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Universidade Federal do Pará

Instituto de Tecnologia – ITEC


Faculdade de Engenharia Sanitária e Ambiental
Disciplina: Sistemas Prediais Hidrossanitários
Prof.ª Dra. Evanice Pinheiro Gomes

SISTEMA PREDIAL DE COMBATE A INCENDIO


SISTEMAS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS

BELÉM – PA, 2022


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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................2
2 CONCEITOS E TIPOS DE SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO...........3
2.1 Elementos de um sistema de chuveiro automático...................................................3
2.2 Tipos de Sistemas de Chuveiro Automático.............................................................7
3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES SEGUNDO AS SUAS OCUPAÇÕES.11
3.1 Risco Leve.................................................................................................................11
3.2 Risco Ordinário........................................................................................................11
3.3 Risco Extraordinário...............................................................................................12
3.4 Área de Armazenagem............................................................................................12
3.4 Risco Especial...........................................................................................................12
4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO.......12
4.1 Dimensionamento por Tabela................................................................................13
4.2 Dimensionamento por Cálculo Hidráulico...........................................................16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................16
Referências.....................................................................................................................18

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1 INTRODUÇÃO
Quando se analisa um sistema de proteção contra o fogo, vários fatores devem ser
levados em consideração: perdas econômicas, redução ou paralisação total das atividades
comerciais ou industriais e, principalmente, as perdas de vidas humanas, que é o fator
mais importante no contexto de análise. Desta forma, os efeitos de um incêndio sempre
devem ser quantificados sob os pontos de vista da perda de vidas humanas e da destruição
de bens e seus efeitos adversos, e muitas vezes permanentes, sobre as famílias, os
negócios e até mesmo a toda coletividade (BRENTANO, 2016).
Assim, é necessário que as edificações tenham proteção contra o fogo, tanto de
forma passiva, que deve já nascer no projeto arquitetônico e nos de engenharia, com as
medidas necessárias para evitar o fogo ou, então, capaz de confiná-lo de uma forma
adequada, ou de medidas ativas ou de combate ao fogo já instalado através de
equipamentos que sejam eficientes e sejam acionados e atuem de forma automática, sem
a interferência humana.
De maneira geral, o sistema de chuveiro automático é o mais indicado, porque,
além de ser acionado automaticamente por meio de sensores próprios e individuais muito
sensíveis ao calor resultante do fogo, provoca a aspersão de água, dá um alarme geral na
edificação sobre a emergência de um incêndio. Além disso, é um sistema que atua sobre
o fogo de uma forma efetiva e automática, sendo esta última uma vantagem incontestável,
porque independe da intensidade do fogo, do calor, dos gases, da fumaça e da consequente
falta de visibilidades de acesso ao local do incêndio, isto é, não necessita a interferência
humana no seu acionamento e funcionamento.
O sistema de chuveiro automático é formado por um conjunto de tubulações
integrado, alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento automático de água.
Conhecido também como sistema de Sprinklers, isto é, de aspersores, este sistema
consiste basicamente numa rede de encanamento ligada a um reservatório ou uma bomba,
possuindo boquilhas ou aspersores dispostos ao longo da rede. Nesta unidade
estudaremos sobre seu funcionamento, os elementos que os compõe, tipos, classificações
e dimensionamento.
As normas utilizadas para o uso de sistema de chuveiro automático são:
- NBR 10897/2020: Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos –
Requisitos.

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- Instrução Técnica 03, Parte III, do Corpo de Bombeiro do Pará (2019) – Sistema de
Chuveiros Automáticos
- Norma NFPA 13 da National Fire Protection Association, caso o assunto não seja
contemplado pelas referidas Instruções Técnicas.

2 CONCEITOS E TIPOS DE SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO


De acordo com a NBR 10897/2020, sistema de chuveiro automático, é um sistema
integrado de tubulações aéreas e subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de
abastecimento automático de água para fins de proteção contra incêndio. A parte do
sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste em uma rede de tubulações
dimensionada por tabelas ou por cálculo hidráulico, instalada em edifícios, estruturas ou
áreas, normalmente junto ao teto, à qual são conectados chuveiros automáticos segundo
um padrão regular, alimentado por uma tubulação que abastece o sistema, provida de uma
válvula de controle e dispositivo de alarme. O sistema é ativado pelo calor do fogo.

2.1 Elementos de um sistema de chuveiro automático


Um sistema de chuveiro automático (Figuras 1 e 2) de combate a incêndios é
constituído como um sistema fixo integrado, compreendendo os seguintes elementos:

Figura 1 – Visão Esquemática espacial de sistema de chuveiro automático.


Fonte: Brentano, 2016

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a) Sistema de Controle e alarme: é o sistema que controla o escoamento da água para a


rede de distribuição através de válvulas especiais, chamadas de válvulas automáticas de
controle, que acionam o sistema de alarme simultaneamente. Especificamente para o
sistema de Canalização Molhada a válvula automática de controle chama-se Válvula de
Governo e Alarme, ou também chamada de VGA.
b) Rede Hidráulica de Distribuição: é a rede formada por canalizações fixas distribuídas
por toda a edificação, que inicia após a válvula automática de controle e que alimenta
com água todos os chuveiros automáticos da instalação.

1- Reservatório Inferior;
2 – Crivo ou tela;
3 – Canalização de sucção;
4 – Bomba de recalque
5 – Motor bomba;
6 – Válvula de Governo e Alarme (VGA);
7 – Conexão hidrante de recalque;
8 – Coluna de incêndio;
9 – Ramal;
10 – Sub-ramal;
11 – Chuveiro automático;
12 – Vem do hidrante de recalque;

Figura 2 – Visão Esquemática dos elementos do sistema de chuveiro automático.


Fonte: Brentano, (2016)

c) Hidrante de Recalque ou passeio: é a canalização que vai da parte frontal da


edificação e ligada à coluna de incêndio da edificação para alimentar o sistema de
chuveiro automático a partir do autobomba-tanque do corpo de Bombeiros, para a
continuidade do combate ao incêndio quando a reserva de água da edificação estiver
esgotada. Esta canalização é de uso exclusivo do corpo de bombeiros.

d) Sistema de Bombas: geralmente o sistema de chuveiro automático possui reservatório


térreo, devido ao grande volume de água necessário, tendo consequentemente um sistema
de bombas, chamado de sistemas de bombas principais de recalque. As bombas serão
sempre necessárias quando o sistema não puder ser abastecido por gravidade, por não
atender às condições mínimas de pressão requeridas por norma.

e) Chuveiros Automáticos (CA): são dispositivos com elemento termos sensível,


projetados para serem acionados em faixas de temperatura pré-definidas, lançando
automaticamente água sob forma de aspersão sobre determinada área de cobertura, com

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vazão e pressão mínima especificadas por norma, para controlar ou extinguir um foco de
fogo (Figura 3). Devem ser portadores de marca e/ou certificação de conformidade à NBR
16.400.
Os chuveiros automáticos são compostos por:
- corpo: parte dos chuveiros automáticos que contém a rosca para sua fixação na
canalização de água, braços e orifício de descarga, e serve como suporte dos demais
componentes.
-obturador: é um pequeno disco metálico que veda o orifício de descarga de água
do chuveiro automático nas condições normais de temperatura do local de sua instalação,
mantido o comprimento pelo elemento termossensível.
-elemento termossensível: é o componente destinado a liberar o obturador e
permitir a passagem da água quando o local da instalação do chuveiro automático atingir
a faixa de temperatura de seu acionamento. Esse elemento termossensível pode ser um
fusível de liga metálica especial ou uma ampola de vidro (bulbo de vidro), que possui um
líquido especial no seu interior altamente expansível com o calor.
Tecnicamente o bulbo de vidro (ampola ou ainda elemento termossensível) é
definido como: “Componente destinado a liberar o obturador pelo efeito de elevação de
temperatura, quando atingida a temperatura (nominal) de operação.” (ABNT NBR16400,
2015, p. 2). Possuem três classificações básicas quanto ao tempo de resposta: Resposta
rápida, especial ou padrão, porém no Brasil as mais adotadas são as do tipo de resposta
rápida (Ø 3mm) e padrão (Ø 5mm).
Os bulbos possuem faixas específicas de temperatura de ativação. Estas faixas
estão bem definidas em norma e possuem uma padronização universal. Segundo a Tabela
2 da atual Norma Técnica brasileira de sprinklers (ABNT NBR16400:2015), são ao todo
sete cores que podem ser facilmente identificadas e são classificadas da seguinte maneira:

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Tabela 2 – Faixas de temperatura e cores dos bulbos.

Fonte: NBR 16400:2015

Figura 3 – Chuveiros automáticos, tipos e seus componentes

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-defletor: é um disco, com ranhuras e vários formatos, preso à estrutura do


chuveiro automático, sobre o qual incide com bastante força o jato sólido de água depois
de removido o obturador, formando um cone de aspersão sobre a área de proteção.
Os chuveiros automáticos, segundo a sua sensibilização térmica para entrar em
operação, são classificados em de Resposta Rápida, Resposta Especial e Resposta padrão
ou Normal.
Os chuveiros automáticos podem ainda ser classificados, de acordo com sistema
adotado, sendo eles do tipo aberto ou fechado.
-Aberto: são os que não tem obturador ou disco de vedação e nem o elemento
termossensível individual que os acione, estando permanentemente abertos à passagem
da água como uma válvula de globo aberto. São empregados no sistema Dilúvio, onde a
água recalcada e distribuída para a rede de distribuição, é descarregada sobre toda a área
a ser protegida através de todos os chuveiros abertos simultaneamente.
-Fechado: são os chuveiros que tem obturador ou disco de vedação da água e o
elemento termossensível, que é sensibilizado pela ação do calor do fogo e que remove o
disco de vedação de forma automática e individual, liberando a passagem da água que
incide sobre o defletor formando o jato aspersor.

2.2 Tipos de Sistemas de Chuveiro Automático


Por ocasião de um incêndio, os chuveiros automáticos do sistema são acionados
liberando a passagem da água sobre o local do fogo, sob a forma de aspersão, fazendo
soar simultaneamente um alarme. Os sistemas de chuveiros automáticos desempenham
três funções importantes na proteção contra incêndios, que é detectar, avisar e combater
o fogo.
Há quatros tipos de sistemas de chuveiros automáticos a saber:
a) Sistema de Canalização Molhada
O Sistema de Canalização Molhada (Figura 4) é formado por uma rede de
canalização com chuveiros automáticos conectados e regularmente espaçado que
contém água pressurizada no seu interior de forma permanente, alimentada por bomba
a partir de uma fonte de abastecimento.
Nesse tipo de sistema, quando ocorre um incêndio, os CA são operados
individualmente pela ação do calor do fogo, liberando imediatamente a passagem da

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água. A circulação de água no sistema aciona a válvula automática de controle,


também chamada de VGA, que se abre com o empuxo da água vinda da bomba de
incêndio, permitindo sua passagem para os chuveiros automáticos acionados e para o
circuito hidráulico de alarme, que faz soar o alarme em toda a edificação.

Figura 4 – Sistema de Canalização Molhada


b) Sistema de Canalização Seca

O Sistema de Canalização Seca (Figura 5) é formado por uma rede de canalização


com CA conectados e regularmente espaçados, que contém ar ou gás nitrogênio
comprimido no seu interior, que é liberado com a entrada em operação de um dos CA,
acionado pelo calor do fogo. A liberação do ar ou nitrogênio alivia a pressão sobre a parte
superior do disco de vedação da válvula de canalização seca, permitindo que a pressão da
água sobre o lado inferior do disco o levante, liberando a entrada de água para a rede de
canalizações, que descarrega no CA acionado.

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Figura 5 – Sistema de Canalização Seca

c) Sistema de Pré-Ação
O Sistema de Pré-Ação (Figura 6), também chamado de ação prévia, é formado por
uma rede de canalizações com CA conectados e regularmente espaçados que contém ar
ou gás nitrogênio pressurizado no seu interior numa quantidade, não tendo água nas
circunstâncias normais, conjugado a um sistema suplementar de detecção independente
instalado na mesma área dos chuveiros automáticos.
Na mesma área protegida pelo sistema de CA é instalado um sistema de detecção de
calor, de operação muito mais sensível que o elemento termossensível do CA. Quando o
detector elétrico (1) é acionado pelo calor do fogo, um sinal é mandado para o sinal de
controle (2), que aciona o alarme elétrico de incêndio (3)e a válvula selenóide (4) para
aliviar a pressão através da válvula de segurança (5). A câmara de pressão (6) da válvula
de ação prévia é rapidamente aliviada e suprida com água a canalização (7), permitindo
que a válvula de ação prévia se abra. Assim a água escoa para toda a rede de canalização.

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Figura 6 – Sistema Pré-Ação

d) Sistema Dilúvio
É o sistema formado por uma rede de canalizações com chuveiros abertos conectados
e regularmente espaçados, ligada a uma fonte de abastecimento de água através de uma
válvula automática de controle, chamada válvula de dilúvio. O sistema Dilúvio (Figura
7) é monitorado por um sistema automático de detecção instalado na mesma área
protegida, que quando ativado, aciona o motor da bomba principal de recalque que manda
água para rede de canalizações. O modo de funcionamento e os componentes de um
sistema Dilúvio são os mesmos do sistema de Pré-Ação. A principal diferença está no
tipo de chuveiro usado, que no sistema Dilúvio é o chuveiro aberto.

Figura 7 – Sistema Dilúvio

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3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES SEGUNDO AS SUAS OCUPAÇÕES


Para se fazer um projeto de CA para uma edificação, o ponto de partida é
identificar corretamente a sua ocupação para determinar o grau de risco, o tipo de sistema
a ser utilizado, a área de cobertura e o espaçamento máximo entre os chuveiros
automáticos, diâmetros das canalizações etc., de tal forma que se possa prever uma
proteção apropriada.
Para o sistema de combate a incêndio por Chuveiros Automáticos, de acordo com
a NBR 10897/2020, as ocupações são classificadas de acordo com a classe de risco da
ocupação, que são as seguintes:
• Risco Leve;
• Risco Ordinário;
• Risco Extraordinário;
• Área de Armazenagem;
• Risco Especial;

3.1 Risco Leve


As ocupações de risco leve compreendem aquelas onde o volume e/ou a
combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) são baixos, onde é esperada uma baixa
taxa de liberação de calor. Deve-se consultar as edificações que se enquadram como de
risco leve, de acordo com a norma ou instrução técnica adotada.

3.2 Risco Ordinário


Compreendem as ocupações ou partes de ocupações onde a quantidade e/ou
combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) for baixa, tendendo a moderada, e onde
for esperada uma taxa de liberação de calor de baixa a média. Subdividem-se em dois
grupos.
Grupo I:
São compreendidas as ocupações ou partes de ocupações onde a combustibilidade
do conteúdo (carga-incêndio) for baixa, e a quantidade de materiais combustíveis for
moderada. São operados incêndios com moderada taxa de liberação de calor.
Grupo II:

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São compreendidas as ocupações ou partes de ocupações onde a quantidade e a


combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) forem de moderada a alta. São esperados
incêndios com alta taxa de liberação de calor.

3.3 Risco Extraordinário


Compreendem as ocupações ou partes de ocupações onde a quantidade e/ou
combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) é alta. Subdividem-se em dois grupos.
Grupo I:
Compreendem as ocupações ou partes de ocupações onde a quantidade e/ou
combustibilidade do conteúdo (carga-incêndio) forem muito altas, podendo haver a
presença de pós e outros materiais que provocam incêndios de rápido desenvolvimento,
produzindo alta taxa de liberação de calor. Neste grupo, as ocupações não podem possuir
líquidos combustíveis e inflamáveis.
Grupo II:
Compreendem as ocupações com moderada ou substancial quantidade de líquidos
combustíveis ou inflamáveis.

3.4 Área de Armazenagem


Qualquer tipo de armazenagem, mesmo transitório, e de qualquer altura, deve ser
protegido de acordo com a ABNT NBR 13792.

3.5 Risco Especial


Outras normas da NFPA contêm critérios para projetos de chuveiros automáticos
para o controle ou extinção do fogo em riscos específicos. Essas ocupações são
classificadas de risco Especial, sendo ocupações onde se armazena líquidos combustíveis
e inflamáveis, e produtos de alta combustibilidade.

4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO


Para o dimensionamento do chuveiro automático, a norma NBR 10897/2020,
estabelece que há duas formas para tal, podendo ser por Tabelas ou Cálculo Hidráulico.

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4.1 Dimensionamento por Tabela


O dimensionamento de sistemas de CA por tabelas é o estabelecimento dos
diâmetros nominais de todas as canalizações, pressões, vazões e volumes da reserva
técnica de incêndio, a partir de tabelas definidas em norma (10897/2020; NFPA 13/2013
e as Instruções técnicas do corpo de bombeiros), em função da classe de risco da
edificação, do material da canalização, das áreas e espaçamento adotados entre os
chuveiros automáticos. O dimensionamento é somente para as classes de risco leve e
ordinário.
Para o dimensionamento por tabela podem ser seguidos os passos abaixo:
- Definição da norma a ser adotada;
- Enquadramento da edificação quanto a classe de risco (conforme norma adotada);

Fonte: Anexo A NBR 17897/2020.

- Determinação da área máxima de cobertura por chuveiro automático, especificado por


norma. De acordo com a NBR 10897/2020, tem-se:

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Fonte: Anexo A NBR 17897/2020.

-Determinação dos espaçamentos mínimos e máximos entre chuveiros automáticos,


segundo condicionantes arquitetônicos e recomendações da norma. De acordo com a
NBR 10897/2020, tem-se:

Fonte: Anexo A NBR 17897/2020

- Determinação da rede de distribuição: a análise da rede de distribuição e as localizações


adequadas da coluna de incêndio, ramais e sub-ramais, vão depender do projeto
arquitetônico da edificação e dos projetos de engenharia, como o estrutural, ar
condicionado, iluminação, hidráulico e outros.
- Determinação dos diâmetros dos ramais e subramais: utiliza-se tabelas específicas, que
variam de acordo com o tipo de material das tubulações e o tipo da classe de risco da
ocupação. Exemplo de tabelas para definição do diâmetro.

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Fonte: NBR 17897/2020

-Determinação da vazão Mínima da instalação: considera-se as tabelas de referência,


definidas por tipo de classe de risco de ocupação. De acordo com a NBR 10897/2020,
tem-se:

Fonte: NBR 17897/2020.

- Determinação da Perda da altura manométrica: pode ser definida pela equação abaixo:
𝐻𝑚 = 𝑝𝑉𝐺𝐴 + ℎ𝑔𝑅𝐼−𝐴 + ℎ𝑝𝑅𝐼−𝐴

Hm – Altura manométrica, mca;


𝑝𝑉𝐺𝐴 – pressão residual mínima efetiva que se deve ter na VGA, em mca, valor de norma;
ℎ𝑔𝑅𝐼−𝐴 - Altura geométrica ou desnível entre o nível da canalização de saída ou fundo do
reservatório inferior (RI) e o nível do chuveiro automático (nível A), em MCA.
ℎ𝑝𝑅𝐼−𝐴 – perda de carga no trajeto que vai do reservatório inferior até o chuveiro
automático mais desfavorável (ponto A), em mca.

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- Seleção das bombas: é definida de acordo com as características da altura manométrica,


pressão do sistema e potência requerida para a altura manométrica.

4.2 Dimensionamento por Cálculo Hidráulico


O projeto de um sistema de chuveiros automáticos por cálculo hidráulico consiste
na determinação dos diâmetros das canalizações com base no cálculo das perdas de carga,
para que seja aspergida certa vazão de água por metro quadrado de piso, chamada de
densidade de água, sobre determinada área do pavimento ou do recinto, chamada de área
de aplicação ou operação, ambas determinadas por norma. Cada chuveiro automático
necessita ter uma vazão, distribuída com um razoável grau de uniformidade sobre sua
área de cobertura, no mínimo igual à densidade de água prescrita, com uma pressão, no
mínimo, igual à determinada por norma.
No dimensionamento hidráulico podem ser calculados matematicamente os
elementos do projeto como:
- Vazões do chuveiro automático (equação sugerida em norma);
- Pressões para produzir essas vazões (equação sugerida em norma);
- Diâmetros mínimos dos segmentos de canalizações;
- Velocidades de escoamento da água nos segmentos de canalizações;
- Sistema de Bombas de incêndio;
- Volume da Reserva Técnica de Incêndio;

O Dimensionamento por cálculo hidráulico deve sempre seguir recomendações


dadas em norma, nas instruções técnicas do corpo de bombeiros e da NFPA. Nelas,
estarão disponíveis equações para definição de vazão, velocidade, pressão e demais
parâmetros de projeto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os sistemas prediais de combate a incêndio, seja eles por hidrantes e mangotinhos
ou por chuveiros automáticos, constituem-se em importante e necessária medida de
proteção nas edificações, e devem sempre ser projetados considerando as normas técnicas
vigentes, as orientações do corpo de bombeiro e demais outras exigências legais de cada

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município. As variantes locais e o tipo de ocupação da edificação irão definir o tipo de


sistema, o qual deve sempre priorizar a segurança preventiva, salvaguardar vidas e bens,
de forma eficiente, economicamente viável, ambientalmente necessária e estruturalmente
seguras.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10897: Sistemas de


proteção contra incêndio por chuveiros automáticos — Requisitos. p. 115. 2020.
BRENTANO, Telmo. Instalações Hidráulicas de Combate a Incêndio nas Edificações. 5.
ed. Porto Alegre. Edição do Autor, 2016.
MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações Hidráulicas: Prediais E Industriais. 4ª
edição. Grupo Gen-LTC, 2018.
CBMPA, Instruções Normativas do Centro de Atividades Técnicas CAT, do Corpo de
Bombeiros Militar do Pará. IT 03 – Controle de Crescimento e Supressão de Incêndio,
Parte III - Sistema de Chuveiros Automáticos, (2019).

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