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FACULDADE PITÁGORAS UNOPAR LONDRINA

Aluna: Kamila Beatriz Poepper Nogueira

Sensação de membro fantasma

Definição:
A Síndrome do membro fantasma é definida pelos especialistas como a
percepção de como se ainda existisse um membro que foi perdido por
amputações acidentais ou intencionais. Ou seja, ela é uma condição
neurofisiológica, onde a parte amputada desmembra-se do corpo, porém não
do cérebro, ocasionando dores ao paciente. O membro fantasma possui, na
maioria dos casos o mesmo tamanho, forma, e postura que o membro
amputado apresentava no pré-operatório.
As percepções são registradas com maior frequência após a amputação de um
braço ou uma perna, mas também podem ocorrer após a retirada de um seio
ou um órgão interno. Existem vários tipos de sensações relacionadas à
postura, comprimento e volume, como por exemplo, da sensação de que o
membro fantasma é tão pesado quanto o outro, ou então, a diminuição gradual
desse membro ao longo do tempo, fenômeno esse conhecido como
telescopagem; sensações de movimentos, como por exemplo, sensação de
que o pé fantasma está se movendo, e por último, sensação de tato,
temperatura, pressão e coceira.
O termo dor fantasma foi utilizado pela primeira vez pelo neurologista Silas
Weir Mitchell, que proporcionou descrições inesquecíveis de membros
fantasmas (ou “fantasmas sensorias”, como os chamou a princípio) em
soldados que tinham sido feridos nos campos de batalha da Guerra Civil Norte
Americana. Enquanto, o neurocientista Vilayanur S. Ramachandran, estudou
sobre um tratamento de dor dos membros fantasmas, que foi nomeado “caixa
de espelho”.

Fisiopatologia:
É caracterizada pela reorganização do mapeamento das estruturas
representadas no córtex cerebral, um processo de plasticidade sensitiva e
motora.
O ponto de início para se entender o fenômeno do membro fantasma, doloroso
ou não, pode ser o fato da amputação do membro causar um desregulação da
rede normal de aferentes nervosos e da transmissão noniceptiva.
O “input” normal é substituído por outro ainda desconhecido, mas certamente
diferente, que irá fornecer à medula espinal e ao encéfalo (nomeadamente ao
córtex somatossensitivo) a informação necessária para criar o fantasma.
Existem muitas teorias para tentar explicar a fisiopatologia da DMF. Estas
podem ser divididas em 3 grandes categorias: periféricas, espinhais e centrais.
As teorias periféricas assumem que a causa da DMF está nas terminações
nervosas junto à lesão. As teorias espinhais atribuem a causa a alterações
dentro da medula espinhal, enquanto que as teorias centrais assumem que a
dor fantasma é causada por um mecanismo dentro do encéfalo.

Tratamento fisioterapêutico:
A prática fisioterapêutica vem ao longo dos anos demonstrando que a fase
imediata do pós-operatório deve ser tratada com muito apoio, franqueza e
transparência. Para se propiciar uma reabilitação integral faz-se necessário a
intervenção de uma equipe multiprofissional.
A Fisioterapia, como ciência do movimento e da funcionalidade, vem contribuir
de forma relevante na recuperação física/funcional e conseqüentemente na
reabilitação integral do amputado. Nesse sentido, os principais objetivos
fisioterapêuticos estão relacionados à promoção da função e da independência
funcional e pessoal, à manutenção e/ou aumento da mobilidade articular, à
coneificação, à maturação e à dessenssibilização do coto, à prevenção de
posturas viciosas, ao cuidado com membro contra-lateral à amputação (quando
esta for de um membro), ao reequilíbrio da musculatura de sustentação
esquelética, à prevenção de úlceras e lesões de pele; à deambulação, quando
possível, andadores ou muletas, primeiramente, visando à protetização,
resgate e nova configuração da imagem corporal.
As técnicas e os recursos fisioterápicos contribuem de forma significativa para
a dessensibilização do coto. Dentre os recursos pode-se citar a cinesioterapia,
massoterapia, a eletrotermofototerapia e a hidroterapia. Já as técnicas, dentro
de cada recurso são as mais diversas e podem ser adaptadas conforme as
necessidades de cada caso.
O enfaixamento correto e adequado está diretamente relacionado à situação
clínica de cada indivíduo amputado. Ele é importante porque dá sustentação à
estrutura externa e interna, modela o coto, reduz o edema, protege a cicatriz e,
como conseqüência desses indicadores, diminui e sensação e dor fantasma.

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