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A pedagogia musical no Brasil

No decorrer da segunda metade do século XX, emergiram propostas valendo-se de


aspectos próprios à música contemporânea e que, especialmente, abriram espaço para
efetivos planos criativos junto aos alunos. Novas formas de grafia musical foram inseridas nos
planos da educação musical, acompanhando tal acontecimento nos territórios da composição
musical, bem como, ampliaram-se os recursos e os materiais sonoros para fazer música, que já
não dependiam apenas dos instrumentos musicais tradicionais ou do coro vocal.
Incorporaram-se alguns procedimentos da vanguarda musical de então, de maneira que a
ênfase recaiu sobre os processos de criação, sobre a escuta ativa, sobre o som (como objeto) e
suas características.

No Brasil, esse movimento demorou um pouco mais para se instaurar, pois mesmo a
adoção de propostas oriundas da chamada primeira geração de educadores musicais do século
XX custou mais a se fazer presente nos planos pedagógico-musicais. Vale lembrar, também,
que a partir dos anos setenta do século XX, o trabalho com a música no ensino regular limitou-
se a algumas escolas particulares ou públicas, uma vez que no contexto político-educacional
vigorava a disciplina “Educação Artística” e eram quase inexistentes os professores ou
professoras com habilitação em Música. O trabalho orientado pelas novas abordagens
pedagógico-musicais acontecia, predominantemente, em escolas de música, ainda com
frequência menor do que deveria ocorrer, vale lembrar.

Fonte: Um jogo chamado Música, p. 48. (Teca Alencar de Brito)

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