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2ª FASE OAB | TRABALHO | 3 8º EXAME

Revisão Turbo
Prof.ª Dra. Cleize Kohls
Prof. Me. Luiz Henrique Dutra

SUMÁRIO
Levantamento de Prova 3
Revisando Direito Processual 5
1. Dicas iniciais 5
2. Dicas da Reclamação Trabalhista 6
2.1 Ação de Consignação em Pagamento 7
3. Dicas da Contestação 8
4. Dicas de Recurso Ordinário 9
5. Dicas pontuais de Processo do Trabalho 10
Revisando Direito Material 16
1. Relação de Trabalho e Emprego 16
2. Tipos Especiais de Empregado 16
4. Empregador 19
5. Sucessão de Empresas 19
6. Contrato de Trabalho 20
7. Duração do Trabalho 22
8. Remuneração e Salário 25
9. Rescisão do Contrato de Trabalho 27
10. Estabilidade 28
11. Prescrição 30
12. Lei do Desporto 30

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas da Revisão Turbo do curso
preparatório para a 2ª Fase OAB. Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas
acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em setembro de 2023.
Levantamento de Prova
Adicionais

Contrato de Trabalho

Comparecimento na audiência / Audiência

Greve e Lockout

Jornada, duração e horário de trabalho

Modalidades de salário

Partes e Procuradores

Provas

Recursos

Término do Contrato de Trabalho


Revisando Direito Processual

1. Dicas iniciais

1.1 Acordo Extrajudicial

Feito diretamente pelas partes, com advogados diferentes e levado para homologação (art.
855-B, da CLT).

1.2 Competência Material – Art. 114, CF

Para fazer uma petição inicial, lembre-se de confirmar se a JT tem competência para o que
pretende pedir. Na contestação e no RO, veja se não é o caso de alegar a incompetência
absoluta da JT. Atenção com a execução das contribuições sociais (Súmula 368 do TST).

1.3 Competência Territorial – Art. 651, CLT

Para fazer uma Petição Inicial, lembre-se de confirmar qual é a Vara do Trabalho
competente – regra: local da prestação dos serviços.
Em defesa, pode-se alegar a incompetência territorial por meio da exceção (art. 800 da
CLT).

1.4 Jus Postulandi

Possibilidade de litigar sem advogado. (Casos em que não se aplica - Súmula 425 do TST).
2. Dicas de Petição Inicial
2.1 Reclamação Trabalhista

Fundamento Legal

A Reclamação Trabalhista tem sua fundamentação legal no artigo 840, §1º da CLT, tendo
o seu rito (sumário, sumaríssimo e ordinário) determinado pelo valor da causa.

O que deve conter?

A reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve


exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido - que deverá ser certo, determinado e
com indicação de seu valor -, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Pode ser pedida: a TUTELA PROVISÓRIA, nos termos do CPC, sendo o principal exemplo:
a reintegração; a JUSTIÇA GRATUITA – se tiver os requisitos; deve pedir HONORÁRIOS DE
SUCUMBÊNCIA; a PROCEDÊNCIA, a NOTIFICAÇÃO da reclamada e protestar PELA
PRODUÇÃO DE PROVAS. Realizar a indicação do valor da causa.

Estruturação – passo a passo

A reclamação deve ser elaborada com a análise dos seguintes artigos: art. 319 do CPC e
art. 840, §1º da CLT.

► Estrutura Básica

1. Endereçamento
2. Nome e qualificação reclamante
3. Nome e fundamentação da peça
4. Nome e qualificação da reclamada
5. Teses
Preliminares
Mérito
Tutela provisória
Justiça Gratuita
Honorário de Sucumbência
6. Pedidos e Requerimentos Finais
7. Valor da Causa
8. Fechamento
Quantas vezes já caiu na prova?

A Reclamação Trabalhista já foi cobrada 8 vezes, nos seguintes exames: XII, XIV, XX, XXII,
XXVII, XXX, XXXIII e XXXIV.

Há alguma outra inicial importante?

2.2 Ação de Consignação em Pagamento

Fundamento Legal

A Ação de Consignação em Pagamento tem sua fundamentação legal no artigo 539 do


CPC.

O que deve conter?

A Ação de Consignação em Pagamento é cabível quando o empregador precisa pagar ou


entregar algum objeto e não consegue e deverá conter a designação do juízo, a qualificação das
partes, a breve exposição dos fatos acerca da recusa ou dúvida para pagamento, um tópico de
mérito (com fato, fundamento e pedido), pedidos de notificação, provas, procedência, a
informação do valor da causa e o fechamento da peça.

Estruturação – passo a passo

► Estrutura Básica

1. Endereçamento
2. Nome e qualificação da consignante
3. Nome da ação fundamentação
4. Nome e qualificação do
consignatário
5. Teses (fatos e fundamentos –
parcelas que são consignadas)
6. Pedidos (citação, provas,
procedência)
7. Valor da Causa (valor consignado)
8. Fechamento
Quantas vezes já caiu na prova?

A Ação de Consignação em Pagamento já foi cobrada 2 vezes, nos seguintes exames: X e


XXIX.
3. Dicas da Contestação

Fundamento Legal

A Contestação serve para rebater os pedidos da inicial e tem sua fundamentação legal no
artigo 847 da CLT.

O que deve conter?

Preliminares processuais (art. 337 do CPC) - problemas com o processo ou


procedimento, como, por exemplo: inépcia da inicial, incompetência absoluta, perempção,
litispendência, coisa julgada, falta de interesse ou legitimidade, etc; Prejudiciais de mérito: fique
de olho nas datas e veja se tem prescrição total ou parcial; Mérito: lembrar da impugnação
específica e do princípio da eventualidade; Reconvenção: feita na mesma peça – ação do réu
contra o autor (item na peça); e deve-se pedir honorários de sucumbência, a improcedência dos
pedidos e protestar pela produção de provas.

Estruturação – passo a passo

► Estrutura Básica

1. Endereçamento
2. Número do processo
3. Nome e qualificação da reclamada
4. Nome e fundamentação da peça
5. Nome e qualificação do reclamante
6. Teses
Preliminares processuais
Prejudiciais de mérito
Mérito
Honorários
Justiça Gratuita
Reconvenção
7. Pedidos
8. Fechamento
Lembrar de 2 princípios:
Princípio da eventualidade: alegar tudo – defesa processual e de mérito. Caso o juiz,
eventualmente não acolha a primeira.
Princípio da impugnação específica: não permitida a contestação genérica ou negativa
geral.
Além disso, tratando-se de contestação com reconvenção, que segue a mesma
estruturação, acrescendo apenas o artigo 343 do CPC como fundamento legal e com formulação
de um tópico específico, deve ter expressamente atribuição de valor da causa, mesmo que de
forma genérica: “Atribui-se à reconvenção o valor de R$ ...”.

Quantas vezes já caiu na prova?

A Contestação já foi cobrada 12 vezes, nos seguintes exames: 2010.2, IV, V, VI, VIII, XI,
XVII, XVIII, XXIII, XXVIII, XXXII e XXXVII. Além disso, foi cobrado no exame XXV Contestação
com Reconvenção.

4. Dicas de Recurso Ordinário

Fundamento Legal

O Recurso Ordinário cabe das decisões das varas (sentenças) e do TRT, quando estas
forem proferidas em processo de competência originária do tribunal e tem sua fundamentação
legal no artigo 895 da CLT.

O que deve conter?

Preliminares processuais – as preliminares no Recurso Ordinário são as de nulidade ou


matéria de ordem pública; Prejudiciais de mérito: fique de olho nas datas e veja se tem
prescrição total ou parcial; Mérito: deve-se buscar a reforma da sentença; dos itens que forem
desfavoráveis; Pedidos: conhecimento e provimento do recurso para reformar a decisão; se tiver
preliminar, deve ser renovada no pedido; por fim, o fechamento.
Estruturação – passo a passo

Peça de interposição:

► Estrutura Básica

1. Endereçamento
2. Número do processo
3. Recorrente e qualificação
4. Nome do recurso e fundamento
5. Recorrido e qualificação
6. Pressupostos de admissibilidade
7. Pedidos
8. Fechamento
Peça de razões:

► Estrutura Básica

1. Endereçamento
2. Informações preliminares: número
do processo, partes e objeto.
Eminentes Julgadores
3. Teses (Preliminares, Prejudiciais,
Mérito)
4. Pedidos
5. Fechamento

Quantas vezes já caiu na prova?

O Recurso Ordinário já foi cobrado 11 vezes, nos seguintes exames: 2010.3, VII, IX, XV,
XVI, XIX, XXI, XXIV, XXV-POA, XXVI, XXXI.

5. Dicas pontuais de Processo do Trabalho

5.1 Exceções

Previsão Legal: art. 799 e seguintes da CLT.


• Incompetência territorial (relativa) – prazo de 5 dias da notificação;
• Suspeição e impedimento do juiz.

5.2 Audiência

O não comparecimento na audiência do Reclamante gera o arquivamento do processo.


Já o não comparecimento do Reclamado gera revelia confissão quanto à matéria de fato (art.
844 CLT).
Representação e Substituição: art. 843 CLT.
Preposto: não precisa ser empregado.

5.3 Prazos

Os prazos em processo do trabalho são contados em DIAS ÚTEIS, nos termos do artigo
775 da CLT. A contagem exclui o dia do começo e inclui o dia do fim. Pode ser suspenso e
interrompido.

5.4 Provas

O artigo 818 da CLT traz a quem incumbe o ônus de provar. Se não foi possível para a
parte produzir uma prova, isso pode caracterizar cerceamento de defesa – pedir nulidade.
No tocante a prova testemunhal: confira quem pode ser testemunha e quantas podem ser
ouvidas. Lembre-se de que elas comparecem independentemente de intimação na audiência, só
sendo intimadas se não forem (art. 825 da CLT).
A perícia será paga pela parte sucumbente na pretensão objeto da perícia (art. 790-B da
CLT).
Intérprete – paga a parte sucumbente, salvo JG (Art. 819, §2º da CLT).

5.5 Nulidades

O artigo 794 e seguintes da CLT trata das nulidades nos processos sujeitos à apreciação
da Justiça do Trabalho. Estas podem ser:
• Absolutas – podem ser arguidas a qualquer tempo e conhecidas de ofício.
• Relativas – arguidas na primeira oportunidade, deve ter prejuízo para a parte.

5.6 Dano processual

A CLT no artigo 793-A assim dispõe: “Responde por perdas e danos aquele que litigar de
má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente”.

5.7 Ação Rescisória

A Ação Rescisória possui sua previsão legal no artigo 836 da CLT, sendo ela cabível nas
hipóteses do art. 966 do CPC.
Na AR é necessário o depósito prévio de 20% e só é possível o seu ajuizamento após o
trânsito em julgado.

6. Recursos

6.1 Pressupostos de Admissibilidade

Legitimidade, Capacidade e Interesse.


Recorribilidade/Adequação, Regularidade de Representação, Tempestividade e Preparo.

6.2 Depósito Recursal

A CLT no art. 899, §1º dispõe que os recursos serão interpostos mediante prévio depósito,
que será realizado em conta vinculada ao juízo (§4º).
O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos,
empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte.
São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades
filantrópicas e as empresas em recuperação judicial.
6.3 Custas

Art. 789 da CLT – pagas pela parte vencida.


Isentos: Art. 790-A da CLT.

6.4 Contrarrazões

Previsão Legal: art. 900 da CLT.


Resposta do recorrido.

6.5 Recurso Adesivo

Possível na Justiça do Trabalho (é uma forma de interposição de recurso). S. 283 do TST.

Recurso Ordinário

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 895 da CLT
Cabimento:
- Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos.
- Das decisões definitivas ou terminativas dos TRT’s, processos de competência
originária.
Detalhe:
- Procedimento sumaríssimo: imediatamente distribuído.
- Parecer oral.
- Certidão de julgamento.
Recurso de Revista

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 896 da CLT e Art. 6º da Lei 5.584/70
Cabimento:
- Das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos
TRT’s.
- Interpretação diversa da lei federal ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme
do TST ou súmula vinculante do STF.
-Interpretação divergente de dispositivo de lei estadual, CC, AC, sentença normativa ou
regulamento empresarial (área territorial que exceda a jurisdição do TRT)
- Com violação literal de lei federal ou afronta direta e literal à CF.
Detalhe:
- Procedimento sumaríssimo: somente será admitido recurso de revista por contrariedade
a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
- Execução: ofensa direta e literal da norma da Constituição Federal.
-Prequestionamento.
-Transcendência;
Atenção: tema disciplinado pela reforma trabalhista.

Embargos ao TST infringentes

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 894 da CLT
Cabimento:
- Da decisão não unânime que conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios
coletivos que excedam a competência territorial dos TRT’S e estender ou rever as
sentenças normativas do TST.

Embargos ao TST divergência

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 894 da CLT
Cabimento:
- Das decisões das turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela SDI,
ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do TST ou súmula vinculante do
STF.

Agravo de Instrumento

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 897, b, da CLT
Cabimento:
- Dos despachos que denegarem a interposição de recursos.
Detalhe:
- 50% do valor do depósito recursal do recurso que se pretende destrancar.
Agravo de Petição

Prazo: 8 dias
Previsão Legal: Art. 897, a, da CLT
Cabimento:
- Das decisões nas execuções.
Detalhe:
- Delimitar as matérias e valor impugnados.

Embargos de Declaração

Prazo: 5 dias
Previsão Legal: Art. 897-A da CLT
Cabimento:
- Nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos
pressupostos extrínsecos do recurso.
Detalhe:
- Prequestionamento: súmula 297 do TST.

Recurso Extraordinário

Prazo: 15 dias
Previsão Legal: Art. 102, III da CF
Cabimento:
- Violação da Contribuição.
Detalhe:
- Esgotamentos das vias recursais próprias.

7. Liquidação
Previsão Legal: art. 879 da CLT.
Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que
poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos.
Fique atento ao prazo para impugnação: partes – 8 dias.

8. Execução
Embargos à execução: garantia do juízo e prazo de 5 dias.
Previsão Legal: art. 884 da CLT.

Recurso das decisões na execução: Agravo de petição.


Revisando Direito Material

1. Relação de Trabalho e Emprego

Art. 3º da CLT. Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e
mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

É necessário observar os requisitos previstos no artigo 3º da CLT para verificar a existência


de vínculo de emprego, quais sejam:

Relação de Trabalho

Subordinação
Pessoalidade Não eventual Onerosidade Pessoa Física
Jurídica

2. Tipos Especiais de Empregado

a) aprendiz
O aprendiz é o empregado com formação técnico profissional que possui de 14 até 24 anos
de idade, conforme previsão do artigo 428 da CLT.
Esse contrato é de no máximo 2 anos, porém esse prazo, bem como a idade acima
mencionada, não se aplica ao portador de necessidades especiais (§3º do art. 428 da CLT).
No tocante a alíquota do FGTS é de 2% sobre a sua remuneração (§7º do art. 15 da Lei
8.036/90).

b) empregado menor
O empregado menor é o trabalhador de 16 a 18 anos de idade, lhe sendo vedado o trabalho
noturno, insalubre e perigoso, conforme previsão do artigo 7º, XXXIII da CF.
Existindo 2 vínculos empregatícios, para configuração de jornada de trabalho e análise de
eventuais horas extras, é necessário somar a jornada dos dois vínculos empregatícios (art. 414
da CLT).
O menor não pode assinar sozinho o termo de rescisão do contrato de trabalho, conforme
artigo 439 da CLT. E, em relação a prescrição, esta não ocorre contra o menor (art. 440 da CLT).

c) empregada mulher
A empregada mulher tem alguns requisitos específicos previstos no artigo 372 e seguintes
da CLT. Dentre estes requisitos podemos destacar, por exemplo, que é vedado o esforço de 20
quilos contínuos e 25 quilos eventuais, salvo se tiver algum apoio (Art. 390 da CLT).
O artigo 391-A da CLT fala acerca da estabilidade da gestante e da adotante, de até 5
(cinco) meses. Já os artigos 392 e 392-A garante a licença maternidade de 120 dias para a
gestante e a adotante.

d) empregado doméstico
O empregado doméstico é aquele que presta atividade para pessoa física ou a família, sem
gerar lucro, mais de duas vezes na semana, não podendo ser menor de 18 anos de idade,
conforme prevê o artigo 1º da LC nº 150/2015.
Contratado em regime de tempo parcial de até 25 horas semanais, podendo fazer até 1
hora extra por dia, desde que não ultrapasse a jornada de 6 horas diárias (art. 3º da LC nº
150/15); com intervalo de no mínimo 1 hora e de no máximo 2 horas, podendo ser reduzido
através de acordo entre as partes para 30 minutos, sendo que, se morar no serviço, pode
parcelar em duas vezes o intervalo.
O empregado doméstico que concordar, poderá acompanhar seu chefe em viagens, sendo
que às horas efetivamente trabalhadas serão acrescidas de 25% (art. 11 da LC nº 150/15).
Pode ter acordo individual para jornada 12x36.

e) sócio/diretor
O empregado que é eleito Diretor deve ter o seu contrato de trabalho suspenso, não
computando o período como tempo de serviço, a não ser que permaneça conforme previsão da
Súmula 269 do TST.
f) bancário
O empregado bancário está regulamentado nos artigos 224 a 226 da CLT e Súmula nº 102
e 287 do TST. Há três tipos de jornada do bancário, dependendo da sua função no banco,
vejamos:
Cargo Requisitos Jornada HE Fundamentação
Escriturário x 6h/diárias e A partir Caput art. 224
e Caixa 30h/semanais da da CLT
6h/diária
Gerente de Cargo de 8h/diárias e A partir §2º do art. 224
Agência confiança + 40h/semanais da da CLT
gratificação 8h/diária
de 1/3
Gerente Gratificação Não tem Não tem Art. 62, II da CLT
Geral de 40%

g) advogado
A profissão do advogado está regulamentada na Lei nº 8.906/1994. Segundo o artigo 18, o
advogado empregado não está obrigado a prestação de serviços profissionais de interesse
pessoal dos empregadores fora da relação de emprego. Acerca da jornada de trabalho deve-se
atentar para o artigo 20 da referida lei.

h) empregado rural
A Lei nº 5.899/73 regulamenta o trabalho rural, que define empregado rural como toda
pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não
eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário – art. 2º.

3. Relação de Trabalho

A relação de trabalho ocorre quando existe a prestação de serviço, mas sem a existência
de vínculo empregatício.

a) avulso
A previsão legal do trabalhador avulso encontra-se no artigo 7º, inciso XXXIV da CF. Este,
apesar de não ser empregado, possui todos os direitos como se empregado fosse. Eventual
conflito que houver entre o trabalhador avulso e o seu contratante, será analisado pela Justiça
do Trabalho – art. 643 da CLT.

b) autônomo
A previsão do trabalhador autônomo encontra-se no artigo 442-B da CLT. Este presta
serviço. O fato de trabalhar somente para uma empresa, não caracteriza, por si só, o vínculo.

c) estagiário
O estágio possui regulamentação na Lei 11.788/08. O artigo 3º expõe quais são os
requisitos para a validade do estágio: (a) matrícula e frequência regular do educando em curso
de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial [...]; (b)
celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a
instituição de ensino; e (c) compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e
aquelas previstas no termo de compromisso.
O artigo 10 e 11 regulamentam a jornada do estágio e o prazo máximo do seu contrato.

4. Empregador

O empregador tem seu conceito no artigo 2º da CLT. É aquele que contrata e dirige o
empregado assumindo os riscos do negócio. Empresas sob mesma direção = Grupo econômico
= responsabilidade solidária.
O empregador possui os seguintes poderes em relação aos seus empregados no ambiente
de trabalho:

Poder de Poder de Poder


Organização Controle Disciplinar

5. Sucessão de Empresas

Previsão Legal: art. 10 e 448 da CLT.


Responsabilidade do sócio

Subsidiária: até dois anos após averbada a modificação do


contrato.

Obedecendo a seguinte ordem:


1º empresa devedora;
2º sócios atuais;
3º sócios retirantes.

Contudo, se comprovada a fraude na modificação societária, a


responsabilidade do sócio retirante é solidária.

6. Contrato de Trabalho

De acordo com o artigo 442 da CLT o contrato de trabalho é o acordo firmado entre
empregado e empregador para a prestação de serviço obedecendo os requisitos do vínculo
empregatício; não existindo vínculo de emprego entre a cooperativa e os seus associados.

6.1 Do prazo do Contrato de Trabalho

Em regra, o contrato é por prazo indeterminado (§2º do artigo 443 da CLT), contudo há
hipóteses de contratação por prazo determinado:

Serviço Atividade Contrato de


Transitório Transitória Experiência

O artigo 445 da CLT traz que o contrato por prazo determinado será de no máximo 2 anos,
podendo ser renovado uma única vez, sendo que para o contrato de experiência esse prazo é
reduzido para 90 dias, podendo ser renovado por uma vez.

6.2 Contrato Intermitente

O contrato intermitente está previsto no artigo 452-A da CLT e §3º do artigo 443 da CLT.
Trabalho intermitente é aquele no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado
e do empregador, exceto para os aeronautas, que são regidos por legislação própria.
Nesta modalidade, o empregador deve convocar o empregado com 72 horas de
antecedência e o empregado tem 24 horas para responder - a recusa não caracteriza
insubordinação. O valor hora não pode ser inferior ao salário-mínimo, bem como dos demais
funcionários na mesma função.

6.3 Alteração Contratual

Previsão Legal: art. 468 e art. 469 da CLT.


O contrato de trabalho somente pode ser alterado se o empregado concordar e for mais
benéfico. Assim, o empregado somente será transferido se concordar e não concordando
somente poderá ocorrer a transferência se houver previsão contratual ou o empregado for cargo
de confiança, desde que comprovada a necessidade da transferência.
O retorno do empregado ao cargo de origem não caracteriza alteração contratual, bem
como a sua gratificação de função pode ser retirada.
Na transferência provisória é devido o adicional de transferência de 25%. Já na definitiva,
é devido apenas ajuda de custo.

6.4 Da interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho


Previsão Legal: art. 471 até 476-A da CLT.

a) Suspensão Contratual: É a sustação temporária dos principais efeitos do contrato de


trabalho no tocante às partes, em virtude de um fato juridicamente relevante, sem ruptura,
contudo, do vínculo contratual formado. Exemplo: Greve, aposentadoria por invalidez,
suspensão, disciplinar, auxílio-doença, serviço militar obrigatório e licença maternidade.

b) Interrupção contratual: É a sustação temporária da principal obrigação do contrato de


trabalho (prestação de trabalho e disponibilidade perante o empregador), em virtude de um fato
juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais cláusulas contratuais. Exemplo:
Férias, DSR, feriado, atestado médico, lockout e hipóteses do Art. 473.
7. Duração do Trabalho

7.1 Jornada de Trabalho

A jornada de trabalho, em regra, é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, podendo haver


uma variação de 5 minutos para mais ou menos na jornada conforme o artigo 58 da CLT.
Conta tempo de serviço sempre que estiver trabalhando ou aguardando ordens. O período
em que está fazendo atividades particulares dentro da empresa não conta tempo (Art. 4º da
CLT).

7.2 Jornada em Regime de Tempo Parcial

No artigo 58-A da CLT há dois tipos de empregados em regime de tempo parcial, conforme
segue:

Até 26 horas
De 27 a 30 horas
semanais com a
semanais sem
possibilidade de até 6
possibilidade de
horas extras
horas extras
semanais

O empregado em regime de tempo parcial irá receber seu salário proporcional a sua
jornada.

**Quadro de horário (controle de jornada): Conforme o artigo 74, §2º da CLT os


estabelecimentos com mais de 20 empregados são obrigados a ter controle de jornada.

7.3 Turno Ininterrupto de Revezamento

Essa modalidade nada mais é que trocas constantes de turnos de trabalho e o empregado
desta, tem sua jornada reduzida para 6/h diárias, conforme o artigo 7º, XIV da CF. A previsão
legal encontra-se na OJ 275 da SDI-I do TST.

7.4 Jornada Extraordinária


Conforme o artigo 59 da CLT, o empregado pode fazer no máximo 2 horas extras por dia
com o adicional de no mínimo 50%. O banco de horas pode ser realizado com o sindicato da
categoria e terá validade de 1 ano, já se for realizado diretamente com o empregado, o prazo de
validade será de 6 meses.
Além do banco de horas é lícita compensação de jornada dentro do próprio mês. Para horas
extras em atividades insalubres precisa de prévia autorização do MTE, salvo jornada 12x36. (Art.
60 da CLT).
Não possuem direito a horas extras e controle de jornada os seguintes empregados (artigo
62 da CLT):

Cargo de Confiança
Empregado em
(que receber
Trabalhador Externo regime de
gratificação de no
teletrabalho
mínimo 40%)

7.5 Sobreaviso e Prontidão

Se após a jornada normal de trabalho, o empregado ficar à disposição do empregador, terá


ele direito à percepção de sobreaviso ou prontidão, conforme disposto no artigo 244 da CLT.

Sobreaviso Prontidão

CASA EMPRESA
1/3 do valor da hora 2/3 do valor da hora
Máximo 24 horas Máximo 12 horas

7.6 Hora Noturna

São devidas vantagens aos empregados que trabalharem no período noturno conforme
previsão do artigo 73 da CLT e artigo 7º da Lei 5.889/73:

URBANO RURAL

52:30 60:00
20% 25%
22h – 05h Pec.: 20h-04h
Lav.: 21h-05h
Vale lembrar que o empregado cumprindo de forma integral a jornada, as horas prorrogadas
também são consideradas noturnas.

7.7 Intervalos

a) intervalo interjornada: aquele concedido entre uma jornada e outra, de no mínimo 11


horas, conforme artigo 66 da CLT. A função do intervalo interjornada é possibilitar o
restabelecimento físico e mental do empregado. Concedido para menos o intervalo, serão
devidas horas extras (Súmula 110 do TST).

b) intervalo intrajornada: aquele concedido dentro da jornada de trabalho, previsto no


artigo 71 da CLT. Em caso de não concessão, paga-se o que faltou acrescido de 50% como
verba indenizatória.

Jornada Intervalo

Até 04 horas diárias Não tem


De 04 horas até 06 horas 15 minutos
Acima de 06 horas Mínimo 01 hora e máximo 02 horas

c) férias: intervalo anula para o descanso, que o empregado adquire após um ano de
trabalho, nos termos do artigo 130 e seguintes da CLT. As férias são concedidas em um único
período. Caso o empregado concorde, pode ocorrer o parcelamento em até 3 períodos, sendo
um de no mínimo 14 dias e os outros dois de no mínimo 5 dias.
As férias não podem ser concedidas dois dias antes de feriado ou do DSR. O pagamento
deve ocorrer dois dias antes da sua concessão. Os períodos das férias são escolhidos pelo
empregador, salvo para membros da mesma família (desde que sua saída não prejudique a
empresa) e o empregado menor (para coincidir com as férias escolares).

d) descanso semanal remunerado: é o descanso devido ao empregado dentro da


semana, e está previsto na Lei nº 605/1949, art. 7º, XV da CF e art. 67 e 68 da CLT
e) intervalos especiais: algumas categorias profissionais possuem, além dos intervalos
anteriormente mencionado, alguns especiais conforme seguem:

Categoria Intervalo Previsão Legal

Mecanógrafo ou 10 min para cada 90 min Art. 72 da CLT


digitador trabalhados Súm. 346 do TST
Trabalhador em 20 min para cada 01:40 Art. 253 da CLT
câmaras frias min trabalhados Súm. 438 do TST
Minas de subsolo 15 min para cada 3 h Art. 298 da CLT
trabalhados
Amamentação Dois intervalos de 30 min Art. 396 da CLT

8. Remuneração e Salário

8.1 Conceito

O artigo 457 da CLT traz o conceito de remuneração que é tudo o que o empregado recebe,
enquanto salário é somente o que é pago pelo empregador e as gorjetas o que é pago pelos
clientes.

Remuneração Salário Gorjetas

Salário-base é a quantia mínima estipulada, que não será reduzida, salvo acordo ou
convenção coletiva de trabalho, conforme disposto no artigo 7º, VI da CF.

Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao


empregado, como também o valor cobrado ela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer
título e distribuição destinada aos empregados (§3º do artigo 457 da CLT). Ademais, gorjeta é
verba remuneratória e por isso incide FGTS.
Complementos salariais: Dependem de um fato novo ou fato extra, ex. adicionais.

Salário: Salário base + complementos salariais.

Já nas gratificações mencionadas no §1º do artigo 457 da CLT, temos as seguintes:

Adicionais Base de Cálculo


Horas extras Todo complexo salarial
Hora noturna Urbano: 20%
Rural: 25% sobre o salário base
Transferência 25% sobre o salário base
Insalubridade 10%, 20% ou 40% sobre o salário-mínimo
Periculosidade 30% sobre o salário base

8.2 Salário Utilidade

Salário Utilidade – art. 458 da CLT


Para o serviço -> Não é verba salarial
Pelo serviço -> É verba salarial

8.3 Equiparação Salarial

Previsão Legal: artigo 461 da CLT.


São requisitos para percepção da equiparação salarial, o paradigma:
a) trabalhar na mesma empresa;
b) trabalhar no mesmo estabelecimento;
c) exercer a mesma função;
d) possuir mesma qualidade de serviço;
e) não possuir quatro anos de diferença na empresa;
f) não possuir dois anos de diferença na função;
g) contemporâneo no cargo ou na função.

Não é devido se na empresa tiver Quadro Organizado em Carreira ou se o paradigma foi


readaptado a função em razão de um problema de saúde.

8.4 Descontos Salariais


De acordo com o artigo 462 da CLT, somente é possível o desconto do salário do
empregado na hipótese de adiantamento salarial. Se o empregado causar prejuízo ao
empregador em razão de ato culposo, será devido o desconto se houver previsão contratual; se
for com dolo, não precisa de previsão contratual.

8.5 Comissões

A comissão é uma forma de pagamento do salário prevista no artigo 466 da CLT, sendo
devida no momento que a transação é finalizada pelo empregado. Há 2 tipos de empregados
que recebem por comissão:

COMISSIONISTA
COMISSIONISTA
MISTO: recebe
PURO: recebe
salário-base +
somente comissão
comissões

9. Rescisão do Contrato de Trabalho

9.1 Aviso prévio

O aviso prévio está previsto nos seguintes dispositivos: art. 7º, XXI da Lei nº 12.506/11 e
artigo 487 até 491 da CLT.
Em regra, cabe apenas nos contratos com prazo indeterminado, salvo estipulação contrária
(art. 481 da CLT). Ademais é direito do trabalhador o aviso prévio proporcional de no mínimo 30
dias e no máximo 90 dias, sendo que conta 3 dias para cada ano completo trabalhado.

Meses Ano Dias de Aviso


11 0 30
13 1 30+3=33
23 1 30+3=33
25 2 30+3+3=36

Observações:
• Aviso prévio indenizado: conta tempo de serviço e, por isso, durante o seu período
deposita FGTS.
• Pode ocorrer a justa causa ou a rescisão indireta durante o período do aviso prévio.
• Pode ocorrer a reconsideração, desde que a outra parte aceite.

9.2 Formas de Rescisão do Contrato de Trabalho

São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Indeterminado:

Justa Causa Art. 482 da CLT


Indireta Art. 483 da CLT
Culpa recíproca Art. 484 da CLT
Acordo entre as partes Art. 484-A da CLT
Fato do príncipe Art. 486 da CLT

São as principais formas de Rescisão do Contrato de Trabalho por prazo Determinado:

Antecipada pelo empregador Art. 479 da CLT


Antecipada pelo empregado Art. 480 da CLT

9.3 Plano de Demissão Voluntária

Previsão Legal: art. 477-B da CLT


O empregado que aderir ao PDV dá quitação ampla e irrestrita dos direitos decorrentes da
relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.

10. Estabilidade

10.1 Conceito

Estabilidade jurídica diz respeito à impossibilidade de dispensa do empregado, salvo nas


hipóteses indicadas na lei. É o direito do empregado de continuar no emprego, mesmo contra a
vontade do empregador, desde que inexista uma causa objetiva a determinar sua despedida.

São os principais empregados detentores de estabilidade provisória:


a) Dirigente Sindical
Previsão Legal: Súmula 369 do TST
• Estabilidade do registro da candidatura até 1 ano após o término do mandato.
• Somente pode ser demitido por justa causa e através do ajuizamento do inquérito judicial
para apuração de falta grave (Súmula 379 do TST)
• Não tem estabilidade se a candidatura for durante o aviso prévio.
• Membro do conselho fiscal não tem estabilidade.
• Somente 7 titulares e 7 suplentes tem estabilidade.

b) Representante Pessoal
Previsão Legal: Artigo 510-A a 510-D da CLT.
Empresas com mais de 200 funcionários deverão ter comissões de representantes na
seguinte proporção:

Nº de Nº de
Empregados Representantes
200 a 3 mil 3
+ 3 mil a 5 mil 5
+ 5 mil 7

Não podem ser representantes pessoais: membros da comissão eleitoral, empregados com
contrato suspenso, que estão no aviso prévio e que possuem contrato por prazo determinado.

c) Membro da CIPA
Previsão Legal: art. 163 a 165 da CLT e Súmula 339 do TST
• A CIPA é composta por membros dos empregados e do empregador.
• Somente membros dos empregados tem estabilidade, por serem eleitos.
• Estabilidade do registro da candidatura até um ano após o término do mandato.
• Titulares e suplentes tem estabilidade.
• Presidente da CIPA não tem estabilidade pois é escolhido pelo empregador.
• Fechando a empresa, perde o empregado estabilidade.
• Não precisa ter justa causa para demissão, basta justo motivo.

d) Empregada Gestante ou Adotante


Previsão Legal: Súmula 244 do TST
• Estabilidade da confirmação da gravidez até 5 meses após o nascimento da criança.
• Quem adota também possui estabilidade.
• Tem estabilidade mesmo que o contrato seja por prazo determinado e que a gravidez se
inicie durante o aviso prévio.
• No caso de morte da criança após o parto, permanece o direito à estabilidade até o quinto
mês após o nascimento do filho.

e) Acidentado
Previsão Legal: Súmula 378 do TST
• Deve receber o auxílio-doença acidentário.
• Estabilidade de 12 meses após o
• retorno ao serviço.
• Tem estabilidade mesmo no contrato por prazo determinado

11. Prescrição

Previsão Legal: art. 11 e 11-A da CLT e Súmula 378 do TST


• Não existe prescrição para ação de reconhecimento de vínculo trabalhista para fins
previdenciários.
• O ajuizamento da ação interrompe o prazo prescricional para os pedidos idênticos.
• Aplica-se a prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho: Prazo de 2 anos.
• Prazo de 2 anos para entrar com a ação cobrando dos últimos 5 anos.
• Não existe a prescrição parcial durante o contrato. Se ocorrer um ilícito, terá a parte o
prazo de 5 anos a contar dele para cobrar na justiça do trabalho.

12. Lei do Desporto - 9.615 de 24 de março de 1998

O desporto de rendimento pode ser praticado e estruturado de modo profissional e não


profissional. Como traz o art. 3º, parágrafo 1º, I e II da Lei 9.615/98.
Art. 3o § 1o O desporto de rendimento pode ser organizado e praticado:
I - de modo profissional, caracterizado pela remuneração pactuada em contrato formal de
trabalho entre o atleta e a entidade de prática desportiva;
II - de modo não-profissional, identificado pela liberdade de prática e pela inexistência de
contrato de trabalho, sendo permitido o recebimento de incentivos materiais e de
patrocínio.

As atividades profissionais podem ser organizadas pelas entidades e atletas de modo


independente.
Art. 26. Atletas e entidades de prática desportiva são livres para organizar a atividade
profissional, qualquer que seja sua modalidade, respeitados os termos desta Lei.
Parágrafo único. Considera-se competição profissional para os efeitos desta Lei aquela
promovida para obter renda e disputada por atletas profissionais cuja remuneração
decorra de contrato de trabalho desportivo.

Os contratos de trabalho dos atletas terão o período de no mínimo três meses e máximo
cinco anos. Como demonstra o artigo 30, caput, da Lei 9.615/98.

Art. 30. O contrato de trabalho do atleta profissional terá prazo determinado, com vigência
nunca inferior a três meses nem superior a cinco anos.

Pode ocorrer a rescisão do contrato dos atletas que tiverem com as parcelas salariais
atrasadas, bem como parcelas advindas de contratos de direito de imagem, tendo o atleta
liberdade de realizar novo contrato, observado o prazo de atraso.

Art. 31. A entidade de prática desportiva empregadora que estiver com pagamento de
salário ou de contrato de direito de imagem de atleta profissional em atraso, no todo ou
em parte, por período igual ou superior a três meses, terá o contrato especial de trabalho
desportivo daquele atleta rescindido, ficando o atleta livre para transferir-se para qualquer
outra entidade de prática desportiva de mesma modalidade, nacional ou internacional, e
exigir a cláusula compensatória desportiva e os haveres devidos.
§ 1o São entendidos como salário, para efeitos do previsto no caput, o abono de férias, o
décimo terceiro salário, as gratificações, os prêmios e demais verbas inclusas no contrato
de trabalho.
§ 2o A mora contumaz será considerada também pelo não recolhimento do FGTS e das
contribuições previdenciárias.

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