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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA

INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

ALUNO(A):
Diretoria Executiva Geral
Superintendência Técnica
Coordenação de Promoção Social e Desenvolvimento Profissional

CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC


Caderno do Aluno

Elaboração, conteúdo técnico, diagramação e ilustração


Escola do Transporte

Versão 1.2
Outubro de 2015

Fale com o SEST/SENAT


0800.7282891
www.sestsenat.org.br

Curso de atualização para instrutor de trânsito – Brasília :


SEST/SENAT, 2015.
74 p. : il.

1. Trânsito. 2. Educação. 3. Ensino. 4. Aprendizagem


I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte.

CDU 656.1:37
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC
Apresentação...........................................................................................................................................................5
Unidade 1 - Fundamentos da Educação para o Trânsito............................................................................................ 7
Apresentação...........................................................................................................................................................9
Objetivos...................................................................................................................................................................9
Introdução................................................................................................................................................................9
1. Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020................11
2. Atribuições e Responsabilidades dos Profissionais na Formação e Avaliação dos Condutores... 12
3. Fundamentos da educação para o trânsito com foco na cidadania e na obediência às leis e
sinalização.............................................................................................................................................................. 13
4. Atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito................................................................ 13
Conclusão............................................................................................................................................................... 14
Exercício de fixação............................................................................................................................................. 15
Unidade 2 - Didática e Psicologia Aplicadas ao Trânsito......................................................................................... 17
Apresentação......................................................................................................................................................... 19
Objetivos................................................................................................................................................................. 19
Introdução.............................................................................................................................................................. 19
1. Dimensões e Níveis do Planejamento na Educação.................................................................................. 19
2. Noções de Psicologia da Educação............................................................................................................. 23
Conclusão.............................................................................................................................................................. 25
Exercício de fixação............................................................................................................................................ 25
Unidade 3 - Legislação de Trânsito........................................................................................................................29
Apresentação......................................................................................................................................................... 31
Objetivos................................................................................................................................................................. 31
Introdução.............................................................................................................................................................. 31
1. Código de Trânsito Brasileiro: Sistema Nacional de Trânsito e Órgãos Executivos,
Normativos e Consultivos................................................................................................................................... 31
2. Legislação e conduta no trânsito................................................................................................................ 32
Conclusão ..............................................................................................................................................................37
Exercício de fixação.............................................................................................................................................37
Unidade 4 - Direção Defensiva, Primeiros Socorros e Respeito ao Meio Ambiente.................................................39
Apresentação......................................................................................................................................................... 41
Objetivos................................................................................................................................................................. 41
Introdução.............................................................................................................................................................. 41
1. Definição e elementos da direção defensiva.............................................................................................. 41
2. Condições adversas do meio ambiente e da via...................................................................................... 42
3. Noções de primeiros socorros...................................................................................................................... 45
4. Noções de medicina de tráfego...................................................................................................................48
5. Noções de meio ambiente............................................................................................................................. 49
Conclusão..............................................................................................................................................................50
Exercício de fixação............................................................................................................................................50
Unidade 5 - Prática de Direção Veicular e de Ensino Supervisionado..................................................................... 53
Apresentação........................................................................................................................................................ 55
Objetivos................................................................................................................................................................ 55
Introdução............................................................................................................................................................. 55
1. Equipamentos de uso obrigatório do veículo e sua utilização.............................................................. 56
2. Responsabilidade do condutor com a manutenção do veículo............................................................ 57
3. Prática de direção veicular em via pública............................................................................................... 58
4. Observância da sinalização e comunicação.............................................................................................60
5. Planejamento da prática de ensino............................................................................................................ 62
Conclusão.............................................................................................................................................................. 70
Exercício de fixação............................................................................................................................................ 70
Referências Bibliográficas..................................................................................................................................... 73
APRESENTAÇÃO

Prezado aluno,

Bem-vindo ao Curso de Atualização para Instrutor de Trânsito. Neste Curso teremos a oportunidade de
relembrar os conceitos teóricos e fundamentos básicos da educação e legislação do trânsito de forma que
seja possível facilitar o processo de desenvolvimento do conhecimento e respeito às leis do trânsito.
O curso está estruturado em cinco Unidades de Estudo, contemplando os principais tópicos da estru-
tura curricular definida no plano de curso para Instrutor de Trânsito da Resolução CONTRAN Nº 358 de 13
agosto de 2010, conforme segue:

Unidade Título Horas-aula


1 Fundamentos da Educação para o Trânsito 4h
2 Didática e Psicologia aplicada ao Trânsito 4h
3 Legislação de Trânsito 4h
4 Direção Defensiva, Primeiros Socorros e Respeito ao Meio Ambiente 4h
5 Prática de Direção Veicular e de Ensino Supervisionado 4h

O texto contém ícones com a finalidade de orientar o estudo, estruturar o texto e ajudá-lo na com-
preensão do conteúdo. Você encontrará, também, situações extraídas do cotidiano, conceitos e exercí-
cios de fixação.

Confira o significado de cada ícone:

Esperamos que este Curso, intitulado Atualização para Instrutor de Trânsito - CFC seja muito pro-
veitoso para você! Nosso propósito é apresentar dicas, conceitos, e soluções práticas que o ajudem a
resolver os problemas encontrados no seu dia a dia de trabalho.

Bom estudo!
5
UNIDADE
1 FUNDAMENTOS DA
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
APRESENTAÇÃO

Nesta Unidade de estudo, serão apresentados os fundamentos da


educação para o trânsito com foco no cenário atual de violência no trân-
sito e as medidas que estão sendo tomadas pelos órgãos responsáveis
para atuar em defesa da vida e de um trânsito mais seguro. Entre as me-
didas implementadas pode-se destacar o Plano Nacional de Redução de
Acidentes e Segurança Viária para a Década de 2011 – 2020, o papel do
Instrutor, para o cumprimento deste Plano e o perfil profissional definido
em Resolução.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:


• Contextualizar os fundamentos da educação para o trânsito como
resposta ao cenário atual de violência.
• Analisar o Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança
Viária para a Década de 2011 – 2020.
• Explicitar as atribuições e responsabilidades dos Instrutores na
formação dos condutores.

INTRODUÇÃO

A educação para o trânsito tem o objetivo final de contribuir para


reverter o quadro alarmante de violência no trânsito. As estatísticas de
2013, publicadas pelo Observatório Nacional de Segurança Viária, indi-
cam que 42.246 mil pessoas morreram no trânsito brasileiro. Para cada
óbito, de 20 a 50 pessoas ficam feridas devido a acidentes. Homens de 15
a 44 anos representam mais de 77% das mortes no trânsito.
O número absoluto de feridos em acidentes viários no Brasil en-
tre 2001 e 2012 aumentou em um ritmo maior que o de mortos. Foram
116.065 mil feridos em 2001 e 177.487 em 2012, um aumento de 52,2%. No
período de 1,6 milhão de pessoas precisaram ser internadas por mais de
24 horas após colisões ou atropelamentos. Em todas as regiões do país, os
motociclistas, seguido dos pedestres são maioria absoluta entre mortos
e feridos.

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), de


2010, apontamentos sobre segurança viária no mundo, indicam que o Bra-
sil ocupava o 4º lugar no ranking do número de mortes no trânsito no
mundo, posicionando-se atrás apenas de China, Índia e Nigéria.
Tabela 1: Número de acidentados e Custo de Acidentes de Trânsito
no Brasil
Ano Número de Número de Custo IPEA
Feridos mortes no atualizado
trânsito – bilhões de
R$
2005 121,402 35.328 22,03
2006 123,851 35.724 23,58
2007 121,612 36.759 24,98
2008 101,904 37.694 26,73
2009 132,487 37.024 27,86
2010 170,500 42.225 33,10
2011 170,500 42.695 35,41
2012 177,487 44.316 39,16
Fonte: Observatório Nacional de Segurança Viária
http://onsv.org.br/portaldados/downloads/Atualizacao_Custos_20150416-2.pdf

O problema do trânsito impacta não só nos custos com a saúde e o


trabalho no Brasil, a preocupação é mundial. Em 2009, a OMS registrou
1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Segundo a
OMS, se nenhuma ação mundial for empreendida, este número poderá
chegar a 1,9 milhão de mortes até 2020. Por esse motivo, a Organização
das Nações Unidas (ONU) instituiu em Assembleia Geral o período de 11 de
maio de 2011, até o ano de 2020, como a Década Mundial de Ações Para a
Segurança do Trânsito. Essa decisão está registrada na Resolução A/64/
10
L44 da ONU, de 2 de março de 2010, que recomenda aos países que são
membros do pacto o desenvolvimento de ações para contribuir na dimi-
nuição dos acidentes e mortes no trânsito.
Ao definir o período de 2011 a 2020 como a Década de Ação pela
Segurança no Trânsito, a ONU estabeleceu como meta global salvar cinco
milhões de vidas no período, o que significa uma redução em torno de
33% no número de óbitos, tendo como referência os índices de 2011, ou de
50%, com base nas projeções para 2020.

1. Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança


Viária para a Década 2011- 2020

Para cumprir o pacto mundial de ações para a segurança


no trânsito, o Brasil instituiu o Plano Nacional de Redução
de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020,
cujo texto foi produzido com a contribuição das organiza-
ções governamentais e não governamentais reunidas pelo Comitê
Nacional de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito,
coordenada pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN).

O Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para


a Década de 2011 – 2020, traz como diretrizes gerais a implantação de um
Observatório Nacional de Trânsito, que já se encontra disponível no site
http://www.onsv.org.br/. No observatório vários temas relevantes e campa-
nhas podem subsidiar suas aulas como o Maio Amarelo.
O principal marco da mobilização do Maio Amarelo acontece no dia
24 de maio. O Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV) e a Pre-
feitura de Indaiatuba promovem a Caminhada Atenção pela Vida, em prol
de um trânsito mais seguro. O evento já acontece em 21 países.
Além dos observatórios, são diretrizes do Plano Nacional de Redu-
ção de Acidentes e Segurança Viária: a criação de programas voltados à
segurança e acessibilidade dos pedestres, motociclistas e ciclistas; a segu-
rança para o transporte de carga e o transporte público de passageiros e
a segurança nas estradas. Todos os programas deverão estar integrados
em âmbito federal, estadual e municipal. Também consta das diretrizes,
que os recursos arrecadados com multas e fundos correlatos, deverão ser
destinados ao combate à violência no trânsito, à fiscalização, a educação
de trânsito, ao atendimento de urgência de acidentados e a segurança
viária e veicular.
As recomendações apresentadas no Plano Nacional objetiva, a cur-
to, médio e longo prazos, reduzir os níveis atuais de mortalidade e lesões
por acidentes de trânsito no país, tendo como meta o índice de redução
proposto pela Resolução da ONU de 50% em 10 anos.

11
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

A título de aprofundamento e detalhamento dos


problemas advindos do trânsito, inclusive quanto ao alto
número de acidentados conheça o Retrato de Segurança
Viária no Brasil publicado pelo Observatório Nacional de
Segurança Viária (ONSV). No documento, pode-se avaliar a situação
de outros países comparados ao Brasil e o exemplo da Suécia para
enfrentar a segurança viária.
http://onsv.org.br/portaldados/downloads/retrato2014.pdf

Para que as diretrizes do Plano sejam alcançadas, seu papel como


instrutor é fundamental. É muito importante a sua interação com as ações
que estão sendo desenvolvidas na sua região previstas no Plano Nacional
de Redução de Acidentes e Segurança Viária, e sua colaboração na exe-
cução.

2. Atribuições e Responsabilidades dos Profissionais na


Formação e Avaliação dos Condutores

A Resolução Nº 358 do Conselho Nacional de Trânsito define no Ar-


tigo 25 as principais funções do instrutor. Podemos destacar a sua respon-
sabilidade direta com a formação, atualização e reciclagem de candidatos
e de condutores devendo transmitir os conteúdos teóricos e práticos exi-
gidos pela legislação vigente. Também faz parte das funções do instrutor
avaliar o candidato à habilitação após o cumprimento da carga horária
exigida e tratar os candidatos com cortesia e respeito. Na instituição em
que atua é importante ser pontual, utilizar o crachá de identificação for-
necido pelo Órgão Executivo de Trânsito do Estado ou do Distrito Federal
e estar sempre atualizado.
Para dar maior amparo legal, a profissão de instrutor foi devidamen-
te regulamentada em 2010, pela Lei nº 12.302 de 2 de agosto de 2010, a
qual determina que para exercer essa profissão é necessário:
• Ter, no mínimo, 21 (vinte e um) anos de idade e pelo menos, dois
anos de efetiva habilitação legal e, no mínimo, 1 (um) ano na catego-
ria D;
• Não ter cometido nenhuma infração de trânsito de natureza gra-
víssima nos 60 (sessenta) dias que antecedem sua certificação,
• Não ter sofrido penalidades de cassação da Carteira Nacional de
Habilitação CNH.
• A escolaridade mínima exigida é de ensino médio, no entanto, o
mercado dá preferência para a formação superior.

12
É importante que procure concluir o curso superior, isso lhe dará
maior bagagem para o desenvolvimento de suas atividades e melhores
oportunidades de trabalho. A formação nos cursos específicos é essencial,
sem eles não será possível atuar como instrutor.

3. Fundamentos da educação para o trânsito com foco na


cidadania e na obediência às leis e sinalização

Os fundamentos da educação para o trânsito têm como princípio, o


exercício da cidadania que se manifesta por meio do relacionamento dire-
to com a obediência às leis e aos direitos e deveres civis, políticos e sociais
estabelecidos na Constituição Federal.
Esses princípios podem ser manifestados pela comunicação e con-
dutas adequadas no trânsito evitando gerar graves conflitos. Como por
exemplo: comunicando a mudança de faixa de trânsito; as conversões na
aproximação da faixa que necessita para realizá-la; parar no sinal verme-
lho; estacionar em local permitido; não parar sobre a pista de rolamento
para apanhar um passageiro; atravessar na faixa de pedestres; dirigir na
velocidade permitida, entre outras.
Essas atitudes devem ser reforçadas durante as aulas demonstran-
do a importância, o respeito às normas de trânsito e ao exercício da cida-
dania e para que o trânsito se torne mais seguro.

4. Atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito


O trânsito em condições seguras é um direito de todos e um dever
dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito aos quais cabe
adotar as medidas necessárias para assegurar esse direito.

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Considera-se trânsito a utilização das vias por pesso-


as, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos
ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga (Art. 1º § 2º do CTB).

De acordo com o art. 1º, parágrafos 2º e 3º do Código de Trânsito


Brasileiro (CTB), Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, todos os indiví-
duos têm direito a um trânsito seguro.
Quando as autoridades com jurisdição sobre a via não oferecem
condições necessárias para a circulação segura dos veículos, devem ser
responsabilizadas e responder por todos os danos causados ao cidadão,
principalmente se a sinalização for deficiente ou se não houver sinaliza-
ção.
É importante o exercício da cidadania denunciando ou comunican-
do aos órgãos responsáveis às condições das vias. Todos são responsá-
veis pela segurança no trânsito. Os veículos de maior porte serão sempre
responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não mo-
torizados e, juntos, pela segurança dos pedestres.

A Política Nacional de Trânsito busca traduzir os


valores, princípios, aspirações e anseios da sociedade, em
busca do exercício pleno da cidadania e da conquista da
dignidade humana e da qualidade de vida plena.

CONCLUSÃO

Para atuar como instrutor de CFC é necessário que esteja sempre


atento aos conhecimentos, às habilidades e as atitudes inerentes ao exer-
cício da profissão. É importante contextualizar os conhecimentos com as
diretrizes definidas no Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segu-
rança Viária para a Década de 2011 – 2020. Procure analisar também, o
meio em que está inserido e sua dimensão cultural, social, política e eco-
nômica da educação e do trânsito.

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Marque a resposta correta:
1. A ONU instituiu em Assembléia Geral o período de 11 de maio de 2011, até o ano
de 2020, como:
a) A Década Mundial de Ações Para a Segurança do Trânsito
b) A grande virada das nações em relação ao trânsito
c) Um grande momento de integração em prol da paz no trânsito
d) A maior Assembléia dos últimos tempos
e) A Década Mundial pela Paz no Trânsito

2. A decisão da ONU de 11 de maio de 2011, está registrada na Resolução A/64/L44


da ONU, de 2 de março de 2010, que recomenda aos países que são membros do pacto:
a) Maior harmonia entre as nações
b) O desenvolvimento de ações para contribuir na diminuição dos acidentes e
mortes no trânsito
c) Um programa educacional mundial com foco no trânsito
d) Uma legislação acordada entre os países membros em prol de um trânsito
mais humano
e) Que cada país membro da ONU avaliasse a dimensão das perdas no trânsito

3. Ao definir o período de 2011 a 2020 como a Década de Ação pela Segurança no


Trânsito, a ONU estabeleceu como meta global:
a) Salvar 100% das vítimas de trânsito
b) Aumentar as penas para quem cometer crime de trânsito
c) Salvar cinco milhões de vidas no período
d) Estruturar um Centro Internacional de Treinamento
e) Reduzir em 20% o número de acidentes de trânsito

4. O Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década


de 2011 – 2020 traz como diretrizes gerais:
I. A implantação de um Observatório Nacional de Trânsito
II. A criação de programas voltados à segurança e acessibilidade dos pedestres,
motociclistas e ciclistas;
III. A segurança para o transporte de carga;
IV. A segurança no transporte público de passageiros
V. A segurança nas estradas.

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

I, II
III, IV
II, III, IV
III, IV, V
Todas estão corretas

5. O Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década


de 2011 – 2020, prevê também que os recursos arrecadados de multas e fundos corre-
latos, deverão ser destinados:
Ao combate à violência no trânsito;
A educação de trânsito;
Ao atendimento de urgência de acidentados;
A segurança viária e veicular;
Aquisição de bicicletas.

I, II, V
I,III, IV, V
I, II, III, IV
IV, V
Todas estão corretas

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UNIDADE
2 DIDÁTICA E PSICOLOGIA
APLICADAS AO TRÂNSITO
APRESENTAÇÃO

Iniciaremos esta Unidade de Estudo conhecendo as dimensões e


níveis do planejamento da educação e sua especificidade com relação
ao trânsito, detalhando o planejamento de ensino e sua aplicabilidade. E
prosseguiremos discutindo como a psicologia contribui com a melhoria
do trânsito, tanto no processo educacional quanto na avaliação individual
do condutor.

OBJETIVOS
.
Os objetivos desta unidade são:
• Definir os três níveis do planejamento da educação e sua aplica-
bilidade;
• Aplicar as dimensões do planejamento do ensino e seu impacto
na elaboração do currículo;
• Identificar a importância da psicologia para o trânsito menos
agressivo e mais humano;
• Apresentar a principal referência para a educação para o trânsito.

INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei nº 9.503/1997, todos têm direitos e deveres


em relação ao trânsito, e sendo as vias o espaço público compartilhado
por todos, é possível perceber que esses direitos e deveres estão sendo
cada vez mais desrespeitados. Por isso, a educação inclui a percepção da
realidade e a adaptação, assimilação e incorporação de novos hábitos e
atitudes frente ao trânsito.
Objetivando criar novas abordagens mais firmes e significativas
aplicadas à educação para o trânsito, vamos conhecer como se dá o pla-
nejamento da educação, destacando a corresponsabilidade governo e so-
ciedade, em busca da segurança e bem-estar.no trânsito.

1. Dimensões e Níveis do Planejamento na Educação


Qualquer atividade exige planejamento. A complexidade da educa-
ção pede uma maior estruturação e a definição dos três níveis de abran-
gência do planejamento:
1. Planejamento Educacional
2. Planejamento de currículo
3. Planejamento de ensino

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Planejamento educacional
No planejamento educacional é que se elabora a proposta inicial de
uma estrutura de educação, que deve ser construída coletivamente, com
a participação de um Núcleo Estruturante composto por conselheiros, di-
retores, especialistas, professores, alunos e pais. Deve-se, também, con-
templar o diagnóstico da realidade escolar, possibilitando o envolvimento
de toda a comunidade na definição do Projeto Político Pedagógico (PPP)
e no Plano de Desenvolvimento da Escola – (PDE). Estes planos são de-
senvolvidos para ter uma duração de longo e médio prazo, e buscam a
transformação, estabelecendo os objetivos e diretrizes a partir do cenário
que a instituição está inserida.

O planejamento de currículo
O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões fun-
damentais: A Dimensão filosófica, a Dimensão sócio-antropológica e a Di-
mensão psicológica. Vamos entender cada uma delas.

Dimensão filosófica
A Dimensão filosófica tem o foco na cultura. São considerados os
valores das pessoas e da sociedade onde estão inseridas. Estes valores
são definidos quanto aos fins para a educação, para os propósitos e para
os conteúdos da instituição de ensino.
Os Centros de Formação de Condutores devem tomar como referên-
cia o Código de Trânsito Brasileiro Lei nº 9.503/1997 como pilar do ensino.
Fundamentalmente busca-se exercer a cidadania no trânsito, colocando
em prática a legislação e aplicando os princípios e valores, estabelecidos
pela sociedade em beneficio ao convívio comum, são eles:
• A redução dos índices da violência no trânsito.
• Respeito às regras de trânsito, às pessoas e ao meio ambiente.
• Um comportamento mais seguro, ético e solidário no trânsito.

20
• Promoção da saúde voltada para a mobilidade urbana, em especial
o estímulo e o fomento de ações práticas para a redução de mortes
ou da gravidade de lesões às vítimas de acidente de trânsito.
• Evolução do conhecimento por meio de valores morais, como a ci-
dadania, a solidariedade e o bom senso, os quais motivam o proces-
so de ensino aprendizagem a fim de tornar o trânsito mais humano.
• Obediência às leis e aos direitos e deveres civis, políticos e sociais
estabelecidos na Constituição Federal, mas acima de tudo saber
exercê-los.

Dimensão sócio-antropológica
Nessa dimensão é importante conhecer os padrões de comporta-
mento que influenciam os alunos, a economia atuante, a estrutura familiar
existente, tensões sociais e as formas de comunicação. Esse conhecimen-
to se dá por meio de pesquisas.

Dimensão Psicológica
O foco da dimensão psicológica na educação são as pessoas. Sabe-
-se que os indivíduos não raciocinam com a mesma rapidez nem possuem
o mesmo ritmo de aprendizagem. O estudo da psicologia agrega conhe-
cimentos da pedagogia principalmente com referência às competências
que devem ser construídas. Destacam-se as habilidades motoras, senso-
riais, as funções cognitivas, memória-atenção, aspectos sócio-afetivos,
aspectos histórico-pessoais.
Nas habilidades motoras, deve-se considerar as ações reflexivas, a
força, a velocidade, o equilíbrio, a lateralidade, o domínio dos membros
inferiores e a postura corporal.
No que se refere às funções cognitivas podemos citar a memória, a
atenção, a avaliação sistemática do ambiente, a tomada de decisões e a
resolução de problemas.

21
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Nas funções sensoriais, destacam-se a audição e a visão, essenciais


durante a condução dos veículos e na memorização das placas de sinali-
zação vertical, horizontal e semafórica.
Já os aspectos sócio-afetivos são de grande importância na direção
veicular, pois dizem respeito a saber ser, e a saber conviver.
O currículo deve ser construído considerando as três dimensões
ora apresentadas. A realidade do CFC, as orientações do Departamento
Nacional de Trânsito quanto à elaboração dos currículos e as normas de
avaliação.

As orientações do CONTRAN encontram-se registradas


nas Resoluções nº 358, de 13 de agosto de 2010 (CONTRAN
2010); Resolução nº 168, de 14 de dezembro de 2004 (CON-
TRAN 2004) e Resolução Nº 493, de 05 de junho /2014
(CONTRAN 2014) e na Resolução nº 543, de 15 de julho de 2015.

Planejamento de Ensino
Na construção de um plano de ensino deve-se analisar os dados
fornecidos pela sondagem e estabelecer o que é possível alcançar, como
fazer o que se pretende e o processo de avaliação dos resultados. Através
dos seguintes passos:
• Determinação dos objetivos
• Seleção e organização dos conteúdos.
• Seleção e organização dos procedimentos de ensino.
• Seleção de recursos.
• Seleção de procedimentos de avaliação.
• Estruturação do plano de ensino
Na elaboração do plano de ensino é preciso organizar antecipada-
mente todas as etapas do trabalho escolar até sua execução, que é exata-
mente o desenvolvimento das atividades previstas.
É importante não perder o foco do currículo do curso, contextuali-
zando a disciplina e buscando atuar de forma interdisciplinar; definindo
os métodos e técnicas e os recursos a serem utilizados na sala de aula, ou
durante as aulas práticas.
O Planejamento de Ensino, segundo Piletti (1997) é desdobrável em
três tipos diferenciados por seu grau de especificidade e o tempo de exe-
cução, no entanto todos devem seguir o mesmo processo de elaboração:
• Planejamento de curso
• Planejamento de unidade
• Planejamento de aula
Vejamos agora a diferenciação de cada desdobramento.

22
Planejamento de Curso
Tem a característica de prever um conjunto de conhecimentos, ati-
tudes e habilidades a ser alcançado por uma turma ao longo de todo o
curso. Ele dá a oportunidade de adaptar o currículo à realidade da classe
e organizar o curso em disciplinas adequando às matérias ao número de
aulas disponíveis.
A organização administrativo-pedagógica da formação e especiali-
zação de condutor de veículo automotor e elétrico compreende a realiza-
ção de Curso Teórico-técnico e de Prática de Direção Veicular, cuja estru-
tura curricular, carga horária e especificações estão definidas no anexo II
da Resolução Nº 168, de 14 de dezembro de 2004.
Algumas adequações quanto aos procedimentos de ensino e avalia-
ção das aulas teóricas e de prática de direção foram complementadas e
detalhadas pela Resolução Nº 493 - CONTRAN, de 5 de junho de 2014 e da
Resolução 543, de 15 de julho de 2015.

Planejamento de Unidade
O planejamento de Unidade detalha de forma mais específica a atu-
ação do professor/instrutor em sala de aula e contribui com a realização
de um programa de ensino a distância. Faz o detalhamento da unidade
ou disciplina, definindo abordagens de apresentação, pré-teste, diálogo
com a classe e os demais desenvolvimentos. Para cada uma dessas etapas
detalha, no instrumento, seu objetivo, o tempo de duração, o conteúdo, os
procedimentos, os recursos e a avaliação.

Planejamento de Aula
É a sistematização de todas as atividades que serão realizadas no
tempo específico da aula. O foco é o tema central. Deve prever a intera-
ção do aluno com o professor, os estímulos a fim de motivar os alunos que
venham a colaborar com a aprendizagem.
Na Unidade 5 aprofundaremos os conhecimentos e o detalhamento
sobre o Plano de Aula.

2. Noções de Psicologia da Educação

A psicologia como ciência perpassa diversas áreas do conhecimen-


to. A Psicologia Educacional teve maior abrangência a partir do século
XIX. Durante as três primeiras décadas do século XX, várias perspectivas
se abriram e a psicologia aplicada à educação teve enorme desenvolvi-
mento, destacando-se a necessidade de um novo profissional. Três áreas
se destacaram: as pesquisas experimentais da aprendizagem; o estudo e
a medida das diferenças individuais e a psicologia da criança.
A psicologia da educação então se preocupava com a natureza, as
condições, os resultados e a retenção do conhecimento. Na década de 70
a psicologia, assume seu caráter multidisciplinar, que conserva até hoje,
podemos exemplificar com a aplicação no trânsito.

23
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Avaliar as características do condutor é fundamental no processo


de habilitação ou renovação da CNH. Essa avaliação permite que o psi-
cólogo observe se o indivíduo está qualificado para dirigir ou se ele pode
provocar riscos para si e para os outros. Por isso, a avaliação psicológi-
ca faz parte dos exames do candidato à habilitação. É uma exigência do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN), regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) e
fiscalizada pelos Conselhos Regionais de Psicologia (CRP), pois é uma ati-
vidade exclusiva dos psicólogos.
A Resolução nº 007, de 29 de junho de 2009, do Conselho Federal
de Psicologia (CFP) institui normas e procedimentos para a avaliação psi-
cológica no que se refere ao trânsito e define as habilidades mínimas que
um candidato à CNH e Condutor de veículos automotores deve ter.
Conforme a Resolução 007/2009, existem basicamente dois tipos de
condutores: um que utiliza o veículo automotor para atividade remunera-
da e outro para atividades não remuneradas, e define uma sistematização
mais objetiva das habilidades mínimas desses dois tipos de condutores.
O candidato, independente da atividade, deverá ser capaz de apre-
sentar atenção em seus diferentes tipos, como: atenção difusa; vigilância;
atenção sustentada; atenção concentrada; atenção distribuída, dividida;
atenção alternada que serão analisadas por meio de instrumentos de afe-
rição utilizados pelos psicólogos credenciados.

Atenção é um processo cognitivo pelo qual o inte-


lecto focaliza e seleciona estímulos estabelecendo relação
entre eles. É um processo de extrema importância em algu-
mas áreas como a educação e o trânsito.
• Atenção concentrada: é a habilidade de concentração em um
estímulo, por exemplo: quando estamos dirigindo é importante não
dispersar com estímulos à nossa volta.
• Atenção sustentada é a habilidade de manter o foco durante
uma atividade repetitiva sem se desviar por algum período de tempo.
• Atenção seletiva é a habilidade de selecionar em que presta
atenção evitando distrações como, por exemplo: prestar atenção na
sinalização da via e no ambiente a sua volta sem se ater aos out-doors
e cartazes.
• Atenção Alternada é a habilidade de vir ora um, ora outro fato
com regularidade, como prestar atenção olhando á frente e pelos re-
trovisores sem perder o foco.
• Atenção dividida é a habilidade de responder simultaneamente
a múltiplas tarefas. Como dirigir e atender uma ligação telefônica, di-
rigir ouvindo música ou conversando.

24
As análises consideradas mais importantes na psicologia são as que
procuram demonstrar que determinados conceitos teóricos, como a aten-
ção, está associado a algum fato importante do contexto do trânsito que
se pretende prevenir. Acidentes causados por imprudência é um deles,
bem como reforçar a direção segura, o respeito às leis e a interpretação
de sinais específicos do ambiente de trânsito.
Dessa forma a psicologia contribui ao fazer as análises necessárias
aos dois tipos de candidatos a obtenção da Carteira Nacional de Habilita-
ção.

CONCLUSÃO

Nesta Unidade vimos como a educação e a psicologia, são impor-


tantes subsídios para a sua atuação como instrutor e para a mudança do
quadro crítico de agressividade no trânsito, que já se tornou um problema
social. A estrutura curricular sustentada ou construída com foco nas di-
mensões e níveis do planejamento educacional e nas Resoluções do CON-
TRAN, darão sustentação na elaboração do plano de curso voltado para a
formação dos condutores.

Marque a alternativa correta:


1. O Planejamento de Ensino, segundo Piletti (1997), é desdobrável em três tipos
diferenciados por seu grau de especificidade e o tempo de execução:
I. Planejamento de curso
II. Planejamento de unidade
III. Planejamento de aula
IV. Planejamento de currículo
V. Planejamento de plano diretor

I, II
I,V
II, III
I, II, III
IV, V

2. O planejamento de curso tem as seguintes características:


I. Prever um conjunto de conhecimentos, atitudes e habilidades a ser alcançado
por uma turma ao longo de todo o curso;
II. Dá a oportunidade de adaptar o currículo à realidade da classe;
III. Dá a oportunidade de organizar o curso em disciplinas;

25
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

IV. Facilita na adequação das matérias ao número de aulas disponíveis.


V. Detalha as unidades do curso de forma específica

a) I, II
b) I,V
c) II, III
d) I, II, III. IV
e) IV, V

3. O planejamento de Unidade já detalha de forma mais específica:


I. A atuação do professor/instrutor em sala de aula ou na realização de um pro-
grama de ensino a distância;
II. Faz o detalhamento da disciplina, definindo abordagens de apresentação;
III. Faz o detalhamento do pré-teste; do diálogo com a classe;
IV. Detalha o seu objetivo o tempo de duração o conteúdo, os procedimentos;.
V. Detalha os recursos e avaliação

a) I, II
b) I,V
c) II, III
d) I, II, III. IV
e) Todas estão corretas

4. O planejamento de aula é:
I. A sistematização de todas as atividades que serão realizadas no tempo especí-
fico da aula;
II. Ter o foco no tema central;
III. Prever a interação do aluno com o professor;
IV. Prever os estímulos a fim de motivar os alunos que venham a colaborar com a
aprendizagem.
V. Compreender o perfil de cada aluno

a) I, II
b) I, V
c) II, III
d) I, II, III. IV
e) Todas estão corretas

26
5. Avaliar as características do condutor é fundamental no processo de habilitação
ou renovação da CNH. Essa avaliação permite que o psicólogo observe se o indivíduo:
a) Está qualificado para dirigir ou se ele pode provocar riscos para si e para os
outros
b) Conhece as normas de circulação
c) Sabe fazer a revisão diária do veículo
d) Sabe dirigir
e) Tem conduta adequada

27
UNIDADE
3 LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
APRESENTAÇÃO

Nesta Unidade de Estudo, a proposta é trazer a você um estudo de


caso referente à legislação de trânsito, para que você consiga relacionar
os vários aspectos da legislação em situações práticas.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:


• Identificar a importância dos principais órgãos do Sistema Nacio-
nal de Trânsito;
• Avaliar como se dá as convenções e Acordos Internacionais sobre
a Regulamentação Básica Unificada de Trânsito;
• Aplicar os conhecimentos sobre a Legislação de Trânsito;
• Explicar os conceitos sobre infração e penalidades.

INTRODUÇÃO

O Sistema Nacional de Trânsito é o composto por órgãos e entida-


des da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem
por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração,
normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação,
habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação
do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de
recursos e aplicação de penalidades, todas as suas ações são fundamen-
tadas pelo Código de Trânsito Brasileiro- Lei n. 9.503, de 23 de setembro
de 1997.

1. Código de Trânsito Brasileiro: Sistema Nacional de


Trânsito e Órgãos Executivos, Normativos e Consultivos

A gestão do trânsito brasileiro é responsabilidade de um amplo con-


junto de órgãos e entidades, devendo os mesmos estar em constante in-
tegração, dentro da gestão federativa, para efetiva aplicação do CTB e
cumprimento da Política Nacional de Trânsito. É importante destacar que
o Ministério das Cidades é o coordenador máximo do Sistema Nacional
de Trânsito (SNT), a ele está vinculado o Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN) e subordinado o Departamento Nacional de Trânsito (DENA-
TRAN). Cabe ao Ministério presidir o Conselho das Cidades e participar da
Câmara Interministerial de Trânsito que é constituída por dez ministérios
tendo como objetivo harmonizar os respectivos orçamentos destinados
às questões de trânsito.

31
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

O SNT faz a gestão além do Código Brasileiro de Trânsito, das Legis-


lações complementares e de diversas Convenções que foram assinadas
pelo Brasil dentre elas podemos destacar a Convenção do Tráfego Viário
de Viena, à qual o Brasil aderiu por meio do Decreto 86.714, de 10 de de-
zembro de 1981. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/
d86714.htm nesta convenção encontram-se conceitos importantes que
valem a pena ser conferidos.

Existem outros importantes Acordos, Resoluções e Deci-


sões para a facilitação dos transportes firmados no âmbito
do Cone Sul e do MERCOSUL. Vale à pena pesquisar. Você
pode conferir e utilizar as informações durante suas aulas
acessando o site:
http://www.geipot.gov.br/integracao/mercosul/acormer1N.htm

Agora que já conhecemos como funciona o Sistema Nacional de


Trânsito, vamos nos dedicar a Legislação e conduta no trânsito por meio
de um estudo de caso.

2. Legislação e conduta no trânsito

O texto a seguir deve ser um instrumento que potencialize


os conhecimentos sobre a legislação e conduta no trânsito
e sirva de oportunidade para reflexão. Indica atitudes toma-
das por um grupo de amigos ao realizar uma viagem, onde
durante o trajeto cometem diversas infrações de trânsito.
Após leitura passaremos à analise e debate das questões.

32
O texto a seguir deve ser um instrumento que potencialize os conhe-
cimentos sobre a legislação e conduta no trânsito e sirva de oportuni-
dade para reflexão. Indica atitudes tomadas por um grupo de amigos
ao realizar uma viagem, onde durante o trajeto cometem diversas in-
frações de trânsito. Após leitura passaremos à analise e debate das
questões.
Uma turma com treze amigos programou uma curta viagem a
uma cidade próxima de Brasília, onde estaria acontecendo um fes-
tival de cervejas artesanais, durante o final de semana. Marcos, 20
anos, com habilitação categoria B, ofereceu o veículo do seu pai para
o transporte da turma. O veículo, uma Van, comportava doze pessoas
com o motorista, portanto ao se acomodar provavelmente uma pes-
soa não usaria o cinto de segurança. Com lotação acima do permitido,
pegaram a estrada. Marcos estava na direção.
Na altura da cidade de Girassol, encontraram outros amigos e
resolveram bater um -peguinha- para animar a viagem. Com uma ve-
locidade de 120 Km/h, rapidamente chegaram à cidade de Corumbá.
No trevo entre Corumbá e Pirenópolis, havia acontecido um aci-
dente. Marcos parou e conferiram que não existia vítimas, os amigos
ajudaram a retirar os veículos da via para evitar outros acidentes e
retomaram a viagem.
Chegaram, enfim, à cidade de Pirenópolis, que estava lotada.
Não havia lugar para estacionar. O condutor descobriu uma vaga em
uma esquina movimentada e lá estacionou, mantendo uma distância
superior a 50cm do meio fio e atrapalhando o trânsito.
Todos estavam felizes, experimentaram várias cervejas e já can-
sados foram procurar um hotel. Nenhum deles estava em condições
de dirigir, Marcos passou o volante para um amigo que também havia
ultrapassado o limite alcoólico. Alguns deles compraram sanduíches e
as embalagens jogaram pela janela da van.
No retorno da viagem, ninguém se lembrou de abastecer o ve-
ículo, que ficou parado na estrada, próximo a um posto de gasolina.
Não demoraram muito a resolver o problema, mas causaram um pe-
queno congestionamento.
Apesar de felizes com a viagem de o final de semana, a turma
durante vários momentos desrespeitou a legislação de trânsito.
Diante dos fatos relatados, reflita sobre as questões a seguir,
relacionadas ao estudo de caso apontando o fundamento legal.
a) De acordo com a legislação de trânsito, Marcos poderia estar
dirigindo um veículo de transporte de passageiros para doze
lugares?
b) Poderia ter levado passageiro sem uso de cinto de segurança?
c) O condutor do veículo respeitou a velocidade máxima permi-
tida nas rodovias?
d) O Condutor poderia bater peguinha?

33
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

e) Quanto ao descarte de resíduos, o que a legislação prevê?


f) O Condutor parou no local do acidente e ajudou com a retira-
da do veículo da via, ele agiu corretamente?
g) É permitido estacionar na esquina e a mais de 50 cm do
meio fio?
h) O condutor poderia conduzir o veículo após o consumo de
bebida alcoólica ou passar a direção para pessoa alcoolizada?
i) É permitido parar o veículo na via por falta de combustível?

Vamos analisar cada uma das questões acima relembrando a legis-


lação de trânsito e regras de circulação e conduta, assim como as infra-
ções cometidas.
a) De acordo com a legislação de trânsito, Marcos poderia estar
dirigindo um veículo de transporte de passageiros para doze lugares?
Com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria B, Mar-
cos tinha permissão para conduzir veículos automotores e elétricos de
quatro rodas com peso bruto total de até 3.500 kg, cuja lotação não exce-
da a oito lugares, excluindo o motorista, art. 143 CTB.
O art. 162 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – determina que
dirigir um veículo com CNH de categoria diferente da categoria exigida
para o veículo que esteja conduzindo é infração – gravíssima;
Penalidade — multa (três vezes) o valor da Unidade Fiscal de Refe-
rência (UFIR),e apreensão do veículo; medida administrativa de recolhi-
mento do documento de habilitação;

Confira o valor da multa pela tabela de infrações disponível


no site:
http://www.detran.pr.gov.br/arquivos/File/infracoesdetran-
sito/tabeladeinfracoesepenalidades.pdf

No caso do transporte de passageiros em um veículo com capaci-


dade para 12 passageiros, a categoria correta é a D, que inclui os veículos
automotores e elétricos utilizados no transporte de passageiros cuja lo-
tação exceda a oito lugares, e também todos os veículos abrangidos na
categoria B e C.
Para a obtenção da categoria D, a legislação determina idade míni-
ma 21 anos; estar habilitado no mínimo há dois anos na categoria B ou no
mínimo há um ano na categoria C; não ter cometido nenhuma infração
grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infrações médias durante os
últimos 12 meses e fazer o curso específico para o transporte de passa-
geiros.

34
Tendo cometido algumas dessas infrações citadas, o condutor terá
sua permissão cassada e deverá reiniciar todo o processo de habilitação.

b) Poderia ter levado passageiro sem uso de cinto de segurança?


O art. 167 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, define que deixar o condutor ou passageiro de
usar o cinto de segurança, conforme previsto no art. 65 é Infração – grave
com penalidade de multa e medida administrativa de retenção do veículo
até colocação do cinto pelo infrator.
O veículo deve estar equipado com cinto de segurança para todos
os passageiros.

c) O condutor do veículo respeitou a velocidade máxima permitida


nas rodovias?
Em relação às velocidades, máxima e mínima, das vias a regulamen-
tação está nos arts. 61 e 62 da Lei nº 9.503/1997 CTB, e o condutor pode
ser penalizado por transitar em velocidade inferior ou acima da permitida.
Marcos, o condutor citado no estudo de caso, estava trafegando em
uma rodovia, com um veículo de transporte para 12 passageiros − este se
configura como um micro-ônibus–chegando a alcançar uma velocidade de
120 km/h, tendo ultrapassado, assim, a velocidade permitida. As velocida-
des máximas permitidas nas estradas são:
• Automóveis, camionete e motocicletas – 110 km/h.
• Ônibus e micro-ônibus – 90 km/h.
• Demais veículos − 80 km/h.
Lembre-se que a velocidade máxima permitida para a via será indi-
cada por meio de sinalização, obedecidas às características técnicas e as
condições de trânsito. Onde não existir sinalização regulamentadora, a
velocidade máxima nas vias urbanas será de:
O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição
sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades
superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no parágrafo anterior.
Para os veículos que transportam mais de 10 passageiros é obriga-
tória a instalação do tacógrafo, aparelho de controle de velocidade.

Lembre-se de que a velocidade mínima não poderá ser in-


ferior à metade da velocidade máxima estabelecida, respei-
tadas as condições operacionais de trânsito e da via.

d) O Condutor poderia bater “peguinha”?


O art. 173. Da  Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsi-
to Brasileiro, foi alterada pela Lei 12.971, de 2014, e define a infração para
disputar corridas passando a vigorar como Infração gravíssima, a penali-
dade é multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do
veículo. A medida administrativa aplicada é o recolhimento do documento
de habilitação e remoção do veículo. Havendo reincidência no período de
12 (doze) meses da infração anterior aplica-se em dobro a multa prevista.
35
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

e) Quanto ao descarte de resíduos, o que a legislação prevê?


Em relação aos resíduos, é necessário manter as vias sempre limpas
e em condições de uso. Por isso, nenhum condutor ou passageiro deve
jogar lixo ou outros objetos pela janela do carro, deve recolher o lixo e
descartá-lo em local apropriado. Atirar do veículo ou abandonar na via ob-
jetos ou substâncias é infração média, com penalidade de multa, prevista
no art. 172 do CTB.

f) O Condutor parou no local do acidente e ajudou com a retirada


do veículo da via, ele agiu corretamente?
O condutor agiu corretamente. Não havendo vítimas é necessário
remover o veículo do local, quando necessária tal medida para assegurar
a segurança e a fluidez do trânsito: Para o condutor que não remover o
veículo o art. 178 do CTB, prevê: Infração média e multa como penalidade.

g) É permitido estacionar na esquina e a mais de 50 cm do meio fio?


Para o condutor que estaciona o veículo nas esquinas e a menos de
cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal: o art. 181do CTB,
prevê: Infração – média com penalidade de multa e medida administrativa
de remoção do veículo.
Se estiver afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinquenta cen-
tímetros a um metro a Infração é leve e tem como penalidade a aplicação
de multa;

h) O condutor poderia conduzir o veículo após o consumo de bebi-


da alcoólica, ou passar a direção para pessoa alcoolizada?
O art. 165 do CTB determina que dirigir sob a influência de álcool ou
de qualquer outra substância psicoativa que provoque dependência é in-
fração gravíssima. A Lei nº 11.705, de 2008, altera dispositivos da Lei no 9.503,
de 23 de setembro de 1997
, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, com a finalida-
de de estabelecer alcoolemia 0 (zero) e de impor penalidades mais severas
para o condutor que dirigir sob a influência do álcool. A partir de então a
penalidade é - multa (dez vezes), e suspensão do direito de dirigir por 12
(doze) meses. A medida administrativa será o recolhimento do documento
de habilitação e retenção do veículo.
No caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses, aplica-se
em dobro a multa prevista.
Confiar ou entregar a direção de veículo à pessoa que, mesmo ha-
bilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições de
dirigi-lo com segurança conforme o art. 166. Lei no 9.503, de 23 de setembro
de 1997,é Infração – gravíssima e a penalidade é multa.

i) É permitido parar o veículo na via por falta de combustível?


Não é permitido ter seu veículo imobilizado na via por falta de com-
bustível o Art. 180 do CTB determina que a Infração seja média e a penali-
dade aplicada é multa com medida administrativa de remoção do veículo.

36
Só é possível uma transformação profunda da educação para o trân-
sito quando a sociedade estiver atenta a essas questões. Neste estudo de
caso deparamos com uma turma de jovens desprovidos dos conhecimen-
tos necessários para uma boa conduta no trânsito.

CONCLUSÃO

Nesta Unidade tivemos a oportunidade de conhecer o Sistema Na-


cional de Trânsito, parte da Legislação e conceitos para o entendimento
sobre infrações e penalidades. Lembre-se que você deve aprofundar seus
conhecimentos de diversas outras infrações que devem ser estudadas du-
rante suas aulas.

1. Qual o órgão que é o coordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito –


SNT?
a) Ministério das Cidades; a ele está vinculado o Conselho Nacional de Trânsito -
CONTRAN e subordinado o Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN.
b) Ministério do Meio Ambiente;
c) CONTRAN
d) DENATRAN
e) DETRANs

37
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

2. Para a obtenção da categoria D, a legislação determina:


a) Idade mínima de 25 anos;
b) Estar habilitado no mínimo há quatro anos na categoria B ou no mínimo há
dois anos na categoria C;
c) Não ter cometido nenhuma infração grave ou gravíssima,
d) Ser reincidente em infrações médias durante os últimos 12 meses
e) Fazer o curso de Instrutor de Trânsito

3. Em relação aos resíduos, é necessário manter as vias sempre limpas e em con-


dições de uso. Por isso, nenhum condutor ou passageiro deve jogar lixo ou outros ob-
jetos pela janela do carro, deve recolher o lixo e descartá-lo em local apropriado. Atirar
do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias é:
a) Infração média, com penalidade de multa, (art. 172 do CTB)
b) Advertência por escrito.
c) Suspensão do direito de dirigir.
d) Apreensão do direito de dirigir.
e) Cassação do direito de dirigir

4. Marque a velocidade máxima correta que é permitida nas estradas:


a) Automóveis, camionete e motocicletas – 110 km/h.
b) Ônibus e micro-ônibus – 120 km/h.
c) Demais veículos – 100 km/h.
d) Automóveis, camionete e motocicletas – 120 km/h.
e) Ônibus e micro-ônibus – 100 km/h.

5. Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima nas vias


urbanas será de:
a) Oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) Cinquenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) Sessenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) Setenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
e) Setenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;

38
UNIDADE
4 DIREÇÃO DEFENSIVA,
PRIMEIROS SOCORROS E
RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
APRESENTAÇÃO

Não podemos falar em trânsito seguro sem falar sobre direção de-
fensiva e as normas de circulação e conduta. A postura no trânsito dei-
xa transparecer quem somos. Durante as aulas práticas, acompanhe os
alunos passo-a-passo. Oriente-os sobre a correta conduta esperada pela
sociedade.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:


• Conhecer a postura defensiva exigida pelo CTB.
• Aplicar as normas de circulação e conduta.
• Saber como atuar em caso de acidente.
• Entender os programas de preservação do meio ambiente volta-
dos para o trânsito.

INTRODUÇÃO

A direção defensiva é uma postura que o condutor adota ao dirigir


de maneira segura. Sempre atento, percebe o seu próprio comportamento
e o dos outros condutores. O condutor seguro é um cidadão responsável!
Sua preocupação ultrapassa a garantia da sua segurança, busca a harmo-
nia no trânsito e jamais conduz em situação de risco.

1. Definição e elementos da direção defensiva

Direção defensiva é dirigir de maneira correta dentro dos princípios


definidos de respeito à legislação. Sempre atento às condições adversas e
às ações que antecedem a tomada de decisão.

São cinco os elementos que devem ser adotados para se


ter uma conduta segura e defensiva são eles: conhecimen-
to, atenção, previsão, decisão e habilidades.

a) Conhecimento: É importante conhecer as condições das vias, a


sinalização; reparar se há escolas, pontos de ônibus, hospitais, que
tipo de pedestre frequenta ou cruza a via, bem como a presença de
crianças, idosos, ciclistas e motociclistas.
41
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

b) Atenção: O condutor deve permanecer consciente de suas atitu-


des e em constante estado de alerta, durante todo o tempo em que
se encontrar ao volante, reparando nas luzes, placas de sinalização,
no movimento dos pedestres, uma bola que corre, pisca alerta,
semáforos.
c) Previsão: a previsão pode ser mediata ou imediata. A mediata
refere-se às atitudes que precisa tomar antevendo problemas que
possam vir a ocorrer como, por exemplo, a manutenção do veículo.
Já a imediata é aquela em que você vê uma bola rolando já imagina
que pode aparecer uma criança; um ônibus parou e pode ter um
passageiro que de repente atravessa a via.
É importante que ao ministrar sua aula transmita aos alunos à im-
portância de revisar o carro antes de sair e, de certificar-se de estar por-
tando os seus documentos e do veículo.

d) Decisão: É a capacidade de decidir qualquer ação durante o mo-


mento de dirigir. Ao reconhecer um perigo imediato a sua frente, o
condutor terá que tomar uma decisão a tempo de evitar um aciden-
te.
e) Habilidade: É saber utilizar os equipamentos do veículo na hora
oportuna, é saber dirigir, realizar as manobras com segurança. A
habilidade não está relacionada a risco ou a tentativa de manobras
arriscadas.
É exigência para evitar acidentes, trafegar considerando as condi-
ções adversas que podem prejudicar a direção.

2. Condições adversas do meio ambiente e da via

As condições adversas são aquelas que podem prejudicar a condu-


ção do veículo e provocar acidentes, são elas: a luz, o tempo, as vias, o
trânsito, o veículo e principalmente o condutor.

42
Condição adversa de luz - A falta ou excesso de luz atra-
palha a condução do veículo. O excesso, tanto natural quan-
to artificial, provoca ofuscamentos distorcendo a visão.
Cuide ao cruzar com outro veículo na estrada. Abaixe os
faróis.
A falta de iluminação nas estradas e rodovias, assim como os faróis
com defeito, mal regulados, ou que não funcionam, impedem o condu-
tor de perceber situações de risco, tais como: buracos na pista, desvio,
acostamento em desnível, ponte interditada, etc. Para evitar proble-
mas dessa natureza você deve ensinar os alunos a realizarem revisões
periodicamente.

Condição adversa de Tempo: chuva, neblina ou cerração, fumaça, gra-


nizo, neve, entre outros. Assim que iniciarem os primeiros pingos de
chuva diminua a velocidade e redobre sua atenção. Ligue os limpado-
res de para-brisas, o desembaçador, as luzes de posição ou os faróis
baixos e aumente a distância para os demais veículos.

a) Durante a neblina ou cerração ligue os faróis baixos (nunca


utilize os faróis altos). Se tiver, ligue os faróis de neblina; diminua
a velocidade de forma gradual. Se não houver condições de visi-
bilidade para prosseguir a viagem, procure um lugar seguro para
parar, mantendo as luzes de posição ligadas.
b) Fumaça: feche os vidros do veículo, ligue a luz baixa, diminua a
velocidade e evite parar na via.
c) Granizo: o melhor a fazer é procurar um lugar seguro e parar o
veículo.

Condição adversa de via: curvas, desvios, subidas e descidas; pavi-


mentação inadequada; largura da pista; desníveis; acostamento; trechos
escorregadios; buracos; obras na pista, quantidade de veículos. Conhe-
cendo as reais condições da via é mais fácil lidar com as condições adver-
sas e tomar os cuidados indispensáveis à segurança.

Condição adversa de Trânsito: refere-se à presença de pedestres, ve-


ículos, animais, etc. na via, e também em determinadas ocasiões festivas
que aumentam o movimento nas vias, ou locais e horários onde o movimen-
to é mais intenso. As condições de trânsito mudam devido à presença de
maquinários agrícolas, carroças, animais, ônibus de excursão, caminhões
de transporte, etc., tornando o trânsito mais lento e mais difícil.

Veículo – o veículo deve estar em condições de reagir instantanea-


mente aos comandos, para tanto, as revisões periódicas devem ser reali-
zadas mantendo o veículo em boas condições de uso. São muitas as con-
dições adversas causadas por um veículo defeituoso, podemos destacar
43
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

as principais: pneus gastos; limpadores de para-brisa com defeito; freios


desregulados; falta de buzina; sistema de suspensão com problemas;
lâmpadas queimadas; espelhos retrovisores deficientes; defeito nos equi-
pamentos obrigatórios; cinto de segurança defeituoso e aquaplanagem
ou hidroplanagem que ocorre quando os pneus perdem o contato com a
pista ao passar em poças d’água, sendo sempre mais fácil de acontecer
se os pneus estiverem lisos (carecas) e o veículo com velocidade alta ou
comprometimentos no sistema de suspensão. Nestes casos, mantenha a
posição do volante como estava, e apenas solte o pé do acelerador, o ve-
ículo retoma a condição ideal quase de imediato. Lembre-se que nessa
condição nunca deve ser usado o freio.

Condição adversa do condutor: O condutor é a peça fundamental


no trânsito, por esse motivo é importante observar se está física e men-
talmente em condições de dirigir o veículo. Existem muitas condições ad-
versas do condutor, sendo as mais comuns:
a) Físicas: fadiga; sono, álcool, drogas, remédios, alimentação, visão
ou audição deficiente; perturbações físicas (dores ou doenças). Ao
Sentir-se indisposto, cansado, com dores, o condutor deve procurar
auxílio médico e evitar dirigir.
b) Se a perturbação for emocional: Estresse, traumas, emoções for-
tes, irritação, desespero, mau humor, preocupações; medo, insegu-
rança, inabilidade, morte na família, notícias ruins e/ou problemas,
consiga alguém para dirigir no seu lugar, faça uso do transporte
coletivo ou táxi, é mais seguro para o condutor e para os outros.
O condutor alcoolizado costuma ter comportamentos nocivos no
trânsito como: manobras arriscadas; excesso de velocidade; erro por ava-
liações incorretas das distâncias; erros por reações fora do tempo; erros
por problemas de visão, ocasionando desvios da direção; perda de contro-
le da situação.

44
Agora que já relembramos conceitos e atuação de uma di-
reção segura procure no Capítulo III o CTB (BRASIL, 1997)
as Normas Gerais de Circulação e Conduta para maior apro-
fundamento, em seguida, vamos dar continuidade repas-
sando como se dá a atuação em caso de acidente.

3. Noções de primeiros socorros

As lesões causadas pelo trânsito representam a principal causa de


morte por causas externas. Como vimos na primeira Unidade, a cada ano, 1,3
milhão de homens, mulheres e crianças, de todo o mundo, perdem suas vidas
em decorrência de colisões ocorridas no trânsito. Outras centenas de milha-
res de pessoas ficam feridas, com algumas delas se tornando permanente-
mente incapacitadas. A capacitação de pessoas para atender aos primeiros
socorros é um importante componente para auxiliar nos esforços voltados à
prevenção e a intervenção nas lesões causadas pelo trânsito. Para facilitar
nossos estudos com relação ao atendimento de primeiros socorros, apresen-
taremos um estudo de caso hipotético relacionado ao assunto. Em seguida
será possível fazer uma reflexão sobre as questões abordadas.

Uma batida envolvendo quatro carros deixou cinco pessoas


feridas e uma morta na Região Leste de Belo Horizonte, na ma-
nhã desta quarta-feira. De acordo com o Corpo de Bombeiros,
o carro de João da Silva se acidentou com o carro de Paulo
Moreira que avançou o sinal, no cruzamento das ruas Álvares
Maciel e Maranhão, atrás do Hospital da Santa Casa, no Bairro Santa Efi-
gênia. Logo após o acidente, Miguel Carvalho, estacionou no acostamento
para ajudar as pessoas que haviam se acidentado e deixou sua esposa no
carro aguardando. O motorista Carlos Reis que passava pelo local tentou
desviar do acidente e bateu no carro parado de Miguel Carvalho. A pessoa
que aguardava no acostamento e o motorista Carlos Reis ficaram grave-
mente feridos.
De acordo com testemunhas que ligaram para o corpo de bombeiros,
Paulo Moreira entrou em estado de choque e tentou fugir do local. Mo-
reira teve pequenos arranhões na face e nos braços. Ainda segundo os
Bombeiros, houve vazamento de óleo na pista, provocando o risco de
derrapagem, o que obrigou os militares a fecharem o trecho enquanto
aplicavam serragem. A interdição provocou lentidão no tráfego com
reflexo nas vias das regiões Leste e Centro-Sul.
As primeiras informações eram de que algumas pessoas que passavam pelo
local ficaram sem saber como agir e retiraram uma das vítimas do veículo de
Paulo Moreira, que havia morrido no local e tentavam tirar outra vítima do veí-
culo de João da Silva que tinha ficado presa às ferragens. Segundo a corpora-
ção, foi confirmado um óbito, a necessidade de retirada de uma das vítimas das
ferragens e outras três precisaram de atendimento médico de emergência.

45
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Diante dos fatos ocorridos nesse acidente, responda:


a) Qual a primeira atitude que deveria ter Miguel Carvalho, que
parou no acostamento para socorrer as vítimas?
b) Qual deveria ser a primeira atitude das pessoas que se pron-
tificaram a ajudar tendo em vista que os envolvidos estavam em
estado de choque?
c) O condutor que provocou o acidente tentou fugir da cena do
acidente. Se ele realmente houvesse fugido, estaria cometendo
omissão de socorro. De acordo com o art. 304 do Código de Trân-
sito Brasileiro (BRASIL, 1997) qual é penalidade para esse tipo de
crime?
d) Como deveria ter sido feita a avaliação inicial dos acidentados?

Depois de ter refletido sobre o caso, vamos ver as respostas para


cada ocasião.

a) Qual a primeira atitude que deveria ter o condutor do veículo


(C) que parou no acostamento para socorrer as vítimas?
Para evitar que outros acidentes acontecessem, o motorista do car-
ro Miguel Carvalho deveria ter iniciado a sinalização do local para impe-
dir que outros motoristas colidissem com os veículos acidentados. Para
sinalizar o local do acidente é preciso usar o triângulo, o pisca alerta ou
outros meios, como galhos de árvores e lanternas, ou acenar para os ou-
tros veículos utilizando panos.

Importante: deve-se iniciar a sinalização em um ponto


onde os outros motoristas não consigam enxergar o aci-
dente. Isso faz com que eles redobrem a atenção e consi-
gam reduzir a velocidade até o local do acidente.

Se a sinalização tivesse sido feita imediatamente o veículo de Carlos


Reis não teria colidido com o veículo de Miguel carvalho que estava no
acostamento.

b) Qual deveria ser a primeira atitude das pessoas que se pronti-


ficaram a ajudar tendo em vista que o condutor do carro B estava em
estado de choque?
A primeira atitude é verificar se alguém ficou ferido. Havendo feri-
dos em estado grave, não remova as vítimas do local. Isto poderia causar
uma lesão ainda maior. Chame imediatamente a polícia ou os bombeiros
para que seja providenciado o socorro especializado.

46
Telefones de Emergência
PM – 190
PRF – 191
SAMU – 192
BM – 193

Antes da chegada de atendimento médico mantenha a calma. O ide-


al é parar, respirar profundamente, verificar se você ou alguém do veículo
sofreu ferimentos e avaliar a gravidade geral do acidente.
Preocupe-se com sua própria segurança em seguida procure fazer
os procedimentos imediatos e imprescindíveis. Medidas simples podem
influenciar decisivamente na recuperação da vítima, fazendo diferença
entre a vida e a morte dela, ou auxiliando a reduzir sequelas posteriores.
Se você não é um profissional de resgate, precisa saber que o aten-
dimento às vítimas tem limitações. Depois de garantir o básico em segu-
rança e solicitar o socorro, comece a fazer contato com a vítima. Informe
o que está acontecendo, ouça o que ela tem para falar, aceite possíveis re-
clamações e seja solidário, tentando deixá-la o mais confortável possível.
Se perceber que o cinto de segurança está dificultando a respira-
ção da vítima, e somente nesse caso, solte-o sem movimentar o corpo da
pessoa. Segure a cabeça da vítima, impedindo a movimentação até que o
socorro profissional chegue ao local. Verifique se a vítima está consciente
ou não. Se não estiver, é importante avisar para o serviço de socorro.
Um atendimento de emergência inadequado pode comprometer
ainda mais a saúde da vítima. A insegurança no atendimento pode resul-
tar em uma vítima a mais no cenário: você mesmo.
No caso de acidente com vítima não altere a posição dos veículos
envolvidos e oriente aos demais a não fazê-lo também.

c) O condutor que provocou o acidente tentou fugir da cena do


acidente. Se ele realmente houvesse fugido, estaria cometendo omissão
de socorro. De acordo com o art. 304 do Código de Trânsito Brasileiro
(qual é penalidade para esse tipo de crime?
A pessoa, causadora de acidente com vítimas, não deve fugir do
local, pois isso só agravará sua situação, salvo risco de linchamento ou
de sua integridade, nesse caso procure um local seguro mais próximo e
então comunique o fato ao 190, 191, 192 ou 193 e solicite uma ambulância.
O art. 304, do Código de Trânsito Brasileiro – CTB (afirma que a
omissão de socorro acontece quando o condutor deixa de prestar imedia-
to socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa,
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública. Nestes casos as penas
são de detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não consti-
tuir elemento de crime mais grave. Essa pena pode aumentar quando a
vítima vem a falecer.
47
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

d) Como deveria ter sido feita a avaliação inicial dos acidentados?


Existem critérios internacionais para avaliar a condição da vítima e
para prestar o atendimento de primeiros socorros. É imprescindível verifi-
car os sinais vitais de respiração e batimento cardíaco.
A avaliação da respiração deve ser feito da seguinte forma: ajoelha-
do ao lado da vítima, coloque uma das mãos na testa dela e a outra sobre
o ombro contrário ao seu corpo e conte a respiração durante um minuto.
Para conferir se a respiração está dentro da normalidade, utilize a
tabela abaixo.

Tabela. Sinais vitais

Respiração Normalidade
Adulto 15 a 20 MRPM
Criança 20 a 25 MRPM
Bebê 25 a 30 MRPM
MRPM – Movimento Respiratório por Minuto.
Fonte: http://aenfermagem.com.br/procedimentos/sinais-vitais/

Seguindo os procedimentos, confira o batimento cardíaco. Coloque


os dedos, indicador e médio, no centro do pescoço da vítima, em seguida,
deslize os dedos lateralmente entre a parte central do pescoço e o múscu-
lo dele e conte os batimentos cardíacos durante um minuto.
Tabela. Batimento Cardíaco

Circulação Normalidade
Adulto 60 a 100 BPM
Criança 100 a 120 BPM
Bebê 120 a 140 BPM
BPM – Batimento por Minuto.
Fonte:http://aenfermagem.com.br/procedimentos/sinais-vitais/

4. Noções de medicina de tráfego

Medicina de tráfego trata das questões de saúde que ocorrem nas


vias públicas. Propõe-se a estudar as causas de acidentes de tráfego a fim
de evitá-los ou minimizar suas consequências. Ela também contribui com
propostas de Lei e mudança de conduta dos usuários das vias. Os médi-
cos que atuam nessa especialidade realizam os exames de aptidão física e
mental dos condutores ou candidatos.

48
Pesquise sobre a atuação da Associação Brasileira de Me-
dicina de Tráfego (ABRAMET), você vai encontrar diversos
estudos específicos para desenvolver em sala de aula. Dis-
ponível em:
http://www.abramet.com.br/conteudos/medicina_de_trafego/o_
que_e_medicina_de_trafego/
Conheça também o Manual de Prevenção de Lesões causadas pelo
Trânsito OMS 2011.

5. Noções de meio ambiente

O art. 225 da Constituição Federal de 1988, dispõe sobre o direito de


todos os brasileiros ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, essen-
cial à sadia qualidade de vida. Também fala sobre o dever do poder públi-
co e de toda a coletividade de defendê-lo e preservá-lo para às presentes
e futuras gerações.
O CTB art. 1º § 5º faz referência à defesa do meio ambiente: “Os
órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trân-
sito darão prioridade em suas ações à defesa da vida, nela incluída a pre-
servação da saúde e do meio-ambiente”.
Na área de trânsito diversos programas foram instituídos em defesa
do meio ambiente, pode-se destacar o Programa de Controle de Poluição
do Ar por Veículos Automotores (Proconve) e o Programa de Controle da
Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares (Promot). Por meio
desses programas, é possível identificar normas que todos os veículos au-
tomotores devem seguir, para o controle da poluição.
O Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automoto-
res (Proconve) foi criado pela Resolução Conama nº 18, de 6 de maio de
1986, coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recur-
sos Naturais Renováveis (IBAMA). O Programa define os limites de po-
luentes de origem veicular, objetivando contribuir para o atendimento aos
Padrões de Qualidade do Ar instituídos pelo PRONAR e cumpre a Lei nº
8.723 em 28 de outubro de 1993, que obriga reduzir os níveis de emissão
dos poluentes de origem veicular.
A Resolução nº 427 do CONTRAN dispõe em seu Art. 5º ”Será apli-
cada a penalidade disposta no artigo 231 do CTB, inciso III, aos veículos
cujos índices ultrapassarem os limites máximos toleráveis de emissões de
gases e poluentes estabelecidos pelo CONAMA. Art. 6º Nos casos de exis-
tência de irregularidades no veículo que impeçam a medição da emissão
dos gases de escapamento e poluentes na forma determinada pelo CONA-
MA, a autuação será feita com base nos dispositivos aplicáveis do CTB”.

49
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

CONCLUSÃO

Esta Unidade apresentou principais tópicos de circulação e conduta,


noções de primeiros socorros, medicina de tráfego e impacto do trânsito
no meio ambiente. É possível que outros específicos, precisem ser adicio-
nados em certos contextos locais. Ao rever tais assuntos, busque introdu-
zir experiências para tornar suas aulas significativas, considerando, por
exemplo, as implicações das colisões no trânsito.

1. São cinco os elementos conhecidos como aqueles que devem ser adotados para
se ter uma conduta segura e defensiva são eles:
a) Conhecimento, atenção, previsão, decisão e habilidades
b) Atenção, distração, humor, adaptação, audição
c) Previsão, visão, alegria, decisão e habilidades
d) Decisão, habilidades, distração, humor e conhecimento
e) Habilidades, Harmonia, respeito, integridade e atenção.

2. As condições adversas são muitas. Elas podem prejudicar a condução do veículo,


bem como provocar acidentes. Dentre elas podemos destacar:
I. A luz
II. O tempo
III. As vias, o trânsito
IV. O veículo
V. O condutor
a) I, II
b) II, III, IV
c) II, IV, V
d) I, II, III
e) Todas estão corretas

3. Existem muitas condições adversas do condutor, sendo as mais comuns:


I. Fadiga; sono, álcool, drogas, remédios e alimentação
II. Visão ou audição deficiente
III. Perturbações físicas (dores ou doenças)
IV. Perturbações mentais, estresse, traumas,
V. Emoções fortes, irritação, desespero, mau humor, preocupações e medo.

50
a) I, II
b) II, III,
c) II, IV,
d) I, II, III
e) Todas estão corretas

4. Qual a conduta que deve ser adotada pela pessoa causadora de acidente com
vítimas?
a) Procure um local seguro mais próximo e então comunique o fato, usando os
números de emergência, e solicite uma ambulância.
b) Tente se explicar para as pessoas que se aproximam
c) Ligue para seu advogado
d) Ligue para sua seguradora
e) Todas estão corretas

5. O condutor que provocou o acidente tentou fugir da cena do acidente. Se ele


realmente tivesse fugido, estaria cometendo omissão de socorro. De acordo com o art.
304 do Código de Trânsito Brasileiro qual é penalidade para esse tipo de crime?
a) Penas de detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir
elemento de crime mais grave
b) Penas de detenção, de dois anos
c) Penas de detenção, de três dias
d) Penas de detenção, de quatro meses a um ano
e) Penas de detenção, de seis meses a quatro anos

51
UNIDADE
5 PRÁTICA DE DIREÇÃO
VEICULAR E DE ENSINO
SUPERVISIONADO
APRESENTAÇÃO

Prezado aluno, nesta Unidade você dará continuidade aos conheci-


mentos sobre a prática de direção veicular considerando os equipamen-
tos de uso obrigatórios à sinalização. Esses conhecimentos são essenciais
para o profissional que está envolvido com a Educação no Trânsito. Você
também terá a oportunidade de conhecer instrumentos úteis para suas
aulas exigidas pelo CONTRAN em relação a observação e relato das aulas
práticas. Veremos também o detalhamento de um plano de aula.

OBJETIVOS

Os objetivos desta unidade são:


• Apresentar os equipamentos obrigatórios e as exigências quanto
ao uso;
• Entender os Manuais de Sinalização do Trânsito.
• Utilizar instrumentos de planejamento das aulas de observação e
relatórios de acompanhamento da evolução dos alunos.

INTRODUÇÃO

O Código de Trânsito Brasileiro e as Resoluções que o complementa


são as principais fontes de informação para o cumprimento dos objetivos
de ensinar o novo condutor.

Nas aulas práticas de direção em simuladores é importan-


te conferir os procedimentos definidos na Resolução CON-
TRAN Nº 543, de 15 de julho de 2015, que em seu Art. 1º
Altera o Art. 13 da Resolução CONTRAN Nº 168, de 14 de
dezembro de 2004, com a redação dada pela Resolução CONTRAN
Nº 493, de 05 de junho de 2014, e passa a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 13. O candidato à obtenção da ACC, da CNH, adição ou mudança
de categoria, somente poderá prestar Exame de Prática de Direção
Veicular depois de cumprida a seguinte carga horária de aulas práti-
cas:
I - obtenção da ACC: mínimo de 20 (vinte) horas/aula, das quais 04
(quatro) no período noturno;
II - obtenção da CNH na categoria “A”: mínimo de 20 (vinte) horas/
aula, das quais 04 (quatro) no período noturno;
III - adição da CNH na categoria “A”: mínimo de 15 (quinze) horas/aula,
das quais 03 (três) no período noturno;

55
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

IV - obtenção da CNH na categoria “B”: mínimo de 25 (vinte e cinco)


horas/aula, distribuídas na seguinte conformidade:

a) 20 (vinte) horas/aula em veículo de aprendizagem, das quais 04


(quatro) no período noturno;
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, das quais 1
(uma) com conteúdo noturno.

As aulas em simuladores de direção veicular, diurna e noturna, de-


vem ser realizadas após a conclusão das aulas teóricas e devem seguir
os procedimentos respeitando o conteúdo determinado na Resolução
543/15, que em seu Art. 3º, define a nova estrutura curricular do processo
de aprendizagem e demais exigências que deverão ser implantadas até 31
de dezembro de 2015. Enquanto não implantada a nova estrutura curri-
cular e demais exigências previstas na Resolução 543/15, prevalecerão às
regras dispostas na Resolução CONTRAN nº 493/14, que alterou a Resolu-
ção CONTRAN nº 168/04.
A estrutura curricular básica deve ser respeitada e detalhada no
plano de curso considerando os conteúdos e a distribuição da carga ho-
rária.

1. Equipamentos de uso obrigatório do veículo e sua utili-


zação

Os equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros são esta-


belecidos por Resoluções do CONTRAN. Vamos citar os principais para
relembrar sua importância para um trânsito mais seguro. São eles:
Cinto de segurança: De acordo com regulamentação específica do
CONTRAN (exceto para passageiros de transportes coletivos).
Tacógrafo: é um equipamento que registra instantaneamente a ve-
locidade e o tempo de um veículo, sendo destinado aos veículos de trans-
porte, como de condução escolar, de transporte de passageiros com mais
de dez lugares e de transporte de carga com peso bruto total superior a
4.536 kg.
Encosto de cabeça: É obrigatório para todos os tipos de veículos au-
tomotores, conforme determinações do CONTRAN.
O Extintor de Incêndio, antes obrigatório, passa a ser facultativos
para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e triciclos de
cabine fechada. Conforme dispõe a para Resolução nº 556, de 17 de setem-
bro de 2015. É obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão,
caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte
de produtos inflamáveis, líquidos, gasosos e para todo veículo utilizado no
transporte coletivo de passageiros.

56
Air bag e sistema ABS e CBS: Tornaram-se itens obrigatórios para
veículos no Brasil, conforme as Resoluções nº 311, 312 e 394 do CONTRAN,
que citam que todos os veículos novos saídos de fábrica a partir de 2014,
nacionais e importados, deverão ter freios ABS e air bags frontais para o
motorista e passageiro do assento dianteiro.

Pesquise na Resolução nº 14/1998, os equipamentos obri-


gatórios para veículos automotores e ônibus elétrico.
O parágrafo 2º do art. 105 do CTB, informa que nenhum
veículo poderá transitar com equipamento ou acessório
proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas adminis-
trativas previstas neste Código.
Para garantir a segurança do condutor, todos os ciclomotores, motone-
tas, motocicletas, triciclos e quadriciclos, devem possuir equipamentos
obrigatórios, conforme a Resolução nº. 14 de 6 de fevereiro de 1998.

2. Responsabilidade do condutor com a manutenção do


veículo
A responsabilidade da manutenção do veículo é do condutor confor-
me os arts. 27 e 28 do Código de Trânsito:
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públi-
cas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições
de funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como
assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao
local de destino.
Art. 28. O condutor deverá, a todo o momento, ter domínio de seu
veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segu-
rança do trânsito.

O art. 230 do CTB, define penalidades para condições ina-


dequadas de conservação faça uma consulta ao CTB.
O Art. 231 do CTB complementa que é passível de punição
transitar com o veículo danificando a via, suas instalações e equipa-
mentos; derramando, lançando ou arrastando sobre a via: carga que
esteja transportando e ou combustível ou lubrificante que esteja uti-
lizando;

Agora que já consultamos o CTB e já conhecemos os equipamentos


de segurança e itens obrigatórios, vamos conhecer como deve ser a prá-
tica de direção veicular.

57
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

3. Prática de direção veicular em via pública

Para iniciar a aula prática devemos lembrar que estamos lidando


com pessoas com características peculiares, no entanto devemos consi-
derar que todos eles possuem três necessidades básicas:
• Ser ouvido na essência
• Ser notado/reconhecido/amado
• Ter o direito de errar

Ouvir na essência é a capacidade de ouvir as pessoas além das pala-


vras que são ditas, com isenção de todo e qualquer julgamento ou suposi-
ção. É um estado de disponibilidade total, dando espaço para novas idéias
e oportunidade de repensar e reavaliar os fatos.

Em sua aula crie um ambiente positivo, busque receptividade


e dê apoio ao seu aluno. Dirigir não é uma atividade fácil
gera medo e muitas vezes pânico, transmita segurança.
Utilize frases positivas:
• Eu estou com você;
• Eu entendo suas dificuldades;
• Conte comigo;
• Parabéns, você está indo muito bem.
• Você tem todos os recursos necessários para conseguir ser um exce-
lente condutor.

Recapitule sempre que necessário, crie uma comunicação eficiente,


gere receptividade e dê feedback positivo, ressaltando os pontos positi-
vos e criando estratégias para a superação das dificuldades.
Quando se está ao volante, o aluno precisa manter o foco no trânsi-
to e nas coisas que ocorrem à sua volta. Nesse sentido, é importante que
você, instrutor, repasse as seguintes informações para os seus alunos, no
que diz respeito à boa comunicação no trânsito:
• Procure não dirigir de mau humor. Uma pessoa com alto nível de
estresse fica propensa a ocasionar acidentes e desrespeitar os de-
mais condutores;
• Não ouça música com o volume acima do permitido quando es-
tiver no automóvel, pois isso impossibilita que o condutor ouça a
sirene de uma ambulância, por exemplo;
• Quando estiver com mais pessoas no automóvel, procure dar foco
total ao trânsito. Naquele momento, ele é o fator principal do pro-
cesso de direção;
• Jamais atenda o celular enquanto estiver dirigindo.
58
Ancoragem e aprendizagem com o veículo em movimento
A ancoragem é saber o momento oportuno para reforçar a apren-
dizagem da teoria durante as aulas práticas. É importante escolher o
momento do reforço.
Com o veículo em movimento você pode lembrar seu aluno das con-
dições básicas com relação à circulação e conduta, que são importantes
para o bom comportamento no trânsito. Acompanhe a reação aos estímu-
los e os reflexos, verificando se são adequados às situações que necessi-
tam de rápida decisão.

Relembramos que no Capítulo III o CTB, dispõe sobre Nor-


mas Gerais de Circulação e Conduta. Essas normas devem
ser apresentadas a todos os candidatos à obtenção da Car-
teira Nacional de Habilitação (CNH).
Faça a ancoragem verificando o nível de aptidão do aluno para as se-
guintes habilidades:
• Correta utilização das vias públicas;
• Bom comportamento no trânsito;
• Domínio do veículo a todo o momento
• Atenção e os cuidados fundamentais à segurança do trânsito. 
• Manutenção da distância de segurança lateral e frontal
• Manutenção da distância com relação à borda da pista, considerando
a velocidade e as condições climáticas, do local, da circulação e do
veículo.

59
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Ancoragem e aprendizagem durante os procedimentos de manobra


Durante os procedimentos de manobra procure identificar o mo-
mento exato em que pode fazer a âncora de aprendizagem verificando:
• O nível de atenção do aluno enquanto estiver dirigindo;
• A tomada de decisão se correta ou não e sua implicação em um
acidente de trânsito
• A prioridade de passagem ou regras de preferência.  .
• A correta frenagem e o que pode provocar uma freada brusca
• A manutenção da velocidade do veículo;
• A observação frequente das placas de limite de velocidade;
• A observação das condições da via,
• O cumprimento do limite máximo de velocidade permitida para a via

Lembre-se que segundo o CTB, quando o condutor está em


circulação com um veículo e se aproxima de qualquer tipo
de cruzamento, é preciso ter prudência e transitar em ve-
locidade moderada a fim de parar o veículo com segurança, para dar
preferência a pedestres e veículos. 

4. Observância da sinalização e comunicação


Segundo o art. 87 do Código de Trânsito Brasileiro CTB – Lei nº
9.503, de 23 de setembro de 1997, os sinais de trânsito classificam-se em:
verticais; horizontais; dispositivos de sinalização auxiliar; luminosos; so-
noros; gestos do agente de trânsito e do condutor.

Sinalização vertical
A sinalização vertical é formada por placas cujas cores, formas e
dimensões estão regulamentadas no Anexo II do CTB e nas Resoluções
nº 180, de 26 de agosto de 2005, nº 243, de 22 de junho de 2007 e nº
486, de 7 de maio de 2014, que aprovam, respectivamente, os Manuais de
Sinalização são eles:

Volume I – Sinalização Vertical de Regulamentação


Volume II – Sinalização Vertical de Advertência
Volume III – Sinalização Vertical de Indicação
Volume IV – Sinalização Horizontal
Volume V – Sinalização Semafórica
Volume VI – Sinalização de Obras e Dispositivos Auxiliares;
No conjunto os Manuais descrevem a interpretação, o uso e a colocação
da sinalização de trânsito nas vias públicas.

60
Placas de regulamentação
As placas de regulamentação indicam limitações, proibições ou res-
trições relacionadas ao que podemos ou não fazer. São 51 placas diferen-
tes, que se encontram nos perímetros urbano e rural.
Sua forma básica é circular com fundo de cor branca, borda externa
de cor vermelha e legendas de cor preta. Dentre elas 29 placas referem-se
a obrigatoriedade e 20 indicam proibição, sendo que estas possuem tarjas
de cor vermelha.
A essas 49 placas somam-se duas exceções: a placa R1 − PARADA
OBRIGATÓRIA, que é uma placa oitavada, com fundo vermelho, orla inter-
na em branco e orla externa em vermelho, e a R2 − DÊ A PREFERÊNCIA,
que é um triângulo isósceles com um dos vértices apontados para baixo;
fundo branco e orla em vermelho.
Nessas placas não é admitido acrescentar informação complemen-
tar. Elas devem ser usadas sozinhas, exclusivamente para regulamentar,
respectivamente, a parada obrigatória e dar a preferência, pois caso in-
corporado à outra placa seria impossível identificá-las olhando detrás de-
las (o formato octogonal e triangular).

Com relação às ultrapassagens


Conforme cita o CTB, a ultrapassagem de outro veículo em movi-
mento deverá ser feita pela esquerda, obedecendo à sinalização estabe-
lecida e às demais normas do CTB. A ultrapassagem poderá ser realizada
pela direita quando o veículo a ser ultrapassado sinalizar o propósito de
entrar à esquerda.

Verifique se seu aluno está fazendo as ultrapassagens, certificando-se


de que:
• Pode fazê-la sem perigo para outros usuários da via que o seguem,
precedem ou vão cruzar com ele, devendo ser considerado sua posi-
ção, direção e velocidade.
• Se nenhum motorista que venha atrás iniciou uma manobra para
ultrapassá-lo;
• Se o condutor que o precede na mesma faixa de trânsito não indi-
cou o propósito de ultrapassar um terceiro veículo;
• Se a faixa de trânsito que vai tomar está livre numa extensão su-
ficiente para que sua manobra não coloque em perigo ou obstrua o
trânsito que venha em sentido contrário.
• Verifique se indicou com antecedência a manobra pretendida,
acionando a luz indicadora de direção do veículo ou através de gesto
convencional de braço;
• Afastou-se do condutor ou condutores aos quais ultrapassava, dei-
xando livre uma distância lateral de segurança;
• Retornou-se para a faixa de trânsito de origem, após a efetivação
da manobra, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou
fazendo gesto convencional de braço, além de adotar os cuidados
necessários para não colocar em perigo ou obstruir o trânsito dos
veículos que ultrapassou. 
61
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Se o veículo estiver circulando pela faixa da esquerda, você deve


verificar: se o aluno:
• Sinalizou e deslocou-se para a faixa da direita, sem acelerar a mar-
cha.
• Se estiver circulando pelas demais faixas verifique: Se o aluno se
manteve na faixa na qual estava circulando, sem acelerar a marcha.
Ao ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja parado,
oriente seu aluno para ficar atento ao embarque ou desembarque de pas-
sageiros, diminuindo a velocidade ou parar o veículo para proporcionar
segurança aos pedestres. 

Quando estiver passando por vias com duplo sentido de direção e


pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem que o condutor con-
siga visualizar, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas tra-
vessias de pedestres, faça uma âncora ressaltando o que dispõe o CTB.
Reforce que, é proibido ultrapassar exceto quando existir sinalização que
permita a ultrapassagem, bem como nas interseções e suas proximidades.
A linha dupla contínua indica proibição de ultrapassagem.
Todos os aspectos que acabamos de ver são importantes. Durante
essa Unidade verificaremos outros como o planejamento da prática de
ensino.

5. Planejamento da prática de ensino

É obrigação do Centro de Formação de Condutores a realização do


processo de avaliação dos condutores, por meio da utilização do método de
observação das aulas, e posterior elaboração dos relatórios de observação
exigidos pelo DETRAN. O registro das observações é uma forma de garantir
que os alunos passem por todas as fases ou etapas de aprendizagem.

62
Antes de iniciar o processo de avaliação, procure conhecer
o instrumento adotado por sua instituição e, também, se o
DETRAN da sua região adota algum padrão.

Elaboração de planos de aula


A função do Plano de Aula é o de registrar o que se preten-
de fazer e a forma como será realizada a aula. Ao estrutu-
rar o plano de aula deve-se pensar nos comportamentos esperados
dos alunos e dos meios, conteúdos, procedimentos e recursos que se-
rão necessários para sua realização.

Lembramos que o plano de aula deve ser claro e preciso, isto é, os


enunciados devem apresentar indicações bem exatas e sugestões bem
concretas para o trabalho a ser realizado e ser elaborado considerando o
público alvo, o tempo, local e os recursos disponíveis.

Conforme a Resolução Nº 493/2014 (CONTRAN 2014) com re-


ferência a abordagem dos conteúdos esses devem contemplar
obrigatoriamente a condução responsável de automóveis ou
motocicletas, utilizando técnicas que oportunizem a partici-
pação dos candidatos, devendo o instrutor, por meio de aulas
dinâmicas, fazer sempre a relação com o contexto do trânsito
a fim de proporcionar a reflexão, o controle das emoções e o
desenvolvimento de valores de solidariedade e de respeito ao
outro, ao ambiente e à vida.

Apresentamos a seguir um esquema que poderá facilitar o trabalho


do planejamento de uma aula. O esquema conta com o cabeçalho contem-
plando além da identificação do CFC, o nome do professor avaliador, nome
do instrutor, nesse caso aluno, nível de ensino, categoria do curso A, B, C,
D ou E; tema que é o assunto que será trabalhado; identificação da turma;
número da aula; data, horário de início de fim.

Na sua estrutura os objetivos devem ser apresentados de forma


clara e os assuntos devem estar inter-relacionados. É importante definir
os métodos e técnicas que serão utilizadas, os recursos e o processo de
avaliação.

63
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

PLANO DE AULA
Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Professor Nível de Ensino - 03 Categoria - B
Nome do Instrutor Tema Ultrapassagem Turma
Nº da Aula - 01 Data Horário Início Horário Final
8h30’ 9h30’
Objetivo: Ex: Desenvolver a capacidade de 8h30’ 8h40’
fazer ultrapassagens com segurança.
Conteúdo 8h40’ 9h10’
Aproximação defensiva; 8h40’ 8h45’
Técnicas de observação; 8h46’ 8h50’
Sinalização; 8h51’ 9h
Distância lateral; 9h 9h05’
Velocidade; 9h05’ 9h08
Retorno à faixa de origem; 9h08’ 9h10
Métodos e Técnicas – Aula expositiva com a utilização de recursos mediáticos.
Recursos Didáticos 8h46’ 8h48’
Filme técnicas de observação de dois minu-
tos,
Avaliação Formativa 9h10’ 9h20’
Encerramento 9h20’ 9h30’
Ementa – resumo do conteúdo da aula em poucas frases.
Bibliografia: Bibliografia/Referência: Bibliografia básica e complementar seguin-
do as normas da ABNT

Lembramos que o processo avaliativo da teoria e da prática é um


meio eficaz de conferir as habilidades que o condutor em formação terá de
possuir para então ser considerado apto a portar uma CNH ou mudar de ca-
tegoria. Ao final do processo avaliativo, o candidato deverá ter demonstra-
do de forma clara os conhecimentos que adquiriu durante a sua formação.
Observar as aulas de práticas de direção é uma das estratégias de
avaliação adotadas pelo CONTRAN e gerenciada pelo DETRAN. Além de
servirem para registrar o nível de conhecimento e habilidades de cada alu-
no, constituem o registro do seu desempenho. Vamos ver como acontece.

Observação de aula prática em direção veicular para as Categoria


B, C, D e E.
A Resolução Nº 493/2014(CONTRAN), altera a Resolução Nº
168/2004(CONTRAN), que trata das normas e procedimentos para a for-
mação de condutores de veículos automotores e elétricos e a Resolução
64 nº 358/2010(CONTRAN), que trata do credenciamento de instituições ou
entidades públicas ou privadas para o processo de formação de conduto-
res. No seu Art. 1º define que:
§ 4º Os Centros de Formação de Condutores deverão comprovar junto
aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distri-
to Federal a realização das aulas de prática de direção veicular.

Altera o anexo II da Resolução 168, no item 1.4.2 e define o processo


de avaliação direta, bem como o conteúdo das aulas de prática de direção
veicular:
1.4.2 Nas aulas de prática de direção veicular, o instrutor deve realizar
acompanhamento e avaliação direta, corrigindo possíveis desvios, sa-
lientando a responsabilidade do condutor na segurança do trânsito.

Considerando o conteúdo das aulas práticas podemos propor a orga-


nização dos instrumentos de observação e registro da evolução do aluno,
seguindo o conteúdo definido na Resolução Nº 493. Durante a observação
o instrutor deve utilizar os conceitos: Fraco(F), Regular(R), Bom(B) e Ótimo
(O); verificando se o aluno estava atento e se mostrou agilidade nos fato-
res descritos nos instrumentos.
Antes de iniciar a observação da aula prática dê orientações ao alu-
no sobre o procedimento e os conceitos que serão adotados. Durante o
percurso corrija as falhas e, ao final, faça a apresentação dos resultados
com as devidas correções didáticas dos erros porventura cometidos e es-
clarecimentos sobre eventuais dúvidas apresentadas pelo aluno.

No primeiro nível de observação trataremos dos conceitos básicos,


sobre o conhecimento do veículo.
Primeiro nível
Tabela x -----------

INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS - PRIMEIRO NÍVEL


Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Instrutor Nível de Ensino Categoria
Nome do aluno Tema Turma
Conceitos Básicos Aula Aula Aula
Data Data Data
Hora Hora Hora
Verificação das condições dos equi-
pamentos obrigatórios;
Verificação da manutenção do ve-
ículo;
Localização e conhecimento dos
comandos do veiculo
Visibilidade frontal, lateral e traseira
Ligando o motor;

65
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Segundo nível
Aprendendo a dirigir é o tema do segundo nível a ser avaliado na
prática de direção e deve ser iniciada assim que perceber que o aluno já
está dominando o primeiro nível.

INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS - SEGUNDO NÍVEL


Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Instrutor Nível de Ensino Categoria
Nome do aluno Tema Turma
Aprendendo a conduzir Aula Aula Aula
Data Data Data
Hora Hora Hora
Uso dos pedais e início da condução em
1ª marcha;
Mudança da 1ª para a 2ª marcha;
Mudança da 2ª para a 3ª marcha;
Mudança da 4ª para a 5ª marcha;
Controlando a condução veicular;
Efetuando uma curva;
Aperfeiçoando o uso da alavanca de
câmbio e relação das marchas;
Aperfeiçoando o uso da embreagem;
Aperfeiçoando o uso do freio;
Domínio do veículo em marcha à ré.

Terceiro nível
No terceiro nível, o instrutor precisa avaliar o comportamento do
aluno em circulação.

INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS - TERCEIRO NÍVEL


Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Instrutor Nível de Ensino Categoria
Nome do aluno Tema Turma
Aprendizado da Circulação Aula Aula Aula
Data Data Data
Hora Hora Hora
Posição do veículo na via, velocida-
de e observação do trânsito
Entrada no fluxo do tráfego de veí-
culos na via

66
Movimento lateral e transposição
de faixa de rolamento
Parada e estacionamento
Ultrapassagens
Passagem em interseções (cruza-
mentos)
Mudança de sentido
Condução e circulação por vias ur-
banas
Condução e circulação em vias de
tráfego intenso
Condução e circulação em condi-
ções atmosféricas adversas;
Condução e circulação noturna;

Quarto nível
Neste último nível, deve-se observar o modo como o aluno conduz o
veículo com segurança.

INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS - QUARTO NÍVEL


Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Instrutor Nível de Ensino Categoria
Nome do aluno Tema Turma
Condução Segura Aula Aula Aula
Data Data Data
Hora Hora Hora
A partida e a mudança de marchas;
Utilizando os freios;
Circulação e velocidade;
Aclives e declives;
Curvas;
Condução em congestionamentos e
paradas do veículo com o motor em
funcionamento;
Entrada e saída no fluxo de tráfego
de veículos;
Obstáculos durante a condução (na
via e no tráfego);

67
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

Observação de aula prática em veículo de duas rodas e apresen-


tação de relatório

Considerando o Exame de Direção Veicular, para veículo de duas ro-


das, torna-se importante elencar no Instrumento de Observação os fato-
res que serão avaliados durante o Exame de direção.

INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS


VEÍCULO DE DUAS RODAS
Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome Instrutor Nível de Ensino Categoria A
Nome do aluno Tema Turma
Observações Aula Aula Aula
Data Data Data
Hora Hora Hora
Acomodação e regulagem do equipamento do
aluno;
Uso correto dos equipamentos de segurança.
Ajuste dos espelhos retrovisores
Funcionamento básico dos itens obrigatórios.
Recolhimento do Pedal de partida
Funcionamento do veículo e uso
Posição das mãos, punhos, joelhos e pés.
Prática de direção veicular
Regras gerais de circulação
Distância de Segmento
Movimento do Veículo
Utilização e engrenagem das machas
Velocidade e frenagem
Atenção
Posicionamento da motocicleta na via
Direção defensiva- manobras em formato oito
Direção defensiva – cruzamentos e ultrapassa-
gens
Balizamento
Equilíbrio e saída lateral na prancha
Avançar sobre o meio fio ou parada obrigatória

Relatório de Observação de Aula Prática


De acordo com a Resolução Nº 347, de 2010 do CONTRAN), ao final
de cada aula ou conjunto de aulas de prática de direção veicular, incum-
birá ao instrutor de trânsito elaborar relatório detalhando o comporta-
68
mento do candidato, o conhecimento das normas de conduta e circulação
estabelecidas pelo Código de Trânsito Brasileiro e as faltas cometidas du-
rante o processo de aprendizagem;
Os Relatórios deverão ser entregues aos órgãos executivos estadu-
ais de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, que estabelecerão roti-
nas para a recepção eletrônica dos relatórios elaborados pelos instruto-
res de trânsito. Além de servirem como fonte de aprendizado dos alunos
e parâmetro de ensino para o instrutor, os relatórios servirão para fins de
acompanhamento e evolução do processo de aprendizagem pelos órgãos
executivos de trânsito e expedição da carteira nacional de habilitação,
conforme regulamentação do Departamento Nacional de Trânsito (DENA-
TRAN).
O Relatório de observação deve preconizar a complementação do
processo ensino aprendizagem, conforme os objetivos e as finalidades
propostas. Ao elaborar o Relatório, o Instrutor deverá observar os fatores
exigidos no Exame de Direção.
Para a elaboração do Relatório de Observação, preencha correta-
mente o cabeçalho e relate as observações anotadas no instrumento de
observação.
Lembre-se de assinar e recolher a assinatura do aluno.

RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS PRÁTICAS


Nome CFC Código do DETRAN
Endereço Estado CEP
Nome do Instrutor Nível de Ensino Categoria B
Nome do aluno Tema Turma
Nº da Aula Data Horário Início Horário Final

Ass. do Aluno Ass. do Instrutor

69
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

CONCLUSÃO

Para ensinar não basta ser um especialista no assunto, é preciso sa-


ber ouvir, entender as necessidades do seu público, planejar, executar um
plano de ensino e avaliar de forma continuada todo o processo. A maneira
como executar um plano de aula também pode ser aprendida e aprimora-
da com a prática. Para ministrar uma aula teórica, depois de desenvolvido
o plano de aula conforme o modelo apresentado prepare cuidadosamente
o assunto, lembrando sempre em justificar as informações com gráficos e
pesquisas objetivando dar maior credibilidade ao conhecimento que está
sendo repassado. Grande parte do sucesso da sua aula depende da qua-
lidade e profundidade com a qual o assunto será abordado. Prepare, com
antecedência, os recursos que pretende utilizar:
a) A apresentação em Power Point, retroprojetor ou até com carta-
zes deve ser preparada com pelo menos dois dias de antecedência.
b) Revise a apresentação para que não passem erros ortográficos
e aproveite para complementar alguma informação que passou
despercebida.
c) Prepare o material de apoio: textos, pastas, blocos de anotações
e canetas etc.
d) Prepare o ambiente: auditório, sala de aula.
e) Prepare os equipamentos: data show e outros.

Chegamos ao fim desta Unidade de Estudo e também do Curso de


Atualização para Instrutor de Trânsito! Esperamos que você tenha apro-
veitado cada momento de conhecimento durante seus estudos. Chegou a
hora de aplicar todas essas informações em seu dia a dia para qualificar
ainda mais os seus alunos.

Marque a alternativa correta.


1. A responsabilidade da manutenção do veículo é do condutor conforme os arts. 27
e 28 do Código de Trânsito. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas,
o condutor deverá:
a) Verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos
de uso obrigatório e Assegurar-se da existência de combustível suficiente para
chegar ao local de destino.
b) Verificar se os passageiros estão utilizando o cinto de segurança.
c) Verificar se está com o documento do veículo.
d) Verificar se está com a sua documentação.
e) Verificar se o veículo está limpo.

70
2. Air bag e sistema ABS e CBS tornaram-se itens obrigatórios para veículos no
Brasil, conforme as Resoluções n 311, 312 e 394 do CONTRAN.
a) Todos os veículos novos saídos de fábrica a partir de 2014, nacionais e impor-
tados, deverão ter freios ABS e air bags frontais para o motorista e passageiro do
assento dianteiro.
b) Todos os veículos usados deverão se adaptar com feios ABS e air bags.
c) Nenhum veículo pode circular sem freios ABS e air bags.
d) Os veículos importados que circularem no Brasil deverão contar com freis ABS
e air bags.
e) Os veículos antigos só poderão instalar freios ABS e air bags em oficinas cre-
denciadas pelo DETRAN.

3. Os Centros de Formação de Condutores deverão comprovar junto aos órgãos e


entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal:
a) A realização das aulas de prática de direção veicular e de aulas em simulador
de direção veicular executadas no período noturno.
b) A realização de encontro dos docentes
c) A elaboração dos planos de aula.
d) A elaboração de avaliação de satisfação dos alunos.
e) O cumprimento do plano de trabalho da instituição.

4. De acordo com a Resolução nº 347 de 2010 do CONTRAN, ao final de cada aula


ou conjunto de aulas de prática de direção veicular, incumbirá ao instrutor de trânsito:
a) Elaborar relatório detalhando o comportamento do candidato, o conhecimento
das normas de conduta e circulação e as faltas cometidas durante o processo de
aprendizagem;
b) Elaborar resumo das aulas
c) Elaborar a lista de presença dos alunos
d) Elaborar o plano para a próxima aula
e) Elaborar uma avaliação de reação.
5. Conforme a Resolução nº 543 de 2015 do CONTRAN,: O candidato à obtenção
da ACC, da CNH, adição ou mudança de categoria, somente poderá prestar Exame de
Prática de Direção Veicular depois de cumprida a seguinte carga horária de aulas práti-
cas:
I. obtenção da ACC: mínimo de 20 (vinte) horas/aula, das quais 04 (quatro) no pe-
ríodo noturno;
II. obtenção da CNH na categoria “A”: mínimo de 20 (vinte) horas/aula, das quais 04
(quatro) no período noturno;
III. adição da CNH na categoria “A”: mínimo de 15 (quinze) horas/aula, das quais 03
(três) no período noturno;

71
CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

IV. obtenção da CNH na categoria “B”: mínimo de 25 (vinte e cinco) horas/aula,


distribuídas na seguinte conformidade:
a) 20 (vinte) horas/aula em veículo de aprendizagem, das quais 04 (quatro) no
período noturno;
b) 05 (cinco) horas/aula em simulador de direção veicular, das quais 1 (uma) com
conteúdo noturno.
a) I,II
b) I, II, III
c) I, III
d) III, IV
e) Todas estão corretas

72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CURSO DE ATUALIZAÇÃO PARA INSTRUTOR DE TRÂNSITO - CFC

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