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PARA A CRITICA DA ECONOMIA POLiTIca* Tradugto de Edgard Malagodi de oe de gt amend de td Taner seo Ze Kit Ade pitcher Odio, pobado em Hare npr Woks Brin: Di Vatag B72, Ca INTRODUGAO [a Critica da Economia Pol Sea PRopUuGK0, CoNsUMO, DisTRMUtcko, TROCA (CuRCULAGKO) 1. Provucko 8) O objeto deste estudo é em primeiro lugar, a produgdo material. Individuos produzindo em sociedade, portanto a produgio dos in- dividuos determinada socialmente, & por certo o ponto de partida. O ca- «adore o pescador, individuais eisolados, de que partem Smith e Ricardo, pertencem as pobres ficgbes das robinsonadas do século XVIIL. Estas no expressam, de modo algum — como se afigura aos historiadores da Ci- vilizagio ~~, uma simples reagio contra os excessos de requinte e um retoro mal compreendido a uma vida natural. Do mesmo modo, o contrat social de Rousseau, que relaciona e liga sujeites indepencentes por natu- xeza, por meio de um contrato, tampouco repousa sobre tal naturalismo. Essa é a aparéncia, aparéncia puramente estética, das pequenas e grandes robirsonadas. Trata-se, a0 contrério, de uma antecipagio da "sociedade” (hrgerlichen Gesellschaft), que se preparava desde o século XVI, eno século XVIII dew larguissimos passos em diresio & sua maturidade. Nessa so- ‘iedade da livre-concorréncia, 0 individuo aparece desprendido dos lacos rraturis que, em épocas histéricas remotas,fizeram dele um acessério de 1 Comese tad Marci wu portamento conde don aos ce 1857/58 ge for fata econ ex 190 om Moss oti Be Grntn er Krk de ace BiSnona (lanomn Fal dectena cn 12 eure os moms tao por Na ‘put pla pant vez por Kavaky revs Du Nae 2at em 50 Bs ate [fe Mar far abe mv pc de ers Cra de Eom ati O il "nto [Teter de Econouta Pit no ¢ do su pp aun ma tlre a nome como bade pea prea ver gue se tomo adr’ © tno ao 4 prepa para [abla © Maree referee tomo um sow overdo pret) O cae iad ‘iis vive pre ia onde Man inna os ene que peta creer tree, ‘haves ett ech slr muses mo cna do manure, svar fam comprceeso dott. Ax pastas etre parents so Go preprio Mary ou dus pao popu de cases etargems que aparnan not og (N 307) tum conglomerado humano limtado edeterminado. Os profelas do século XVI, sobre eujos ombros se apéiam intiramente Smith e Ricardo, ima- giimm ese individuo do séeulo XVIII — produto, por um lado, da de- composiio das formas feudais de sociedadee, por outro, das novas forgas de produgio que se desenvolver a partir do século XVI — como um ideal, que teri existdo no passado, Veem-n0 nfo como tum resltado nstrig,mas como ponto de partida da Historia, porque oconsideravamm sumindividuo conforme 8 naureza — dentro da representa que inka, denatureza humana —, que nio se originou historicamente, mas fo! posto como tal pela natureza, Essa usd tem sido partilhada por todas as novas épocas, a o presente, Steuart, que em muitos aspectos se ope a0 século XVI e que na sta condigao de aristocata se situa mais sobre o terreno istrco,escapou dessa ingenuidade ‘Quanto mais se recun na Histria, mais dependente aparece o in- dividuo, ¢ portanto, também o individuo produtor, « mais amplo ¢ 0 onjunfo a que pertence. De inci, este aparece de umn modo ainda muito tural, nama familia e moma tribo, que ¢ fama ampliado; mais tarde, ‘as diverse formas de connidade renuitantes do antagonismo e da fusto das trbos. 56 no século XVII, a "sociedace burguesa", as diversas formas do conjunto socal passaram a apresentar-se a0 individuo como simples iio de realizar seus fine privados, como necessidade exterior. Toda, 2 época que produz esse ponto de vista, 0 do individuo isoado, € preci Samente aquela na qual as relagbes socials, desse ponto de Vist, gerais) Aleangaram o mais alto grau de deserwolvimento. Ohomem 6 no sentido ‘mais iteral, um 200m polit ro 46 animal soil, mas animal que 36 pode isolar'se em sociedade. A producio do individuo isolado fora da Fosiedade — wma raridade, que pode mit bem acontecer am homer ciilizado transportado por acaso para um lugar selvagem, mas levando consign jé.dinnmicaments, as forge da sociedad — € ma coisa #80 sbrarda como o desenvolvimento dalinguagem sem individuos que vivam Juntos falem entre si. Fini deter-e mais tempo sobre isso, Nema sequet sera necessdrio tocar nesse pont se esa banalidade que teve sentido € razio ene os homens do século XVII no foseseriamente reintroduzida ‘a mais moderna Economia por Bastiat, Carey, Proudhon ets. Para Prow- dhon e alguns outros, parece, por cero, agradvel deduzir a ongem de tuna relagdo econdmica,cuja genes hisricaignoram, de uma maneira ‘stirico-losofia, que thes permite o recurso a mitologa, e dizer que 35 idéiassurgitam de modo atabado na mente de Adio ou Prometeu, ¢ estas em uso. Nada é mais aborrecedoreérido do que o lcs coms (lugacomsum) distarsado. Quando se trata, pos, de produgio, tratase da produgio em um graudeterminado do desenvolvimento socal, da produgho dos individuos 1 oxpin Ger socal annals. ARISTOTELES. De Rp, Llvo Primo. Cap. 20 Seaton) sociais, Por isso, poderia parecer que ao falar da produgo em geral seria preciso quer seguir o processo de desenvolvimento suas diferentes fases, quer declarar desde o primeiro momento que se trata de uma determinada poca histérica, da produgio burguesa moderna, por exemplo, que pro- priamente constitui 0 nosso tema. Mas todas as épocas da produto tém certas caracteristicas comuns, cerlas determinagdes comuns. A producto em geral € uma abstracio, mas uma abstracio razoavel, na medida em (que, efetivamente sublinhando e precisando os tragos comuns, poupa-nos a repetigao. Esse cardter geral, contudo, ou esse elemento comum, que se destaca através da comparacio, é ele préprio um conjunto complexo, un conjunto de determinagbes diferentes e divergentes. Alguns desses cle- ‘mentos comiins pertencem a todas as épocas, outros apenas so comuns fa poucas. Certas determinagies sero comuns & época mais moderna e a ‘mais antiga. Sem elas no se poderia conceber nenhuma produsio, pois se as linguagens mais desenvolvidas tém leis e determinagées comuns 38 menos desenvolvidas, 0 que constitui seu desenvolvimento é 0 que a5 diferencia desses elementos gerais e comuns, As determinagSes que valem para a produgio em geral devem ser precisamente separadas, a fim de que nio se esqueca a diferenca essencial por causa da unidade, a qual decoree jé do fato de que o sujeito — a humanidade — e o objeto — a natureza — sio os mesmos. Esse esquecimento é responsavel por toda a sabedoria dos economistas modernos que pretendem provar a eternidade ea harmonia das relagSes sociais existentes no seu tempo. Por exemplo, rio ha produglo possivel sem um instrumento de producio; seja esse instrumento apenas a mio. Nao hé produg3o possfvel sem trabalho pas- sado, acumulado; seja esse trabalho a habilidade que o exercicio repetido desenvolveu e fixou na mio do selvagem. Entre outras coisas, 0 capital 6 também um instrumento de produgio, € também trabalho passado e objetivado. Logo, o capital & uma relacio natural, universal e eterna. Mas 0 € com a condigio de deixar de lado precisamente 0 que & especifico, 0 que transforma o "instrument de produgio" "trabalho acumwlado” em capital. Assim toda a historia das relagdes de producdo aparece em Carey, ppor exemplo, como uma falsficacio instigada maldosamente pelos governos. ‘Se no existe uma produgio em geal, também néo pode haver pro- dugio geral. A produgSo é sempre um amo particular da produgio — por exemplo, a agricultura, a pecudria, @ manulatura etc. —, ou ela & fotalidade. Mas a Economia Politica no é tecnologia. Serd preciso desen- volver em outro lugar (mais tarde) a relagio entre as determinagOes gerais da producio, num dado grau social, e as formas particulares da producto. Finalmente a produgio também ndo é apenas uma produgio parti cular, mas é sempre, ao contrério, certo corpo social, sujeito social, que exerce sua atividade numa totalidade maior ou menor de ramos da pro- dugio. Também nao é este ainda o lugar adequado para tratar da relacéo que existe entre a apresentacio cientifica e 0 movimento real. [Temos que distinguit] entre a produsSo em geral, os ramos de producSo particulares ea totalidade da producao. Esté na moda enite os economistas comegar por uma parte geral, precisamente a que figura sob o titulo de “Produsio” (veja-se, por exemplo, J. Stuart Mill onde sio tratadas as condgies gers de toda producto. Esta parte consist, ou pretende-se que cofsista, em: 1 — nas condigées sem as quais a produgio néo é possivel, o que de fato se reduz somente a indicagio dos momentos essenciais de toda produsio. Limitase, com efeito, como veremos,a certo niimeto de deter- ‘minages muito simples, repetidas em vulgares tautologias; 2—nas condigées que dao maior ou menor intensidade a producdo, como por exemplo, em Adam Smith, o estado progressivo ou estagnado da sociedade. Para dar um caréter ientifico aquilo que, na sua obra, vale como esboro, seria necessirio estudar os periodos dos diversos graus de produtividade no decurso do desenvolvimento dos diferentes poves — es- tudo que ultrapassa os limites propriamente ditos do nosso tema, mas que, na medida em que nele se enquadra, seré expesto na parte referente BV concorréncia, & acumulacio etc. Formulada de uma maneira geral, a resposta conduz a generalidade de que um povo atinge o apogeu de sua produséo no momento em que alcanga em geral seu apogew hist6rico. Efetivamente, um povo se encontra em seu apogeu industrial enquanto © principal para ele nao seja 0 ganho, mas o processo de ganhar. Nesse sentido, 0s iangues superam os ingleses. Ou também isto: cerlas racas, certas disposigdes, certos climas certas condigBes naturas, tais como estar a0 lado do mar, a fertilidade do solo etc. sio mais favoraveis do que outras para a producso. O que conduz, de novo, 4 tautologia de que 2 riqueza se produz com tanto maior facilidade quanto seus elementos, subjetiva e objetivament, existam em maior proporcao. Mas isso ainda niio ¢ tudo © que, efetivamente, preocupa os econo- mistas nesta parte geral. Trata-se, antes, de representar a produgio — veja por exemplo Mill — diferentemente da distribuislo, como regida por Tei naturais, eternas, independentes da Historia; e nessa oportunidade {nsinuamese dissimuladamenterelagSes burguesas como leis naturals, imu- tveis, da sociedade in abstrato, Essa é a finalidade mais ow menos cons- ciente de todo o procedimento, Na distribuigio, a0 contrério, os homens permitir-seiam, de fato, toda classe de arbitrariedade. Abstraindo a brutal disjunsio da produgio e da distribuigio, e de sua relagio efetiva, € de todo evidente, & primeira vista, que por diversificada que possa ser a distribuicio nos diferentes graus da sociedade, deve ser possivel tanto nesta como na produgio buscar determinagBes comuns, do mesmo modo que é possivel confundir e extinguir todas as diferengas hist6ricas em leis _geralmente humanas. O escravo, 0 servo, 0 operstio assalariado, por exem- plo, recebem todos uma quantia de alimentos que hes permite existirem como escravo, servo, operéro assalariado. Enquanto vivam, oconquistador de tributo, 0 funciondio de impostos, 0 proprietério fundidrio da renda, 6 frade de esmolas, e o levita dos dizimos, todos recebem uma cota da producio social, cota que & determinada por leis distntas da dos escravos etc. Os dois pontos principais, que todos os economistas colocam sob essa rubrica, sio: 1 — a propriedade; 2 — a protesio desta pela Justiga, pela policia etc. A isto deve-se responder brevissimamente: ‘Ad 1 — Toda produsio é apropriasao da natureza pelo individuo, zo interior e por meio de uma determinada forma de sociedade. Nesse sentido, étautologia dizer que a propriedade [apropriacio] uma condigao da producto. Mas € ridiculo saltar dai a uma forma determinada da pro- priedade, a propriedade privada, por exemplo (0 que, além disso, pres~ supée uma forma antitética, a nZo-propriedade, como condicao). A histéria ‘nos mostra, a0 contririo, a propriedade comum (enize os hindus, 0s es- lavos, 08 antigos celtas ete, por exemplo) como a forma primitiva, forma que, todavia, desempenhou durante muito tempo importante papel sob a figura de propriedade comunal. Nem se trata ainda de colocar a quest3o se a riqueza se desenvolve melhor sob esta ou sob outta forma de pro- priedade. Dizer, porém, que néo se pode falar de produsio, nem portanto de sociedade onde no exista propriedade, é uma tautologia. Uma apro- pragio que néo se apropria de nada € uma contradictio in subjcto (con- tradigio nos termos);, ‘Ad 2 — Salvaguarda dos bens adquiridos etc. Quando se reduzem estas trivialidades a’ seu contetido efetivo, expressam mais do que seus pregaclores sabem, isto é, cada forma de producio aria suas préprias r ages de direito, formas de governo etc. A grosseria e a incompreensio consistem em néo relacionar, sendo fortuitamente, uns aos outros, em no enlasar, sendo como mera reflexdo, elementos que se acham unidos orga- rnicamente. A nogio que flutua no espitito dos ecoromistas burgueses é que a policia € mais favorsvel 4 produgéo que o direito da forca, por exemplo. Esquecem apenas que o direito da forca ¢ também um direito, € que 0 direito do mais forte sobrevive ainda sob outra forma em seu “Estado de Direito Quando as condigdes socials, que correspondem a um grau deter- minado da produgio, se encontram em vias de formacio ou quando jé esto em vias de desaparecer, sobrevém naturalmente perturbagées na producio, embora em graus distintos e com efeitos diferentes, Em resume: existem determinagoes comuns a tados os graus de pro- {ibvestiol an deesoqunes I queeruihiar napa amssbuss, Sueur ‘fom as poy aoa da oa ¢ aad acre opener scl a pa ‘Sgn mus se etd wg escent cca sn 8 ER ada Saar reins ene ‘Scoaenma elon ar ewe dew rs tos cnt En hn ming mt dno me on Ede pavo da 6 ons o manana Pan Owe ous sir em Bram O ig goes {S's ne de ura a e carr, sparen om ha de 5c apr a pm ‘Kmaralers€ Odeo oouinps”mscomo rae: opine do io Prana SAE pate dom oman nant ors ey Soop on a ‘Mar: preted pon sagan cade log seus nde atria dan acts SSRSE Geni, onan cg wale ep Sagi Apr ‘des "aderos pendior’ Mare cabor.o Des Rapa, ote retoma as tse pencpas de st i tc Cw en pian 0 Has SSENtas rks Co de Event ts pull of 185.4 og pe ene ntioes ‘Shebogo evese ua eusmsadepeloda porto ats gue ges eemane ‘ica veo taba Osos dogude tread rerio" aps dae Ha {Pluss nos ine gps cone ou pds daca A xpnss et main ‘Dds em quasi Sse a per iuma fens pro ea ‘Seta wis so. cotrc so apd onene mewiodon Ape mere ‘tard tars dare tar ies spr vee fom aso Ke doce a> Stor eno st tr do ops Inora bre wines hats Se ea ‘Retna sobre outs ponte denies aqua Gb gue sid tata po alo et (0 Capt conte sobre no epi sabe dia ue aman cms pure are otra da tor do dia, cone a epoco mat detthad da ora do dhe de ‘Mane Tinta nga de ge dn cen do din eda tora So mao de alas, ‘Badm pole fet tee dterioeaa ded pcos i fncunc spree (Eicheulpi do cpa Dae dt tne ce & po tot en rete “Spans compu © O Copa s nas ontario, pesos amar tiotm ec strange ‘Bao do que ser cclaso sper de erteodar Ha ec emo Spo da ans ‘So dinn, on grands tage da leat Naa Ea. Alera) ‘Xai qc alone coo toa base pre es Wada fl a Dit Va Ben (972), SS tses ie Ege He, 1 Fcuron rsa? ua tase uc alm dese mackerel o feo, dase wasp {ado fo dul dns eg Patan mits ves pecs Guero us cmente ‘Seen aloes ea mean fra otra. Exempl sigcv de rpera cor edo {lida ev weduao de Gis quando nao spree conepota com outs pawn, cree i eS th pe een eee ere ose Nat ‘Stormsenos portage semprfacop Fs ingame eens oe Bios {cm damioaoqu ven 0 cen ports prio ne proces nents ewe ‘Xan gor x ond qu ear ¢ehdae do ire gr on propo oven 80 ‘GS thin cor, wn dine foal do dates So) Considero o sistema da economia burguesa nea orden capt, proprisade funda, tao assilariad; Estado, comerc exterior, meealo Tuna. Nop tds primeiostulos examina as condigies econOmicas de Ta das tes grandes clases em que se divide a modema soiedade bor [usa conetio dow tts sepuines€ evident. A prima parte do Livro Eiimeizo, que tata do capisl, compoese dos seguintes captuls: 1— a mereadora; 2a moeda ou a cedagio simples; 3-o capital em geal (sdoisprimiros capttulosiormamo conteido do presente volume. Tenho Sante de mum 0 conunto do material 809 forma de monograias que foram reigidas com longosintervalo, nfo para sezem impress, as para minha propria compreensio, «caja elaboragto sistemslic, segundo 6 plano dado, cependera de crconstanciasexterires. Suprino uma inseduso geal" que hava ebogado pois, raga a uma reledo iis alenla,pareesne que toda anecpagio pertrtaria cs ula doe tinda por provar eo ler que se dnpuser a seginine lek que se deta tecerde do price parao gel Porcutola,podero aparece aquialgumas indiogas sine o cao dos mets prope estos pti contmios ‘Minha especialidade era a Jarispradénca,a qual exerca contudo como discplina secundaria a0 lado de Hlosofia © Historia. Nos anos de 1812/43, como sedator da Genta Renana(Rinisce Zeitung? vie pela primeira ver em apuros por ter que tomar parte na discusdo sobre ot humadosinteresee materi, As lberaes do Pariamento renano so tre oroubo de madeira e pacelamento da propriedade fundisia, a po- lerea oil que os, Von Scape, eno governador da provincia renara, tbriu com a Gasca Renana sobre asitvagao dos camponeses do vale do Mocela, efnalmente os debates sobre oliveecoméico © protegio adua- ria, deram-me os primeios motvos para ocuparsme de quests eo- micas. Além do mai, iquele tempo em que a boa vontade de ir & ent” ocupava mullas vezs o lugar do conbacimento do assume feze cuvis na Gaaeta Rena tan eco de trac mati filosico do soialismo © comuinismo frances, Eu me declaei contra essa reerelage mas 90 res ‘mo tempo em ama controvrsia com o Jornal Geral de Augsburgo (lige ‘eine Augsburg tung? conteseelfancamente que os meus estudos Vans ome frou a Cis de smo Pal. (N. do) [Behe Zag fr Poli, Hel Ger Gee Ran Pi, Cont ¢ Inds) hie puliide em Calin de de pre de 190 Stl de mano de 186. Farad jor represatres do burgess Yea, que se opuntam ao abeluam pssano 9 al Erste ambom agen wee Mies eintorador a part e ae de 16 ¢ ‘Sco rdntoriie's parr de tro do mesmo ana ja puch tnbem sma ie de ‘Sige de Fath Eng So andre de har jal sum uncle ern: ‘stm, tend ea gus aerunta popesivamene Alita do Rese Zeng, ‘Sh popamsde sce Alani, provac pescpeso ania tan cee ‘cinta es inpeeen acorns ngs erecta cone le joral fe nolo ‘beers ctsry, depois de 9 rtrd 183 por for dun deco do goer prc, ‘pois deinttamante em i"de sr de 18th (Ned Ed. Alea) 13 alfenie Zeiten Goma Gent —- Dus eovervadoetadado erm 1798, Ene 1810 188 6, {abicad om Aupuro. Ems pate ro Rca Zotar Comumamoe ‘Alpoeie atone haparg Mars ta eral por Maver sich Sear do acon © ‘coutimo pens da Ed. Alem) tsp a se ptm amy Gao oes ieee cae i petne gee wie emesis Pacer eer cer trated Spec ane caetaescmae ae shat arelosmien eu Seder fame et nae renin anf tnatnooa Gain Setous ee Sas Soper care tes fe ae Sonar mare Secre pee eer ered ere ste Spice i eens cree weet irevncns po incyestanae nae ohn corer eee ene keer er Srna Ha a cae Cot gee selschaft), seguindo os ingleses e franceses do século XVIIl; mas que a Seo SE oem om ea iT REST AME Calas a ea nace 1 Os Dash Freche fice Ana Fran Alone) fr publics em Ptr toma Sle, po Ket Mare © Amol! 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Guizot. O resultado geral a ‘que cheguei e que, uma vez obtido, serviu-me de fio condutor aos meus, ‘estudos, pode ser formulado em poucas palavras: na producao social da_ propria vida, os homens contraem relagées determinadas, necessérias independentes de sua vontade, relagdes le produsao estas que correspor= dem a uma etapa determinada de desenvolvimento das suas forsas pro- Gutivas materiais. A totalidade dessas relagSes de produgio forma a es- trutura econdmica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta uma superestrutura juridica e politica, e A qual correspondem formas sociais determinadas de consciéncia. O modo de produgio da vida material con- diciona o processo em geral de vida social, politico e espiritual. NBo é a consciéncia dos homens que determina o seu ser, mas, a0 contrétio, € 0 seu ser social que determina sua consciéncia. Em uma cera etapa de seu desenvolvimento, as forcas produtivas materiais da sociedade entram em “colradizio com as relagses de produto existent ou, o que nada mais Edo que a sua expresso jurfdica, com as relagbes de propriedade dentro das quais aquelas até entio se tinham movido. De formas de desenvol- vimento das forcas produtivas essas relagbes se transformam em seus gri- Ihves. Sobrevém entio uma época de revolugio social. Com a transfor- rmagio da base econdmica, toda a enorme superestrutura se transforma com maior ou menor rapidez. Na consideraglo de tais transformagiies & nnecessério distinguir sempre entre a transformagio material das condioes econdmicas de produgio, que pode ser objeto de rigorosa verificagio da ciéncia natural, eas formas jurdicas, poitcas,religiosas, artsticas ou f- loséficas, em resumo, as formas ideoldgicas pelas quais os homens tomam consciéncia desse conflito e 0 conduzem até o fim. Assim como no se jalga o que um individuo é a partir do julgamento que ele se faz de si mesmo, da mesina maneica nao se pode julgar uma época de transformacio a partir de sua propria consciéncia; ao contrério, € preciso explicar essa ‘onscigncia a partir das contradig6es da vida material, a partir do conflto cexistente entre as forgas produtivas sociais ¢ as relagies de produsio. ‘Uma formacio socal nunca perece antes que estejam desenvolvidas todas as forgas produtivas para as quais ela é suficientemente desenvolvida, ‘novas relagSes de procugio mais adiantadas jamais tomaro 0 higar, antes Gjue suas condiges mateiais de existéncia tenham sido geradas no seio ‘mesmo da velha sociedade. E por isso que a humanidade 96 se prope as larelas que pode resolver, pois, se se considera mais atentamente, se chegard 3 conclusio de que a propria taefa $6 aparece onde as condicBes rmateriais de sua solucéo jf existem, ou, pelo menos, sfo captadas no pro- cesso de seu devir. Em grandes tragos podem ser earacterizados, como pocas progressivas da formagio econdmica da sociedade, os modes de produsio: asidtico, antigo, feudal e burgués modemo. As relagées bur- fgucsas de producio constituem a ultima forma antagénica do process0 social de produgéo, antagénicas no em um sentido individual, mas de ‘um antagonismo nascente das condigées sociais de vida dos individuos; contudo, as forgas produtivas que se encontram em desenvolvimento no seio da sociedade burguesa criam ao mesmo tempo as condigBes materiais, para a solugio desse antagonismo. Daf que com essa formagio social se encerra a pré-historia da sociedade humana. Friedrich Engels, com quem mantive por escrito um intercimbio permanente de idéias desde a publicacéo de seu genial esboso de uma ‘eritca das categorias econdmicas (nos Anais Franco-Alemies), chegou por ‘outro caminho {compare o seu trabalho Situapfo da Classe Trabalhadora na Inglaterra) a0 mesmo resultado que eu; e quando ele, na primavera de 1845, veio também instalar-se em Bruxelas, decidimos elaborar em comm ‘nossa oposicio contra o que ha de ideolégico na filosofia alema; tratava-se, de fato, de acertar as contas com a nossa antiga consciéncia filos6fica. O [propésito tomou corpo na forma de tuma critica da filosofia pés-hegeliana, (Omanuscrito, dois grossos volumes in octavo, jé havia chegado ha muito tempo a editora em Westfilia quando fomos informados de que a im- ppressio fora impedida por circunstincias adversas. Abandonamos 0 ma- huscrito critica roedora dos ratos, tanto mais a gosto quanto jé haviamos atingido o fim principal: a compreensio de si mesmo. Entre os trabalhos dispersos de entlo, através dos quais submetemos ao publico nossas opi- nies sobre questées diversas, menciono apenas o Manifesto do Partido Co- ‘munista, que Engels e eu redigimos em conjunto, e uma publicagio minha, © Discurso Sobre o Liore-Comércio (Discours sur le Libre Echange). Os pontos decisivos de nossa opiniso foram indicados cientificamente pela primeira vez, ainda que apenas de uma forma polémica, em meu escrito Miséria da Filosofia (Misdre de la Philosophie etc), publicado em 1847 e dirigido contra Proudhan. Depois, numa dissertagio escrita em alemio sobre 0 ‘Trabalho Assaleriado, onde sintetizei as minhas conferéncias sobre este tema feitas na Unio dos Trabalhadores Alemaes de Bruxelas? cuja im- pressio, todavia, foi interrompida pela Revolugio de Fevereiro e por minha subseqiiente expulsio da Belgica, ‘A publicacio da Nooa Gazeta Renana (Neue Rheinische Zeitung),¢ em 3 Fanceesintt pvt ages oman Tre Ani Cael ciraeniai juin foto ind rink Cpt 3 A dette arte (Unio do Tabsadores Alem) fol fdas aoa de 167 fot cee Eng’ om Bras com o jen de ecateerpotamente os aaa ‘dime de Mare Enger eto sss compantion aU tanto em nc 3 {ciodres sands tetas A Bence ftenerin elena en "ssc operas ug. Sus ambos mots poesasenera pra» Camara detec de Lg dos Comurisoe nu tuouagio dserpenhos um Papel desacado = ‘indi de Atvacton Lmtd Branca: Lag pert Revslgso de evra na Fags (abi) pots tig dete © expat a mona See membros da “Unso™ cm 0 gar oon tee de pemier ae sider do Al) 44 Nae hnche Zong Orn der Doe Gate Rn. rg de Denes) Dio {aj edi cnn tage de Mane que fl pado em Colne de no de 1889 4913 ds A 8 prennram San Foch ges Wil Wal Gooey Weer, 1848 ¢ 1849, e os acontecimentos posteriores interromperam meus estudos ‘econémicos, que s6 puderam ser retomados em 1850, em Londres. A enorme ‘quantidade de material sobre a hist6ria da economia politica que se encontra ‘acumulada no Museu Briténico, a situagio favordvel de Londres como ponto de observagio da sociedade burguesa , finalmente, 0 novo estégio de de- senvolvimento em que esta pareca entrar com a descoberta do ouro na Ca- liférnia e Austedlia determinaram-me a comegar tudo de novo, ¢ estudar ‘rticamente até o fim todo o material, Esses estudos, em parte por causa de ‘seu proprio cardtr, chegaram a disciplinas aparentemente afastadas do plano origina, nas quais tive que deter-me por mais ou menos tempo. Mas foi sobretudo a necessidade imperiosa de exercer uma profssdo para ganhar a vida que me reduziu o tempo disponivel. Minha colaboracio, jf de otto anos, com 0 primeiro jornal anglo-americano, 0 New-York Tribune! tem exigido ‘uma extraordindria dispersio dos estudos, uma vez que apenas excepcional- ‘mente me ocupo com o jarmalismo propriamente dito. Contudo, artigos sobre fatos econdmicos de destaque, ocorridos na Inglaterra e no continente, cons tituer uma parte to significativa da minha contrbuigio que me vi obrigado a familiarizarme com pormenores que fcam fora do ramo da céacia da Economia Politica propriamente dita Esse esboso sobre 0 itinerdrio dos meus estudos no campo da eco- ‘nomia politica tem apenas 0 objetivo de provar que minhas opinides,sejam julgadas como forem e por menos que coincidam com os preconceitos itados pelos interesses das classes dominantes, sio o resultado de uma pesquisa conscienciosa e demorada. Mas na entrada para a Ciéncia — como na entrada do Inferno — é precis Qui si comoien lasciare ogni sospetto Ogni vita convien che sia morta? Londres, janeiro de 1859 ‘Karl Marx Ie Nl et a a snr Ae de gutters eae erate rere teres ees Gennes nie alee aS Se eee See ees oper aesee foc cers melgamne auc ie mutreme ome ie Tapas gems cheer ge mn guen ae Sis tie Timoectiantae Satacew deer tacr ERSTE Ae oneeecm ancestor aac ‘peal stu ua crderpogenss¢Se egos co 9 ecraidi. A cosborgto de sEaeon atinremunveie Wiad artennonmae Sceeg eis Corsten etc ecco ee Stee econo Sovioaescace Seo ene » SEBS e tee come LIVRO PRIMEIRO Do CariTaL

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