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Exercícios complementares às notas de aulas de


estradas (parte 8)

Hélio Marcos Fernandes Viana

Tema:

Superelevação
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1.o) Numa rodovia de classe I, temos os seguintes elementos de projeto: emax = 8%,
V = 100 km/h. Assim sendo, se uma curva nesta rodovia tem raio de 600 m, pede-se
calcular a superelevação a ser adotada na curva.

OBS. Usar a equação do DNER (atual DNIT) para o cálculo da superelevação.

Resposta:

A equação da superelevação adotada pelo DNER (atual DNIT) é:

 2.R min R min 2 


e  e max .  
 R R 2 
 

em que:
R = raio da curva circular (m); e
emax = superelevação máxima de projeto (m/m).

como,

V2
R min 
127 .( e max  fmax )
em que:
fmax = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento; e

Pela tabela para V = 100 km/h  fmax = 0,13

então:

100 2
R min   374,95 m
127 .(0,08  0,13 )

logo,

 2.374,95 374,95 2 
e  0,08 .    0,069  6,9%
 600 600 2 
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2.o) Sendo fornecido os seguintes elementos de projeto:

a) Velocidade de projeto = 80 km/h;


b) Raio do trecho circular = 312,50 m;
c) Rodovia de mão dupla, largura da faixa = 3,50 m;
d) Abaulamento da pista (a) = 2%;
e) Superelevação no trecho circular = 8%;
f) Método adotado para distribuição da superelevação = giro da pista em torno do
eixo da estrada; e
g) Superlargura no SC ou CS = 0,60 m.

Pede-se determinar:

i) O comprimento para distribuição da superelevação na tangente (Lt); e


ii) O comprimento para distribuição da superelevação na espiral (Le).

Resposta:

i) Cálculo do comprimento para distribuição da superelevação na tangente (Lt)

Esquema do problema (não é obrigatório para resposta do exercício).

Figura 2.1 - Esquema para cálculo do Lt

Sabe-se que:
100 .h
Lt 
b
em que:
h = elevação da pista correspondente à distribuição da superelevação no
trecho tangente (m); e
b = declividade longitudinal do trecho de distribuição da superelevação na
tangente (%).
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como:
L.a 3,50 .2
h    0,07 m
100 100
em que:
a = abaulamento da pista (%); e
L = largura de uma faixa da pista no trecho em tangente (m).

ainda, pela tabela para V = 80 km/h  IL = 0,50%

então,
IL 0,50
b    0,25%
2 2

em que IL = declividade longitudinal no ramo da curva espiral com transição (%).

logo:
100 .0,07
Lt   28 m
0,25

ii) Cálculo do comprimento para distribuição da superelevação na espiral (Le)

Esquema do problema (não é obrigatório para resposta do exercício).

Figura 2.2 - Esquema para cálculo do Le

Le corresponde ao comprimento necessário para pista passar de nivelada


para superelevada e%.

Sabe-se que:
100 .H
Le 
IL
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em que:
IL = declividade longitudinal no ramo da espiral da curva horizontal (%); e
H = elevação da pista correspondente à distribuição da superelevação no
trecho espiral (m).

como:
S 0,60
LA  L   3,50   3,80 m
2 2
em que:
L = largura de uma faixa da pista no trecho em tangente (m);
LA = largura da faixa da pista no ponto SC ou CS (m); e
S = superlargura da pista no ponto SC ou CS (m).

logo:
L A .e 3,80.8
H   0,304 m
100 100

em que e = superelevação da pista no trecho circular (%);

ainda, pela tabela para V = 80 km/h  IL = 0,50%

então,

100 .0,304
Le   60,80 m (no mínimo)
0,50

OBS. É recomendado que o comprimento para distribuição da superelevação na


espiral (Le), SEJA IGUAL ao comprimento da espiral (Ls). Contudo, o comprimento
da espiral (Ls) deverá ser MAIOR OU IGUAL a Le.

3.o) Numa rodovia de classe I, temos os seguintes elementos de projeto: e max = 8%,
V = 100 km/h. Assim sendo, se uma curva nesta rodovia tem raio de 400 m, pede-se
calcular a superelevação a ser adotada na curva.

OBS. Utilize a formulação apresentada por Carvalho et al. (1993) para calcular a
superelevação.

Resposta:

De acordo com Carvalho et al. (1993), a superelevação a ser utilizada na


curva é obtida pela seguinte equação:
V2
e  0,0044 . f
R
e sendo:

1
f
1,4.3 R
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em que:
V = velocidade de projeto (km/h);
f = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento;
R = raio da curva circular (m); e
e = superelevação (m/m).

Logo:

1 1 1
f  1/ 3
  0,097
3
1,4. R 1,4.(R) 1,4.( 400 )0,333

então:

V2 (100 )2
e  0,0044 .  f  0,0044 .  0,097  0,11  0,097  0,013 m / m  1,3%
R 400

OBS. A formulação de Carvalho et al. (1993) não pode ser empregada, quando
fornecer valores de superelevação negativos.

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