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TCC Defesa
TCC Defesa
Alzheimer.
RESUMO
INTRODUÇÃO
OBJETIVO
REVISÃO DE LITERATURA
Para o estudo proposto, foram coletados artigos nas bases de dados como
PubMed, SciELO, Google acadêmico, Lilacs e PEDro, utilizando os termos de busca:
Doença de Alzheimer, Fisioterapia, Pacientes, Qualidade de vida. Para desenvolver o
estudo, foram selecionados artigos entre 2016 a 2022, visando o papel da fisioterapia
em pacientes com Alzheimer, podendo estar nos idiomas português, inglês ou espanhol.
Inicialmente os estudos foram selecionados a partir de seus títulos, que devem conter
pacientes com Alzheimer, atuação do fisioterapeuta em pacientes portadores dessa
doença, efeitos da fisioterapia nesses pacientes, ou informações que têm relação com a
doença proposta. Na sequência os artigos selecionados passaram pela etapa de
análise, onde seus resumos e objetivos foram estudados, para verificar os que incluíam
fisioterapia em pacientes com DA. Foram excluídos deste estudo artigos cujo acesso foi
barrado por ser um arquivo de domínio pago. Ao final dessa etapa, ficaram apenas
artigos que se encaixavam no tema proposto.
Foram encontrados 15 artigos, sendo excluídos 5 por não se adequarem aos
critérios de inclusão e incluídos 10, conforme descrito na tabela 1.
Tabela 1: Descrição dos artigos selecionados.
Autor e Objetivo do Materiais e métodos. Resposta do artigo.
Data de Título do artigo. artigo.
duplicação
do artigo.
Nascimento FISIOTERAPIA Descrever as Foi realizado por A fisioterapia tem
et al. NA DOENÇA causas do meio de uma suma importância no
(2022). DE Alzheimer, pesquisa de revisão tratamento de
ALZHEIMER enfatizar a bibliográfica composta pacientes com DA.
importância por 13 artigos, Traz inúmeros
da atuação da utilizando dados benefícios, entre eles
fisioterapia presentes nos sites a estabilização
nessa Pubmed, Lilacs, da demência
patologia e SciELO e MEDLINE. reduzindo seu
descrever os progresso, além de
principais melhorar suas
tratamentos capacidades
fisioterapêutic funcionais e
os para a habilidades
doença de cognitivas, assim
Alzheimer. melhorando a
qualidade de vida dos
pacientes.
Com base nos artigos lidos, apenas Ferreira et al (2020) citou um estudo onde
não houve melhora cognitiva significativa observada após a intervenção. Nos demais
artigos há respostas positivas após a intervenção, sendo que 30% dos autores propõem
que a fisioterapia é capaz, inclusive, de reduzir o progresso da demência (SOARES,
2019; PRZYBYSZEWSKI; AMARANTES, 2021 e NASCIMENTO et al, 2022). Foram
citados benefícios como a redução do progresso da demência, melhora da capacidade
funcional e habilidades cognitivas, diminuição de quedas dos pacientes, ajuda nas
adaptações para melhorar a qualidade de vida e melhora o sistema motor para que o
paciente tenha certa autonomia.(GARCIA, 2021; GONZÁLEZ, 2018; LINS; GOMES,
2019; MARINHO, 2020; MOREIRA, 2021)
A revisão apresentada por Nascimento et al(2022) traz que a atividade física é
uma ferramenta importante para manter o cérebro ativo, prevenir e reduzir as
consequências do processo de demência. Ele encontrou artigos que apresentam
resultados notáveis na melhoria do equilíbrio funcional, após o uso de exercícios de
mobilidade e equilíbrio, alongamento e fortalecimento, caminhada, circuitos funcionais,
atividades recreativas, exercícios respiratórios, relaxamento e consciência corporal, em
que a estratégia está diretamente relacionada à redução do risco de quedas. Encontrou
também artigo que mostra que treinamentos aeróbicos, exercícios de coordenação,
equilíbrio e fortalecimento muscular conectados ao estímulo da atenção, cognição e
memória podem diminuir os sintomas neuropsiquiátricos e consolidar a capacidade de
realizar AVD 's. Cita ainda que exercícios físicos que usam a tecnologia para ganho de
força, equilíbrio e marcha, afirmando que essas intervenções mantêm a função
cognitiva, a agilidade, assim como o equilíbrio dos pacientes com Doenças de Alzheimer
e previnem a rápida progressão da doença.
O estudo feito por Marinho (2020) explica que, nas fases iniciais, devem ser
avaliados todos os elementos, como amplitude de movimento, força muscular,
alterações posturais e capacidade respiratória e ainda que itens relacionados à
psicomotricidade devem ser observados com mais cuidado e cautela. Coordenação,
equilíbrio, labilidade, marcha, autopercepção, imagem corporal e funções da vida diária
devem ser valorizados. Na avaliação funcional é sugerido o uso do índice de Barthel,
que mede o nível de suporte exigido por um indivíduo, em 10 itens de AVD, relacionados
à mobilidade e cuidados pessoais. O autor também encontrou, em sua revisão, que é
possível retardar déficits cognitivos utilizando a estimulação transcraniana por corrente
contínua, que é de baixo custo e capaz de induzir mecanismos de neuroplasticidade.
Foi verificado que a estimulação magnética transcraniana, combinada com terapia
cognitiva, foi capaz de reduzir a pontuação média do ADAS-Cog em 3,76 pontos no
grupo tratado após 6 semanas em comparação com o grupo placebo e que os efeitos da
TDCS na função cognitiva geral do paciente persistiram por até 3 meses de
acompanhamento, apoiando o uso da TDCS como ferramenta coadjuvante no
tratamento da DA. Embora os mecanismos subjacentes a esses efeitos nas funções
cognitivas não sejam totalmente compreendidos, os efeitos podem estar relacionados à
plasticidade neural e às ações de diferentes neurotransmissores.
Segundo estudo de Moreira (2021), exercícios de alongamento e mobilidade
corporal visam aumentar o comprimento de tecidos moles a fim de melhorar a
flexibilidade da articulação e a mobilidade, melhorando a rigidez e a dor, já que a
mobilização mantém a amplitude de movimento, o que facilita a realização de atividades
de vida diária e transferências. É importante que sejam evitadas as atrofias por desuso e
fraqueza muscular, os encurtamentos de tecidos moles e as deformidades esqueléticas.
São feitos exercícios terapêuticos direcionados para os padrões do funcionamento
cardiorrespiratório para ajudar na capacidade funcional da fala, na respiração, expansão
torácica e função venosa já que estes vão diminuindo progressivamente.
Garcia(2021) cita tratamentos que incluem: relaxamento para diminuir a angústia
e ansiedade em pacientes em fase inicial; massagem para promover a expansão das
costelas e da caixa torácica, feita de forma lenta e semi profunda; hidroterapia, pois a
imersão em piscina, natação leve ou hidrocinesioterapia, proporcionam uma sensação
de relaxamento, estimulação externa e proprioceptiva, o que poderia prevenir ou diminuir
as dificuldades de estruturação do esquema corporal, equilíbrio e desorientação espacial
que começam a se manifestar nesta primeira fase. Na água o paciente poderia ser mais
ativo, com exercícios com bolas e flutuadores para também melhorar a mobilidade e a
funcionalidade das extremidades. Sugere-se também treinos de mobilidade como forma
de prevenir atrofias e limitações articulares e preservar a independência do paciente,
podendo ser bicicleta ergométrica ou caminhada. Ao trabalhar a caminhada, será
necessário trabalhar do mais simples ao mais complicado, como terrenos irregulares,
rampas, declives, escadas, obstáculos e, se necessário, trabalhar com auxílios técnicos.
Para a reeducação do equilíbrio e marcha, podem ser utilizadas plataformas de
propriocepção (tipo Freedman ou Bohler).
Santos et al(2020) expõe que a utilização de exercícios ativos para amplitude de
movimento (ADM), alongamento, fortalecimento muscular, exercícios aeróbicos, treino
de equilíbrio e atividades para a memória que envolvem desde a contagem das séries,
até jogo da memória e palavras cruzadas, afirmando que tais práticas propiciam bons
resultados, pois o paciente pode ter uma manutenção ou mesmo ganhos cognitivos,
detectados através do Mini Exame do Estado Mental (MEEM).
Przybyszewski; Amarantes(2021) revelam que a fisioterapia é uma importante
ferramenta na melhora da qualidade de vida e na recuperação funcional e motora de
pacientes com DA. O exercício físico tem se mostrado benéfico como tratamento não
farmacológico para DA, resultando em melhora da função cognitiva, melhor equilíbrio,
redução de distúrbios comportamentais e risco de quedas, além de melhora da função
motora, considerando o uso de exercícios de alongamento que aumentam a flexibilidade
e previnem o risco de quedas, atividades relacionadas ao equilíbrio e o treino de
marcha. A fisioterapia e a hidroterapia, associadas ao esquema diafragmático, também
contribuem para a função cardiorrespiratória
Segundo estudos de Silva et al(2021) a fisioterapia como intervenção cognitiva
demonstrou melhorar a eficácia através de estudos, embora os ganhos sejam pequenos.
O objetivo é que o paciente alcance uma melhora em seu quadro clínico, consiga
retardar ou até mesmo interromper o progresso, mesmo que temporariamente, sempre
trabalhando os aspectos cognitivos, sociais e comportamentais. Pode-se utilizar de
recursos com atividades que envolvam recursos lúdicos, circuitos , jogos de memória, a
fim de estimular a cognição do idoso na fase inicial da doença, ajudam na diminuição
das resistências durante o contato, na interação em grupo, no movimento o que
possibilita uma interação maior e um desenvolvimento melhor visando a melhora na
saúde. Os jogos de memória também são muito importantes porque, além de estimular
os sentidos, melhoram a cognição e podem ser trabalhados individualmente ou em
grupo. E também os exercícios físicos, que têm a função de prevenir e reduzir os riscos
de maior deterioração do estado de saúde com problemas secundários. O treinamento
aeróbico ajuda a retardar a progressão dos sintomas da DA para alcançar o bem-estar
funcional do indivíduo.
Já Ferreira et al(2020) incluiu na revisão artigos que avaliaram os efeitos da
fisioterapia na independência funcional e qualidade de vida de pacientes com DA. Dois
estudos evidenciaram melhora na capacidade funcional e um estudo não observou
qualquer efeito. Em relação à qualidade de vida, apenas um estudo a avaliou e não
observou efeitos da fisioterapia. De forma geral, os programas fisioterapêuticos
realizados nos estudos foram alongamentos, fortalecimentos, exercícios de equilíbrio,
caminhadas, exercícios respiratórios, de dupla tarefa (estimulação motora e atenção
concentrada simultaneamente) e aeróbicos de intensidade moderada e longa duração.
Soares(2019) revela que o exercício físico é importante para retardar a
progressão da doença, pois mantém o indivíduo mais ativo e independente. A
reeducação postural pode ser feita através de estímulos proprioceptivos e
exteroceptivos, educando as sensações, consegue-se alcançar uma boa integração do
esquema corporal e de atitude, facilitando as atividades diárias. Os movimentos
ativo-livres são utilizados para manter a elasticidade e contratilidade fisiológica dos
grupos musculares participantes, prover estímulos para integridade óssea e articular,
aumentar a circulação, prevenir formação de trombos, desenvolver coordenação e
habilidades motoras para atividades funcionais. Os movimentos passivos ou assistidos,
por auxiliar a circulação, também são necessários para evitar a trombose venosa, que
pode ser uma complicação pela perda do movimento e do efeito de bomba muscular.
Técnicas de remoção de secreções podem ser usadas para otimizar as capacidades de
ventilação e consequentemente as trocas gasosas. As intervenções propostas auxiliam
na manutenção das capacidades funcionais do doente e reduz o aparecimento de
complicações referentes à imobilização no leito quando em estágio mais avançado.
E por fim, no estudo apresentado por González(2018) a variável marcha foi
estudada em 5 artigos, utilizando o teste Timed-Up and Go, ou a Escala Tinetti e os 6W
ou ainda o tempo necessário para percorrer 8 metros. A variável equilíbrio foi estudada
em 5 artigos, avaliada principalmente por meio da Escala de Equilíbrio de Berg e do
Teste de tempo e teste de partida. A variável de função global foi a mais estudada nos
artigos selecionados, estando presente em 9 deles. A principal ferramenta para a
avaliação da função global é o MMSE, que está presente em quase todos os estudos,
exceto no estudo por dois autores, outros instrumentos para a avaliação desta variável
são a variável ADAS-cog, o Índice Barthel, o CDT e o GDS. Os programas de atividade
física geral e de exercício aeróbico afetam positivamente o equilíbrio dinâmico, o
equilíbrio estático e a marcha. Para a Função global o exercício aeróbico pode funcionar
como um fator de proteção da função cognitiva e programas de exercício de "dupla
tarefa" (exercício aeróbico + procura cognitiva) têm efeitos positivos na função cognitiva
e na funcionalidade em indivíduos com AD.
A seguir elencam-se as propostas de fisioterapia apresentadas pelos diferentes
autores de acordo com o objetivo a ser alcançado
1. Redução do progresso da demência - Evidências recentes sugerem que
intervenções que promovem a plasticidade neural podem induzir ganhos
cognitivos significativos, especialmente em indivíduos com DA. Um exemplo que
podemos citar é através da Estimulação transcraniana por corrente contínua
(ETCC). A ETCC é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva e indolor
capaz de modular a excitabilidade cortical por meio de estímulos anódicos
(aumentando a excitabilidade cortical) e catódicos (diminuído a excitabilidade
cortical), utilizando correntes elétricas contínuas e de baixa intensidade.
Evidências recentes sugerem que essas intervenções promovem a plasticidade
neural e podem induzir ganhos cognitivos significativos, especialmente em
indivíduos com DA. Minimizando os prejuízos funcionais ocasionados por ela.
(CAVENAGHI et al,2013).
2. Melhora na capacidade funcional - Estudos mostraram que um programa de
exercícios generalizados podem diminuir a deterioração no desempenho das AVD
's significativamente, aumentando a capacidade funcional global e a habilidade
para desempenhar as AVD' s. (LINS; GOMES, 2019). Os princípios do método
KABAT resultam em uma melhora da funcionalidade e mobilidade no paciente que
apresenta a Doença de Alzheimer podendo adiar a necessidade de um cuidador.
Eles estão incorporados no tratamento do paciente com a DA,. devem ser
realizados exercícios de alongamento e mobilidade corporal, onde o alongamento
visará aumentar o comprimento de tecidos moles a fim de melhorar a flexibilidade
da articulação e a mobilidade, melhorando a rigidez e a dor, já que a mobilização
mantém a amplitude de movimento, o que facilita a realização de atividades de
vida diária e transferências. (CARVALHO et al, 2008)
3. Redução do progresso da demência - Evidências recentes sugerem que
intervenções que promovem a plasticidade neural podem induzir ganhos
cognitivos significativos, especialmente em indivíduos com DA. Um exemplo que
podemos citar é através da Estimulação transcraniana por corrente contínua
(ETCC). A ETCC é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva e indolor
capaz de modular a excitabilidade cortical por meio de estímulos anódicos
(aumentando a excitabilidade cortical) e catódicos (diminuído a excitabilidade
cortical), utilizando correntes elétricas contínuas e de baixa intensidade.
Evidências recentes sugerem que essas intervenções promovem a plasticidade
neural e podem induzir ganhos cognitivos significativos, especialmente em
indivíduos com DA. Minimizando os prejuízos funcionais ocasionados por ela.
(CAVENAGHI et al,2013).
4. Melhora do sistema motor - quando estimulado, é possível proporcionar melhor
qualidade de vida ao paciente, quando for feito de forma constante e por tempo
indeterminado, visto que é algo essencial para estes e sempre é necessário
salientar que estes resultados também dependem do estágio da lesão.
(MARINHO, 2020).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GARCÍA, María Sánchez. Fisioterapia y Alzheimer. NPunto, [S. l.], ano 2021, v.
4, n. 45, p. 82-111, 13 nov. 2021. Disponível em:
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8201948. Acesso em: 8 abr. 2022.