS TÉRMICOS
Fonte: Levenspiel
(11)
Fonte: Levenspiel, 2000.
(12)
Fonte: Levenspiel, 2000.
(13)
Fonte: Levenspiel, 2000.
(14)
Fonte: Levenspiel, 2000.
Nela, tanto temperatura quanto a concentração do dentro da partícula são descritos
na forma diferencial. Ela diz que a temperatura e a concentração têm que possuir a mesma
forma em qualquer ponto da partícula.
Portanto, para a partícula inteira, isolando o dT/dx e integrando em ambos os lados, a
equação fica a seguinte.
Equação 17: Equação de análise simples de Prater para a partícula como um todo
(15)
Fonte: Levenspiel, 2000.
5. CONCLUSÃO
FOGLER, H. S. Elementos de engenharia das reações químicas. 4 ed. Rio de Janeiro: LTC,
2009.
LEVENSPIEL, O. Engenharia das reações químicas. 3 ed. São Paulo: Blucher, 2000.