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Chuveiros Automáticos
Chuveiros Automáticos
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................2
2 CONCEITOS E TIPOS DE SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO...........3
2.1 Elementos de um sistema de chuveiro automático...................................................3
2.2 Tipos de Sistemas de Chuveiro Automático.............................................................7
3 CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES SEGUNDO AS SUAS OCUPAÇÕES.11
3.1 Risco Leve.................................................................................................................11
3.2 Risco Ordinário........................................................................................................11
3.3 Risco Extraordinário...............................................................................................12
3.4 Área de Armazenagem............................................................................................12
3.4 Risco Especial...........................................................................................................12
4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE CHUVEIRO AUTOMÁTICO.......12
4.1 Dimensionamento por Tabela................................................................................13
4.2 Dimensionamento por Cálculo Hidráulico...........................................................16
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................16
Referências.....................................................................................................................18
1 INTRODUÇÃO
Quando se analisa um sistema de proteção contra o fogo, vários fatores devem ser
levados em consideração: perdas econômicas, redução ou paralisação total das atividades
comerciais ou industriais e, principalmente, as perdas de vidas humanas, que é o fator
mais importante no contexto de análise. Desta forma, os efeitos de um incêndio sempre
devem ser quantificados sob os pontos de vista da perda de vidas humanas e da destruição
de bens e seus efeitos adversos, e muitas vezes permanentes, sobre as famílias, os
negócios e até mesmo a toda coletividade (BRENTANO, 2016).
Assim, é necessário que as edificações tenham proteção contra o fogo, tanto de
forma passiva, que deve já nascer no projeto arquitetônico e nos de engenharia, com as
medidas necessárias para evitar o fogo ou, então, capaz de confiná-lo de uma forma
adequada, ou de medidas ativas ou de combate ao fogo já instalado através de
equipamentos que sejam eficientes e sejam acionados e atuem de forma automática, sem
a interferência humana.
De maneira geral, o sistema de chuveiro automático é o mais indicado, porque,
além de ser acionado automaticamente por meio de sensores próprios e individuais muito
sensíveis ao calor resultante do fogo, provoca a aspersão de água, dá um alarme geral na
edificação sobre a emergência de um incêndio. Além disso, é um sistema que atua sobre
o fogo de uma forma efetiva e automática, sendo esta última uma vantagem incontestável,
porque independe da intensidade do fogo, do calor, dos gases, da fumaça e da consequente
falta de visibilidades de acesso ao local do incêndio, isto é, não necessita a interferência
humana no seu acionamento e funcionamento.
O sistema de chuveiro automático é formado por um conjunto de tubulações
integrado, alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento automático de água.
Conhecido também como sistema de Sprinklers, isto é, de aspersores, este sistema
consiste basicamente numa rede de encanamento ligada a um reservatório ou uma bomba,
possuindo boquilhas ou aspersores dispostos ao longo da rede. Nesta unidade
estudaremos sobre seu funcionamento, os elementos que os compõe, tipos, classificações
e dimensionamento.
As normas utilizadas para o uso de sistema de chuveiro automático são:
- NBR 10897/2020: Sistema de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos –
Requisitos.
- Instrução Técnica 03, Parte III, do Corpo de Bombeiro do Pará (2019) – Sistema de
Chuveiros Automáticos
- Norma NFPA 13 da National Fire Protection Association, caso o assunto não seja
contemplado pelas referidas Instruções Técnicas.
1- Reservatório Inferior;
2 – Crivo ou tela;
3 – Canalização de sucção;
4 – Bomba de recalque
5 – Motor bomba;
6 – Válvula de Governo e Alarme (VGA);
7 – Conexão hidrante de recalque;
8 – Coluna de incêndio;
9 – Ramal;
10 – Sub-ramal;
11 – Chuveiro automático;
12 – Vem do hidrante de recalque;
vazão e pressão mínima especificadas por norma, para controlar ou extinguir um foco de
fogo (Figura 3). Devem ser portadores de marca e/ou certificação de conformidade à NBR
16.400.
Os chuveiros automáticos são compostos por:
- corpo: parte dos chuveiros automáticos que contém a rosca para sua fixação na
canalização de água, braços e orifício de descarga, e serve como suporte dos demais
componentes.
-obturador: é um pequeno disco metálico que veda o orifício de descarga de água
do chuveiro automático nas condições normais de temperatura do local de sua instalação,
mantido o comprimento pelo elemento termossensível.
-elemento termossensível: é o componente destinado a liberar o obturador e
permitir a passagem da água quando o local da instalação do chuveiro automático atingir
a faixa de temperatura de seu acionamento. Esse elemento termossensível pode ser um
fusível de liga metálica especial ou uma ampola de vidro (bulbo de vidro), que possui um
líquido especial no seu interior altamente expansível com o calor.
Tecnicamente o bulbo de vidro (ampola ou ainda elemento termossensível) é
definido como: “Componente destinado a liberar o obturador pelo efeito de elevação de
temperatura, quando atingida a temperatura (nominal) de operação.” (ABNT NBR16400,
2015, p. 2). Possuem três classificações básicas quanto ao tempo de resposta: Resposta
rápida, especial ou padrão, porém no Brasil as mais adotadas são as do tipo de resposta
rápida (Ø 3mm) e padrão (Ø 5mm).
Os bulbos possuem faixas específicas de temperatura de ativação. Estas faixas
estão bem definidas em norma e possuem uma padronização universal. Segundo a Tabela
2 da atual Norma Técnica brasileira de sprinklers (ABNT NBR16400:2015), são ao todo
sete cores que podem ser facilmente identificadas e são classificadas da seguinte maneira:
c) Sistema de Pré-Ação
O Sistema de Pré-Ação (Figura 6), também chamado de ação prévia, é formado por
uma rede de canalizações com CA conectados e regularmente espaçados que contém ar
ou gás nitrogênio pressurizado no seu interior numa quantidade, não tendo água nas
circunstâncias normais, conjugado a um sistema suplementar de detecção independente
instalado na mesma área dos chuveiros automáticos.
Na mesma área protegida pelo sistema de CA é instalado um sistema de detecção de
calor, de operação muito mais sensível que o elemento termossensível do CA. Quando o
detector elétrico (1) é acionado pelo calor do fogo, um sinal é mandado para o sinal de
controle (2), que aciona o alarme elétrico de incêndio (3)e a válvula selenóide (4) para
aliviar a pressão através da válvula de segurança (5). A câmara de pressão (6) da válvula
de ação prévia é rapidamente aliviada e suprida com água a canalização (7), permitindo
que a válvula de ação prévia se abra. Assim a água escoa para toda a rede de canalização.
d) Sistema Dilúvio
É o sistema formado por uma rede de canalizações com chuveiros abertos conectados
e regularmente espaçados, ligada a uma fonte de abastecimento de água através de uma
válvula automática de controle, chamada válvula de dilúvio. O sistema Dilúvio (Figura
7) é monitorado por um sistema automático de detecção instalado na mesma área
protegida, que quando ativado, aciona o motor da bomba principal de recalque que manda
água para rede de canalizações. O modo de funcionamento e os componentes de um
sistema Dilúvio são os mesmos do sistema de Pré-Ação. A principal diferença está no
tipo de chuveiro usado, que no sistema Dilúvio é o chuveiro aberto.
- Determinação da Perda da altura manométrica: pode ser definida pela equação abaixo:
𝐻𝑚 = 𝑝𝑉𝐺𝐴 + ℎ𝑔𝑅𝐼−𝐴 + ℎ𝑝𝑅𝐼−𝐴
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os sistemas prediais de combate a incêndio, seja eles por hidrantes e mangotinhos
ou por chuveiros automáticos, constituem-se em importante e necessária medida de
proteção nas edificações, e devem sempre ser projetados considerando as normas técnicas
vigentes, as orientações do corpo de bombeiro e demais outras exigências legais de cada
Referências