You are on page 1of 23
= esceraderde uncerimpictas ill fLsevIER Algumas observacées gerais Para concluir esta seco, apresentamos trés observacies gerais referentes a derivada total ea dife- renciagao total 1. Nos casos que discutimos, a situacdo envole, sem excecio, uma varidvel que ¢ funcional- mente dependente de uma segunda variavel, que, por sua vez, depende funcionalmente de uma terceira varivel. Como conseqiéncia, a nocao de uma cadeia entra inevitavel- mente em cena, como evidencia a aparigdo de um produto (ou produtos) de duas ex pressdes derivadas como componente(s) de uma derivada total. Por essa razio, as {Srmu- las de derivadas totais em (8.12), (8.14) ¢ (8.16) também podem ser consideradas como expresses da regra da cadeia, ou da regra da fungo composta ~ uma versio mais sofisti- cada da regra da cadcia apresentada nia Secio 7.3. 2 Accadeia de derivadas nio tem de ser limitada a apenas dois “elos” (a multiplicagio de duas derivadas); 0 conceito de derivada total deve ser estendido aos casos em que hi trés ou mais elos na funcao composta. 8, Em todos os casos discutidos, as derivadas totais —incluindo as que foram denominadas derivadas parciais totais —medem taxas de variacio em relacio a algumas variaveis definiti- vasna cadeia ou, em outras palavras, em relacao a certas variaveis que sio, em certo senti- do, exigenas e que ndosio expressas como funcdes de outras variaveis. A esséncia da deri- vada total e do processo de diferenciacio total é dar a devida consideracio a todos 0s ca- nais, indiretos ¢ dirctos, por meio dos quais os efeitos de uma varia¢o sobre uma varié- vel independente definitiva possa ser transmitido a variavel especifica em estudo, EXERCICIO 1. Calcule a derivada total dz/dy, dadas (@) z= fy) =5x+xy-7, onde x= 9) =377 (0) 2= 4x? —3xy + 277, onde x= tly (0 z= +x 2y), onde x=2-7y 2. Calcule a derivada total dz/dt, dadas: (a) 2=x2- Bry -Y?, onde x=3tey=1-t (0) 2=7u+ vt, onde u=2Pev=t+1 (0 z= f(x,y, 0, ondex=a+btey=c+kt 3. Calcule a taxa de variacao de produgao em relagao ao tempo, se a funcéo producso for Q=A(HK* LS, onde A(t) é uma fungso decrescente de t, eK = Ky +at,eL= lo + bt. 4, Calcule as derivadas totais parciais SW/Su € SW/SV se: (0) W= ax? + bry + cu, onde x= au + Bvey=yu (2) Wz lx, 4) onde x, = Sut 3vex,=u=4 5. Desenhe um mapa de canal adequado ao caso de (8.15). 6, Obtenha a expressio para Sy/Sv formalmente a partir de (8.15) tomando a diferencial to- tal de ye entao dividindo tudo por dv. 8.5 Derivadas de funcées implicitas O conceito de diferenciais totais também pode nos habilitara calcular as derivadas das denomi- nadas fungdes implicitas. Funcées implicitas Uma fungio dada na forma y= f(s), digamos, BD Asse essa comparativa de modelos defunct gra exsevien MATEMATICA PARA ECONOMISTAS y-s) = 38 ern € denominada uma func explicita, porque a varidvel y é explicitamente expressa como uma fun- 0 de x Se essa fungio for escrita alternativamente na forma equivalente y-3x#=0 (8.17) contudo, no teremos mais uma funcio explicita. Ao contritio, (8.17) é entao, apenas inplicta- ‘mentedefinida pela equacao (8.17’). Portanto, quando temos (apenas) uma equacao na forma de (8.177), afuncao y= f(x) que cla implica e cuja forma especifica pode até mesmo nao ser conheci- da por nés, é denominada uma funcéo implicita ‘Uma equacio na forma de (8.17') pode ser denotada, em geral, por Fy, x) = 0, porque seu lado esquerdo é uma funcao das duas variaveis ye x Note que aqui estamos usando a letra maitis cula Fpara distingui-la da funcao fa funcio F, que representa o lado esquerdo da expresso em (8.17'), tem dois argumentos, y x, 20 passo que a fungao f, que representa a fungao implicita, tem somente um argument, x E claro que pode haver mais de dois angumentos na fungio F Por exemplo, podemos encontrar uma equacio FQ, x, «+ X_) = 0. Tal equacio também pode definir ‘uma funcao implicita y= f(x,» %9)- Nesta tltima frase, a palavra ambigua “pods” foi usada propositalmente, Pois, enquanto uma fancao explicita, digamos, y= f(x), sempre pode ser transformada em uma equacio Fy, +) simplesmente transferindo a expressio /(x) para o lado esquerdo do sinal de igualdade, a trans- formacio inversa nem sempre é possivel. De fato, em certos casos, uma dada equacdo, na forma de Fly, x) = 0 pode nao definir implicitamente uma funcao y= f(x). Por exemplo, a equagao 22 + 3? =0€ satisfeita somente no ponto de origem (0, 0) e, por conseguinte, nio resulta em nenhuma funcao que valha a pena mencionar. Como outro exemplo, a equacao Fy») =2+9?-9-0 (6.18) nao implica uma fungio, mas uma relagio, porque a representagio grifica de (8.18) € um circu Jo, como ilustra a Figura 8.6, de modo que nenhum valor tinico de ycorresponde a cada valor de x Entretanto, note que, se restringirmos ya valores nao-negativos, entio (eremos somente a me- tade superiordo circulo e isso constitui uma fungio, a saber, x", De modo semelhante, a metade inferior do circulo com valores de y no-positivos constitui uma outra funcio, y 9— x7, Em contraste, nema metade esquerda nem a metade direita do cireulo podem se quali ficar como uma funcio. Em vista dessa incerteza, torna-se interessante indagar se ha condi¢des gerais conhecidas se- gundo as quais podemos ter certeza que uma dada equagio na forma de FU, yoy (8.19) realmente define uma funcao implicita DAL Oy oe Hg) (8.20) localmente, isto é, a0 redor de algum ponto especifico no dominio. A resposta a essa pergunta esta no denominado teorema da funcao implicita, cujo enunciado é Dada (8.19), se (a) a funcio Ftiver derivadas parciais continuas Fy Fy... Fy ese (0) em um pomto Go Se or) Que satisfaga a equacio (8.19), F for diferente de zero, entio existe uma vizntianca meimensional de (sy, us %,)» N;na qual yé uma fancio implicitamente definida das varidveis x, +» Sy na forma de (8.20). Essa fungo implicta saisfar 9, = f (3p nv > Bla satst tame equagio (8.19) para toda m-upla (8) navizinhanga de N= dando a (8,19), porconseguinte, 0 status de uma identidade naquela vizinhanca. Além do mais, a fungio implicita /é continua ¢ tem derivadas parciais continias fy. HLSEVIER ‘Vamos aplicar esse teorema a equacao do circulo, (8.18), que contém somente uma vat vel x. Em primeiro lugar, podemos verificar devidamente se F, = 2y e F,= 2x sio continuas, como requerido. Entao, notamos que F, é diferente de zero exceto quando y= 0, isto é, exceto no ponto mais esquerda (~8, 0) € no ponto mais direita (3, 0) no circulo. Assim, ao redor de qualquer ponto no circulo, exceto (-8, 0) ¢ (3,0), podemos construir uma vizinhanca na qual a equacao (8.18) define uma funcdo implicita y= f(x). Isso pode ser verificado com facilidade na Figura 8.6, onde, de fato, é possivel desenhar, digamos, um retangulo ao redor de qualquer ponto do circulo ~ exceto em (-8, 0) e (3, 0) de modo que a porcao do circulo contida no retdngulo constituird o grafico de uma funcio com um valor tinico de y exclusivo para cada valor de xnaquele retangulo. Hai diversas coisas que devem ser notadas no teorema da fun¢do implicita, Em primeiro lugar, as condigées citadas no teorema tém as caracteristicas de condigdes suficientes (mas nao necessirias). Isso significa que, se acaso acharmos F, = 0 em um ponto que satisfaca (8.19), nao podemos usar 0 teorema para negar a existéncia de uma funcao implicita ao re- dor desse ponto. Pois tal funcao pode, de fato, existir (ver Exercicios 8.5 a8.7).! Em segundo lugar, mesmo que tenhamos certeza de que existe uma funcao f, 0 teorema nao dé nenhuma indicacdo quanto a forma especifica que a fungao fassume e, a propésito, tampouco nos infor- ma o tamanho exato da vizinhanca N na qual a fungao implicita € definida. Contudo, apesar deessas limitagdes, esse teorema é de grande importincia, pois, sempre que as condicdes nele cenunciadas forem satisfeitas, tornase significativo falar sobre uma fungao e wtiliz (8.20), mesmo que nosso modelo possa conter uma equagao (8.19), que € dificil ou impossivel de resolver explicitamente para yem termos das varidveis x. Além disso, uma vez.que 0 teorema também garante a existéncia das derivadas parciais f,... fp agora também tem significado fa- lar sobre essas derivadas da funcao implicita. Derivadas de fungées implicitas . puderser resolvida para y, podemos escrever explicitamente a fun- Sea equacio Fy, 4). G0 y= f(A ns My) € ObKer Stas derivadas pelos métodos que aprendemos antes. Por exemplo, (8.18) pode ser resolvida para resultar em duas fungdes separadas: yr=+V9—x? — [metade superior do circulo] x (metade inferior do efreulo] (8.18°) ¢€ suas derivadas podem ser obtidas como se segue: Rayos pare (ereule) (metade superior) fp NTR (imetade inferior) * Por outro lado, 3 F, = 0 for um vzinhanga intra, eno pode se canclur que nenhuma funco implica &defnida naquela vi shanga. Pela mesma citio, se F, = 0 derticamente, entSo no existe nenuma fungao impli em nenurs lugar. FIGURA 8.5 mt es vervedesdefuneserimpcas [iuoteanivn v ony FEE write enatca comparative de models de fun geal sss ad Od 99M 240-820 p-x* 9 (8.21) MATEMATICA PARA ECONOMISTAS Mas, € se a equagao dada, Ay; x)... %q) = 0, no puder ser resolvida explicitamente para j? [Nesse caso, se soubermos que existe uma funcao implicita conforme os termos do teorema da fungao implicita, ainda podemos obter as derivadas desejadas sem ter de resolver para y primei- ro, Para fazer isso, utilizamos a denominada regra da funcao implicita —uma regra que pode nos dar as derivadas de fodas as funcées implicitas definidas pela equacao dada. O desenvolvimento dessa regra depende dos seguintes fatos basicos: (1) se duas expresses forem identicamente iguais, suas respectivas diferenciais totais devem ser iguais;! (2) a diferenciacao de uma expres sio que envolve J, %, , %, esultara em uma expressio que envolve as diferencias dy diy, um dys ¢ (8) adiferencial de y, dy, pode ser substituida, de modo que o fato de nao podermos resolvela para y nao tem importancia, Aplicando esses fatos A equacio My, x), %,) = 0—a qual, vale lembrar, tem o status de uma identidadena vizinhanga Nna qual a funcao implicita é definida — podemos escrever d= d0, ou Fy dy + Fy ds, + By ty + + Bg ty = 0 (8.22) Visto que a fungio implicita y= f (xj. ..y %q) tema diferencial total y= fi doy + fy dy t+ fda podemos substituir essa expressio de dy em (8.22) para obter (apés reunir termos) (8.22) CBA +R) dx + Bit B) dig te HE fat Fg) dg, O fato de que todas as dx, podem variar independentemente umas das outras significa que, para que a equagio (8.22') seja valida, cada expressio entre parénteses tem de desaparecer indivi- dualmente, isto devemos ter * Tome, aor exemplo, a Wertidade PoP sbe4 Nemy sso 6 uma identidade porque os dois ados 880 iguas para quasauer valores que queramos aibur ae Tomando a aferencil total de cada bo, ters lado esquerda) = 2ude—2y dy lado direto) =e yhax+y) + + y)dtx-y) Ge has 0 + b+ lc ~ 0) = ixde—2y dy (Osdais resultados sd, de ato igus. Contudo, seas duas expresses nfo orem identcamente gus, mas iguatsapenas para cer ‘os valores especificas das vanes, suas diferencias totals ndo serao iguais. A equacio Bfedepa por exemplo,€ vida somente para y= 41. As diferencias totais dos dois lados S30, ‘que ndo to igual. Note, mn particular, que elas nao st igus ner mesmo para y=: = aspervedesdetungsesimotctes ISEVER Efith=0 (para todo) 2 = Dividindo tudo por F, resolvendo para f, obtemos a denominada regra da funciio implicita para 2 achar a derivada parcial fda funcio implicita y= f (x, 55 «1, Xq) e . z (8.23) 2 : a 8.23") O que essa regra mostra € que, mesmo que a forma especifica da fungao implicita nao seja conhecida, podemos, nao obstante, achar sua(s) derivada(s) tomando a negativa da razio de um par de derivadas parciais da funcio Fque aparece na equacio dada que define a funcao impliei- ta. Observe que F, sempre aparece no denominador da razio. Sendo esse 0 caso, nao é admissivel ter B,= 0. Posto que 0 teorema da funcio implicita especifica que F, #0 no ponto ao redor do qual, a funcao implicita € definida, 0 problema de um denominador zero esti automaticamente resol- vido na vizinhanca relevante daquele ponto, EXEMPLO 1 | Celcule dy/dk para a fungao implicita definida por (8.179, Visto que F(y,») toma a forma de y— 31, temos, por (8.231, : Oe PF ap ea Neste caso particular, podemos resolver faciimente a equacéo dada para y para obter y Assim, a corresao da derivada é verifcada com faciidade. EXEMPLO 2 | Calcule dyldxpara as fungoes implicitas definidas pela equagao do circulo (8.18). Desta vez, temos Fy dara 2x. Por (8.231), a derivada desejeda é + Geot Ainmiamos, anteriormente, que a ragra da fungo impliita nos dé a derivada de rod fungao i= plicta definida por uma dada equecéo. Vamos veriicar essa afirmativa com as duas funcdes em (8.18' e suas derivadas em (8.21), Se substituirmos y* por y no resultado da regra da funcSo impll- Cita dyide =-wy de fato obteremos a derivada did, como mostrado em (8.2); de modo seme- Jhante, a substituicdo de y" por y resultaré na outra derivada em (8.21). Assim, nossa afirmativa anterior esta devidamente verificada, EXEMPLO 3 | Caleule Ay/éx para qualquer fungéo (au. quaisquer funcées) implctals) que possa(m) ser defi dats) pela squacdo Fy, x, w) = ye +? + paw 3 = 0. Essa equagao no 6 resolvida facimerte para y. Mas, visto que FF, @ Fy S80 todas abviamente continuase, posto que f, = 32x? + x06, de fato, diferente de zeto em um ponto tal como (1, 1, 1), que satistaz a equacéo dada, certamen: testo uma funcio implicit y =F, w) 30 menos 0 redor daquele porta, Portanto, ten sentida falar sobre a dervada éy/ex.Além disso, por (8.23), podemos escreverimediatarente: ye hc yw ak, aw No ponto (1,1), 0 valor dessa dervada @—2 + evidente que arestrido y+ 0¢perfeitamente coerente com nasta cacuss30 anterior da equacd0 (8.18) que segue 0 enunciado do teorema da fungéo implica PB) cote eatin comparative de modelos de uno ger nusevten MATEMATICA PARA ECONOMISTAS EXEMPLO 4 | Admita que a equacao FQ, K, L) =O define implicitamente uma funcéo de producso Q = f(K, U ‘Vamos achar um meio de expressar 0s produtos marginals fisicos MPP, MPP, em relagao a fun- (20. Visto que os pradutos marginais ao simplesmente as derivadas parcials @Q/@K e 0/0 L, po- demos aplicar @regra da funcao implicitae escrever Mpg Ke Moyne, aq” Fo a Fp A parte essas derivadas, podemos obter uma outra derivada parcial, xh ah dda equacso F(Q, K, L)=0. Qual 60 significado econdmico de 2K J0L7 0 sinal de parcial implica que outa varidvel, Q, esté sendo mantida constante; decorre que as variacées em K e L descritas por essa derivada tom as caracteristicas de variagdes " compensatérias" projetadas para manter 0 pro- dduto Q constante em um nivel especificado. Portanto, elas s80 0 tipo de variagdes pertinentes 2 ‘movimentos ao longo de uma isoquanta de prodiucao em cujo grfico a varivel K esta no eixo ver- tical e a varidvel Ln elxo horizontal, lias, a derivada 0 K /0L & a medida da inclinacao dessa iso- ‘quanta, que é negativano caso normal. Ovalor absoluto de 2K CL, por outro lado, ¢2 medida da taxa marginal de substituicéo técnica entre os do's insumos. Extensdo para o caso de equacées simultaneas 0 teorema da fungio implicita também tem uma versio mais geral e poderosa, que trata das con- dicdes sob as quais um conjunto de equacées simultineas FO Ini Ste Fae a i= “ (8.24) Fy ai definira, com certeza, um conjunto de fungdes implicitas! DAL Cy ns a) Los Be) (8.25) Jaa SMM a) A versio generalizada do teorema afirma que: Dado o sistema de equagies (8:24), (a) se todas as fungSes FF" tiverem derivadas parciais conti nnuas en relagao a todas as variaveis ye x (6) 8 em um pont (Jus ns Yai Mp ove a) que saisuga (8.24), 0 seguinte determinante jacobiano for diferente de zero: art art an a Oe cn a Aye Jar" ar” my oO * Deum outro ponto de vista, esas candies se-vem para gatantrqueasn equagses em 8.24) podem, em principio, ser resoivdas para as vatveis~ yy, Yq~ MeSMO Que tavez nO possamos ober a solucao (8.25) de uma forma epic = 4s Denvedesdetuncoesimpicias ALSEVIER entio existe uma vizinhanga mdimensional de (3 «»X4)» N-na qual as varies, J, 0 funcdes das varies, x, na forma de (8.25). Essas funcies implicitas saisfazem dio = f(y > Mpa) Ino = LAS 0 + Kno) Elas também satisfuzem (8.24) para toda mupla (x, ...x,) na vizinhanca de Ne, portanto conferem a (8.24) o sts de um conjunto de identidades no que concerne a essa vizinhanga. Além disso, as fungdes implicitas /',., "sto continuas e t8m dervadas parciais continuas em relagio a todas as varidveis x. LHDIMMNIVM 1 ONVIND Como no caso de uma tinica equacao, € possivel obter as derivadas parciais das fungdes im- plicitas diretamente das n equacdes em (8.24) sem ter de resolvé-las para as varidveis y. Aprovei- tando o fato de que, na vizinhanga de N, as equacdes em (8.24) tém o status de identidades, po- demos tomar a diferencial total de cada uma delas ¢ escrever d?=0 (j= 1,2, n)-O. ‘um conjunto de equacdes envolvendo as diferenciais dy.» dy, € dis. dige Especi apés transpor os termos dx, para a direita do sinal de igualdade, temos “Oy ON ayy ME ay oF! ort or! (= (8.26) Além disso, de (8.25), podemos escrever as diferenciais das variaveis y; como sai, + Bil Ba: D2 bey +4 8.27 tata tea (8.27) elas podem ser utilizadas para eliminar as expresses dy,em (8.26). Mas, uma ver.que o resultado da substituicio seria impraticavelmente confuso, vamos simplifiear as coisas considerando apenas fo que acontece quando somente x; varia enquanto todas as outras variaveis 2... %permanecem constantes. Deixando dx, #0, mas estabelecendo dy =~ = di, =) in (8.26) € (8.27), entao substi- tuindo (8.27) em (8.26) ¢ dividindo tudo por dy, # 0, obtemos o sistema de equacdes Pia) wos), +2 (22) By (Ger J" Oye Lom a, (Or oF? (an), OF? (2)... , OPP.) _ Oy, Oxy Oy Oxy Oy, \ Ox, at (8.28) BB pnsise estatica comparati 2 = & & = © = de modelos de funso geral Mesmo esse resultado para o caso em que somente varia parece de formidavel comple- xidade, por estar cheio de derivadas. Mas, na verdade, sua estrutura bem ficil de compreender, ‘uma vez que saibamos distinguir entre os dois tipos de derivadas que aparecem em (8.28). Um tipo, que apresentamos entre parénteses para distinguir melhor visualmente, consiste nas deriva- das parciais das funcées implicitas entre relacio a x que estamos procurando, Por conseguinte, elas devem ser consideradas as “variaveis” a serem calculadas em (8.28). O outro tipo, por sua vez, consiste nas derivadas parciais das funcdes P dadas em (8.24). Visto que todas elas assum riam valores especificos quando avaliadas no ponto (yo, sho Bg» %xq) © Ponto a0 redor do qual as funcdes implicitas sio definidas ~ elas aparecem aqui ndo como fungdes derivadas, mas como valores de derivadas. Como tal, podem ser iratadas como constantes dadas. Esse fato faz de (8.28) um sistema linear de equacies, com una estrutura semelhante a (4-1). O interessante € que tal sistema linear surgiu durante o processo de anilise de um problema que nao é, emi, necessa- riamente linear, pois nenhuma restrigio de linearidade foi imposta ao sistema de equacdes (8.24). Assim, temios aqui uma ilustragio de como a dlgebra linear pode estar presente mesmo em problemas ndotineares ‘Na qualidade de um sistema linear de equagies, (8.28) pode ser escrito em notacdo matr- como 3m (8.28) Visto que o determinante da matriz de coeficientes em (8.28') nada mais é do que o determinan- te jacobiano particular {| que sabemos ser diferente de zero sob as condigdes do teorema da fun- ‘cao implicita, e, posto que o sistema deve ser nao-homogénco (por qué2), deve haver uma tinica solugio nio-trivial para (8.28'). Pela regra de Cramer, essa solucao pode ser expressa analitica- mente da seguinte maneira: 2) Wal 5, 7 = 1, 2, ay m) [veja (5.18) (8.29) (# ul G ) — Lveja a} (8.29) Por uma adaptacao adequada dese procedimento, as derivadas parciais das funcdes implicitas em relagio as outras variaveis, x... ¥ também podem ser obtidas. Um aspecto muito bom des- se procedimento € que, cada vez que permitirmos que uma determinada varidvel x, varie, pode- mos obter, de uma ver s6, as derivadas parciais de todas as funcoes implicitas /1, . fem relacdo Aquela varidvel x,em particular. De modo semelhante, para a regra da funcao implicita (8.23) no caso de uma tinica equa- io, 0 procedimento que acabamos de descrever requer somente a utilizagao das derivadas parciais das fungdes F—avaliadas no ponto (J1qy» Jyot or» Sao) — NO cileulo das derivadas par- iais clas fungdes implicitas f", .., Assim, a equacao matricial (8.28') ¢ sua solucdo analitica (8.29) sio, com efeito, um enunciado da regra da funcao implicita, em sua versdo para equacdes simultaneas. Note que a cxigéncia de que (j| #0 exclui um denominador zero em (8.29), exatamente como o fazia a cxigéncia de que F,# 0 na regra da funcao implicita (8.28) e (8.28'). Além disso, 0 papel desempenhado pela condigio | #0 na garantia de uma soluedo Ginica (se bem que impli cita) (8.25) para o sistema geral (possivelmente ndotinear) (8.24) é muito semelhante ao papel da condicao de naosingularidade [4 #0 em um sistema linear Ax= d. FLSEvIER EXEMPLO 5 ‘As sequintes tes equacbes wowed Fatywiz)<0 y- Ww 3i wWee-2w=o PP o F Ywiz)=0 ‘so satsfitas no ponto P:(, y, w;2) = (1,4, 1, 1). As fungées f! obviamente possuem derivadas Ccontinuas, Assim, seo jacobiano [for diferente de zero no ponto P, podemos usar o teorema da fungdo implicita para obter a derivada estatica comparativa (0x/02). Pare fazer isso, podemos primeiramente tomar a diferencial total do sistema: yor xdy-dw y= 302 dw 3 ° (GW? - 22) dw + Gz" - 2w)dz=0 Passando a aiferencial exogena (e seus coeficientes) para o lado dlireito e escrevendo em forma matricial, obtemos: ye 1 War ° 01 -w ||| 3 le 0 0 (av*-22)||¢w| [aw —32? onde a matriz de coeficientes do lado esquerdo ¢ o jacobiano A fy] fy «A viele B gl-fo 1 a? |ayeu-20 ARR) 0 0 GW2-20) No ponto P, 0 determinante jacobiano |) () 1 7| bee ° ae ||) )-| 3 (ar? -22) &) aw? 20) Portanto,a regrada funcac implicita se apicae a LUsando a regra de Cramer para encontrar uma expressio para (@x/éz), obternos: 4 | Loa E 1 5 Dervads de funcsesimpicias (ESET FEB) anise estatica comparativa de modelos de funcdo geral MATEMATICA PARA ECONOMISTAS ELSEVIER Seja © modelo de renda nacional (7.17) reescrito na forma Y-C-h)-Gy=0 C-a-ply-n =0 T-y-8¥ ‘ (8.30) Se tomarmasasvaridvelsendégenas (YC, T)como (j;, yp,¥5) € tomarmnos as vardvels exégenas e pardmetros (ly, Gy, By, 8) como (x, Xp), @niB0 2 expressa0 do lado esquerdo de cada exquado pode ser consderada como uma fncéa expecta, naforma de FLY. CT. lo Gy eB. 6). Assim, (8.30) € um caso espectico de (8.24), comn=3em=6. Visto que as funcoes Fe tem derivadas paris continuas e visto que o determinantejacobiano relevante aquele que en- volve somente 2s variveis endégenss), oe at oF x © Try 40 ar? art art ee ee (31) 2 we wl leo wo oT seja Sempre diferente de zero (¢ambos, ff ed sejam restrtos a sar fracbes positives), pademos.con- siderar ¥, Ce T como funcdes implicitas de Ug, Go, «fv, 8) em qualquer ponto e a0 redor de qualquer ponto que satistaca (8.30). Mas um porto que satisfaca (8.30) seria uma solucéo de ‘equilrio relacionada a ¥", C" eT”. Por conseguinte, o teorema da fungso implicta nos diz que é justificavel escrever Y= Flo, Gy, a8. 7,8) C= Pll Gy, 0,8,9,8) T= Fy, Gy, 8.9.8) ‘para indicar que os valores de equilbrio das vardueis endégenas sto funcées implicitas das veréve’s exogenas e dos pardmetros, ‘As detvadas parciais das fungbes implictas, tais como aY */0 ly @ 0Y “/0G, tom as caracteristicas de erivadas estticas comparatves. Para encontré-las, precsamos apenas das derivadas pacias das fur- (6es F,avaliadas no estado de equlrio do madelo, Além disso, visto que m= 3, ts des podem ser lencontradas em uma Unica operacdo. Agora suponha que mantennamos fas todas as vaisvels exige- nase parémetros exceto Gp, Entéo, adaptando © resultado em (8.28), podemos escrever a equacao 1 Olfay*saGg] [1 B 1 Bl|acr/sq|=|0 -6 0 1Jlarsveay| o {da qual poder ser calculadas trés derivadas estticas comparativas (todas em relacdo a Gy). A pri- _meira, que representa o rmultiplicador da despesa do governo, resultara, por exemplo, em cE [por (8.319) Iss0, € claro, nada mais € do que o resultado obtido anteriormente em (7.19). Note, contudo, que, 'a presente abordagem, traballamos somente com funcdes picitas ¢ evitamos completa- mente a etapa da resolucao do sistema (8.30) explicitamente para Y", C’ e 7°. E essa caracteristica particular do método que agora nos habilitard a encarar a estatica comparativa de modelos de fungdes gerais que, por sua propria natureza, nao podem dar como resultado nenhuma solucio cexplicita. ® eee HSevIER EXERCICIO 8.5 1, Para cada F (x, y) = 0, encontre dyldx para cada uma das seguintes: (a) y= 6x4 (b) 3y + 12x+17=0 . (0 2+ 6x-13-y=0 2. Para cada F (x, y) = 0, use a regra da fungao implicita para encontrar dy/dx: (2) FG y) = 3x2 + Day + ay? =0 (b) Fx, y) = 12x —2y=0 (0) Fls,y) = 7x2 + 2x7 + 97 =0 (@) Fy) = 6x3 -3y=0 3. Para cada F (x, y, 2) = 0, use a regra da funcdo implicita para encontrar dyléx e éyléz: @ Fuy.2 a 0 (6) Fx y, 2) + axyz © FR y, 2) = 39 + x2? + pot +¥z= 4, Admitindo que a equagao F (U, Xj, Apr Aq) =O define implicitamente a funcao utilidade We Fey Hoar Ht (2) Calcule as expressoes para eU/0x,, BUI, Axx © Ar4LEXy (b) Interprete seus respectivos significados econdmicos 0, uma fungao implicita y = f(x) & definida ao 5. Para cada uma das equacdes dadas F(y, x) redor do ponto (y= 3, x= 1)? (@) 28-27 + 37-22 =0 (b) 2x2 + xy +67 =0 Se sua resposta for afirm: no ponto citado. 6. Dada x? + 3xy + 2yz+y* + 22-11 =0, uma funcao implicitaz = f(x, y) € definida ao redor do ponto (x= 1, y=2, 2=0)? Se for, calcule éz/éx e daléy pela regra da func&o implicita e avalie-as naquele ponto. 7. Considerando a equacao F (y, x) =0 em uma vizinhanga ao redor do ponto de origem, demonstre que as condicées citadas no teorema da funcao implicita ndo tém as caracteristicas de condicoes necessérias. 8 Se a equacso F (x,y, )= 0 define implicitamente cada uma das trés variéveis como uma funcao das outras duas varidveis, e se todas as derivadas em questo exister, calcule az ox oy for de = valor de = 1 calcule dy/dx pela regra da funcao implicita e avalie-a 9, Justifique 2 afirmativa apresentada no texto de que o sistema de equacoes (8.28) deve ser ndo-homogéneo. 10. A partir do modelo de renda nacional (8.30), encontre o multiplicador nao referente a0 imposto sobre a renda pela regra da funcao implicita. Compare seus resultados ‘com (7.20). 8.6 Estdtica comparativa de modelos de fungées gerais Quando consideramos pela primeira ver.o problema da anise estitica comparativa no Capitulo 7, tratamos do caso em que 0s valores de equilibrio das variaveis endégenas do modelo sio expres- ‘50s explicitamente em termos das variaveis ex6genas e parametros. Naquele caso, bastava a técni- cade simples diferenciaco parcial. Quando um modelo contém funcées expressas na forma ge- ral, entretanto, aquela técnica torna-se inaplicdvel por causa da indisponibiliade de solucdes ex- plicitas. Em seu lugar, deve ser empregada uma nova técnica, que faca uso de tais conceitos como diferenciais totais, derivadas totais, bem como do teorema da funcio implicita e da regra da fun- ‘cdo implicita. Isso serd ilustrado primeiramente com um modelo de mercado e, em seguida, pas- saremos para modelos de renda nacional. MATEMATICA PARA ECONOMISTAS Modelo de mercado Considere um mercado de uma tinica mercadoria, no qual a quantidade demandada Q, 6 uma funcio néo somente do preco P, mas também de uma rend exogena determinada, Yy. A quanti dade oferecida, Q, por outro lado, é uma funcao apenas do preco. Se essas funcBes nao forem dadas em formas especificas, nosso modelo pode ser escrito, de forma geral, como: Qu =Q, Qi = DP, %) (2D/eP < 0, D/OY, > 0) Q, = 57) (aS/aP > 0) (8.32) Admite-se que ambas as funcdes De § possuem derivadas continuas ou, em outras palavras, seus grficos sio suaves. Além disso, de modo a assegurar relevancia econdmica, impusemos restri- ‘es definidas sobre os sinais dessas derivadas. Pela restricao dS/dP > 0, a fungao oferta é definida como estritamente crescente, embora se permita que ela seja linear ou naoinear. De modo seme- Ihante, pelas restricdes impostas as duas derivadas parciais da funcio demanda, indicamos que cla € uma funcio estritamente decrescente do preco, mas uma funcio estritamente crescente da ren da, Por questio de simplicidade de notacdo, as restricdes de sinais impostas as derivadas de uma funcio as vezes sio indicadas por sinais + ou — colocados diretamente embaixo das varidveis inde- pendentes. Assim, as fungdes De Sem (8.82) podem ser apresentadas alternativamente como Q&=DEY) 2, =S(P) Essas restrigdes servem para confinar nossa anzllise ao caso “normal” que esperamos encontrar. Ao desenhar o tipo usual de curva bidimensional de demanda, admite-se que o nivel de ren- da € mantido fixo. Quando a renda variar, ela afetaré um dado equilibrio por causar um desloca mento da curva de demanda. De modo semelhiante, em (8.32), Vp pode causar uma variacao de- sequilibradora por toda a funcao demanda. Aqui, ¥; é tinica varidvel exdgena ou parimetro; as- sim, a andlise estatica comparativa desse modelo se referirii exclusivamente ao modo como uma variacdo em Y afetari a posi¢io de equilibrio de modelo. A posicio de equilibrio do mercado € definida pela condicio de equilibrio Q,= Q,, que, com substitui¢ao e rearranjo, pode ser expressa por: D(P, ¥o) - S(P) = 0 (8.33) ‘Mesmo que essa equacaio nao possa ser resolvida explicitamente para o preco de equilibrio P”, admitiremos que realmente existe um equilibrio estitico — pois, caso contrario, nao teria ne- nhum sentido nem mesmo levantar a questo da estatica comparativa, De nossa experiéncia ‘com modelos de funcdes especificas, aprendemos a esperar que P* seja uma funcao da varisvel exégena yy P=P(%) (8.34) ‘Mas agora podemos proporcionar um fundamento rigoroso para essa expectativa apelando para © teorema da funcao implicita. Considerando que (8.38) esta na forma de FUP, ¥,) = 0, satisfazer as condicdes do teorema da fungao implicita garantira que cada valor de Y) resulte em um valor Xinico de P” na vizinhanea de um ponto que satisfaca (8.83), isto é, na vizinhanga de uma solucio de equilfbrio (inicial ou “velha”). Nesse caso, podemos de fato escrever a funcio implicita P* = P *(%4) e discutir sua derivada, dP” /d¥, —aquela derivada estitica comparativa que descjamos ~ ¢ que sabemos que existe. Portanto, vamos verificar essas condicbes. Em primeiro lugar, a funcao A(P, Y) realmente possui derivadas continuas; isso porque, por premissa, seus dois componentes, aditivos D(P, ¥,) e S(P) tém derivadas continuas. Em segundo lugar, a derivada parcial de Fem relacio a P,a saber, Fy 0D/OP— dS/AP, & negativa e, por conseguinte, diferente de zero, no im- portando onde ela € avaliada. Assim, o teorema da funcio implicita se aplica ¢ (8.94) €, de fato, legitima. m= 8.6 Estscacomparatna de modelos de funcses eras ALSEVIER De acordo com o mesmo tcorema, a condicao de equilibrio (8.33) agora pode ser tomada como uma identidade em alguma vizinhanca da solucio de equilibrio. Por conseqiiéncia, pode- ‘mos escrever a identidade de equilibrio =0 —_ [Excesso de demanda = 0 no equilibrio} « (8.35) DIP" ¥o) -SP™ Fe Entio, é preciso apenas uma aplicacio direta da regra da funcao implicita para produzira deriva- da estitica comparativa, dP’ /d¥y, Por questao de clareza visual, daqui em diante as derivadas esti- ticas comparativas sero apresentadas entre parénteses para distinguicas das expresses norm de derivadas que sio meros componentes da especificacao do modelo. O resultado da regra da fungio implicita é ee ao Nesse resultado, a expressio €D/2 F'refere-se & derivada OD/éPavaliada no equilibrio inicial, isto é em P= P*; uma interpretacio semelhante atribuise a dS/dP". De fato, 2D/2Y) deve ser avaliada brio, Em virtude das especificagdes de sinais em (8.32), (dP /dY,) Assim, nossa conclusio qualitativa é que um aumento (redugio) no ni- vel de renda sempre resultard em um aumento (redu¢io) no preco de equilibrio. Se forem co- nhecidos os valores que as derivadas das fungdes de demanda e oferta assumem no equilibrio ini- ial, é claro que (8.36) também resultard em uma conclusio quantitativa. Essa discussio de ajuste do mercado diz respeito ao efeito de uma variacio de Yy sobre P. ‘Também ¢ possivel descobrir o efeito sobre a quantidade de equilibrio Q'(=Q=Q')? A resposta € sim, Visto que, no estado de equilibrio, temos Q = S(#) e, posto que P’= P'(K,), podemos apli- car a regra da cadeia para obter a derivada (“}- 2a (F} Jone &>0| (937) ay, ) aP"\a¥o aP* Assim, a quantidade de equilfbrio também esté relacionada pasitivamente com Yy nesse modelo. Mais uma vez, (8.37) pode nos dar uma conclusio quantitaiva se forem conhecidos os valores SeaTac daraces atta as Cala? Osresultados em (8.36) e (8.37), que esgotam o contetido de estitica comparativa do mode- 16) fast eta lr Vary gc parva expen] fsb sio surpreendentes. Na verdade, o que eles transmitem é nada mais do que/a proposicio de que ese ac athe a face ec ca er ape GE eal TO Wa aly bem como em uma quantidade de equilforio maisalta. Iso talvez nos dé aidéla de que poderia- ‘mos chegar a essa mesma proposicao em um scar de olhos, por uma simples andlise grafica! Pa- rece correto, mas nao devemos perder de vistao carter muito, mas muito mais geral, do procedi- mento analitico que temos usado aqui. A anilisegréfica ¢, por sua propria natureza,limitada a Sa al ofc eee RSTAS ett ca conta capaci GF se es); portanto, em termos estritos, suas conchusoes sao relevantes e aplicdveis somente Aquele Conjunto de curvas. Muito ao contrario, a formulagao em (8.32), embora simplificada, abrange eee ee ee ea cee eatin ce vas de oferta com inclinagdes postivas, Isso é mutissimo mais geral, Ademais, o procedimento analitico utilizado aqui pode manipular muitos problemas de maior complexidade que prova- riam estar além das capacidades da abordagem gréfica. AHOTEMNIVM | ONYIHD OF / O¥y _ (8.36) Abordagem de equacées simultaneas Aanilise do modelo (8.82) foi executada tendo como base uma tinica equacdo, a saber, (8.35). Visto que somente uma variavel endégena pode ser incorporada proveitosamente em uma s6 equacio, a inclusio de F significaa exclusao de Q’. Por conseqiiéncia, fomos obrigados a encon- BBB) anitise estatica comparativa de modelos de fungso geral ELSEVIER MATEMATICA PARA ECONOMISTAS war primeiro (dP /d¥,) e depois inferix (dG /d¥,) em uma etapa subseqiiente. Agora mostra- remos como P e (! podem ser estudacas simultaneamente. Como ha duas varidveis endégenas, conseqiientemente estabeleceremos um sistema de duas equacdes. Em primeiro lugar, sendo Q=Q, =Q, em (8.32) ¢ rearranjando, podemos expressar nosso modlelo de mercado como FIP, %) = DIP, %o) ~ Q=0 FP, Q %) = SP) Q=0 (8.38) ‘que esta na forma de (8.24), com n=2e m= 1. Mais uma ver, é interessante verificar as condi- ‘ces do teorema da fungao implicita, Primeiro, visto que se acmite que ambas as funcoes de de- manda e de oferta possuiem derivadas continuas, o mesmo deve ser suposto para as fungoes I & I Segundo, 0 jacobiano de variaveis endégenas (aquele que envolve Pe Q) realmente revela ser diferente de zero, independentemente de onde ele ¢ avaliado, porque ar ot le a UN apt apt ap ag (8.39) Portanto, se existir uma solugio de equilibrio (7, 2) (o que devemos acmiti, para que faca sen- tido falar em estitica comparativa), 0 teorema da fungao implicita nos diz que pocemos eserever as fungdes implicitas P= P(%) e = gh) (8.40) mesmo que no possamos resolvé-las explicitamente para F” ¢ @. Sabe-se que essas fncoes tem derivadas continuas. Além disso, (8.38) tera o status de um par de identidades em alguma vizi- nhanga do estado de equilibrio, de modo que também pocemos escrever DUP, %)- Qe [isto é, PUP, OY) = 0] SP)- a0 [istos, MUP, I: %) 201 (eal) A partir dessas,(dP /d¥,) (a /AY,) podem ser obtidas simultaneamente usandose a regra da funcio implicita (8.28'). ‘No presente contexto, com Fe F? como definidas em (8.41), € com duasvariaveis endégenas Pe @ e uma tinica variivel exdgena, Yo, a regra da funcao implicita assume a forma especifica ort ort () ort ap ag’ |_|\aro)|_| "ay, ar? oF?) |(ag*)| |_ar* ap ag’| |lare | Lave Note que as derivadas estiticas comparativas sio escritas aqui com o simbolo dem vez de 0, por- que ba somente uma variavel exdgena no presente problema. Mais expecificamente, a iltima equacao pode ser expressa como - 3) [(2)) a» ap" =|S4% 2) _|-3y- Bos [= ) 0° apt ay = 2.6 cxthca compara demodelosdetuncsesgers Al ELSEVIER Pela regra de Cramer e usando (8,39), achamos entdo a solugao, que é: LHDIMMNIVm 1 ONYIND (8.42) dQ’ a, onde todas as derivadas das fungSes demanda e oferta (incluindo as que aparecem no jacobia- no) devem ser avaliadas no eqquilibrio inicial. Vocé pode verificar que os resultados que acaba- ‘mos de obter so idénticos aos obtidos anteriormente em (8.86) e (8.87), por meio da aborda- gem da equacao tinica. Em ver. de aplicar a regra da funeao implicita diretamente, também podemos chegar ao ‘mesmo resultado primeiramente diferenciando totalmente cada uma das identidades em (8.41) por ver, para obter um sistema linear de equagdes com as varidveis dP” ¢ dg @D je! nee) te: a’ -dg’ = 22. april” AQ" =F dy dS ap" ag =0 ¢, entio, dividindo tudo por d¥ #0 ¢ interpretando cada quociente de duas diferenciais como uma derivada, Utilizagdo de derivadas totais Em ambas as abordagens ilustradas anteriormente, a da equacao tinica ea das equagoes sirmult- reas, tomamos as diferencias tetais de ambos os lados de uma identidade de equilfbrio € entio igualamos os dois resultados para chegar regra da funcao implicita, Em vez de tomar as diferen- iis totais, contudo, é possivel tomar, ¢ igualar, as derivadas toias los dois lados dla identidade de equilibrio em relacao a uma varivel exogena ou a um parametro em particular. Na abordagem da equacao tinica, por exemplo, a identidade de equilibrio & DUP, %) - SU) #0 [ae (8.35)] onde PoP Oy Ide (8.34) Tomar a derivada total da identidade de equilibrio em relacio a Yy~0 que leva em conta os efei- tos indiretos, bem como os efeitos diretos de uma variagio em Yo nos dari, por conseguinte, a equacio ap" \ d¥y aY, ipindiew) (sede) (knoe) (Sener) (GARSe,) (rety) Quando essa expressio é resolvida para (dP /d¥,), 0 resultado € idéntico a0 resultadoem (8.36). FE) snstseestatica comparativa de modelos de fungao geral MATEMATICA PARA ECONOMISTAS FIGURA 8.7 VIER Na abordagem de equacdes simultdneas, por outro lado, hi um par de identidades de equi- Iibrio: DP. Y%)-C=0 S(P)-G=0 [de (8.41)] onde P=P(%) Q= Qh) (de (8.40)] Agora fica mais dificil monitorar os varios efeitos de Y, mas, com ajuda do mapa de canal na Fi- gura 8.7, o padrao deve ficar claro. Esse mapa de canal nos diz, por exemplo, que, ao diferenciar 2 fungao Dem relacao a ¥,, devemos levar em conta o efeito indireto de ¥, sobre Dpor meio de P*, bem como o efeito direto de ¥, (seta em curva). Por outro lado, ao diferenciar a funcie Sem relacioa Y,, ha somente o efeito indireto (por meio de P”) a ser levado cm conta, Assim, o resul- tado da diferenciacdo total das duas identidades em relagao a ¥; é, ap6s rearranjo, 0 seguinte par de equagd ap (apt) _(4Q"\__ 2D. éP*\ d¥y d¥y OY as {dr") 42") _5 aP”\a¥,) \ d¥y Elas si0, é claro, idénticas as equacoes obtidas pelo método da difcrencial total, ¢ levam nova mente as derivadas estiticas comparativas em (8.42). Modelo da renda nacional (IS-LM) Uma aplicagao tipica do teorema da fungio implicita é uma forma funcional geral do modelo IS-LM.' Nesse modelo macroeconémico, 0 equilibrio € caracterizado por uma combinagao de nivel de renda e taxas de juros que, simultaneamente, produzem equilibrio no mercado de bens eno mercado monetirio. Um mercado de bens € descrito pelo seguinte conjunto de equacdes Y=C+4G C=CY-N & iol TH Yo nivel do produto interno bruto (PIB), ov renda nacional, Nessa forma do modelo, ¥am- bém pode ser imaginado como oferta agregada. G, J, Ge Tsao consumo, investimento, despesas do governo ¢ impostos, respectivamente. * quer dizer “inestimento igual paupanca” (investment equals savings) LM quer dizer “referencia pela iquidez ua oferta ‘de meds” (iquidy preference eauls money supp) = 8.6 Estatica comparativa de modelos de fungdes gerais HESEVIER 1. Admite-se que 0 consumo é uma funcao estritamente crescente da renda disponivel 3 (= 1). Se denotarmos a renda disponivel como Y= ¥—T, entao a fungio consumo 5 pode ser expressa como 2 ot) ; : onde dC/d¥"= C’(") € a propensio marginal a consumir (0 < C'(1") <1) z 2. Admitese que a despesa de investimento é uma fungio estritamente decrescente da taxa 2 de juros, r 3 a Ej =r) <0 ew O setor piiblico é descrito por duas varisveis: despesas do governo (G) ¢ impostos (7) Tipicamente, admite-se que as despesas do governo sao exdgenas (estabelecidas por po- icas), a0 paso que os impostos so considerados uma funcao crescente da renda. Y (¥) éa taxa marginal de juros (0 < T'(¥) <1). ‘Se substituirmos as fungdes C, J, Gna primeira equacao ¥= C+ I+ G, obtemos Y=CY-T(¥))41Q)+G — (curvals) que nos di uma tinica equagio com duas variaveis endégenas: Yer, Essa equacio nos di todas as combinagées entre Ye rque produzem equilibrio no mercado de bens. Essa ‘equagio define implicitamente a curva IS. Inclinag3o da curva IS Se reescrevermos a equacio IS, que tem as caracteristicas de uma identidade de equilibrio, Y-C()-T()-G=0 entio a diferencial total relativaa Ye ré dY-C(F)[1- TY] €¥-1'() dr=0 Nota: a" -1-T) ay Podemos rearranjar os termos Ye dr para obter uma expressio para. inclinaglo da curva IS: a dr _1-CW*)0-TW)] 29 ay TO) Dadas as restrigGes impostas as derivadas de C, Le T, podemos verificar facilmente que a inclina- fo da curva IS é negativa (O mercado monetirio pode ser descrito pelas trés equacdes seguintes: Mi=L(¥,1) — [demandade moeda] onde Ly>0 e L,<0 M= Mj [oferta de moeda] onde se admite que a oferta de moeda é determinada exogenamente pela autoridade monetaria central e = M [condigao de equilibrio] waTewatica pawA ecowownras] B Anélise estatica comparativa de modelos de fungao geral ELSEVIER ‘Substituindo as duas primeiras equacdes na terceira, obtemos uma expressio que define impli- citamente a curva LM, que, mais uma vez, tem as caracteristicas de uma identidade de equilibrio. Ln =Me Inclinago da curva LM Visto que esta € uma identidade de equilibrio, podemos tomar a diferencial total em relacao duas varidveis endégenas, Ye r: Lyd¥+L,dr=0 que podem ser rearranjadas para nos dar uma expressio para a inclinagao da curva LM av i, Visto que Ly > 0¢ £, <0, vemos que a inclinacao da curva LM € positiva, O estado de equilibrio macroeconémico simultaneo de ambos os mercados~de bens ¢ mo- netitio — pode ser descrito pelo seguinte sistema de equacdes: Y= OY) +1(0) + G Ln = que define implicitamente as duas varidveis endégenas, Ye 1, como funcdes das variaveis exdge- nas, Ge M;. Tomando a diferencial total do sistema, dbtemos: d¥-C(Y)[1- TY] a¥-F(1) dr= dGy Ly d¥+ Ly dr =aM§ ‘ou, em forma matricial, [rerenere 7 )] Ly 1, | lar | Lam O determinante jacobiano é i 1-Cw)0-TU)) -r@) Ly Ly (IIE, + Ly <0 Visto que | /| #0, esse sistema satistaz as condigdes do teorema da fungi implicita, eas fun- ¢des implicitas Y=¥ (G,Mp) rer (Gy Me) podem ser escritas mesmo que nao possamos resolvé-las explicitamente para ¥' ed r*, Embora no possamos resolver explicitamente para Y’ er”, podemos fazer exercicios de estitica compa- = 8.6 Estatica comparativa de modelos de fungées gerais ELSEVIER rativa para determinaros efeitos da varia ce uma tnica das varidveis exégemas (GM) sobre os valores de equilibrio de ¥’ ¢ r°. Considere as derivadas estaticas comparativas OY /OG)€ 2r"/0Gy, que, derivaremos aplicando o tcorema da funcio implicita a nosso sistema de diferen- ciais totais em forma matricial 1-cayf- 70] (| [a¥]_[dGy : Ee z, |Lar] laws Primeiro, fazemos dM = 0 ¢ dividimos ambos os lados por dG ay 1-c.a-T) -r(r)] | ae, | _[¥ Iy 1, || ds" | [0 a, Usando a regra de Cramer, obtemos: ( -1 Be eon wa We ue 1-G.0-T) 1 ar Ly o dq ul Segundo o teorema da funcio implicita, essas razdes de diferenciais, d¥’ /dGy € dr’ /dGy, po- dem ser interpretadas como derivadas parciais, OF" (Gos MG) . or" (GoM3) Gy aC que sio as derivadas estiticas comparativas que desejavamos. Ampliando o modelo: uma economia aberta Uma propriedade que os economistas buscam em modelos € a sua robustez; a capacidade de 0 modelo ser aplicado a diferentes cenétios. Neste ponto, ampliaremos modelo basico para in- corporar o setor externo. 1. Exportacdes liquidas. Denote por Xas exportacdes, por Mas importacdes e por Fa taxa de cambio (medida como o preco interno da moeda estrangeira). Exportacées so uma funcio crescente da taxa da cimbio. X=X(B) onde X"(B) >0 Importacdes sio uma fungao decrescente da taxa de cAmbio, mas uma funcio crescen- te da renda. M=M(X,B) onde My>0,Mp<0 MATEMATICA PARA ECONOMISTAS Anélise estética comparativa de modelos de funcao geral ELSEVIER 2. Fluxos de capital. O fuxo liquido de capital que entra em um pais € uma funcio da taxa in: ternade juros re também da taxa de juros mundial 1,, Vamos denotar por Ko fluxo liq do de entrada de capital, tal que K=K(1,) onde K,>0,K,,, <0 8. Balanca de pagamenios. Os fluxos de entrada e de saida de moeda estrangeira em um pats sdo tipicamente separados em duas contas: a conta-corrente (exportagdes Iiquidas de bens e servicos) e a conta de capital (compra de titulos estrangeiros € nacionais). Juntas, as duas contas compéem a balanca de pagamentos. BP = contacorrente + conta de capital = [X(E) - MY, B)] + KG) Sob regime de taxas de cémbio flutuantes, a taxa de cdmbio é ajustada para manter a balanca de pagamentos igual a zero. Balanca de pagamentos igual a zero equivale a dizer que a oferta de moeda estrangeira é igual & demanda de moeda estrangeira por um ist pais. 0 equilibrio na economia aberta Equilibrio em uma economia aberta é caracterizado por tés condigées: demanda agregada é igual 4 oferta agregada; a demanda por moeda é igual A oferta de moeda; a balanga de pagamen- tos é igual a zero. O acréscimo do setor externo ao nosso modelo basico nos da o seguinte sistema de tés equagées Y= C(¥) + a) + Gy + XB) - M(Y, B LY) = Mp X(E)- MY, B) + Ki ry) = 0 isto que temos trés equacdes, precisamos de és varidveis end6genas, que slo Y, r e E.As vartvelgexigena agora ae tormam Gy fj e 7, Recscrevero date come Wnts de equ: rio F'= 0, nos permite achar 6 jacobiano: Y- GP) -1(0) - G- MB + MY, B) =0 LY) -Mj =0 X(E) - MY, B) + Ks) = 0 1-€.0-T)+ l= ly * Sot um regime de taxa de cmb fia a balanca de pagementos no €necessaiamente ero, Caso sea, qualquer superauls OU efits 280 regstredos como mudonga de acordas ofa mt 18.6 Estatica comparativa de modelos de funcées gerais ALSeviER Usando a expansio de Laplace na terceira coluna, obtemos: L, K, 1-0-1) +My I XM +(X'-Mp) “ ly |= (My »| at l= (Ote-X)1 “yp, = (Mp-X) (Ly K, +E, My) + (8 MY{[L~ C+ (= 1) +My) Ly + Ey} = (Mp-¥)IEAK,~ 1) + LC - 7-0} Dadas as premissas sobre os sinais das derivadas parciais €a restricao de que 0 < C'- (1-7") <1, podemos determinar que | J| < 0. Por conseguinte, podemos escrever as funcdes implicitas ¥=¥ GyMir.) Far" CyMGaty) E=E GoMbut) Tomar a diferencial total do sistema de equacées € escrevé-la em forma matricial 1-C@.0-T)+My - My ay Go my L, 0 |[dr" |=] dmg “My K, X'-M, ||ae"| |-K, dr, nos permitira efetuar uma série de exercicios de estitica comparativa. Vamos considerar 0 im- pacto da variagio na taxa mundial de juros r, sobre os valores de equilibrio de ¥, re E. Estabele- cendo dG, = dMj = 0 e dividindo ambos os lados por dr,, temos: 1-C.-T) +My Ly “My Usando a regra de Cramer, obtemos as derivadas estiticas comparativas 0 -F Mg-X' ot 0 ay" [Ky Kr X -Me| CK )CL Me -X) Oy ui ul Ky (Ly (Mg =X’) ul >0 ANDIUMNIVM | DNWIND Andlise estatica comparativa de modelos de funcao geral FIGURA 8.8 VIER e 1-C.=T") + My _aKrg C.-T) +MylLy + Ly" g ul Neste ponto, vocé deve comparar 0s resultados que derivamos com 0s principios macroeco- nomicos. Intuitivamente, um aumento na taxa mundial de juros levaria a um aumento da saida de capitais ea uma depreciagao da moeda nacional. Isso, por sua vez, levard a um aumento das exportacies liquidas ¢ da renda. O aumento da renda interna causara um aumento na clemanda dle moeda, aplicanco uma pressao de alta nas taxas de juros internas. Esse resultado ilustrado graficamente na Figura 8.8, onde um aumento na taxa mundial de juros levaa um deslocamento a curva IS para a direita. Resumo do procedimento Naanillise do modelo de mercado e do modelo de renda nacional de funcio geral, ndo € possivel obter valores de solucao explicitos das variéveis endégenas, Em vez disso, recorremosao teorema da fungio implicita que nos habilita a escrever as solucGes implicitas tais como P=P(%) e F=r'(Gy. Mi) Encerramos, entdo, nossa busca subseqiiente por derivadas estéticas comparativas tais como (AP'/d¥o) e(Cr’ 0G) por ser desprovida de sentido devido ao fato conhecido ~ gracas ao teorema da funcao implicita — de que as funcdes Pe 7* realmente possuem derivadas continuas. Para facilitar a aplicagao desse teorema, adotamos uma pratica padao de escrever a cond- do (ou condigdes) de equilibrio do modelo na forma de (8.19) ou (8.24). Endo, verificamos (1) sea funcdo (ou fungdes) F tem derivadas continuas ¢ (2) se 0 valor de F, ou do determinante jacobiano de variaveis enddgenas (conforme o caso) é diferente de zero no equilibrio inicial do ‘modelo. Todavia, contanto que as funcbes individuals no modelo tenham derivadas continuas— uma premissa que € freqiientemente adotada como fato consumado em modelos de funeao ge- ral ~a primeira condicio est automaticamente satisfeita, Portanto, na pritiea, basta apenas vert ficar 0 valor de F, ou 0 jacobiano de varidveis endégenas. Se for diferente de zero no equilibrio, podemos passar imediatamente a tarefa de achar derivadas estaticas comparativas. =m b.6 Eadie comparativa de modelos de tuncsesgeras HLseviER ‘A regra da funcdo implicita é iil para tal finalidade. No caso de uma tinica equacio, sim- plesmente estabeleca as variaveis endégenas iguais a seus valores de equilibrio (por exemplo, cs- tabeleca P= /”) na condicio de equilibrio e depois aplique a regra como enunciada em (8.23) & identidade de equilibrio resultante. No caso de equagSes simultaneas, devemos primeiramente cestabelecer todas as varidveis endégenas iguais a seus respectivos valores de equilibrio nas condi- ‘G6es de equilibrio, Ento, podemos ou aplicar a regra da funco implicita conto ilustrada em (6.29) as identidades de equilibrio resultantes, ou chegar ao mesmo resultado executando as vé- rias etapas esbocadas a seguir ‘Tome a diferencial total de cada identidade de equilibrio por ver, 2. Selecione uma e somente uma varidvel exdgena (digamos, Xy) como o fator exclusivo de desequilibrio ¢ estabeleca as diferenciais de todas as outras varidveis exégenas como iguais a zero. Entao, divida todos os termos remanescentes em cada identidade por dX) € interprete cada quociente de duas diferenciais como uma derivada estética comparativa = uma derivada parcial se © modelo contiver duas ou mais variaveis exdgenas.! 3. Resolvao sistema de equacdes resultante para as derivadas estaticas comparativas que ali aparecem c interprete suas implicagdes na economia. Nessa fase, se utilizarmos a regra de Cramer, podemos aproveitara vantagem de termos verificado anteriormente a condi- ‘ho | J| #0, por isso, na verdade, ja calculamos o determinante da matriz de cocficientes do sistema de equacdes que esta sendo resolvido agora. 4, Para analisar um outro fator de desequilfbrio (uma outra variavel ex6gena), se houver mais um, repita as etapas2 ¢ 3, Surgir4 um grupo diferente de derivadas estéticas compa- rativas no novo sistema de equacdes, masa matriz de coeficientes seré a mesma de antes im, o valor conhecio de |J| pode ser posto em uso mais uma vez, Dado um modelo com m variaveis exdgenas, serao necessirias exatamente maplicagbes das eta- pas 1, 2¢ 8 para pegar todas as derivadas estaticas comparativas que’€xistem. EXERCICIO 8.6 1. Sele a condigao de equillbrio para a renda nacional S*TN=10+Gq (5, Ts > 0:54 T >) ‘onde 5, Y, T, /€ G representam poupanca, renda nacional, impostos, investimento e despesas do governo, respectivamente. Todas as derivadas s30 continuas. (2) Interprete os significados econdmicos das derivadas S, T’e f. es do teorema da funcao implicita foram satisfeitas. Caso positivo, escreva a identidade de equilfbrio. (© Encontre (d¥/dG,) e discuta suas implicagbes econdmicas. 2. Sejam as fung6es demand e oferta para uma mercad Qg= D1, Yo) (Op <0; Dy, > 0) Q,=S1P,T—) (5p > 0; Sty <0) onde Yo € renda e Ty € 0 imposto sobre a mercadoria. Todas as derivadas sa0 continuas. (@) Escreva a condicao de equilibrio em uma unica equacdo. (b) Verifique se teorema da funcao implicit ¢ aplicdvel. Se for, escreva a identidade de equilibrio. (0) Caleule (€P'/3¥6) ¢ (0P"/0T,) & discute suas implicagdes econdmicas.. (@) Usando um procedimento similar a (8.37), calcule (@Q"/2¥9) a partir da fungo oferta e (9Q"/2T,) a partir da funcSo demanda, (Por que nao usar a fungdo. demanda para a primeira e a funcéo oferta para a ultima?) 3. Resolva o Problema 2 pela abordagem das equacbes simultaneas. + Emer de executar as tapas 1 ©2, podemos igualmente recover ao métodio da derivada total eiferencanda (ambos 0 ados) de «cada idertidade de equllvo totalmente em relaac avarvel exigena escobida. Para fazer iso, sera user um mapa de cal

You might also like