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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE ENSINO Á DISTÂNCIA - GORONGOSA

TEMA

Poetas da geração de 70 na literatura de Angola e Moçambique

Nome do estudante: Miquitaio Armando João

Código: 708205939

Curso: Licenciatura em Ensino de Portugues

Cadeira: Liteteratura Africana

Ano de frequência: 4° ano

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE ENSINO Á DISTÂNCIA - GORONGOSA

TEMA

Poetas da geração de 70 na literatura de Angola e Moçambique

Nome do estudante: Miquitaio Armando João

Código: 708205939

Curso: Licenciatura em Ensino de Portugues

Cadeira: Liteteratura Africana

Ano de frequência: 4° ano

Docente:

Picardo Matibe

Gorongosa, Junho de 2023

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Folha de feedback
 Capa 0.5
 Índice 0.5

Aspectos  Introdução 0.5


Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho

 Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Índice
Introdução..........................................................................................................................4

Metodologia.......................................................................................................................5

Caso Moçambique - Poetas e sua importância na literatura..............................................6

Rui Knopfli........................................................................................................................6

Mia Couto..........................................................................................................................6

Períodos da Literatura Moçambicana................................................................................7

Literatura Angolana - Periodização...................................................................................9

Angola: poetas da geração 70 e a importância na literatura............................................10

O papel da imprensa no desenvolvimento dessas literaturas...........................................11

Conclusão........................................................................................................................12

Bibliografia......................................................................................................................13

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Introdução
A situação sócio – cultural de ghetto, que se vivia em todas as cidades coloniais, teve
uma expressão poética explícita em dois livros, um angolano e outro moçambicano.

Na “ Geração de 70”os temas destacavam-se por serem irónicos, e a imprensa foi muito
importante para a divulgação dessas literaturas pois, a imprensa se transformaria num
lugar de privilégio para o debate sociopolítico sucedendo assim várias publicações sobre
manifestação literária da época.

A geração de 70 foi marcada por diversos autores onde todos tinham como objectivo o
alavancamento da cultura nacional e a liberdade em todos os aspectos. São os objectivos
do trabalho:

Geral
 Analisar o contexto do surgimento da literatura na geração de 70;

Objectivos Específicos
 Descrever as obras e os percursores da geração de 70;
 Explicar dos poetas e da impacto da imprensa no desenvolvimento da literatura
na geração de 70;
 Apontar As Fases Literárias de Angola e Moçambique.

Metodologia
O trabalho foi possível graças ao método de pesquisa em artigos físicos em relação com
o conteúdo em abordagem.

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Caso Moçambique - Poetas e sua importância na literatura
Os poetas da "literatura europeia", ou seja, aqueles que, sendo brancos, centram toda, ou
quase toda a sua temática nos problemas de Moçambique; foram eles que contribuíram
decisivamente para a formação da identidade nacional moçambicana.

São autores desta época que contribuíram de uma forma emergente para o surgimento
da literatura Moçambicana. Com base em assunto ligadas a independência e o fim do
colonialismo. Abaixo, encontram-se os respectivos autores e suas obras:

Rui Knopfli
 Obras: O País dos Outros (1959), Reino Submarino (1962), Máquina de Areia
(1964), Mangas Verdes com Sal (1969), A Ilha de Próspero (1972), O Escriba
Acocorado (1978), Memória Consentida (1982), O Corpo de Atena (1984) e O
monhé da cobras (1997).
O País dos Outros (1959), Reino Submarino (1962) e Máquina de Areia (1964)
foram os seus primeiros livros, mas é Mangas Verdes com Sal o seu livro da
maturidade enquanto poeta.

Knopfli olhava as correntes literárias em voga nas décadas de 60 com distanciamento e


até ironia. Apesar de ter experimentado escrever poemas concertistas, foi sobre um
estilo de depuramento clássico e formal que sempre se debruçou com maior interesse.

É frequentemente classificado como poeta barroco, contribuindo para tal não só o


desenvolvimento de temas como o tempo e o desengano, como o próprio uso da
linguagem rigorosa com que talha os seus versos.

Daí a sua independência e originalidade, daí a dificuldade em integrá-lo nas correntes


literárias. O desencanto do poeta não soa a revolta, antes a uma passividade indiferente.

Mia Couto

 Obra: Raiz de orvalho (1983) Vozes anoitecidas (1986) Cronicando (1988) Cada
homem é uma raça (1990) Terra sonâmbula (1992) Estórias abensonhadas (1994)
A varanda de Frangipani (1996) Contos do nascer da terra (1997) O último voo
do Flamingo (2000).

A guerra civil que teve lugar em Moçambique, durante quase toda a década de oitenta, é
o cenário da maioria dos autores que escrevem sobre a época. Mia Couto com Vozes

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Anoitecidas revela esse sentido trágico, aproveitando essa oportunidade introduzir na
língua e na literatura uma nova roupagem que, de uma forma, o singulariza e o
identifica. Nos contos Vozes Anoitecidas procura harmonizar a constante crise que a
sociedade moçambicana vive através das histórias trágicas do seu quotidiano. A fim de
conseguir tal intento a língua é um dos processos escolhidos para recuperar a
mundividência mítica, as marcas culturais da oralidade da sociedade tradicional, o
onirismo e a simbólicas a ela ligadas.

A língua é o primeiro elemento a ser trabalhado no universo ficcional de Mia Couto. A


sobreposição de discursos, espaços e tempos, permite conferir à língua a sua dinâmica
de teia e tessitura, num trabalho de reconfiguração cultural.

Ungulani Ba Ka Khosa - Obra: Ualalapi.

Com o seu livro, Ualalapi, moderniza a ficção moçambicana ao introduzir um género


que se enraíza no romance histórico.

Em “Ualalapi” acontece a desmistificação total de um grande herói nacional: o impe-


rador Ngungunhane, também conhecido por “Leão de Gaza”.

Ao trazer as formas e ao recriar um certo imaginário da tradição oral na sua obra, o


moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa (1991) deseja provavelmente chamar a atenção
para a cultura anulada e considerada como superstição nos primeiros anos de
independência, que procurou eliminar os valores do mundo tradicional.

Períodos da Literatura Moçambicana


A literatura moçambicana obedeceu 5 períodos das quais destacam-se entre eles :

1º Período, das origens da permanência dos portugueses naquela região índica até 1924.

O 2.° Período, de Prelúdio vai da publicação de O livro da dor até ao fim da II Guerra
Mundial, incluindo, além do livro do jornalista João Albasini, os poemas dispersos, nos
anos 1930, de Rui de Noronha, .

O 3.° Período, que vai de 1945/48 a 1963, caracteriza-se pela intensiva Formação da
literatura moçambicana. Pela primeira vez, uma consciência grupal instala-se no seio
dos (candidatos a) escritores, tocados pelo Neo-realismo e, a partir dos primeiros anos
de 1950, pela Négritude.

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O 4.° Período , prolonga-se desde 1964 até 1975, ou seja, entre o início da luta armada
de libertação nacional e a independência do país (a publicação de livros fundamentais
coincide com estas datas políticas).

É o período de Desenvolvimento da literatura, que se caracteriza pela coexistência de


uma intensa actividade cultural e literária no hinterland, no ghetto,

5.°, Período, entre 1975 e 1992, chamaremos de Consolidação, por finalmente passar a
não haver dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura moçambicana.

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Literatura Angolana - Periodização

Podemos dividir a literatura angolana em sete períodos, que a seguir se listam:

1.° Período – das origens até 1848, o da Incipiência.

2.° Período – da publicação de Espontaneidades da minha alma, de José da Silva Maia


Ferreira, em 1849 até 1902, o dos Primórdios. Destacam-se Alfredo Troni com Nga
mutúri (1882). Cordeiro da Matta. É o período da chamada imprensa livre.

3.° Período – séc. XX (1903-1947), o do Prelúdio. Período do nacionalismo, da


literatura colonial.

4.° Período – entre 1948 e 1960, o da Formação da literatura, com movimentos


culturais organizados: Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (MNIA) (1948),
com o lema “Vamos descobrir Angola”. Destaca-se Viriato da Cruz, Antonio Jacinto,
que editou em 1950, Antologia dos novos poetas angolanos. Em 1951 sai Mensagem.
Mensagem marca, assim, o início da poesia moderna de Angola. Nesta revista participa
uma pleiade de escritores que serão os responsáveis pela construção da literatura do
novo país. Na década de 50 há a influência do neo-realismo e da Negritude:

 Exaltação do povo (proletariado), luta contra a burguesia

 b) Busca da identidade nacional;

 c) Integração no mundo negro. Destaca-se, neste período, a poesia com influência


do modernismo.

5.° Período – 1961-1971, incremento da actividade editorial ligada ao Nacionalismo,


surgem textos de temática guerrilheira.

6.° Período – 1972 a 1980, o da Independência. Publica-se a colectânea Angola, poesia


71. E em 1975 funda-se a União dos Escritores Angolanos (UEA) e fundam a gazeta
Lavra & Oficina.

7.° Período – 1981-1993, o de Renovação, que começa com a formação da Brigada


Jovem de Literatura, preparar os jovens para os cursos superiores.

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Angola: poetas da geração 70 e a importância na literatura
Tendo conhecido uma primeira fase marcada pela expressão tipicamente colonial e
nativista (com escritores como José da Silva Maia Ferreira, autor de Espontaneidade da
Minha Alma, 1849; e Pedro Félix Machado, autor de O Filho Adulterino, 1892), a
literatura angolana atinge um período marcado pela expressão anticolonialista (com
Cordeiro da Mata, autor de Delírios, 1877; e Alfredo Troni, com a célebre novela
Senhora Viúva, 1882/1973).

A fase seguinte já traz a contribuição de uma literatura pré-independentista, com o neo-


realismo de um Assis Júnior (com O Segredo da Morta, 1936) e um Castro Soromenho
(com Noite de Angústia, 1939; Homens sem Caminho, 1942; Calenga, 1945; Terra
Morta, 1949).

Ou seja:

A literatura angolana surge com o livro de Maia Ferreira. O livro Constitui a primeira
obra da incipiente literatura angolana, posto que apareceu no momento preciso em que
se debilitaram os antigos vínculos entre Angola e o Brasil.

Na burguesia africana que tantos intelectuais haviam constituído em seu país de origem
vai consumindo-se, ao mesmo tempo que se aniquilam as estruturas e a cultura nacional
angolanas.

É já ao largo dos anos 40 quando se reinicia, quase a partir do zero, a elaboração da


literatura angolana. Na verdade, toda a produção literária deixada pelos intelectuais do
século passado, salvo raras excepções, se perdera.

Castro Soromenho

 Obras: Ngári, "Calenga e Rajada" e as novelas "Noite de Angústia" e "Homens


sem Caminho". Obras de Castro Sormentho

Castro Soromenho desempenha um papel fundamental para a literatura de angola


sobretudo por reiniciar uma actividade que se perdera, por algum tempo. Desta vez,
sobre carris neo-relistas aborda temas sociais , repressão, abusos de administração do
homem angolano, etc, que se encontram em sua obra célebre – trilogia de Camaxilo.

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É a partir daqui que Castro Sormentho começa a erigir uma obra monumental. Iniciando
sua actividade literária com temas que revelam a vida das sociedades tribais não
corrompidas pela presença do colonizador, publica os livros de contos.

O papel da imprensa no desenvolvimento dessas literaturas


A imprensa transformou-se rapidamente num lugar de privilégio para o debate
sociopolítico, isso fez com que se sucedessem várias publicações ao longo dos anos. Ali
se foi esboçando uma primeira linha de homens que, sendo europeus, viviam
quotidianamente os problemas da colónia, fazendo da imprensa uma ampla tribuna para
a defesa de seus interesses.

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Conclusão
É por meio de textos e autores com as mais variadas propostas estéticas que se constrói o
legado literário das nações lusófonas. Evidentemente, essa produção é mais bem
compreendida no contexto em que se insere, mas, sem dúvida alguma, trata-se de uma
literatura que tem um alcance universal, que ultrapassa os limites do continente africano
e da própria língua portuguesa. Não devemos nos esquecer, além disso, que essa
literatura estabelece laços inquebrantáveis com a realidade sociocultural sendo seu
estudo particularmente propício à compreensão de nossa própria produção literária,
acaudataria, de certo modo, da cultura de matriz africana e de suas manifestações
linguísticas.

De qualquer maneira, podemos dizer sem exagero que a literatura africana lusófona –
como as melhores manifestações literárias conhecidas – se opõe visceralmente ao
imaginário negativo de que o continente africano foi sempre vítima, resgatando o que o
povo africano tem de melhor a oferecer: sua cultura, suas crenças, sua personalidade,
seu imaginário, tudo transformado na mais sublime matéria artística. Para que
percebamos esse fato, basta que saibamos ver a realidade tal e qual ela se nos apresenta,
destituídos de qualquer preconceito e estereótipo.

Pois. como afirmou o angolano Pepepela, em seu magistral romance, A Geração da


Utopia, “os raios de sol sempre descobrem as faces escondidas do diamante, mesmo se
enterrado na areia. É só preciso saber ver”. (Pepetela. 2000, p.101)

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Bibliografia
Marcuse.A. (2000), Dimensão Estética. São Paulo, Martins Fontes.

Pepetela.( 1981). A Geração da Utopia. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.

Pereira, .F. (2001). “Brasil: Panorama de Interações e Conflitos numa Sociedade


Multicultural”. Afro-Ásia. Centro de Estudos Afro-Orientais/Universidade Federal da
Bahia, Salvador, No. 25/26: 257-280.

Retamar.F.( 1979). "Intercomunicação e Nova Literatura". In: MORENO, César


Fernández (coord.). A America Latina em sua Literatura. São Paulo, Perspectiva, p.
325- 339.

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