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HARMONIZAÇÕES CLÁSSICOS DO VINHO

POUCO CONVENCIONAIS E DA LITERATURA


PARA CINCO DOSTOIEVSKI E YQUEM
PRATOS DE INVERNO HEMINGWAY E MARGAUX
MANN E GRUAUD LAROSE

HUDSON CHÂTEAU
YARDS CLINET
CONHEÇA O O “VELOCISTA”
NOVO POINT DE DO POMEROL
ENOGASTRONOMIA
DE NOVA YORK

DICAS PARA
ACERTAR NA
ENTREVISTA COMPRA DE SUA
UMA VISÃO DA PRIMEIRA
ÁFRICA DO SUL ADEGA
SEM PINOTAGE
CLIMATIZADA

POSSO
LEVAR UMA
GARRAFA?
ENTENDA A
ETIQUETA DE
UM JANTAR DE
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TINTOS E PORTOS DA SAFRA 2017


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Jantar às 20:30h para apenas 45 convidados,
em um dos espaços mais luxuosos de São Paulo.

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Itaim Bibi, São Paulo - SP, 04542-000

Mestre de Cerimônia:

Sommelier Manoel Beato

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Um passeio pelas principais regiões de
Bordeaux no emblemático ano de 1982.

SAINT ESTEPHE
Cos D´estournel | Montrose

PAUILLAC
Latour | Lafite | Mouton | Pichon Lalande

SAINT JULIEN
Gruaud Larose | Leoville Las Cases
POMEROL
Petrus | La Conseillante | Trotanoy
MARGAUX
Margaux | Palmer

SAINT EMILION
Cheval Blanc / Ausone / Figeac
PESSAC-LEOGNAN
Haut Brion | La Mission Haut Brion

SAUTERNES
D´yquem

Dois premiados chefs da gastronomia Italiana se unem para executar


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Luca Gozzani Luiz Filipe Souza

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Reservas: (11) 3150-5555 w w w. c l a r e t s . c o m . b r


(21) 2070-7055
EDITORIAL |

Provas
primeiras
DIREÇÃO
PUBLISHER
Christian Burgos - christian@innereditora.com.br

DIRETORA DE OPERAÇÕES
Christiane Burgos - christiane@innereditora.com.br

REDAÇÃO
Os amigos e leitores muitas vezes dizem invejar nosso trabalho. É EDITOR
Arnaldo Grizzo - a.grizzo@revistaadega.com.br
normal, uma prova de vinhos costuma estar repleta de glamour, e
quem não quer “viver de beber vinho”? A maioria, porém, esquece que DIRETOR DE ARTE
Ricardo Torquetto - ricardo@innereditora.com.br
bebemos “com responsabilidade”. Faz parte do trabalho avaliar (com
ASSISTENTE DE ARTE
seriedade, respeito e treinamento), selecionar e indicar vinhos. E se quem Aldeniei Gomes - arte@innereditora.com.br
Joshua Kerry - arte2@innereditora.com.br
gosta do que faz não precisa trabalhar um dia na vida, sim, nos divertimos
trabalhando. EDITOR DE VINHO
Eduardo Milan - eduardo.milan@revistaadega.com.br
Em uma grande degustação estilo “en primeur”, como o Douro
CORRESPONDENTES INTERNACIONAIS
Primeira Prova (que este ano avaliou tintos e Vinhos do Porto da safra Patricio Tapia e Steven Spurrier
2017 e brancos de 2018), os seletos participantes – entre eles ADEGA COLABORADORES
– têm a responsabilidade de avaliar os vinhos apresentados, dizer quais Beto Duarte, Christiane Miguez, Daniel Perches,
Felipe Granata Kosikowski, Guilherme Velloso, Mauricio Leme,
merecem a sua atenção e por quê. Assim, nesse evento criado pelos mais João Paulo Gentille e Juliana Trombetta Reis (texto)

representativos produtores do Douro, pinçamos as melhores escolhas que PUBLICIDADE


devem chegar ao Brasil em breve. Fique de olho. publicidade@innereditora.com.br
+55 (11) 3876-8200 – ramal 11
Nesta edição, além desta importante e criteriosa seleção de vinhos do
Douro, você vai conferir uma entrevista com Gottfried Mocke, enólogo REPRESENTANTES COMERCIAIS - BRASIL
Renato Scolamieri - renato@rscola.com.br
da Boekenhoutskloof, da África do Sul, que revela os grandes trunfos de Carminha Aoki - carminhaaoki.adegasabor@gmail.com

seu país e não inclui o Pinotage nessa conta. Aqui também vamos contar RIO GRANDE DO SUL/SANTA CATARINA
Sônia Machado - sonia@vistamontes.com.br
a história do Château Clinet, um dos ícones de Pomerol.
Você foi convidado para um jantar de vinhos, o que fazer? Levar MARKETING
marketing@innereditora.com.br
uma garrafa? Está recebendo amigos e um deles trouxe um vinho, você
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avaliarmos vinhos cotidianamente para poder apresentar uma seleção IMPRESSÃO
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Revista ADEGA é uma publicação mensal da INNER Editora Ltda.


A Inner Editora não se responsabiliza por opiniões, ideias e conceitos
Saúde, emitidos nos textos publicados e assinados na revista ADEGA, por serem
de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).

Christian Burgos e Arnaldo Grizzo www.revistaadega.com.br


44

12 60

12 ENTREVISTA
Gottfried Mocke: a África do
Sul “Velho Mundo” e sem
64 ESCOLA DO VINHO
Descubra o que fazer e o que
não fazer em um jantar de
Pinotage vinhos

44 GRANDES DEGUSTAÇÕES
Seleção imperdível dos melhores
vinhos apresentados no Douro
70 ESCOLA DO VINHO
Vai comprar sua primeira adega
climatizada? Confira as dicas
Primeira Prova para não errar

60 ENOTURISMO
Enogastronomia de alto nível
no mais novo ponto turístico de
74 HARMONIZAÇÃO
Sugestões pouco convencionais
para cinco pratos típicos de
Nova York inverno
CONTEÚDO |

80

64
85

GRANDS CHÂTEAUX
76 A história de sucesso do
Château Clinet, um ícone do
Pomerol

TODO MÊS
CURIOSIDADES
80 Quais grandes vinhos já
foram citados em clássicos da
10 | CARTAS

literatura mundial? 22 | MUNDOVINO

85 | CAVE

99 | CLUBE ADEGA

106 | QUEM DISSE


CARTAS | ESCREVA PARA REDACAO@REVISTAADEGA.COM.BR

PARKER JOINT VENTURES


Acho que a influência do Parker já acabou faz Não são poucas as junções de empresas para
tempo. Agora que ele se aposentou só acho fazer vinhos no mundo. Se não me engano,
que o declínio dessa influência vai ser maior até algumas vinícolas brasileiras andaram
ainda. Já faz alguns anos que ninguém mais fazendo vinhos fora do Brasil com ajuda de
faz vinhos “estilo Parker” e quem faz está produtores locais. Esse tipo de “intercâmbio”
muito atrasado. Não há mais um “guru” há é muito interessante e enriquecedor. Para
tempos no mundo do vinho e isso é libertador. produzir grandes vinhos, é preciso conhecer
Para alguns, devo admitir, isso é preocupante vinhos de vários lugares e saber o que está
– pois as pessoas, muitas vezes, precisam sendo feito de bom.
seguir alguém. Mas o mundo está livre e os Beto Lima
caminhos abertos.
Glauco Bertin

Marcello Roccha Fernando Alves Olívia Gibson Uanderson Barbosa


@marcelloroccha80 @fernando.alves_jf @olivia_a_gata @wansommelier
Um vinho é Sempre com ótimas Vamos falar Mantenha o foco
sempre bem-vindo. matérias, atualidades sobre sobre vinho? #revistaadega
#revistaadega o mundo do vinho, e lindas @revistaadega
capas. @revistaadega

Marcela & Apple & Bruce @sommeliercats


Foto natural. Peguei minha #revistaadega
this is my journey By MAURÍCIO FERREIRA “Tudo e Vinho” para ler e o vinho para embalar e
@_rafarizzo_ SOMMELIER @tudoevinho classificar no app antes de ir para a
Não... Não @tempodevinho Sextou!! Com este adega... O que o gato sommelier opressor
pode ser Pepsi Baron de Pichon friozinho! Qual o vinho faz? Vai lá e toma posse do que é dele
#revistaadega - Longueville desta sexta? E qual de direito (ele colocou mesmo a patinha
1995 - Bordeaux. o vinho do final de no vinho, não é fake news!). Vida com
#revistaadega semana? #revistaadega gatos... não podia ser mais maravilhosa.

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10 ADEGA >> Edição 165 Siga @revistaadega e marque as imagens com #revistaadega
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ENTREVISTA | p o r ARNALDO GRIZZO, EDUARDO MILAN E GUILHERME VELLOSO

África do Sul
sem Pinotage
O vinho “Velho Mundo” sul-africano na visão de Gottfried Mocke,
o jovem enólogo da vinícola Boekenhoutskloof

A
os 42 anos, Gottfried Mocke é o O nome da vinícola não
enólogo-chefe da vinícola Boeke- é muito simples de pronunciar...
nhoutskloof. O nome é difícil de Boekenhoutskloof vem do holandês clássico
pronunciar. É algo como “boque- do Cabo, que costumava ser uma colônia ho-
notscluf”. Mas a dificuldade de falar landesa, depois se tornou uma colônia ingle-
o nome da empresa não influencia em nada na sa... Há uma história longa no Cabo. O nome
excelência dos vinhos produzidos por ele em um é muito antigo. Boekenhout é o nome de uma
país que poucos lembram ter uma vitivinicultura árvore tipo faia, uma árvore local (muito usa-
tão antiga e, quando lembram, logo associam à da na indústria de móveis). Kloof significa ra-
uma casta que a Boekenhoutskloof sequer produz, vina, como um pequeno vale, e é como a área
a Pinotage. onde estamos é conhecida.
A Boekenhoutskloof é uma propriedade an-
tiga, que remonta ao século XVIII, no entanto, Isso tem a ver com as cadeiras
seu sucesso é recente, e deve-se a um visionário desenhadas em alguns rótulos?
chamado Marc Kent, enólogo-empresário que Se você olhar no rótulo dos nossos principais
vem investindo pesado no desenvolvimento da vinhos, tem sete pequenas cadeiras, e esses
região de Franschhoek, mas também de certa móveis são clássicas cadeiras holandesas, algo
forma da indústria sul-africana como um todo. muito típico dessa época colonial, em que a re-
Graças a seus esforços, a Boekenhoutskloof vem gião era conhecida pela produção de mobília.
se tornando uma potência do vinho local. É um estilo específico de mobiliário do Cabo
Foi ele quem chamou o jovem Gottfried daquela época. E há sete cadeiras, pois são sete
Mocke, um dos mais brilhantes enólogos do sócios que começaram o negócio em 1996.
país, para fazer parte de seu time e dirigir a eno-
logia de uma das vinícolas mais promissoras do A história da vinícola então é recente?
continente. E o jovem tem liderado a empresa Boekenhoutskloof é uma propriedade antiga,
em um período complicado da indústria sul- mas representa a nova era, uma era moderna
-africana. Em visita ao Brasil, Mocke explicou da enologia no Cabo. Deve-se lembrar que a
o porquê de a África do Sul ter sucesso com seu África do Sul tem uma história longa e difícil.
estilo “Velho Mundo”. Dizemos que é o país mais antigo a cultivar

12 ADEGA >> Edição 165


Gladstone Campos

Edição 165 >> ADEGA 13


vinhas no hemisfério sul, mas é a indústria de
vinho mais nova também do hemisfério. A in-
dústria só evoluiu em 1994, na primeira elei-
ção livre. Se olhar a vinícola como negócio,
hoje ela representa a vitivinicultura moderna,
não o modelo antigo de fazendas familiares
com vinhas... Começamos como negocian-
tes, comprando uvas de fazendeiros, fazendo
vinhos e vendendo. Agora que cresceu, co-
meçamos a plantar nossas próprias videiras, e
hoje a maioria dos nossos principais vinhos é
feita com uvas próprias, mas ainda temos uma
grande parte como negociantes. É um concei-
to similar ao de Chapoutier, Guigal...

Há uma inspiração no Rhône? encontrar e pediu para ser o enólogo-chefe.


Muitas das uvas que utilizam são típicas do Rhône...
‘Se
O gerente da vinícola hoje, um dos sócios (foi Você trabalhou em vários lugares quiser
quem desenvolveu Boekenhoutskloof), era o com Pinot Noir. Tem uma preferência por essa uva? produzir
enólogo original. Marc Kent. Ele ama o Rhô- Tenho um background grande de Pinot Noir,
ne, é um “Rhône ranger” se quiser chamar as- mas vou lhe dizer o segredo. Quando estava Syrah, tem
sim. Ele sabe tudo sobre Cornas, Cote Rôtie, e trabalhando no Domaine de Trevallon, fui vi- que fazer
está lá todos os anos, bebe esses vinhos sempre. sitar Jean Louis Chave, e provei os vinhos na
sua adega. “Nunca degustei algo assim, parece
como Pinot
Como você chegou em Boekenhoutskloof? Borgonha”, falei. Ele disse: “Se quiser produ- Noir. Se
Conheci Marc durante quase toda a minha zir Syrah, tem que fazer como Pinot Noir. Se quiser fazer
carreira em enologia, e sempre fomos bem quiser fazer Pinot Noir, tem que fazer como Sy-
próximos. Eu estava numa vinícola chamada rah”. Nunca vou esquecer isso. Foi a primeira
Pinot Noir,
Chamonix na época. Estava lá por mais de vez que comecei a pensar de forma diferente. tem que fazer
10 anos. Fui o mais jovem a receber o títu- Por isso também meu amor pela Borgonha. como Syrah’.
lo de enólogo do ano no país, pouco antes de Compramos uma propriedade na África do
completar 30. Foi uma grande conquista. E Sul chamada Cap Maritime. Vamos começar Nunca vou
todos os anos temos o guia Platter (que premia a plantar vinhedos e será 70% Chardonnay e esquecer
os vinhos sul-africanos). Em um ano, Boeke- 30% Pinot. Já começamos a marca e o primeiro
nhoutskloof ganhou como vinícola do ano e lançamento foi no final do ano passado.
isso
eu venci com o tinto do ano. No ano seguinte,
eu fui vinícola do ano e logo depois disso nós O vinho sul-africano tem muita história.
nos unimos (em 2015)... [risos] Já houve, por exemplo, o Constantia,
que foi o preferido de Napoleão...
Qual a sua formação? Há muitas coisas de que temos orgulho... [risos]
Estudei na Alemanha. Tenho raízes alemãs.
Mas fui trabalhar na França, no Oregon etc. Mas, quando pensam em África do Sul,
Deixei a África em 1995, voltei em 2001. Eu os enófilos pensam em Novo Mundo ou Velho Mundo?
era jovem, o mundo era minha ostra, queria ver Não sei se as pessoas pensam muito nisso. Se
o mundo, e experimentar o mundo do vinho. você pensa na Austrália, imediatamente pen-
Depois, voltei para a África do Sul, tive sucesso, sa Novo Mundo. Acho que quando as pessoas
e Boekenhoutskloof começou a crescer, com pensam na África do Sul, não pensam muito
novos projetos interessantes. Aí Marc veio me em vinho, pensam em safari. E quando visi-

14 ADEGA >> Edição 165


fotos: divulgação

tam, pensam: “Interessante, há algo bem euro- em que não acreditamos, mesmo sabendo que Nos rótulos dos principais vinhos
há sete pequenas cadeiras
peu aqui sobre a comida, o vinho, as pessoas”. há pessoas que fazem Pinotages fantásticos. clássicas holandesas, típicas da
E dizem: “Tem muita coisa do Velho Mundo” Obviamente, fazemos variedades internacio- época colonial, em que a região
era conhecida pela produção
e ficam surpresas. Quando conhecem, pen- nais, mas você precisa lembrar que muitas de mobília. As sete cadeiras
sam em Velho Mundo. Isso é um fato. dessas variedades internacionais estão no nos- representam os sete sócios
originais. Marc Kent é um deles e
so país há muito tempo. Nós não fazemos Pi- também é um amante dos vinhos
O que acha do vinho da África do Sul notage, não acreditamos nela, não somos tão do Rhône, inspiração da vinícola
às vezes ser reconhecido pelo Pinotage? apaixonados por essa variedade. E acho que se
Não estamos restritos a variedades. Não temos está fazendo isso pelas razões erradas. Muitas
as mesmas denominações como na França. E pessoas pensam África do Sul com Pinotage,
isso é uma coisa boa. A África do Sul nunca vai mas não queremos fazer isso. As pessoas que
vender variedades. Não temos essa história de bebem Rioja não pensam em Tempranillo,
ter nossas próprias variedades. O consumidor pensam no estilo. Queremos que as pessoas be-
estrangeiro, quando pensa na África do Sul, bam Swartland e pensem Syrah ou variedades
pede Pinotage, o que faz sentido. Mas não po- do Rhône, ou sequer pensem nas variedades.
demos nos comprometer em vender variedades O mesmo com Stellenbosch. Quando bebem

Edição 165 >> ADEGA 15


Nós não Stellenbosch, devem pensar em vinhos madu- você precisa encontrar meios de se diferenciar
ros, classudos, mas Cabernet Sauvignon. Que- dos outros, precisa fazer coisas que tornem seu
fazemos remos vender o país e a região, e então talvez as vinho muito especial, mais interessante. Não
Pinotage, não variedades – e talvez o estilo antes das varieda- é só história, é também a experiência com a
acreditamos des. Isso é importante. Temos o senso do Velho
Mundo de certa forma, há algo clássico nos vi-
garrafa. Essas coisas são importantes para nós
e você só consegue fazer isso quando trava co-
nela, não nhos que produzimos. Acho que criamos um nhecimento com muitos vinhos diferentes, in-
somos tão estilo muito clássico de vinho e acho que é isso ternacionais especialmente. Na vinícola, por
que devemos manter, e desenvolver. Em países exemplo, provamos (todos os meses) vinhos
apaixonados como Reino Unido, que se tornou um grande internacionais. Temos uma adega e orçamen-
por essa mercado para África do Sul no momento, isso to para provar vinhos de todo o mundo, para
variedade. E só ocorreu porque somos uma super alternativa ficar em contato com o que é bom e não co-
para os vinhos franceses, por causa do estilo que meçar a pensar: “Faço grandes vinhos e sou
acho que se produzimos. Estamos preenchendo uma lacu- um superstar”.
está fazendo na que é interessante.
isso pelas Como se destacar em um mercado tão competitivo?
Como lidam com vinhedos
próprios e outros de terceiros?
razões É importante entender o pensamento por trás Em Boekenhoutskloof, temos a vinícola ori-
erradas do vinho, a enologia. Você nunca aprende a ginal, que fica em Franschhoek. É onde fa-
fazer vinho quando está estudando, isso você zemos apenas os vinhos premium hoje. Lá
precisa descobrir por si só. Aprendi muito tra- investimos em fermentadores de concreto pe-
balhando e visitando pessoas. Tive a sorte de quenos, ovos de concreto, instalações subter-
trabalhar em muitos lugares e em todo lugar râneas, só trabalhamos com foudres. Depois,
você sai com uma sensação, uma compreen- compramos a vinícola de uma das mais an-
são diferente. E todas essas personalidades tigas cooperativas do país, em Stellenbosch,
bem-sucedidas e interessantes criaram algo e transformamos em uma vinícola moderna
que é muito único e individual em seu pró- e maior onde podemos ter 2 ou 3 mil tone-
prio estilo. Isso é uma coisa muito importan- ladas de uvas. Isso para os rótulos Wolftrap
te. Se olhar hoje, estamos cercados de ótimos e Porcupine. Todos os nossos colaboradores
vinhos produzidos em todo o mundo, veja precisam ser sustentáveis, há muita coisa que
quanta competição há. Então percebi que solicitamos dos nossos fornecedores para que

16 ADEGA >> Edição 165


sejam transparentes. Mas então percebemos
que, para o Chocolate Block e para o Syrah,
precisávamos investir mais em vinhedos e
compramos duas fazendas em Swartland em
2010, e hoje há 150 hectares em produção,
que são só Syrah, Grenache Noir, Cinsault e
Chenin. Replantamos tudo só com varieda-
des do Rhône nessa parte da montanha, que
é chamada de Porseleinberg (significa mon-
tanha de porcelana), por causa do quartzo
que parece pedaços de porcelana no vinhe-
do. Lá tem muito xisto azul, mica xisto, que
não é tão usual quanto as pessoas acreditam.
Então compramos outra fazenda, um pouco
mais longe, que tem mais xisto marrom com
50 hectares de Syrah predominantemente.
Fomos de negociantes para investidores em
vinhedos. Quando trabalhamos com Syrah,
trabalhamos apenas com uma área muito
especifica. Quando trabalhamos com Caber-
net, trabalhamos com áreas especificas. Que-
remos representar a era moderna da África
do sul, mas com conceito e filosofia do Velho
Mundo, expressar o lugar, o clima, o que se
pode chamar de terroir. Precisamos investir
mais em vinhedos, precisamos achar méto-
dos mais interessantes de cultivar, por isso
também estamos mudando para a certifica-
fotos: divulgação

ção orgânica, em Swartland, com o Choco-


late Block, o vinho premium mais exportado
da África no momento.

Edição 165 >> ADEGA 17


VINHOS AVALIADOS
AD 93 pontos AD 92 pontos
BOEKENHOUTSKLOOF THE CHOCOLATE BLOCK 2013
FRANSCHOOEK CABERNET SAUVIGNON 2015 Boekenhoutskloof, Franschhoek, África do
Boekenhoutskloof, Franschhoek, África Sul (Mistral US$ 83). Tinto composto de 71%
do Sul (Mistral US$ 129). Tinto composto Syrah, 12% Grenache Noir, 5% Cinsault e 1%
de 96% Cabernet Sauvignon e 4% Viognier, com estágio de 16 meses em barricas,
Cabernet Franc, com estágio em barricas barris e foudres de carvalho. O resultado é um
de carvalho francês. Num perfil mais vinho repleto de frutas negras acompanhadas
fresco, tenso e sem medo das notas de de notas de ervas e de especiarias doces, tudo
ervas e de especiarias picantes, típicas bem equilibrado por ótima acidez e taninos
da Cabernet, chamando atenção pela polidos e de grãos finos. Refinado e estruturado,
vibrante acidez e pelos taninos firmes tem final carnudo e persistente, com toques de
e de ótima textura. Tem final longo e grafite e de alcaçuz. Álcool 15%. EM
persistente, com toques de giz e de
grafite. Álcool 14,3%. EM AD 92 pontos
BOEKENHOUTSKLOOF
STELLENBOSCH CABERNET SAUVIGNON 2015
Boekenhoutskloof, Stellenbosch, África do
AD 90 pontos Sul (Mistral US$ 129). Tinto composto de
PORCUPINE RIDGE SAUVIGNON BLANC 2018 86% Cabernet Sauvignon e 14% Cabernet
Boekenhoutskloof, Franschhoek, Franc, com estágio de 20 meses em barricas
África do Sul (Mistral US$ 27). Branco de carvalho francês, sendo 60% novas. Num
elaborado exclusivamente a partir de estilo mais estruturado, potente e maduro,
Sauvignon Blanc, sem passagem por mas também refinado. Mostra fruta de ótima
madeira. Mostra as típicas notas de ervas qualidade, taninos de ótima textura e acidez
envolvendo os exuberantes aromas de refrescante, tudo envolto por notas especiadas,
frutas tropicais e cítricas maduras, que de cedro e de ervas. Álcool 14,7%. EM
se confirmam no palato. Gostoso de
beber e fácil de agradar, chama atenção AD 95 pontos
pela acidez vibrante e pela boa textura, PORSELEINBERG SYRAH 2015
que sustentam toda essa abundância de Boekenhoutskloof, Swartland, África do
fruta. Álcool 12,8%. EM Sul (Mistral US$ 179). Tinto elaborado
exclusivamente a partir de uvas Syrah,
fermentadas em cachos inteiros, sendo 90% em
foudres de carvalho e 10% em ovos de concreto.
AD 94 pontos Impressiona pela harmonia, aliando intensidade,
BOEKENHOUTSKLOOF SÉMILLON 2015 estrutura, potência e também frescor, com
Boekenhoutskloof, Franschhoek, fruta nítida e fluida e taninos de grãos finos
África do Sul (Mistral US$ 80). Branco e de excelente textura, que sustentam o
elaborado majoritariamente a partir de conjunto. Frutado, mas sem comprometer seu
uvas Sémillon (nessa safra incorporaram perfil austero, tem final longo e profundo, com
uma pequena porcentagem de Moscatel deliciosos toques salinos, que trazem ainda mais
de Alexandria), advindas de vinhas vivacidade ao vinho. Álcool 13,5%. EM
velhas, com fermentação espontânea
(sem adição de leveduras), parte em AD 90 pontos
ovos de concreto e parte em barricas, THE WOLFTRAP RED BLEND 2016
com posterior estágio de 14 meses Boekenhoutskloof, Swartland, África do Sul
nesses mesmos recipientes. Complexo (Mistral US$ 25). Tinto composto de 82% Syrah,
e profundo, mostra aromas de frutas 16% Mourvèdre e 2% Viognier, com estágio
brancas e de caroço acompanhadas de 12 meses em barricas de carvalho francês.
de notas de flores, de ervas e de frutos Gostoso de beber, mostra aromas de ameixas e
secos. Denso, exuberante e de textura cerejas seguidos de notas florais, defumadas e
cremosa, tem acidez refrescante e final de especiarias picantes, que se confirmam na
cheio e longo, com toques salinos e de boca. Estruturado, redondo e muito frutado, tem
mel. Ainda está jovem e tem tudo para taninos macios, boa acidez e final agradável,
ficar ainda melhor nos próximos 10 anos. com toques de cerejas e de groselhas.
Álcool 13,7%. EM Álcool 13,5%. EM

18 ADEGA >> Edição 165


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

100 anos em
grande estilo
British Airways lança
espumante para celebrar centenário

A empresa British Airways resolveu lançar seu próprio


espumante inglês para celebrar seu centenário. Uma
equipe de enólogos da British Airways trabalhou com
produtores da vinícola Hattingley Valley para criar um
Blanc de Noir 2015.
“Não há maneira melhor de brindar o centenário
da nossa companhia do que um bom vinho! Adoramos
trabalhar com a Hattingley Valley para criar algo
realmente especial para nossos clientes e essa será a
primeira vez que servimos um espumante inglês Blanc
de Noir a bordo”, comentou Kelly Stevenson, gerente
de vinhos e bebidas da British Airways.
Em busca Fundada em 2008, a vinícola familiar Hattingley
Valley fica em Hampshire. “O espumante inglês é
de cavalos agora incrivelmente popular em todo o mundo, por isso
estamos entusiasmados com a parceria com a British
Enólogo da Mataojo apresentou as
Airways para criar um vinho excepcional”, disse Emma
principais novidades da vinícola
Rice, diretora da empresa.
A Bodega Mataojo foi amor à primeira vista de
Benjamin Steinbruch, que procurava um haras
na Argentina ou no sul do Brasil. Quando foi
convidado a conhecer a fazenda no Uruguai, a
100 quilômetros de Montevidéu, não acreditou
que poderia ser a sua escolha.
Quem conta essa história é o enólogo Jorge
Pehar, com quem a família contribui ativamente
na elaboração e avaliação dos vinhos tendo como
lema: “Não fazemos vinho para vender, vendemos
vinho para fazer”. Pehar esteve em São Paulo
para apresentar algumas das estrelas da vinícola,
importadas pela Winebrands.
AD 90 pontos
MATAOJO ALBARIÑO FRESCO 2018

AD 90 pontos
MATAOJO EDICIÓN ESPECIAL TOURIGA NACIONAL

AD 91 pontos
MATAOJO RESERVA TANNAT 2016

Confira as resenhas na seção CAVE desta edição.

22 ADEGA >> Edição 165


PRIVADO
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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Quer um vinhedo na França? Ficou mais caro...


Preços subiram em 2018 e são o dobro do que custavam em 2011

Dados divulgados pela de preços em 2018. Em os vinhedos classificados sob OS VINHEDOS


agência francesa Safer Bordeaux, Pauillac subiu a denominação regional da FRANCESES MAIS
CAROS EM 2018
mostram que adquirir um 10% para uma média de Borgonha poderiam custar
vinhedo na França vem € 2,2 milhões, e Pomerol relativamente pouco, como € Borgonha Grand Cru
se tornando cada vez mais saltou 20% para € 1,8 milhão, 13.000 por hectare, embora Preço máximo € 14,5m
Preço médio € 6,25m
caro. A empresa disse que embora os melhores vinhedos os melhores locais possam ser
o preço médio atingiu 6,25 de Pomerol possam ser vendidos por até € 73.000. Pomerol
milhões de euros por hectare vendidos por até € 3,6 milhões Os números da Safer Preço máximo € 3,6m
Preço médio € 1,8m
em 2018, um aumento de e os mais baratos possam mostram que o valor total
4% em relação a 2017 – e chegar aos € 1,2 milhão. dos negócios com vinhedos Borgonha Premier Cru
o dobro do preço de 2011. Os compradores têm franceses caiu 31% em 2018, branco
para € 844 milhões (houve Preço máximo € 3m
Para se ter ideia, um único um “foco ainda maior nas
Preço médio de € 1,59m
hectare de vinhas Grand Cru regiões e denominações uma série de compras de
da Borgonha pode custar mais prestigiadas, apesar da alto nível no ano anterior, St-Émilion
até 14,5 milhões de euros escassez de oportunidades e principalmente em St- Preço máximo € 3m
Preço médio € 270.000
atualmente. preços altos”, disse Alex Hall, Émilion).
Obviamente os preços fundador e diretor da agência As vinhas de Côtes de Pauillac
dos vinhedos Grand Cru da imobiliária e consultora Provence, na região de Preço máximo € 2,5m
Preço médio € 2,2m
Borgonha se mantiveram no Vineyard Intelligence, de Var, aumentaram 10% em
topo do ranking de valores no Bordeaux. preço em 2018, para uma Borgonha Premier Cru
ano passado apesar de haver Os preços de vinhedos média de 55.000 euros por tinto
com denominação de hectare. “O sucesso do rosé Preço máximo € 2,25m
grande disparidade entre eles
Preço médio € 680.000
– alguns hectares de Grand origem em toda a França de Provence, particularmente
Cru estavam disponíveis aumentaram 2,4% em em mercados internacionais Champagne
por um preço relativamente 2018 para uma média de € como os Estados Unidos, Côte des Blancs
Preço máximo € 1,8m
baixo, de 2,85 milhões de 147.300 por hectare, segundo tem aumentado a demanda Preço médio € 1,58m
euros, apontou a Safer. a Safer. Mas houve preços por vinhedos na Côtes
Outras regiões francesas tão baixos quanto € 5.000 de Provence, tanto de
valorizadas também por hectare em partes de investidores nacionais quanto
registraram aumentos Beaujolais. Na Côte d’Or, internacionais”, disse Hall.

24 ADEGA >> Edição 165


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Celtas da Inquérito
Borgonha em andamento
bebiam Sindicância busca indícios de fraude em
vinho... rótulos de vinhos de Bordeaux

grego Funcionários da Direccte, órgão de defesa do


consumidor da França, investigam se algumas
É o que sugerem marcas de vinho de Bordeaux estão enganando
pesquisas recentes em os consumidores usando o “nome de marca”
região próxima a Dijon de um château quando o vinho na garrafa
não foi produzido somente pela propriedade
Ao que parece, o pessoal que viveu antes da instalação dos indicada ou as uvas sequer vieram do local
monges cistercienses na Borgonha não tinha tanta noção de apontado.
que o local era propício à produção de vinho de qualidade. Há um foco em vinhos que usam o prefixo
Segundo um estudo, os celtas, no início da Idade do Ferro, “Bordeaux de” mais o nome de um château
que viviam no que hoje é o norte da Borgonha, provavelmente específico, de acordo com um memorando
bebiam vinhos gregos importados. emitido pela Direccte e pelo INAO (órgão
Pesquisadores testaram resíduos de 99 fragmentos que coordena as denominações de origem
de cerâmica recuperados de um assentamento celta em francesas) – a sondagem também analisou
Vix-Mont Lassois, a noroeste de Dijon, entre os séculos se os nomes das denominações foram mal
V e VII a.C. Alguns fragmentos mostraram sinais de utilizados.
terem contido vinho, especialmente pela presença de Em alguns casos, os vinhos são produzidos
ácido tartárico. No entanto, não havia evidências de que por um negociante e não são provenientes de
os habitantes locais cultivassem ou produzissem seus vinhedos da propriedade indicada
próprios vinhos. no rótulo, ou feitos pela equ
uipe
“O vinho consumido em Vix-Mont Lassois foi de vinificação da propriedad de.
provavelmente importado da região do Mediterrâneo, já Embora não haja sugestão de d que
que a escassa evidência de sementes de uva não sustenta alguém tenha agido ilegalm mente
a exploração da videira silvestre local”, disseram os de forma intencional, há reggras
pesquisadores. Eles acreditam que o vinho contido nos quando um rótulo pode ind duzir os
recipientes provavelmente veio da Grécia. consumidores ao erro. No pior
p
Os historiadores acreditam que os celtas faziam festas, cenário possível, os donos das
d
e os arqueólogos também sabem que os colonos da época marcas podem ser multadoss
importavam potes, como ânforas, do Mediterrâneo. As em 300 mil euros e pegar atté
festas em Vix-Mont Lassois também podiam incluir a dois anos de prisão.
ingestão de cerveja e hidromel, disseram os pesquisadores. O jornal local Sud-Oueest
A cera de abelha estava presente em metade dos informou recentemente qu ue
fragmentos de cerâmica feitos localmente, sugerindo que algumas empresas já foram m
os moradores tinham uma propensão ao hidromel ou visitadas por funcionários
gostavam de acrescentar mel às suas bebidas. da Direccte. Disse também m
“Os celtas da Idade do Ferro não beberam apenas que o Château Maucaillou u
vinho grego importado, eles também usaram recipientes em Moulis-en-Médoc haviaa
estrangeiros para beber diferentes tipos de cerveja local”, mudado o nome do seu vin nho
disseram os autores. “Bordeaux de Maucaillou””
para “B par Maucaillou”,
para evitar problemas.

26 ADEGA >> Edição 165


A cada ano que passa, a qualidade inconfundível dos espumantes da Casa Valduga
continua a conquistar os paladares mais exigentes do mundo. E, em 2019, não foi diferente.
Leve para a sua adega esses premiados ícones de sofisticação.

casavalduga.com.br /casavalduga @casavalduga


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

DNA antigo Para a realeza


Pesquisa revela que uva Savagnin Trump foi recebido com Lafite e
é mais antiga do que se pensava "retribuiu" com vinhos da Califórnia

Em recente estudo, pesquisadores Vinhos californianos de uma única vinícola


fizeram testes de DNA para analisar dominaram o menu de bebidas em um jantar
28 sementes de uvas antigas, cujas oferecido pelo presidente Donald Trump ao
idades iam da Era do Ferro, aos tempos príncipe Charles durante sua visita a Londres.
romanos e períodos medievais. E, entre O jantar ocorreu após o banquete oferecido
as descobertas, eles verificaram que uma ao governante norte-americano no Palácio
semente de uva medieval de 900 anos de Buckingham, em que foi servido Château
encontrada em Orleans, na França, Lafite Rothschild 1990.
é geneticamente idêntica à Savagnin Para o jantar em questão, o presidente
Blanc, famosa na produção do Vin Trump, o príncipe Charles, a primeira-
Jaune do Jura. ministra Theresa May e outros convidados se
“Isso significa que a variedade foi encontraram na Winfield House, a residência
plantada por pelo menos 900 anos como do embaixador dos Estados Unidos no Reino
cortes de apenas uma planta ancestral”, Unido. Eles comeram salada de tomates e
disse uma equipe de pesquisadores da burrata fresca, seguida por filé grelhado e,
Universidade de York. A Savagnin Blanc por fim, frutas silvestres com sorvete caseiro
é idêntica à Traminer Weiss, que era de baunilha. A Iron Horse Vineyards foi a
mais conhecida na Europa central, mas vinícola dos vinhos servidos com o Heart of
a menção mais antiga conhecida data the Vineyard Chardonnay 2016, o North
de 1539. “Nossas descobertas estendem Block Pinot Noir 2016 e espumante Joy 2005.
a presença dessa variedade na França por centenas de anos A Iron Horse tem sede em Sebastopol, no
e também sugerem que ou Savagnin Blanc ou seus parentes condado de Sonoma. No entanto, apesar de
diretos foram cultivados na França desde o primeiro século”, brindar com os comensais, Trump afirmou
revelou o artigo na revista Nature Plants. ser abstêmio...
A análise das outras 27 sementes de uva antigas não
revelou quaisquer correspondências diretas em um banco
de dados de uvas modernas, mas algumas sementes da era
romana mostraram uma impressionante semelhança com as
uvas que foram geneticamente ligadas a Pinot Noir e Syrah
– a família Syrah-Mondeuse Blanche e a família Pinot-
Savagnin.
Estudos prévios de DNA mostraram que a Syrah é um
cruzamento natural das variedades de uvas Mondeuse
Blanche e Dureza. Em 2006, os pesquisadores descobriram
uma provável “relação” entre Syrah e Pinot, por mais
improvável que isso pareça.
A equipe de pesquisa disse que espera descobrir
mais evidências arqueológicas que possam revelar mais
variedades de uva. “Para a indústria do vinho de hoje, esses
resultados podem lançar uma nova luz sobre o valor de
algumas variedades de uva”, disse o Dr. Nathan Wales, da
Universidade de York.

28 ADEGA >> Edição 165


LOUCOS POR VINHO

Os tradicionalíssimos vinhos de López de Heredia


são verdadeiros ícones do vinho espanhol.

Fundada em 1877, Viña Tondonia é uma das mais cultuadas bodegas


da Rioja e produz vinhos tintos e brancos em estilo único, hoje sem
equivalente no mundo do vinho, elaborados à moda antiga e aptos
a durar décadas. Segundo a The Wine Advocate de Robert Parker,
os vinhos de Viña Tondonia “desafiam o tempo com sua incrível
juventude”. São vinhos fantásticos, que merecem um lugar cativo
na adega de qualquer enófilo.

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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Com ajuda de Katy DOAÇÃO SURPRESA


Leilão Napa Valley 2019 arrecada quase Quando o último martelo bateu
no leilão do Destin Charity Wine
US$ 12 milhões para instituições de caridade Auction realizado de 26 a 27 de abril
em Miramar Beach, na Flórida, os
Quem abrilhantou o 39º leilão anual pavilhão de caça nos campos de organizadores ficaram decepcionados
Napa Valley foi a cantora Katy Perry, Ontário e golfe e pesca esportiva ao descobrir que haviam ficado US$
400 mil abaixo da meta de US$ 3
com um show para 900 pessoas que no Havaí oferecidos pela Labry
milhões. A decepção durou dois dias
se reuniram no Meadowood Resort, Estate, Staglin Family Vineyard e quando uma doação surpresa de US$
em Santa Helena. O evento de John e Sandi Thompson) arrecadou 1 milhão feita por Ryan Jumonville,
caridade deste ano – organizado pela US$ 620.000. O lote 1 (uma presidente da United Networks of
America, elevou o total do evento a
associação Napa Valley Vintners extravagante excursão de nove dias US$ 3,6 milhões superando os US$
(NVV), que está comemorando seu da Continuum Estate para a Itália) 2,8 milhões do ano passado.
75º aniversário – alcançou quase rendeu US$ 530.000. Ao todo, “Em uma comunidade pequena
como essa, esse tipo de generosidade
US$12 milhões. foram 31 lotes presenciais. é bastante impressionante”, disse
O valor arrecadador em 2019 De acordo com a NVV, o lote de o presidente do evento, John
é menor que o do ano passado, de valor mais alto on-line foi da coleção Russell. Dezesseis instituições de
caridade foram selecionadas como
US$ 13,6 milhões, e de US$ 15,7 de cinco safras da Exzellenz, em
beneficiárias do evento deste ano.
milhões, de 2017, e apenas um lote garrafas de 9 litros, cujos valores O evento doou US$ 3 milhões
angariou mais de US$ 1 milhão não foram divulgados. Entre as 114 diretamente para as organizações
(com dois superando essa marca no ofertas do “Leilão de Barricas”, o selecionadas; os US$ 600.000
restantes foram colocados no fundo
ano passado). VGS Chateau Potelle conquistou de reserva do leilão, guardados para
O lote mais valorizado foi o o primeiro lugar pelo segundo ano possíveis emergências.
Vintners do Vale de Napa “Fund consecutivo e seu 2017 Jean-Noel
the Future”, que arrecadou mais de Fourmeaux angariou US$ 85,250.
US$ 1 milhão em doações diretas, Desde a primeira edição do
variando de US$ 1.000 a US$ Leilão Napa Valley em 1981, o
250.000. Entre os quatro principais evento arrecadou mais de US$ 185
lotes estava o de número 15, a festa milhões.
do 75º aniversário da NVV, para
a qual mais de 102 concorrentes
garantiram entradas.
O lote 21 (uma viagem a um

30 ADEGA >> Edição 165


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Reino Unido
em expansão
Vinhedos britânicos tiveram
um aumento expressivo neste ano
De acordo com a organização WineGB, cerca de três
milhões de videiras foram plantadas na Inglaterra e
no País de Gales neste ano, quase o dobro do volume
plantado em 2018. Isso significa que o Reino Unido agora
tem uma estimativa de 3.500 hectares de vinhedos, um
aumento de 24% em relação ao ano passado.
Um porta-voz disse que a maioria das novas plantações
devem ser de Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier, Simon Robinson, presidente da WineGB, disse: “No
além de Bacchus, embora números precisos ainda não ano passado, definimos nossa visão de que nos próximos
estejam disponíveis. 20 anos, à taxa de crescimento atual, poderíamos produzir
Levará vários anos para que novas videiras produzam cerca de 40 milhões de garrafas por ano. Certamente
vinhos comerciais e o total ainda é pequeno em escala estamos indo em direção a isso”. Enquanto 69% dos vinhos
global – Champagne tem cerca de 34.000 hectares do Reino Unido são espumantes, tem havido também um
plantados –, mas o ritmo de crescimento reflete a interesse crescente no potencial dos vinhos tranquilos nos
confiança da indústria britânica após uma safra de alta últimos anos, particularmente de Bacchus, Pinot Noir e
qualidade como foi 2018. Chardonnay.

Barolo e Barbaresco
Massolino vai produzir também em Barbaresco

na comuna século na produção de vinhos de


de Neive, em Barolo, estamos prestes a iniciar
Barbaresco, de outra grande aventura”, disse Franco
propriedade Massolino, que junto com seu irmão
de Bernardino Roberto representa a quarta geração
Gastaldi. da Massolino.
“É um A Massolino e sua equipe
projeto que cuidarão de todo o processo
pensamos de produção, gerenciamento
há cerca de 10 anos, mas nunca dos vinhedos, vinificação e
A Massolino, fundada em 1896, é encontramos as vinhas certas. O envelhecimento. Estas últimas
um dos produtores mais celebrados recente acordo que fizemos com operações serão realizadas em
de Serralunga d'Alba, em Barolo. o proprietário de algumas vinhas uma vinícola da Massolino em
Agora, porém, a vinícola está fantásticas permitirá que o nosso Alba. Embora existam algumas
expandindo seus horizontes e sonho se torne realidade. Estamos exceções históricas, por lei, Barolo e
entrou em acordo para alugar entusiasmados com a ideia de que, Barbaresco devem ser feitos em suas
cerca de 4 hectares de vinhedos finalmente, depois de mais de um respectivas zonas de produção.

32 ADEGA >> Edição 165


Gala
A Luigi Bosca convida você para viver uma noite muito premiada.

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Gala 4 2013 - Descorchados
pontos

Nossas Enotecas:
z BELO HORIZONTE: (31) 3287-3618 z BRASÍLIA: (61) 3349-1943 z CURITIBA: (41) 3039-2333
z LONDRINA: (43) 3024-0010 z PORTO ALEGRE: (51) 3508-7968/3346-4546 z SANTOS: (13) 2104-7555
z SÃO JOSÉ DOS CAMPOS: (12) 3923-8593 z MARÍLIA: (14) 3453-5679 z PIRACICABA: (19) 3402-8462
z RIO PRETO: (17) 99145-2041 z CAMPINAS: (19) 3295-1994 z RIBEIRÃO PRETO: (16) 3442 5474
z BLUMENAU: (47) 3326-0111 BRUSQUE: (47) 3351 7972 BALNEÁRIO CAMBORIÚ: (47) 3360-0206
z JOINVILLE: (47) 3434-4466 z SÃO BENTO DO SUL: (47) 3633-6290 FLORIANÓPOLIS: (48) 3223-5565 A verdade do vinho.
z CAMPO GRANDE: (67) 3383-3207/3383-1633 z GOIÂNIA: (62) 3954- 0077 z SALVADOR: (71) 3382-0375
z BELÉM: (91) 3241-3216

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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Tudo mapeado
Toda a área de vinhedos da Austrália foi
mapeada por satélite

Um mapeamento por satélite financiado pela


Wine Australia e conduzido pela Consilium
Technology abarcou literalmente todos os
vinhedos australianos em um programa
chamado “National Vineyard Scan”.
Curiosamente, descobriu-se que a área é 8%
maior do que se pensava anteriormente.
Os novos dados substituirão a antiga pesquisa
do setor do Departamento de Estatísticas da
Austrália, que foi emitida pela última vez
em 2015. Na época, o documento registrou
135.133 hectares de vinhas no país, mas o novo
escaneamento mostrou que há 146.128 ha.
Recorde da Sotheby’s As regiões que “ganharam” mais vinhedos
são: Barossa Valley, Riverland e Margaret River.
Valor arrecadado no primeiro semestre é histórico
Enquanto isso, Riverina e Murray Darling
tiveram as reduções mais significativas. Outros
Os leilões de vinhos da Sotheby's alcançaram US$ 65
dados interessantes da varredura incluem: o
milhões no primeiro semestre de 2019, um aumento de
comprimento total de todas as linhas de videiras
23% em relação ao mesmo período de 2018 e o maior
na Austrália é de 463.718 quilômetros – o
total desde o início dos leilões de vinhos em 1970.
suficiente para dar a volta na Terra 11 vezes
Os resultados foram impulsionados enormemente
–; a densidade média das linhas de videira foi
por um leilão de quatro dias em Hong Kong que
de 3,17 km/ha e foram identificadas 75.961
angariou US$ 34,8 milhões no total, um novo recorde
parcelas individuais. A maior identificação
mundial para uma série de vendas de vinho. As 75 caixas
geográfica é Riverland e a menor é Hastings
de vinhos Mouton Rothschild vendidos para ajudar
River.
o Palácio de Versalhes e a Catedral de Notre-Dame
Além disso, o mapeamento permitiu
adicionaram mais US$ 2,7 milhões.
uma avaliação das densidades de plantio
Enquanto isso, o mais recente leilão em Londres,
por indicação geográfica e sub-regiões. A
em junho deste ano, registrou US$ 3 milhões, o maior
porcentagem de vinhedo dentro de cada sub-
resultado deste ano para uma venda na capital. Se o
região de IG também pode ser calculada agora.
ritmo continuar, a casa de leilões pode estar a caminho
“Esta varredura fornece ao setor uma base muito
de quebrar o recorde de US$ 100 milhões alcançado no
boa para pesquisas de acompanhamento que
ano passado.
serão realizadas nos próximos dois anos”, disse o
“A força contínua do mercado de vinhos finos,
CEO da Wine Australia, Andreas Clark.
combinados com a confiança de alguns dos maiores
colecionadores do mundo, que compram e vendem os
seus vinhos através de nós, resultou em mais um recorde
– mais de 20% à frente de qualquer ano anterior e mais
do que qualquer outra casa de leilões”, afirmou Jamie
Ritchie, diretor mundial da Sotheby’s.

34 ADEGA >> Edição 165


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Novo presidente
Aurelio Montes foi nomeado
presidente da Wines of Chile

Durante a assembleia anual da Wines of Chile,


Aurelio Montes foi nomeado como o novo presidente
da associação comercial. Seu mandato vai até 2021.
“Estou muito orgulhoso de ter essa responsabilidade e
estou muito animado”, afirmou.
Montes é um dos nomes mais respeitados da
indústria chilena, não apenas como membro fundador
da Viña Montes, mas por seu papel de liderança
no mercado. Formado pela Universidade Católica
do Chile, seu primeiro emprego na indústria foi
como enólogo na Viña Undurraga por 12 anos e,
posteriormente, na Viña San Pedro, antes de criar
a Viña Montes em 1988. Ele já atuou como vice-
presidente da Sociedade Nacional de Agricultura e
Vinhos do Chile entre 2013 e 2015. Escândalo
Ele terá como vice-presidente Mario Pablo Silva, Importadora é acusada de fraudar ICMS
da Viña Casa Silva. A Wines em São Paulo
of Chile foi criada em abril
de 2007, com o propósito Uma operação batizada Vino Veritas fez
de unificar os esforços uma busca na importadora Orion, de São
da indústria chilena de Paulo, investigada por supostamente fraudar o
vitivinicultura. A entidade pagamento de ICMS por meio de manobras
reúne 74 produtores. fiscais. Segundo autoridades, a empresa deveria
R$ 200 milhões em impostos ao estado de São
Paulo.
A fiscalização foi feita em quatro pontos
da capital paulista e buscou verificar se outras
fraudes estavam ocorrendo. Para sonegar
impostos, o grupo simulava importações de
vinhos por contribuintes situados em Alagoas
para depois transferir as mercadorias para
empresas de São Paulo. Depois, as bebidas eram
vendidas sem o recolhimento de ICMS. Com
isso, desde o começo de 2018, mais de R$ 60
milhões de vinhos foram comercializados sem o
imposto devidamente recolhido. A investigação
afirma ainda que a empresa mantinha laranjas
no quadro societário para ajudar nas fraudes.
Uma ação judicial provisória bloqueou R$ 7
milhões em ativos financeiros da empresa, além
de 20 veículos (entre eles carros de alto luxo) e
nove imóveis de integrantes do grupo.

36 ADEGA >> Edição 165


MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Vinhedo no teto
Designers querem usar vinhas para cobrir edifício em Milão
A empresa de design italiana Carlo desenvolvido em parceria
Ratti Associati (CRA) venceu uma com o grupo imobiliário
competição para transformar um local Covivio e com o consórcio
industrial em desuso em Milão em italiano Habitech.
um prédio de escritórios e centro de O antigo espaço
pesquisa que será adornado com 200 industrial vazio está
metros de videiras. localizado perto do museu
A CRA venceu a competição de arte contemporânea
“reinventing cities”, organizada pelo Fondazione Prada. O
C40 Cities Climate Leadership Group. projeto também inclui
O seu design apresenta um novo uma praça, mais de 5.000
edifício de escritórios que também metros quadrados de espaço
contará com um restaurante no público, e terraços e estufas
piso térreo e um centro de pesquisa para agricultura urbana e
molecular e oncológica. cultivo hidropônico.
O projeto, chamado Vitae, terá um A competição foi criada
caminho coberto por uma pérgola de para recompensar projetos
vinhas com 200 metros. A empresa urbanos neutros em
não comentou quais variedades de carbono, com o objetivo de tecnologias, agora é possível atingir
uva devem ser plantadas nem se vinho promover a sustentabilidade urbana. esse objetivo mesmo no coração
seria produzido a partir das videiras. A construção deve começar no final da cidade – isso é particularmente
Inspirado pelo design biofílico, um deste ano. “Estamos falando da relevante em um prédio dedicado à
princípio de construção que usa o tendência natural de nossa espécie em pesquisa científica”, afirmou Saverio
plantio para aumentar a conexão buscar nossa felicidade por meio da Panata, sócio da CRA e gerente de
com o ambiente natural, o projeto foi imersão na natureza. Graças às novas projetos da Vitae.

Pedal benevolente
Desafio de ciclismo feito por empresas da indústria do vinho ajuda instituto de caridade
O diretor do comércio de vinhos Fertuna, em Maremma e seguindo do Champagne Ayala no Bollinger
Mentzendorff, Andrew Hawes, criou para o norte em direção a Ciacci Family Group (SJB). Desde então,
um desafio de ciclismo de 350 km para Piccolomini via Montalcino, antes de foram realizadas nove “corridas”, que
ajudar a instituição The Benevolent. terminar em Siena. Todos os fundos passaram por alguns locais deslumbrantes,
Esse é o décimo passeio “Mentzendorff arrecadados com a viagem vão para incluindo Bodegas Roda, em Rioja,
Charity Ride”, que conta com a o The Benevolent, que têm como Domaine Chanson, na Borgonha, e
participação dos membros da equipe alvo problemas de saúde mental Taylor’s Port, no Vale do Douro.
de Mentzendorff, mas também com na indústria de bebidas. Este ano, O passeio anterior ocorreu em
pessoas de outras empresas. O passeio pretende-se alcançar um valor de £ 2015, indo de M. Chapoutier em
deste ano teve duração de quatro dias e 20.000. Tain Hermitage, no norte do Rhône,
percorreu regiões da Toscana. O primeiro Mentzendorff Charity via Mont Ventoux até Colliure, na
A rota de 350 km incluiu as Ride foi realizado em 2005 com uma fronteira espanhola. Todos os passeios
lendárias estradas “Strade Bianche” rota levando os participantes de Calais arrecadaram mais de £ 100.000 para o
da Toscana, começando em a Champagne para marcar a entrada The Benevolent.

38 ADEGA >> Edição 165


BOCCATI
UTILIDADES
MUITO ALÉM DE VINHOS,
UM NOVO SEGMENTO!
Indústria própria com fabricação
de utilidades em plástico. São
diversas cores e modelos de
produtos personalizáveis, como
champanheiras, taças, copos,
organizadores, acessórios,
dentre outros. Toda nossa linha
pode ser encontrada no site
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MUNDOVINO | EVENTOS DO MUNDO DO VINHO

Disputas Encontro no winebar


Aplicativo de namoro vai lançar
sangrentas bar de vinho em Nova York
por terra O aplicativo de namoro Bumble está expandindo sua
África do Sul registra marca com a abertura de um café e winebar em Nova
morte de produtor por York. O Bumble Brew, no distrito de SoHo, funcionará
questões agrárias como um café durante o dia, servindo café e doces, e
um bar de vinhos à noite.
Stefan Smit, de 62 anos, Lançado em colaboração com a Delicious
proprietário da Louiesenhof Wines, na África do Sul, Hospitality, os pratos servidos no bar evitarão comidas
foi baleado e morto na frente de sua esposa por quatro inoportunas como hambúrgueres e espaguete. “Nada
suspeitos armados no domingo, 2 de junho, devido a de espaguete, nada que seria estranho em um primeiro
uma disputa de terras. De acordo com jornais, Smit, sua encontro”, disse Ellis Roche, chefe de equipe da
esposa Zurena e um amigo da família estavam jantando Bumble. Os pratos serão de criação do chef Ryan
às 19h, quando quatro homens usando balaclavas Hardy. A carta de vinhos incluirá 15 rótulos em taça
entraram pela porta destrancada e atiraram. de US$ 12 a US$ 16, além de uma lista de garrafas
A Stellenbosch Agricultural Society e a Stellenbosch feitas com variedades de uvas bem conhecidas, como
Wine Routes divulgaram uma declaração conjunta Pinot Noir, de regiões fáceis de pronunciar.
à imprensa condenando o assassinato. “Stellenbosch O bar servirá
Agricultural Society e Stellenbosch Wine Routes como um espaço
condenam veementemente este ato, que deixou de reunião para
a comunidade agrícola com raiva e perturbada, os usuários
especialmente considerando as mortes contínuas da Bumble
de agricultores e trabalhadores agrícolas em Cape interessados em
Winelands, mas também no país em geral”. A Transvaal fazer contatos,
Agricultural Union, organização que representa os namorar ou
interesses dos agricultores, registrou 84 assassinatos em encontrar
2017. Outras 15 pessoas foram mortas em fazendas nos amigos, além de
primeiros três meses de 2018. sediar eventos
De acordo com informações, Smit se envolveu em de networking e
uma disputa de terras em 2018, quando moradores de encontros. Com
uma cidade vizinha ergueram barracos em suas terras e 70 lugares, ele
se recusaram a sair. Smit havia pedido uma liminar para deve abrir na
removê-los. Mulberry Street.
A situação tem sido agravada por um debate político Fundada em
em andamento sobre uma emenda da constituição 2014 em Austin,
da África do Sul para permitir que as terras sejam Texas, a Bumble
tomadas dos agricultores sem se ter que compensá-los. tem mais de
“A Stellenbosch Agricultural Society e a Stellenbosch 60 milhões de
Wine Routes responsabilizam o governo e pedem a usuários em 150
eles que atuem com extrema urgência para garantir a países. Cerca de
segurança de todos os agricultores, trabalhadores rurais 40% dos usuários
e suas famílias”, disse o comunicado. residem em
Manhattan.

40 ADEGA >> Edição 165


Ilegal
Receita Federal apreende garrafas
de vinho no Porto de Suape
Na sexta-feira, 14 de junho, a Receita não declarada
Federal interceptou um container aconteceu no Porto
com 346 garrafas de vinho, avaliadas de Suape, Recife.
em mais de R$ 100 mil. Na foto Além das
divulgada, vê-se garrafas de Gaja, garrafas de vinho, a Receita
Pio Cesare, Ca’del Bosco e outras encontrou 168 latas de polpa de A Receita afirmou que a empresa
marcas italianas famosas. Elas tomate. A importadora perdeu pode responder a processo e pode ser
estavam escondidas em meio a uma toda a mercadoria não declarada autuada pelo crime de descaminho,
carga de moldes e equipamentos e incompatível com a atividade da que é a tentativa de ingressar
para a fabricação de mesas e cadeiras empresa, pois trabalha com produção produtos sem o pagamento de
plásticas. A apreensão da mercadoria de artefatos de material plástico. impostos.

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é a Nossa Arte!
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GRANDES DEGUSTAÇÕES | por CHRISTIAN BURGOS

Douro
Primeira
ProvaParticipamos da grande
degustação do que está
para ser lançado e fizemos
nossa seleção

44 ADEGA >> Edição 165


divulgação

Edição 165 >> ADEGA 45


O Douro é separado do Porto por uma cadeia de
montanhas com 1400 metros de altitude. Se não
fosse o rio, essas montanhas seriam intransponíveis
e a vitivinicultura não teria se estabelecido, pois
seria inviável levar o vinho até o Porto

C
omo você pôde acompanhar pelo Symington pontuou em sua abertura que este é um
Instagram da revista ADEGA (@ grupo que se uniu e que investe em suas iniciativas
revistaadega), participamos no co- sem qualquer financiamento do Estado português
meço de maio da primeira edição ou da União Europeia. As degustações ocorreram
do “Douro Primeira Prova”, uma diariamente das 9h até as 17h no Museu Casa do
espécie de en primeur do Douro, em que pude- Douro, numa linda sala onde são exibidos os nomes
mos degustar cerca de 170 vinhos, sendo brancos de vilas ao redor do Douro. Symington ressaltou
da safra 2018; tintos e Vinho do Porto de 2017, que se estivéssemos na Borgonha estes nomes de
que serão lançados, assim como os espumantes. vilas seriam os nomes dos vinhos, e que “é uma ver-
Esta é uma excelente iniciativa do grupo de 26 gonha que ainda não seja assim” nesta que é uma
produtores que se batizaram de “novo Douro”. Paul das primeiras regiões demarcadas do mundo.

46 ADEGA >> Edição 165


O Douro é uma das
primeiras regiões
demarcadas do
mundo graças à
iniciativa do genial
Marques de Pombal

fotos: divulgação
Produção média é de
apenas 4 toneladas por
hectare de uva
64 variedades de uva são
permitidas na região para a
elaboração de vinho

O solo do A safra de 2017 brio. Além disso, o normal nos Vintages já é esperar
vale do Uma das mais interessantes características de os taninos evoluírem junto com os outros compo-
Douro é uma degustação como esta é que, ao degustar
tantos vinhos de uma mesma safra lado a lado,
nentes em garrafa antes do consumo.
Já os tintos tranquilos fizeram os enólogos
de xisto, temos um panorama bastante preciso da safra, pensarem muito neste ano. Quando degustamos,
cercado de quase como um pequeno guia do que está che- estamos sempre pensando em curvas, a curva de
granito por gando do Douro. Este tipo de degustação com
tamanha possibilidade de comparação e com
maturação da fruta versus a maturação dos ta-
ninos antes da colheita, e depois da elaboração.
todos os tanta proximidade com os enólogos é uma prova Cada enólogo buscou seu caminho que, em ge-
lados da dedicação, transparência e desprendimento ral, se abriu em quatro vertentes: esperar os tani-
de todos os 26 produtores. nos chegarem e lidar com a fruta madura; usar
A safra 2017 foi muito desafiadora, sobretudo a madurez da fruta para fazer frente aos taninos;
para tintos, pois uma onda de calor de duas se- usar as barricas para domar os taninos; fazer ex-
manas ao final do ciclo de maturação teve como tração leve para evitar o excesso de taninos. Cada
consequência uma das colheitas mais precoces da caminho, executado com maestria, trouxe impli-
história da região, com rápida maturação da fruta cações para qual consumidor (gosto) se destinará
e, portanto, dos açúcares. O desafio foi encontrar o vinho, quando este estiver pronto, e qual seu
o caminho para harmonizar os taninos cuja matu- potencial de evolução. Mas definitivamente esta
ração demora mais que o dulçor da fruta. é uma safra na qual vale a pena se ater às avalia-
A safra foi considerada um ano Vintage para os ções e descrições ao escolher seu tinto.
Portos, curiosamente o terceiro seguido, e sendo ta- Por fim, os brancos de 2018 se saíram mais ho-
ninos poderosos e dulçor as características naturais mogêneos e muito bem, com fruta rica, alegria e
desses fortificados, a questão foi calibrar o equilí- equilíbrio.

48 ADEGA >> Edição 165


fotos: divulgação
POR DENTRO
DA DEGUSTAÇÃO
Éramos 25 degustadores
do mundo, e o inglês
a língua oficial para
os representantes do
Japão, Polônia, Noruega,
Alemanha, Estados
Unidos, Inglaterra,
Rússia, França, Canadá
e também nós do
Brasil. O serviço de
vinhos foi realizado
voluntariamente por
enólogos, proprietários
e outros representantes
das vinícolas. Pudemos
degustar os vinhos
que quiséssemos, na
ordem e no ritmo que
desejássemos. Optei
por degustar todos os
brancos e tintos no
primeiro dia, os Portos
na manhã do segundo
dia. Repassar minhas
curiosidades na tarde
do segundo dia e, por
fim, fazer um tira-teima
de meus prediletos na
manhã do último dia.
Nesta ocasião, pude
compará-los ainda mais
detalhadamente e refinar
mais a seleção dos
campeões de ADEGA nas
categorias brancos, tintos
e Porto Vintage.

Edição 165 >> ADEGA 49


AVALIAÇÃO
Os melhores vinhos do Douro na opinião de ADEGA
Brancos da safra 2018 e tintos e Portos da safra de 2017
Do total de vinhos degustados, selecionamos dois espumantes,
20 brancos, 32 tintos e 20 Portos Vintage para publicar.

NOSSA SELEÇÃO
BRANCOS 2018
Destaques AD 90 pontos Passeio na horta com muita erva e
ENTRE OS 3 BAGOS BRANCO 2018 legumes. Um vinho fresco e equilibrado.
Destaques Lavradores da Feitoria, Douro, Portugal Aliás, o equilíbrio é sua marca, mas
(Adega Alentejana). Corte de Viosinho, a fruta e textura contribuem, e muito.
BRANCOS 2018 Gouveio, Rabigato. Belo vinho, consegue
se posicionar entre o confortável e o
12,5% de álcool. CB

AD 93 pontos desafiador. A fruta madura e o final a mel AD 92 pontos


REDOMA RESERVA BRANCO 2018 dão suporte para a vibração que vem BRANCO DA RIBEIRA BRANCO 2018
Niepoort, Douro, Portugal com a acidez. 13% de álcool. CB Poças, Douro, Portugal (Cantu). Corte
(Grand Cru). Amostra de Arinto e Códega. Um belíssimo
de barrica. Field blend. AD 90 pontos branco. Alegre e vibrante. Com a fruta
Um vinho fascinante. ALTANO BRANCO 2018 protagonizando. Nectarina e pêssego
Um field blend que Symington, Douro, Portugal (Mistral). maduros, mel de laranjeira e excelente
expressa aquele Maracujá e capim, que se confirmam em frescor. Companhia para os queijos no
etéreo dos grandes. A boca. Um suco de frutas com final de verão e fondue de queijo no inverno. 13,5%
limpidez que alcança boca refrescante de ervas. Gostei como de álcool. CB
é uma celebração. A se ampara no tripé completo da fruta,
fruta é amarela fresca acidez e estrutura. O final de boca é AD 91 pontos
(pêssego e pera) e longo e marcante. CB CEDRO DO NOVAL BRANCO 2018
acompanhada de Quinta do Noval, Douro, Portugal (Adega
belas ervas doces. AD 92 pontos Alentejana). Corte de Viosinho e Gouveio.
O uso da madeira ALTANO RESERVE BRANCO 2018 Esse branco tem a fruta suculenta na
é milimétrico Symington, Douro, Portugal (Mistral). medida certa. O pêssego é a base e é
e aporta ao Esta amostra de barrica já se revela um acompanhado de ervas. A isso juntam-se
vinho sem se grande vinho. Já com estrutura bem os aspargos, vibrante acidez e um final com
exibir. Um tipo integrada à madeira. A fruta é límpida, mel. O ataque em boca traz volume, sem
de madeira amarela madura acompanhada do cítrico dulçor. 12,5% de álcool. CB
“stealth”, como da laranja também madura. Excelente
os bombardeios estrutura e uma textura mineral, quase AD 90 pontos
de última salina. CB CRASTO BRANCO 2018
geração, e olha Quinta do Crasto, Douro, Portugal
que se trata de AD 89 pontos (Qualimpor). Corte de Viosinho, Gouveio e
uma amostra ALUZÉ BRANCO 2018 Rabigato. Um vinho franco, direto, límpido
de barrica. Um Quinta do Pessegueiro, Douro, Portugal e saboroso. A textura e vibração são suas
“Borgonha” (World Wine). Corte de Rabigato, Gouveio marcas. A fruta é muito fresca, com pera
jovem com e Cercial. Boa fruta e um toque mineral. e laranja madura. Encanta pela limpeza,
estrutura e Saboroso, com final de boca de laranja mineralidade e volume de boca. 12% de
mineralidade madura, quase tangerina. 13% de álcool. álcool. CB
para dar e CB
vender. CB AD 91 pontos
AD 89 pontos CRASTO SUPERIOR BRANCO 2018
ASSOBIO BRANCO 2018 Quinta do Crasto, Douro, Portugal
Quinta dos Murças, Douro, Portugal (Qualimpor). Corte de Viosinho e Verdelho.
(Qualimpor). Corte de Verdelho, Gouveio, Este vinho é uma amostra de barrica e,
Viosinho, Rabigato e Códega de Larinho. por isso, é compreensível a expressão da

50 ADEGA >> Edição 165


madeira. O importante é que até mesmo
neste ponto as frutas conseguem manter seu
protagonismo. Tem belo floral e um toque de
canela (a esta altura). Em boca, a fruta é o
pêssego fresco. Acidez e estrutura definem
este belo vinho. 12,5% de álcool. CB

AD 90 pontos
DUAS QUINTAS BRANCO 2018
Ramos Pinto, Douro, Portugal. Corte de
Rabigato, Viosinho e Arinto. Muito bom
vinho. Amplo e fresco, guloso com muito
pêssego maduro com um toque de caldas
e ainda assim muito equilibrado. Para
agradar iniciantes e iniciados. 13% de
álcool. CB

AD 89 pontos
FLOR DE TECEDEIRAS BRANCO 2018
Quinta de Tecedeiras, Douro, Portugal
(Winebrands). Corte de Arinto, Viosinho,
Códega do Larinho. Fresco, franco e direto,

divulgação
um vinho delicioso de tomar. A fruta é pera
e tem cítrico de lima da pérsia. Delicioso e
nada pretensioso. 13% de álcool. CB

AD 90 pontos
GURU BRANCO 2018
Wine&Soul, Douro, Portugal (Adega e elegante, combinando estrutura e de Rabigato, Viosinho, Códega, Arinto
Alentejana). Um field blend de vinhas untuosidade. Em boca, sentimos também e Gouveio. A fruta, pera deliciosa, é
velhas que encanta e envolve. Temos a ervas e a laranja madura. E ao final do acompanhada de capim, que lhe dá uma
fruta, a acidez que vibra e a mineralidade palato é limpo e fresco. 12,5% de álcool. camada extra. Uma certa estrutura e
que aporta textura, terminando com uma CB textura lhe tornam muito gastronômico.
estrutura que pede um peixe regado ao 13% de álcool. CB
molho de manteiga. 12,5% de álcool. CB AD 89 pontos
PASSAGEM BRANCO RESERVA 2018 AD 89 pontos
AD 90 pontos Quinta da Rosa, Douro, Portugal (Adega TONS DE DUORUM BRANCO 2018
LA ROSA BRANCO RESERVA 2018 Alentejana). Corte de Viosinho, Gouveio, Duorum, Douro, Portugal (Casa Flora/
Quinta da Rosa, Douro, Portugal (Adega Rabigato e Códega do Larinho. Um vinho Porto a Porto). Corte de Viosinho,
Alentejana). Corte de Viosinho, Arinto, branco guloso e com boa acidez. O toque Rabigato, Verdelho, Arinto e Moscatel
Códega do Larinho, Rabigato e Gouveio. de ervas e pêssego é sua marca. Final a Galego Branco. Muito saboroso, deixa a
Aqui a fruta encontra o alicerce que mel. 13% de álcool. CB fruta brilhar amparada pelo frescor. Bom
precisa na madeira e, também pelo fato volume de boca e um final a camomila.
de ser mais madura e amarela, tem AD 92 pontos 12,5% de álcool. CB
laranja bem madura também. Ainda assim PÓ DE POEIRA BRANCO 2018
guarda o ligeiro amargor de agrião que a Quinta do Poeira, Douro, Portugal (Adega AD 92 pontos
tempera. Um vinho equilibrado e cheio de Alentejana). Um Alvarinho com nariz VALE D. MARIA VINHA DO
personalidade e vida. 13% de álcool. CB floral de primavera e um toque de floresta MARTIM DOURO BRANCO 2018
de pinus. A fruta é deliciosa, laranja e Quinta Vale D. Maria, Douro, Portugal.
AD 92 pontos nectarina. Acidez e um sexy dulçor ao fim Exuberante. O nariz é um lindo buquê
MEANDRO DO VALE MEÃO BRANCO 2018 de boca. 13% de álcool. CB de flores. Fruta amarela, nectarina doce e
Quinta do Vale Meão, Douro, Portugal damascos frescos. Tudo conjugado com
(Mistral). Corte de Rabigato e Arinto. Muita AD 91 pontos leveza. Tem força e equilíbrio ao mesmo
fruta amarela. Poderoso, com acidez na RAMOS PINTO DUAS QUINTAS RESERVA 2018 tempo com um final agradável que traz
medida, quase picante. Muito equilibrado Ramos Pinto, Douro, Portugal. Corte especiarias doces e anis. CB

Edição 165 >> ADEGA 51


TINTOS 2017
AD 90 pontos AD 93 pontos
ALUZÉ RED 2017 CHARME 2017
Quinta do Pessegueiro, Douro, Portugal Niepoort, Douro, Portugal (Grand Cru).
(World Wine). Corte de Touriga Nacional e Um caminho de Borgonha no Douro.
Touriga Franca. Opulento e guloso. A fruta Vibração. Ameixa madura saída do pomar
é amora bem madura, equilibrada por boa e um toquezinho lácteo aconchegante. Os
acidez e taninos muito bons. 14,5% de álcool. taninos são lindos, e o vinho é suculento,
CB com a acidez realçando tudo e trazendo
um facho de luz sobre a fruta. Field blend.
Destaques AD 91 pontos
ASSOBIO 2017
13,5% de álcool CB
ENTRE OS
Destaques
Quinta dos Murças, Douro, Portugal AD 92 pontos
(Qualimpor). Corte de Touriga Nacional, CRASTO TINTO 2017
Touriga Franca e Tinta Roriz. A fruta é Quinta do Crasto, Douro, Portugal
TINTOS 2017 lindíssima. Suculenta, quase um suco de (Qualimpor). Touriga Nacional, Tinta
ameixa. A acidez certamente contribui para Roriz, Touriga Franca, Tinta Barroca. Um
AD 94 pontos esta clareza. E os taninos se camuflam em primor de fruta e elegância. Os aromas são
BATUTA 2017 sua elegância, mas conferem fundação e elegantes caminhando pelo floral e frutas
Niepoort, Douro, Portugal estrutura a este vinho. 13,5% de álcool. CB vermelhas, que se confirmam em boca,
(Grand Cru). Amostra de como um suco de cerejas batido com o
barrica. Field blend. AD 93 pontos caroço. Tudo balanceado e equilibrado.
Aqui a fruta tem um BOA-VISTA RESERVA 2017 Os taninos são poderosos e a acidez se
perfil aristocrático, Quinta da Boavista, Douro, Portugal harmoniza com todo o conjunto. 13,5% de
uma finesse no nariz (Winebrands). Esta amostra de barrica do álcool. CB
do tipo maceração reserva está linda e segue o caminho dos
carbônica. Elegância já irmãos mais velhos. O aroma deste field AD 92 pontos
percebida na leveza de blend revela ameixas e anis. A fruta está em FLOR DE TECEDEIRAS 2017
sua cor, conquistada seu esplendor na boca e promete. Taninos Quinta das Tecedeiras, Douro, Portugal
com menor presentes e de excelente qualidade. Tem um (Winebrands). Corte de Touriga Nacional,
extração, ainda toque a capim de campo seco que dá um quê Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinto Cão,
que com taninos de elegância ao vinho. 14% de álcool. CB Tinta Amarela e Tinta Barroca. Sempre
poderosos. O um dos meus favoritos. O equilíbrio de
perfil de fruta AD 93 pontos fruta madura, vibração e taninos têm a
é complexo e CÃO DANADO 2017 sutileza de um branco no corpo de um
em camadas, Quinta do Pessegueiro, Douro, Portugal tinto. Delicioso para tomar hoje e por mais
com a cereja (World Wine). Mais um vinho que mostra a cinco anos. Tem os taninos poderosos
evidente, um capacidade da Tinto Cão em seu estilo mais desta safra, e as ervas tão características
tempero de rústico e cheio de originalidade. Nariz invade dos vinhos do Douro se expressam com
terra molhada e, com floral seguido de mirtilo. Em boca, protagonismo no fim de boca. CB
por fim, pimenta consegue manter um frescor autêntico de
negra. O final cereja no pé, tão desejado num ano como AD 91 pontos
é fruta e tem 2017. Belíssimo vinho. Encantadoramente MANOELLA 2017
retrogosto ao rústico, como o nome deixa antever, o tanino Wine&Soul, Douro, Portugal (Adega
estilo Borgonha chega forte ao final. Deve evoluir muito em Alentejana). Corte de Touriga Nacional,
de Pacalet garrafa. Garçom, uma picanha malpassada Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta
e Prieuré- por favor. 14% de álcool. CB Francisca. O nariz é convidativo com fruta
Roch. Está suculenta. Em boca, confirma o dulçor da
delicioso hoje AD 92 pontos cereja madura, com boa acidez e taninos
e espero poder CEDRO DO NOVAL 2017 estruturados. 14% de álcool. CB
acompanhar Quinta do Noval, Douro, Portugal (Adega
sua evolução por Alentejana). Corte de Touriga Nacional, Syrah AD 93 pontos
muitos anos, visto e Touriga Franca. A fruta do Cedro do Noval MINAS 2017
que representa um caminho de é sempre um destaque. Neste caso, um suco Quinta dos Murças, Douro, Portugal
estilo ao Douro. CB de frutas vermelhas e negras bem maduras. (Qualimpor). Corte de Touriga Nacional,
A acidez e taninos compõem o quadro, mas Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Cão
permitem que a fruta seja o que lembramos. e Tinta Francisca. No nariz, as ervas se
14% de álcool. CB juntam à ameixa. Em boca, bela fruta,

52 ADEGA >> Edição 165


divulgação
Destaques
ENTRE OS
Destaques
suculenta, mas fresca. Um alívio de fruta é límpida e amparada por traços de
elegância. Muita ameixa madura, acidez chá. Bons taninos e rica acidez completam
presente, assim como os taninos. Ainda o quadro de um vinho feito para durar.
que esteja pronto para ser degustado Pede e merece mais três anos em garrafa
hoje, esta presença de fruta e taninos antes de abrir. 14% de álcool. CB TINTOS 2017
nos convida a acompanhar sua evolução.
Um companheiro para a mesa, como um AD 93 pontos AD 94 pontos
prato de massa com recheio de mozarela PÓ DE POEIRA 2017 QUINTA DA OLIVEIRINHA VINHA
de búfala e manjericão com molho de Quinta do Poeira, Douro, Portugal (Adega FRANCA TINTO 2017
tomate. 13,5% de álcool. CB Alentejana). Field blend. Muito saboroso Alves de Sousa, Douro,
e suculento. Revela o frescor de blueberry Portugal (Decanter). Corte
AD 92 pontos maduro combinado com as ervas e lindo de Touriga Franca,
MIRABILIS GRANDE RESERVA 2017 floral. Combina um pouco de mentol Touriga Nacional e
Quinta Nova de Nossa Senhora do refrescante, com boa untuosidade, que abre Sousão. Um vinho
Carmo Douro, Portugal (World Wine). caminho para os taninos potentes e polidos com perfil clássico.
65% field blend de vinhas velhas e 35% amparados por bela acidez. 14% de álcool. O nariz, dos mais
de Tinta Amarela. Aroma de ameixa bem CB elegantes da prova,
madura e madeira sutil. Em boca, a fruta segue mais para
tem grande intensidade e a madeira de AD 91 pontos o bosque, com
qualidade está mais presente, trazendo POST SCRIPTUM 2017 musgo, intenso floral
um toque de café. A acidez é muito boa, Prats & Symington, Douro, Portugal e esteva. A fruta é
bem como os taninos que são presentes (Mistral). Um grande vinho num perfil amora. Em boca, tem
e bem polidos. O fim de boca é longo e mais aristocrático. A ameixa madura se grande frescor, quase
creio que o vinho vai ganhar muito com a mostra junto a toda uma gama de ervas e mentol e os taninos
guarda. 14% de álcool. CB especiarias. Os taninos são poderosos e são presentes,
encantadores. A madeira se faz presente fortes, estruturantes
AD 93 pontos domando os taninos, o que pode acontecer e dentro de seu
PINTAS CHARACTER 2017 em mais cinco anos. Vai evoluir por mais contexto. Muito bem
Wine&Soul, Douro, Portugal (Adega de uma década. CB integrados. Final seco
Alentejana). Field blend de vinhas com retrogosto de
velhas. Pintas Character tem sua AD 92 pontos frutas secas. CB
característica de um perfil ao mesmo PRAZO DE RORIZ 2017
tempo rico e equilibrado. Em boca, a Prats & Symington, Douro, Portugal

Edição 165 >> ADEGA 53


divulgação

(Mistral). Bela fruta no nariz, mas Touriga Franca. No nariz, a fruta azul e Quinta do Noval, Douro, Portugal (Adega
sobretudo na boca, que é vibrante. Ameixa madura já revela o equilíbrio que vamos Alentejana). Corte de Touriga Nacional,
suculenta daquela que mordemos e encontrar em boca. Um vinho suculento, Touriga Franca, Tinto Cão. Um vinho
escorre no queixo. Traz consigo um leve com ameixa bem madura, deliciosa com uma cara de Bordeaux em fruta do
perfil de feno e estábulo. E vai assim vibração e textura de taninos. Já nasce Douro. Sem sobre-extração ou excesso de
apresentando camadas até revelar tabaco belo e vai ainda evoluir muito. 14% de madurez. Tem um frescor que o conduz.
no retrogosto. Taninos de gostosa textura e álcool. CB Ameixa madura, madeira aristocrática,
mineralidade presente como pó de pedra. acidez para equilibrar, taninos potentes e
Vai evoluir muito bem por muitos anos. CB AD 92 pontos presentes. Um vinho clássico, já delicioso
QUINTA DA ROMANEIRA TINTO 2017 e com muitos anos pela frente. 14% de
AD 92 pontos Quinta da Romaneira, Douro, Portugal álcool. CB
QUINTA DA ROMANEIRA PETIT VERDOT 2017 (Portus). Delicioso aroma. Em boca, a
Quinta da Romaneira, Douro, Portugal groselha madura é sua marca. Taninos na AD 91 pontos
(Portus). Que surpresa e que delícia. O medida e a madeira colabora para o perfil QUINTA DO PESSEGUEIRO 2017
aroma traz ervas e um perfil carnoso. A de especiarias, como canela. O dulçor de Quinta do Pessegueiro, Douro, Portugal
fruta vermelha é suculenta e madura. Os alcaçuz no final. 13,5% de álcool. CB (World Wine). Corte de Vinhas Velhas
taninos são muito poderosos e também com Touriga Nacional e Touriga Franca.
apresenta uma textura mineral e quase AD 93 PONTOS Deliciosa ameixa madura. A acidez
salina. A acidez é marcante e o final QUINTA DO NOVAL PETIT VERDOT 2017 equilibra o conjunto e deixa os taninos
de boca tem um pouco de café. Uma Quinta do Noval, Douro, Portugal (Adega vibrarem em toda potência. O final de boca
excelente companhia para um rosbife Alentejana). No nariz, encontramos ameixa, a capim contribui para o equilíbrio. 14,5%
de filé mignon com aquele interior mal- floral e musgo encantadores. Potência de álcool. CB
passado. 15% de álcool. CB de fruta e taninos, com boa acidez e um
retrogosto fenomenal de mirtilo. 14,5% de AD 92 pontos
AD 93 pontos álcool. CB QUINTA DOS ACIPRESTES 2017
QUINTA DA ROMANEIRA RESERVA 2017 Real Companhia Velha, Douro, Portugal.
Quinta da Romaneira, Douro, Portugal AD 93 pontos Corte de Touriga Nacional e Touriga
(Portus). Corte de Touriga Nacional e QUINTA DO NOVAL RESERVA 2017 Franca. O nariz é aristocrático, com pinho

54 ADEGA >> Edição 165


Destaques
ENTRE OS
Destaques
e frutas vermelhas frescas. Em boca, a
AD 92 pontos
fruta se confirma elegante, a acidez é
impecável e os taninos são potentes, mas SAGRADO RESERVA TINTO 2017 TINTOS 2017
polidos. 14% de álcool. CB Nova Quinta do Sagrado, Douro, Portugal.
Um vinho direto com boa fruta, menos AD 94 pontos
AD 93 pontos madura, de ameixa e ervas. Em boca, QUINTA DA ROMANEIRA
QUINTA VALE D. MARIA confirma o perfil, com bons taninos e TOURIIGA FRANCA VINHAS
VINHA DA FRANCISCA 2017 vibração. Fruta muito boa, com uma VELHA
AS 2017
Quinta Vale D. Maria, Douro, Portugal. textura mineral. Um vinho com força, Quinta da Romaneira,
Corte de Sousão, Tinta Francisca, Touriga mas bem elegante entre tantos opulentos. Douro, Portugal
Nacional, Touriga Nacional e Rufete. Soube trabalhar muito bem os taninos, (Portu
us). Sou da teoria
Um vinho potente e opulento, em que o que são o desafio desta safra. 14% de que as vinhas velhas já
dulçor da fruta e a boa madeira estão bem álcool. CB vêm com um pré-
presentes. Aqui há uma profundidade afifinamento do
de fruta madura, um toque medicinal e AD 92 pontos campo, como se
final a moccha. Um vinho balanceado SOUSÃO 2017 ao engarrafar
em sua força, com taninos equilibrados Quinta do Vallado, Douro, Portugal. já viessem com
pela madurez da fruta, madeira, boa Lembro deste vinho de minha última alguns meses
acidez, e um fim de boca que traz ervas e degustação com o Novo Douro. Naquela de garrafa na
especiarias doces. CB época, impressionou pela capacidade pele. Um vinho
de evolução do Sousão que sentimos nobre, com
AD 92 pontos na safra antiga. No aroma, traz flor e fruta madura na
REDOMA TINTO 2017 Marsala. A fruta é muito balanceada, com medida certa
Niepoort, Douro, Portugal (Grand Cru). cereja madura, e textura deliciosa. O bom e um tempero
Esta amostra de barrica chega com rica uso da madeira é a fundação deste vinho de especiarias.
fruta, cereja em compota, seguida de na jornada rumo à elegância apresentada Tem um
ervas e um perfil de frutas secas. Textura por seu irmão mais velho. 14% de álcool. azedinho final
muito boa e a acidez na medida. Field CB que é delicioso,
blend. CB suaviza o
AD 90 pontos dulçor e dá um
AD 92 pontos TONS DE DUORUM TINTO 2017 charme extra.
RESERVA FIELD BLEND 2017 Duorum, Douro, Portugal (Casa Flora/ No retrogosto,
Quinta do Vallado, Douro, Portugal. Field Porto a Porto). Corte de Touriga Franca, encontramos
blend. O nariz traz capim seco, flores e Touriga Nacional, Tinta Roriz. Cereja também um
um toque de cânfora. Um bom exemplo deliciosa com caroço. Taninos de toque de café.
de vinho extraído e concentrado nesta excelente qualidade. Bem equilibrado Vai evoluir muito
safra. Com fruta bem madura e taninos e agradável textura. Um falso simples! bem, ganhando
potentes. 14,5% de álcool. CB 13,5% de álcool. CB cada vez mais elegância. 13%
de álcool. CB
AD 93 pontos
ROQUETTE & CAZES 2017 ESPUMANTE
Roquette & Cazes, Douro, Portugal
(Qualimpor). Corte de Touriga AD 92 pontos AD 93 pontos ESCOLHA
Nacional, Touriga Franca e Tinta VÉRTICE BRANCO VÉRTICE WHITE GOUVEIO 2011
Roriz. Esta amostra de barrica traz Caves Transmontanas, Douro, Caves Transmontanas, Douro,
muita fruta suculenta, como cereja Portugal (Adega Alentejana). Blend Portugal (Adega Alentejana).
e ameixa. O nariz, além das frutas, de Gouveio, Viosinho, Malvasia Fina e 100% Gouveio. Incrível que
carrega o aroma de esteva. Em boca, Touriga Franca. Bela complexidade e o Gouveio evoluído venha a se ESC HA
OL
boa fruta e elaboração clássica com presença de fruta. Interessante é que parecer tanto com Champagnes
taninos e acidez. A madeira já está mostra características que os grandes antigos. O nariz é encantador com fruta
se integrando muito bem, então espumantes do mundo apresentam madura e floral, mas é na boca que ele
já podemos vislumbrar em sua após muitos anos de vida. Confirmei mostra toda sua complexidade e riqueza. Os
caminhada na direção do ideal após o a razão ao saber que o vinho fica em temas terciários começam a protagonizar e
afinamento em garrafa. O fim de boca barricas sobre as borras por anos antes a fruta madura apresenta aquela deliciosa
volta a deixar a fruta falar e, neste de ser feito o blend e engarrafado para decadência da fruta do conde. O fim de
ponto, sua suculência vem mais à a segunda fermentação em garrafa. boca é vivo. Acompanharia escargot ou uma
tona ainda. 14,5% de álcool. CB 12,5% de álcool. CB infinidade de queijos. CB

Edição 165 >> ADEGA 55


divulgação
Destaques
ENTRE OS
Destaques
VINHOS DO fruta e ervas, com taninos poderosos
e acidez que equilibra tudo. O final de
PORTO PORTO 2017 boca tem melaço que domina e acalma o
VINTAGE 2017 ambiente... CB
AD 91 pontos
AD 95 pontos ALVES DE SOUSA VINTAGE PORT 2017 AD 91 pontos
GRAHAM’S VINTAGE PORT Alves de Sousa, Douro, Portugal POÇAS VINTAGE PORT 2017
2017 (Decanter). Mais complexidade em vários Poças, Douro, Portugal (Cantu). O nariz
Symington, Douro, sentidos. O nariz é mais austero com é austero com medicinal, pimenta negra.
Portugal (Mistral). folhas de pinheiro e esteva. Em boca, a Uvas de Santa Barbara o tornam mais
Que surpresa, pois fruta é cheia e poderosa, e tem chocolate fresco e com bela acidez equilibrando o
geralmente prefiro como nota marcante. A acidez é uma vinho. Em boca, ameixa passa em compota
outras casas do grupo grande companhia e os taninos são bem e moccha. Fim de boca com um toque de
Symington. O nariz presentes com traços da secura deste ano. feno e taninos fortes. CB
é inebriante e sexy. CB
Com flores e AD 90 pontos
almíscar. A boca AD 94 pontos QUINTA DA GAIVOSA VINTAGE PORT 2017
é deliciosa, DOW’S VINTAGE PORT 2017 Alves de Sousa, Douro, Portugal
fruta vermelha Symington, Douro, Portugal (Épice). Muito (Decanter). Boa fruta, suculenta e deliciosa
vibrante, elegante no nariz. Ervas. Em boca, na ameixa preta em conserva. Bom equilíbrio.
muito contramão do nariz, é bastante intenso Já está quase pronto para saborear. CB
equilibrado no primeiro ataque, com framboesa em
e ao mesmo compota, e encontra equilíbrio entre acidez AD 93 pontos
tempo alegre. e taninos muito potentes. Retrogosto que o QUINTA DA ROMEIRA VINTAGE 2017
Tabaco. Os faz único, lembrando um single malte com Quinta da Romaneira, Douro, Portugal
taninos são turfa. CB (Portus). Um belíssimo vinho. O nariz é
elétricos de fresco com capim seco, e, em boca, vem
tão bons, AD 92 pontos exuberante como um Vintage deve ser
talvez os DUORUM PORTO VINTAGE 2017 em toda sua potência. Garantia de muitos
melhores da Duorum, Douro, Portugal (Casa Flora/ bons anos pela frente. Geleia de frutas
prova. Um Porto a Porto). Field blend de vinhas vermelhas suculenta, melaço. Belíssima
vinho para velhas. Nariz elegante, boca com grande acidez e um dos melhores taninos da
décadas de fruta, delicioso medicinal e um toque prova. Um Vintage para comprar e manter
felicidade. Um apimentado. Fruta como cereja em na adega até 2029. CB
dos indícios de compota. Taninos poderosos. CB
que a decisão AD 93 pontos
de o eleger AD 94 pontos QUINTA DAS CARVALHAS VINTAGE 2017
estava correta foi NIEPOORT VINTAGE PORT 2017 Real Companhia Velha, Douro, Portugal.
que, ao pedir para degustar Niepoort, Douro, Portugal (Grand Cru). O nariz tem o cheiro do campo. Boca
novamente, as amostras já Field blend. Nesta amostra de barrica exuberante com muito medicinal. Bela
tinham sido todas consumidas. a fruta no nariz é surpreendentemente vibração e um fim de boca que é até
CB fresca. Faz baixar a guarda e daí POW! apimentado. A fruta é compota de cereja.
Uma porrada na boca. Belíssima e intensa Os taninos são poderosos, mas liberam ao
fim de boca, o que é ótimo. CB

56 ADEGA >> Edição 165


AD 92 pontos
QUINTA DO VALLADO VINTAGE PORT 2017
Quinta do Vallado, Douro, Portugal. O nariz
é repleto de ervas. Em boca, é voluptuoso
e potente. Denso com frutas negras, café,
grande acidez e taninos muito poderosos.
CB
Destaques
ENTRE OS AD 93 pontos
Destaques QUINTA DO VESÚVIO’S VINTAGE PORT 2017
Symington, Douro, Portugal (Mistral).
Um dos mais poderosos e balanceados.
PORTO Muito elegante, com nariz em um perfil

divulgação
VINTAGE 2017 muito fresco, quase mineral e com
grama cortada. Em boca, é rico, com
fruta vermelha, acidez vibrante e muita
AD 95 pontos
textura. Os taninos são fortes e compõem o
QUINTA DO NOVAL VINTAGE 2017
conjunto. CB
Quinta do Noval, Douro, AD 93 pontos
Portugal (Adega QUINTA DE ERVAMOIRA VINTAGE 2017 AD 91 pontos
Alentejana). Chegou Ramos Pinto, Douro, Portugal. O nariz traz QUINTA NOVA NOSSA SENHORA DO CARMO
Noval, e foi capaz anis e frutas vermelhas. Em boca, tem VINTAGE 2017
de atender às fruta intensa, pimenta negra, bela textura e Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo,
expectativas. O nariz muito boa acidez. Os taninos são intensos Douro, Portugal (World Wine). Aroma é
mesmo tão jovem já e vão acompanhar muito bem a evolução peculiar com canfora e incenso. Em boca,
apresenta camadas por duas décadas. CB brilha com frutas vermelhas e muito mel.
e complexidade.
Boa acidez e taninos potentes e marcados
Muita ameixa em AD 92 pontos da safra. CB
compota com um QUINTA DE S. JOSÉ VINTAGE PORT 2017
toque de casca Quinta de S. José, Douro, Portugal. Belo AD 92 pontos
de laranja. A vinho, potente onde deve ser. O nariz QUINTA VALE D. MARIA VINTAGE PORTO 2017
fruta é intensa, tem boa fruta vermelha em compotas e Quinta do Vale D. Maria, Douro, Portugal. O
vermelha um toque de ervas. Em boca, a fruta em nariz traz pimenta negra junto com a fruta.
e negra, compota é acompanhada de especiarias A boca é densa e poderosa com excelente
opulenta doces. A acidez é vibrante e os taninos são fruta, textura e acidez. Os taninos potentes
e limpa. A poderosos, e levemente desafiadores. CB marcam um pouco ao final e são domados
acidez é
pela doçura e o final com melaço. CB
tão intensa AD 94 pontos
que chega a QUINTA DO CRASTO VINTAGE PORT 2017 AD 94 pontos
apimentar. Os Quinta do Crasto, Douro, Portugal RAMOS PINTO VINTAGE 2017
taninos são (Qualimpor). Nariz elegante a bosque e Ramos Pinto Douro, Portugal. Um dos
poderosos e flor de laranjeira. Em boca, tem um perfil mais equilibrados. Com deliciosa amora
lidam com medicinal que acompanha a fruta e refresca no nariz e um toque do campo. Em boca,
o desafio o vinho. Equilibrado, fino e com taninos é equilibrado, com taninos presentes e
da safra se poderosos que caminham em sintonia com elegantes, e também com gulosa geleia
apresentando a explosão da fruta. CB de morango. O fim de boca confirma seu
bravamente,
equilíbrio. CB
mas com AD 94 pontos
galhardia. QUINTA DO VALE MEÃO VINTAGE 2017 AD 92 pontos
O mais Quinta do Vale Meão, Douro, Portugal WARRE’S VINTAGE PORT 2017
preparado para (Mistral). Frutas vermelhas e floral de Symington, Douro, Portugal. O nariz tem
evoluir por décadas. Fim de lavanda no nariz. Em boca, é poderoso flores. Em boca, é mais doce e voluptuoso,
boca com delicioso calor se e suculento, muita fruta vermelha em com muita geleia de amora e taninos
você não cuspir ao degustar (o compota. Elegante pelo equilíbrio. bem potentes. A grande acidez ajuda
que neste caso não fiz...). CB Menos extraído, lidou muito bem com a equilibrar o conjunto, que deixa um
os taninos que alvejaram alguns de seus retrogosto doce de bolo de chocolate. CB
conterrâneos. CB

58 ADEGA >> Edição 165


DE S C UBR A OS MI TOS E VERDA DE S
S OBR E VINHOS COM QUEM
É R EFERÊ NCI A NO A S S UN TO H Á MAI S
DE 20 A NOS . A ABS -S P OFERECE
AM PL A GAMA DE CUR SOS DIRIGIDOS
A P ROFIS S ION A IS , A MAD ORE S
E A QU EM DES EJA TORNAR-SE
S OMME LIER. OS AMANTES DO VINHO
TAMB ÉM P ODEM AUMENTAR SEUS
CON HECIM ENTOS ATR AVÉS
DE CU RSOS E DEGUSTAÇÕ ES ESPECIAIS.

VINHO TIN TO
SÓ C OMBIN A COM
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RUA GOM ES DE C AR VALHO, 1327


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ENOTURISMO | p o r GUILHERME VELLOSO

65
5
O
NOVO
POLO TURÍSTICO DE
NOVA YORK
Além do impressionante The Vessel, o bilionário complexo de
Hudson Yards abriga um shopping com lojas famosas e variada
oferta de bares e restaurantes para diferentes gostos (e bolsos)

É
difícil definir o The Vessel, mais imobiliário da história de Nova York, possivel-
nova atração turística de Nova York, mente do país. O custo, quando estiver totalmen-
aberta ao público em março deste te concluído (a previsão é 2025), deve alcançar
ano. O próprio nome admite duas estratosféricos 25 bilhões de dólares em investi-
traduções: vaso ou navio/embarca- mentos privados (a maior parcela), mas também
ção. Mais do que o nome, é sua aparência que da prefeitura e do estado de Nova York.
confunde. The Vessel é uma grande estrutura de Além do The Vessel (a visita é gratuita, me-
aço e concreto, misto de escultura e instalação, diante senha obtida no local) e de seus números
que compreende 154 lances de escada em espi- superlativos, o complexo de Hudson Yards, que
ral, interconectados por mais de 2500 degraus, compreende prédios (residenciais e de escri-
equivalente a um edifício de 15 andares. Ela tórios) e um novo hotel, ainda em construção,
pode ser visitada por dentro a pé ou, para quem reúne motivos de sobra para atrair turistas inte-
tem mobilidade reduzida, por um elevador que ressados em combinar as indefectíveis compras
sobe (e desce) muito lentamente até o topo. com o melhor da enogastronomia nova-iorquina.
Concebida pelo arquiteto inglês Thomas A enorme estrutura fica numa grande esplanada,
Heatherwick, a obra custou aproximadamente que pode ser acessada pela rua ou pelo shopping
200 milhões de dólares e foi construída, em par- de luxo “The Shops & Restaurants at Hudson
tes, na Itália, antes de ser transportada para seu Yards”. Para quem não resiste a uma comprinha
habitat definitivo: o novo complexo de Hudson (quem resiste?), não faltam nomes conhecidos
Yards, que ocupa vasta área delimitada pelas ruas para atrair os dólares e cartões de crédito dos visi-
30 e 34, entre a 10ª avenida e o rio Hudson, no tantes: Banana Republic, Cartier, Chanel, Dior,
lado oeste da ilha de Manhattan. The Vessel é Fendi, Uniqlo e Zara são alguns deles, além da
a cereja do bolo do mais caro empreendimento loja âncora da Neiman Marcus.

Edição 165 >> ADEGA 61


Mercado Little Spain é focado na
culinária espanhola e ocupa uma
grande área no subsolo

lados The French Laundry, no Napa, e Per Se,


também em Nova York, só que no Time Warner
Center. Também da grife Keller, a filial de seu
bistrô Bouchon Bakery é boa opção para carteiras
menos abonadas.
De particular interesse para o enófilo curioso
é o Wine Bar anexo ao restaurante Estiatorio Mi-
los (os gregos que perdoem a redundância, já que
Estiatorio significa restaurante). Nele, podem ser
degustados mais de 80 rótulos de espumantes,
brancos, rosés e tintos em taça, todos obviamente
gregos, acompanhados de mezes e pequenos pra-
tos da culinária helênica. Para quem preferir um
jantar completo, com destaque para os peixes e
frutos do mar fresquíssimos, é só subir as escadas
para o restaurante (recomenda-se reservar) e se
preparar para uma conta mais salgada.
Outra novidade entre os restaurantes do com-
plexo Hudson Yards é um espaço inteiramente
dedicado à gastronomia espanhola, que em sua
concepção contou, inclusive, com a assessoria
dos irmãos Adriá (as famosas “azeitonas líquidas”,
criação de Alberto, podem ser degustadas ou
compradas no local). O “Mercado Little Spain”,
uma espécie de Eataly, mais focado no consumo
do que na venda de produtos, ocupa ampla área
no subsolo do shopping mall e oferece inúmeras
opções gastronômicas. Ali se pode comer desde
as obrigatórias “patatas bravas”, vendidas numa
espécie de quiosque, a pratos de peixe ou de car-
ne, em restaurantes dedicados, respectivamente,
ao “mar” e à “leña”. Tudo isso acompanhado de
vinhos (ou cervejas, para quem preferir), sempre
espanhóis. Aliás, uma das possibilidades é sentar-
-se numa das cadeiras em volta de uma espécie
de “bar de tapas” e pedir pratos ou pequenas por-
Wine Bar anexo ao restaurante ções (tapas), acompanhados de um “vermú”, tra-
Estiatorio Milos oferece mais de 80
rótulos, obviamente gregos Comidas e bebidas dicional aperitivo espanhol, uma “copa de viño”
No intervalo das compras, ou após o chamado ou uma “cerveza”.
“window shopping”, que sai mais barato, tam-
bém não faltam opções de locais para comer e Comprar vinhos
beber. A escolha vai de simples lanchonetes a res- Nem o Milos nem o Mercado Little Spain ven-
taurantes formais. Entre as primeiras, vale citar dem vinhos, mas o enófilo poderá comprá-los na
a unidade da popular rede Shake Shack, criada Citarella Wines & Spirits, anexa ao Gourmet
pelo restaurateur Danny Mayer, o mesmo do Market do mesmo nome, um dos mais conhe-
famoso Union Square Café. Entre os segundos, cidos da cidade, agora presente no segundo piso
o TAK Room, mais novo empreendimento do do shopping. No Gourmet Market é possível
chef-celebridade Thomas Keller, dos ultrabada- comprar comida pronta para consumir numa das

62 ADEGA >> Edição 165


“Patatas bravas” é
A filial da popular rede pedida obrigatória
Shake Shack, criada pelo do Mercado Little
restaurateur Danny Mayer, Spain
é opção no complexo

mesas disponíveis no local ou levá-la para casa. pectiva diferente do The Vessel e do complexo de
A vertente gastronômica também está pre- Hudson Yards, esse trecho da High Line permite
sente em restaurantes especializados em carnes entender melhor a grandeza do empreendimen-
e grelhados (o Hudson Yards Grill, de Michael to. Parte do complexo foi construída sobre uma
Lomonico, outro conhecido chef local), em dois plataforma que cobre parcialmente o enorme pá-
ligados à grife Momofuku (Fuku e Käwi) e em tio de manobras de trens que chegam e partem da
espaços que vendem chocolates (Li-Lac), sorve- Penn Station, que fica próxima.
tes (Van Leeuuven) e cafés orgânicos (Jack’s). Ou Dica final para quem estiver programando Citarella Wines & Spirits,
anexa ao Gourmet Market
seja, dá para visitar o local várias vezes sem repe- uma visita a Nova York para as compras natalinas. do mesmo nome, é bom
tir cardápio. Até outubro, deverão estar concluídas as obras do local para comprar vinhos

Antes (melhor ainda, depois) da comilança, prédio que abrigará, em seu 100º andar, o mais
recomenda-se um passeio pelo trecho final da novo observatório da cidade. Com entrada pelo
High Line, que contorna o complexo à distância shopping, ele terá piso transparente e restaurante
e desemboca na rua 34. Construída sobre uma no último andar. A 335 metros, esta será a mais
ferrovia desativada, a High Line é o modelo que nova atração do complexo de Hudson Yards, com
inspirou a proposta de transformação do hor- a promessa de oferecer uma das mais belas vistas
rendo, embora prático para quem se desloca de do rio Hudson e da cidade que, nos versos da can-
carro, “minhocão” em São Paulo num espaço ção popularizada na voz do imortal Frank Sina-
público e de lazer. Além de oferecer uma pers- tra, “nunca dorme”.

Edição 165 >> ADEGA 63


ESCOLA DO VINHO | por ARNALDO GRIZZO

64 ADEGA >> Edição 165


Jantar
com
vinho
Conheça a “etiqueta” de
um jantar com vinhos

Edição 165 >> ADEGA 65


final da refeição. Caso você tenha trazido a garrafa
com a intenção de que ela fosse consumida, dê
um jeito de avisar o anfitrião (“Trouxe esse vinho
para provarmos, se você não se incomoda”). No
entanto, antes de levar qualquer coisa para beber
ou comer, pergunte (“Você gostaria que eu levasse
algum vinho ou uma sobremesa, por exemplo?”).
Dessa forma, você evita constrangimentos.

Meu convidado trouxe uma


garrafa de vinho sem que eu pedisse,
sou obrigado a abrir?
Stefan Johnson/Unsplash

Em um primeiro momento, a resposta é não. Se


você já tem todo o jantar planejado, pensou em cada
vinho para combinar especificamente com cada pra-
to servido, não, você não precisa “abrir espaço” para
mais uma garrafa que você sequer sabe em que se-

V
quência colocar. Além disso, como já apontamos no
ocê foi convidado para um jantar na tópico anterior, a garrafa pode ser apenas um presen-
casa de um amigo. Ele lhe diz que te, como seriam flores ou algo do gênero, um agra-
preparará uma refeição especial e decimento pelo jantar por parte do convidado. No
escolherá alguns vinhos para degus- entanto, se o convidado sugerir que vocês deveriam
tarem. Ótimo, não? O que melhor abrir a garrafa, é de bom grado fazê-lo. Ainda assim,
do que uma noite de enogastronomia na compa- caso você acredite que não haveria espaço no jantar
nhia de amigos? Mas, após o convite, o que esse para ela, tente sugerir um novo jantar ou uma outra
seu amigo espera que você faça? Será que você ocasião para provarem a garrafa juntos.
deve levar uma garrafa de vinho também? Será
que precisa levar algo de comida? Eu não gosto dos vinhos que serão
Para dirimir algumas questões, ADEGA re- servidos, posso levar um de que goste?
solveu apontar aqui tópicos que às vezes podem Se você tem uma relação mais próxima com o
causar dúvidas ou desconfortos tanto para quem anfitrião e quer levar um vinho para ser degusta-
convida amigos para um jantar com vinhos tanto do no jantar, pergunte o que ele pretende servir
para quem foi convidado. Veja aqui as situações e e diga que gostaria de levar algo. Se a relação não
descubra o que fazer ou não fazer. é tão próxima assim, você também pode levar,
mas seja educado ao sugerir que a garrafa deve
Fui convidado para jantar, devo levar ser aberta (“Comprei esses vinhos e estou louco
uma garrafa de vinho? Ou devo levar para experimentar com você, por isso trouxe”).
alguma comida?
Antigas regras de etiqueta dizem que sempre que Fui convidado e comprei uma
se é convidado por alguém para jantar em sua garrafa especial para provar no
casa, é um bom costume levar alguma lembran- jantar, mas o anfitrião não abriu.
ça. Flores ou algum pequeno presente são sempre Posso pedi-la de volta?
uma forma gentil de agradecer o convite. Dessa Situação delicada. Antes de respondê-la, vamos
forma, uma garrafa de vinho também pode ser primeiro tentar mostrar formas de evitá-la. Se você
considerada um presente, assim como uma caixa vai levar algo especial que quer que seja aberto,
de chocolates ou algo do gênero. Portanto, não tente levar também outra garrafa (não precisa ser
estranhe se o anfitrião não abrir sua garrafa ou do mesmo vinho) que serviria como um presente
sequer cogite colocar seus chocolates na mesa ao para o anfitrião. Na recepção, deixe bem claro que

66 ADEGA >> Edição 165


divulgação
uma delas é um presente e a outra foi trazida com Se você está em meio a pessoas que entendem de
o intuito de ser consumida (“Trouxe esta garrafa vinho ou então pessoas mais íntimas, você pode
especialmente para que experimentássemos com reportar o problema, ainda assim, tente ser sutil
o seu jantar, se não se incomoda”). E, mesmo que e não esnobe. “Vocês sentem algo diferente nesse
você não tenha trazido duas garrafas, deixar clara vinho? Será que ele não está um pouco passado?
a intenção de consumo é outra forma de evitar o Será que teria outra garrafa para comparar?”
constrangimento descrito na questão. Mas, caso
isso tenha ocorrido, caso você tenha levado uma Como lidar com um
garrafa para ser consumida, mas ela não foi, defi- convidado expert em vinhos?
nitivamente não é educado solicitá-la de volta. Se Primeiramente, não se sinta pressionado e nem
você ainda assim fizer questão, tente sugerir algo tente impressionar. Se ele é mesmo um conhe-
que possa levar o anfitrião a devolver a garrafa a cedor e estudioso do assunto, você dificilmente
você. “Uma pena não termos tido a oportunidade vai conseguir criar situações ou apresentar vi-
de provar o vinho que trouxe, quem sabe numa nhos que o surpreendam. Atenha-se ao que você
próxima oportunidade”. “Guarde bem aquele vi- mesmo conhece e, durante o jantar, pergunte
nho que eu trouxe, é especial, creio que você irá a opinião dele sem receio. Se ele for uma pes-
gostar muito, quem sabe numa próxima vez pos- soa bem-educada, por mais possíveis falhas que
samos provar juntos”. E, caso o anfitrião sugira se você tenha cometido ao selecionar o vinho ou a
você gostaria de levar a garrafa de volta, pegue, combinação com o jantar, ele encontrará uma
mas tente ser delicado (“Trago ela de volta na pró- maneira de exaltar o seu empenho e “sugerir me-
xima vez”). Mas, enfim, esteja preparado para vol- lhorias” para um próximo encontro.
tar para a casa sem a garrafa.
Como lidar com um “enochato”
O que faço se percebo durante o jantar?
que um vinho servido está A ideia, a princípio, era um jantar com vinho en-
estragado ou com defeito? tre amigos, mas, um deles resolveu destilar todo
Seja delicado. Se o anfitrião não notou o pro- o seu conhecimento sobre a bebida, tornou-se o
blema e ainda está entusiasmado com o vinho centro das atenções e está deixando a conversa
que está sendo servido, apenas deixe sua taça de monótona e o jantar tedioso. Não se acanhe e
lado e espere que a próxima garrafa seja aberta. tente mudar o rumo da conversa. Busque outros

Edição 165 >> ADEGA 67


dose e está começando a atrapalhar a noite, pri-
meiramente, evite servi-lo de mais vinho. Colo-
que mais água no copo dele e dos outros. Sirva-o
de mais canapés ou sobremesas. Se todos estive-
rem sentados ao redor da mesa, sugira mudar de
local por um tempo, como ir para a sacada apre-
Scott Warman/Unsplash

ciar a vista – sem companhia das taças de vinho


obviamente – para respirar um pouco. Experi-
mente essas alternativas para evitar que a situação
fuja do controle, mas, caso passe dos limites e,
infelizmente, torne-se incontornável, não há eti-
queta. Contenha-o e ofereça um táxi para casa.
Ligue no dia seguinte para saber se ele está bem.
assuntos, de preferência os mais genéricos, temas
sobre os quais vários dos convidados possam ter Um convidado está demorando para
opiniões a respeito, para que haja diálogos e não chegar, posso começar o jantar sem ele?
um monólogo professoral. Infelizmente, atrasos têm feito parte da rotina da
maioria das pessoas, especialmente as que vivem
O vinho está sendo servido na em grandes metrópoles. Muitas vezes, sequer
temperatura incorreta, ou na taça dá para culpar o “retardatário”, pois ele pode
errada. O que posso fazer? ter ficado preso no trânsito em algum ponto es-
Antes de dar uma de “enochato”, pense no quan- pecífico da cidade. Obviamente que, se for um
to isso está impactando no vinho e no ambiente jantar de vários passos, não é ideal iniciar sem a
do jantar em si. Se ainda assim perceber que a presença de algum convidado. Tente contato e
experiência do jantar está sendo comprometida verifique quanto tempo ainda ele tardará. Esteja
por um vinho fora da temperatura ou servido preparado para um “welcome drink” um pouco
em uma taça que não contribui para sua melhor mais demorado. Só inicie sem ele se realmente o
apreciação, há formas de sugerir isso com delica- atraso parecer excessivo e despropositado.
deza. Se o vinho estiver muito frio, basta esperar
ele esquentar um pouco na própria taça, certo? Os convidados estão demorando para
Se estiver muito quente, você pode tentar algo ir embora. O que fazer?
como: “Ótimo, mas prefiro um pouco mais ge- O jantar teoricamente está finalizado. A refeição
lado, será que posso colocar na geladeira/balde foi excelente, os vinhos também, a conversa foi
um instante?” Se a questão for a taça, melhor ótima. Hora de ir embora, certo? Mas, às vezes,
não tocar no assunto para não constranger o an- o bom ambiente faz com que os convidados não
fitrião (ele talvez não tenha outras). Se perceber percebam que a hora de partir já chegou e co-
que há jogos de taças para diferentes vinhos, mas meçam a incomodar a rotina dos anfitriões (que
eles estão sendo servidos de maneira equivocada, às vezes precisam a limpar a casa para o dia se-
experimente: “Se incomoda se eu testar esse tinto guinte, ou então apenas dormir para poder acor-
nesta outra taça? Gosto de ver como os aromas se dar cedo). Para que os convidados percebam
comportam em taças diferentes. Vocês já fizeram que chegou o momento de ir embora você pode
esse teste?” “sinalizar” com algumas indiretas delicadas. “A
conversa está ótima, mas alguém quer um café
Um convidado está bebendo demais para finalizar a noite?” Se ainda assim, não hou-
e está sendo inconveniente com os ver movimentos de partida, outra sugestão é co-
outros. O que faço? meçar a “fazer a limpeza”, tirando pratos e talhe-
Se um convidado parece estar exagerando na res e levando para a cozinha, por exemplo.

68 ADEGA >> Edição 165


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REALIZAÇÃO

e
ESCOLA DO VINHO | p o r ARNALDO GRIZZO

70 ADEGA >> Edição 165


Primeira
ADEGA
Qual adega climatizada deve-se comprar quando
se está apenas começando a gostar de vinhos?

uando começa a gostar de vinho,


uma das primeiras providências
de todo enófilo é procurar uma
adega climatizada para iniciar sua
pequena coleção, ou apenas para
manter as garrafas na temperatura
certa para consumi-las prontamente. E logo nos
deparamos com inúmeras ofertas de adegas de to-
dos os tipos e tamanhos. Vamos às lojas de eletro-
domésticos e nos encantamos com os modelos
apresentados, geralmente pequenos e, num im-
pulso, acabamos comprando algo sem pesquisar
muito ou avaliar se atende (ou atenderá) nossa
real necessidade.
Muitos enófilos iniciantes caem na cilada de
“pensar pequeno” e acabam comprando uma
adega minúscula, com espaço para 12, ou apenas
oito, ou ainda menos, só quatro míseras garrafas.
Por menos que você esteja bebendo agora, por
mais conservadora que seja a sua estimativa de
guarda/consumo, comprar uma adega de menos
de 30 lugares raramente será um bom negócio.
A não ser que você queira usar a adega também
como uma peça decorativa da casa...
Em pouco tempo, você verá que essa “ade-
guinha” não vai atender as suas necessidades e
precisará de outra. Portanto, antes de se levar
pelo impulso, faça algumas contas para descobrir
o tamanho da adega de que realmente precisa. E
essa conta é relativamente simples:
fotos: divulgação
Evite
comprar (Compra mensal - consumo mensal) x 12 meses não faltarão motivos para consumir esses vinhos
uma adega Por exemplo: Se você consome duas garrafas por
semana e compra 12 por mês, ao final de um ano
de tempos em tempos.
Então, para começar, pense em uma adega de
muito deve ter capacidade para armazenar 48 garrafas. pelo menos 24 a 30 lugares. Mas, o ideal talvez
pequena, Nesse ritmo, ao final de dois anos, esteja preparado seja já ir pensando em algo como 50 e 100 luga-
a não ser para ter quase 100 garrafas em sua coleção.
Ou seja, mesmo que seu ritmo de compra e
res (se sua ideia é ter muito giro de vinhos com
poucos rótulos sendo guardados por longos perío-
que queira de consumo no início possa parecer baixo, é nor- dos), e 150 e 200 lugares – caso já esteja pensan-
apenas mal que, com o tempo, você acabe comprando do mais a longo prazo para montar uma coleção
mais. Sempre há uma garrafa que lhe encanta e de respeito. Adegas de poucos lugares, como oito
decorar a que você decide comprar mais uma ou duas para ou 12 garrafas, podem ser indicadas para você ter
casa o futuro. Sempre há uma oferta imperdível de al- no escritório, por exemplo, para beber algo no
gum vinho de que você gosta. Sempre haverá um fim do expediente de vez em quando.
bom motivo para comprar uma garrafa a mais ou Tamanho definido, há outros detalhes impor-
então para guardar uma determinada garrafa por tantes a serem levados em conta na hora da com-
mais tempo. Assim como obviamente também pra e da instalação. Confira:

72 ADEGA >> Edição 165


De olho na garantia
e na manutenção
Não é comum uma adega apre-
Que tipo de adega sentar defeito, mas é sempre
climatizada devo bom verificar se há garantia e se
comprar? o fabricante oferece uma rede de
Tente dar preferência para adegas assistência técnica caso aconteça
que possam comportar diferentes alguma coisa. Se houver algum
tipos de garrafas, desde as co- problema, você precisa de uma
Qual a temperatura muns, ditas bordalesas, passando solução rápida, pois os vinhos
ideal da adega? pelas borgonhesas até espuman- não devem ficar sem refrigeração
As adegas devem manter tempe- tes, sempre mais “gordinhas”. por muito tempo (e também não
raturas constantes, pelo menos, Se houver espaço para garrafas terem variação de temperatura).
entre 13ºC e 18ºC. Se sua adega ainda maiores, como magnuns, Veja se a empresa oferece visitas de
tem apenas uma zona de tem- por exemplo, melhor ainda. Vale reparos em casa.
peratura, seria melhor manter a pena investir em adegas com
sempre em 13ºC. Se tiver duas, gavetas basculantes para evitar
deixe os brancos em 8ºC (se ela danificar rótulos na hora de
chegar a esse patamar) e tintos “puxar” a garrafa. Se as gavetas
em 18ºC. Se sua ideia é manter puderem ser removidas, também
os vinhos (não importa o tipo) é interessante para abrir espaço
por longo tempo, opte por algo para garrafas maiores.
em torno de 13ºC.

Sem treme-treme
Se um ponto crucial na conser-
vação do vinho é a não variação POR QUE
Quais vinhos guardar de temperatura, outro é a não TER UMA ADEGA?
Além de ter seus vinhos à mão na
na adega climatizada? vibração. A maioria das adegas temperatura certa para consumir
Todos os vinhos devem ser manti- climatizadas possui sistemas de na hora desejada, um dos trunfos
dos em local fresco e abrigados da refrigeração por compressor, no de ter uma adega é manter os seus
vinhos em ótimas condições para
luz. Mas nem todos ganham com entanto, esses compressores de-
serem consumidos. Um dos grandes
o tempo de guarda. À princípio, vem ter baixa vibração. Segundo problemas de manter vinhos em
se houver espaço, mantenha todos estudos, a vibração pode arruinar locais inadequados é a variação
na adega. Se começar a faltar os vinhos mais rapidamente do de temperatura. Estudos mostram
que vinhos submetidos a grandes
lugar, dê prioridade aos de guar- que as variações de temperatura. variações de temperatura em pouco
da, no entanto, evite abrir espaço Além da vibração, é sempre bom tempo deterioram-se rapidamente.
retirando vinhos que estavam se atentar ao barulho, pois você Em lugares como São Paulo, por
exemplo, que durante a noite
acondicionados na adega que não não vai querer algo com ruídos podemos ter 15ºC e durante o dia
serão consumidos prontamente, inconvenientes no meio da sala. 30ºC, não é de se estranhar que os
pois a variação de temperatura tem vinhos sofram fora de uma adega.
efeitos danosos.
Edição 165 >> ADEGA 73
HARMONIZAÇÃO | p o r ARNALDO GRIZZO

fotos: divulgação

OUTRAS
RELAÇÕES
Ideias de harmonização pouco
convencionais para cinco pratos de inverno

H
á quem diga que dizer que muitas das regras de har-
harmonização não monização são maleáveis e isso abre
tem regras, apenas espaço para experimentação e a des-
“empirismo”. Mas, coberta de novas e interessantes in-
convenhamos, tem terações entre vinho e comida. Com
coisas que não combinam e nunca isso em mente, ADEGA separou al-
combinarão por mais “São Tomé” ternativas pouco convencionais para
que você seja. No entanto, pode-se cinco pratos de inverno. Confira.

74 ADEGA >> Edição 165


Risoto de cogumelos
A textura amanteigada, um certo sabor umami dos cogumelos, sustentar os sabores do prato. No entanto, para quem quer ex-
os tons lácteos e possivelmente também terrosos desse risoto perimentar algo diferente, vale a pena provar a receita ao lado
geralmente nos levam a pensar na rusticidade de um Chian- de um Gamay. A acidez ajuda a equilibrar um pouco a textura
ti – especialmente se o cogumelo for porcini –, mas também e os sabores se complementam bem com os cogumelos. Para
podemos pensar em Syrah e outras opções de blend (como os os apreciadores de vinhos brancos, vale tentar um Riesling (ou
durienses) com um bom equilíbrio entre estrutura e frescor para Alvarinho) envelhecido.

Confit de pato
Um prato de preparo e cocção lentos, o giões próximas), pois congregam um tipo de
confit agrega sabores à carne de pato, com equilíbrio bastante similar ao que será en-
muitas nuances, especiarias, além da textu- contrado na receita. Contudo, se optarmos
ra macia da carne sutil. Um dos primeiros por algo um pouco menos direto, podemos
pensamentos para harmonizar esse prato esbarrar em vinhos feitos de Cinsault. A le-
clássico da culinária francesa é um bom veza e os tons picantes e herbáceos podem
Merlot (os blends de Saint-Émilion e re- oferecer um bom casamento com o pato.

Sopa de lentilha
Aqui não pensamos em sopa de lentilha to de sabores e aromas. Pares convencio-
apenas como um caldo simples de lenti- nais aqui podem ser Sangiovese e Syrah,
lhas, obviamente. A preparação costuma e também blends do Rhône. Todavia,
levar não somente a base dessa legumi- uma combinação menos usual pode ser
nosa, mas incrementos interessantes, criada ao lado de um belo Carménère,
como carnes e outros vegetais, gerando com estrutura e notas herbáceas que
um prato bastante substancioso e reple- complementam a rusticidade do prato.

Polenta com ragu de carne


A base é formada pela textura cremosa, com um Sangiovese também. No entan-
no entanto, o que dá o tom é o ragu, que to, valeria a pena tentar, caso queira “fugir
pode ser feito de diversas maneiras e com do básico”, um Cabernet Franc, especial-
diferentes tipos de carne. Uma das harmo- mente ao lado de um ragu com notas mais
nizações mais lembradas com um ragu especiadas e também com uma mistura
de carnes vermelhas, por exemplo, é um de carnes mais curadas. Essa combinação
blend do Rhône, mas pode-se acompanhar “rústica” pode ser bastante interessante.

Lasanha bolonhesa
A massa e a carne “clamam” por combina- co. Contudo, se você quiser sair um pouco
ções com alguns clássicos italianos, espe- dessas primeiras e certeiras opções, tente
cialmente toscanos, com Sangiovese, mas experimentar ao lado de um Aglianico. Os
também pode oferecer uma ótima pedida exemplares mais interessantes, que mesclam
com Barbera. Cabernet Sauvignon, Zin- taninos finos, acidez e dulçor equilibrado,
fandel e Tempranillo também são sempre fazem bom par com essa receita “da mam-
lembrados para acompanhar esse prato típi- ma”. Só evite os que tem álcool em excesso.

Edição 165 >> ADEGA 75


GRANDS CHÂTEAUX | p o r ARNALDO GRIZZO

Fundista
e velocista
Enólogo por trás do sucesso do Château
Clinet gosta de correr maratonas

C
orrer maratonas não é para qual- Talentoso e determinado, ele abandonou as
quer um. Mesmo que você per- corridas para administrar Clinet, que pertence
corra os 42,195 quilômetros em à sua família desde 1999, quando seu pai Jean-
um ritmo lento, bem abaixo do -Louis Laborde comprou-a de uma empresa de
que um corredor profissional fa- seguros. Na época, Jean-Michel Arcaute (ex-
ria, ao final, com certeza estará completamente -proprietário) era o enólogo responsável. No en-
exausto. Uma prova tão longa requer não somen- tanto, Arcaute morreu em um acidente de barco
te do corpo, mas também da mente. É preciso em 2001. Tão logo tomou as rédeas do negócio,
muito treino e dedicação. Não se corre uma ma- Ronan, produziu transformações substanciais na
ratona “para brincar”. Deve-se estar completa- propriedade: replantando cerca de 20% do vinhe-
mente preparado. do (tido como um dos mais antigos do Pomerol –
Ronan Laborde gosta de correr maratonas e diz-se que há vestígios de vinhas que remontam a
já participou de algumas. Em 2004, aos 23 anos, 1595), implementando cultivos com práticas sus-
no auge da forma, além ocupar ótimas posições tentáveis, reconstruindo as instalações vinícolas e
em corridas das quais participava, ele já estava as- reorganizando a distribuição de Clinet.
sumindo a enologia do Château Clinet, uma das Antes de chegar aos Laborde, contudo, o
mais prestigiadas propriedades de Pomerol, em château havia sido propriedade da importante
Bordeaux. E aqui também se destacou, mas não família Arnaud no século XIX. Somente nos anos
como “fundista”, e sim como um velocista, pois, 1980 é que ele passou para as mãos de Georges
em pouco tempo, seu talento ajudou a forjar vi- Audy, um negociante de vinhos. Arcaute entrou
nhos que receberam excelentes críticas e altas no negócio quando se casou com a filha de Audy
pontuações. e, em 1987, chegou a chamar Michel Rolland

76 ADEGA >> Edição 165


permitem que as uvas sejam transferidas suave-
mente por gravidade para suas cubas customiza-
das correspondentes.
Para misturar cada parcela de vinhas, a adega
dispõe de uma seleção de pequenas cubas de aço
inox com regulação térmica, nas quais a fermen-
tação ocorre. O mosto de cada parcela é vinifica-
do separadamente para preservar suas caracterís-
ticas, sendo posteriormente envelhecido também
separadamente em barris. Apenas na hora do
blend as parcelas são finalmente reunidas.
Os vinhos envelhecem em média 16 meses
em 60% de barris novos de carvalho francês,
alemão e austríaco, e o tipo de barril usado para
envelhecer cada parcela é cuidadosamente se-
lecionado para cada variedade. Clinet tem uma
seleção de barris de diferentes tipos, tostas e ta-
manhos que permite equilibrar as características
que desejam para cada parcela.

Não amava as mulheres?


O Château Clinet tem 11,3 hectares de vinhedos,
os quais estão divididos em 88% Merlot e 12%
Cabernet Sauvignon. Por ano, ele produz 45 mil
garrafas. O segundo vinho, Fleur de Clinet, nas-
como consultor, época em que o vinho de Clinet ceu em 1997, mas hoje representa mais de 40%
foi mais opulento e cheio de carvalho novo. da produção. No entanto, uma das maiores mu-
danças de Ronan desde que assumiu foi ampliar a
Tesouros ultrasselecionados marca, criando uma linha de tintos e brancos de
AD 97 pontos Sob o comando de Ronan, todavia, o perfil do denominação genérica de Bordeaux, engarrafados
CHÂTEAU CLINET 1989 vinho passou a mudar, com menos madeira nova, sob o nome “Ronan by Clinet” com uvas de pro-
Château Clinet, menos Cabernet Sauvignon e também com dutores de Entre-deux-Mers, Côtes de Bordeaux
Bordeaux, França
blends ainda mais selecionados. O vinhedo de Castillon e Francs, e Lussac-Saint-Émilion.
(Clarets – sob
encomenda). Com Clinet fica no planalto perto de Pétrus e Lafleur. Em 2011, Clinet fez uma “ponta” no primei-
vinhedos mais ao norte Um de seus mais prestigiados lotes, do Merlot ro filme da trilogia “Millennium: Os Homens
na região. É um passeio “La Grand Vigne”, fica ao lado da igreja de Po- que Não Amavam as Mulheres”. Uma garrafa da
olfativo. Perfil com muita merol e tem vinhas de cerca de 85 anos. Os solos safra 2005 aparece sendo servida durante uma
carambola, temperado
são ricos, com uma mistura de camadas de areia, cena de jantar na casa de Martin Vanger (papel
com miolo da jabuticaba
e um pouco do argila e cascalho. de Stellan Skarsgård) com Mikael Blomqvist
dulçor da atemoia. Os As uvas que entram na adega sofrem um rigo- (Daniel Craig). A “publicidade” ajudou a alavan-
taninos estão muito roso processo de seleção. Após a seleção inicial car ainda mais a fama de Clinet.
bem e presentes. Um na chegada, passa-se por uma máquina Airtech Apesar da rapidez com que seus vinhos caíram
pouquinho de Cabernet de alta precisão e depois há ainda mais uma eta- nas graças dos críticos após suas mudanças, Ronan
Sauvignon que também
se demonstra. Está
pa de delicada triagem manual para garantir que não parece “cansado”. Depois do sprint inicial,
bastante inteiro. “Ainda apenas as melhores uvas cheguem às cubas. Uma seu trabalho no Château Clinet parece ter fôlego
vai explodir”. CB prensa de última geração controla a extração do de maratonista, preparado para longos trajetos, as-
mosto das cascas. E vasilhas em forma de cone sim como seus vinhos para longa guarda.

78 ADEGA >> Edição 165


CURIOSIDADES | p o r ARNALDO GRIZZO

Escritos
Yquem, Gruaud Larose, Margaux, Taittinger...
Algumas marcas ficaram eternizadas em livros clássicos

“D
epois de acordar, pe- Assim Fiódor Dostoievski descreveu a cena de
diu almôndegas, uma um suicida “incidental” em uma de suas obras
garrafa de Château mais contestadoras, “Os Demônios”, do início
d’Yquem e uvas, pa- dos anos 1870. Nessa época, Yquem já era um vi-
pel, tinta e a conta. nho famoso em toda a Europa, inclusive na Rús-
Ninguém notou nada de especial nele; estava sia czarista. Foi o escritor russo, contudo, quem
tranquilo sereno e amável. Tudo indica que se ajudou a tornar Yquem a “bebida dos suicidas”
suicidou por volta da meia-noite, embora seja es- graças a esse trecho. Mas, convenhamos, o rapaz
tranho que ninguém tenho ouvido o disparo e só poderia ter bebido a garrafa toda...
o tenham descoberto hoje, à uma da tarde, de- Assim como Dostoievski, na história da litera-
pois de baterem na porta e, não obtendo resposta, tura inúmeros autores se valeram do vinho para
arrombarem-na. A garrafa de Château d’Yquem criar cenas inesquecíveis. A maioria, contudo,
estava consumida pela metade, sobrara também raramente nomeia uma “marca” específica de
meio prato de uvas. O tiro fora dado com um vinho como o escritor russo fez neste caso. Ainda
pequeno revólver de três tiros diretamente no assim, há citações célebres de marcas conheci-
coração. Correra muito pouco sangue; o revól- das em grandes obras – isso sem falar de clássicos
ver caíra no tapete. O próprio jovem estava meio da antiguidade que apontavam vinhos de locais
deitado num canto do divã. Pelo visto a morte específicos que, na época, podíamos chamar de
fora instantânea; não se notava nenhum sinal da “marcas”, pois, muitas vezes, não havia uma no-
agonia da morte no rosto. A expressão era serena, ção tão clara do produtor como o nome por trás
quase feliz, faltava pouco para estar vivo”. de um vinho de qualidade.

80 ADEGA >> Edição 165


Margaux
divino
Sem voltar tanto
assim no tempo,
além do Château
d’Yquem, alguns
outros clássicos de
Bordeaux também
foram consagra-
dos em páginas de
obras-primas do sé-
culo passado. Um
deles foi o Château
Margaux. Uma ci-
tação importante é feita por ninguém menos que
Ernest Hemingway em seu “O sol também se
levanta” do final dos anos 1920. Em uma cena,
o narrador e protagonista Jacob Barnes aponta:
“Entrei para jantar. Para a França, era uma gran- ganho um buquê se tivessem esperado um pou-
de refeição, mas após a Espanha a comida pare- co. Nathan parecia entender de todos esses deta-
cia distribuída com parcimônia. Pedi uma garrafa lhes, mas Sofia só sabia que o sabor lhe dava uma
de vinho. Seria uma boa companhia. Um Châ- sensação inigualável de prazer, um calor imenso,
teau Margaux. Era agradável beber lentamente, descuidoso, que parecia sair do fundo do cora-
saborear o vinho, beber sozinho. Uma garrafa de ção e lhe descia para as pontas dos pés, tornando
vinho é uma boa companhia”. válidas todas as velhas máximas sobre as proprie-
No mesmo livro, que conta a história de um dades curativas do vinho. A cabeça nas nuvens,
grupo boêmio de amigos expatriados após a I como se as preocupações lhe tivessem desapare-
Guerra Mundial, Hemingway também cita o cido como por encanto, ouviu a si mesma dizer,
Champagne Veuve Clicquot, mas, na verdade, quando terminavam de jantar: — Sabe, quando
os personagens acabam bebendo Mumm. Con- a pessoa leva uma boa vida e morre santamente,
tudo, Margaux mereceu uma citação ainda mais deve ser isto o que dão a ela para beber, no pa- Ernest Hemingway
(acima) e William
eloquente em outro clássico, desta vez de Wil- raíso”. Styron enalteceram as
liam Styron, em seu “A Escolha de Sofia” publi- qualidades do Château
cado em 1979 – que posteriormente se tornou Bordeaux Margaux em suas obras

filme estrelado por Meryl Streep. Vale a pena mágico?


“degustar” o trecho: Em outra obra-
“Não fazia ideia de que na América pudesse -prima da literatura
existir aquilo — aquele néctar dos deuses! A gar- mundial, “A Mon-
rafa que Nathan comprara era de tal qualidade, tanha Mágica” de
que levara Sofia a redefinir a natureza do gosto: Thomas Mann, é
ignorando a mística do vinho francês, não preci- outro château bor-
sou que Nathan lhe dissesse tratar-se de um Châ- dalês que aparece
teau Margaux, ou que era de 1937 — a última logo de supetão
das grandes safras de antes da guerra — ou que quando o protago-
tinha custado a espantosa quantia de quatorze nista chega para
dólares (mais ou menos metade do que ela ga- sua “visita” ao pri-
nhava por semana, pensou, incrédula, ao reparar mo doente em um
no preço grudado na garrafa), ou que poderia ter sanatório nos Alpes suíços. “Serviu-os uma criada

Edição 165 >> ADEGA 81


“Encomendou
champanhe, três
garrafas de Mumm
& Cia, Cordon
rouge, très sec,
acompanhadas de
petits fours”
amável, de fala gutural, com vestido preto e aven-
tal branco, rosto largo de cores muito sadias, e para
seu divertimento Hans Castorp aprendeu que ali,
em alemão suíço, as criadas eram chamadas Saal-
töchter, ‘filhas de salão’, literalmente. Pediram
a ela uma garrafa de Gruaud Larose, que Hans
Castorp devolveu porque estava fria demais: que
retornasse em breve”.
O Château Gruaud Larose é um Deuxièmes
Crus da classificação de 1855 de Bordeaux e o
protagonista provavelmente deveria conhecê-lo
bem, pois em sua família haviam negociantes de
vinho. No longo livro, cuja trama se passa antes
da I Guerra Mundial, Hans Castorp ainda faz
uma bela e improvisada apologia ao vinho em
um momento de “pressão” – “presente divino
feito aos homens”, propõe. E, mais adiante, du-
rante um lauto jantar, um personagem bonachão
solicita grandes quantidades de comida e vinho e
quem agrada a todos é um Champagne Mumm:
“E pediu o cardápio. Colocou no nariz um
pince-nez com aros de chifre, e cuja ponte se
erguia na altura da testa. Encomendou cham-
panhe, três garrafas de Mumm & Cia, Cordon
rouge, très sec, acompanhadas de petits fours,
pequenas guloseimas, deliciosas e coniformes,
com uma saborosa massa cor de barro, revestida
de um glacê de açúcar, recheadas de cremes de
chocolate e de pistache, e oferecidas sobre pa-
peizinhos com beiras rendadas. A sra. Stöhr lam-
bia os dedos ao prová-las. O sr. Albin, com uma
calma displicente, libertou a primeira rolha da
sua gaiola de arame e deixou o cogumelo de
cortiça desprender-se do gargalo adornado,
com o estalo de uma pistola de criança, e
saltar até o teto. Em seguida, conforme tra-
dição elegante, embrulhar a garrafa num
guardanapo, antes de despejar o vinho. A
nobre espuma molhou o linho das toalhas
que cobriam as mesinhas auxiliares. Fize-
ram tinir as taças, e esvaziaram-nas de um
só trago. O estômago sentia-se eletrizado
pelas cócegas do líquido gelado e aromáti-
co. Os olhos começaram a brilhar”.

82 ADEGA >> Edição 165


Champagne
Algumas das mar-
cas de vinho mais
antigas definitiva-
mente são as de
Champagne. Des-
de muito cedo, as
famílias produtoras
estamparam seus
nomes nas garrafas
e investiram em
“marketing”, forne-
cendo para diversas
casas da nobreza
europeia. Nos livros de Ian Fleming sobre James
Bond, um clássico da literatura pop, por exem-
plo, há diversas citações de marcas conhecidas.
Em Casino Royale, o primeiro livro da série
do agente secreto, Bond afirma que Taittinger
Blanc de Blancs Brut 1943 seria “provavelmente
o melhor Champagne do mundo”. Contudo, seu “Cinquenta Tons Mais Escuros”, livro perten-
gosto provou ser bastante maleável no decorrer cente à trilogia best-seller de “Cinquenta Tons
da série de aventuras. Em Moonraker, publicado de Cinza”, a autora E. L. James cita um baile de
apenas dois anos depois, Bond diz que Taittin- máscaras em que há um menu de um jantar har-
ger era “apenas uma moda minha” e bebe Dom monizado. Entre os vinhos servidos está o Klein
Pérignon. Outras marcas citadas são Bollinger Constantia Vin de Constance 2004. Ele aparece
(que aparece em Diamonds Forever e On Her sendo harmonizado com figos cristalizados com
Majesty’s Secret Service), Veuve Clicquot, Krug chiffon de nozes, molho zabaione e sorvete de
e Pommery. Bond também parece gostar de Bor- bordo. A citação levou os fãs da saga a procura-
deaux clássicos e chega a beber algumas safras de rem este vinho.
Château Mouton Rothschild em suas andanças. No entanto, no mesmo menu, a autora cita
outros produtores menos conhecidos como o
Doce sensual Châteauneuf-du-Pape Vielles Vignes 2006 do
e poesia Domaine de la Janasse e rótulos do produtor
Mais recentemente, norte-americano Alban Estate. Ainda no livro,
houve um boom de são citadas as Champagnes Cristal e Bollinger.
vendas de um vinho Também recente é um livro de poemas de
que chegou a ser um Sharon Olds, cujo título já remente ao vinho,
dos mais aclamados “Stag’s Leap” – o mesmo nome de uma consagra-
doces do mundo, o da vinícola norte-americana. O livro é baseado
Constantia, um sul- na separação do marido e, na poesia de abertu-
-africano favorito de ra, ela compara o desenho do rótulo (veado sal-
Napoleão, que já tando) com seu ex-esposo: “Então o desenho no
havia sido citado – rótulo do nosso vinho tinto favorito parece com
de forma genérica meu marido, lançando-se em um precipício em
obviamente – por seu fervor para se livrar de mim”. Enfim, grandes
Charles Baudelaire, Charles Dickens e Jane vinhos e grandes obras, por vezes, formam uma
Austen em suas obras. Contudo, em 2012, em harmonização infalível.

Edição 165 >> ADEGA 83


CAVE C A D E R N O D E AVA L I A Ç Ã O D E ADEGA
Tabela de avaliação
Classificação Pontos
Extraordinário 95 A 100
Excelente 91 A 94
Ótimo 89 A 90
Muito Bom 87 A 88
Avaliações por
Bom 85 A 86
Editor de vinho:
Regular 82 A 84
Eduardo Milan (EM)
Fraco ABAIXO DE 82

Beto Duarte (BD), Evolução


Christian Burgos (CB),
Christiane Miguez (CM), = Beber
Daniel Perches (DP), = Beber ou Guardar
Felipe Granata Kosikovski (FGK), = Guardar
Guilherme Velloso (GV), Observações
João Paulo Gentille (JPG), = BEST BUY - Melhor custo-benefício
Juliana Trombeta Reis (JTR) Os preços são aproximados no varejo e
O
e Mauricio Leme (MSL) itos à variação.
= Vinhos degustados em ocasiões
www.oMelhorVinho.com.br ciais – lançamentos e raridades –
e, portanto, não às cegas.
Degustações realizadas no restaurante
Praça São Lourenço com ajuda do sommelier
Gustavo dos Santos Barros
Espumantes, página 86
Brancos, página 87
Rosés, página 90
Tintos, página 90
Eventos, página 95
ESPUMANTES

AD 86 pontos AD 90 pontos AD 91 pontos AD 91 pontos AD 88 pontos


CONDE DE FOUCAULD FERRAGANI RESERVA LA BELLE BLANCHE SALTON GERAÇÕES AZIR SERRA DOS CRISTAIS
BRUT ROSÉ ESPECIAL BRUT ROSÉ BRUT ROSÉ ANTONIO SALTON NATURE MOSCATEL ESPUMANTE
Aurora, Bento Luiz Argenta, Altos Enos Vinhos de Salton, Serra Gaúcha, Vinícola Castanho,
Gonçalves, Brasil Montes, Brasil Boutique, Serra Brasil (R$ 149). Jundiaí, Brasil (R$
(R$ 24). Espumante (Livimport R$ Gaúcha, Brasil (R$ Espumante branco 33). Perlage delicada e
rosé brut elaborado 99). Espumante 130). Espumante rosé nature composto contínua de coloração
pelo método Charmat produzido pelo brut elaborado pelo de Pinot Noir, bem esverdeada, muita
a partir de Merlot, método tradicional de método tradicional Chardonnay e Riesling tipicidade da fruta no
Pinotage e Cabernet segunda fermentação a partir de 70% Itálico, mantido por, nariz com frescor e
Franc. Frutado e em garrafa, em Altos Chardonnay, 20% pelo menos, 28 meses dulçor, lembra doce de
cremoso, mostra Montes, Rio Grande Trebbiano e 10% Pinot em contato com as pêssego em compota
frutas vermelhas mais do Sul. Cor rosé Noir, com cerca de 12 leveduras. Chama e dama da noite. Na
maduras envoltas claro, com borbulhas meses em contato com atenção pelo volume boca, muita intensidade
por toques florais e bem finas. No nariz, as leveduras. Delicioso de boca e cremosidade, e cremosidade
herbáceos. No palato, framboesa, cereja, em suas notas de tudo num contexto com boa carga de
confirma esse perfil brioche e uma nota morangos frescos de muita fruta branca dulçor. Finaliza com
de maior sensação tostada. Na boca, é acompanhadas de e de caroço madura, frescor. Espumante
de dulçor, mas com seco, tem boa mousse, notas florais, de ervas seguidas de notas despretensioso e muito
acidez e estrutura, que e acidez refrescante. É e de frutas cítricas, cítricas, minerais e agradável, como deve
trazem certo equilíbrio equilibrado, elegante e que aparecem tanto salinas. Com o tempo ser. Vai bem sozinho,
ao conjunto. Álcool longo. Álcool 12%. BD no nariz quanto na na taça, mostra notas gelado, no final da
11,5%. EM boca. Limpo, cativante de pão, de fermento e refeição. Álcool 7,5%.
e muito gostoso de de frutos secos. Tenso JPG
beber, é muito bem e vinoso, tem final
feito no estilo leve e cheio e persistente,
vibrante. Por ser fácil com toques salinos e
e acessível, parece cítricos. Álcool 11,5%.
menos complexo do EM
que realmente é. Álcool
12,5%. EM

86 ADEGA >> Edição 165


BRANCOS >>

AD 89 pontos AD 88 pontos AD 90 pontos


ANAKENA CHARDONNAY DORY RESERVA ESPORÃO 2 CASTAS 2017
2015 BRANCO 2015 Esporão, Alentejo,
Anakena, San Antonio, Adega Mãe, Lisboa, Portugal (Qualimpor
Chile (Winebrands R$ Portugal (Pão de R$ 112). Para produzir
57). Produzido no Valle Açúcar R$ 135). esse vinho, os enólogos
Central, no Chile, esse Aromático e intenso, da vinícola Esporão
vinho recebe 15% de fruta de caroço como devem buscar a
uvas Viognier em sua damasco em conjunto cada ano as duas
elaboração, que é toda com baunilha tostada, castas que melhor se
feita em tanques de aço além de traços de complementem. Em
inox, sem passagem amêndoas que lembra 2017, as escolhidas
por madeira. O blend marzipã. No paladar, foram a Viosinho e
resulta em um vinho tem ótima estrutura, Alvarinho. Complexo
fresco, com notas uma acidez vibrante e nos aromas, mostra
florais aparecendo de cortante acompanha frutas cítricas e brancas
início e passando pelas seu corpo com classe, acompanhadas de notas
frutas brancas, com um e agrada pela sua florais e herbáceas.
leve toque de mel ao textura salina vibrante. Na boca, tem acidez
fundo. Seu frescor e Mostra fruta madura refrescante, textura
leveza fazem com que na medida, traz gole cremosa e final médio
seja uma boa opção redondo e macio e cativante, com toques
para acompanhar com corpo e força salinos, de limão e de
aperitivo ou entrada. necessária. Calor e pêssego. Álcool 14%.
Álcool 13%. DP madeira aparecem com EM
leve amargor final e
não incomodam, possui
boa duração. Gostoso
para degustar na
praia sozinho ou com
sardinhas grelhadas.
Álcool 13%. JPG
AD 89 pontos AD 89 pontos AD 89 pontos AD 88 pontos AD 89 pontos
LAGO CERQUEIRA MARIANA BRANCO 2017 MARQUÉS DE ALDAZ RAR MASI PINOT GRIGIO SANTA CRISTINA
BRANCO 2018 Herdade do Rocim, BLANCO 2016 TORRONTÉS 2018 PINOT GRIGIO 2016
Quinta da Calçada, Alentejo, Portugal Vega del Castillo, RAR Masi Wine Antinori, Toscana,
Minho, Portugal (World Wine R$ Navarra, Espanha Project, Mendoza, Itália (Winebrands
(La Pastina R$ 60). 80). De coloração (Vinci US$ 16). Argentina (RAR Vinhos R$ 140). Esse vinho
Provindo de uma típica amarelo palha com Tinto composto de R$ 75). Elaborado a explica um pouco
e exuberante região tons esverdeados, este 85% Viura, 10% partir de um blend porque a Pinot Grigio
de Portugal, o Minho, branco é composto Chardonnay e 5% entre Pinot Grigio virou moda nos Estados
elaborado com as de Antão Vaz (60%), Moscatel, sem (60%) e Torrontés Unidos e também é
castas Loureiro, Arinto, Arinto (30%) e passagem por madeira. (40%), este branco traz uma variedade que
Azal e Trajadura, este Alvarinho (10%). Direto e cativante, a certificação nacional agrada bastante os
Vinho Verde é jovem Jovem e de corpo mostra frutas brancas de produto orgânico ingleses. É um vinho
e apresenta corpo leve médio, apresenta notas e de caroço maduras e apresenta coloração capaz de agradar
e coloração amarelo aromáticas de frutas escoltadas por sedutoras amarela bem clara com muitos paladares.
claro, com reflexos brancas, como o melão, notas florais e de reflexos esverdeados Esse Grigio da Santa
esverdeados. Traz e de frutas cítricas, em ervas frescas, que se e jovialidade. Chama Cristina combina
aromas característicos, especial abacaxi, além confirmam no palato. mais atenção no nariz notas florais e cítricas.
como frutas tropicais, de toques de ervas. No Leve e refrescante, tem do que em boca, com Na boca, é seco, tem
frutas cítricas e notas paladar, confirma sua gostosa acidez, boa exuberante aroma de boa acidez e um sabor
herbáceas. Em boca, fruta cítrica, traz boa textura e final médio e frutas tropicais envolto interessante de maçã-
revela sutileza, com presença de boca, com agradável, com toques por notas de ervas verde e de abacaxi
acidez agradável, fruta leve acidez e média salinos e cítricos. Ideal e frutas cítricas. No maduro. É um vinho
fresca, final herbáceo persistência. Álcool para acompanhar palato, apresenta boa para beber jovem, para
e boa persistência. 12,5%. FGK pescados ou entradas e refrescante acidez. aproveitar o frescor
Uma ótima companhia leves. Álcool 12,5%. Uma boa companhia que ele oferece. A
para um dia de sol na EM para comidas leves. persistência é boa.
piscina ou na praia. Álcool 12,5%. FGK Álcool 12%. BD
Álcool 10%. FGK

88 ADEGA >> Edição 165


ROSÉS

AD 92 pontos AD 88 pontos AD 90 pontos


VALLISTO TORRONTÉS 2018 FAZI BATAGLIA ROSATO 2018 LEYDA ROSÉ
Vallisto, Catamarca, Fazi Bataglia, Marche, PINOT NOIR 2018
Argentina (World Wine Itália (World Wine R$ Viña Leyda, Leyda,
R$ 114). Com passagem 99). Sem estagiar em Chile (Grand Cru R$
de 40% de seu volume madeira, esse vinho fica 75). Esse rosé começa
por barricas de carvalho em contato com borras com uma bela cor
francês usadas, esse vinho finas por quatro meses. salmão, bem claro.
elaborado com 90% de Rosado de tonalidade No nariz, tem notas
Torrontés e uma pequena salmão levemente florais e de framboesa,
parcela de Viognier e alaranjado, traz no morango, groselha... Na
Chardonnay apresenta nariz notas de frutas boca, a acidez chega
coloração amarelo frescas, como morangos trazendo um frescor
palha e traz um aroma e romãs, e finaliza delicioso. É um rosé
que remete à infância, com nuances minerais. equilibrado, com boa
com uma fruta hoje Na boca, as flores se intensidade de sabor e
muito pouco conhecida, destacam, finalizando persistência. Desses que
mas que encanta com certo dulçor e dá vontade de tomar
pelo seu perfume, o acidez média. Bom mais de uma taça.
jambo. Notas de flores acompanhamento para Álcool 13,5%. BD
brancas também são saladas frescas e molhos
percebidas trazendo uma leves. Álcool 13%. CM
complexidade exótica
para o conjunto. Na
boca, seu médio corpo
e acidez equilibrada
finaliza com ótima
persistência e sabor.
Um vinho branco que,
mesmo com tempo
em taça, ganhando
temperatura, ainda tem
suas notas bem evidentes
e pronunciadas. Álcool
14%. CM
TINTOS

AD 89 pontos AD 91 pontos AD 88 pontos AD 90 pontos AD 92 pontos


AVAÑATE 2013 BOSCARELLI PRUGNOLO BRISA CARMÉNÈRE 2017 CA’BOLANI CABERNET FRANC CADUS SIGNATURE SERIES
Vinum Vitae, Ribera ROSSO DI MONTEPULCIANO Vistamar, Vale Central, 2016 CRIOLLA 2017
del Duero, Espanha 2017 Chile (Grand Cru R$ Tenuta Ca’Bolani, Cadus Wines,
(Hispania R$ 145). Boscarelli, Toscana, 50). Tinto elaborado Friuli, Itália (Devinum Mendoza, Argentina
Ribera del Duero Itália (Decanter exclusivamente a R$ 135). Tinto 100% (Porto a Porto/Casa
é uma das regiões R$ 217). Tinto partir de Carménère Cabernet Franc, com Flora R$ 175). Essa
da Espanha onde composto de 90% sem passagem por passagem por barricas é a primeira versão
a Tempranillo se Prugnolo Gentile madeira. Num estilo de carvalho. Austero, desse tinto elaborado
mostra muito bem. e 10% Mammolo, descompromissado fresco e gastronômico, exclusivamente a
Para começar, este sem passagem por e fácil de entender, mostra as cativantes e partir de uvas Criolla
tinto mostra bom madeira. Suculento mostra a Carménère típicas notas de folhas advindas de um
casamento entre fruta e muito gostoso de modo claro, num de tabaco e de ervas da velho vinhedo em
e madeira. Notas de de beber, mostra estilo de frutas negras cepa, que envolvem sua latada, plantado
ameixa, amora, café e cerejas e morangos mais frescas, sem medo fruta negra e vermelha em Vistaflores, com
baunilha. Na boca, é acompanhados de notas de mostrar as notas de vibrante. Frutado, fermentação e estágio
seco, encorpado, tem florais, terrosas, de ervas ervas e de especiarias tem acidez marcante, em ovos de concreto.
os taninos com textura e de especiarias, que típicas da cepa e que taninos tensos e de Uma ótima estreia para
macia e granulada. É se confirmam na boca. trazem ainda mais ótima textura e final esse vinho, que esbanja
equilibrado, fresco e Fluido e equilibrado, sensação de frescor persistente e vertical, cerejas e morangos
longo. Álcool 14%. BD tem acidez refrescante, ao conjunto. Gostoso com toques terrosos e acompanhados de notas
taninos firmes e final de beber, tem corpo de especiarias. Álcool florais e terrosas, tudo
persistente e agradável, médio, boa acidez, 13,5%. EM equilibrado por taninos
pedindo mais um gole. taninos macios e de ótima textura e
Álcool 13,5%. EM final também médio, vibrante acidez. Tem
confirmando o nariz. final persistente e
Álcool 13%. EM suculento, pedindo
a companhia de
embutidos em geral.
Álcool 13,5%. EM

90 ADEGA >> Edição 165


>>

AD 88 pontos AD 90 pontos AD 90 pontos


CASA VALDUGA TERROIR CORTES DE CIMA DON GUERINO RESERVA
EXCLUSIVO ARINARNOA PINOT NOIR 2015 TEROLDEGO 2017
2015 Cortes de Cima, Don Guerino, Alto
Casa Valduga, Alentejo, Portugal Feliz, Brasil (R$
Encruzilhada do (Adega Alentejana 75). Tinto elaborado
Sul, Brasil (R$ 90). R$ 385). Produzido exclusivamente a
Tinto elaborado próximo ao Oceano partir de Teroldego,
exclusivamente a partir Atlântico, com estágio com estágio de 50%
de Arinarnoa – fruto de oito meses em do vinho durante seis
do cruzamento entre barricas de carvalho meses em barricas
Petit Verdot e Merlot francês. Um tinto de carvalho francês.
–, com estágio de oito encorpado de coloração Frutado e de ótima
meses em barricas de púrpura, que traz no tipicidade, mostra
carvalho francês. Uma olfato aromas de fruta as notas terrosas e
boa interpretação dessa silvestre e vermelha de couro da cepa
variedade de taninos madura e nuances seguidas de ameixas
mais granulados e de terrosos. Em boca, é e de amoras. Chama
caráter terroso. Mostra vibrante, com marcante atenção pelos taninos
frutas vermelhas e presença de taninos, de ótima textura,
refrescante acidez, sem fugir da elegância que trazem tensão ao
que trazem equilíbrio de um Pinot Noir, conjunto. Tem final
ao aporte da madeira. com boa fruta e longa carnudo e persistente,
Gastronômico, clama persistência. Álcool com toques minerais,
por carnes vermelhas 12,5%. FGK especiados e de ervas.
mais gordurosas. Álcool Álcool 13,8%. EM
13%. EM
AD 90 pontos AD 92 pontos AD 93 pontos AD 89 pontos AD 90 pontos
HARAS DE PIRQUE RESERVA IMAGINADOR 2017 IZADI EL REGALO 2014 LE PALOMBIER LUNGAROTTI
DE PROPRIEDAD 2016 Pedro Parra y Familia, Artevino, Rioja, COMTÉ TOLOSAN 2016 SANGIOVESE 2016
Haras de Pirque, Itata, Chile (World Espanha (Adega Georges Vigouroux, Lungarotti, Úmbria,
Maipo, Chile Wine R$ 146). Tinto Alentejana R$ 320). Cahors, França (Vinci Itália (Mistral US$
(Winebrands R$ fruto da cofermentação Tinto elaborado US$ 21). Tinto, 34). Tinto elaborado
100). Este vinho é de Cinsault (maioria), exclusivamente a partir sem passagem por exclusivamente a
produzido seguindo Muscat, Sémillon, País de uvas Tempranillo madeira, composto partir de Sangiovese,
as práticas orgânicas e Carignan advindas de advindas de vinhas de majoritariamente de sem passagem por
e sempre com as uvas um vinhedo de mais 50 mais de 50 anos, com Malbec, com pequena madeira. Esbanja
mais emblemáticas da anos, parte fermentada estágio de 20 meses em parte de Merlot. De cerejas e groselhas
propriedade. Blend de com cachos inteiros e barricas de carvalho corpo médio, tem acompanhadas de
Carménère, Cabernet estágio em foudres. No francês. Encorpado acidez vibrante e notas florais, terrosas
Sauvignon e Cabernet início, estava fechado, e concentrado, tem taninos aveludados, e de ervas, que se
Franc, resulta em mas depois foi abrindo taninos de ótima que envolvem toda confirmam na boca.
um vinho franco e e mostrando a que textura e refrescante sua fruta negra de Vibrante, fresco e
de fácil percepção e veio, com notas florais, acidez, que trazem perfil mais fresco. Tem cheio de fruta, tem
entendimento de seus terrosas e de especiarias sustentação e equilíbrio final agradável, com acidez vibrante e
aromas e sabores, que doces envolvendo as a toda sua fruta toques florais, terrosos taninos cheios de
lembram cerejas, além suas frutas vermelhas (ameixas e amoras). e de especiarias. textura, que pedem a
de tabaco e um pouco e negras de perfil As notas tostadas, de Gastronômico, pede a companhia de comida,
de madeira, tendo mais fresco, tudo couro, de especiarias companhia de carnes de preferência massas
um toque de ervas permeado por uma doces e de cacau brancas ou carnes ao molho de tomate.
aromáticas ao fundo. sutil nota de fumaça/ complementam o vermelhas menos Definitivamente, um
Álcool 13,5%. DP tostada em virtude das conjunto. Álcool gordurosas. Álcool 13%. vinho para a mesa.
terríveis queimadas 14,5%. EM EM Álcool 13%. EM
que assolaram a região
em 2017. Nada que
tire seu brilho. Muito
fluido e gostoso de
beber, tem taninos de
ótima textura, acidez
na medida e final
persistente. Álcool
14%. EM

92 ADEGA >> Edição 165


AD 88 pontos AD 91 pontos AD 91 pontos
MENA KAHO GRAN RESERVA MOULIN D’ISSAN 2016 PÉREZ CRUZ LIMITED
BARBERA PIEMONTE 2017 Château d’Issan, EDITION SYRAH 2015
Mena Kaho, Serra Bordeaux, França Pérez Cruz, Maipo,
Gaúcha, Brasil (R$ (Clarets R$ 222). Chile (Casa Santa
65). Essa vinícola tem Tinto composto de Luzia R$ 116). Vinho
mostrado consistência 90% Merlot e 10% de coloração rubi
em sua linha, como Cabernet Sauvignon, intensa produzido
prova esse Barbera de com fermentação e majoritariamente
pequena produção estágio em barricas a partir de Syrah,
(600 garrafas). Como de carvalho francês, com pequenas partes
seu homônimo sendo 20% novas. de Garnacha e
piemontês, de onde, Esse é uma espécie Mourvèdre. Fermenta
supõe-se, vieram as de terceiro vinho do em tanques de aço
mudas de uva, ele se reputado Château inoxidável e depois
destaca pela ótima d’Issan, de Margaux. estagia em barricas de
acidez e pela fruta Frutado e equilibrado, carvalho francês por
que lembra cerejas/ mostra ameixas e cassis, 14 meses. Apresenta
ameixas vermelhas. acompanhados de notas uma complexidade
Os aromas revelam florais e de especiarias aromática que migra
ainda notas herbáceas doces, além de toques de flores e frutas,
e de especiarias, mais de ervas. Tem taninos finalizando com
leve tostado aportado de grãos finos, gostosa pimenta negra e frutas
pela madeira. Na acidez e final sedutor e secas. Na boca, é
boca, oferece corpo persistente, com toques potente, com ótima
médio, com taninos de grafite e de alcaçuz. acidez e taninos
bem domados e álcool Uma grata surpresa, equilibrados. Um vinho
equilibrado. A exemplo para um blend que pede comida.
dos italianos, é um majoritário de Merlot, Álcool 14%. CM
vinho que crescerá com atípico no Médoc.
a comida (massas ao Álcool 13,5%. EM
sugo ou com ragu de
carne). Álcool 12,5%.
GV
AD 91 pontos AD 91 pontos AD 91 pontos AD 88 pontos AD 89 pontos
POÇAS VALE DE CAVALOS QUINTA DE SÃO JOÃO QUINTA DO CÔTTO ROBLES DEL SUR RUCA MALEN RESERVA
TINTO 2016 TINTO 2008 TINTO 2015 TANNAT 2015 CABERNET SAUVIGNON 2016
Poças, Douro, Portugal Pinhal da Torre, Tejo, Quinta do Côtto, Varela Zarranz, Ruca Malen, Mendoza,
(Cantu R$ 115). Portugal (Sonoma R$ Douro, Portugal Canelones, Uruguai Argentina (La Pastina
Tinto composto de 170). Tinto composto (Mistral US$ 34). (Obra Prima R$ R$ 82). Tinto elaborado
Touriga Nacional, de Touriga Nacional, Tinto composto de 59). Tinto elaborado exclusivamente a partir
Touriga Franca, Touriga Franca e Tinta Touriga Nacional, exclusivamente a de uvas Cabernet
Tinta Roriz e Tinta Roriz, com estágio em Tinta Roriz, Touriga partir de Tannat, sem Sauvignon, com
Barroca, com estágio barricas de carvalho Franca e Souzão, com passagem por madeira. estágio de 12 meses
de 20% do vinho francês. Macio e estágio de nove meses Carnudo e de médio em barricas usadas de
em barricas usadas suculento, já mostra em barricas de carvalho corpo, mostra ameixas carvalho francês (80%)
de carvalho francês. algumas notas de português. Tenso, puro e amoras seguidas de e americano (20%).
Mostra exuberantes evolução envolvendo e vibrante, tem acidez notas florais, de ervas Mostras as típicas
notas florais, de suas frutas vermelhas e refrescante, taninos de e de especiarias doces, notas de ervas e de
ervas e de especiarias negras mais maduras, ótima textura e final que também aparecem especiarias envolvendo
acompanhando toda lembrando ameixas e persistente e carnudo, no palato. Tem gostosa sua fruta negra de
sua fruta, que lembra amoras. Tem gostosa com toques de cassis acidez, taninos de perfil maduro, como
ameixa e amora. acidez, taninos de e de grafite. As notas boa textura e final ameixas e cassis. Tem
Estruturado, tem boa textura e final especiadas, florais e agradável, que exige taninos de boa textura,
taninos de boa textura, persistente, com traços de ervas cativam e um pedaço de carne bom volume de boca,
refrescante acidez e especiados, florais e aportam complexidade grelhada. Álcool 12,5%. refrescante acidez e
final persistente, com de figos secos. Chama ao conjunto. Tem EM final médio/longo, com
toques de alcaçuz e de atenção pelo equilíbrio 13,5% de álcool. EM toques tostados e de
grafite. Gastronômico, do conjunto, pedindo cacau. Álcool 14%. EM
pede a companhia a companhia de carnes
de carnes vermelhas ensopadas. Álcool 14%.
ensopadas. Álcool EM
13,5%. EM

94 ADEGA >> Edição 165


EVENTOS >>

AD 88 pontos AD 89 pontos AD 89 pontos AD 89 pontos ALMOÇO MATAOJO


SAN TELMO MALBEC 2018 THE WINEMAKER’S SECRET VILLA ANTINORI ROSSO 2014 VINHA DA COUTADA VELHA
San Telmo, Mendoza, BARRELS RED BLEND Antinori, Toscana, 2017 AD 90 pontos
Argentina (Cantu R$ Punti Ferrer, Vale Itália (Winebrands Monte da Ravasqueira, MATAOJO ALBARIÑO FRESCO
40). Tinto elaborado Central, Chile R$ 240). Embora o Alentejo, Portugal 2018
exclusivamente a (Optimus R$ 86). contrarrótulo não (Conceito Português Mataojo, Sierra
partir de Malbec, sem Tem boa intensidade informe, esse é um R$ 85). Corte com Oriental, Uruguai
passagem por madeira. aromática. Framboesa, corte da toscana Aragonês, Trincadeira, (Winebrands R$ 98).
Acessível e fácil de cereja, cassis, Sangiovese (55%) Syrah e Cabernet Produzido com uvas
agradar e de entender, sempre frutas bem com as internacionais Sauvignon. Coutada colhidas manualmente,
mostra aromas de frutas maduras. Na boca, Cabernet Sauvignon, em Portugal é uma como seu próprio nome
vermelhas e negras é encorpado, é seco, Merlot e Syrah. E terra onde não se diz, é um vinho com
maduras acompanhados mas vem com uma passa 12 meses em pode caçar. No nariz, bastante frescor. Em
de notas florais e de sensação adocicada, barricas de carvalho. o Coutada Velha seu aroma são nítidas
especiarias doces, que provavelmente pelo O resultado é um tinto mistura notas de ervas as notas cítricas, com
se confirmam na boca. estágio em madeira. O de bom corpo, sem ser aromáticas, frutas intervenção de frutas
De corpo médio, tem sabor é intenso, com pesado, que apresenta vermelhas, cacau e brancas de caroço. Sua
acidez na medida, notas de baunilha e notas de cereja, terrosas especiarias. Na boca, é acidez é equilibrada,
taninos macios e caramelo misturando- e de fino couro. Com seco, encorpado, com com final de boca
final agradável, com se bem com as notas ótima acidez, conserva taninos firmes, boa levemente mineral
toques de ameixas e de frutadas. Tem taninos bastante fruta e mostra acidez e persistência. e persistente. Álcool
violetas. Tem 13% de macios, boa acidez e álcool compatível Tem 13,5% de álcool. 13%. CM
álcool. EM persistência. Álcool com o corpo. Pode BD
13,5%. BD ser bebido agora ou
guardado por mais
um ou dois anos. E
merece a companhia
de uma carne
(idealmente, bistecca
alla fiorentina). Álcool
13%. GV

Edição 165 >> ADEGA 95


ALMOÇO MATAOJO ALMOÇO MATAOJO DEGUSTAÇÃO PNR IMPORT DEGUSTAÇÃO PNR IMPORT ENCONTRO MISTRAL

AD 90 pontos AD 91 pontos AD 95 pontos AD 93 pontos AD 93 pontos


MATAOJO EDICIÓN ESPECIAL MATAOJO RESERVA CHÂTEAU DE BEAUREGARD CHÂTEAU MANGOT CARMEN GOLD RESERVE
TOURIGA NACIONAL TANNAT 2016 POULLY-FUISSÉ GRAND TODESCHINI SAINT-ÉMILION CABERNET SAUVIGNON 2013
Mataojo, Sierra Mataojo, Sierra BEAUREGARD 2011 GRAND CRU 2012 Carmen, Maipo,
Oriental, Uruguai Oriental, Uruguai Château de Beauregard, Château Mangot Chile (Mistral US$
(Winebrands - não (Winebrands R$ 110). Borgonha, França Todeschini, Bordeaux, 140). Tinto elaborado
disponível). Sim, um Suas uvas são colhidas (PNR Import R$ 815). França (PNR Import exclusivamente a
vinho uruguaio com em três diferentes Esse branco 100% R$ 590). Tinto partir de Cabernet
uma casta tipicamente níveis de maturação, Chardonnay é uma composto de 40% Sauvignon, com
portuguesa e o com intervalos de seleção dos melhores Cabernet Franc, 30% estágio de 18 meses
resultado é realmente uma semana entre vinhos dos melhores Cabernet Sauvignon em barricas de
atraente. Essa edição cada colheita e seu climats, que o produtor e 30% Merlot, com carvalho francês.
especial de apenas amadurecimento é possui na denominação, fermentação integral Um clássico chileno
2000 garrafas, é uma realizado em uma com estágio de 21 meses e estágio em barricas por onde se analise,
mescla de duas safras mescla de barricas em barricas novas de novas de carvalho mostra as típicas
diferentes. 60% é de de carvalho francês, carvalho francês. No francês entre 16 e notas mentoladas, de
Touriga Nacional de americano e húngaro início, estava um pouco 18 meses. Bem feito ervas, de eucalipto
2017, com seis meses durante oito meses. fechado, mostrando em seu estilo mais e de especiarias
de envelhecimento Esse Tannat, é somente notas tostadas, opulento e de frutas envolvendo sua fruta,
em carvalho francês extremamente elegante, defumadas e de vermelhas e negras de lembrando ameixas e
e húngaro, e 40% de no nariz encontramos especiarias doces, devido perfil mais maduro, amoras. Estruturado
2016, que estagiou 18 tabaco e frutas negras ao estágio em madeira. tem vibrante acidez e e equilibrado, tem
meses em carvalho maduras, seus taninos Com o tempo na taça, taninos de grãos finos acidez refrescante,
francês e americano. são equilibrados com mostra frutas tropicais e de ótima textura, que taninos firmes e de
De coloração vermelho acidez deliciosa. maduras, notas florais, de trazem sustentação e ótima textura e final
rubi intenso, mostra no Potente, mas na camomila e de ervas, que tensão ao conjunto. persistente e cheio,
nariz frutas vermelhas, medida. Para quem se confirmam na boca. Refinado e preciso, alia com toques de alcaçuz
couro e violetas. Na acha que Tannat é Tem vibrante acidez e com maestria potência, e de grafite. Álcool
boca, tem corpo médio muito “pesado” sugiro textura firme, que trazem untuosidade, firmeza e 14%. EM
com boa acidez e experimentar, pois equilíbrio a toda sua profundidade. Seu final
taninos equilibrados, encontrará um vinho opulência e cremosidade. é longo e carnudo, com
que pedem comida bem equilibrado e Grande vinho, que tem toques de tabaco, de
para acompanhar. CM respeitoso e pronto para longa vida pela frente. ervas e de especiarias
beber. Álcool 14%. CM Álcool 13,5%. EM doces. Álcool 15%. EM

96 ADEGA >> Edição 165


>>

ENCONTRO MISTRAL ENCONTRO MISTRAL JANTAR GRAMONA – TUJU JANTAR GRAMONA – TUJU VINHOS DE PORTUGAL

AD 93 pontos AD 92 pontos AD 96 pontos AD 92 pontos AD 93 pontos


DOMAINE DROUHIN OREGON SASSOALLORO 2015 GRAMONA CELLER BATLLE GRAMONA IMPERIAL COVELA RESERVA
ARTHUR CHARDONNAY 2015 Castello di Montepó, GRAN RESERVA BRUT 2009 GRAN RESERVA BRUT 2014 BRANCO 2015
Domaine Drouhin, Toscana, Itália Gramona, Penedès, Gramona, Penedès, Quinta de Covela,
Oregon, Estados (Mistral US$ 72). Espanha (Grand Cru R$ Espanha (Grand Cru Minho, Portugal
Unidos (Mistral US$ Tinto elaborado 920). A melhor edição até R$ 300). Espumante (Winebrands R$ 280).
80). Branco elaborado exclusivamente a agora desse espumante branco brut elaborado Um blend das uvas
exclusivamente a partir partir de Sangiovese branco brut elaborado pelo método Chardonnay, Avesso,
de uvas Chardonnay Grosso (Brunello), com pelo método tradicional tradicional, a partir Arinto e Viognier, com
cultivadas em Dundee estágio de 14 meses em a partir de uvas 75% de uvas 50% Xarel-lo, passagem em barricas
Hills, com fermentação barricas de carvalho Xarel-lo e 25% Macabeo, 40% Macabeo e 10% de carvalho austríaco e
e estágio de 50% do francês sem tosta. advindas somente da safra Chardonnay, advindas francês por 12 meses.
vinho em barricas Muito bem feito em 2009, com estágio de 10 somente da safra 2014, Tem coloração dourada
de carvalho francês, seu estilo velha escola, anos sob as leveduras. mantido em contato e límpida. No nariz,
sendo 30% novas. com as notas terrosas, Dê tempo a ele na com as leveduras entre apresenta uma certa
Mostra aromas diretos florais, especiadas e taça para que mostre 36 e 48 meses. Os nota de oxidação que
e brilhantes de frutas de couro envolvendo toda sua exuberância e aromas são complexos me atrai nos brancos
tropicais envoltas suas frutas vermelhas complexidade. Tenso e profundos lembrando mais encorpados, bem
por notas florais, frescas. Gostoso de e vibrante, é muito frutas brancas maduras, como aroma tropical,
amanteigadas e de beber, tem acidez nítido e preciso, com notas florais e minerais, como o de abacaxi,
frutos secos. Tenso vibrante e ótima textura frutas cítricas e brancas além de toques tostados além de notas de flores
e fino, tem deliciosa de taninos, primando permeadas por notas de e de frutos secos. brancas. No palato, não
textura, acidez pelo ótimo equilíbrio anis, de ervas frescas, Sempre consistente, dá espaço para mais
refrescante e final do conjunto. Tem final de frutos secos, de chama atenção pela nenhuma sensação,
profundo, com toques persistente, com toques marzipã, de damasco, de cremosidade, tudo pois seu ótimo
salinos e de especiarias de cerejas e de tabaco. manteiga e de baunilha. bem equilibrado por corpo, cremosidade
doces. Álcool 14,1%. Álcool 13,5%. EM Extremamente fino e vibrante acidez e final e excelente acidez,
EM cremoso, tem acidez persistente, com toques mantêm persistente a
refrescante, deliciosa cítricos e salinos. experiência de degustá-
textura e final longo e Álcool 12%. EM lo. Álcool 13%. CM
profundo, com toques
salinos, cítricos, de
fermento e de chá. Álcool
12%. EM

Edição 165 >> ADEGA 97


VINHOS DE PORTUGAL VINHOS DE PORTUGAL WORLD WINE EXPERIENCE WORLD WINE EXPERIENCE WORLD WINE EXPERIENCE

AD 92 pontos AD 90 pontos AD 94 pontos AD 92 pontos AD 90 pontos


KELMAN ALFROCHEIRO 2016 TAPADA DE VILLAR AALTO 2016 MIRABILIS GRANDE RESERVA VIVANCO BLANCO 2017
Kelman, Dão, Portugal RESERVA 2014 Bodegas Aalto, Ribera BRANCO 2017 Vivanco, Rioja,
(Portus R$ 289). Esse Quinta das Arcas, del Duero, Espanha Quinta Nova de Nossa Espanha (World
vinho elaborado 100% Alentejo, Portugal (World Wine R$ 598). Senhora do Carmo, Wine R$ 103). De
com Alfrocheiro, casta (Devinum R$ 205). Pode-se dizer que é um Douro, Portugal coloração amarelo
típica portuguesa, Um blend de Alicante blend de Tempranillo (World Wine R$ 518). palha com nuances
apresenta uma de suas Bouschet (50%), elaborado a partir de Elaborado com uvas esverdeados, esse blend
melhores expressões Touriga Nacional vinhas velhas entre Gouveio, Viosinho de uvas Viura (50%),
quando cultivada na (30%) e Syrah (20%), 40 e 80 anos de idade e Vinhas Velhas de Tempranillo Blanca
região do Dão. Passa esse tinto de coloração e uma parcela de aproximadamente 80 (35%) e Maturana
seis meses parte em rubi brilhante passa uvas mais jovens de anos, traz a seriedade Blanca (15%), sem
barrica de carvalho oito meses em barricas vinhedos próprios. de um branco potente. passagem em madeira,
francês de terceiro de carvalho francês. Seu amadurecimento No nariz, uma certa é um vinho de aromas
uso e parte em Mostra aroma intenso acontece em barris lembrança de Vinho frescos mesclando
aço inoxidável. De de frutas negras, em de carvalho francês e do Porto, proveniente frutas ácidas como
coloração rubi intensa, especial amoras, americano, sendo 50% de seu estágio de 10 ameixa amarela e a
uma característica dessa além de toques de novos, por 17 meses, e meses em barricas de casca da lima-da-pérsia,
uva, mostra aroma amêndoas, finalizando engarrafado em julho carvalho (90% francês e flores brancas. Na
de frutas vermelhas levemente com notas de 2018. De coloração e 10% húngaro), além boca, apresenta bom
silvestres frescas e de chocolate. No púrpura, é um vinho das especiarias e frutas corpo, mantém as
notas balsâmicas. paladar, tem bom com complexidade com certa acidez, como notas olfativas bem
Vinho encorpado e corpo e se destaca aromática, trazendo a maçã verde, e flores integradas, com sua
suculento, com boa pelos seus taninos, que, especiarias, pimenta brancas. Ao degustá-lo, acidez e frescor e
acidez e taninos finos. apesar de intensos, negra, frutos vermelhos mantém-se bastante bastante persistência.
Seus aromas e sabores equilibram-se muito e tabaco. Na boca, floral, com toques de Álcool 13%. CM
vão ganhando maior bem com sua acidez. mostra-se bastante baunilha. Vinho de
expressão após algum Um vinho suculento, estruturado, com a médio corpo, cremoso
tempo em taça. Álcool que acompanha muito madeira bem integrada, e com ótima acidez
14,5%. CM bem embutidos. Álcool taninos elegantes, e persistência. Álcool
14,5%. CM ótima acidez e 14%. CM
persistência. Álcool
14,5%. CM

98 ADEGA >> Edição 165


INFORMATIVO Benefícios para
associados ativos
do Clube ADEGA:

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Chegou o inverno e, se durante todo o ano o vinho aquece
a alma, nesta estação o vinho também ajuda a aquecer
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o corpo. O vinho alimento se converte em vinho alimento
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funcional. Nesta época, saem das adegas os nossos
no site da vinícola Salton.
tintos mais encorpados e untuosos brancos. Também os
JSVXMƼGEHSW I ZMRLSW HI WSFVIQIWE GSQTʮI S GIRʛVMS
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Não é à toa que imaginamos a lareira e a taça de
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vinho ao alcance da mão sempre acompanhado da ADEGA compras de vinhos acima de
boa companhia de amigos ou de um bom livro (uma
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boa revista também é permitida...). Mais pessoas se
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sentem motivadas a experimentar o vinho e é o período
Coravin e suas cápsulas.
em que todos nós temos a oportunidade de agir como
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embaixadores e conquistar mais amigos para degustar sem frete adicional, com
GSRSWGS HYVERXI XSHEW EW IWXEʡʮIW HS ERS entrega junto à seu kit.
Lembro claramente do amigo que me levou à primeira
HIKYWXEʡʝS XʣGRMGE GIVGE HI  ERSW EXVʛW I XIRXS WIQ
• Associados ativos por 6
chatice ou esnobismo, retribuir esta gentileza não a ele,
meses ou mais, recebem
mas ao próximo, numa corrente do bem.
gratuitamente o Guia
Descorchados e o Guia
Saúde, ADEGA Vinhos do Brasil, em
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Christian Burgos e Eduardo Milan • Associados ativos tem
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3URYLQR UHVHUYDGD DRV SURͧVVLRQDLV GR YLQKR PDV SHQVDQGR Guia ADEGA Vinhos do Brasil.
nos consumidores, nos unimos à Folha de São Paulo para
realizar um evento no sábado, dia de 19 de outubro. As vagas
• Pré-venda com desconto para
serão limitadas e os associados ativos do clube por mais de os eventos de lançamento do
três meses vão receber o convite de presente. Portanto, já Guia Descorchados em São
coloque na agenda. Paulo e Rio de Janeiro.
BE ADEG
LU A
C

PEDRAS
A Zuccardi atualmente está entre
os cinco melhores produtores de
toda Argentina e, desde 2016,
conta com uma das vinícolas
Neste mês, o Black une o que há de mais modernas e bonitas do vale
melhor no Velho e no Novo Mundo. do Uco para elaborar seus vinhos
Da Toscana, na Itália, selecionamos um ícones, na Finca Piedra Infinita.
Chianti Classico Riserva orgânico, cheio
de tradição, qualidade e com grande
capacidade de envelhecimento, o Badia a
Coltibuono. Viajamos até o vale do Uco,
onde conseguimos trazer o inovador e
ótimo Concreto, um tinto 100% Malbec
de pequena produção e mínima interven-
ção da família Zuccardi, que simboliza
TRADICIONAL
toda a filosofia praticada pela vinícola nos
A Sangiovese é a variedade
últimos anos.
tinta mais plantada da Itália,
correspondendo a 10% do total de
vinhedos plantados no país da
bota.

CONCRETO MALBEC 2017 | AD 94 pts | DES 95 pts


Zuccardi / Grand Cru (R$ 359)
Região/País: Mendoza, Argentina

Tinto elaborado exclusivamente a partir de uvas Malbec advindas de Paraje Altamira,


com fermentação em cachos inteiros, sem leveduras adicionadas (espontânea) em
tanques de concreto (daí seu nome) e sem passagem por madeira. Correspondendo ao
ERS QSWXVE TIVƼP HI JVYXE QEMW I\YFIVERXI I GSQ QEMW ZSPYQI HI FSGE QERXIRHS S
frescor e a textura nervosa e granulada dos taninos, que trazem vibração e sustentação
ES GSRNYRXS 9QE HIPʧGME HI ZMRLS UYI WI FIFI TIVMKSWEQIRXI JʛGMP ʀPGSSP   )1

BADIA A COLTIBUONO CHIANTI CLASSICO RISERVA 2012 | AD 93 pts


Badia a Coltibuono / Mistral (R$ 395)
Região/País: 8SWGERE -XʛPME

Tinto orgânico, fruto do blend de Sangiovese, Canaiolo, Ciliegiolo e Colorino, com


JIVQIRXEʡʝS IWTSRXʜRIE WIQ EHMʡʝS HI PIZIHYVEW I IWXʛKMS HI  QIWIW IQ FSXXM
de carvalho austríaco e francês. Austero, mostra as típicas notas terrosas da cepa
envolvendo os aromas e sabores de cerejas, de especiarias doces e de ervas. Tenso
I IWXVYXYVEHS XIQ XERMRSW ƼVQIW I HI I\GIPIRXI XI\XYVE EGMHI^ VIJVIWGERXI I ƼREP
TVSJYRHS I IUYMPMFVEHS ʀPGSSP   )1
TALUD CABERNET
SAUVIGNON 2015 | AD 93 pts
| DES 94 pts
Tabalí / World Wine (R$ 176)
Região/País: Maipo, Chile

Tinto elaborado exclusivamente a partir


de uvas Cabernet Sauvignon plantadas
IQ1EMTS'SWXEGSQIWXʛKMSHI
O Platinum deste mês traz uma seleção
meses em barricas de carvalho francês.
Mostra deliciosas frutas negras e azuis eclética, de produtores entre os mais con-
JVIWGEWEGSQTERLEHEWHIRSXEWƽSVEMW ceituados em seus países. Da Espanha,
IQMRIVEMWUYIWIGSRƼVQEQREFSGE escolhemos o Mas Borràs, elaborado pela
-QTVIWWMSRETIPSIWXMPSVIƼREHSƽYʧHS Torres, um Pinot Noir catalão em pureza,
de acidez vibrante e taninos de excelente que esbanja tipicidade e finesse. Dali,
XI\XYVE8IQƼREPPSRKSIGEVRYHSGSQ partimos para Bordeaux, de onde vem o
XSUYIWHIKVEƼXIIHIZMSPIXEWʀPGSSP
Moulin d’Issan, espécie de terceiro vinho
 )1
do Cru Classé de Margaux, o Château
d’Issan. Terminamos nossa jornada no
MAS BORRÀS Maipo, Chile, onde elegemos o Talud,
PINOT NOIR 2013 | AD 92 pts um Cabernet Sauvignon de carteirinha,
Torres / Devinum (R$ 203) que tem qualidade comparável a vinhos
Região/País: Penedès, Espanha de preços muito superiores.

Tinto elaborado exclusivamente a partir


de uvas Pinot Noir advindas de vinhedos
plantados na década de 1970, com
parte das uvas fermentadas em cachos
MRXIMVSWITSWXIVMSVIWXʛKMSHIRSZIQIWIW
IQFEVVMGEWHIGEVZEPLSJVERGʤW 
novas. Mostra frutas vermelhas maduras
acompanhadas de especiarias doces e de
RSXEWƽSVEMWUYIWIGSRƼVQEQREFSGE
Sedoso e de boa tipicidade, tem gostosa
acidez e taninos de ótima textura, que
XVE^IQWYWXIRXEʡʝSESGSRNYRXS7IYƼREP
é persistente, com toques minerais e de
GEJʣʀPGSSP )1
HISPANO-CHILENO
Um dos mais tradicionais e melhores
produtores da Espanha, a família
MOULIN D’ISSAN 2016 | AD 91 pts
Torres também produz vinhos no
Château d’Issan / Clarets (R$ 222)
Região/País: Bordeaux, França Chile, onde iniciou seu projeto em
meados dos anos 1970.
8MRXSGSQTSWXSHI 1IVPSXI 
Cabernet Sauvignon, com fermentação e
IWXʛKMSIQFEVVMGEWHIGEVZEPLSJVERGʤW
WIRHS RSZEW)WWIʣYQEIWTʣGMI MAIS UE
de terceiro vinho do reputado Grand SAUVIG ON
Classé de Margaux, o Château d’Issan. Além de produz r um s
Frutado e equilibrado, mostra aromas
melhores Sauvi non B nc
de ameixas e cassis, acompanhados de
RSXEWƽSVEMWIHIIWTIGMEVMEWHSGIWEPʣQ do Chile, a Tabaalí vem tendo
de toques de ervas. Tem taninos de grãos muito sucesso naa produçã
ção
ƼRSWKSWXSWEEGMHI^IƼREPWIHYXSVI de Pinot Noir, Syyrah e
TIVWMWXIRXIGSQXSUYIWHIKVEƼXIIHI Cabernet Sauvignon,
gnon sendo
alcaçuz. Uma grata surpresa, para um uma das responsáveis por
FPIRHQENSVMXʛVMSHI1IVPSXEXʧTMGSRS promover o potencial do vale
1ʣHSGʀPGSSP )1
do Limarí.
GOLD ALÉM DO PORTO
A Poças foi uma das pioneiras em
acreditar no potencial da região
para a produção de vinhos de mesa
no Douro. O enólogo Jorge Pintão,
inspirado na sua experiência em Bor-
No Grand Gold, a seleção deste mês deaux, lançou em 1990 a primeira
reúne vinhos cativantes e sedutores, safra do vinho Coroa d’Ouro Tinto.
aptos a agradar iniciantes e iniciados. Da
Puglia, na Itália, vem o Talò Malvasia
Nera, uma das surpresas garimpadas em
nossas últimas degustações. Partindo
para Portugal, escolhemos o Vale de
Cavalos, um autêntico tinto do Douro,
cheio de fruta, de notas florais e de
ervas. Dali, viajamos até Mendoza, onde
elegemos o Navarro Correas Reserve
Selección de Parcelas, um Cabernet
Sauvignon, que comprova que a Argenti-
na não é só Malbec.

DE OLHO
Apesar de a Argentina ser
reconhecida pelos Malbec que
produz, também se destacam os
Cabernet Sauvignon de Mendo-
za, que respondem muito bem
ao clima da região, mostrando
perfil frutado e, muitas vezes, de
taninos mais macios.

NAVARRO CORREAS RESERVE POÇAS VALE DE CAVALOS TINTO M NO A Ò ALVAS


SIA
SELECCIÓN DE PARCELAS CABERNET 2016 | AD 91 pts
SAUVIGNON 2016 | AD 91 pts | Poças / Cantu (R$ 115) | D 91 p s
DES 92 pts Região/País: Douro, Portugal Sa
an za / and
a $ 11
Navarro Correas / Devinum (R$ 120) R gi
g ão
ã /P PMME -XʛPPM
Região/País: Mendoza, Argentina Tinto composto de Touriga Nacional,
Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta T
Tinto elaborado exclus va r
Tinto elaborado exclusivamente a partir &EVVSGEGSQIWXʛKMSHI HS HI1EPZEWME 2IVE GS SQ IW
I Xʛ M W W
HI'EFIVRIX7EYZMKRSRGSQIWXʛKMS vinho em barricas usadas de carvalho meses em b barricas
i de ca m
de 12 meses em barricas de carvalho. francês. Mostra exuberantes notas ótimo exemplo de um vii ho o e ililib
ib d
Suculento e cheio de fruta, mostra cassis, ƽSVEMWHIIVZEWIHIIWTIGMEVMEW talhado pelo sol, mostra ame as e
ameixas e amoras acompanhadas de acompanhando toda sua fruta, que GIVINEWWIKYMHEWHI RS W ƽSVE E 
notas de ervas e de especiarias picantes. lembra ameixa e amora. Estruturado, cacau e de especiarias doce , qu se
Estruturado e muito gostoso de beber, tem taninos de boa textura, GSRƼVQEQRSTEPEXS 'EVRYHSIQYMXS
tem acidez na medida, taninos de ótima VIJVIWGERXIEGMHI^IƼREPTIVWMWXIRXI gostoso de beber, tem ótima acidez e
XI\XYVEIƼREPGLIMSIPSRKSGSQXSUYIW GSQXSUYIWHIEPGEʡY^IHIKVEƼXI taninos cheios de textura, que trazem
IWTIGMEHSWIHIKVEƼXIʀPGSSP )1 Gastronômico, pede a companhia de equilíbrio e sustentação a toda sua
GEVRIWZIVQIPLEWIRWSTEHEWʀPGSSP JVYXE8IQƼREPEKVEHʛZIPIGEXMZERXI
 )1 com toques terrosos e de licor de frutas
ZIVQIPLEWʀPGSSP )1
BE ADEG
LU A
C

CONO SUR RESERVA ESPECIAL PINOT NOIR 2016 | AD 90 pts GOLD


Cono Sur / La Pastina (R$ 96)
Região/País: San Antonio, Chile

Aromas complexos e característicos da Pinot Noir aparecem fortemente no


vinho, como frutas vermelhas tipo cereja e framboesa, aliados a um toque
HIQEHIMVEQYMXSWYXMPESJYRHS8IQ HIʛPGSSPQYMXSFIQMRXIKVEHSI
que não ressalta. Taninos macios e camadas de sabores vão aparecendo ao Este mês, no Gold, a seleção é de
HIKYWXEVGSRƼVQERHSEGSQTPI\MHEHI*MREPPSRKSIIUYMPMFVEHS(4 verdadeiros achados, que precisam ser
provados. Começamos nosso trajeto em
Portugal, no Alentejo, de onde trazemos
MARIANA TINTO 2018 | AD 90 pts o Mariana, um blend suculento e cheio
,IVHEHIHS6SGMQ;SVPH;MRI 6 de fruta composto por Touriga Nacio-
Região/País: Alentejo, Portugal nal, Alicante Bouschet e Trincadeira.
Continuamos nossa jornada até o vale
De coloração rubi vibrante, esse tinto, elaborado a partir de um blend de
de San Antonio, no Chile, e escolhemos
Touriga Nacional, Alicante Bouschet e Trincadeira, homenageia a protagonista
de uma lenda da região de Vidigueiras, Mariana de Alcoforado. Seu aroma o agradável e sedutor Cono Sur Reserva
mostra frutas vermelhas e negras maduras e suculentas acompanhado Especial Pinot Noir. Terminamos nosso
de baunilha. Na boca, apresenta acidez na medida, médio corpo, taninos passeio em Mendoza, na Argentina, onde
IUYMPMFVEHSWIFSETIVWMWXʤRGMEƼREPM^ERHSGSQIWTIGMEVMEWIPIZIXSWXEHS elegemos o Tilia, um blend de Malbec e
)WXEKMETSVWIMWQIWIWIQGEVZEPLSJVERGʤWʀPGSSP '1 Syrah, perfeito para acompanhar carnes
grelhadas.

TILIA MALBEC SYRAH 2017 | AD 89 pts


&SHIKEW)WQIVEPHE:MRGM 6
Região/País: Mendoza, Argentina

8MRXSGSQTSWXSHI1EPFIGI7]VELIQTVSTSVʡʮIWMKYEMWGSQIWXʛKMSHIWIMW
meses em barricas de carvalho francês e americano. Sedoso e gostoso de
FIFIVQSWXVEJVYXEWRIKVEWHITIVƼPQEMWQEHYVSEGSQTERLEHEWHIRSXEW
ƽSVEMWXSWXEHEWIHIIWTIGMEVMEWEPʣQHIXSUYIWHIIVZEW(IGSVTSQʣHMS
XIQEGMHI^REQIHMHEXERMRSWQEGMSWIƼREPEKVEHʛZIPGSQXSUYIWHI
EQIM\EWʀPGSSP )1

PINOT
Reputada por sua linha de
Pinot Noir, que inclui o ícone
Ócio e o Bicicleta, a chilena
Cono Sur possui o maior
vinhedo da cepa no planeta.

ÓLEO E VINHO
A Herdade do Rocim está
situada entre a Vidigueira
e Cuba, no Baixo Alentejo,
aí tem uma propriedade de
120 hectares, com setenta de
vinhedos e dez de oliveiras.
BE ADEG
LU A
C

SILVER
ALDEIA DAS SERRAS DOC TINTO 2015 | AD 89 pts
Adega de Silgueiros / Adega Alentejana (R$ 51)
Região/País: Dão, Portugal

8MRXSGSQTSWXSHI 8SYVMKE2EGMSREP 8MRXE6SVM^ %PJVSGLIMVS


I .EIRWIQTEWWEKIQTSVQEHIMVE+EWXVSRʭQMGSTSVREXYVI^EXIQ
taninos de boa textura e vibrante acidez, que trazem sustentação a toda sua
Neste mês, o time Silver traz tintos que podem
JVYXERIKVEIZIVQIPLEJVIWGE8IQƼREPTIVWMWXIRXIGSQXSUYIWXIVVSWSW
ser bebidos sozinhos, para abrir o apetite, ou na de ervas e de especiarias, que pedem a companhia de carnes vermelhas
companhia de diversas preparações. Do Dão, IRWSTEHEWʀPGSSP )1
em Portugal, elegemos o Aldeia das Serras
DOC, gastronômico por natureza, é compa-
nhia perfeita para carnes ensopadas. Partindo
para Mendoza, na Argentina, selecionamos o ANAKENA WINEMAKERS SELECTION RED BLEND 2018 | AD 89 pts
San Telmo, um varietal de Malbec, que tem Anakena / Winebrands (R$ 61)
todos os requisitos para acompanhar aquele Região/País: Cachapoal, Chile
delicioso churrasco em família. Terminamos
nossa expedição no vale Central, no Chile, Tinto composto de Cabernet Sauvignon, Merlot, Carménère e Syrah, sem
passagem por madeira. Gostoso de beber e acessível, mostra aromas de
de onde vem o Winemakers Selection da
GEWWMWIEQSVEWIRZSPXSWTSVRSXEWƽSVEMWIWTIGMEHEWIHIIVZEW1YMXS
Anakena, um blend suculento e gostoso de frutado e de bom volume de boca, tem acidez na medida, taninos aveludados e
beber feito com Cabernet Sauvignon, Merlot, ƼREPEKVEHʛZIPGSQXSUYIWXIVVSWSWIHIEQIM\EWʀPGSSP )1
Carménère e Syrah ah.

SAN TELMO MALBEC 2018 | AD 88 pts


7ER8IPQS'ERXY 6
Região/País: Mendoza, Argentina

Tinto elaborado exclusivamente a partir de Malbec, sem passagem por


QEHIMVE%GIWWʧZIPIJʛGMPHIEKVEHEVIHIIRXIRHIVQSWXVEEVSQEWHIJVYXEW
ZIVQIPLEWIRIKVEWQEHYVEW EGSQTERLEHSWHIRSXEWƽSVEMWIHIIWTIGMEVMEW
HSGIWUYIWIGSRƼVQEQ RE FSGE (IGSVTSQʣHMSXIQEGMHI^REQIHMHE
XERMRSW QEGMSW I ƼREP EKV Hʛ P GSQ XSUYIWHIEQIM\EWIHIZMSPIXEW)1

PARCERIA
A Anakena, situada em
Cachapoal, foi fundada
pelos amigos Felipe Ibáñez
e Jorge Gutiérrez no final
da década de 1990.

DE GUARDA
Apesar do Douro e do Alentejo
estarem mais em voga atualmen-
te, o Dão foi e continua sendo
uma das regiões mais tradicionais
de Portugal quando o assunto
são vinhos tranquilos com grande
capacidade de envelhecimento,
tanto tintos quanto brancos.
BE ADEG
LU A
C

BALTHASAR RESS LANDWEIN RIESLING


BRANCO
TROCKEN 2016
| AD 92 pts
Balthasar Ress / World Wine (R$ 113)
Região/País: Rheingau, Alemanha

Um fenômeno, com três anos os traços


EVSQʛXMGSWHE6MIWPMRKNʛIWXʝSMQTVIKREHSW Neste mês, começamos nosso trajeto em
neste vinho. Rica fruta, pêssego fresco suculento Rheingau, na Alemanha, onde elegemos
IFEWXERXIQMRIVEPMHEHINʛRSGEQMRLSHS o vibrante e complexo Landwein Ries-
TIXVʬPIS4VSZEUYIHʛTEVEWIVGSQTPI\S ling, de um dos melhores produtores da
e multidimensional sem madeira. Em boca, região, Balthasar Ress. De lá, partimos
GSRƼVQEEJVYXEPMQTEIIPIKERXI9Q6MIWPMRKHI para o Friuli, na Itália, para escolher o Vi-
carteirinha, tão difícil de encontrar no Brasil nesta dussi, um Pinot Grigio cativante e cheio
JEM\EHITVIʡS3ƼQHIFSGEZIQIQGEQEHEW
de frutas brancas e cítricas maduras. Por
fruta, depois a mineralidade, vibração... Um vinho
fim, viajamos até o Vale dos Vinhedos, no
para a mesa. Um coringa para o sommelier que
quer valorizar a leveza da vieira ou um tartar de
Brasil, de onde trazemos o Casa Valduga
WEPQʝS7IYWETIREW HIʛPGSSPGSRXVMFYIQ Terroir Leopoldina, um Chardonnay sem
para esta versatilidade. Um achado em sua faixa madeira, que ano após ano figura entre os
de preço. CB melhores do Brasil.

CASA VALDUGA TERROIR LEOPOLDINA


CHARDONNAY 2017 | AD 90 pts
'EWE:EPHYKE 6
Região/País: Vale dos Vinhedos, Brasil

Branco elaborado exclusivamente a partir de


Chardonnay, sem passagem por madeira.
Sempre muito consistente, nessa versão mostra
abacaxi maduro em profusão, escoltado por
RSXEW ƽSVEMW QMRIVEMW HI GEQSQMPE HI IVZEW
I HI IWTIGMEVMEW HSGIW UYI WI GSRƼVQEQ RE HERDEIROS
FSGE 8IQ KSWXSWE EGMHI^ FSE XI\XYVE I ƼREP A Balthasar Ress é uma emp p esa mii-
sedutor, com toques salinos e de frutos secos, liar fundada em 187 . Atualmente a
UYI GSRZMHEQ E QEMW YQ KSPI ʀPGSSP   )1 administração da vinícola está a cargoo
da quinta geração da família
família.

VIDUSSI PINOT GRIGIO 2017


| AD 89 pts
Montresor / Cantu (R$ 93)
Região/País:*VMYPM-XʛPME

Branco elaborado exclusivamente a partir de


TINTO?
Pinot Grigio, sem passagem por madeira, mas
A Pinot Grigio é uma das uvas
mantido em cubas de inox por quatro meses
antes de ser engarrafado. Mostra frutas brancas de pele mais escura a produzir
IHIGEVSʡSEGSQTERLEHEWHIRSXEWƽSVEMWIHI vinhos brancos, rivalizando com a
IVZEWUYIWIGSRƼVQEQRSTEPEXS*VIWGSIHI Gewürztraminer pelos tons averme-
médio corpo, tem acidez vibrante, ótima textura lhados de seus bagos.
IƼREPEKVEHʛZIPIGEXMZERXIGSQXSUYIWWEPMRSW
HITʤWWIKSIHIPMQʝSʀPGSSP )1

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QUEM DISSE | para BEBER e COMENTAR

“Mas em todos os tempos, o homem ávido de


sentimentos tem disposto de um recurso, de um
meio de se exaltar e embriagar, que faz parte das
dádivas clássicas da vida, e cujo caráter é simples,
sagrado, e por conseguinte oposto ao vício. É um
recurso de grande envergadura, por assim dizer.
Falo do vinho, um presente divino feito aos homens,
segundo já afirmavam os povos humanísticos da
Antiguidade, a invenção filantrópica de um deus,
relacionada com a própria civilização. Não se diz
que graças à arte de plantar a vinha e de espremer a
uva os homens abandonaram o estado de selvageria
e se civilizaram?”
Thomas Mann, escritor

Não gosto quando


provo um vinho e
“Qualquer um que
sei de que tipo de
traga uma magnum de barrica ele veio.
Champagne para uma
festa de aniversário ou
Não quero que a
uma magnum de Cabernet barrica tenha tanta
Sauvignon para um jantar assinatura no
Karsten Wurth/Unsplash

se torna instantaneamente
um herói” vinho
John Seethoff, publicitário Dan Fishman, enólogo

106 ADEGA >> Edição 165


Cada garrafa,
uma história.
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